Fisioter Bras 2022;23(6):868-80
ARTIGO ORIGINAL
Perfil dos discentes de
fisioterapia quanto à exposição e proteção solar
Profile of physiotherapy students on sun exposure and protection
Roma Silva de Medeiros
Santana Machado*, Rúbia Karine Diniz Dutra, M.Sc.**
*Graduanda em Fisioterapia no Centro Universitário de Patos (UNIFIP), Paraíba, **Docente
do Curso de Fisioterapia do UNIFIP, Patos, Paraíba
Recebido em 10 de julho de
2022; Aceito em 30 de setembro de 2022.
Correspondência: Rúbia Karine Diniz Dutra, Rua Arnaldo
de Albuquerque, 501/101 Campina Grande PA
Roma Silva
de Medeiros Santana Machado: romamedeiros2@gmail.com
Rúbia
Karine Diniz Dutra: rubiadultra@gmail.com
Resumo
Introdução: O câncer de pele é uma doença
multifatorial resultante de alterações genéticas, fatores ambientais e hábitos
de vida. A principal causa dos cânceres de pele é a grande exposição aos raios
ultravioletas (R-UV), sendo o sol sua principal fonte. Objetivo: Identificar
o perfil dos discentes de Fisioterapia de uma universidade particular no
tocante a exposição e proteção solar. Trata-se de uma pesquisa quantitativa de
campo, realizada na cidade de Patos, PB. O estudo teve como principal objetivo
analisar o perfil dos discentes, conhecendo os hábitos de vida
quanto à exposição e proteção solar de cada estudante e aprimorar os
conhecimentos sobre as possíveis complicações e riscos. Métodos: Participaram do
estudo 45 acadêmicos do curso de Fisioterapia, 36 do sexo feminino
e 9 do sexo masculino, com idade entre 18 e 27 anos. Resultados: 57,8%
dos participantes afirmaram adotar medidas de proteção, sendo o protetor solar
o mais citado (40,0%), apontado pela maior parte da amostra ao irem à praia ou
piscinas (28,9%), tendo a reaplicação do produto feita em sua maioria por duas
vezes (33,3%) ou nunca (31,1%). O biótipo de pele mais presente foi à pele
branca (44,4%), seguida de branca clara (20,0%) e morena clara (17,8%). Conclusão:
Os estudantes possuem um bom conhecimento sobre os cuidados e medidas de
proteção com relação a sua pele, porém ainda cometem atitudes errôneas em
ralação aos tipos e medidas de proteção que utilizam.
Palavras-chave: câncer de pele, radiação solar,
fotoenvelhecimento.
Abstract
Introduction: Skin cancer is a multifactorial disease resulting
from genetic changes, environmental factors and lifestyle. The main cause of
skin cancers is the exposure to ultraviolet rays (R-UV), the sun being
its main source. Objective: To identify the profile of Physical therapy
students regarding exposure and sun protection. Methods: The present
study was a quantitative field research, carried out in the city of Patos, Paraíba, Brazil. The study
analyzed the profile of the students, knowing the lifestyle habits regarding
the exposure and sun protection of participants and to improve the knowledge of
these students regarding the possible complications and risks. 45 students of Physical
therapy participated, 36 female and 9 male, 18 to 27 years old. 57.8% of the
participants affirmed the use of protective measures, the sunscreen being
the most cited (40.0%). The use of sunscreen was pointed out by most of the
sample when going to beach or swimming pools (28.9%), with the product being
reapplied for the most part twice (33.3%) or never (31.1%). Most of the
students pointed out that 77.8% do not have a family history of skin cancer. The
most present skin biotype was white skin (44.4%), followed by light white skin
(20.0%) and light brown skin (17.8%). We concluded that the students have a
good knowledge about the care and protection measures regarding their skin, but
they still have erroneous attitudes regarding the types and protection measures.
Keywords: skin cancer, solar radiation, photoaging.
O câncer
de pele é uma doença multifatorial resultante das alterações genéticas, fatores
ambientais e hábitos de vida [1]. Essa doença apresenta diferentes linhagens
como câncer de pele melanoma (CPM) e câncer de pele não melanoma (CPNM), sendo
95% dos casos diagnosticados do tipo CPNM [2].
