Fisioter Bras 2023;24(5)Supl1:S1-S138
doi: 10.33233/fb.v24i5.5553
VI
Congresso Brasileiro de Fisioterapia na Saúde da Mulher (VI COBRAFISM)
I
Congresso Internacional de Fisioterapia na Saúde da Mulher
Vitória,
Espírito Santo
5
e 6 de outubro de 2023
PRESIDENTE
DA ABRAFISM
Ana
Carolina Rodarti Pitangui, Universidade de Pernambuco
carolina.pitangui@upe.br
PRESIDENTE
DO VI COBRAFISM
Néville
Ferreira Fachini de Oliveira, Universidade Federal do
Espírito Santo
neville.oliveira@ufes.br
PRESIDENTE
DE HONRA
Patricia
Driusso, Universidade Federal de São Carlos
pdriusso@ufscar.br
PRESIDENTE
DA COMISSÃO CIENTÍFICA
Cristine
Homsi Jorge, Universidade de São Paulo
cristine@fmrp.usp.br
COMISSÃO
CIENTÍFICA
Cristine
Homsi Jorge
ABRAFISM
- Ribeirão Preto/SP
Universidade
de São Paulo
cristine@fmrp.usp.br
Patricia
Driusso
Universidade
Federal de São Carlos
pdriusso@ufscar.br
Ana
Carolina Rodarti Pitangui
(ABRAFISM
- Petrolina/PE)
Universidade
de Pernambuco – Campus Petrolina
carolina.pitangui@upe.br
Néville
Ferreira Fachini de Oliveira
Universidade
Federal do Espírito Santo
neville.oliveira@ufes.br
Mariana
Maia Oliveira Sunemi
Universidade
Federal de Minas Gerais
marimfo@gmail.com
Licia
Santos Santana
(ABRAFISM
- Aracaju/SE)
Universidade
Tiradentes, Aracaju, SE
licia2s@hotmail.com
Caroline
Caetano Pena
Universidade
de São Paulo
carolinecpena@usp.br
Cintia
Helena Santuzzi
Universidade
Federal do Espírito Santo
cintiasantuzzi@yahoo.com.br
Daiana
Meneguelli Leal
Faculdade
Multivix de Cachoeiro de Itapemirim
daianamene@gmail.com
Luciana
Mamede Gomes
Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro
mamede2010@gmail.com
Letícia
Maciel de Freitas
Universidade
de São Paulo
leticiamaciel@usp.br
Waleska
Oliveira Modesto
Universidade
Estadual de Campinas
waleskaomodesto@gmail.com
Eloisa
Pascoal Rizzo
Escola
Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória
zizarizzo@gmail.com
Glaucimeire
Rocha Carvalho
Universidade
Federal do Espírito Santo
glauci_meire21@hotmail.com
Patrícia
Caldeira
Universidade
de Vila Velha
patriciacaldeira@uvv.br
Como citar
Oliveira NFF, Jorge
CH, Sunemi MMO, Pitangui ACR, Driusso P. VI Congresso Brasileiro de Fisioterapia na Saúde da Mulher (VI
COBRAFISM) - I Congresso Internacional de Fisioterapia na Saúde da Mulher.
Fisioter Bras. 2023;24(5)Supl1:S1-S138. doi: 10.33233/fb.v24i5.5553
EDITORIAL
A
Fisioterapia na Saúde da Mulher é a especialidade voltada à assistência
fisioterapêutica ao longo do ciclo vital feminino. No Brasil a especialidade é
reconhecida pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional por meio
da Resolução Nº. 372/2009 e regulamentada por meio da Resolução-COFFITO nº 401.
Trata-se de uma especialidade que congrega a atuação do fisioterapeuta
considerando as abrangentes necessidades de saúde das mulheres e ao mesmo tempo
reconhece a especificidade em cinco áreas de atuação, a saber: assistência
fisioterapêutica em uroginecologia e coloproctologia, ginecologia, obstetrícia, disfunções
sexuais femininas e mastologia. Sua filosofia de trabalho é alinhada aos
preceitos contidos no sistema único de saúde (SUS) do Brasil e globalmente nas
necessidades de saúde das mulheres, especialmente relacionados à integralidade
do cuidado, aspectos biopsicossociais, perfil de morbimortalidade feminina e
impacto na funcionalidade. As mulheres possuem necessidades ímpares de
assistência fisioterapêutica considerando também as morbidades mais prevalentes
e aquelas diretamente relacionadas aos aspectos reprodutivos, incluindo o ciclo
menstrual, ciclo gravídico-puerperal e ao climatério/ envelhecimento.
Em
nível nacional a Associação Brasileira de Fisioterapia em Saúde da Mulher
(ABRAFISM) realiza desde 2005 um trabalho hercúleo em prol de uma assistência
fisioterapêutica qualificada voltada à saúde das mulheres, incluindo entre
outras atividades a organização de eventos científicos como o Congresso
Brasileiro de Fisioterapia em Saúde da Mulher. Por isso, temos a imensa
satisfação de apresentar os anais do VI COBRAFISM e do I Congresso
Internacional de Fisioterapia em Saúde da Mulher. Os resumos submetidos ao VI
COBRAFISM e aprovados para serem publicados nesta edição especial da revista
Fisioterapia Brasil, refletem a amplitude da produção científica e da atuação
do Fisioterapeuta na Saúde da Mulher. No total temos 95 resumos publicados
entre as cinco áreas de atuação da especialidade de Fisioterapia em Saúde da
Mulher, adicionando-se área de ensino e extensão como a sexta área de
classificação dos resumos. Com desenhos metodológicos e em cenários de prática
variados os estudos abordam aspectos importantes da Fisioterapia em saúde da
mulher, incluindo relatos de experiências, avaliação e evidência cientificas
sobre os efeitos do tratamento fisioterapêutico.
O Brasil tem se tornado referência
na produção de estudos clínicos de alta qualidade metodológica na área da
Fisioterapia em Saúde da Mulher. Esperamos que a apresentação dos trabalhos no
VI COBRAFISM e publicação dos resumos neste número especial, possa inspirar
acadêmicos e pesquisadores a atingirem a excelência em pesquisa que
necessitamos para obtenção de níveis de evidência científica cada vez mais
altos e que possam favorecer uma prática fisioterapêutica baseada em evidência
nos diversos níveis de atenção fisioterapêutica voltada à saúde da mulher.
Cristine
Homsi Jorge
Patricia Driusso
Néville Ferreira Fachini
de Oliveira
Ana
Carolina Rodarti Pitangui
TRABALHOS
ORAIS PREMIADOS
Análise
da função sexual em mulheres com incontinência urinária: estudo clínico
transversal cego
Izabela Mendes, Ana Carolina Dias Oliveira,
Marcela Cristina Levino da Silva, Marcele Florêncio
das Neves
Efeito
de um programa de treinamento da musculatura do assoalho pélvico utilizando
aplicativo móvel sobre a queixa urinária de gestantes: ensaio clínico
randomizado
Natasha
Moreno Bazilio Silva, Thayna
Martins Cunha, Letícia Rodrigues Silva, Juliana Silveira Alves, Vanessa Santos
Pereira Baldon, Rogério Melo Costa Pinto
Comparação
da experiência de parto entre mulheres que usaram ou não recursos não
farmacológicos para alívio da dor
Alice Moralez de Figueiredo, Jordana Barbosa da Silva, Patricia Driusso
Avaliação
da função sexual de pessoas transgêneras
Thays Marina Roncato
Barcelos, Luiz Gustavo Oliveira Brito, Cristine Homsi
Jorge, Silvio Antonio Franceschini, Julia Kefalás Troncon, Lucia Alves da
Silva Lara
Orientações
para prevenção da estenose vaginal em mulheres com câncer ginecológico pós
braquiterapia pélvica nos serviços de radioterapia no Brasil
Suellen
Aline Porcino Gonzaga, Maria Gabriela Baumgarten Kuster,
Samantha Karlla Lopes de Almeida Rizzi
TRABALHOS
EM PÔSTERES PREMIADOS
Características
sociodemográficas e de parto das puérperas internadas na maternidade de alto
risco do Hospital Universitário de Vitória - ES: dados preliminares
Mariana
de Oliveira, Ester Junger Lumbreras,
Natalia Gonçalves Cordeiro, Hellen Pedracini Gottardo, Adrieny do Nascimento
Borges, Fernanda Mayrink Gonçalves Liberato, Néville
Ferreira Fachini de Oliveira
Caracterização
do uso de medicamentos em mulheres com Dismenorreia Primária
Jéssica
Cordeiro Rodrigues, Mariana Arias Avila, Patricia Driusso
Efeitos
da oficina de parto na percepção do medo e expectativas em relação ao parto: um
estudo de viabilidade
Bruna
Gonçalves Dias, Amanda Martins Silva, Clara Gualter,
Júlia Cortes Cavalcante, Mariana Maia de Oliveira Sunemi,
Elyonara Mello de Figueiredo
Disfunção
sexual em sobreviventes ao câncer de mama: o impacto da terapia hormonal
Giulia
Batista Palma, Julia Melo Rocha Xavier, Júlia Cortes Cavalcante, Juliana
Pereira Campos, Natália Cardoso Campos, Elyonara
Mello de Figueiredo, Mariana Maia de Oliveira Sunemi
Conhecimento
e prática em relação à prevenção de linfedema secundário ao tratamento
oncológico mamário: estudo multicêntrico
Mariana
Maia de Oliveira Sunemi, Marcela Ponzio Pinto e
Silva, Ticiana Mira, Miriam Raquel Diniz Zanetti,
Tânia Terezinha Scudeller, Maria Teresa Pace do
Amaral
Área Temática: Disfunções
sexuais femininas
Tratamento
da dispareunia em mulheres sobreviventes de violência
sexual: relato de experiência
Waleska Oliveira Modesto
Universidade
Estadual de Campinas
Introdução: A violência sexual provoca uma
interação complexa de repercussões físicas, emocionais e sociais. A resposta
emocional de luta, fuga e congelamento pode manifestar em ativação física
crônica do assoalho pélvico, causando dispareunia por
aumento do tônus, quando associada a hipervigilância
o vaginismo, ou quando persistente a vulvodínia. As
respostas ao trauma da violência são individualizadas, desta forma, entender
sobre a abordagem acolhedora e diferentes métodos pode contribuir para melhores
resultados no tratamento da fisioterapia. Objetivo: apresentar um relato
de intervenção com mulheres sobreviventes de violência sexual com queixas de dispareunia. Métodos: análise crítica e descritiva
de um relato de experiência, no qual foram revisados prontuários entre 2021 e
2023 de um ambulatório de fisioterapia, e avaliadas variáveis como, idade do
abuso, número de sessões até a alta, ansiedade, aversão ao toque, abandono do
tratamento e distração cognitiva sexual. Entre os tipos de intervenção: prática
sensível, educação sobre o trauma, massagem perineal, consciência corporal,
dilatadores, mindfulness sexual e treino da fantasia
(CAAE 72124123.6.0000.5404). Resultados: foram avaliadas 24 mulheres com
declaração espontânea de história prévia de violência sexual, sendo abuso
infantil o tipo de violência mais relatado (n = 16). Ansiedade foi o sintoma
mais prevalente (n = 19), seguido de distração cognitiva sexual (n = 8). Todas
as mulheres que abandonaram o tratamento (n = 6), o abandono aconteceu entre os
dois primeiros encontros, apresentavam aversão ao toque e relataram altos níveis
de ansiedade. Duas mulheres relataram “quase desmaiar” ao realizar a
automassagem perineal, foi recomendado o uso de dilatador a sete mulheres, 4
relataram medo e ansiedade e uma se recusou a usar. Conclusão: foi
identificado a necessidade do desenvolvimento de diversas abordagens na
administração do toque físico, das orientações quanto a massagem perineal
domiciliar e na abordagem e apresentação do uso dos dilatadores. E a elaboração
de condutas para tornar o tratamento mais seguro e com práticas acolhedoras.
Palavras-chave: violência sexual; fisioterapia; dispareunia
Referências
Padoa A, McLean L, Morin M, Vandyken
C. The Overactive Pelvic Floor (OPF) and sexual dysfunction Part 1:
Pathophysiology of OPF and its impact on the sexual response. Sex Med Rev.
2021;9(1):64-75. doi: 10.1016/j.sxmr.2020.02.002
Quaghebeur J, Petros P, Wyndaele JJ,
De Wachter S. The innervation of the bladder, the pelvic floor, and emotion: A
review. Auton Neurosci. 2021;235:102868.
doi: 10.1016/j.autneu.2021.102868
Schachter, CL et al. Handbook on Sensitive Practice for Health Care
Practitioners: Lessons from Adult Survivors of Childhood Sexual Abuse. Ottawa:
Public Health Agency of Canada; 2008.
Fisioterapia
Pélvica em Foco: apresentação de ações de extensão da UDESC - CEFID voltadas
para a Saúde da mulher
Djanara Barbosa Brito1, Ana Beatriz
Pereira Silva2, Soraia Cristina Tonon da
Luz2
1CREFITO 10
2Universidade do Estado de Santa Catarina
Introdução: O Grupo de Reabilitação do Assoalho
Pélvico e Disfunção Sexual (GRAPEDIS) atende mulheres com Incontinência Urinária
(IU) e diversas disfunções sexuais. Suas atividades incluem atendimentos
individuais às mulheres no ambulatório de Fisioterapia de um Hospital
referência em Saúde da Mulher. Essa ação se especializa em avaliações e
intervenções não cirúrgicas para minimizar ou curar os sinais e sintomas de IU
e outros diversos sintomas do assoalho pélvico. Objetivo: Apresentar o
método dos atendimentos individuais do GRAPEDIS com foco em Fisioterapia
Pélvica na saúde da mulher. Método: Relato de caso de mulheres que participaram
do GRAPEDIS durante o primeiro semestre de 2023 no Hospital de referência em
saúde da Mulher, que ocorriam uma vez por semana, nestes atendimentos foram
incluídas (CAAE 62639516.8.3001.0114): o caso de uma mulher de IU no pós
operatório de cirurgia ginecológica e uma mulher com Incontinência Urinária de
Urgência (IUU), no qual realizou-se uma avaliação física individualizada
utilizando o New Perfect e o questionário
Internacional Consultation on
Incontinence Questionnaire
– Urinary Incontinence (ICIQ-UI)
com plano de tratamento fisioterapêutico personalizado para cada paciente. Resultados:
As pacientes apresentaram perda de urina antes de chegar ao banheiro e a
esforços físicos, com ICIQ-UI e New perfect com valor
baixo antes do tratamento e após o protocolo de tratamento fisioterapêutico
Pélvico que incluiu: Exercícios globais de condicionamento físico; Mobilidade
Pélvica; Educação em Saúde; Treinamento dos Músculos do Assoalho Pélvico (TMAP)
e orientações para TMAP domiciliar, ocorreu uma evolução no resultado após
novas avaliações. Conclusão: O protocolo de tratamento fisioterapêutico
proporcionou para as pacientes aumento de força e resistência dos músculos do
Assoalho Pélvico e diminuição das perdas urinárias após os atendimentos que
ocorriam uma vez por semana. O método proposto na ação de extensão cumpriu com
seu papel em diminuir as perdas urinárias e melhorar a qualidade de vida das
mulheres.
Palavras-chave: saúde da mulher; fisioterapia pélvica;
incontinência urinária
Referências
Brasil DM, Nicolau AI, Bilhar AP, Karbage AS, Lucena SV, Carmo TF et al. Incontinência
urinária e função sexual feminina: revisão integrativa de questionários
validados. Acta Paul Enferm. 2018;31(5):558-63.
Piassarolli VP, Hardy E, Andrade NF, Ferreira NO, Osis
MJD. Treinamento dos músculos do assoalho pélvico nas disfunções sexuais
femininas. Rev Bras Ginecol Obstet. 2010;32(5):234–40.
Experiência
de mulheres com dor associada ao intercurso sexual: um estudo qualitativo
Andresa
Aguiar dos Santos1, Felipe Reis1,2
1Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ)
2Vrije
Universiteit Brussel
Introdução: A dor sexual ainda é pouco explorada
na literatura, principalmente relacionada a experiência de dor, crenças e a
relação com os profissionais. Objetivo: Investigar a experiência de
mulheres com dor sexual considerando diferentes aspectos do modelo
biopsicossocial. Método: Estudo qualitativo composto por mulheres com
dor sexual (CAAE 64505922.9.0000.5268). Foram realizadas entrevistas
semiestruturadas com perguntas abertas. Para avaliar a função sexual foi
utilizado o Índice de Função Sexual Feminina (IFSF). A análise qualitativa foi
realizada através do Taguette. A análise temática dos
dados considerou: 1) leitura inicial; 2) identificação preliminar de códigos;
3) alocação dos códigos nos temas; 4) revisão de temas; 5) alocação dos temas
em categorias; 6) síntese final do estudo. Resultados: O estudo foi
composto por 31 mulheres com média de idade de 29,2 (DP = 9,7) anos e média de
52,6 (DP = 41,9) meses de duração da dor. A pontuação média no IFSF foi de 19,7
pontos. As experiências das participantes foram agrupadas nos temas: (1)
histórico de dor sexual; (2) experiência de viver com dor; (3) crenças; (4)
comportamento; (5) busca por ajuda; (6) tratamentos; (7) relação com profissionais
da saúde; (8) facilitadores e barreiras; (9) expectativas. A maioria das
participantes relaciona o início da dor à primeira relação sexual e a descrevem
comumente como ardência, queimação e/ou sensação de rasgar. Os impactos
negativos na relação sexual, no relacionamento e na autoestima foram as
consequências mais comuns. As emoções evocadas em relação a experiência de dor
foram comumente reportadas como sensação de culpa, frustração e inferioridade. Conclusão:
A pesquisa sobre a vivência de participantes com dispareunia
revelou convivência prolongada com dor, frequentemente ligada as primeiras
relações sexuais. As crenças das mulheres sugerem múltiplas causas para essa
dor, enquanto que a falta de informação e o constrangimento dificultam a busca
por ajuda profissional.
Palavras-chave: dor; dispareunia;
pesquisa qualitativa
Referências
Faubion SS, Rullo JE. Sexual
dysfunction in women: a practical approach. American family physician.
2015;92(4): 281-88.
McCool-Myers M et al.
Predictors of female sexual
dysfunction: a systematic review and qualitative analysis through gender
inequality paradigms. BMC women's Health. 2018;18(1):1-15.
Tayyeb M, Gupta V. Dyspareunia. [Updated 2023 Jun 5]. In: StatPearls [Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; 2023
Thomtén J, Linton SJ. A psychological view of sexual pain
among women: applying the fear-avoidance model. Women’s
Health. 2013;9(3):251-63.
Análise
da função sexual em mulheres com incontinência urinária: estudo clínico
transversal cego
Izabela Mendes, Ana Carolina Dias Oliveira, Marcela
Cristina Levino da Silva, Marcele Florêncio das Neves
Universidade
do Vale do Paraíba
Introdução: As disfunções sexuais femininas são
prevalentes entre as mulheres com incontinência urinária, e podem estar
relacionadas com alterações anatômicas e/ou fatores emocionais, o que gera
constrangimento, ansiedade e insegurança na relação sexual. Objetivo:
avaliar a função sexual de mulheres com incontinência urinária. Método:
Foi realizado um estudo clínico transversal cego, constituído por 18
voluntárias com idade média de 52,4 ± 14,7 anos e diagnóstico de IU. O estudo
foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CAAE 32416720.5.0000.5503) e
todas as voluntárias assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Em
seguida foram obtidos os dados sociodemográficos e o questionário Female Sexual Function Index
(FSFI). A análise estatística foi realizada por porcentagem, teste de
normalidade Kolmogorov-Smirnov com valor de
unilateral p=0,001 e correlação de Pearson. Resultados:
Os dados obtidos
mostraram que 61,1% das mulheres com IU apresentaram queixa sexual e
38,9%
nenhuma queixa. Em relação a IU 55,6% apresentaram IUE,
27,8% IUM e 16,7% IUU.
Foi observado forte correlação entre o domínio
lubrificação e excitação (r = 0,81);
excitação e orgasmo (r = 0,74); orgasmo e
lubrificação (r = 0,64); satisfação e
excitação (r = 0,85); satisfação e
lubrificação (r = 0,81); satisfação e
orgasmo (r = 0,80). O domínio dor apresentou forte
correlação com a excitação
(r = 0,67), lubrificação (r=0,65), orgasmo (r = 0,774) e
satisfação (r = 0,71).
Entretanto, o domínio desejo apresentou correlação
nula em relação aos demais
domínios. Foi possível observar forte
correlação (r = 0,69) entre a queixa
sexual referida apenas com o domínio dor do FSFI. Conclusão: As mulheres
com incontinência urinária apresentam queixas sexuais relacionadas à dor, que impactam
de forma negativa nas fases do ciclo sexual. Portanto, destaca-se a importância
da prevenção e tratamento das disfunções sexuais pela equipe multidisciplinar,
com educação em saúde sexual e recursos terapêuticos para melhora dos sintomas
e qualidade de vida da mulher.
Palavras-chave: incontinência urinária; função sexual;
ciclo sexual
Referências
Moradinasab S et
al. Efect of cognitive–behavioral therapy on sexual self esteem and sexual function of reproductive aged women sufering from urinary incontinence. Int Urogynecol
J. 2023 Aug;34(8):1753-63.
Hwang J, Lee MS.
Relationship between female sexual function, vaginal volume, vaginal resting
tone, and pelvic floor muscle strength in women with stress urinary
incontinence. Obstet Gynecol
Sci. 2023;66(4):327-33.
Frigerio M et al. Quality of life, psychological wellbeing,
and sexuality in women with urinary incontinence—where are we now: A Narrative
Review. Medicina 2022;58:525.
Wang Y, Chen W,
Wei L. To compare the effects of two pelvic floor muscle treatments on quality
of life and sexual function in female patients with urinary incontinence. Sex
Med 2022; 10:100561.
Hwang UJ et al.
Relationship between sexual function and pelvic floor and hip muscle strength
in women with stress urinary incontinence. Sex Med. 2021;9:100325.
Agradecimentos:
Clínica Spazio Saúde e Faculdade de Ciências da Saúde
da Universidade do Vale do Paraíba
Alterações
físicas e emocionais decorrentes do tratamento de câncer de mama impactam na
função sexual de mulheres pós mastectomia? Estudo clínico transversal cego
Izabela Mendes, Larissa Garcez Coelho, Larissa
Lima de Souza, Rafaela Ester de Lima
Universidade
do Vale do Paraíba
Introdução: A mastectomia gera uma transformação
relacionada a imagem corporal, assim como no âmbito funcional, social,
emocional e sexual. Fatores estes que podem agravar com a quimioterapia e
radioterapia, conhecidos pelos efeitos colaterais como queda de cabeça, aumento
de peso, fadiga, menopausa induzida, dispareunia,
baixa excitação e lubrificação vaginal. Objetivo: avaliar a função
sexual de mulheres após mastectomia devido câncer de mama. Método: Foi
realizado um estudo clínico transversal cego, constituído por 5 voluntárias com
idade média de 59 ± 9,7 anos e que realizaram mastectomia unilateral devido
câncer de mama. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CAAE
67524023.2.0000.5503) e todas as voluntárias assinaram o Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido. Em seguida foram obtidos os dados sociodemográficos e o
questionário Female Sexual Function
Index (FSFI). A análise estatística foi realizada pelo teste de normalidade Kolmogorov-Smirnov com valor de unilateral p = 0,001 e
correlação de Pearson. Resultados:
Os dados sociodemográficos mostraram
que as 5 mulheres realizaram quimioterapia e radioterapia após
mastectomia,
sendo que 3 entraram em menopausa induzida devido ao tratamento e 2
estavam em
menopausa antes do tratamento. Os dados obtidos do FSFI mostraram que o
domínio
desejo apresentou correlação fraca e/ou nula com os
domínios excitação (r = 0,33),
lubrificação (r = 0,32), orgasmo (r = 0,30),
satisfação (r = -0,06) e dor (r = 0,21).
Entretanto, o domínio dor apresentou forte
correlação com a lubrificação (r = 0,82),
orgasmo (r = 0,91) e satisfação (r = 0,77). E forte
correlação ao comparar
excitação e lubrificação (r = 0,98),
excitação e orgasmo (r = 0,95), excitação e
satisfação (r = 0,90), lubrificação e
orgasmo (r = 0,98), lubrificação e
satisfação (r = 0,92), orgasmo e satisfação
(r = 0,90). Conclusão: A
mastectomia é uma condição complexa com impacto negativo na função sexual
feminina, principalmente devido aos quadros de dor, o que impacta na aceitação
de imagem, depressão e desvalorização, além da insegurança na relação sexual,
trazendo prejuízo em todas as fases do ciclo sexual.
Palavras-chave: câncer de mama; mastectomia; função
sexual
Referências
Mahshid B, Firouzabadi O, Joulaee
A. The efectiveness of group problem-solving therapy
on women’s sexual function and satisfaction after mastectomy surgery. BMC
Women’s Health. 2022;22:50. doi:
10.1186/s12905-022-01628-x
Vegunta S et al. Sexual health after a breast cancer
diagnosis: addressing a forgotten aspect of survivorship. J Clin Med. 2022;11:6723. doi:
10.3390/jcm11226723
Haris I et al. Sexual Dysfunction following breast cancer
chemotherapy: a cross-sectional study in Yogyakarta, Indonesia. Cureus.
2023;15(7): e41744. doi:10.7759/cureus.41744
Agradecimentos:
Clínica Spazio Saúde e Faculdade de Ciências da Saúde
da Universidade do Vale do Paraíba
Avaliação
da função sexual de pessoas transgêneras
Thays Marina Roncato
Barcelos1, Luiz Gustavo Oliveira Brito2, Cristine Homsi Jorge3, Silvio Antonio
Franceschini3, Julia Kefalás Troncon3,
Lucia Alves da Silva Lara3
1Hospital Israelita Albert Einstein
2Universidade de Campinas
Introdução: Atualmente, há um gap no conhecimento
sobre a função sexual (FS) de pessoas transgêneras na
literatura. A maioria dos estudos usa de termos e conceitos inadequados para
avaliar a FS, como por exemplo libido. Objetivo: Avaliar a FS de homens e
mulheres transgêneros. Métodos: Uma amostra de pessoas trans frequentadoras do Ambulatório de Incongruência de
Gênero do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto participaram deste estudo
transversal. Este projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, sob o
número CAAE 29969419.8.0000.5440. O Inventário de Função Sexual Feminina (FSFI)
e o Inventário de Função Sexual Masculina (IFSM) foram usados para avaliar a
função sexual de homens (58) e mulheres (50) trans. Além disso, os
participantes responderam a um questionário semiestruturado que acessou os
sentimentos com relação à condição trans e a satisfação
com a vida sexual. Dados clínicos foram acessados por meio do prontuário
médico. Resultados: Em comparação com as mulheres trans,
os homens tiveram resultados melhores no escore total do IFSF (p = 0,01), e nos
domínios de excitação (p = 0,01), lubrificação (p = 0,01), orgasmo (p = 0,01) e
satisfação (p = 0,01). Além disso, eles também obtiveram melhores escores no
questionário IFSM, tanto no escore total (p = 0,01), como nos domínios de
ereção (p = 0,01), excitação (p = 0,01), orgasmo (p = 0,01) e satisfação (p = 0,01).
A avaliação semi-estruturada indicou que mais da
metade dos homens trans e quase metade das mulheres trans estavam satisfeitos com a vida sexual. Conclusão:
Os escores de homens e mulheres nos questionários IFSF e IFSM são de risco para
disfunção sexual, mesmo os homens trans apresentando
melhores escores que as mulheres. Porém, na avaliação semiestruturada mais da
metade dos homens e quase metade das mulheres estavam satisfeitos com a vida
sexual.
Palavras-chave: função sexual; transgêneros; afirmação
de gênero
Referências
Pacagnella RC,
Martinez EZ, Vieira EM. Validade de construto de uma versão em português do Female Sexual Function Index. Cad Saúde Pública. 2009. Nov;25(11):2333–44.
Kalmbach DA, Ciesla JA, Janata JW, Kingsberg SA. The
Validation of the Female Sexual Function Index, Male Sexual Function Index, and
Profile of Female Sexual Function for Use in Healthy Young Adults. Arch Sex Behav. 2015 Aug;44(6):1651–62.
Barcelos TMR, Ferreira CHJ, Lerri
MR, Brito LGO, Sá MFS, Sá ACS, et al. Sexual function of transgender women
after gender affirming surgery: A mini review. Clinical Anatomy. 2022
Jul;35(5):560–70.
Rosen, C. Brown,
J. Heiman, S. Leib R. The Female Sexual Function
Index (FSFI): A multidimensional self-report instrument for the assessment of
female sexual function. Journal of Sex & Marital Therapy.
2000 Apr;26(2):191–208.
Agradecimentos:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) -
Código de Financiamento 001
Disfunção
sexual em sobreviventes ao câncer de mama: o impacto da terapia hormonal
Giulia
Batista Palma, Julia Melo Rocha Xavier, Júlia Cortes Cavalcante, Juliana
Pereira Campos, Elyonara Mello de Figueiredo, Mariana
Maia de Oliveira Sunemi
Palavras-chave: câncer de mama; disfunções sexuais
fisiológicas; inibidores da aromatase
Referências
Instituto nacional de câncer (INCA). Dados e
números. Disponível em:
https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/gestor-e-profissional-de-saude/controle-do-cancer-de-mama/dados-e-numeros
Manual diagnóstico e estatístico de transtornos
mentais/DSM-5. 5ed. Artmed: Porto Alegre; 2014.
Crean-Tate KK et al. Management of genitourinary syndrome
of menopause in female cancer patients: a focus on vaginal hormonal therapy. Am
J Obstet Gynecol. 2020;222(2):103-13.
Gandhi C et al.
Sexual dysfunction in breast cancer survivors: is it
surgical modality or adjuvant therapy? Am J Clin Oncol. 2019;42:500-6.
Baumgart J et al.
Sexual dysfunction in women on adjuvant endocrine therapy after breast cancer. Menopause.
2013;20(2):162-8.
Atuação
da fisioterapia no tratamento da dispareunia: uma
revisão da literatura
Milena
Maria Pires Marques, Jaqueline de Freitas Oliveira Ribeiro
Centro
Universitário - FAMINAS
Introdução: A dispareunia
é a ocorrência de dor durante ou após a relação sexual, afeta diretamente a
saúde sexual, física e mental, causando depressão, ansiedade e baixa
autoestima. Devido à sua etiologia multifatorial, é necessária uma abordagem
multidisciplinar, os fatores musculoesqueléticos desempenham um papel
importante, assim, reabilitar o assoalho pélvico é fundamental para tratar essa
disfunção. Objetivo: Elaborar e analisar um levantamento bibliográfico
sobre a atuação da fisioterapia no tratamento da dispareunia.
Método: Trata-se de uma revisão da literatura baseada na análise de
artigos científicos, indexados nos últimos 10 anos, utilizando as bases de
dados BVS, SciELO, PEDro e PubMed.
Foram encontrados 266 estudos, 82 foram excluídos por estarem fora do período
estipulado, foram removidos 3 resultados duplicados, após análise do título e
resumo 176 estudos foram excluídos por estarem fora do tema, sendo selecionados
5 artigos que se enquadravam na proposta do estudo. Resultados: A
melhora do quadro de dor foi um resultado presente em todos os estudos. Através
de estudos randomizados foram acompanhadas 199 mulheres com queixa de dispareunia, as técnicas aplicadas foram a massagem de Thiele, termoterapia, terapia
manual, eletroterapia, fortalecimentos dos músculos pélvicos e terapia
extracorpórea por ondas de choque. As intervenções duraram entre 4 e 12
semanas, 1 estudo não disponibilizou este dado, o tempo médio do atendimento
foi de 35 minutos, 2 estudos não disponibilizaram os dados. Outros resultados
encontrados foram a melhora da qualidade de vida, da função sexual e da função
muscular do assoalho pélvico. Conclusão: A fisioterapia dispõe de
diversos recursos para o tratamento da dispareunia,
melhorando a dor, a função sexual e a qualidade de vida. Porém os estudos não
apresentaram um consenso quanto a um protocolo específico para o tratamento,
não estabelecendo quantidade e tempo do atendimento, sendo necessários novos
estudos randomizados para padronização desses protocolos de tratamento.
Palavras-chave: Dispareunia;
Fisioterapia; Reabilitação
Referências
Ghaderi F et al.
Pelvic floor rehabilitation in the treatment of women with dyspareunia: a
randomized controlled clinical trial. Int Urogynecol
J. 2019;30:1849–55.
Hurt K et al.
Extracorporeal shock wave therapy for treating dyspareunia: A prospective,
randomized, double-blind, placebo-controlled study. Annals of Physical and
Rehabilitation Medicine. 2021;64:101545.
Pereira FS. Treinamento dos músculos do
assoalho pélvico em mulheres com dispareunia: um
ensaio clínico randomizado. Fisioter Bras 2020;21(4):380-7.
Schwartzman R et al. Intervenção
fisioterapêutica para mulheres com dispareunia: um
ensaio clínico randomizado. J Sexo Conjugal. 2019;45(5):378-94.
Silva APM et al.
Perineal Massage Improves the Dyspareunia Caused by Tenderness of the Pelvic
Floor Muscles. Rev Bras Ginecol Obstet. 2017;39:26–30.
Área Temática: Ensino e
extensão
Ignorar
não funciona! Comportamento sexual inapropriado por parte do paciente (CSIP) no
estágio de fisioterapia
Waleska Oliveira Modesto1, Kauany Beatriz Belfort das Neves2, Layna Kellen Pãozinho Campelo2,
Erica Silva Martins2
1Universidade Estadual de Campinas -
UNICAMP
2UNICEUMA
Introdução: O comportamento sexual inapropriado
por parto do paciente (CSIP) é definido como qualquer ato verbal, físico
explícito, ou percebido, de natureza sexual inaceitável nos cuidados em saúde.
Uma das suas principais consequências é o adoecimento físico e mental de
mulheres submetidas a esse tipo de violência, em estudantes provoca diminuição
na motivação para o estudo, em assistir aulas, notas mais baixas e menos
atenção durantes as aulas, acarretando assim, em prejuízos em suas carreiras,
tanto no presente quanto no futuro. Objetivo: Avaliar a frequência do
CSIP em relação a estudantes de fisioterapia. Métodos: Foi realizado um
estudo de corte transversal, na UNICEUMA, em São Luíz,
MA, com uma amostra de conveniência entre estudantes de fisioterapia atuantes
na prática clínica por no mínimo seis meses, de ambos os sexos. Foi utilizado
um questionário validado sobre violência sexual no trabalho. CAAE
69547423.2.0000.5084. Resultados: Um total de 93 estudantes participaram
do estudo, 74 (79,6%) do sexo feminino, com uma média de idade de 23,4 ± 2,7;
51 (54,8%) estudantes relataram ter sofrido episódios de CSIP durante os
estágios, sendo que 24 (47,1%) dos atendimentos não eram realizados em local
privativo. Trinta e nove (76,5%) estudantes relataram que o assediador era do
sexo masculino e 44 (86,3%) pacientes não apresentavam distúrbios
psiquiátricos. As estratégias utilizadas para lidar com o CSIP foram: 22
(48,9%) estudantes ignoraram, 8 (17,8%) lidaram com humor, 6 (13,3%) mudaram o
comportamento e a dinâmica do atendimento e apenas 1 pessoa relatou o caso ao
professor. As consequências relatadas da violência foram que 39 (86,6%)
estudantes tiveram sentimento de inferioridade e tristeza, 30 (66,6%) irritação
e raiva, 27 (60%) ansiedade e estresse e 20 (44,4%) relataram perda da
concentração. Conclusão: A magnitude das consequências do CSIP é
imensurável, desta forma, são necessários mais estudos sobre prevalência e o
desenvolvimento de práticas de educação e treinamentos de combate à violência.
Palavras-chave: violência sexual; saúde dos estudantes;
fisioterapia
Referências
Johnson C, Knight
C, Alderman N. Challenges associated with the definition and assessment of
inappropriate sexual behaviour amongst individuals
with an acquired neurological impairment. Brain Inj. 2006;20:687–93.
Cambier Z,
Boissonnault JS, Hetzel SJ, Plack MM. Physical
therapist, physical therapist assistant, and student response to inappropriate
patient sexual behavior: results of a national survey. Phys Ther.
2018;98(9):804-14. doi: 10.1093/ptj/pzy067
Ang AYC, Cooper I,
Jenkins S. Sexual professional boundaries: Physiotherapy students experiences
and opinions. N. Z. J. Physiother. 2010;38:106–13.
Prevalência
de doenças reumatológicas em mulheres: revisão narrativa
Marina
Almeida de Souza, Patricia Driusso
Universidade
Federal de São Carlos
marina.almeida@estudante.ufscar.br
Introdução: Doenças reumatológicas podem estar
associadas a disfunções dos sistemas cardiovascular, osteoarticular
e muscular, podendo causar limitações de atividade laborais e de vida diária
afetando a qualidade de vida. Conhecer a prevalência de doenças reumatológicas
em mulheres é importante para uma compreensão abrangente dessas condições e seu
impacto na vida e na sociedade, contribui também para que seja desenvolvida
intervenções assertivas, facilitando o diagnóstico e tratamento. Com isso,
espera-se que haja um auxílio em melhorar os resultados dos cuidados de saúde e
no planejamento à assistência a saúde por parte dos
órgãos públicos e privados. Objetivo: Realizar análise das evidências
sobre a prevalência de doenças reumatológicas em mulheres. Métodos:
Trata-se de uma revisão narrativa. Os termos foram pesquisados por meio dos
Descritores em Ciência da Saúde (DECS) em suas equivalências em inglês na base
de dado Pubmed-Medline, em maio de 2023. A estratégia
de busca foi feita por meio do acrômio PECO, sendo P: mulheres, E: doenças
reumatológicas, O: prevalência. Foram incluídas revisões sistemáticas e ensaios
clínicos aleatorizados publicados nos últimos 10 anos, publicados em inglês,
espanhol ou português. Resultados: A literatura nos indica que as
doenças reumatológicas mais prevalentes na população feminina, são: Osteoporose
35,3% (95%IC: 27,9 – 43,4); Osteoartrite de joelho 4,8% (95%IC: 4,4 – 5,2);
Osteoartrite de quadril 8,5% (95%IC: 4,8 – 13,1); Fibromialgia 3,9% (95%IC: 2,7
– 5,1); Lúpus Eritematoso Sistêmico 7,8% (95%IC: 0,0002 – 0,001) e Esclerose
Sistêmica 2,8% (95%IC: 0,0002 – 0,0003). Conclusão: A prevalência de
doenças reumatológicas na população feminina é alta, no entanto estes dados
podem estar subestimados para algumas doenças, como no caso da fibromialgia. A
maioria dos estudos primários de prevalência foi realizado na Europa e Estados
Unidos, necessitando de dados mundiais sobre a prevalência e impacto das
doenças reumatológicas sobre a qualidade de vida de mulheres acometidas.
Palavras-chave: doenças reumatológicas; prevalência;
saúde da mulher
Referências
Kolasinski SL, Neogi T, Hochberg MC, Oatis C, Guyatt G, Block J, Callahan L, et al. American College of Rheumatology/Arthritis Foundation
Guideline for the Management of Osteoarthritis of the Hand, Hip, and Knee.
Arthritis Care Res (Hoboken). 2020 Feb;72(2):149-62. doi:
10.1002/acr.24131
Anupama DS, Norohna JA, Acharya KK, Ravishankar, George A. Effect of
exercise on bone mineral density and quality of life among postmenopausal women
with osteoporosis without fracture: A systematic review. Int J Orthop Trauma Nurs. 2020 Nov 1;39:100796.
Salari N, Darvishi N, Bartina Y, Larti M, Kiaei A, Hemmati M, Shohaimi S, Mohammadi M. Global
prevalence of osteoporosis among the world older adults: a comprehensive
systematic review and meta-analysis. J Orthop Surg
Res. 2021 Nov 13;16(1):669. doi:
10.1186/s13018-021-02821-8
Cross M, Smith E,
Hoy D, Nolte S, Ackerman I, Fransen M, et al.The global burden of hip and
knee osteoarthritis: estimates from the global burden of disease 2010 study.
Ann Rheum Dis. 2014 Jul;73(7):1323-30. doi:
10.1136/annrheumdis-2013-204763
Fan Z, Yan L, Liu
H, Li X, Fan K, Liu Q, Li JJ, Wang B. The prevalence of hip osteoarthritis: a
systematic review and meta-analysis. Arthritis Res Ther. 2023 Mar 29;25(1):51. doi:
10.1186/s13075-023-03033-7
Agradecimentos:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) -
Código de Financiamento 001e Grupo Carrefour
Relato
de experiência de um grupo educativo relacionado ao assoalho pélvico feminino
voltado às mulheres da comunidade
Leticia
Maciel de Freitas
Faculdade
de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo
Introdução: Oferecer informações de qualidade
acerca do assoalho pélvico (AP) proporciona melhores chances às
mulheres buscarem tratamento para incontinência urinária. Apesar disso, grande
parte das mulheres não recebem nenhuma informação sobre este tema e não existem
políticas públicas implementadas. Objetivos: Relatar a experiência de
oferecimento de um grupo educativo relacionado ao assoalho pélvico feminino,
voltado às mulheres da comunidade. Método: O grupo educativo é oferecido
há mais de 10 anos, como parte das atividades do estágio dos alunos do curso de
fisioterapia. O grupo é composto por quatro encontros, com duração de uma hora
cada. O objetivo é informar as mulheres da comunidade sobre a anatomia,
funções, disfunções dos AP e opções de tratamento com foco no treinamento dos
músculos do AP. São utilizados recursos didáticos variados incluindo um
protótipo simulador do AP feminino, que se encontra em processo de registro de
patente. Além disso, o grupo oferece atividades práticas por meio de exercícios
de consciência e treinamento dos músculos do assoalho pélvico. Resultados:
Em média, são oferecidas sete atividades ao ano, totalizando cerca de 55
participantes/ano. O grupo possibilita propagação de conhecimento acerca do AP
feminino, favorecendo a prevenção de disfunções do AP e a busca por tratamento
fisioterapêutico. Essa atividade tem possibilitado a integração de atividades
de ensino e pesquisa, contribuindo para dar visibilidade aos problemas
vivenciados pelas mulheres com disfunções do AP, por meio de reportagens,
entrevistas, monografias, dissertações, teses e publicação de artigos
científicos. Conclusão: O relato de experiência desta atividade pode
contribuir servindo como um modelo norteador de atividade educativa voltada ao
assoalho pélvico feminino no contexto da atenção primária à saúde, e apresenta
potencial de ser assimilado dentro das políticas públicas voltadas à atenção
integral à saúde da mulher.
Palavras-chave: educação em saúde; assoalho pélvico;
fisioterapia
Referências
Fernandes ACNL, Palacios-Ceña
D, Hay-Smith J, Pena CC, Sidou
MF, de Alencar AL, Ferreira CHJ. Women
report sustained benefits from attending group-based education about pelvic
floor muscles: a longitudinal qualitative study. J Physiother.
2021 Jul;67(3):210-16. doi:
10.1016/j.jphys.2021.06.010
de Andrade RL, Bø K, Antonio FI, Driusso P,
Mateus-Vasconcelos ECL, Ramos S, Julio MP, Ferreira
CHJ. An education program
about pelvic floor muscles improved women's knowledge but not pelvic floor
muscle function, urinary incontinence or sexual function: a randomised
trial. J
Physiother. 2018 Apr;64(2):91-96. doi:
10.1016/j.jphys.2018.02.010
de Freitas LM, Bø K,
Fernandes ACNL, Uechi N, Duarte TB, Ferreira CHJ. Pelvic floor muscle knowledge and relationship with
muscle strength in Brazilian women: a cross-sectional study. Int Urogynecol J. 2019 Nov;30(11):1903-1909. doi: 10.1007/s00192-018-3824-y
Agradecimentos:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) -
Código de Financiamento 001
Fisioterapia
na Saúde da Mulher: conhecimento dos discentes da área da saúde
Gabriela
Favorido de Carvalho, Leda Tomiko Yamada da Silveira,
Ana Claudia Germani, Elizabeth Alves Ferreira
Universidade
de São Paulo
Introdução: O desconhecimento dos profissionais de
saúde sobre a atuação da Fisioterapia na Saúde da Mulher (FSM) pode prejudicar
o encaminhamento e tratamento global da paciente. Objetivo: Avaliar o
conhecimento dos alunos da saúde sobre a atuação da FSM, e se este está
associado aos cursos e anos de graduação. Métodos: Estudo transversal, método survey para estudantes da saúde da Universidade de São
Paulo, sobre a atuação da FSM. Realizou-se análise descritiva, com associações
feitas por teste qui-quadrado e regressão logística
(p = 0,05). Parecer Número 4.863.697. Resultados: Participaram 208
discentes: Enfermagem (12%), Fisioterapia (20%), Fonoaudiologia (12%), Medicina
(18%), Nutrição (11%), Psicologia (11%), Saúde Pública (8%) e Terapia
Ocupacional (8%), de diversos anos da graduação: primeiro (31%), segundo (17%),
terceiro (16%), quarto (20%), quinto (14%) e sexto (2%). A mediana de idade foi
21,5 (20,0 - 24,0) anos, sendo 77,4% mulheres e 68,3% brancos. As respostas
foram analisadas de forma dicotômica (resposta correta versus incorreta, incompleta
ou “não sei”) para os tópicos: Incontinência Urinária: 26% versus 74%; Bexiga
Hiperativa: 25% versus 75%; Prolapso: 13% versus 87%; Obstetrícia: 43% versus
57%; Mastologia: 19% versus 81%; Disfunção Sexual: 33% versus 67%. Dessas, 27%
das respostas gerais foram consideradas corretas. Houve associação entre a
porcentagem de respostas corretas com os cursos e ano da graduação, exceto para
Incontinência Urinária. A chance de acertar foi 3 vezes maior quando a Fisioterapia
foi abordada nas aulas [OR = 2,96 (1,6-5,6), 96% respondeu que
interdisciplinaridade auxilia no raciocínio clínico para o tratamento global do
paciente e gostaria de ter mais conteúdos interdisciplinares. Conclusão:
Alunos dos cursos da saúde possuem pouco conhecimento sobre a atuação da FSM,
sendo este associado ao curso e ao ano de graduação.
Palavras-chave: Palavras-chave: saúde da mulher; educação interprofissional; conhecimento.
Referências
Mazzali L,
Nascimento GR. Análise do tratamento fisioterapêutico na diminuição da dor
durante o trabalho de parto normal. Ensaios e Ciência: Ciências Biológicas,
Agrárias e da Saúde. 2008;XII(1):7-17.
Mcdowell D, Gobert D. Patient Access
to Pelvic Floor Dysfunction Physical Therapy: Challenging Trends to Adequate
Patient Care. Medical Research Archives. 2020;8(4). doi:
https://doi.org/10.18103/mra.v8i4.2078
Rocha MMA. Papel
do fisioterapeuta na área de saúde materno-infantil: em busca da dignificação
de uma área profissional. [Dissertação]; 2014.
Van Diggele C, Roberts C, Burgess A, Mellis
C. Interprofessional education: tips for design and implementation. BMC Med
Educ. 2020 Dec 3;20(Suppl2):455. doi:
10.1186/s12909-020-02286-z
Davisson L, Nuss M, Cottrell S. Women's Health Curriculum for Internal
Medicine Residents: Development, Implementation, and Evaluation. J Grad Med Educ. 2010
Sep;2(3):398-403. doi: 10.4300/JGME-D-09-00069.1
Agradecimentos:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) -
Código de Financiamento 001
.
Fisioterapia
na gestão em saúde relacionada ao ciclo gravídico-puerperal: relato de
experiência da participação no PET-saúde com a temática gestão e Assistência
2022/2023
Ana
Cristina de Oliveira Novaes1, Elisa Aparecida Gomes de Souza1,
Inaê Lima Vaccari Sant’anna1, Marjorie
Toledo Nogueira1, Rafaela Zandonadi Souza2,
Meyrielle Belotti1, Néville
Ferreira Fachini de Oliveira1
1Universidade Federal do Espírito Santo
2Secretaria Municipal de Saúde de Vitória
Introdução: A gestão em saúde é uma temática que
tem sido discutida entre profissionais, população geral e gestores. A
fisioterapia possui, em sua diretriz curricular, a competência de gestão em
saúde e pode atuar nesse campo, no entanto, este mercado é pouco explorado na
graduação. O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) em seu
edital 2022-2023 trouxe como temática a assistência e gestão e o município de
Vitória por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SEMUS) em parceria com a
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) estabeleceu a realização de
atividades vinculadas ao ciclo gravídico-puerperal. Objetivos: Descrever um
relato de experiência sobre a participação da Fisioterapia na gestão em saúde
no ciclo gravídico-puerperal. Método: Trata-se de um relato de
experiência de graduandas de Fisioterapia da UFES em vivência interprofissional
com uma graduanda da Terapia Ocupacional, na SEMUS de Vitória, de agosto/2022 a
julho/2023, que participaram do grupo tutorial de gestão do PET-Saúde (edital
2022/2023). Resultados: As graduandas realizaram diversas atividades
sobre a gestão: capacitação acerca dos sistemas de informação em saúde, estudo
do programa de financiamento da atenção primária por meio dos indicadores de
saúde relacionados à temática do Programa Previne Brasil, organização dos
processos de trabalho e treinamento dos profissionais de saúde sobre as
plataformas de saúde e registros profissionais. Conclusão: A atuação da
fisioterapia no PET-Saúde Gestão mostrou-se relevante especialmente na formação
profissional. As graduandas vivenciaram estratégias de gestão o que
proporcionou maior entendimento do papel dos gestores e importância do serviço
para a assistência. Além disso, foi possível fomentar a inclusão da
fisioterapia nos serviços de gestão em saúde. Espera-se que, por meio dessa
experiência, a gestão do trabalho em saúde possa ser ampliada para outros
cargos e disseminado durante a graduação.
Palavras-chave: gestão em saúde; fisioterapia; ensino; saúde da mulher
Referências
Ameida KM,
Avena RP. Contribuição da formação acadêmica em gestão: desafios do
Fisioterapeuta para atender às demandas do mercado de trabalho. Braz J. Development. 2020; 6(8):55974-7. doi:10.34117/bjdv6n8-130
Brasil. Conselho Nacional de Educação Superior.
Resolução CNE/CES 4, de 19 de fevereiro de 2002. Institui Diretrizes
Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Fisioterapia; 2002.
COFFITO. Conselho Federal de Fisioterapia e
Terapia Ocupacional. Formação Acadêmica e Profissional.
Agradecimentos:
Secretaria Municipal de Saúde, Vitória/ Espirito Santo e Universidade Federal
do Espírito Santo pelo apoio institucional. Este trabalho foi financiado pelo
Ministério da Saúde por meio de bolsas PET/Saúde.
MaternAção: experiência de programa de extensão em
fisioterapia na saúde materna
Ester
Pereira Dezan Martins Gonçalves, Cristiane Kilian, Júlia Cardoso Teotônio da Silva, Bárbara Farias
Martins Rabello, Natália Aguiar, Jaqueline Silva De Oliveira Zanatta, Gesilani Júlia da Silva
Honório
Universidade
do Estado de Santa Catarina
Introdução: O Programa de Extensão MaternAção - Fisioterapia na Saúde Materna está vinculado
ao Centro de Ciências da Saúde e do Esporte (CEFID) da Universidade do Estado
de Santa Catarina (UDESC), iniciando suas atividades início de 2023. Desenvolve
ações com o objetivo principal de avaliar e oferecer atendimento
fisioterapêutico à mulher durante o ciclo gravídico-puerperal. O Programa MaternAção possui três projetos vinculados: MaternAção Ambulatorial; MaternAção
Hospitalar; e MaternEducAção. Objetivo:
Descrever os atendimentos e experiências do Programa MaternAção.
Métodos: Relato de experiência das atividades realizadas no Programa MaternAção (CEFID/UDESC). As atividades contemplaram
assistência à gestantes e puérperas, encontros para
discussão de casos e capacitação dos profissionais e acadêmicos envolvidos nos
atendimentos. Resultados: Ao todo, foram realizadas 14 avaliações
iniciais, sendo oito gestantes e seis puérperas. Das gestantes, duas procuraram
o serviço com o objetivo de se prepararem para o parto vaginal, uma para
melhora do condicionamento físico, quatro para tratamento da incontinência
urinária (IU) e uma para melhorar postura e desconfortos decorrentes da
gestação. Das puérperas, a principal queixa foi IU, prolapso de órgãos pélvicos
e diástase abdominal. As atividades desenvolvidas incluíram avaliação inicial,
reeducação postural, exercícios respiratórios, reabilitação abdominal e do
assoalho pélvico, e orientações a respeito do período gestacional, trabalho de
parto, amamentação e puerpério. Os atendimentos foram conduzidos por acadêmicas
do curso de graduação e pós-graduação em fisioterapia e fisioterapeutas
voluntárias, sob supervisão da professora coordenadora. Os atendimentos
ocorreram em ambiente ambulatorial, semanalmente ou quinzenalmente de acordo
com a necessidade. Ao todo, foram desenvolvidos 30 atendimentos no semestre. Conclusão:
As mulheres atendidas até o momento tiveram benefícios sobre sua saúde durante
o ciclo gravídico-puerperal, compreendendo melhor as modificações do período e
reduzindo queixas. Além disso, as acadêmicas e fisioterapeutas aprimoraram sua
prática clínica e construção profissional, tendo o programa consonância com a
abordagem extensionista a que se destina.
Palavras-chave:
gestantes; puérperas; fisioterapia
Referências
Woodley S et al.
Pelvic floor muscle training for preventing and treating urinary and faecal incontinence in antenatal and postnatal women.
Cochrane Database of Systematic Reviews. 2021;3: 1-220.
Khorasani F et al. Physiotherapy and pelvic floor muscle
exercises for the prevention and treatment of pregnancy-related pelvic floor
dysfunctions: a systematic review and meta-analysis. International Journal of
Women's Health and Reproduction Sciences. 2019;8(2):125-32.
Keil MJ, et al. Fisioterapia
em obstetrícia pelos olhos das gestantes: um estudo qualitativo. Fisioterapia
em Movimento. 2022;35:1-7.
Projeto
de Extensão “Abordagem Fisioterapêutica na Saúde da Mulher” na formação
acadêmica: um relato de experiência das graduandas integrantes
Ana
Cristina de Oliveira Novaes, Sandy Christina Silva, Jussiara
Freitas Ferraz Pereira, Kemily Vasconcelos Armondes da Silva, Marjorie Toledo Nogueira, Flávia Azevedo
de Brito, Néville Ferreira Fachini
de Oliveira
Universidade
Federal do Espírito Santo
Introdução: A extensão universitária tem como
responsabilidade a disseminação do conhecimento gerado na instituição de ensino
superior para a sociedade, com propósito de desenvolvimento da nação, podendo
ser capaz de contribuir significativamente para a mudança da sociedade e deve
ser ofertada de forma obrigatória a partir de 2023. O projeto "Abordagem
Fisioterapêutica na Saúde da Mulher" (PROEFISM) da Universidade Federal do
Espírito Santo (UFES) tem como objetivo oferecer cuidado em saúde a mulheres da
comunidade, mas também promover vivência prática a discentes da especialidade
de Fisioterapia na Saúde da Mulher (FISM), que tem robustez científica, sendo
primeira linha para prevenção e tratamento de diversas incapacidades que
acometem as mulheres. Objetivos: Relatar a experiência de graduandas
integrantes do PROEFISM/UFES na perspectiva da formação acadêmica. Método:
Trata-se de um relato de experiência de cinco graduandas do Curso de
Fisioterapia da UFES integrantes do projeto de extensão PROEFISM no período
entre setembro/2022 a julho/2023. Resultados: Foi possível vivenciar a
prática de diversos conteúdos discutidos na disciplina de FISM e cenários de
assistência em saúde: 1. assistência fisioterapêutica em nível hospitalar
(Hospital Universitário Antônio Cassiano de Moraes - HUCAM) e ambulatorial
(ambulatório de uroginecologia
do HUCAM e Clínica
Escola Interprofissional em Saúde da UFES); 2.
educação em saúde por meio de
produção e entrega de cartilhas; 3.
avaliação, planejamento e intervenções
fisioterapêuticas
nas diversas condições de saúde de mulheres. Conclusão: A participação
no projeto de extensão PROEFISM representou grande relevância para as
graduandas integrantes e impacto positivo na formação. Foi possível ampliar as
oportunidades de aprendizado da prática profissional que é ofertada de forma
insuficiente na graduação, por meio da vivência de assistência fisioterapêutica
a mulheres da comunidade, promovendo mais segurança para a prática
profissional.