O tipo
melanoma é o menos frequente e mais grave, detectado em 4% dos pacientes. Nas
fases iniciais é curável, mas, sem tratamento, pode implicar no surgimento de
metástases que causam elevada mortalidade [3].
A
principal causa dos cânceres de pele é a grande exposição aos raios
ultravioletas (R-UV), sendo o sol sua principal fonte. Outros fatores de riscos
envolvidos incluem mutações em genes regulatórios, exposição à radiação
ionizante, arsênico, hidrocarbonetos poli aromáticos e alterações do sistema
imunológico, entre outros [4].
A
estimativa de novos casos de CPNM do Instituto Nacional de Câncer (INCA) para
2014 foi de 182.130 casos. O órgão prevê que este tipo de câncer continue sendo
o mais incidente no Brasil. Avalia-se que em 2020 o número de novos casos será
da ordem de 15 milhões em todo o mundo [5].
Além da
exposição à radiação solar, aumentou a exposição a fontes artificiais de
radiação ultravioleta, sendo elas os bronzeamentos artificiais que são feitos
através de dispositivos emissores de UVB. O uso desses dispositivos emissores
de raios ultravioletas para o bronzeamento vem crescendo rapidamente nas
últimas décadas e, principalmente, em países industrializados [6].
Os
primeiros aparelhos possuíam lâmpadas fluorescentes emissoras de UVB. Porém, os
sérios riscos de eritema e de danos oculares levaram à sua substituição por
outros modelos. Apesar de essas lâmpadas emitirem predominantemente UVA, elas
também emitem pequenas quantidades de UVB [7].
O foto
envelhecimento da pele ocorre pela exposição aos raios ultravioleta, podendo
vir acompanhados por flacidez muscular e cutânea, alguns riscos podem ser
diminuídos com o uso de protetor solar, chapéus, óculos de proteção UVB e
exposição em horários adequados [8].
Foi
comprovado que o uso desses adereços diminui e pode até reverter os efeitos do
foto envelhecimento da pele. Isto é importante, pois tanta exposição aos raios
ultravioletas sem proteção solar está atingindo um grande número de pessoas em
todo o mundo, ocasionando então o envelhecimento da população e um aumento
significativo nos casos de câncer de pele [8].
A cidade
de Patos, na Paraíba, apresenta problemas decorrentes da falta de planejamento
urbano, como substituição da cobertura vegetal nativa para a abertura de novas
ruas, avenidas, edificações que modificam as características de refletância da
superfície e, consequentemente, os principais componentes do balanço de
energia. Assim, o município apresenta índices médios de 547,43 W/m² de radiação
solar ao ano [9].
Este
estudo é muito importante, pois visa analisar a percepção dos discentes de
Fisioterapia quanto ao uso de proteção solar contra riscos ao câncer de pele,
manchas e fotoalergias, como também os fatores de
risco como pele, olhos e cabelos claros, têm maior propensão a queimaduras e
sensibilidade solar e a presença de fototipo tem sido associada ao maior risco
para desenvolvimento dos cânceres. Partindo de tais considerações, a presente
pesquisa apresenta a seguinte indagação: será que os discentes de Fisioterapia
de uma universidade particular têm conhecimento quanto ao grau de risco à saúde
que a exposição solar sem proteção pode trazer?
O
referido estudo enquadrou-se como uma pesquisa quali-quantitativa,
por levantar dados estatísticos e interpretá-los tendo como base fenômenos
dentro de seus contextos, buscando seu significado. A pesquisa foi realizada na
cidade de Patos, PB e a amostra foi composta por discentes do curso
de Fisioterapia da UNIFIP (n = 300), sendo escolhida uma amostra de 45
estudantes para participar do estudo.
Os
critérios de inclusão abrangem ser estudante do curso de Fisioterapia, sem distinção
de gênero, ter idade entre 18 e 27 anos, residir integral ou parcialmente no
município de Patos, disponibilizar informações sobre o uso de protetor solar e
sua exposição diária ao sol, além de assinar o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE).
Como critérios
de exclusão pode-se adotar a não participação de recém-ingressos na instituição
(alunos do 1º período), pois esse público pode ser recém-chegado na cidade de
Patos, não configurando um participante ideal de acordo com os itens do
questionário a ser preenchido.