Palavras-chave: ensino; relações
comunidade-instituição; especialidade de fisioterapia; saúde da mulher
Referências
Brasil. Plano Nacional de Extensão
Universitária. Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas
Brasileiras e SESu / MEC, 2001.
Brasil. Resolução nº 7, de 18 de dezembro de
2018. Estabelece as Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira
e regimenta o disposto na Meta 12.7 da Lei nº 13.005/2014, que aprova o Plano
Nacional de Educação - PNE 2014-2024 e dá outras providências.
Associação Brasileira de Fisioterapia em Saúde da
Mulher. Ensino em Fisioterapia na Saúde Mulher, 2021.
Agradecimentos: Hospital
Universitário Antônio Cassiano de Moraes e a Clínica Escola Interprofissional
de Saúde da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) pelo apoio institucional.
Este trabalho foi financiado pela UFES por meio de bolsa de extensão PIBEX da Pró-Reitoria de Extensão (PROEX/UFES).
“Diversifica,
Lafism! Como eu, enquanto fisioterapeuta, posso
contribuir para minimizar as barreiras ao acesso a serviços de saúde de
qualidade?”
Ana
Luiza Ferreira de Castro, Júlia Marques Rodrigues, Mariana Maia de Oliveira Sunemi, Elyonara Mello de
Figueiredo, Giulia Batista Palma, Bárbara De Melo Bicalho
Universidade
Federal de Minas Gerais
Introdução: A Liga Acadêmica de Fisioterapia na
Saúde da Mulher- LAFISM, filiada à UFMG, é uma entidade sem fins lucrativos que
trabalha junto à comunidade científica e universitária, com vistas à promover acesso à temas relevantes e atuais.
Semestralmente, diretoria e ligantes elegem temas a serem abordados nas palestras
e atividades - capacitações ou ações de extensão. Objetivos: No primeiro
semestre de 2023, o objetivo foi compreender as demandas das minorias sociais
frente aos atendimentos da fisioterapia na saúde da mulher e o acesso à saúde. Métodos:
foram realizadas 8 palestras onlines, com
profissionais de referência nas áreas, abordando o atendimento fisioterapêutico
à população LGBTQIA+, à mulheres vítimas de violência
sexual, com deficiência, quilombolas e aquelas reclusas em unidades prisionais.
Além disso, foi realizada uma capacitação presencial sobre a relação entre a
biomecânica da dança e estados emocionais, com enfoque em saúde mental. Resultados:
Dados apresentados pelos palestrantes evidenciaram a restrição de acesso à
saúde das minorias. Foram apontadas adversidades, tais como desconhecimento de
terminologias, de condições de saúde e dificuldade de comunicação, e escassez
de profissionais capacitados para ofertar adequada assistência para esta
população. A adesão dos ligantes foi alta e a maioria apresentava pouco ou
nenhum conhecimento sobre os temas. A capacitação despertou reflexões sobre a
importância do movimento com propósito visando não só melhora funcional, mas
também sobre o estado emocional. Conclusão: Nota-se um despreparo
profissional e escassez de recursos para atender às minorias sociais,
demonstrando a necessidade de uma formação mais ampliada para os profissionais
e estudantes da área da saúde, que reduza as barreiras de acesso e promova o
direito à saúde de qualidade.
Palavras-chave: assistência integral à saúde; fisioterapia na saúde da mulher; saúde das minorias
Referências
Biz MCP, Chun RYS.
Operationalization of the International Classification of Functioning,
Disability and Health, ICF, in a specialized rehabilitation center. Codas. 2019 Oct 28;32(2):e20190046. Erratum
in: Codas. 2019 Dec
13;32(2):e20190085.
Coimbra Jr CEA, Santos RV. Saúde, minorias e
desigualdade: algumas teias de inter-relações, com ênfase nos povos indígenas
no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva. 2020;5(1):125–32.
Higa R, Mondaca ADCA, Reis MJ, Lopes MHBM. Atendimento à mulher
vítima de violência sexual: protocolo de assistência de Enfermagem. Revista da
Escola de Enfermagem da USP. 2008;42(2):377–82.
Relato
de experiência do ensino da fisioterapia em saúde da mulher para graduação
Luciana
Mamede Gomes, Maria Eduarda Oliveira da Silva, Ana Clara M. S. Cruz, Lara
Brandão Silva Barcellos
Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro
Introdução: As diretrizes de ensino ressaltam a
humanização na formação profissional em saúde. Na graduação de fisioterapia o
ensino sobre saúde da mulher (SDM) justifica-se pela maioria populacional
feminina, demandando assistência interprofissional à saúde. O ensino desta área
na fisioterapia pautado nas evidências científicas, pesquisa, extensão,
centrado na paciente e políticas públicas, requer métodos ativos. Objetivos:
relatar a experiência de ensino humanizado de fisioterapia em SDM para a
graduação, e estratégias pedagógicas utilizadas. Método: Relato de
experiência de caráter descritivo, sobre o ensino humanizado da fisioterapia em
SDM, e as estratégias pedagógicas utilizadas, na graduação de instituição de
ensino público no Rio de Janeiro, nos últimos 5 anos. A disciplina apresenta
conteúdo 50% prático, em consonância com a Resolução nº 401 de 2011 da
especialidade em SDM, e recomendações de ensino da Associação Brasileira de
Fisioterapia na Saúde da Mulher (ABRAFISM). O estágio na clínica escola (CE)
abrange todas as subáreas da resolução. Múltiplas estratégias pedagógicas
despertam o interesse do acadêmico, dentre elas, liga acadêmica, monitoria,
visitas na CE, treinamento prático entre pares e projetos de extensão. O
processo de sensibilização inicia com depoimentos de acadêmicas veteranas,
sobre a relevância da área e do treinamento prático. Utiliza-se sala invertida,
pontuação para artigos discutidos. Visitas na CE para observar tratamentos das
pacientes e seus depoimentos, devidamente consentidos. A liga acadêmica oferta
discussão científica e workshop. Conteúdos práticos são ministrados
continuamente e há treino do exame ginecológico entre pares, sob supervisão
docente, respeitando adesão voluntária, privacidade, e termo de consentimento.
A avaliação é processual, incluindo casos clínicos reais com simulação de
atores, e presença na monitoria. No estágio são ofertados treinamentos práticos
e monitoria. Percebe-se resultados na segurança, habilidades técnicas e
manuais, autonomia, protagonismo e humanização das acadêmicas para a condução
do tratamento e satisfação das pacientes. Vale ainda ressaltar que há adesão
integral nas aulas práticas.
Palavras-chave: fisioterapia; saúde da mulher; ensino.
Referências
Andrade C et al. O Role Playing
como estratégia de ensino-aprendizagem em curso técnico de enfermagem. Brazilian Journal of Development. 2020;7.
CNE. Resolução CNE/CES 4/2002. Diário Oficial
da União, Brasília, 4 de março de 2002. Seção 1, p. 11.
COFFITO. Resolução nº 401 de 18 de Agosto de 2011. Dispõe sobre a Disciplina a Especialidade
Profissional de Fisioterapia na Saúde da Mulher e dá outras providências.
Brasília: Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, 2011.
Ferreira CHJ et al. Ensino em fisioterapia na
saúde mulher: Orientações e esclarecimentos da Associação Brasileira de
Fisioterapia em Saúde da Mulher (ABRAFISM). 1 ed. Belém: Associação Brasileira
de Fisioterapia em saúde da mulher, 2021.
A
importância da inserção e participação de uma liga acadêmica de fisioterapia em
saúde da mulher: relato de experiência
Rayssa Vieira Tavares, Luana Cristhian Moura Lascosky, Jaissa de Jesus
Oliveira, Raquel Coutinho Luciano Pompermayer
EMESCAM
Introdução: As Ligas acadêmicas são corporações
sem fins lucrativos criadas por discentes e docentes com interesse de aprimorar
e proporcionar conhecimento, pesquisa e extensão em determinada área. Objetivo:
Descrever a percepção de diretores de uma liga de fisioterapia em saúde da
mulher, acerca da importância da inserção no meio acadêmico e participação de
discentes em ligas acadêmicas. Métodos: A liga de fisioterapia em saúde da
mulher da Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória
- EMESCAM (LAFEM) foi fundada em junho de 2022 e continua operando desde então.
Sua diretoria inicial de 12 alunos expandiu-se para incluir 5 ligantes por meio
de processo seletivo. As reuniões ocorriam a cada 15 dias. A diretoria atuou como
organizadora e participante, selecionando temas, convidando palestrantes,
gerenciando documentação, divulgando encontros, definindo datas e locais para
as reuniões, comunicando decisões aos membros, promovendo a escrita científica
e incentivo à participação. Tudo voltado para a saúde integral da mulher,
destacando o papel da fisioterapia. Resultados: Evidencia-se o
importante papel da LAFEM no desenvolvimento profissional de discentes e
docentes, tendo em vista, que a liga proporciona a aplicação da teoria na
prática, por meio de palestras e visitas a instituições de saúde feminina, como
hospitais, maternidades e ambulatórios. Após um ano de funcionamento da liga, é
notório a adesão dos alunos quanto a liga, pois a partir do segundo processo
seletivo há ativamente 27 alunos (diretores e ligantes) na participação da
LAFEM, a orientadora permanece a mesma, enquanto uma nova coorientadora foi
incluída, ambas profissionais da área de saúde da mulher. A liga mantém seu
foco em ensino-pesquisa-extensão. Conclusão: Conclui-se que, a liga
oferece experiências enriquecedoras, produções científicas, networking e
desenvolvimento de competências, estendendo para estudantes e professores
vínculos interpessoais dentro e fora da instituição, ampliando as chances de
uma carreira profissional bem-sucedida.
Palavras-chave: estudantes; fisioterapia
Área Temática: Ginecologia
A dor
lombar está associada a dismenorreia primária? estudo transversal com mulheres
brasileiras
Pâmela
Calixto, Mariana Arias Avila, Caren
Beatriz Firão, Patricia Driusso
Universidade
Federal de São Carlos
pamelacalixto@estudante.ufscar.br
Introdução: A Dismenorreia Primária (DP) é uma
condição ginecológica, que consiste em um quadro doloroso na região pélvica
relacionado ao período menstrual e que acomete entre 50 a 90% das mulheres em
período reprodutivo. A DP é associada a fatores tais como mal-estar, enjoo,
enxaqueca, dor muscular, entre outros. A dor lombar é um dos problemas de saúde
mais frequentes globalmente, sendo uma das queixas mais comuns entre as
mulheres. Objetivos: Este estudo buscou verificar a associação entre a
DP e a dor lombar em mulheres brasileiras. Métodos: Foi realizada uma
pesquisa transversal com mulheres brasileiras, por meio de um questionário
online. A DP foi avaliada pela Escala Numérica de Dor (END) sendo classificada
0 (sem dor), 1 a 3 (dor leve), 4 a 6 (dor moderada) e 7 a 10 (dor severa),
enquanto a dor lombar foi avaliada por autorrelato de
dor lombar. O projeto foi aprovado pelo comitê de ética de pesquisa da
instituição (CAAE 63941722.0.0000.5504). Foi analisada a associação entre DP e
dor lombar, por meio do teste qui-quadrado no
programa estatístico SPSS, sendo adotado um nível de significância de 5%. Resultados:
Foram avaliadas 989 mulheres, das quais 90,7% relataram dor menstrual (9,1% sem
dor, 24,5% leve, 30,7% moderada, e 35,3% severa), com intensidade média de
4,8±2,8. Houve associação significativa entre a dor lombar e a DP (p <
0.001), sendo que 10%, 18,5%, 24,8% das mulheres com DP leve, moderada e
severa, respectivamente, apresentaram dor lombar. Conclusão: Nosso estudo
conclui que existe uma associação entre DP e dor lombar em período menstrual.
Palavras-chave: menstruação; dismenorreia; fisioterapia;
saúde da mulher
Referências
Schoep ME, Nieboer TE, van der Zanden M, Braat DDM, Nap AW. The impact of menstrual symptoms on everyday life: a
survey among 42,879 women. Am J Obstet Gynecol. 2019
Jun;220(6):569.e1-569.e7. doi:
10.1016/j.ajog.2019.02.048
Oliveira RF. Prevalência de dismenorreia e
sintomas menstruais em mulheres brasileiras: estudo transversal. Dissertação
[Mestrado]. Universidade Federal de São Carlos; 2021.
Fernández-Martínez E, Onieva-Zafra
MD, Parra-Fernández ML. Lifestyle
and prevalence of dysmenorrhea among Spanish female university students. PLoS One. 2018 Aug 10;13(8):e0201894. doi: 10.1371/journal.pone.0201894
Agradecimentos:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) -
Código de Financiamento 001
Caracterização
do uso de medicamentos em mulheres com dismenorreia primária
Jéssica
Cordeiro Rodrigues, Mariana Arias Avila, Patricia Driusso
Universidade
Federal de São Carlos
jessica.rodrigues@estudante.ufscar.br
Introdução: A dismenorreia primária (DP) é uma
condição ginecológica caracterizada por dores na região do abdômen antes ou
durante o período da menstruação na ausência de doença pélvica. Algumas
intervenções medicamentosas são recomendadas para o tratamento da DP, como os
anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e os
contraceptivos hormonais. Objetivo: Caracterizar as intervenções
medicamentosas utilizadas por mulheres com DP. Métodos: Estudo
transversal, de dados secundários, de um ensaio clínico randomizado realizado
no Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
Participaram do estudo 174 mulheres com idade superior a 18 anos, nulíparas,
com ciclo menstrual regular e com dor igual ou maior a 4 pontos na Escala
Numérica da Dor (END). As informações sobre as intervenções medicamentosas
utilizadas para a DP foram coletadas 24 horas antes até 72 horas depois do
primeiro dia da menstruação. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em
Pesquisa da UFSCar (CAAE: 16530619.3.0000.5504). Resultados: A idade
média das participantes foi de 25,6 ± 5,8 anos e a média de dor foi de 7,2 ±
1,5 pontos. Mais da metade das participantes (72,4%) utilizava AINEs para o tratamento da DP, sendo que 37,8% utilizavam
mais de um tipo de AINEs. A média de comprimidos
utilizados pelas participantes do estudo foi de 2,37 ± 1,4. Os contraceptivos
hormonais por método oral com estrogênio e progesterona combinados foram
utilizados por 13,7% das participantes. Conclusão: Muitas mulheres
recorrem ao uso de medicamentos para o tratamento da DP. O alto consumo de
medicamentos sugere que esta condição afeta a qualidade de vida das mulheres,
que buscam maneiras de aliviar a dor e desconforto associados à cólica menstrual.
Métodos não farmacológicos para alívio da dor menstrual devem ser amplamente
divulgados para a população feminina.
Palavras-chave: dismenorreia; uso de medicamentos;
saúde da mulher.
Referências
Rodrigues JC,
Avila MA, Driusso P. Transcutaneous electrical nerve stimulation
for women with primary dysmenorrhea: Study protocol for a randomized controlled
clinical trial with economic evaluation. PLoS One.
2021 May 20;16(5):e0250111. doi:
10.1371/journal.pone.0250111
Burnett M, Lemyre M. No. 345-Primary Dysmenorrhea Consensus Guideline.
J Obstet Gynaecol Can. 2017
Jul;39(7):585-595. doi: 10.1016/j.jogc.2016.12.023
Marjoribanks J, Ayeleke RO, Farquhar C, Proctor M. Nonsteroidal
anti-inflammatory drugs for dysmenorrhoea. Cochrane
Database Syst Rev. 2015 Jul 30;2015(7):CD001751. doi:
10.1002/14651858.CD001751.pub3
Agradecimentos:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) -
Código de Financiamento 001 e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São
Paulo (FAPESP) - Processo 2019/14672-7
Prática
baseada em evidência: conhecimento dos fisioterapeutas em saúde da mulher sobre
a estimulação elétrica nervosa transcutânea no tratamento não farmacológico da
dismenorreia primária
Jéssica
Cordeiro Rodrigues1, Ana Jéssica dos Santos Sousa2, Jordana
Barbosa da Silva3, Patricia Driusso1
1Universidade Federal de São Carlos
2Universidade Federal do Ceará
3Universidade Federal do Paraná
jessica.rodrigues@estudante.ufscar.br
Introdução: A Prática Baseada em Evidência (PBE) é
uma abordagem composta pelo uso das evidências científicas, a experiência
profissional e a preferência do paciente. A Estimulação Elétrica Nervosa
Transcutânea (TENS) é considerada um método não farmacológico eficaz no
tratamento da Dismenorreia Primária (DP). Objetivo: Investigar o conhecimento
de fisioterapeutas brasileiros relacionado à PBE e a TENS no tratamento não
farmacológico da DP. Método: Estudo transversal realizado no
Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Os
pesquisadores criaram um questionário semiestruturado e autoaplicável
disponibilizado via Google Forms para avaliar as
características sociodemográficas, acadêmicas e profissionais dos
fisioterapeutas, assim como o conhecimento relacionado à PBE e a TENS. A
pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE:
31374820.7.0000.5504). Resultados: Trinta fisioterapeutas brasileiros
foram incluídos nesta pesquisa. Todos eram mulheres e 43,3% pertenciam a faixa
etária de 20 a 29 anos. A maior parte dos profissionais (93,3%) respondeu que a
sua tomada de decisão terapêutica é pautada pela PBE. No entanto, a
interpretação da análise estatística (40,0%) e o idioma do artigo científico
(40,0%) foram considerados barreiras para incorporar a PBE. Vinte e quatro
profissionais (80,0%) utilizavam a TENS para o tratamento da DP, sendo que 56,6%
utilizavam a TENS de baixa frequência e 23,3% utilizavam a TENS de alta
frequência. Estudos sugerem que a TENS de alta frequência é mais eficaz no
tratamento da DP do que a TENS placebo, enquanto a TENS de baixa frequência
pode não ser mais eficaz do que a TENS placebo. Conclusão:
Fisioterapeutas apresentam algumas barreiras que podem dificultar a
interpretação e implementação das evidências científicas disponíveis sobre a
TENS no tratamento não farmacológico da DP, e mais da metade dos fisioterapeutas
desta pesquisa utilizaram TENS de baixa frequência, que não apresenta eficácia
de acordo com as evidências científicas disponíveis.
Palavras-chave: dismenorreia; prática clínica baseada
em evidências; fisioterapia; saúde da mulher
Referências
da Silva TM, Costa LCM, Garcia AN, Costa LO. What do physical therapists think about evidence-based
practice? A systematic review. Man Ther. 2015
Jun;20(3):388-401. doi: 10.1016/j.math.2014.10.009
Rodrigues JC,
Avila MA, Driusso P. Transcutaneous electrical nerve
stimulation for women with primary dysmenorrhea: Study protocol for a
randomized controlled clinical trial with economic evaluation. PLoS One. 2021 May 20;16(5):e0250111.
doi: 10.1371/journal.pone.0250111
Arik MI, Kiloatar H, Aslan B, Icelli M.
The effect of TENS for pain relief in women with primary dysmenorrhea: A
systematic review and meta-analysis. Explore (NY). 2022 Jan-Feb;18(1):108-113. doi: 10.1016/j.explore.2020.08.005
Proctor ML, Smith
CA, Farquhar CM, Stones RW. Transcutaneous electrical nerve stimulation and
acupuncture for primary dysmenorrhoea. Cochrane
Database Syst Rev.
2002;2002(1):CD002123. doi: 10.1002/14651858.CD002123
Agradecimentos:
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Fundação
de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) - Processo 2019/14672-7
Assoalho
pélvico, qualidade de vida, função e COVID-19 em mulheres
Natacha
Machado Costa, Isabela Sousa Morais, Isadora Savi, Lígia
Maria Canellas Tropiano, Marilia
Rezende Callegari, Gisela Rosa Franco Salerno
Universidade
Presbiteriana Mackenzie
Introdução: A Síndrome respiratória aguda grave
causada pelo Coronavírus 2 (SARS-CoV-2) determinou o
cenário de pandemia global, em março de 2020, pela Organização Mundial de Saúde
(OMS) devido às altas taxas de morbidade e mortalidade. No entanto, ainda não
existem dados exatos sobre os indivíduos que desenvolveram complicações
prolongadas sendo evidente que instituições de saúde estabeleçam serviços de
saúde e reabilitação para minimizar os impactos socioeconômicos. Objetivo:
Sendo assim, foi objetivo dessa pesquisa avaliar sintomas prolongados e/ou
sequelas relacionadas ao sistema uroginecológico
feminino, alterações na qualidade de vida e função corporal, força muscular e a
presença da fadiga. Método: Desta forma foi realizado um estudo observacional,
transversal, descritivo para avaliação das complicações secundárias
pós-COVID-19 em mulheres (CAEE: 55821422.5.0000.0084) que tiveram Covid comparando ao grupo controle. As participantes foram
avaliadas por meio de equipe especializada utilizando testes específicos que
focaram na qualidade de vida, atividades funcionais, fadiga, perda de massa
muscular, satisfação sexual e presença de sintomas urinários persistentes pós-Covid. Resultados: Como resultados foi observado que
o grupo Covid apresentou peso médio maior, classificando
como sobrepeso, massa muscular se alterou de forma importante, qualidade de
vida não se alterou, as atividades de trabalho foram mais impactadas, a
locomoção foi a mais alterada, a fadiga foi um dado bem observado, além de
apresentar alterações na satisfação sexual e o sintoma urinário não foi um
problema encontrado comparado ao grupo controle. Conclusão: Concluindo que a Covid causou sintomas longos na mulher, necessitando por
sua vez de atendimentos especializados e em longo prazo para a minimização dos
danos futuros.
Palavras-chave: COVID-19; distúrbios do assoalho
pélvico; sexualidade
Referências
Boller S et
al. A prevenção da incontinência urinária no contexto da pandemia da Covid-19:
Ações educativas de uma Liga Acadêmica de Enfermagem. Extensão em Foco.
2021;23.
Brilhante M. Isolamento social devido a
SARS-COV-2: impacto nas disfunções do assoalho pélvico. 2021. [Dissertação]. Universidade
Federal do Rio Grande do Norte, Rio Grande do Norte; 2021.
Kropf SP,
Lopes TC, Cerqueira E, Valente PA, Lima ALS, Souto EP, Bermudez
L, Almeida BA, Pimenta DN, Melo CPL. A Fiocruz no tempo presente: ciência,
saúde e sociedade no enfrentamento da pandemia de Covid-19. In: Matta GC, Rego
S, Souto, EP and Segata J.
Os impactos sociais da Covid-19 no Brasil: populações vulnerabilizadas
e respostas à pandemia. Rio de Janeiro: Observatório Covid
19; Editora fiocruz; 2021,
pp.197-208.
Pitanga FJG et al. Inatividade física,
obesidade e COVID-19: perspectivas entre múltiplas pandemias. Revista
Brasileira de Atividade Física. 2020.
Estudo
de confiabilidade inter e intra-avaliadores
e validade do dispositivo Dualpex Plus™ em mulheres
com incontinência urinária
Daniela
Fantin Carro, Leda Tomiko Yamada da Silveira; Adriana Claudia Lunardi, Débora Françoes Porto, Thais
Naomi Sawada, Jorge Haddad, Elizabeth Alves Ferreira
Universidade
de São Paulo
Introdução: A manometria,
método objetivo de avaliação dos músculos do assoalho pélvico (MAP), pode ser
realizada com o Peritron™ (Pr),
que tem adequada confiabilidade intra e inter-avaliador, mas é um equipamento importado de difícil
aquisição. O aparelho Dualpex Plus™ (DP) é um eletroestimulador
e biofeedback de pressão produzido no Brasil que não
teve suas propriedades de medida testadas. Objetivo: Testar a confiabilidade inter e intra-avaliadores e a
validade do DP em mulheres com IU. Métodos: Foram avaliadas 76 mulheres
(20 a 65 anos) com diagnóstico de IU de esforço. Parecer Comitê de Ética 3.373.832.
A manometria foi realizada com o Pr
e o DP, em ordem aleatória, com intervalo de 5 minutos. O DP foi aplicado
novamente no mesmo dia por um segundo avaliador e após uma semana, pelo
primeiro avaliador. Foi comparada a percepção, intensidade da contração e
conforto com cada dispositivo (nota de 0 a 5), pelo teste qui-quadrado.
A confiabilidade inter e intra-avaliadores
foi testada pelo coeficiente de correlação intraclasse
(CCI) com intervalo de confiança de 95% (IC95%), a validade pela correlação de
Pearson (r) entre Pr e DP. Os valores obtidos com
cada aparelho foram comparados pelo Teste T pareado. Resultados:
confiabilidade inter-avaliadores: CCI = 0,85, IC95%
0,76-0,91; intra-avaliadores: CCI = 0.92, IC95%
0,83-0,96; validade: r = 0,83 (p < 0,001). Pressão de contração mensurada
foi diferente entre Pr e DP: 34,9 ± 21,2 vs. 17,6 ±
12,2, p < 0,001. O conforto foi maior com DP que o Pr:
4,4 ± 1,0 vs. 3,5 ± 1,4, p < 0,001. Conclusão: O DP mostrou confiabilidade
inter e intra-avaliadores adequada e correlação forte e positiva com o Pr. Os valores
de pressão de contração dos MAP obtidos com o DP e o Pr
foram significativamente diferentes. O DP foi considerado mais confortável do
que o Pr.
Palavras-chave: incontinência urinária por estresse;
assoalho pélvico; estudo de validação
Referências
Frawley HC et
al. Reliability of pelvic floor muscle
strength assessment using different test positions and tools. Neurourol Urodyn. 2006;25:236-42.
Rahmano N, Mohseni-Bandpei MA.
Application of perineometer in the assessment of pelvic floor muscle strength
and endurance: A reliability study. Journal of Bodywork & Movement
Therapies. 2011;15: 209-214.
Agradecimentos:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) -
Código de Financiamento 001
Avaliação
da periodicidade para limpeza do pessário vaginal no
tratamento do prolapso de órgão pélvico: ensaio clínico randomizado
Geovanna Giorgenon, Letícia
Martinelli Galhardo, Marina Rótoli da Silva, Ana
Paula Corrêa Dias, Camila Carvalho de Araújo, Luiz Gustavo Oliveira Brito, Cassia
Raquel Teatin Juliato
Universidade
Estadual de Campinas
Introdução: O pessário
vaginal é uma alternativa de tratamento conservador para o prolapso de órgãos
pélvicos (POP) com alta efetividade e melhora da qualidade de vida. Entretanto,
o uso desse dispositivo pode estar associado a efeitos adversos, como aumento
da secreção vaginal, ulcerações e evoluir para condições graves como fístulas.
A frequência de higienização do dispositivo pode estar relacionada a taxa de
complicações, mas a periodicidade de limpeza não está estabelecida na
literatura. Objetivo: Comparar a taxa de complicações em mulheres com POP usuárias de pessário com
higienização em 3 ou 6 meses. Métodos: Estudo randomizado, controlado,
1:1 (CAAE: 39943820.7.0000.5404; RBR-6hn82h4). Foram incluídas mulheres com POP
avançado, que optaram pelo tratamento conservador. A randomização foi realizada
em dois grupos: higiene do pessário em 3 meses (H3) e
6 meses (H6). Na avaliação inicial responderam uma entrevista estruturada, e o
questionário validado (ICIQ-VS), e foram submetidas ao exame físico (especular,
teste de whiff, avaliação e coleta do conteúdo
vaginal) a cada monitoramento. Para análise estatística foram utilizados os
testes qui-quadrado, exato de Fisher e ANOVA para
medidas repetidas. Resultados: Foram incluídas 40 mulheres, 20 no grupo
H3 e 20 no grupo H6. A idade média foi de 71,2 (± 14,4) e 71,1 (± 14,1) anos
nos grupos 03 e 06 respectivamente. Não houve diferenças estatísticas entre os
grupos com relação aos sintomas vaginais (p = 0,54), sexuais (p = 0,78), e de
qualidade de vida (p = 0,96), avaliados pelo ICIQ-VS, durante 6 meses de
seguimento. Não houve diferença entre o H3 e H6 em relação a presença de
úlceras ou escoriações. Conclusão: Não houve diferença nas taxas de
complicações em mulheres com POP usuárias de pessário com higienização em 3 ou 6 meses. Portanto, pode
ser adotado com segurança um maior intervalo de tempo de higienização do
dispositivo.
Palavras-chave: prolapso de órgãos pélvicos; pessários; qualidade de vida
Referências
Mao M, Ai F, Kang
J, Zhang Y, Liang S, Zhou Y, et al. Successful long-term use of Gellhorn
pessary and the effect on symptoms and quality of life in women with
symptomatic pelvic organ prolapse. Menopause. 2019;26(2):145-51.
Abdulaziz M, Stothers L, Lazare D,
Macnab A. An integrative review and severity classification of complications
related to pessary use in the treatment of female pelvic organ prolapse. Can Urol Assoc J. 2015;9(5-6):E400-6.
Coelho SCA, Giraldo
PC, Florentino JO, Castro EB, Brito LGO, Juliato CRT.
Can the pessary use modify the
vaginal microbiological flora? a cross-sectional study. Rev Bras Ginecol Obstet. 2017;39(4):169-74.
Propst K, Mellen C, O'Sullivan DM, Tulikangas
PK. Timing of office-based pessary care: a randomized controlled trial. Obstet Gynecol. 2020;135(1):100- 5.
Miceli A, Fernández-Sánchez
M, Polo-Padillo J, Dueñas-Díez
JL. Is it safe and effective to
maintain the vaginal pessary without removing it for 2 consecutive years? Int Urogynecol J. 2020.
Uma
proposta de protocolo de exame físico funcional do assoalho pélvico
Dayane
Duarte Abreu1, Adriana Paula Fontana Carvalho1, Roberta Romaniolo de Mattos1, Carla Antonieli
de Moraes1, Danielle Araújo Mota2, Ana Paula Zacarias de
Souza1
1Universidade Estadual de Londrina
Introdução: O assoalho pélvico (AP) é composto por
músculos, fáscias e ligamentos, que garantem o correto posicionamento e função
dos órgãos pélvicos e abdominais. A integridade anatômica, nervosa e funcional
dessas estruturas é responsável pela manutenção da continência urinária e
fecal, e a prevenção dos prolapsos de órgãos pélvicos. Para isso, é importante
a realização de um exame físico funcional completo que abranja todas suas
funções para nortear diagnóstico e tratamento fisioterapêutico correto. Objetivo:
Disseminar instrumento para avaliação do AP, com enfoque funcional, sem uso de
equipamentos, em implementação no serviço ambulatorial de fisioterapia em uroginecologia do Hospital Universitário da Universidade
Estadual de Londrina. Método:
O instrumento de avaliação proposto foi
desenvolvido para um amplo estudo (CAAE: 27785820.2.0000.5231),
composto de
ficha estruturada que coleta informações gerais, dados
sobre funções
geniturinárias, lombo pélvicas e exame físico. O
exame físico funcional do AP
inicia pela inspeção externa da genitália feminina
para detectar possíveis
alterações, visualização da capacidade de
contração do AP e presença contração
reflexa na tosse. Na palpação externa são
avaliados os reflexos cutâneo
superficial, clitoriano e cutâneo-anal; tensão
muscular externa; e tônus do centro tendíneo do
períneo. Já a palpação vaginal abrange o exame da função proprioceptiva,
detecção de locais de dor; tônus do AP, controle de contração e relaxamento,
força e resistência muscular, coordenação e uso de musculatura acessória
durante o teste (NEW PERFECT). Resultados: Foi possível elaborar
instrumento aplicável e reprodutível na rotina ambulatorial de fisioterapia em uroginecologia, e que abrange os aspectos físicos e
funcionais dos músculos do AP necessários para identificar possíveis disfunções
geniturinárias e lombo pélvicas associadas. Conclusão: Com um protocolo
bem estruturado e com enfoque na funcionalidade do AP, a avaliação torna-se
mais completa e eficaz na detecção de disfunções do AP guiando os objetivos e
escolha de condutas fisioterapêuticas assertivas.
Palavras-chave: assoalho pélvico; exame físico
Referências
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Med Rehabil Clin N Am. 2017;28(3):455-60.
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ultrasound: a cross-sectional study. Ultrasound Obstet Gynecol. 2016; 47(6):768-73.
Rotinas
de fisioterapia no atendimento pré e pós-operatório
em cirurgias ginecológicas de um hospital universitário
Carla Antonieli de Moraes1, Janaina Mayer de Oliveira
Nunes1, Dayane Duarte Abreu1, Roberta Romaniolo
de Mattos1, Adriana Paula Fontana Carvalho1, Ana Paula
Zacarias de Souza1, Danielle Araújo Mota2
1Universidade Estadual de Londrina
2Universidade Federal do Espírito Santo
Introdução: Sabe-se que a atuação da fisioterapia
no pré e pós-operatório, reduz incidências de
complicações e contribui para alta precoce. Dentro da área de ginecologia,
sabemos que além desses benefícios, a atuação fisioterapêutica auxilia na
prevenção de disfunções uroginecológicas futuras,
entretanto a literatura é escassa sobre este tema. Pensando nisso, decidimos
descrever a rotina do atendimento fisioterapêutico realizado em nosso serviço. Objetivo:
Citar as cirurgias ginecológicas mais realizadas em nosso serviço nos últimos 5
anos e condutas adotadas pela fisioterapia no pré e
pós-operatório dessas cirurgias. Métodos: Estudo transversal descritivo
do atendimento fisioterapêutico no pré e pós-operatório
de cirurgias ginecológicas do Hospital Universitário Regional Norte do Paraná, realizado
por residentes e estudantes do último ano de graduação (CAAE
27785820.2.0000.5231). Resultados: As cirurgias ginecológicas mais
realizadas em nosso serviço nos últimos 5 anos incluem histerectomia (27,4%),
laparotomia (8,9%), ooforectomia (6,8%) e salpingectomia (5,7%). As condutas fisioterapêuticas no pré-operatório
incluem: orientações a respeito da cirurgia e sobre o pós
operatório; orientações aos acompanhantes de como auxiliar o paciente;
exercícios respiratórios; exercícios metabólicos; treino de trocas posturais;
treinamento dos músculos do assoalho pélvico. Já no pós-operatório as condutas são
guiadas pelas queixas e via de abordagem cirúrgica: se abdominal, vaginal ou videolaparoscópica. As condutas optadas visam recuperação e
prevenção de disfunções futuras que o procedimento cirúrgico possa causar. De
uma maneira geral, as principais condutas realizadas são: posicionamento no
leito, mobilidade ativa, massagem abdominal, treino respiratório, treino de
passagem de postura, deambulação, crioterapia, treinamento dos músculos do
assolho pélvico, orientações para alta hospitalar e encaminhamento. Conclusão:
A atuação da fisioterapia inclui avaliação e realização de condutas no pré e no pós-operatório das cirurgias ginecológicas, com
finalidade de auxiliar na recuperação pós-operatória, reduzir complicações,
além de prevenir, em especial as disfunções uroginecológicas
como dispareunia, incontinência urinária e prolapsos.
Palavras-chave: cirurgia; fisioterapia; ginecologia
Referências
Kokotovic D, Berkfors A, Gögenur I et al. The effect of postoperative respiratory
and mobilization interventions on postoperative complications following
abdominal surgery: a systematic review and meta-analysis. European Journal of
Trauma and Emergency Surgery. 2021;47(4):975–90.
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Rio de Janeiro: Thieme, 2020.
Magee DJ. Prática
da Reabilitação Musculoesquelética: Princípios e fundamentos científicos.
Barueri: Manole; 2013.
Dor
pélvica crônica e disfunções musculoesqueléticas: estudo de corte transversal
Lívia
Scarpin Agostini, Beatriz da Silva Marchi, Flora Parizotto,
Marcela Ponzio Pinto e Silva, Ticiana Aparecida Alves
de Mira
Universidade
Estadual de Campinas
Introdução: A dor pélvica crônica (DPC) é uma
condição que afeta 26% da população feminina mundial. As causas de DPC são
variadas, mas estudos iniciais estimaram que 14 a 22% das mulheres com DPC
podem ter dor originando-se de estruturas musculoesqueléticas pélvicas. Objetivo:
Descrever a prevalência da localização da dor e de disfunções
musculoesqueléticas em mulheres com dor pélvica crônica. Método: Análise
secundária de dados a partir de estudo de coorte retrospectivo, que avaliou
prontuários de mulheres com dor pélvica crônica atendidas no período de 2011 a
2019, na Seção de Fisioterapia de Hospital em Campinas, SP (CAAE:
38070020.6.0000.5404). Foram coletados dados sociodemográficos e clínicos,
aspectos relacionados à dor (localização) e componentes musculoesqueléticos,
tais como: avaliação postural e função muscular. Resultados: Foram
incluídas 54 mulheres com dor pélvica crônica com média de idade de 41,7 ± 9,3
anos. Os principais locais de dor foram: suprapúbica
(n = 34 - 63%), fossas ilíacas (n = 21 - 38,9%), lombar (n = 21 - 38,9%),
vulva/vagina (n = 6 - 11,1%), região abdominal (n = 4 - 7,4%) e MMII (n = 3 -
5,6%), sendo a dor diária para 34 mulheres e com média de 7,5 ± 2,9 pela escala
de dor. Das mulheres incluídas, 53,7% apresentaram encurtamento muscular com
predomínio de cadeia posterior de membros inferiores (42,6%). Do mesmo modo,
foram observados desnivelamentos de cinturas escapulares e pélvicas (n = 23) e
rotações (n = 14) durante a avaliação postural. Conclusão: Houve prevalência
alta de dor suprapúbica, em fossas ilíacas e lombar
em mulheres com dor pélvica crônica, sendo a dor diária e de intensidade
moderada/intensa. Além disso, disfunções musculoesqueléticas como encurtamentos
da cadeia posterior estiverem presentes em mais da metade desta população, além
de alterações posturais. Dessa forma, a avaliação de disfunções
musculoesqueléticas em mulheres dor pélvica crônica pode auxiliar na
identificação das causas ou efeitos da dor pélvica, influenciando na seleção da
abordagem fisioterapêutica mais adequada.
Palavras-chave: dor pélvica crônica; dor
musculoesquelética; fisioterapia
Referências
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updated review. Pain Physician. 2014 Mar-Apr;17(2):E141-7.
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guidelines panel on chronic pelvic pain. Eur Urol Focus. 2023 Jan;9(1):172-77. doi:
10.1016/j.euf.2022.07.007
Menor
grau de estenose vaginal em mulheres abaixo de 49 anos após braquiterapia do
câncer pélvico ginecológico
Viviane Garnica Miotto1, Tatiana de Bem Fretta1,
Mirella Dias2, Gabriela Dassie Dacana1l,
Pauliana Carolina de Souza Mendes1, Cristine Homsi
Jorge1
1Universidade de São Paulo
2Universidade Estadual de Santa Catarina
Introdução: A braquiterapia pode impactar
diretamente no assoalho pélvico (AP) causando secura vaginal, estenose vaginal
e dispareunia. Apesar disso seu impacto na autoestima
dessas mulheres é pouco estudado. Objetivo: Avaliar o grau de estenose
vaginal e a autoestima das participantes com idade ≤ 49 anos e ≥ 50
anos pós-braquiterapia do câncer pélvico ginecológico. Métodos: Estudo
transversal (CAAE: 45313321.1.0000.5440 e 45313321.1.3002.5355). Foram incluídas
mulheres pós-braquiterapia com idade superior à 18
anos, estadiamento clínico I a III do câncer pélvico ginecológico. Foram
utilizados questionários validados no Brasil para avaliação da autoestima
(Escala de Autoestima de Rosenberg) e Estenose Vaginal (CTCAE). Os
questionários continham itens que abordavam informações gerais, nível
econômico, obstétrico e tratamento. Foi utilizado o programa SPSS 22.0 para
análise estatística. Foi utilizado teste Chi-Quadrado. Resultados: Entre
as participantes com idade igual ou inferior à 49 anos (média de idade de 39.9
± 6.8), 76% não realizaram a cirurgia, 90% fizeram quimioterapia, 97%
radioterapia e 87% receberam 28 GY (dosagem da braquiterapia), 29% apresentam
autoestima alta, 71% autoestima média, 21% Grau 1 de CTCAE, 34% Grau 2 de
CTCAE, 16% Grau 3 de CTCAE. Entre as participantes ≥ 50 anos (média de
idade 57,6 ± 7,7 anos), 60% não realizaram cirurgia, 87% realizaram
quimioterapia, 87% radioterapia e 70% receberam 28 GY da braquiterapia, 23%
apresentam autoestima alta, 77% autoestima média, 16% GRAU 1 CTCAE, 37% GRAU 2
de CTCAE, 23% GRAU 3 de CTCAE. A idade das participantes ≤ 49 anos foi
associada a menor grau de estenose vaginal (p = 0,04). Não houve associação
entre a autoestima com idade (p = 0,60) e à presença de estenose vaginal (p = 0,14).
Conclusão: A idade ≤ 49 anos foi associada à menor grau da
estenose vaginal. Não houve associação da autoestima com idade e estenose
vaginal em mulheres que realizaram braquiterapia do câncer pélvico ginecológico
Palavras-chave: braquiterapia; estenose vaginal;
autoestima
Referências
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cancer who have dyspareunia: a comparative cross-sectional study. Physical
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Fischer OJ, Marguerie M, Brotto LA. Sexual
function, quality of life, and experiences of women with ovarian cancer: a
mixed-methods study. Sex Med. 2019;7:530e539.
Agradecimentos: Coordenação
de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de
Financiamento 001
Fatores
clínicos e funcionais relacionados ao retorno ao trabalho de mulheres tratadas
por câncer de colo de útero: um estudo exploratório
Júlia
Cortes Cavalcante, Amanda Elisa Silva Costa, Agnaldo Lopes da Silva Filho, Mariana
Maia de Oliveira Sunemi, Luciana Aparecida Mesquita, Elyonara Mello de Figueiredo
Universidade
Federal de Minas Gerais
jujuliacavalcante@yahoo.com.br
Introdução: O câncer de colo de útero (CCU) se
caracteriza como um problema de saúde pública, acometendo principalmente
mulheres jovens. Os tratamentos têm cada vez mais sido efetivos, aumentando a
sobrevida. No entanto, deixam sequelas que podem impactar negativamente as
atividades, em especial, o retorno ao trabalho. Objetivo: Investigar
fatores clínicos e funcionais que influenciam o retorno ao trabalho de mulheres
em tratamento oncológico de CCU. Além disso, documentar deficiências e
limitações funcionais de acordo com cada tipo de tratamento para CCU. Método:
Investigou 91 mulheres em tratamento atendidas no Ambulatório de Ginecologia. A
anamnese foi por meio de entrevista. Os dados funcionais incluíram deficiências
do assoalho pélvico, lombalgia e qualidade de vida, mensurados, respectivamente,
por: ICIQ-SF, Escala de Wexner, Questionário Pelvic Pain, questionário Rolland
Morris e EORTC QLQ-CX30 e EORTC QLQ-CX24. O retorno ao trabalho foi mensurado
por meio de questionário desenvolvido para o estudo. Testes estatísticos
caracterizaram as participantes em relação às variáveis. Aprovação pelo Comitê
de Ética da Câmara Departamental de Ginecologia e Obstetrícia (CAAE 06201017.6.
0000.5149). Resultados: A presença de incontinência anal (p<0,001) e
incapacidades relacionadas à dor lombar (p = 0,032) estiveram relacionadas à
não retornar ao trabalho. Entre as mulheres que retornaram, as barreiras
encontradas foram dor, fadiga e necessidade de dividir tarefas (p = 0,02). O
tratamento oncológico conduziu ao afastamento do trabalho (73,6%), a mudanças
de função durante o tratamento (45,1%) e após o tratamento (41,8%) e mudança de
profissão (25%). Conclusão: De 10 mulheres, 2 não retornam ao trabalho.
Incontinência anal e dor lombar são as maiores dificuldades de retorno.
Cirurgia associada a quimioterapia e radioterapia desencadeiam maior
dificuldade em realizar tarefas no trabalho; quimioterapia e radioterapia podem
gerar dificuldade de cumprir metas; e cirurgia pode desencadear a dificuldade
de concentração.
Palavras-chave: câncer de colo do útero; retorno ao
trabalho; sobreviventes de câncer
Referências
Claro IB, Lima LD, Almeida PF. Diretrizes,
estratégias de prevenção e rastreamento do câncer do colo do útero: as
experiências do Brasil e do Chile. Ciência & Saúde Coletiva. 2021;26:4497-509.
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Ministério da Saúde do Brasil, Naational Cancer Institute José Alencar Gomes da Silva. Estimate
2023: incidence of cancer in Brazil. Rio de Janeiro:
INCA; 2022.
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fact of return to work in cervical cancer survivors and the impact of survival
rate: An 11-year follow-up study. International Journal of Environmental Research and Public
Health. 2021;18(20):10703.
Autocuidado
e prevenção de incapacidades decorrentes do tratamento para câncer de colo de
útero: validação de material educativo
Júlia
Cortes Cavalcante, Thamiris Helena Silva, Iávine Ferreira de Sá e Silva, Luciana Aparecida Mesquita, Mariana
Maia de Oliveira Sunemi, Elyonara
Mello de Figueiredo, Giulia Batista Palma
Universidade
Federal de Minas Gerais
jujuliacavalcante@yahoo.com.br
Introdução: Câncer do colo do útero (CCU) é o
terceiro tipo de câncer mais incidente entre as mulheres no Brasil, excluindo
tumores de pele não melanoma. São estimados 17.010 novos casos em 2023 e,
apesar dos índices de sobrevida serem relativamente altos, o tratamento do CCU
está associado à ocorrência de incapacidades decorrentes dos efeitos adversos
aos órgãos pélvicos e à musculatura do assoalho pélvico. Objetivo:
Estruturar e validar material educativo (cartilha e vídeo) para mulheres
tratadas por CCU, com orientações referentes ao autocuidado e prevenção de
incapacidades decorrentes do tratamento para esta neoplasia. Método:
Estudo metodológico (CAAE: 55018022.2.0000.5149) realizado nas seguintes
etapas: estruturação de material educativo baseada em revisão da literatura e
nas queixas mais frequentes apresentadas por mulheres tratadas por CCU, segundo
estudos anteriores e duas rodadas de validação com oito experts especialistas
em Fisioterapia na Saúde da Mulher e Fisioterapia em Oncologia. Os experts
responderam formulário eletrônico composto por 15 questões objetivas
relacionadas aos critérios de pertinência da seleção das incapacidades em
mulheres tratadas por CCU, clareza da linguagem e clareza das ilustrações. Os
dados foram analisados por meio da média e desvio padrão dos escores dados
pelos experts e pelo índice de validação de conteúdo, considerando o percentual
de concordância de 100% como critério de decisão para aprovação do material
educativo. Resultados: O material elaborado apresenta o conteúdo de
forma objetiva, com linguagem clara e com ilustrações, para facilitar a compreensão.
Na primeira fase de validação, o índice de concordância foi de 80%, com maiores
sugestões para alteração nos critérios sobre incapacidade e linguagem. Na
segunda etapa, foi atingido 100% de concordância entre os experts. Conclusão: O
material educativo atingiu os critérios de validade propostos, tornando-se
instrumentos adequados para orientar e educar mulheres em tratamento de CCU
sobre autocuidado e prevenção das principais incapacidades que acometem essa
população.
Palavras-chave: validação; educação em saúde; câncer
de colo de útero
Referências
Ministry of Health (BR), National Cancer Institute José Alencar
Gomes da Silva. Estimate 2023: Incidence
of cancer in Brazil. Rio de Janeiro: INCA, 2022.
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thai endometrial cancer survivors and healthy women
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Journal of Cancer Prevention. 2020;21(1):
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Higiene
íntima de mulheres adultas brasileiras: resultados preliminares
Marina
Bonetti Alves, Ana Jéssica dos Santos Sousa, Patricia
Driusso
Universidade
Federal de São Carlos
marina.bonetti@estudante.ufscar.br
Introdução: A microbiota do trato reprodutivo
feminino representa cerca de 9% do total do microbioma
humano, funcionando como uma linha de defesa contra patógenos e permitindo a
manutenção da homeostase. Os hábitos comportamentais, como a prática de higiene
íntima, podem alterar a microbiota vaginal, tornado o trato reprodutivo mais
suscetível a infecções e até a insucessos reprodutivos. Objetivo:
Descrever as práticas de higiene íntima de mulheres adultas brasileira e os
produtos mais utilizados por elas. Método: Estudo transversal aprovado pelo
comitê de ética em pesquisa da Universidade Federal de São Carlos (CAAE
67362523.7.0000.5504). Foram elegíveis mulheres brasileiras, residentes no
Brasil e com idade igual ou superior a 18 anos. As participantes responderam
sobre características sociodemográficas, produtos mais utilizados na região
íntima e práticas de higiene. Os dados coletados foram analisados no programa
SPSS (Software Statistical Package
for the Social Sciences
versão 22.0). Análise descritiva foi realizada, as variáveis categóricas foram
apresentadas por meio de frequências simples e porcentagens. Resultados:
Participaram da pesquisa 118 mulheres. A maioria está entre 20-39 anos (86,4%),
solteiras (72%) e ativa sexualmente (77,1%). Nos últimos três meses, 85,8%
dizem ter usado sabonete corporal para higiene íntima, 39,8% sabonete líquido,
30,5% lenços umedecidos e 29,6% passaram hidratantes na região íntima. Sobre a
rotina de banhos, 55,9% relatam tomar dois ou mais banhos diários e, no período
menstrual, essa frequência aumenta (61,9%) e a troca dos absorventes é realizada
três vezes ou mais ao dia (64,4%). Conclusão: A maioria das participantes
utiliza produtos na região íntima, programas de educação em saúde devem ser
realizados para conscientizar as mulheres sobre práticas de higiene.
Palavras-chave: higiene; saúde da mulher; produtos
para higiene pessoal
Referências
Crann SE, Cunningham S, Albert A, Money DM, O'Doherty KC. Vaginal health and hygiene practices and
product use in Canada: a national cross-sectional survey. BMC Womens Health. 2018;18(1):52.
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adaptation and psychometric evaluation of the Brazilian Portuguese version of
the Vulvovaginal Symptoms Questionnaire. Menopause.
2022;29(9):1055-61.
Agradecimentos:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) -
Código de Financiamento 001 e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São
Paulo (FAPESP) - Processo 2023/01565-3
Orientações
para prevenção da estenose vaginal em mulheres com câncer ginecológico pós
braquiterapia pélvica nos serviços de radioterapia no Brasil
Suellen
Aline Porcino Gonzaga, Maria Gabriela Baumgarten Kuster,
Samantha Karlla Lopes de Almeida Rizzi
UNIFESP
Introdução: A estenose vaginal pode ocorrer após
braquiterapia pélvica e, a longo prazo, levar a disfunções sexuais e dificultar
ou impossibilitar os exames ginecológicos de seguimento oncológico. Objetivo:
avaliar medidas de prevenção de estenose vaginal pós braquiterapia para
cânceres ginecológicos em centros de radioterapia do Brasil. Métodos:
Estudo transversal observacional com coleta de dados via Google forms, com questionário, construído com base na literatura
científica específica sobre prevenção de estenose vaginal pós braquiterapia
pélvica, enviado por e-mail aos serviços de radioterapia no Brasil. Estudo
aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal de São Paulo (CAAE -
55883622.8.0000.5505). Resultados: Obteve-se um total de 43 respostas,
dentre as quais 34 instituições realizam a braquiterapia pélvica e 33 relataram
que orientam as pacientes quanto à prevenção de estenose. Dentre as medidas
orientadas encontramos estímulo à atividade sexual com penetração, uso de
dilatadores vaginais, fisioterapia pélvica e uso de soluções tópicas vaginais,
em, respectivamente, 27, 32, 22 e 16 instituições. Na maioria dos centros a
orientação ocorre na primeira consulta da radioterapia, sendo a indicação mais
frequente o uso de dilatadores vaginais a se iniciar duas semanas após término
da braquiterapia, manter por mais de 36 meses e sem limite de tempo para
interromper uso, a ser utilizado 3 vezes por semana, uma vez ao dia, mantendo
de 10 a 15 minutos dentro do canal vaginal. Conclusão: A maioria dos
centros de radioterapia do Brasil que realizam braquiterapia e que participaram
do estudo fornecem às pacientes orientação sobre prevenção de estenose vaginal,
sendo o uso regular e constante de dilatadores vaginais a medida mais
utilizada. Estímulo à atividade sexual com penetração, uso de soluções tópicas
e fisioterapia pélvica também são medidas orientadas.
Palavras-chave: neoplasia dos genitais femininos;
constrição patológica; braquiterapia
Referências
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radiotherapy for carcinoma of the cervix. Int J Gynecol Cancer, Sydney, Australia. 2006;16:288–93.
Área Temática: Mastologia
Análise
da função do membro superior em mulheres submetidas ao tratamento do câncer de
mama no hospital de referência no sul do estado do Espírito Santo: resultados
preliminares
Deborah
Silva Dias, Gustavo Zigoni de Oliveira Ribeiro, Daiana
Meneguelli Leal
Hospital
Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim
Introdução: O câncer de mama é ocasionado pela
multiplicação desordenada de células mamárias, que podem surgir devido a
mutações genéticas, por meio de exposição a agentes ecossistêmicos ou
fisiológicos. O tratamento dessa patologia consiste em quimioterapia, cirurgia,
hormonioterapia e radioterapia. Estas intervenções podem gerar disfunções como hipoestesia, redução da amplitude de movimento articular,
linfedema e seroma. Sendo primordial o acompanhamento
fisioterapêutico em todas as fases do tratamento. Objetivo: Avaliar os
principais achados do exame físico fisioterapêutico em mulheres submetidas à
cirurgia para retirada do câncer de mama em um hospital de referência do sul do
Espírito Santo. Métodos: Trata-se de um estudo transversal que ocorreu
no serviço ambulatorial e hospitalar do Hospital Evangélico de Cachoeiro de
Itapemirim (HECI). Sendo estimado para amostra 20 pacientes conforme os critérios
pré-estabelecidos de inclusão e exclusão. Os dados encontrados na amostra foram
analisados por meio de medidas de tendência central (média, moda e mediana) e
em análises categóricas (tipo de cirurgia, queixa principal, tipo de tratamento
e história de dor no ombro) (CAAE 70538423.2.0000.5061). Resultados:
Foram coletadas 7 avaliações tendo como resultados parciais do perfil das
pacientes a prevalência de cirurgias conservadoras, sendo o lado mais afetado o
direito, com histórico de dor no ombro, que trataram somente com cirurgia e não
apresentaram linfedema. Na escala de FACIT –F os principais achados foram cansaço
e frustração por estar cansado e não fazer tudo que deseja, já na escala de
DASH, foi abrir um vidro, lavar as costas e carregar uma sacola. Para goniometria o movimento de rotação lateral foi o mais
comprometido e na perimetria o 7cm acima do punho. Conclusão:
Logo, pode inferir que pacientes portadoras de câncer mamário apresentam
algumas limitações em atividades básicas de vida diária e apresentam em sua
maioria dor no ombro pregressa ao tratamento.