A coleta
de dados foi realizada mediante aplicação de questionários sociodemográficos
(idade, sexo, naturalidade) com discentes do curso de Fisioterapia de uma
universidade particular, residentes na cidade de Patos/PB, sendo abordadas
questões objetivas e subjetivas em relação à temática proposta.
Os dados
foram coletados e armazenados em um banco criado no programa Microsoft Excel® e
a análise estatística realizada no programa. Por meio da estatística
descritiva, as variáveis quantitativas foram apresentadas expressando a medida
de porcentagem. Todas as análises foram conduzidas usando o software IBM SPSS versão
20.0.
A
realização deste estudo considerou a Resolução nº 466/12 do Conselho Nacional
de Saúde que rege sobre a ética da pesquisa envolvendo seres humanos direta ou
indiretamente, assegurando a garantia de que a privacidade do sujeito da
pesquisa será preservada. Este projeto foi submetido ao Comitê de Ética em
Pesquisa do Centro Universitário UNIFIP e logo após a aprovação gerou o
seguinte número de parecer N° 3.389.072
Participaram
do estudo 45 indivíduos, destes a maioria n = 36 (80,0%) eram do sexo feminino,
estavam na faixa etária entre 21 e 27 anos n = 32 (71,1%), e no quesito
relacionado ao tabaco, pôde-se perceber que a maioria n = 40 (88,9%) não eram
fumantes.
Tabela I - Características da amostra
Fonte:
Dados da pesquisa 2020
Na tabela
II, pode-se perceber que a maioria da amostra n = 20 (44,4%) era composta por
indivíduos da cor branca, assim como a maioria n = 23 (51,1%) respondeu que
quase sempre queima, raramente bronzeia.
Tabela II - Variáveis relacionadas ao fototipo
Fonte:
Dados da pesquisa 2020
Na tabela
III estão descritos os resultados referentes a exposição solar, na qual n = 23
(51,1%) responderam que possuem uma exposição solar diária menor que uma hora,
com um horário de exposição mais frequente n = 22 (48,9%) entre 10 e 16 horas,
a maioria n = 26 (57,8%) afirmou adotar medidas de proteção, sendo o protetor
solar o mais citado n = 18 (40,0%), o uso do protetor foi apontado pela maior
parte da amostra ao irem a praias ou piscinas n = 13 (28,9%), tendo a
reaplicação do produto feita em sua maioria por duas vezes n = 15 (33,3%) ou
nunca n = 14 (31,1%). Na pergunta sobre a frequência de lesões por radiação,
obteve-se em sua maioria n = 29 (64,4%) a resposta de que nunca tiveram lesões.
Tabela III - Variáveis relacionadas à exposição
solar
Fonte:
Dados da pesquisa 2020
Na tabela
IV, os resultados mostram que n = 35 (77,8%) da amostra não possuem histórico
familiar de câncer de pele, porém dos que responderam que possuíam algum
parentesco com esse diagnóstico, n = 06 (64,5%) citaram que vinha dos avós.
Quanto aos antecedentes de lesão por radiação solar, a maioria n = 31 (68,9%)
não possuíam, assim como n = 39 (86,7%) não possuíam histórico de câncer de
pele, nem fazem uso de bronzeamento artificial n = 41 (91,1%) e não possuem fotoalergia n = 42 (93,3%).
Tabela IV - Variáveis referentes ao câncer de
pele
Fonte:
Dados da pesquisa 2020
A tabela
V mostra os resultados do conhecimento da amostra em relação ao filtro solar,
na qual a grande maioria n = 38 (84,0%) da amostra sabia o significado de FPS,
assim como n = 26 (58,0%) sabiam responder o que significava PPD. Quando foram
questionados sobre em que amostra se baseia a escolha do filtro solar, a
maioria n = 34 (26,0%) respondeu que era pelo FPS+PPD. Na questão sobre a
escolha do filtro solar, os participantes puderam escolher mais de uma
alternativa, desde modo pôde-se observar uma ultrapassagem do número da amostra
da pesquisa.