Palavras-chave: neoplasias da mama; complicações
pós-operatórias, antropometria
Referências
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disfunções do tratamento em câncer de mama: criação do aplicativo oncolivre. NBC-Periódico Científico do Núcleo de
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por mulheres com câncer de mama: do diagnóstico ao tratamento. Revista
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Atuação
da fisioterapia no câncer de mama: proposta de teleatendimento
Isadora
de Godoy, Isabela Sousa Morais, Natacha Machado Costa, Gisela Rosa Franco
Salerno
Universidade
Presbiteriana Mackenzie
Introdução: O câncer de mama é definido como uma
proliferação desordenada das células mamárias, influenciada por fatores
ambientais e genéticos, em que o estrogênio desempenha um papel crucial no
crescimento das células. O gênero feminino apresenta maior risco de desenvolver
a doença devido à quantidade superior de tecido mamário e à exposição ao
estrogênio endógeno. A pandemia interferiu na continuidade dos tratamentos,
incluindo a fisioterapia pós-cirurgia de câncer de mama. A necessidade de
acompanhamento mesmo à distância traz a importância do teleatendimento nesse
cenário como solução inovadora para a continuidade do tratamento, evitando complicações
funcionais e melhorando a qualidade de vida das pacientes. Objetivos: O
objetivo desta pesquisa foi avaliar o efeito do teleatendimento em fisioterapia
no pós-operatório de cirurgia de câncer de mama, com foco em dor, cansaço,
mobilidade do membro superior, presença de linfedema e qualidade de vida. Métodos:
Foi realizado um estudo prospectivo longitudinal abrangendo 10 mulheres (CAAE:
56561222.9.0000.0084) no pós-operatório e as participantes foram atendidas pela
“Plataforma Zoom”, individualmente, utilizando recursos do próprio domicílio
com auxílio de um familiar por perto, nunca sozinhas. Após as 10 sessões, os
dados foram analisados estatisticamente. Resultados: Encontramos
manutenção da perimetria, melhora da dor e cansaço
das participantes, não apresentando nenhum sinal de prejuízo quanto a
edema/linfedema. Quanto a amplitude de movimento, houve um aumento significativo
estatisticamente após as intervenções nos movimentos de flexão (p=0,03) e
abdução (p = 0,03), permitindo a redução da cinesiofobia.
Conclusão: O atendimento on-line possibilitou a avaliação dos sintomas e
disposição das participantes, mesmo que de forma limitada em relação à
amplitude de movimento e sinais clínicos de dor.
Palavras-chave: câncer de mama; fisioterapia;
telemedicina
Referências
Antonini M, Pinheiro DJPC, Salerno GRF, Matos
ABTMB, Ferraro O, Mattar A, Lopes RGC, Real JM. Does Pink October really impact breast cancer screening?
Public Health in Practice. 2022;4.
Brandão ML, Soares HPDS, Andrade MDA, Faria
ALSC, Pires RS. Efficacy of
complex decongestive therapy for lymphedema the lower limbs: a systematic
review. Jornal
Vascular Brasileiro. 2022;19:1–6.
Candido N, Marcolino A, Santana J, Silva J,
Silva M. Atendimentos não presenciais em fisioterapia durante a pandemia por
COVID-19: uma reflexão sobre os desafios e oportunidades no contexto
brasileiro. 2021.
Cartilha
de orientações fisioterapêuticas para o pós-operatório de mastopexia
Emilly Damacena Bernardes, Josiani
Spindola Euzébio
Centro
Universitário das Américas
emilly.damacena.bernardes@outlook.com
Introdução: A mastopexiaé
um procedimento cirúrgico que molda a mama, elevando o tecido
mamário para
rejuvenescê-la, que pode ser realizado com ou sem o implante de
prótese
mamária. Possíveis complicações incluem
cicatrização indesejada, sangramento
causado por hematoma, trombose venosa profunda, infecção,
necrose do tecido
adiposo, entre outras. A atuação da fisioterapia no
pós -cirúrgico das
cirurgias plásticas tem como intuito auxiliar na
recuperação tecidual e diminuir
as complicações pós-operatórias. A
elaboração de uma cartilha com orientações
fisioterapêuticas para as pacientes poderia evitar transtornos
desnecessários e
auxiliar os fisioterapeutas nos cuidados domiciliares com essas
mulheres. Objetivo:
Elaborar uma cartilha de orientações fisioterapêuticas para o pós-operatório de
mastopexia. Métodos: A partir de uma revisão
bibliográfica, foi elaborada uma cartilha com orientações fisioterapêuticas
para mulheres submetidas a mastopexia. A paciente
fotografada na cartilha assinou um Termo de Autorização para Uso de Imagem. As
fotos foram feitas na clínica de Fisioterapia Dermatofuncional
do Centro Universitário das Américas (FAM), com um celular Galaxy J6+5EEE. A
cartilha foi construída no Canva. Resultados:
Na desenvolvida pelos autores são encontradas orientações para a prática de
caminhada, exercícios respiratórios, exercícios de membros inferiores,
superiores e região cervical. Também existem orientações para a realização de
automassagem cicatricial e auto drenagem. Conclusão: Uma cartilha com
orientações fisioterapêuticas para pacientes após mastopexia
é importante para evitar complicações pós-operatórias e auxiliar nos cuidados
domiciliares da paciente. Sugere-se a realização de um estudo para a validação
da cartilha.
Link cartilha:
https://docs.google.com/document/d/1pQ7MyRf19QRtan-6pBwuBdWKMRG0s1bzds0_2mz5RuI/edit?usp=sharing
Palavras-chave: mamoplastia;
fisioterapia; autocuidado
Referências
Tacani RE,
Gimenes RO, Alegance FC, Assumpção JDa. Investigação do encaminhamento médico a tratamentos
fisioterapêuticos de pacientes submetidos à lipoaspiração. Mundo Saúde. 2005;29(2):192-8.
Migotto JS,
Simões NDP. Atuação fisioterapêutica dermatofuncional
no pós-operatório de cirurgias plásticas. Rev Eletr Gestão & Saúde. 2013;4(1):1646-58.
Macedo ACB,
Oliveira S. The role of physical therapy in pre-and postoperative body plastic
surgery: a review of the literature. Curitiba: Cadernos da Escola
de Saúde. 2011;4(1).
Silva RMV, Martins ALMS, Maciell
SLCF, Resende RARC, Meyer PF. Protocolo fisioterapêutico para o pós-operatório
de abdominoplastia. Ter Man 2012;10(49):294-9.
Silva RMV, Cordeiro LF, Figueirêdo
LSM, Almeida RÂL, Meyer PF. O uso da cinesioterapia no pós-operatório de
cirurgias plásticas. Ter Man 2013;11(51):129-34.
Conhecimento
de fisioterapeutas não especializados em oncologia mamária sobre exercícios e
orientações no pós-operatório do câncer de mama
Suellen
Aline Porcino Gonzaga, Afonso Celso Pinto Nazário, Gil Facina,
Vanessa Monteiro Sanvido, Samantha Karlla Lopes de Almeida Rizzi
UNIFESP
Introdução: Apesar dos avanços em pesquisa, o
câncer de mama continua sendo um grande problema de saúde pública. Segundo o
Instituto Nacional do Câncer, foram estimados 74 mil casos novos previstos por
ano até 2025. Sabe-se que, independentemente do tipo de cirurgia ou terapias
adjuvantes, pode-se gerar vários comprometimentos físicos, psicológicos e
perdas funcionais nos primeiros anos pós tratamento. Exercícios com amplitude
de movimento livre desde o primeiro dia de pós-operatório permitiu uma boa
recuperação funcional do ombro sem o aumento de seroma
e deiscência. Objetivo: Avaliar o conhecimento de fisioterapeutas não
especialistas em oncologia e saúde da mulher atuantes em enfermarias e unidades
de terapia intensiva do Hospital São Paulo, quanto à conduta realizada no pós-operatórios
de câncer de mama. Métodos: Realizado estudo observacional prospectivo Trabalho
aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de São Paulo,
CAAE: 60362422.9.0000.5505. Foi elaborado um questionário na plataforma google forms com base na
literatura científica específica sobre o assunto a ser auto preenchido pelos
participantes. Foi enviado para os profissionais via email
ou whatsapp. Resultados: Participaram do
estudo 44 profissionais, destes 50% já atenderam pacientes em pós operatório de
mastectomia / cirurgia conservadora para câncer de mama, 47,7% acreditam que
pacientes devem realizar mobilização ativa de membros superiores em até 90ª de
amplitude, não ultrapassando a linha do ombro em cirurgias sem reconstrução
imediata, 25% orientaram restrição a qualquer tipo de carga ou exercícios
resistidos até liberação médica. A maior parcela dos profissionais da pesquisa
orientou a não aferição de pressão arterial no membro homolateral à cirurgia,
não puncionar acesso venoso periférico e coletar exames no membro. Conclusão: A maior parte dos profissionais da pesquisa repassaram ou passariam orientações
que podem trazer prejuízos na amplitude de movimento de pacientes em pós-operatório
de mastectomia / cirurgia conservadora sem reconstrução imediata.
Palavras-chave: neoplasias mamárias; mastectomia;
exercício de reabilitação
Referências
Rizzi SKLA
et al. Early Free
range-of-motion upper limb exercises after mastectomy and immediate
implant-based reconstruction are safe and beneficial: a randomized trial.
Annals of surgical oncology. 2020;1:1-10.
RIZZI SKLA et al.
Exercise protocol with limited shoulder range of motion for 15 or 30 days after
conservative surgery for breast cancer with oncoplastic technique: a randomized
clinical trial. American Journal of Clinical Oncology.
2021;44(6):283-90.
Stallbaum JH et
al. Influência do tratamento cirúrgico do câncer de mama sobre a funcionalidade
do membro superior. Inspirar Movimento & Saúde. 2019;19(4).
Teodózio CGC et al. Shoulder amplitude movement does not
influence postoperative wound complications after breast cancer surgery: a
randomized clinical trial. Breast Cancer Res Treat. 2020;184(1):97-105.
Conhecimento
e prática em relação à prevenção de linfedema secundário ao tratamento
oncológico mamário: estudo multicêntrico
Mariana
Maia de Oliveira Sunemi1, Marcela Ponzio Pinto e Silva2, Ticiana Aparecida Alves de Mira2, Miriam Raquel
Diniz Zanetti3, Tânia Terezinha Scudeller3, Tânia
Terezinha Scudeller3
1Universidade Federal de Minas Gerais
2Universidade Estadual de Campinas
3Universidade Federal de São Paulo
Introdução: O linfedema é uma complicação crônica
associada ao prejuízo funcional e de qualidade de vida. O conhecimento das
mulheres sobre os sintomas pré-clínicos e a adesão às orientações podem
contribuir para prevenção e/ou controle da evolução dessa complicação. Objetivo:
Verificar o conhecimento e a prática de mulheres submetidas ao
tratamento
oncológico mamário em relação à
prevenção de linfedema. Métodos: estudo piloto
de corte transversal, multicêntrico, aprovado sob o número
CAAE: 11767719.0.1001.5505,
com 34 mulheres acompanhadas em instituições parceiras da
Universidade Federal
de São Paulo – Campus Baixada Santista e do Centro de
Atenção Integral à Saúde
da Mulher – Universidade Estadual de Campinas. Os procedimentos
foram: a) entrevista
inicial para coleta dos dados sociodemográficos, clínicos
e do tratamento
oncológico, e aplicação do questionário
Conhecimento, Atitude e Prática
relacionado à prevenção de linfedema; b)
exibição de vídeo educativo sobre
prevenção de linfedema seguida de roda de conversa; c)
repetição da exibição do
vídeo em 30 dias e esclarecimento de dúvidas; d)
reaplicação do questionário
após 30 dias da segunda exibição do vídeo. Resultados: 70% das mulheres
tinham mais de 50 anos e eram casadas; 32% executavam atividades repetitivas ou
com esforço. A dissecção axilar foi realizada em 56% das mulheres e 73% fizeram
quimioterapia e/ou radioterapia. Não houve diferença significativa em relação
ao conhecimento da sensação de peso como sinal de linfedema (p = 0,083), entre
as avaliações inicial e final. Entretanto, houve diferença na execução das
orientações para prevenção do linfedema (p = 0,02) e para a adaptação dessas
orientações às atividades de vida diária (p = 0,034). Conclusão: Não
houve diferença no conhecimento sobre sensação de peso como sinal de linfedema,
todavia as orientações para prevenção foram seguidas e adaptadas à rotina após a
exibição do vídeo.
Palavras-chave: conhecimento, atitude, prática;
linfedema relacionado ao câncer de mama; educação em saúde.
Referências
Gillespie TC et
al. Breast cancer-related lymphedema: risk factors, precautionary measures and
treatments. Gland Surgery. 2018; 7(4):379-403.
Lu SR, Hong RB,
Chou W, Hsiao PC. Role of physiotherapy and patient education in lymphedema
control following breast cancer surgery. Therapeutics and Clinical Risk
Management. 2015 Feb 25;11:319-27.
Panobianco MS et al. Estudo da adesão às
estratégias de prevenção e controle do linfedema em mastectomizadas. Esc. Anna Nery. 2009;13(1).
World Health Organization
& Stop TB Partnership. Advocacy, communication and social mobilization for
TB control: a guide to developing knowledge, attitude and practice surveys.
WHO; 2008.
Desenvolvimento
de uma placa de compressão para redução da fibrose para mulheres com histórico
de câncer de mama desenvolvida por meio da impressão 3D
Carla Antonieli de Moraes, Ana Paula de Melo Ferreira, Dayane
Duarte Abreu, Lucas Maiola Astolfo, Tiffany Maria
Pimenta Silva, Claudio Pereira de Sampaio, Sonia Maria Fabris
Universidade
Estadual de Londrina
Introdução: O sistema linfático é prejudicado após
a linfonodectomia axilar, mesmo sem evidência de
linfedema em mulheres tratadas para o câncer de mama. Esse prejuízo é regulado
pela fibrose tecidual, considerada um espesso feixe de colágeno que reduz a
normalidade da matriz extracelular e inibe a regeneração linfática. Como os
vasos linfáticos estão ancorados na matriz e dependem da sua normalidade para
serem funcionais, a diminuição da fibrose tecidual apresenta impacto direto na
função linfática. Objetivo: Desenvolver e testar uma placa de compressão
para redução da fibrose utilizando impressão 3D. Métodos: O protótipo foi
desenvolvido no Núcleo de Fabricação Digital e Inovação do Hospital
Universitário de Londrina, por meio de um estudo piloto
(CAAE:67725423.5.0000.5231). Foi utilizado um processo típico de Design de
Produto, com três etapas essenciais: 1) Fase de preparação: análise de
materiais para tratamento de fibrose e cicatriz hipertrófica existentes no mercado,
seguida de uma discussão dos pontos positivos e negativos. 2) Fase de geração:
com base nas manobras em “S” da terapia manual, associadas a análise das
características histológicas do tecido tegumentar, o raciocínio para o produto
foi alterado no sentido de compressão e descompressão em níveis, aumentando a
área de contato em pontos específicos e consequentemente a pressão. 3) Fase de
avaliação: foi testado e avaliado o protótipo desenvolvido, através do autorrelato da paciente, perimetria
e teste palpatório. Resultados: O protótipo melhorou a maleabilidade do
tecido ao teste palpatório e reduziu as medidas da perimetria
e comprimento/largura da placa fibrótica. O relato da paciente sobre o uso foi
positivo e seu feedback será utilizado para melhorias no dispositivo. Conclusão:
O protótipo faz parte de um estudo piloto, ao qual está em fase de melhorias e
testes, entretanto apresenta-se promissor na redução da placa fibrótica e
melhora da função linfática.
Palavras-chave: câncer de mama, fibrose, impressão
tridimensional
Referências
Ezzo J, Manheimer E, McNeely ML et al. Manual lymphatic drainage for lymphedema following
breast cancer treatment. Cochrane Database Syst Rev 2015 May 21;(5):CD003475.
Groef AD, Kampen MV, Verlvoesem N et al. Effect of myofascial techniques for
treatment of upper limb dysfuntions in breast cancer
survivors: randomized controlled trial. Support Care Cancer
2017;25(7):2119-127.
Lynch LL, Mendes
U, Walier AB et al. Fibrosis worsens chronic
lymphedema in rodent tissues. Am J Physiol Heart Circ Physiol 2015;308(10):H1 229-36.
Exercício
precoce no pós-operatório de reconstrução mamária por câncer de mama: uma
meta-análise
Bárbara Vaz
Sarmento1, Natália Cardoso Campos2, Mariana Maia de Oliveira
Sunemi2, Marcela Ponzio Pinto e Silva1, Bruno Flez Mazuquin3,
Luis Otávio Zanatta Sarian1
1Universidade Estadual de Campinas
2Universidade Federal de Minas Gerais
3University of Warwick)
Introdução: A reconstrução mamária (RM) tem
importante papel na imagem corporal e autoestima de mulheres que realizaram
cirurgia por câncer de mama. Apesar disso, a RM está associada à restrição de
amplitude de movimento (ADM) do ombro. A fisioterapia tem demonstrado papel
fundamental na reabilitação dessas mulheres com exercícios pós-operatórios. Objetivo:
Realizar uma meta-análise sobre os efeitos do exercício ativo na ADM de ombro
de mulheres com câncer de mama submetidas à RM. Método: Revisão
sistemática com meta-analise (Prospero:CRD42020192762). Estratégia de busca
incluiu ensaios clínicos randomizados e estudos observacionais, publicados até
2021, que utilizassem técnicas fisioterapêuticas como intervenção, nas bases PubMed, PMC, BVS/BIREME, EBSCOhost,
Scopus, Web of Science, Embase, Cochrane, PEDro, Clinical Trials, ProQuest, BDTD e
literatura cinzenta. O desfecho primário foi função do membro superior pela ADM
do ombro. O grau de recomendação das evidências foi analisado pelo GRADE. Resultados:
Foram identificados 1191 estudos, sendo incluídos 3 na meta-análise, com total
de 235 participantes submetidos à RM com prótese de silicone, expansor ou
cirurgia conservadora com técnica oncoplástica. Os estudos
realizaram protocolos de exercícios ativos livres de membros superiores
comparando o início com 15 e 30 dias de pós-operatório. A ADM do ombro foi
avaliada por goniometria dos movimentos de flexão,
abdução, rotação interna e rotação externa. A meta-análise indicou melhora
significativa na flexão e na abdução de ombro, favorecendo às mulheres que
iniciaram exercícios 15 dias após a cirurgia. Para rotação interna e externa do
ombro não houve diferença significativa. O GRADE demonstrou alto grau de recomendação
no início precoce dos exercícios para melhora da ADM de flexão e abdução de
ombro. Conclusão: O início precoce de exercícios ativos de membros
superiores no pós operatório de RM favorece o aumento
da ADM de flexão e abdução, sendo seguro e eficaz para resgate da
funcionalidade de membros superiores.
Palavras-chave: neoplasias da mama; mamoplastia; modalidades de fisioterapia
Referências
Mazuquin B, Sunemi MMO, Silva MPP, Sarian LOZ, Williamson E, Bruce J. Current physical therapy
care of patients undergoing breast reconstruction for breast cancer: a survey of
practice in the United Kingdom and Brazil. Brazilian journal of physical
therapy. 2021;25(2):175–85.
Kim KH, Yeo SM,
Cheong IY, Kim Y, Jeon BJ, Hwang JH. Early rehabilitation after total mastectomy
and immediate reconstruction with tissue expander insertion in breast cancer
patients: a retrospective case-control study. Journal of breast cancer. 2019;22(3):472–83.
Rizzi SKLA, Haddad CAS, Giron PS,
Figueira PVG, Estevão A,
Elias S, Nazário ACP, Facina
G. Early free range-of-motion upper limb exercises after mastectomy and
immediate implant-based reconstruction are safe and beneficial: a randomized
trial. Annals of surgical oncology. 2020;27(12):4750–9.
Rizzi SKLA, Haddad CAS, Giron PS,
Figueira PVG, Estevão A,
Elias S, Nazário ACP, Facina
G. Exercise protocol with limited shoulder range of motion for 15 or 30 days
after conservative surgery for breast cancer with oncoplastic technique: a
randomized clinical trial. American Journal of Clinical Oncology. 2021;44(6):283–90.
Agradecimentos:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) -
Código de Financiamento 001
Experiência,
satisfação e adesão de mulheres sobreviventes ao câncer de mama em um programa
de telerreabilitação
Júlia
Cardoso Teotônio da Silva, Maria Luiza Pereira, Letícia Carolina Gantzel, Beatriz Gabrielle Fetzner,
Ana Laura Warmling Rovaris,
Fabiana Flores Sperandio
Universidade
do Estado de Santa Catarina
Introdução: Mundialmente, os anos de 2020 a 2022
foram marcados pela pandemia do coronavírus, que
modificou a rotina e as atividades da população, redefinindo os cenários de
saúde. Neste contexto, os pacientes oncológicos encontraram-se em
vulnerabilidade, dado o risco de exposição. Assim, a telerreabilitação
foi estimulada como uma nova modalidade fisioterapêutica para a segurança dos
pacientes. Objetivos: Analisar a experiência, satisfação e adesão de mulheres
sobreviventes ao câncer de mama em um programa de telerreabilitação.
Métodos: Trata-se de um estudo misto, cadastrado e aprovado na Clinical Trials (NCT04779450), no
Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade do Estado de
Santa Catarina (CAAE: 39767120.3.0000.0118) e pelo Centro de Pesquisas
Oncológicas (CAAE nº 39767120.3.3001.5355). Dezesseis mulheres foram
randomizadas em dois grupos. A experiência foi avaliada pelo relato da
participante, a satisfação foi quantificada por uma pergunta pontuada de 0 a
10, e a adesão foi coletada pelo número de sessões concluídas. Os dados foram
armazenados e organizados no Microsoft Excel (versão 2010) e analisados no Statistical Package for Social Sciences (SPSS) versão 20.0 e MAXQDA. Resultados:
Analisando a experiência, observamos facilitadores e barreiras da telerreabilitação, comparação entre o acompanhamento online
e presencial e aspectos relacionados à saúde e bem-estar. A categoria mais
citada foi a dos facilitadores, seguida por saúde e bem-estar. Quanto a adesão
aos atendimentos, apresentaram uma frequência de 83% de participação na Telerreabilitação Assíncrona (TA) e de 94% na Telerreabilitação Síncrona (TS). Na satisfação com os
programas, o grupo TA apresentou uma média de 9,5 (±0,75), e o grupo TS 9,88
(±0,35). Conclusão: Mulheres sobreviventes ao câncer de mama relataram
experiências positivas e altos índices de satisfação e adesão em programas de telerreabilitação, síncrono ou assíncrono. As barreiras no
programa foram relatadas somente no grupo assíncrono, o que pode reforçar os
benefícios do atendimento síncrono.
Palavras-chave: telerreabilitação;
câncer de mama
Referências
Ghidinelli F, Bianchi A. COVID-19 and breast cancer: Impact on
patients and breast care centers. European Journal of Surgical Oncology.
2020;46(11):2158–9.
Keikha L, Maserat E, Mohammadzadeh Z. Telerehabilitation and monitoring physical
activity in patients with breast cancer: systematic review. Iranian Journal of
Nursing and Midwifery Research. 2022;27(1):8.
Burki TK. Cancer guidelines during the COVID-19 pandemic.
The Lancet Oncology. 2020;21(5):629–30.
Moujaess E, Kourie HR, Ghosn M. Cancer patients and research
during COVID-19 pandemic: A systematic review of current evidence. Critical Reviews
in Oncology/Hematology. 2020;150:102972.
Funcionalidade
em pacientes no pós-operatório de câncer de mama
Gabrielly Scardini Gama,
Jaissa De Jesus Oliveira, Juliana Massariol
Welnecker, Raquel Coutinho Luciano Pompermayer
Escola
Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória
gabriellyscardinigama@outlook.com
Introdução: Dentre os tipos de câncer, o de mama
(CM) possui maior prevalência entre mulheres no Brasil, podendo acarretar
manifestações biológicas ao decorrer do tratamento afetando a funcionalidade e
qualidade de vida (QV) dessas pacientes, levando a alterações funcionais e
estruturais pós-cirurgia. No entanto, a Classificação Internacional de
Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) é uma ferramenta de classificação e
permite uma análise sucinta da condição, também considerada na orientação da
prática terapêutica considerando seus domínios. Objetivo: o presente
estudo tem como objetivo avaliar a qualidade de vida, qualificando de acordo
com a classificação internacional de funcionalidade, incapacidade e saúde (CIF)
de pacientes em acompanhamento pós-operatório de câncer de mama Setor de
Oncologia do HSCMV. Métodos: Consiste no estudo observacional do tipo transversal
de abordagem quantitativa, com 21 pacientes atendidas no Ambulatório
Multidisciplinar de Câncer de Mama do HSCMV/ES, selecionadas de acordo com os
critérios de inclusão, aprovado pelo comitê de ética número 3.997.191. Foram
aplicados os questionários EORTC QLQ-C30 e QLQ-BR23 para QV e CIF para
classificar a funcionalidade. Os dados foram analisados de forma descritiva. Resultados:
O score encontrado nas escalas de QV foi classificado como moderado
(QLQ-C30
64,4 ± 15,3) e QLQ-BR23 49,2 ± 11,5). Observou- se que o
impacto na
funcionalidade ocorre por conta das disfunções
encontradas nos domínios da CIF
em estrutura e função de forma grave: dor em membro
superior, resistência de
todos os músculos, função tátil, mobilidade
de uma única articulação, alteração
sensorial, faixa de emoções e funções de
fase de excitação sexual, na qual a
alta disfuncionalidade impacta na atividade e
participação de forma grave em
cuidar da própria saúde de 71,4% das pacientes. Conclusão: A QV dessas
mulheres foi classificada em moderadas, tendo suas funções comprometidas devido
alterações que impactaram na participação, com isso sendo necessário o trabalho
multidisciplinar visando a funcionalidade dessas.
Palavras-chave: câncer de mama; mastectomia;
classificação internacional de funcionalidade; incapacidade e saúde – CIF
Referências
Instituto Nacional De Câncer. A situação do
câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2021.
Santos VA, Seippel T,
Castaneda L. Utilização da classificação
internacional de funcionalidade, incapacidade e saúde em mulheres com câncer de
mama: revisão da literatura. Revista Brasileira de Cancerologia.
2019;65(1):e–15349.
Nascimento MC, Daikuhara
GKF, Torresan C, Vizzotto
Júnior AO, Lopes GM. Analysis of
quality of life in patients diagnosed with breast cancer and submitted to
chemotherapy treatment. Research,
Society and Development.
2022;11(15): e458111537216.
Costa I. et al. Utilização de um core set da cif para a descrição da atividade e participação de
mulheres submetidas ao tratamento cirúrgico para o câncer de mama. Revista
Interdisciplinar Ciências Médicas. 2018;2(1): 4-14.
Castro e Silva IM et al. Câncer de mama: a verdadeira
estrada do nordeste brasileiro. Annali di igiene: medicina preventiva e di comunita. 2022;34(4):319–25.
Área Temática: Obstetrícia
Comparação
da experiência de parto entre mulheres que usaram ou não recursos não
farmacológicos para alívio da dor
Alice Moralez de Figueiredo, Jordana Barbosa da Silva, Patricia Driusso
Universidade
Federal de São Carlos
alicemoralez@estudante.ufscar.br
Introdução: A experiência da mulher relacionada ao
parto pode variar de acordo com a sensação de segurança, assistência à saúde
durante a gestação, uso de anestesia, condições perineais e acesso a recursos
não farmacológicos. Objetivos: Comparar a experiência do parto entre mulheres
que usaram ou não recursos não farmacológicos para alívio da dor. Método:
Estudo transversal, aprovado pelo Comitê de Ética (CAAE: 48779121.4.0000.5504),
conduzido online, incluiu 597 mulheres brasileiras (26 ± 6 anos) com até seis
meses pós-parto vaginal e sem comorbidades durante a gestação. As participantes
responderam a um questionário semiestruturado com dados socioeconômicos, uso de
recursos não farmacológicos para alívio de dor durante o trabalho de parto
(imersão/ aspersão, massagem terapêutica e mudança de posturas) e o Childbirth Experience Questionnaire
(CEQ-Br). O CEQ-Br é constituído por 4 domínios (capacidade pessoal, suporte
profissional, sensação de segurança e participação), a pontuação final de cada
domínio varia de 1-4, e classificações mais elevadas refletem experiências de
parto mais positivas. A análise de dados foi realizada pelo Teste T-Student comparando mulheres que usaram ou não os recursos
não farmacológicos. Foi adotado nível de significância de 5%. Resultados:
As mulheres que tiveram acesso a imersão/ aspersão apresentaram percepção
melhor nos domínios de suporte profissional (p < 0,001), sensação de
segurança (p = 0,003) e participação (p = 0,003). Aquelas que utilizaram a massagem
terapêutica apresentaram uma percepção melhor nos domínios de capacidade pessoal
(p = 0,001), suporte profissional (p<0,001) e sensação de segurança (p < 0,001).
Por fim, as mulheres que foram orientadas a um parto mais ativo apresentaram
melhor percepção em todos os domínios em relação às mulheres que não utilizaram
estes recursos. Conclusão: As mulheres que utilizaram recursos não
farmacológicos para o alívio da dor durante o parto apresentaram percepção de
experiência mais positiva do parto quando comparadas às mulheres que não
utilizaram estes recursos.
Palavras-chave: saúde da mulher; fisioterapia; dor do
parto
Referências
Jones L, Othman M,
Dowswell T, Alfirevic Z,
Gates S, Newburn M, et al. Pain management for women in labour:
an overview of systematic reviews. Cochrane Database Syst Rev. 2011;(3).
Kimber L, McNabb
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Silva Vieira RCM,
Ferreira CHJ, Carvalho Cavalli R, Do Prado MLR, Beleza
ACS, Driusso P. Cross-cultural adaptation and
psychometric evaluation of the Brazilian Portuguese version of the childbirth
experience questionnaire. BMC Pregnancy Childbirth. 2020;20(1):1–8.
Agradecimentos:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) -
Código de Financiamento 001 e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São
Paulo (FAPESP) – Processo 2021/06375-2
Efeito
de um programa de treinamento da musculatura do assoalho pélvico utilizando
aplicativo móvel sobre a queixa urinária de gestantes: ensaio clínico
randomizado
Natasha
Morena Bazílio Silva, Letícia Rodrigues Silva, Juliana
Silveira Alves, Thayna Martins Cunha, Rogério Melo
Costa Pinto, Vanessa Santos Pereira Baldon
Universidade
Federal de Uberlândia
Introdução: O treinamento da musculatura do
assoalho pélvico (TMAP) é considerado o padrão-ouro para a prevenção de
disfunções uroginecológicas na gestação. O uso de
aplicativos de celular pode ser uma forma de incentivo e aumento do acesso das
gestantes ao TMAP. No entanto, pouco é conhecido sobre o TMAP realizado com o
auxílio de aplicativos de celular em gestantes. Objetivos: Comparar os
efeitos do TMAP orientado por aplicativo de celular versus TMAP realizado de
forma supervisionada com orientações para casa por cartilha sobre as queixas
urinárias de gestantes. Método: Ensaio clínico randomizado (CAAE
94786418.6.0000.5152) realizado a partir da construção do aplicativo de dispositivo
móvel Meu Assoalho Pélvico (MAPapp). Oitenta e oito
gestantes (30,0 ± 3,26 anos, 20 ± 1,2 semanas gestacionais) foram randomizadas
em dois grupos: Grupo App (TMAP orientado pelo aplicativo de celular) e e Grupo Sup+Cart (TMAP
supervisionado de forma online individual duas vezes por semana e uso da
cartilha escrita). Ambos grupos foram orientados a realizar o mesmo programa de
TMAP composto por sete exercícios para serem executados em cada dia. Antes e 12
semanas após a intervenção as participantes foram avaliadas pelo International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form
(ICIQ-SF) e por um questionário de satisfação. Para análise estatística foi
utilizado o teste de ANOVA, com nível de significância de 5%. Resultados:
Após a intervenção, não foi observada diferença significativa sobre as queixas
urinárias entre os grupos. O grupo App apresentou menor média de treinos
realizados e nível de satisfação superior (p<0,01). Conclusão:
Gestantes que realizaram TMAP orientado por aplicativo de celular apresentaram
resultado semelhante àquelas que realizaram TMAP com supervisão online e
cartilha quanto a queixa de perda urinária. Além disso, gestantes que
utilizaram aplicativo apresentaram maior satisfação
mas menor média de treinos realizados.
Palavras-chave: fisioterapia; gravidez; incontinência
urinária
Referências
Woodley SJ, Lawrenson
P, Boyle R, Cody JD, Mørkved
S, Kernohan A, et al. Pelvic floor muscle training for preventing and
treating urinary and faecal incontinence in antenatal
and postnatal women. Cochrane Database Syst Rev. 2020;5:CD007471.
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ED, Dumoulin C. Virtual reality rehabilitation as a treatment approach for
older women with mixed urinary incontinence: a feasibility study. Neurourol Urodyn. 2015;34(3):236-43.
doi: 10.1002/nau.22553
Marques J, Botelho
S, Pereira LC, Lanza AH, Amorim CF, Palma P, Riccetto
C. Pelvic floor muscle training program increases muscular contractility during
first pregnancy and postpartum: electromyographic study. Neurourol Urodyn. 2013;32(7):998-1003. doi:
10.1002/nau.22346
Agradecimentos:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) -
Código de Financiamento 001
A
prevalência da incontinência urinária no pós-parto
Clarissana Botaro, Karen
Aline Coelho Guerson
Centro
Universitário Faminas
Introdução: A gestação afeta o corpo feminino,
influenciando o assoalho pélvico e levando à incontinência urinária (IU). Este
estudo visa identificar a prevalência de IU após partos vaginais e cesáreas,
coletando dados por questionários e avaliando seu impacto. Método: Este
estudo transversal com 25 mulheres pós-parto, após aprovação ética (CAAE:
45262921.7.0000.5105), usou TCLE e questionários socioeconômicos e ICIQ-SF para
avaliar IU até 6 meses pós-parto. Através do Google Forms,
avaliaram-se aspectos socioeconômicos, assistência profissional e dados da
puérpera. ICIQ-SF avaliou presença e impacto da IU. Inclusão: mulheres > 18
anos, pós-parto, alfabetizadas e com acesso à internet. Distúrbios
psiquiátricos e IU prévia excluíram participantes. Dados tratados por análise
descritiva, Scores do ICIQ-SF e cálculo da prevalência de IU pós-parto. Resultados:
Amostra de 25 mulheres, média de idade 27 anos (± 1,9), casadas (84%), parto
cesáreo (84%). Média de gestações: 2,8 (± 2,9). Sete mulheres (28%) apresentaram
IU, predominantemente leve a moderada. Apenas 2 receberam orientação para
Fisioterapia Pélvica. Prevalência geral de IU pós-parto: 28%, afetando a qualidade
de vida. Essa prevalência se assemelha a outros estudos, variando de 24,6% a
72,1%. Gestação não é único fator. Resultados sobre massa corporal do
recém-nascido alinham-se a pesquisas, sem relação direta com massa corporal
> 4 kg. Maioria (71,4%) afirmou que a IU afeta suas vidas, reforçando
achados similares. Estudo que menciona maior IU em partos vaginais sugere que
cesáreas não reduzem risco. Ganho de massa corporal também é considerado fator
de risco, variando entre participantes (3,400 a 20 kg). Conclusão:
Prevalência de IU pós-parto: 28%. 71,4% das participantes com sintomas relatam
impacto na vida diária. Quanto ao parto, 57,1% são cesáreas e 42,9% vaginais,
indicando que cesárea não exclui risco de IU.
Palavras-chave: incontinência urinária; assoalho
pélvico; mulheres; puerpério
Referências
Lopes D, Praça N. Prevalência de incontinência
urinária autorreferida no pós-parto e fatores
relacionados. Acta Paulista de Enfermagem. 2012;25(4):574-580.
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de incontinencia urinaria en
el posparto. Revista Cubana
de Obstetricia y Ginecología.
2017;43(2):1-11.
Higa R, Lopes
MHBM, Reis MJ. Fatores de risco para incontinência urinária na mulher. Revista
da Escola de Enfermagem da USP. 2008;42:187-92.
Fatores
contextuais relevantes para avaliação no período gestacional: resultados
preliminares de um estudo Delphi
Clara Maria
de Araujo Silva1, Tatiana de Oliveira Sato1,
Mariana Paleari Zanoni1, Larissa Thabata Gozzer1, Guilherme Tavares de Arruda1,
Daiana Priscila Rodrigues-de-Souza2, Ana Carolina Sartorato Beleza1
1Universidade Federal de São Carlos
2University of
Córdoba
Introdução: A Classificação Internacional de
Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) possibilitou a padronização da
avaliação dos indivíduos a partir do modelo biopsicossocial. Contudo, na
literatura há escassez de estudos que utilizam este modelo na área de Saúde da
Mulher e em especial no período gestacional, principalmente quanto ao papel
exercido pelos fatores contextuais. Objetivo: Identificar os fatores
contextuais relevantes para avaliação de gestantes a partir da percepção de um
grupo de peritos. Métodos: Trata-se de um estudo metodológico para o desenvolvimento
de um instrumento sobre os fatores contextuais na gestação a partir de um grupo
de peritos (profissionais da saúde e gestantes brasileiras) com acesso à
internet. O estudo foi aprovado (CAAE: 63878222.1.0000.5504) e realizado de
março a abril de 2023. Os dados foram coletados via Google Forms
com perguntas para caracterização das participantes e identificação de fatores
contextuais relevantes para o período gestacional, sendo os dados analisados de
forma descritiva e pela concordância entre os participantes. Resultados:
Participaram 11 profissionais da saúde (G1) e 11 gestantes (G2) com média de
idade de 43 (±7,3) e 30 (±6,4) anos, respectivamente. Os fatores relevantes em
ambos os grupos foram: rede de apoio (G1: 100%; G2: 91%), acompanhamento
pré-natal (G1 e G2: 82%) e psicológico (G1: 91%; G2: 82%). Alguns fatores
apresentaram divergência sobre serem considerados relevantes, sendo cor da pele
(G1: 91%; G2: 27%), escolaridade (G1: 100%; G2: 36%), condições de moradia (G1:
82%; G2: 27%) e renda (G1: 91%; G2: 18%). Conclusão: Pode-se identificar
que os fatores contextuais, rede apoio e o acompanhamento pré-natal e
psicológico são relevantes para avaliação clínica obstétrica. Este conhecimento
poderá nortear a investigação de quais fatores interferem na gestação e como
isso ocorre, visto que há divergência entre profissionais e gestantes sobre o
que pode influenciar no período gestacional.
Palavras-chave: pregnant
women; delphi technique; international classification
of functioning; disability and health
Referências
Brasil ACO. Curso de capacitação em
classificação internacional de funcionalidade, incapacidade e saúde – CIF. In: Ana
Cristhina de Oliveira Brasil, Ciomara
Maria Pérez Nunes, Eduardo Santana de Araujo; design
instrucional Ana Cláudia Taú, Melina de La Barrera Ayres – Florianópolis: CREFITO 10; UDESC/CEAD.
2012.
Österberg M, Hellberg
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(COS) related to pregnancy and childbirth: a systematic review. BMC Pregnancy
Childbirth. 2021;21:691.
Cresswell JA, Barbour KD, Chou D et al. Measurement of maternal
functioning during pregnancy and postpartum: findings from the cross-sectional
WHO pilot study in Jamaica, Kenya, and Malawi. BMC Pregnancy Childbirth. 2020;20:518.
Mokkink LB, Prinsen CAC, Patrick DL et al (2018) COSMIN methodology
for systematic reviews of Patient-Reported Outcome Measures (PROMs): User
Manual. Version 1.0.
https://cosmin.nl/wp-content/uploads/COSMIN-methodology-for-content-validity-user-manual-v1.pdf
Terwee CB, Prinsen CAC, Chiarotto
A, et al. COSMIN methodology for evaluating the content validity of
patient-reported outcome measures: a Delphi study. Qual
Life Res. 2018;27(5):1159-70.
Fisioterapia
na Saúde da Mulher - a ausência do toque, o olhar através da tela. Teleconsultas, um relato de experiência
Paula
Rodrigues, Thais Ramos Dias, Letícia Alves Rios Dias, Rafaela da Silva Frasson
GestaVida
Introdução: a pandemia da Covid-19 representou um
dos maiores desafios para a saúde pública dos últimos tempos. Nesse contexto, o
Ministério da Saúde incluiu grávidas e puérpera nos grupos vulneráveis à
infecção por coronavírus, afetando-as em relação a
assistência em saúde no modelo presencial. A fim de dar continuidade a
assistência desse grupo isolado, o modelo de teleconsulta
foi liberada pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional e
tornou-se uma ferramenta importante de enfrentamento para o momento e se
estendeu a mulheres que não tinham assistência em sua região. Objetivo:
Descrever o relato de experiência sobre o processo de teleconsulta
à mulher no ciclo gravídico-puerperal durante a pandemia de COVID-19 até os
dias atuais, bem como dificuldades e benefícios encontrados. Método:
trata-se do relato da experiência derivada de atendimentos individuais, online
e ao vivo. Os encontros foram divididos em avaliação inicial, orientações sobre
o ciclo gravídico-puerperal, prescrição de atividades domiciliares e exercícios
fisioterapêuticos. Resultados: foram atendidas 201 pacientes em 30
países diferentes e 15 estados brasileiros. A intervenção fisioterapêutica por
meio das teleconsultas proporcionou a manutenção dos
atendimentos e tratamento das queixas ao longo da gestação bem como promoveu a
educação em saúde, transmitiu informações e sanou as dúvidas das gestantes. Conclusão:
A teleconsulta tem se mostrado um recurso para
atendimento de pacientes com demandas fisioterapêuticas, possibilitando a
assistência remota com qualidade e eficácia. Além disso, tem potencial
relevante, considerando que há um número significativo de pacientes que
precisam de assistência e residem em regiões nas quais há escassez de
profissionais qualificados.
Palavras-chave: fisioterapia; gestação; teleconsulta
Referências
Brasil. Ministério da Saúde (MS). Nota Técnica
nº 12/2020- Infecção COVID-19 e os riscos às mulheres no ciclo
gravídico-puerperal. COSMU/CGCIVI/DAPES/SAPS/MS – Abril
de 2020.
DeNicola N, Grosman D, Marko K, Sonalkar S, Tobah YSB, Ganju N et al. Telehealth
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Departamento Científico da ABRAFISM, 2022.
Recomendações para atendimento fisioterapêutico á gestantes, parturientes e
puérperas em tempos de Covid-19.
Lima JR, Oliveira MCP, LIma
KMO, Moura AK, Junior JJA, Macêdo VC. Health
education strategies for pregnant and puerperal women in coping with the COVID-19
pandemic. Research,
Society and Development.
2021;10(03).
Associação
do exame físico do assoalho pélvico com uso do NEW PERFECT e manometria em gestantes
Dayane
Duarte Abreu, Adriana Paula Fontana Carvalho, Roberta Romaniolo
de Mattos, Carla Antonieli de Moraes
Universidade
Estadual de Londrina
Introdução: A gestação promove inúmeras adaptações
que podem gerar estresse sobre os músculos do assoalho pélvico (MAP). Por isso,
é fundamental que o fisioterapeuta utilize para avaliação uma ferramenta
eficiente e que forneça informações funcionais. Dentre os métodos mais utilizados
estão a palpação bidigital e a manometria.
Objetivo: Observar a correlação entre os valores de força e resitência dos MAP aferidos pela palpação bidigital do esquema “NEW PERFECT” e pela manometria em gestantes. Método: O estudo (CAAE:
27785820.2.0000.5231) incluiu 13 gestantes a partir da 20ª semana, que foram
avaliadas pela palpação bidigital, baseado no esquema
“NEW PERFECT”, no qual é avaliada a performance (P) de contração voluntária
máxima (CVM); resistência (E) dos MAP em segundos; número de repetições (R) e o
(F) número de CVM com duração de 1 segundo. Além da elevação do canal vaginal
posterior durante CVM (E); presença de contração dos músculos acessórios na CVM
(C), e (T) a presença de contração involuntária do MAP durante a tosse. Também foi
realizada 3 medidas pela manometria com o Peritron®. Para verificar a correlação entre os valores da
força na CVM, e resistência dos MAPs, obtida pelos
dois métodos de mensuração, foi calculado o coeficiente ρ de Spearman, e para as demais
variáveis do “NEW PERFECT” foi utilizada estatística descritiva. Foi adotado um
nivel de significância de 5%. Resultados: A
média de idade das gestantes foi 33 (± 6,4) anos e a de idade gestacional foi
28 (± 4,8) semanas. Pelo NEW PERFECT foi encontrada na palpação bidigital: P = 3,3 (± 0,9), E = 5,8 (± 3,8) segundos, R =
5,5 (± 3,4), F= 6,3 (± 3,2), e 84,6% das participantes apresentaram elevação do
canal vaginal durante o exame (E), 53,8% usaram musculatura acessória (C) para
realizar a contração da MAP e 23,1% apresentou reflexo de tosse presente (T).
Na manometria, o pico de força máxima foi 32,3 (± 15)
cmH20, e a força média entre as três avaliações foi de 22 (± 11) cmH20,
com tempo médio de manutenção da força de 12 (± 3,3) seg. Foi encontrada, entre
os dois métodos utilizados, uma forte correlação significativa para medida de
CVM (ρ = 0,84) e moderada correlação
para a medida de resistência (E) (ρ =
0,51). Conclusão: Foi identificada forte correlação, entre os valores de
P na CVM, e moderada correlação para o tempo de manutenção da força dos MAP
avaliada pela palpação bidigital e a manometria.
Palavras-chave: gestantes; assoalho pélvico; exame
físico
Referências
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Ribeiro JS, Guirro
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Ferreira CHJ,
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Inter-rater reliability study of the modified Oxford Grading Scale and the Peritron manometer. Physiotherapy. 2011;97:132–8.
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inter-rater reliability of maximal voluntary contraction with unidigital and bidigital vaginal
palpation and construct validity with Peritron
manometer. Neurourology and Urodynamics. 2020;39:721-31.
Assistência
fisioterapêutica e autogerenciamento da diástase abdominal após o parto: estudo
de caso
Dayane
Duarte Abreu, Ana Paula de Melo Ferreira, Carla Antonieli
de Moraes, Adriana Paula Fontana Carvalho, Janaina Mayer de Oliveira Nunes, Roberta
Romaniolo de Mattos
Universidade
Estadual de Londrina
Introdução: Os músculos abdominais têm importante
função de garantir a estabilização ventral do tronco. A gravidez predispõe à
separação dos feixes dos músculos retos abdominais, sendo denominado diástase
dos músculos retos abdominais (DMRA). Além disso, essa musculatura tem ação
antagônica aos músculos posteriores do tronco e o desequilíbrio entre eles pode
gerar instabilidade, sobrecarga das estruturas osteomioarticulares,
alterações posturais e algias. Objetivos:
Apresentar os resultados da assistência fisioterapêutica e autogerenciamento da
DMRA após o parto. Métodos: Paciente do sexo feminino, 32 anos,
primípara, gestação múltipla, cesárea, sedentária, com queixa de desconforto
abdominal e lombar, submetida a 8 sessões de tratamento fisioterapêutico (CAAE:
27785820.2.0000.5231), sendo: avaliação inicial e final, análise ergonômica
domiciliar, educação em saúde e cinesioterapia. A DMRA foi avaliada antes e
após ao término da intervenção por meio do paquímetro e manualmente. Também
foram aplicados os testes de ponte com perna estendida e super-homem em 4
apoios. A dor foi mensurada a cada sessão pela escala visual análoga (EVA). Resultados:
A avaliação inicial a DMRA supra umbilical foi de 3,5 cm e infra umbilical de
4,0 cm, lombalgia EVA 10. Após o tratamento fisioterapêutico a medida supra
umbilical reduziu 57,14% (1,5 cm), a infra umbilical 67,5% (1,3 cm) e a dor
lombar para EVA 0. Durante o teste inicial do “super-homem em 4 apoios” a
paciente não conseguiu manter a postura neutra da pelve/tronco, e na avaliação
final manteve a postura. No teste da ponte com uma perna estendida,
inicialmente ela não teve a capacidade de suporte do tronco e da pelve. Mas ao
final das sessões, a pelve manteve o posicionamento. Conclusão: A
fisioterapia desempenhou papel importante na recuperação da paciente,
promovendo educação em saúde quanto às orientações posturais, autogerenciamento
do tratamento domiciliar, além do reforço da musculatura abdominal,
contribuindo positivamente para a funcionalidade e qualidade de vida.
Palavras-chave: diástase abdominal; lombalgia;
fisioterapia
Referências
Gluppe S, Engh ME, Bø K. What is the evidence for abdominal and pelvic floor
muscle training to treat diastasis recti abdominis postpartum? A systematic
review with meta-analysis. Braz J Phys Ther. 2021 Nov-Dec;25(6):664-75.
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general surgeon’s perspective of rectus diastasis. A systematic review of
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Thabet AA, Alshehri MA. Efficacy
of deep core stability exercise program in postpartum women with diastasis
recti abdominis: a randomized controlled trial. J Musculoskelet
Neuronal Interact. 2019 Mar 1;19(1):62-68.
Fotobiomodulação em traumas perineais no pós-parto
vaginal imediato: estudo de viabilidade de ensaio clínico randomizado
Edna
Jéssica Lima Gondim1, Simony Lira do Nascimento2, Maria
Victória Candida Gaitero do
Prado1, Ticiana Aparecida Alves de Mira1,
Andrea Vasconcelos Gonçalves1, Fernanda Garanhani
de Castro Surita1
1UNICAMP
2Universidade Federal do Ceará
Introdução: A dor por trauma perineal interfere na
qualidade de vida e na realização de atividades de vida diária da puérpera. A fotobiomodulação (FBM) tem sido utilizada para alívio de
dor em diversas condições de saúde, portanto faz-se necessário investigar se a
mesma poderia ser útil também nesses casos. Objetivos: Apresentar dados
de viabilidade de ensaio clínico randomizado (ECR) sobre o uso da FBM em
traumas perineais no pós-parto vaginal. Método: Estudo de viabilidade de
ECR multicêntrico paralelo duplo-cego com dois grupos (FBM versus Sham) (CAAE:
59400922.1.3001.5050 e 59400922.1.1001.5404). O recrutamento foi realizado
entre março e agosto de 2023 em alojamentos conjuntos de maternidades públicas
em Fortaleza-CE e Campinas-SP. Para inclusão as
mulheres deveriam estar entre 6 e 36 horas de pós-parto vaginal, ter idade
maior que 18 anos, apresentar trauma perineal com sutura e dor perineal de no
mínimo 4 pela Escala Numérica de Dor (END). Foram analisadas taxas de aproveitamento
do recrutamento, de adesão e de retenção ao ECR por meio de porcentagens. Resultados:
Foram triadas 958 puérperas, 902 foram excluídas pelos critérios de
elegibilidade, sendo a taxa de aproveitamento do recrutamento de 5,9%. Foram
incluídas 56 mulheres, destas 40 aceitaram participar (taxa de adesão de
71,4%), 16 (28,6%) se recusaram, 2 (5%) desistiram e 38 permaneceram (média de
idade de 24,9 ± 4,4 anos); taxa de retenção de 95%. Não houve diferença de dor
pela END entre as pacientes que recusaram/desistiram e as que permaneceram (respectivamente
5,6 ± 1,4 e 5,8 ± 1,6; p = 0.63). Conclusão: As taxas de adesão e de
retenção foram consideradas adequadas, enquanto a de aproveitamento do
recrutamento baixa e uma frequência considerável de recusa de participação.
Esses dados são relevantes para interpretar as validades interna e externa do
ECR e sua viabilidade.
Palavras-chave: terapia com luz de baixa intensidade;
puerpério; períneo
Referências
Freitas LF, Hamblin
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on Selected Topics in Quantum Electronics. 2016;22(3):348–64.
Alvarenga MB et
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episiotomy: A triple-blind randomized controlled trial. Lasers
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Santos AEN et al. Programa de exercícios
físicos e educação em dor para adultos com dor lombar crônica na Atenção
Primária brasileira: estudo de viabilidade. BrJP. São
Paulo, 2022 abr-jun;5(2):127-36.
Atuação
da fisioterapia em maternidade referência em gestação de alto risco nas
primeiras 72 horas após parto vaginal com vácuo extrator e laceração grau 2: um
relato de caso
Danielle
Araújo Mota1, Janaina Mayer de Oliveira Nunes2, Adriana
Paula Fontana Carvalho1, Roberta Romaniolo
de Mattos1
1Universidade Federal do Espírito Santo
2Universidade Estadual de Londrina
Introdução: A dor e o edema perineal são queixas
frequentes no puerpério imediato, que aumentam quando associadas à partos instrumentalizados
e lacerações, podendo resultar em dificuldades nas atividades intra hospitalares e no cuidado do recém-nascido. O parto
vaginal operatório ainda é uma realidade em casos de exaustão materna e em
período expulsivo prolongado. Objetivo: Relatar o caso de uma puérpera
com laceração grau 2 associada ao uso de vácuo extrator, atendida pela
fisioterapia numa maternidade de alto risco de um Hospital Universitário. Método:
Relato de caso de uma puérpera acompanhada no serviço em maio de 2023, atendida
pela fisioterapia desde o trabalho de parto, imediatamente após o parto,
seguida nas próximas 72 horas de internação e com retorno para reavaliação 15
dias após o parto (CAAE 27785820.2.0000.5231). Resultados: Puérpera, 28
anos, G1P1, DGA2, líquido amniótico aumentado, em trabalho de parto espontâneo,
necessitou de auxílio de vácuo extrator para expulsão por ocasião de período
expulsivo prolongado e exaustão materna. Em avaliação imediata constatou-se a
laceração grau 2 e edema vulvar importante, no qual a fisioterapia já aplicou
crioterapia direta por 20 minutos. A paciente foi reavaliada 24 horas após o
parto, com dor perineal (EVA 9), edema vulvar (3+/4+), desconforto para ficar
sentada e ardência para micção. Nesta fase a conduta da fisioterapia baseou-se
em aplicação de crioterapia direta, laserterapia 2J
em pontos de laceração, orientação de contração precoce do assoalho pélvico,
cuidado que se estendeu até o final da internação. Após 15 dias a puérpera
retornou para avaliação fisioterapêutica sem edema vulvar, com a sutura limpa e
seca, negando queixas perineais. Conclusão: A fisioterapia obstétrica
teve papel e contribuiu significativamente para melhora
do bem-estar e redução das morbidades pós-parto vaginal instrumentalizado.
Palavras-chave: vácuo-extração; período pós-parto;
fisioterapeutas
Referências
Burti JS, Cruz JPS, Silva AC, Moreira IL.
Assistência ao puerpério imediato: o papel da fisioterapia. Revista da
Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba. 2017;18(4):193–8.
Santos JO, Oliveira SM, Nobre MR, Aranha AC,
Alvarenga MB. A randomised
clinical trial of the effect of low-level laser therapy for perineal pain and
healing after episiotomy: a pilot study. Midwifery. 2012 Oct;28(5):e653-9.
Operative Vaginal
Birth: ACOG Practice Bulletin, Number 219. Obstetrics & Gynecology. 2020;135(4):e149-59
Relação
das posturas de parto vaginal e ocorrência de laceração perineal: uma análise
descritiva
Danielle
Araújo Mota1, Flávia Specian Queiroz2,
Adriana Paula Fontana Carvalho2, Roberta Romaniolo
de Mattos2
1Universidade Federal do Espírito Santo
2Universidade Estadual de Londrina
Introdução: Durante o parto vaginal, pode ocorrer
laceração perineal, que é o rompimento não intencional dos tecidos do períneo,
localizado entre a vagina e o ânus, e essa laceração é classificada em graus,
de acordo com os tecidos atingidos. Este trauma perineal traz impactos na saúde
da mulher, como maior dor no puerpério, dispareunia e
até distúrbios urinários e/ou fecal. As posturas adotadas no parto podem
repercutir em laceração perineal, sendo que a literatura traz que posturas
horizontalizadas aumentam a chance dessa ocorrência, enquanto posturas verticalizadas
tem potencial de proteger o períneo. Objetivo: Observar a relação da postura
de expulsão no parto vaginal e a ocorrência de laceração perineal. Métodos: O
presente estudo observacional, coletou informações sobre o parto vaginal de
parturientes na Maternidade do Hospital Universitário Regional do Norte do
Paraná, e das condições perineais no pós-parto imediato, até duas horas após o
parto (CAAE 27785820.2.0000.5231). Resultados: Foram coletados dados de
26 parturientes, com média de idade 29,5 (± 7) anos, idade gestacional em média
de 37,4 (± 1,7) semanas, a média da massa corporal dos recém nascidos foi de
3.000 (± 400) g, 84% das parturientes tiveram expulsão em litotomia
em decúbito dorsal, 11% em litotomia semi-sentada e somente 1 (3%) em postura verticalizada. A
frequência de laceração perineal foi de 50%, sendo 27% foi de grau 1 e 23% de
grau 2, e 35% delas relataram dor perineal no pós-parto imediato. Conclusão:
Neste estudo observamos uma maioria absoluta da adoção de postura
horizontalizada durante o período expulsivo do parto e uma alta incidência de
laceração perineal.