Tabela V - Conhecimento sobre filtro solar
Fonte:
Dados da pesquisa 2020
A presente
pesquisa contou com a participação de 45 acadêmicos do Curso de Bacharelado em
Fisioterapia de uma universidade particular, sendo 80% do sexo feminino e 20%
do sexo masculino. Como neste estudo, Magazoni et
al. [10] avaliaram os hábitos de exposição solar de 185 acadêmicos do curso
de fisioterapia, sendo 28 (15,14%) do gênero masculino e 157 (84,86%) do gênero
feminino. E a média de idade dos discentes foi de aproximadamente 23 anos,
dados que vão de acordo com os deste estudo.
Alves et
al. [11] também realizaram estudos similares e sua população foi de 79,7%
do sexo feminino e apenas 20,3% do sexo masculino. Em relação à faixa etária,
92,2% estavam com idades entre 19 e 29 anos, dados que também corroboram os do
presente estudo.
Essa
diferença de percentuais entre mulheres e homens relacionadas ao sexo pode ser
explicada nos estudos de Leite et al. [12] pelo fato de que as mulheres
apresentam maior cuidado com a própria saúde e maior interesse diante das
ciências médicas, quando relacionadas aos homens, que por sua vez optam nas
áreas humanas e de ciências exatas.
No que se
refere ao uso do tabaco, 88,9% declararam nunca ter fumado. Esse dado indica
uma maior preocupação desses estudantes com os riscos do consumo de tabaco, uma
vez que por serem da área de saúde conhecem os prejuízos da utilização do mesmo
[13].
Nos
estudos de Mota e Barja [14] que buscou classificar
os tipos de pele através de medidas fotoacústicas in vivo, relacionando o nível
de sinal fotoacústico à classificação proposta por Fitzpatrick,
foram identificados quatro diferentes fototipos de
pele. O fototipo III que se caracteriza pela cor morena clara apresentou 51,1%
dos casos, seguido do tipo IV que se trata da cor Morena moderada 33,3% e o
tipo I que é a cor branca clara foi a menos frequente, divergindo dos dados
deste estudo no qual o fototipo mais predominante foi a do tipo II (Branca) com
44,4%.
Em relação à cor da pele das voluntárias,
Santos et al. [15] observaram em seus estudos que 50% possuem pele clara
que algumas vezes queima, porém sempre bronzeia, seguidos de 40% que possuem
pele morena clara que raramente queima e sempre bronzeia e por fim 10% que
possuem pele clara que sempre queima e algumas vezes bronzeia. Dados estes que
não concordam com os desta pesquisa, uma vez que em sua maioria (51,1%)
declarou que sua pele “Quase sempre queima, raramente bronzeia”.
No que se
diz respeito às variáveis relacionadas à exposição solar, Magazoni
et al. [10] declararam que 68,65% da sua população ficam em exposição
solar até 2 horas diárias e o horário de maior exposição solar com maior
percentual foi entre 10 e 15 da tarde com 53,89%. Portanto, esses dados vão ao
encontro desta pesquisa.
Em
relação às medidas de proteção Magazoni et al. [10]
constataram que 49,29% utilizam óculos, discordando com os desta pesquisa, já
que a maioria utiliza o protetor solar como primeira medida de proteção. 41,62%
dos entrevistados fazem uso de protetor solar diariamente, dados que discordam
do estudo de Rocha et al. [16] em que 58,7% dos estudantes entrevistados
não fazem uso do protetor solar, tornando-se um fato alarmante visto vários
estudos comprovando os prejuízos causados pelas irradiações solares.
Os
participantes da pesquisa de Oliveira et al. [17] também foram
questionados com relação à frequência de lesões por radiação e reparou-se que
74% não obtiveram nenhum tipo de lesão, corroborando os dados da pesquisa em
questão. Portanto esse fato se torna um ponto positivo uma vez que Souza et
al. [18] diz que a maioria dos casos de melanoma estão associados a episódios
intensos de radiação solar aguda, resultando em diversas lesões.
De acordo
com Castilho et al. [19], o câncer de pele é a neoplasia de maior
incidência no Brasil. Deste modo, entender os meios que possam influenciar na
proteção e exposição aos raios solares torna-se de extrema importância para sua
prevenção. Estes autores buscaram avaliar hábitos de fotoexposição
e fotoproteção, bem como conhecimento de fatores de
risco para câncer de pele. A população estudada foi de 368 sujeitos e nenhum
dos entrevistados declarou ter sido acometido por casos de câncer da pele,
melanoma ou não melanoma.