Palavras-chave: trabalho de parto; parto normal;
terceira fase do trabalho de parto
Referências
Gupta JK, Sood A, Hofmeyr GJ, Vogel JP. Position in the second stage
of labour for women without epidural anaesthesia. Cochrane Database Syst Rev. 2017 May
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Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2020;42(12):787–92.
Rocha M, Vidal M, Ribeiro GL et al. Factors related to perineal outcome after vaginal
delivery in primiparas: a cross-sectional study. Revista da Escola de
Enfermagem da USP. 2020;54.
Rotina
de assistência da fisioterapia em maternidade de um hospital escola referência
em gestação de alto risco
Danielle
Araújo Mota1, Ana Paula Zacarias de Souza2, Dayane Duarte
Abreu2, Carla Antonieli de Moraes2,
Janaina Mayer de Oliveira Nunes2, Adriana Paula Fontana Carvalho2,
Roberta Romaniolo de Mattos2
1Universidade Federal do Espírito Santo
2Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: maternidades; fisioterapeutas; período
pós-parto
Referências
Burti JS, Cruz JP, Silva AC, Moreira IL.
Assistência ao puerpério imediato: o papel da fisioterapia. Revista da
Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba. 2017;18(4):193–8.
Silva LN. Abordagem fisioterapêutica no
puerpério imediato em uma maternidade do Seridó Potiguar. 2021. 37 f. [Monografia].
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Caicó: Curso de Residência
Multiprofissional em Atenção A Saúde Materno-Infantil; 2021.
Ferroli-Fabricio
AM, Homsi CJ, Rios LA, Mascarenhas LR, Oliveira NFF.
“Por mais Fisioterapeutas nas Maternidades’: regulamentação, suporte científico
e campanha ABRAFISM. Belém, PA: Associação Brasileira de Fisioterapia na Saúde
da Mulher, 2020.
Terapia
com fotobiomodulação em trauma mamilar no período
puerperal: ensaio clínico randomizado
Ticiana Aparecida Alves de Mira1, Maria
Victória Candida Gaitero do
Prado1, Edna Jéssica Lima Gondim1, Simony Lira do
Nascimento2, Fernanda Garanhani de Castro
Surita1, Andrea Vasconcelos Gonçalves1
1UNICAMP
2Universidade Federal do Ceará
Introdução: À nível mundial, apenas 44% das
crianças são amamentadas por um período exclusivo de 6 meses e dentre as razões
para um desmame precoce, a dor em decorrência do trauma mamilar pode ser
considerado. Objetivo: Avaliar a efetividade da fotobiomodulação
sobre na dor de traumas mamilares em mulheres no pós-parto
imediato. Métodos: Ensaio clínico controlado aleatorizado paralelo duplo-cego
e multicêntrico (CAAE: 59400922.1.1001.5404 e CAAE: 59400922.1.3001.5050)
realizado em duas maternidades com mulheres acima de 18 anos, com trauma mamilar
e dor mínima de 4 na escala numérica de dor (END) avaliadas entre 6-36 h
pós-parto. Foram coletados dados sociodemográficos, condição física da mama e
mamilo, aspectos do trauma mamilar, dor durante amamentação e palpação. As
puérperas foram aleatorizadas em dois grupos: fotobiomodulação
(2J vermelho e 4J infravermelho) e sham com simulação
da aplicação sem disparo de energia. As mulheres foram reavaliadas em 30
minutos e 24 horas após intervenção e por diário de dor. Resultados: Nos
resultados parciais, analisamos 32 mulheres com prevalência de idade entre
20-29 anos. A lesão mais comum considerando mamilo direito e esquerdo, respectivamente,
no grupo experimental foi fissura (53-57%) e eritema (23-42%) e no sham, eritema (61-71%) e fissura (21-38%). A END na última
mamada foi de 5 e 6 para experimental e sham. Foi
encontrado após aplicação da fotobiomodulação, menor
nível de dor na mama direita em 12h após intervenção (p = 0.04) e menor nível
de dor mama esquerda em 6h (p = 0.04) e 12h (p = 0.02) no grupo experimental. Conclusão:
Menor nível de dor em 12h após aplicação do laser na mama direita, 6h e 12h
para a mama esquerda, foi evidenciado no grupo experimental em comparação com o
sham. A terapia de fotobiomodulação
é uma técnica promissora para tratamento da dor por trauma mamilar no puerpério
imediato favorecendo a manutenção do aleitamento materno exclusivo.
Palavras-chave: terapia com luz de baixa intensidade;
aleitamento materno; dor
Referências
Kac G.
Aleitamento materno: Prevalência e práticas de aleitamento materno em crianças
brasileiras menores de 2 anos 4: ENANI 2019. Rio de Janeiro, RJ: UFRJ; 2021. 108
p. Disponível em: https://enani.nutricao.ufrj.br/index.php/relatorios
Niazi A, Rahimi VB, Soheili-Far S, Askari N, Rahmanian-Devin P,
Sanei-Far Z, Sahebkar A, Rakhshandeh H, Askari VR. A systematic review on prevention and treatment of
nipple pain and fissure: are they curable? J Pharmacopuncture.
2018 Sep;21(3):139-50.
de Freitas LF,
Hamblin MR. Proposed Mechanisms of Photobiomodulation
or Low-Level Light Therapy. IEEE J Sel Top Quantum
Electron. 2016 May-Jun;22(3):7000417.
Camargo BTS, Coca KP,
Amir LH, Corrêa L, Aranha
ACC, Marcacine KO, Abuchaim
ÉSV, Abrão ACFV. The effect of a single irradiation
of low-level laser on nipple pain in breastfeeding women: a randomized
controlled trial. Lasers Med Sci. 2020 Feb;35(1):63-69.
Dor
na cintura pélvica durante a gestação: validação de conteúdo de uma cartilha
educativa
Larissa Thabata Gozzer1, Clara Maria de Araujo Silva1, Leticia Mancini2, Ana
Carolina Sartorato Beleza1
1Universidade Federal de São Carlos
2Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto
Introdução: A gestação é uma fase marcada por
profundas mudanças fisiológicas no corpo da mulher, incluindo alterações
biomecânicas e hormonais que podem impactar na qualidade de vida da gestante.
Entre essas transformações, algumas de natureza musculoesquelética, podem
resultar em limitações, como a dor na cintura pélvica (DCP). Dada a alta prevalência
dessa condição durante a gestação, é importante fornecer orientações sobre a
DCP e seu autogerenciamento para essa população. Objetivo: Validar o
conteúdo de uma cartilha educativa para gestantes com dor na cintura pélvica. Método:
Trata-se de um estudo de desenvolvimento metodológico de uma cartilha educativa
para gestantes com dor na cintura pélvica (CAAE: 64194322.8.0000.5504). A
cartilha elaborada foi inicialmente com base em estudos científicos, sendo
posteriormente validada por juízes da área da saúde. Para análise dos dados foi
utilizado o método do Índice de Validade de Conteúdo (IVC), sendo considerados
os resultados superiores a 0,8 como adequados. Resultados: O material
educativo final abrangeu definições, informações e diretrizes para o manejo da
dor pélvica. Após sua elaboração, nove fisioterapeutas participaram do processo
de validação de conteúdo. Os resultados do IVC superaram os limites
estabelecidos, com um índice global de 0,93. Com base em sugestões dos
avaliadores, a cartilha passou por adaptações, como por exemplo, a inserção de
figuras mostrando a localização dor da dor pélvica em um esquema corporal. Conclusão:
A proposta da cartilha sobre dor pélvica atingiu o padrão de aceitabilidade,
sendo considerada validada pelos profissionais da saúde. Nesse contexto,
considerando a propensão da gestação para a adoção de novos hábitos e a busca
por conhecimento, a educação em saúde assume um papel crucial. A produção de
cartilhas educativas emerge como uma abordagem acessível e eficaz para
disseminar informações valiosas entre essa população, contribuindo para uma
gestação mais informada e saudável.
Palavras-chave: gravidez; dor pélvica; estudo de
validação
Referências
Gutke A, Kjellby-Wendt G, Öberg B. The inter-rater reliability of a standardised classification system for pregnancy-related
lumbopelvic pain. Manual Therapy. 2010;15(1):13–8.
Lynn MR. Determination
and quantification of content validity. Nursing Research. 1986;35(6):382–5.
Polit DF, Beck CT.
The content validity index: are you sure you know what’s being reported?
Critique and recommendations. Research in Nursing & Health.
2006;29(5):489–97.
Vleeming A et al. European guidelines for the diagnosis and
treatment of pelvic girdle pain. European Spine Journal. 2008;17(6):794–819.
Agradecimentos:
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) - Processo
2022/10483-8
Impacto
do exercício aquático nos níveis plasmáticos de citocinas pró-inflamatórias em
ratas prenhes com diabete moderado
Bruna
Bologna Catinelli, Aline Medolago
Carr, Rafael Guilen de
Oliveira, Maria Angélica Spadella, Angelica Mercia Pascon Barbosa, Patrícia de Souza Rossignoli,
Marilza Vieira Cunha Rudge
UNESP
Introdução: O diabetes mellitus gestacional tem
sido associado à miopatia diabética do músculo reto
abdominal (MRA), contribuindo para ocorrência de incontinência urinária. O
aumento da secreção de citocinas pró-inflamatórias em quadros de diabetes está
envolvido na ativação de vias de degradação de proteínas e diminuição da
síntese de proteínas, contribuindo para a instalação da miopatia
diabética. Em modelo experimental, a prática de exercício na prenhez de ratas
diabéticas foi capaz de reverter a miopatia do MRA,
porém o papel da inflamação na reversão da miopatia
do MRA é desconhecido. Objetivo: Analisar o impacto do exercício
aquático nos níveis plasmáticos de citocinas pró-inflamatórias em ratas prenhes
diabéticas. Métodos: O estudo foi aprovado pela Comissão de Ética em Uso
de Animais (CEUA 1365/2020). O diabete moderado foi induzido por Streptozotocin (100 mg/kg, via subcutânea), no primeiro dia
de vida de fêmeas Wistar. Aos 90 dias de vida, após o
acasalamento e confirmação de prenhez, as ratas foram distribuídas em grupo
sedentário ou exercitado. O protocolo de exercício aquático teve início a
partir do dia 0 de prenhez até o dia 20 de prenhez (60 min/dia, 6 dias/semana).
No dia 21 de prenhez, as ratas foram eutanasiadas com
Tiopental (120 mg/kg) e o sangue foi coletado e depositado em tubos heparinizados. Foi realizada quantificação de TNF-α,
IL-6 e IL-1ß pelo método ELISA. As comparações entre grupos foram realizadas por
ANOVA duas vias, e p < 0,05 foi considerado significativo. Resultados:
Não houve diferença entre os grupos diabéticos e não-diabéticos sedentários e
exercitados nos níveis de TNF-α, IL-6 e IL-1ß. Conclusão: Tanto o
diabete moderado quanto o exercício aquático não alteraram os níveis
plasmáticos de citocinas pró-inflamatórias de ratas prenhes. Mais estudos são
necessários para compreender o papel da inflamação no contexto da reversão da miopatia diabética, analisando a expressão tecidual destes
marcadores.
Palavras-chave: diabetes; inflamação; exercício físico
Referências
Barbosa AMP, Dias A, Marini G, Calderon IMP, Witkin S, Rudge MVC.
Urinary incontinence and vaginal
squeeze pressure two years post-cesarean delivery in primiparous women with
previous gestational diabetes mellitus. Clinics (Sao Paulo). 2011;66(8):1341–6.
Vesentini G,
Barbosa AMP, Damasceno DC, Marini G, Piculo F, Matheus
SMM, et al. Alterations in the
structural characteristics of rectus abdominis muscles caused by diabetes and
pregnancy: A comparative study of the rat model and women. PLoS
One. 2020;15(4):1–17.
Perry BD, Caldow MK, Brennan-Speranza TC, Sbaraglia
M, Jerums G, Garnham A, Wong C, Levinger P, Asrar Ul Haq M, Hare DL, Price SR, Levinger I. Muscle atrophy in
patients with Type 2 Diabetes Mellitus: roles of inflammatory pathways,
physical activity and exercise. Exerc Immunol Rev. 2016;22:94-109.
Catinelli BB, Rossignoli PS, Floriano JF, Carr AM, de Oliveira
RG, dos Santos NJ, et al. Reversal of diabetic-induced myopathy by swimming exercise
in pregnant rats: a translational intervention study. Sci Rep.
2022 Dec;12(1):7375.
Agradecimentos:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) -
Código de Financiamento 001 e Fundação de Amparo a
Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) - Processo 2016/01743-5
Vascular mechanisms in the context of diabetic-induced
rectus abdominis myopathy and response to swimming exercise
Aline Medolago Carr1, Bruna Bologna Catinelli1,
Nilton José dos Santos1, Maria Angélica Spadella2, Marilza Vieira Cunha Rudge1, Patrícia de Souza
Rossignoli1, Angélica Mércia Pascon
Barbosa1
1UNESP
2FAMEMA
Introduction: Gestational
diabetes mellitus (GDM) has been associated with diabetic myopathy (DiM) which leads to urinary incontinence (UI). Mild
hyperglycemic pregnancy (MHP) rat model evidenced structural changes in the
rectus abdominis muscle (RAM) fibers, but the role of vascular mechanisms in
diabetic- induced changes in the RAM is unknown. Swimming exercise is useful
for the management of GDM and its complications, including the reversal of
structural changes in the RAM fibers. Aim: Evaluate the impact of mild
hyperglycemia and the effects of swimming exercise on the vasculature of the
RAM in pregnant rats. Methods: The study was approved by the Institutional
Animal Care and Use (protocol number 1366/2020). MHP rat model was obtained by a
subcutaneous injection of 100 mg/kg streptozotocin (diabetic group) or citrate
buffer (non-diabetic group) on the first day of life in Wistar female newborns.
At 90 days of age the rats were mated and randomly allocated to remain
sedentary or subjected to a swimming exercise protocol from gestational day 0
to gestational day 20 (60 min/day; 6 days/week). On gestational day 21, rats were
euthanized with Thiopentax (120 mg/kg) and RAM was
collected for immunohistochemical (anti-CD31 and anti-CD105) and morphometric
analysis. Results: No MHP- or swimming exercise- induced changes were
observed in the capillary count, capillary contacts, sharing factor,
capillary-to-fiber ratio, capillary density and capillary-to-fiber perimeter
exchange in the RAM, as in morphometry of RAM arterioles. Conclusion:
Mild hyperglycemia as well as swimming exercise did not promote changes in
capillary count, vascular indexes and vascular morphology, suggesting that
vascular structure changes are not involved in the pathophysiology of RAM DiM nor in the SE-induced reversal of RAM DiM. This translational approach brings new findings about
the pathophysiology of RAM DiM and the effects of SE
on MHP condition.
Palavras-chave: diabetes, skeletal
muscle, capillaries
Referências
Barbosa AMP, Dias A, Marini G, Calderon IMP, Witkin S, Rudge
MVC. Urinary incontinence
and vaginal squeeze pressure two years post-cesarean delivery in primiparous
women with previous gestational diabetes mellitus. Clinics (Sao Paulo). 2011;66(8):1341–6.
Vesentini G,
Marini G, Piculo F, Damasceno DC, Matheus SMM, Felisbino SL. Morphological
changes in rat rectus abdominis muscle induced by diabetes and pregnancy. 2018;51:1–10.
Vesentini G,
Barbosa AMP, Damasceno DC, Marini G, Piculo F,
Matheus SMM, et al. Alterations in the
structural characteristics of rectus abdominis muscles caused by diabetes and
pregnancy: A comparative study of the rat model and women. PLoS One. 2020;15(4):1–17.
Catinelli BB, Rossignoli PS, Floriano JF, Carr
AM, de Oliveira RG, dos Santos NJ, et al. Reversal of diabetic-induced myopathy by swimming
exercise in pregnant rats: a translational intervention study. Sci Rep. 2022
Dec;12(1):7375.
Damasceno DC, Netto AO, Iessi IL, Gallego FQ, Corvino SB, Dallaqua
B, et al. Streptozotocin-induced diabetes models: pathophysiological mechanisms
and fetal outcomes. Biomed Res Int. 2014;2014:819065. doi: 10.1155/2014/819065
Agradecimentos:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) -
Código de Financiamento 001 e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São
Paulo (FAPESP) - Processo 2016/01743-5
Projeto
maternar no campus em uma ação de relatos e
experiências da maternidade: um túnel de emoções
Tatiane
Araújo dos Santos, Sávia Francisca Lopes Dias, Gilvana
Pessoa de Oliveira, Ariane da Costa Melo, Lorena Sousa Soares, Jamille da Silva Brasil, Kallyny
Kelly Gonçalves Matos
Universidade
Federal do Delta do Parnaíba
Introdução: A Universidade Federal do Delta do
Parnaíba (UFDPar) pertence ao grupo de universidades
supernovas oficializadas pelo Ministério da Educação. As Pró Reitorias de
Assuntos Estudantis e de Gestão de Pessoas em parceria com a Liga Acadêmica de
Fisioterapia na Saúde da Mulher, dessa instituição, desenvolveram o Projeto Maternar no campus afim de assistir gestantes e lactantes
no ambiente universitário. Tendo em vista que essas mulheres enfrentam períodos
de intensas alterações físicas, psicológicas e sociais, destaca-se a
importância de uma rede de apoio dentro do ambiente que estão inseridas. Objetivo:
relatar uma experiência vivenciada através de uma ação do projeto maternar no campus, realizado na UFDPar.
Método: O projeto iniciou com o formulário virtual enviado para a
comunidade acadêmica através das coordenações dos 12 cursos. Posteriormente, as
mulheres foram convidadas para o primeiro encontro do projeto. Para tal,
construiu-se um túnel de emoções dividido em 4 estações: primeiro, segundo e
terceiro trimestre gestacional, e o processo de amamentar. Nas respectivas
estações, indagava-se algo que seria comum vivenciar. Logo, as mulheres
relatavam suas experiências e os mediadores interviam com informações
científicas a respeito. Resultados: O formulário identificou 27 mulheres
(8 gestantes e 19 lactantes). No túnel, durante a primeira estação,
destacaram-se relatos de duas participantes sobre hiperêmese
gravídica e o da vivência de um aborto por outra participante. Na segunda e
terceira estação, destacaram-se os relatos sobre o julgamento em relação ao peso
corporal, execução de atividades laborais e estudos. Os relatos acolhidos na
última estação estavam relacionados as dificuldades para amamentar e a
depressão pós-parto. Conclusão: Observou-se a singularidade de cada
vivência, mas em comum o predomínio de sentimentos e experiências negativas, na
qual pode-se constatar a dificuldade que as participantes enfrentaram por não
possuírem uma rede de apoio no ambiente em que estavam inseridas, destacando a
relevância da ação.
Palavras-chave: fisioterapia; saúde da mulher;
obstetrícia; aleitamento materno
Referências
Baracho E. Fisioterapia aplicada à saúde da
mulher. 6 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2018.
Brasil. Ministério da Saúde. Sociedade
Beneficente Israelitabrasileira
Albert Einstein. Nota
técnica para organização da rede de
atenção à saúde com foco na
atenção
primária à saúde e na atenção
ambulatorial especializada – saúde da mulher na
gestação, parto e puerpério. São Paulo:
Ministério da Saúde; 2019.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção
Primária à Saúde. Departamento de ações programáticas estratégicas. Manual de
Gestação de Alto Risco [recurso eletrônico] / High-riskpregnancy
manual. 1ed. Brasília: Ministério da Saúde; 2022.
Vivência
em uma maternidade pública no Piauí e a importância da relação acadêmica com o
serviço hospitalar: um relato de experiência
Sávia
Francisca Lopes Dias1, Maria Gabriela Cardoso Teles Monteiro1,
Kallyny Kelly Gonçalves Matos2, Karla Rakel Gonçalves Luz2
1Universidade Federal do Delta do
Parnaíba
2CREFITO 14
Introdução: A Associação Brasileira de
Fisioterapia em Saúde da Mulher (ABRAFISM) em 2019 lançou a campanha “Por mais
Fisioterapeutas nas maternidades” que tem o intuito de ampliar e embasar as
intervenções da fisioterapia nesse ambiente. As universidades além de
instituição de ensino, produzem técnicas e tecnologias através, por exemplo,
dos estágios curriculares supervisionados que proporcionam uma visão crítica da
profissão. Objetivo: Relatar a experiência vivenciada por docentes
supervisoras de estágio em fisioterapia numa maternidade pública e o
desenvolvimento de materiais de registro que destaquem os principais
indicadores da atuação fisioterapêutica. Métodos: Foram elencados os
seguintes pontos: observação do campo (Centro Obstétrico em Hospital Estadual
-Parnaíba/Piauí); áreas de atuação do fisioterapeuta; e identificação do
material de registro. Resultados: A observação do campo demonstrou uma
média de 151,7 ± 4,7 mulheres atendidas por mês, com procedência de toda planície
litorânea, e de outros Estados como Maranhão e Ceará. Quanto a atuação do
fisioterapeuta observou-se: atividades desenvolvidas em sobrecarga, como
intervir no pré/pós-parto e fazer a assistência
ventilatória ao recém-nascido, caso necessário; e principalmente a necessidade
de registro específico. Assim, considerando o embasamento científico, as
docentes supervisoras elaboraram 4 documentos para fins de direcionamento: os
Protocolos operacionais padrão (POPs) para atuação no
pré-parto; no puerpério imediato com indicações e cuidados específicos de
acordo com a via de parto; na amamentação; e uma escala para registro de
plantão que engloba desde a dinâmica do trabalho de parto até a descrição das
intervenções e desfechos. Conclusão: A vivência em uma maternidade
pública demonstrou a importância da relação acadêmica com o serviço hospitalar.
Foi possível desenvolver materiais de registro específicos sobre a atuação do
fisioterapeuta e disponibilizar ao setor. Isso auxilia na segurança e
efetividade dos atendimentos com prática baseada em evidências científicas,
além de gerar indicadores sobre a atuação do fisioterapeuta como integrante da
equipe multiprofissional.
Palavras-chave: fisioterapia; saúde da mulher;
obstetrícia; saúde pública
Referências
Ferroli-Fabricio
AM, Ferreira CHJ, Rios LA, Mascarenhas LR, Oliveira NFF. "Por Mais
Fisioterapeutas nas Maternidades": regulamentação, suporte científico e
campanha ABRAFISM. Belém, PA: Associação Brasileira de Fisioterapia na Saúde da
Mulher; 2020.
Baracho E. Fisioterapia aplicada à saúde da
mulher. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2018.
Alves PKBS et al,
Validation of the clinical evaluation protocol in obstetric physiotherapy,
Brazilian Journal of Development. 2020;6(8):60603–16.
Promoção
do cuidado ao cuidador - Experiência em uma maternidade pública no Piauí e a
importância da aproximação entre profissionais
Sávia
Francisca Lopes Dias1, Maria Gabriela Cardoso Teles Monteiro1,
Kallyny Kelly Gonçalves Matos2, Karla Rakel Gonçalves Luz2
1Universidade Federal do Delta do
Parnaíba
2CREFITO 14
Introdução: Em um ambiente hospitalar, existe uma
grande complexidade nos serviços de atenção à saúde, assim é muito comum
observar no cotidiano relatos acerca de jornadas exaustivas e/ou ininterruptas
de plantões e sobrecarga de tarefas. É sabido que rotinas hospitalares podem
interferir na integridade física e consequentemente na execução das funções e
na própria qualidade de vida. Objetivo: Relatar a experiência vivenciada
em uma atividade de promoção do cuidado aos profissionais de uma maternidade
pública, conduzida por docentes supervisoras e estagiários de fisioterapia. Métodos:
Durante as vivências de Estágio em Fisioterapia em um Centro Obstétrico de um
Hospital Estadual - Parnaíba/Piauí, após observações e escuta de alguns relatos
por parte dos profissionais, supervisoras e estagiários em fisioterapia de uma
Universidade Federal executaram um plano de ação “Cuidando do Cuidador” tendo
como pontos estratégicos: a promoção de saúde e prevenção de agravos aos
profissionais do centro obstétrico, com foco na redução de desconfortos músculo
esqueléticos, através de orientações ergonômicas, alongamentos, mobilidade,
exercícios, terapia manual e práticas integrativas complementares; e a
aproximação entre os profissionais com reforço da atuação do fisioterapeuta na
maternidade, por meio da entrega de folders educativos bem como a exposição de
recursos utilizados pelo mesmo na assistência à parturiente. Resultados:
A estratégia aplicada teve um retorno positivo a partir dos relatos de bem-estar
e pela importância em despertar a atenção dos profissionais a aderir momentos
de autocuidado em suas rotinas hospitalares. Bem como pela oportunidade de
estreitar laços multiprofissionais e impulsionar a atuação do fisioterapeuta no
serviço. Conclusão: As instituições de ensino são, portanto, um valioso
pilar de promoção e propagação de ações inclusive em ambiente hospitalar. O
Piauí é um Estado pioneiro na lei sobre a obrigatoriedade de fisioterapeutas
nas maternidades, portanto, ações e também formadora de futuros profissionais
compromissados com a valorização e crescimento.
Palavras-chave: fisioterapia; maternidade; saúde
pública
Referências
Ferroli-Fabricio
AM, Ferreira CHJ, Rios LA, Mascarenhas LR, Oliveira NFF. "Por Mais
Fisioterapeutas nas Maternidades": regulamentação, suporte científico e
campanha ABRAFISM. Belém, PA: Associação Brasileira de Fisioterapia na Saúde da
Mulher; 2020.
Tottoli CR et
al. Profissionais da saúde que atuam em ambiente hospitalar têm alta
prevalência de fadiga e dorsalgia: estudo transversal. Fisioterapia e Pesquisa.
2019;26(1):91-100.
Amaral RA et al. Cuidando do cuidador: grupo de
funcionários no Hospital Geral, Revista da Sociedade Brasileira de Psicologia
Hospitalar. 2010;13(2).
Conhecimento
de profissionais da saúde sobre a funcionalidade no período gestacional
Mariana Paleari Zanoni1, Clara Maria de Araujo Silva1, Tatiana de Oliveira Sato1,
Natália Duarte Pereira Furtado1, Daiana Priscila Rodrigues-de-Souza2,
Ana Carolina Sartorato Beleza1
1Universidade Federal de São Carlos
2Universidade de Córdoba
marianazanoni@estudante.ufscar.br
Introdução: O conceito de funcionalidade, baseado
no modelo biopsicossocial de saúde, deve ser utilizado por profissionais de
saúde, inclusive no contexto gestacional. Fatores contextuais (fatores ambientais
e pessoais) impactam na funcionalidade. Contudo, é importante compreender o
quanto os profissionais clínicos conhecem e como utilizam esse conceito na
gestação. Objetivo: Verificar o conhecimento de profissionais da saúde
sobre funcionalidade e identificar o objetivo da utilização dos fatores
contextuais no período gestacional. Métodos: Trata-se de um estudo
descritivo de corte transversal realizado com profissionais de saúde que atuam
na área de obstetrícia. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa
(CAAE: 63878222.1.0000.5504), realizado de março a abril de 2023. Os dados
foram coletados via Google Forms, continham variáveis
relacionadas ao perfil dos participantes, sobre o contato com a funcionalidade,
o conhecimento específico sobre fatores contextuais e o objetivo da sua
utilização na prática clínica. Os dados quantitativos foram mensurados de forma
descritiva e os qualitativos, pela análise de Bardin. Resultados:
Participaram 11 profissionais de saúde: 3 enfermeiras, 5 fisioterapeutas e 2
médicas, com 18 anos (±6,29) de atuação, sendo que 63,6% (7) atuavam na clínica
e na docência. Sobre o conhecimento da temática, 81,8% (9) afirmaram conhecer a
funcionalidade. Quanto aos “fatores contextuais”, 72,7% (8) reportaram conhecer.