Nos
estudos de Turco [20], que teve como objetivo avaliar o conhecimento quanto ao
câncer de pele, sua relação com exposição solar e prevenção em alunos do SENAC
de Aparecida de Goiânia, 66 dos entrevistados não apresentam antecedentes de
neoplasias dermatológicas, e 11 tiveram casos de câncer cutâneo na família. 67%
dos acometidos pela patologia foram os avós, 17% os tios, 8% os pais e 8% os
irmãos.
Segundo
Castilho et al. [19], o bronzeamento artificial causa não só cânceres da
pele, mas também fotoenvelhecimento, fotodermatoses,
reações alérgicas e a piora de algumas dermatoses. Essa prática nos estudos dos
autores citados foi baixa, referida por apenas 3,5% (n = 7) dos participantes
sendo todas mulheres, concordando com os da presente pesquisa que teve um
percentual de apenas 8,9% (n = 4) dos sujeitos que fazem uso. Contudo, apesar
de um índice baixo, ainda se detectaram casos de usuários de camas de bronzeamento
artificial.
No que se
refere à prevalência dos casos de fotoalergia, a
pesquisa detectou apenas 3 casos, deste modo estes dados concordam com Serra et
al. [21] quando apontam que a fotoalergia
desenvolve-se apenas em um número limitado de indivíduos. A mesma necessita de
sensibilização prévia, podendo, todavia, ocorrer em primeiras exposições por
reações cruzadas entre moléculas estruturalmente semelhantes, é passível de
exacerbações, não é dependente da dose do cromóforo exógeno, e requer baixa
exposição à radiação UV.
Godinho et
al. [22] em seus estudos falam que o uso do protetor solar se tem tornado
hábito crescente nas últimas décadas, como também a disseminação das
informações sobre sua importância e a adesão de sua utilização. Deste modo
esses dados concordam com os desta pesquisa, na qual 84,4% dos sujeitos sabiam
o significado do FPS, mostrando um percentual satisfatório para esta pesquisa.
Outro
questionamento feito aos sujeitos da pesquisa foi sobre o conhecimento sobre o
PPD que, segundo Moyal [23], indica o grau de
proteção contra os raios UVA. A maioria dos entrevistados declarou que sabe o
que significa PPD (58%), dados que afirmam a preocupação desses estudantes
sobre as características do protetor solar.
Quando
foram questionados sobre em que amostra se baseia na escolha do filtro solar,
as respostas foram bastante diversificadas, mantendo os percentuais de escolha
bastante próximos de todos os quesitos apresentados. De acordo com Purim e Wroblevski [24], em suas
pesquisas, revelaram que as medidas fotoprotetoras são muito variáveis de
acordo com a população e região estudada.
Pompeu et
al. [25] também fala que as medidas de fotoproteção
são bastante discrepantes de acordo com o local, faixa etária e condição
socioeconômica. E Andreola et al. [26] afirmam
que o papel dos pais desde a infância na orientação e nas práticas de fotoproteção é importante para os estudantes, e também
observaram que esse papel era menos frequente em famílias com menor escolaridade.
Os
estudantes possuem um bom conhecimento sobre os cuidados e medidas de proteção
com relação a sua pele, porém ainda cometem atitudes errôneas em relação aos
tipos e medidas de proteção que utilizam. Assim, espera-se que diante dos
resultados encontrados, haja um maior cuidado com a proteção da saúde física
como também aos cuidados com a pele, não somente pelos estudantes, mas também
pela população em geral.
Conflitos
de interesse
Os autores
declaram não haver conflito de interesses
Fontes
de financiamento
Este
trabalho foi desenvolvido com financiamento próprio
Contribuição
dos autores
Concepção
e desenho da pesquisa:
Machado RSMS, Dutra RKD; Coleta de dados: Machado RSMS; Análise e
interpretação dos dados: Machado RSMS; Análise estatística: Machado
RSMS, Dutra RKD; Redação do manuscrito: Machado RSMS; Revisão crítica
do manuscrito quanto ao conteúdo intelectual importante: Dutra RKD