81,8% (9) utilizavam os fatores contextuais na prática e 18,2% (2) utilizavam,
porém, desconheciam a denominação. Observou-se que o principal objetivo dos
profissionais ao utilizarem a análise dos fatores contextuais era verificar o
impacto no cumprimento e adesão das pacientes aos tratamentos. Conclusão:
Os resultados demonstram que os profissionais conhecem o conceito da
funcionalidade e a investigação/avaliação dos fatores contextuais são para
promover a adesão e adequação do tratamento, podendo assim compreender o
contexto de vida da gestante. Contudo, ao identificar atitudes da prática
clínica dificulta-se conceituar as informações pautadas no modelo biopsicossocial.
Palavras-chave: international
classification of functioning; disability and health; pregnancy.
Referências
Organização Mundial da Saúde. Rumo a uma
linguagem comum para funcionalidade, incapacidade e saúde: classificação
internacional de funcionalidade, incapacidade e saúde (CIF) Genebra: OMS; 2002.
Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF).
Portal de Boas Práticas em Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente, 2019.
World Health
Organization. ICF Checklist Version 2.1a, Clinician Form for International
Classification of Functioning, Disability, and Health. Geneva: WHO;
2003.
Análise
do efeito dos exercícios primordiais nas respostas cardiorrespiratórias e
mobilidade de quadril de gestantes: ensaio clínico randomizado
Renata
Barbosa Balle Guimarães, Sidineia
Silva Pinheiro Cavalcante Franco, Sandra Aparecida Pereira Fernandes, Priscila
Rosa Albuquerque Dias Donato, Albert Schiaveto de
Souza, Hugo Alexandre De Paula Santana, Ana Beatriz Gomes de Souza Pegorare
Universidade
Federal de Mato Grosso do Sul
Introdução: Os guidelines
internacionais recomendam exercício aeróbico com finalidade de melhorar a
qualidade de vida na gestação. Entretanto, treinamentos com exercícios de
contra resistência ainda são escassos na literatura. Objetivo: comparar
o efeito agudo dos exercícios primordiais e da caminhada nas respostas
fisiológicas cardiorrespiratórias e mobilidade da região lombopélvica
de gestantes de risco habitual. Métodos: ensaio clínico agudo composto
por 26 mulheres, idade média 33,2 ± 0,7 anos e idade gestacional média de 26 ±
1,4 semanas. O apoio ético foi obtido sob o parecer nº 5.769.317. As
voluntárias participaram dos momentos: (a) familiarização, (b) execução do
protocolo movimentos primordiais (MP), (c) execução do protocolo de caminhada
(C). Cada sessão teve duração média de 45 minutos. As respostas
cardiorrespiratórias, pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD),
foram aferidas pelo método auscultatório, frequência cardíaca (FC), frequência
respiratória (FR), saturação de oxigênio (SatO2) registradas com um oxímetro. A
amplitude de movimento (ADM) de flexão (FL), extensão (EL), inclinação da
coluna lombar (IL) e flexão (FQ), extensão (EQ), abdução (AQ), adução (AdQ), rotação interna (RiQ) e externa
do quadril (ReQ) realizados com goniômetro. As
medidas foram registradas antes e após cada sessão. Para avaliação dos dados
foi utilizado do teste ANOVA de duas vias de medidas repetitivas, seguido pelo
pós-teste de Tukey e do t de Student
pareado, considerando um nível de significância de 5%. Resultados: não
houve efeito do momento, do tratamento e interação entre variáveis PAS e PAD (p
= 0,92), FC (p = 0,92), FR (p = 0,28) e SatO2 (p = 0,10); no momento
e na interação entre os grupos. Em relação a ADM analisada houve diferença estatística
significativa entre a interação dos grupos nos movimentos: EQ (p = 0,005 MP <
C) AQ (p = 0,01 MP > C); RiQ (p = 0,001MPC) e ReQ (p = 0,001 MP > C). Conclusão: Os movimentos
primordiais demonstraram parâmetros cardiorrespiratórios tão seguros como a
caminhada, porém aumentam a mobilidade de quadril.
Palavras-chave: gravidez, técnicas de exercício e de
movimento; sinais vitais
Referências
ACOG Committee
Obstetric Practice. Committee opinion #267: exercise during pregnancy and the postpartum
period. Obstetrician and Gynecologist, New York. 2002;99(1):171-3.
Jensen D, Wolfe
LA, Slatkovska L, Webb KA, Davies GA, O'Donnell DE.
Effects of human pregnancy on the ventilatory chemoreflex response to carbon
dioxide. American Journal of Physiology. Regulatory, Integrative and
Comparative Physiology. 2005;288(5):R1369–R1375.
Barakat R, Refoyo I, Coteron J, Franco E.
Exercise during pregnancy has a preventative effect on excessive maternal
weight gain and gestational diabetes. A randomized
controlled trial. Brazilian Journal of Physical Therapy.
2019;23(2):148-55.
Agradecimentos:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) -
Código de Financiamento 001 e Universidade Federal de Mato Grosso do Sul,
Brasil
Efeito
agudo dos exercícios primordiais nas respostas afetivas e dor lombar de
gestantes: ensaio clínico randomizado
Renata
Barbosa Balle Guimarães, Sidineia
Silva Pinheiro Cavalcante Franco Sandra Aparecida Pereira Fernandes, Francielli Fernandes Barbosa Grampinha,
Albert Schiaveto de Souza, Hugo Alexandre De Paula
Santana, Ana Beatriz Gomes de Souza Pegorare
Universidade
Federal de Mato Grosso do Sul
Introdução: A maioria dos Guidelines
internacionais recomenda o exercício aeróbico com finalidade de melhorar a
qualidade de vida na gestação. No entanto, treinamentos com exercícios de
contra resistência ainda são escassos na literatura. Objetivo: comparar
o efeito agudo dos exercícios com movimentos primordiais e da caminhada sobre a
intensidade da dor lombar e percepção de afeto de gestantes de risco habitual.
Métodos: ensaio clínico composto por 26 gestantes, com idade média de 33,2 ± 0,7
anos e idade gestacional média de 26 ± 1,4 semanas (Comitê de Ética:
5.769.317). O protocolo foi composto por: (a) familiarização, (b) execução dos
movimentos primordiais, (c) execução do protocolo de caminhada. Cada sessão
teve duração de 45 minutos. A percepção subjetiva de esforço foi utilizada com
intensidade moderada antes das sessões para orientar as gestantes. A Escala
Visual Analógica (EVA) foi utilizada para avaliar a intensidade de dor antes e
após as sessões. A Feeling Scale (FS scale) e a Physical Activity Enjoyment Scale (PACE scale) foram
utilizadas após as sessões para análise da resposta afetiva. Para avaliação dos
dados foi utilizado do teste ANOVA two-way, seguido
pelo pós-teste de Tukey e do t de Student
pareado. Considerando um nível de significância de 5%. Resultados: Houve
diferença significativa no escore EVA na análise da interação entre o grupo de
movimentos primordiais e o grupo caminhada (p = 0,001); em relação as escalas
de sentimentos (p = 0,01) e de prazer (p = 0,001), também houve diferença
significativa entre a interação dos grupos movimentos primordiais e o grupo
caminhada. Conclusão: o protocolo movimentos primordiais promoveu
melhora da dor lombar sendo uma modalidade mais prazerosa do que a caminhada
para as gestantes de risco habitual.
Palavras-chave: gravidez; técnicas de exercício e de
movimento; dor
Referências
Barakat R, Refoyo I, Coteron J, Franco E.
Exercise during pregnancy has a preventative effect on excessive maternal
weight gain and gestational diabetes. A randomized controlled trial. Brazilian
Journal of Physical Therapy. 2019;23(2):148-55.
ACOG Committee
Obstetric Practice. Committee opinion #267: exercise during pregnancy and the
postpartum period. Obstetrician and Gynecologist. 2002;99(1):171-3.
Campos MSB, Buglia S, Colombo CSSS, Buchler
RDD, Brito ASX, Mizzaci CC, Feitosa
RHF, Leite DB, Hossri CAC,
Albuquerque LCA, Freitas OGA, Grossman GB, Mastrocola
LE. Posicionamento
sobre exercícios físicos na gestação e no pós-parto. Arq
Bras Cardiol. 2021;117(1):160-80.
Agradecimentos:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código
de Financiamento 001 e Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Brasil
Abordagem
fisioterapêutica na prevenção de laceração perineal no parto vaginal: uma
revisão narrativa
Aline Lidia Pinheiro1, Letícia Martinelli Galhardo1,2,
Nathalia Andreatti Aiello2
1Universidade São Francisco
2Universidade de Campinas
alinelidia.pinheiro@hotmail.com
Introdução: O trauma perineal decorrente do parto
vaginal é um fator de risco para desencadear disfunções do assoalho pélvico
devido ao comprometimento da anatomia fisiológica das estruturas dessa região.
Muito tem-se utilizado como medida preventiva para o trauma perineal no preparo
da musculatura pélvica para o parto vaginal, a técnica de massagem perineal, o
uso dilatador vaginal e o treinamento dos músculos do assoalho pélvico (TMAP). Objetivo:
Analisar os principais recursos fisioterapêuticos utilizados na prevenção da
laceração perineal no parto vaginal. Métodos: Trata-se de uma revisão
narrativa, na qual foram levantados Ensaios Clínicos Randomizados, publicados
na língua portuguesa e inglesa entre os anos de 2018 a 2023, utilizando os
descritores perineum and
trauma and prevention nas
bases de dados Pubmed, Scielo
e PEDro. Os critérios de exclusão foram artigos cujo
método de intervenção não fossem fisioterapêuticos e que não estivessem de
acordo com o tema e objetivo estabelecidos previamente. Resultados: 929
artigos foram analisados e cinco foram elegíveis para avaliação na íntegra após
aplicação dos filtros e dos critérios de inclusão e exclusão. Observou-se que a
massagem perineal foi a técnica mais utilizada, estando presente em todos os
estudos, seja de forma isolada ou associada a outro método preventivo. Conclusão:
Evidências científicas sugerem que a massagem perineal é um método econômico e
eficaz para a prevenção da laceração perineal podendo ser associada ao uso do
dilatador vaginal, o qual também possui evidências de efetividade. Em
contrapartida, ao analisar o efeito do TMAP do ponto de vista da prevenção da
lesão, não foram encontradas evidências significativas na literatura que o
tornasse efetivo para essa finalidade, sendo descrito como um bom método para
promover o controle e o relaxamento dos músculos do assoalho pélvico.
Palavras-chave: assoalho pélvico; trauma perineal;
prevenção
Referências
Beleza ACS, Nakano AMS. O trauma perineal no
parto. Fisioter Bras. 2004;5(6):462-66.
Ramar CN, Grimes WR. Perineal
Lacerations. StatPearls [Internet]. Treasure Island
(FL): StatPearls Publishing; 2022. Disponível
em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK559068
Du Y, Xu L, Ding
L, Wang Y, Wang Z. The effect of antenatal pelvic floor muscle training on
labor and delivery outcomes: a systematic review with meta-analysis. Int Urogynecol J. 2015 Oct;26(10):1415-27.
Agur W, Steggles P, Waterfield
M, Freeman R. Does antenatal pelvic floor muscle training affect the outcome of
labour? A randomised
controlled trial. Int Urogynecol J Pelvic Floor Dysfunct. 2008;19(1):85-8.
Estudo
de consenso sobre a avaliação de diástase dos retos abdominais com ênfase na
funcionalidade em mulheres: resultados preliminares da fase I e II do Método
Delphi
Brenda
Soares Rocha, Danielle Araújo Mota, Karini Paula Apucho,
Fernanda Mayrink Gonçalves Liberato, Lucas Rodrigues Nascimento, Cintia Helena Santuzzi, Néville Ferreira Fachini de Oliveira
Universidade
Federal do Espírito Santo
Introdução: Não foi encontrado consenso na
literatura sobre um instrumento que contemple todos os componentes da funcionalidade
para a avaliação de mulheres com diástase do reto abdominal (DRA). O método
Delphi é um método que permite coletar opinião de especialistas acerca de um
determinado assunto e construir consenso sistemático. Objetivos:
Reportar resultados preliminares sobre consenso entre experts para
desenvolvimento de um método de avaliação da DRA com ênfase na funcionalidade. Método:
O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Centro de Ciências da
Saúde/UFES (CAAE nº49309121.4.0000.5060). Foram realizadas as fases I e II do
Método Delphi, compostas por fisioterapeutas, com experiência mínima de dois
anos na reabilitação de DRA e residentes/atuantes no Brasil. Na fase I foram
elaboradas perguntas do questionário por meio de revisão extensa da literatura,
organizadas e estruturadas para uma linguagem mais adequada baseada na CIF, com
auxílio de dois fisioterapeutas experts em avaliação da funcionalidade. Na fase
II, foi enviado um formulário online aos participantes via e-mail e coletados
dados adicionais sugeridos pelos profissionais. O consenso para inclusão de
item foi definido como =80% de concordância. Resultados: O questionário da
fase I continha 42 itens, e foi enviado a 23 experts, sendo que 20 responderam.
Na primeira rodada, obteve-se concordância de 30 itens e na segunda, obteve-se
de outros 7, totalizando 37 itens de avaliação da funcionalidade de mulheres com
DRA (estruturas do corpo, funções do corpo, atividade e participação, fatores
contextuais ambientais e aos parâmetros específicos da DRA). Conclusão:
Este estudo mostrou que será possível estabelecer recomendações baseadas no
consenso de experts para o desenvolvimento de um instrumento de avaliação da
DRA com ênfase na funcionalidade em mulheres. Acredita-se que esse consenso,
dentro do modelo biopsicossocial, contribuirá para diagnóstico, prognóstico,
prevenção e tratamento da DRA.
Palavras-chave: técnica delfos; diástase muscular;
estudos de avaliação como assunto; saúde da mulher; modalidades de fisioterapia
Referências
Diamond IR, Grant RC, Feldman BM et al. Defining consensus: A systematic review recommends
methodologic criteria for reporting of Delphi studies. Journal of Clinical
Epidemiology. 2014;67(4):401–9.
Dufour S, Bernard
S, Murray-Davis B, Graham N. Establishing Expert-Based Recommendations for the
Conservative Management of Pregnancy-Related Diastasis Rectus Abdominis: A
Delphi Consensus Study. Journal of women's health physical therapy.
2019;43(2):73-81.
Organização Mundial da Saúde. Como
usar a CIF: Um manual prático para o uso da Classificação Internacional de
Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF). Versão preliminar para discussão.
Outubro de 2013. Genebra: OMS.
Van de Water ATM,
Benjamin DR. Measurement methods to
assess diastasis of the rectus abdominis muscle (DRAM): A systematic review of
their measurement properties and meta-analytic reliability generalisation.
Manual
Therapy. 2016;21:41–53.
Agradecimentos:
Universidade Federal do Espírito Santo pelo financiamento da bolsa do Programa
Institucional de Iniciação Científica.
Efeitos
da oficina de parto na percepção do medo e expectativas em relação ao parto: um
estudo de viabilidade
Bruna Gonçalves
Dias, Amanda Martins Silva, Clara Gualter, Júlia
Cortes Cavalcante, Mariana Maia de Oliveira Sunemi, Elyonara Mello de Figueiredo
Universidade
Federal de Minas Gerais
Introdução: O medo do parto impacta negativamente
na vida das gestantes e fatores como a consciência dos eventos do trabalho de
parto, são preditores para a participação ativa no ciclo gravídico puerperal e
para satisfação. A preparação do casal resulta numa vivência de parto
satisfatória para o casal e para a equipe. A Oficina de Parto é uma estratégia
de educação em saúde para casais grávidos que conscientiza sobre a gravidez e
parto, gerando uma postura ativa para um parto saudável e seguro. Objetivo: Investigar
a viabilidade de um ensaio clínico investigando o efeito da Oficina do Parto na
percepção do medo e na expectativa das mulheres sobre o parto. Método:
Após aprovação no Comitê de Ética em Pesquisa (CAEE: 67438323.70000.5149),
considerando 5 objetivos estipulados, foram avaliados: o recrutamento e
características da amostra resultante; o refinamento dos procedimentos de
coleta de dados e medidas de resultados; a aceitabilidade e adequação da
intervenção e procedimentos; os recursos e capacidade para gerir e implementar
o estudo e intervenção; e as respostas preliminares à intervenção. O medo do
parto foi avaliado pelo Questionário sobre o Medo Percebido do Parto (QMPP),
aplicado antes e após a Oficina do Parto para 6 casais. Resultados: Não
houve dificuldades na implementação da intervenção, após a qual houve redução
de 26,4% na mediana do QMPP, sendo que escores menores indicam menor medo.
Porém, o treinamento da equipe para conduzir a Oficina do Parto de acordo com
as demandas de cada casal, e a validação do QMPP para português brasileiro
devem ser considerados em estudos futuros. Conclusão: É viável a
aplicação da Oficina do Parto por profissionais de saúde e o desenvolvimento de
ensaios clínicos investigando o medo e a expectativa em relação ao parto, com
as devidas adaptações.
Palavras-chave: educação em saúde; estudos de
viabilidade; trabalho de parto
Referências
Baracho E et al. Oficina do parto: educação em
saúde para casais grávidos. 1.ed. Rio de Janeiro: Med
Book, 2021.
Loureiro SAM. O medo do parto: contributo para
a validação do W-DEQ para grávidas portuguesas [dissertation
Internet]. Porto: Universidade do Porto; 2013
ORSMOND GI, COHN
ES. The distinctive features of a feasibility study: objectives and guiding
questions. OTJR: Occupational Therapy Journal of Research. 2015;35(3):169-77.
Características
sociodemográficas e de parto das puérperas internadas na maternidade de alto
risco do Hospital Universitário de Vitória - ES: dados preliminares
Mariana
de Oliveira, Ester Junger Lumbreras,
Natalia Gonçalves Cordeiro, Hellen Pedracini Gottardo, Adrieny do Nascimento
Borges, Fernanda Mayrink Gonçalves Liberato, Néville
Ferreira Fachini de Oliveira
Universidade
Federal do Espírito Santo
Introdução: A Organização Mundial da Saúde (OMS)
preconiza entre 10-15% de partos cesarianos em maternidades. No Brasil, essa
porcentagem chegou a 61% e em Vitória, corresponde a 56%. Considerando esta
disparidade, é fundamental realizar estudos que investiguem esses dados e
características das puérperas/recém-nascidos. Objetivo: Descrever o
perfil sociodemográfico e de parto das puérperas atendidas na maternidade de um
Hospital Universitário de Vitória - ES. Método: Estudo de corte
transversal descritivo, baseado em dados de prontuários das puérperas/recém nascidos internados na maternidade de alto risco do
Hospital Universitário de Vitória - ES, entre abril-junho/2023. O projeto foi aprovado
pelo Comitê de Ética e Pesquisas (CAAE: 57736022.0.0000.5071). Os dados foram descritos
em frequências absolutas/relativas e médias e suas variâncias. Resultados:
Neste período, 208 mulheres estavam internadas no pós-parto. Com relação às
características sociodemográficas, a média de idade das puérperas era de 29(6)
anos, e a maioria era parda (78,8%), com ensino médio completo (38,9%) e
realizava trabalho remunerado (51,4%). Menos da metade apresentava diabetes
(43,8%) e hipertensão (31,7%). Com relação ao parto, a maioria teve parto
cesariano (63%) e das que tiveram parto vaginal (n = 77), 60,5% tiveram
laceração perineal, sendo a maioria (60,9%) grau 2. Com relação às
características do(s) recém-nascido(s), a maioria (45,5%) tinha APGAR 8/9, com
média de idade gestacional de 37,6(2) semanas, do peso de 2713(307) gramas e do
perímetro cefálico de 33,8(0,4) centímetros. Conclusão: As puérperas da
maternidade de alto risco do Hospital Universitário de Vitória - ES são jovens,
pardas, têm baixa escolaridade e trabalho remunerado, sendo a maioria sem
diabetes/hipertensão. Os dados de parto são alarmantes, com número elevado de
cesárea e laceração perineal (partos vaginais).
Palavras-chave: cesárea; gravidez de alto risco;
perfil de saúde; saúde da mulher; fisioterapia
Referências
Brasil. Ministério da Saúde. Sistema de Informação
sobre Nascidos Vivos (SINASC). Painel de Monitoramento de Nascidos Vivos, 2022.
Organização Mundial da Saúde (OMS). WHO recommendations non-clinical interventions to
reduce unnecessary caesarean sections; 2018.
Organização Mundial da Saúde (OMS). “WHO
Statement on Caesarean Section Rates”, 2015.
Agradecimentos:
Programa Institucional de Iniciação Científica Voluntária, Universidade Federal
do Espírito Santo.
Perfil
clínico e sociodemográfico de puérperas com laceração perineal espontânea
internadas na maternidade de alto risco de um Hospital Universitário de Vitória
- ES: dados preliminares
Eduarda Endlich Santos, Maria Luiza Sperandio
Carolino, Paola Souza Rangel, Kemily Vasconcelos Armondes da Silva, Flávia Azevedo de Brito, Néville Ferreira Fachini de Oliveira,
Cintia Helena Santuzzi
Universidade
Federal do Espírito Santo
Introdução: A laceração perineal espontânea
acomete a maioria das puérperas de parto vaginal (85% das que realizam esse
tipo de parto, apresentaram trauma perineal). Diversos fatores podem
influenciar essa ocorrência, portanto, é importante conhecer as características
clínicas e sociodemográficas, a frequência de ocorrência e a intensidade de dor
dessas puérperas. Objetivo: Caracterizar o perfil clínico e
sociodemográfico das puérperas internadas na maternidade de um Hospital
Universitário de Vitória - ES que tiveram laceração perineal espontânea. Método:
Trata-se de um estudo de corte transversal descritivo, baseado em dados de
prontuários das puérperas e recém-nascidos internados na maternidade de alto
risco de um Hospital Universitário de Vitória - ES, entre abril-junho/2023. O
projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisas (CAAE:
57736022.0.0000.5071). Os dados foram reportados em médias e frequências
absolutas/relativas e suas respectivas variâncias. Resultados: Neste
período, 77 puérperas tiveram parto vaginal, com média de idade de 28 (7) anos.
Destas, 87% eram pardas, 33% com ensino médio completo e 40% eram do lar. No
que diz respeito às doenças associadas, 44% possuíam diabetes e 22% tinham
hipertensão. A média de número de partos das puérperas foi 2 (1,5). A maioria
teve laceração vaginal (60%), sendo que grande parte de grau 2 (61%). As
mulheres apresentaram dor média de 0 (3) nas primeiras 10 horas após o parto.
Com relação às características do (s) recém-nascido (s), a média de idade
gestacional era de 38(2) semanas, massa corporal de 3066 (583) gramas e
perímetro cefálico de 34 (2) cm. Conclusão: Dados preliminares apontam
que 60% das mulheres que realizam parto vaginal apresentam laceração perineal
de grau 2, entretanto, a intensidade de dor percebida foi praticamente ausente.
Apesar dessa informação, deve-se investigar se as puérperas estavam sob efeito
de analgesia farmacológica pós-parto.
Palavras-chave: períneo; parto obstétrico; lacerações;
saúde da mulher; fisioterapia.
Referências
Monteiro MV, Pereira GMV, Aguiar RAP, Azevedo
RL, Junior MDC, Reis ZSN. Risk factores for severe obstetric perineal lacerations. InUrogynecol J. 2016;27(1):1-67.
Tavares NVS et.
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que influenciam a ocorrência de laceração perineal no
parto. Research Society and
Development, 2022.
Queirzo JHM
et. al. Perfil clínico e sociodemográfico de laceração perineal durante os
partos normais em um hospital e maternidade do interior do Ceará. Rev Expr Catól
Saúde, 2020.
Santos JO et al. Frequência de lesões perineais
ocorridas nos partos vaginais em uma instituição hospitalar. Esc Anna Nery Rev Enferm, 2008.
Agradecimentos:
Universidade Federal do Espírito Santo pelo apoio institucional do Programa
Institucional de Iniciação Científica Voluntária
Efeitos
da fotobiomodulação na dor e retorno da função sexual
após laceração perineal espontânea obstétrica: um protocolo de estudo de
viabilidade de ensaio clínico randomizado
Mariana
de Oliveira, Cintia Helena Santuzzi, Néville Ferreira Fachini de
Oliveira, Giulimara Alves Monfardini,
Flávia Azevedo de Brito, Lucas Rodrigues Nascimento, Fernanda Mayrink Gonçalves
Liberato
Universidade
Federal do Espírito Santo
Introdução: A laceração perineal espontânea
obstétrica é descrita como sendo um rompimento não intencional da pele e/ou
outras estruturas dos tecidos moles da região do períneo e tem alta incidência
(53% - 79%). A dor é o acometimento clínico mais relevante após laceração perineal,
sendo relatada por mais de 90% das mulheres no pós-parto imediato, além disso,
o retorno da função sexual também é tardio nas mulheres que tiveram laceração.
A fotobiomodulação
tem sido sugerida como uma
intervenção promissora não invasiva, não
farmacológica e de fácil implementação
para o tratamento de dor e lesões musculo-esquelética.
Objetivo: Verificar a viabilidade (em termos de recrutamento,
intervenção e medida dos desfechos) de um ensaio clínico com aplicação de fotobiomodulação em mulheres no pós-parto imediato que
tiveram laceração espontânea. Método: O projeto foi aprovado pelo Comitê
de ética do Hospital Universitário Cassiano Antonio
de Moraes (CAAE:57736022.0.0000.5071). Serão avaliadas puérperas voluntárias de
um Hospital Universitário de Vitória-ES,
convidadas a
participar de um ensaio clínico randomizado. Essas serão
selecionadas, a partir
de dados coletados em seus prontuários dispostos na rede
hospitalar, mediante a
presença de laceração espontânea de qualquer
grau e preenchimento dos critérios
de elegibilidade. Após o preenchimento do Termo de Consentimento
Livre e
Esclarecido, as pacientes serão alocadas em dois grupos: grupo 1
receberá a
aplicação de Laser de baixa potência (660nm) no
local da laceração nas primeiras
10 horas após o parto e 24 após a
aplicação; grupo 2 não receberá a
aplicação
do Laser (grupo-controle). Ambos os grupos serão questionados
sobre a dor na
laceração, com a Escala Visual Numérica (EVN),
imediatamente antes e após a
intervenção, em ambos os momentos, e em uma terceira
avaliação, 24 horas após a
última aplicação do laser. Após 15, 30 e 60
dias da intervenção, a participante
receberá ligação telefônica para responder
ao questionário Índice da Função
Sexual Feminina-Versão Curta, contando com 6 itens, que avaliam
diferentes
domínios dessa função.
Palavras-chave: terapia com luz de baixa intensidade;
saúde sexual; lacerações; modalidades de fisioterapia; saúde da mulher
Referências
Abedzadeh-kalahroudi M, Talebian A, Sadat Z, Mesdaghinia E. Perineal trauma: incidence and its risk
factors, Journal of Obstetrics and Gynaecology. 2019
Feb;39(2):206-11.
Macarthur AJ, Macarthur,
C. Incidence, severity, and determinants of perineal pain after vaginal
delivery: A prospective cohort study. Am J Obstet Gynecol.
2004;191(4):1199–204.
Lagaert L, Weyers S, Van Kerrebroeck
H et al. Postpartum dyspareunia and sexual functioning: a prospective cohort
study. Eur J Contracept
Reprod Health Care. 2017;22:200–6.
Agradecimentos:
Universidade Federal do Espírito Santo pelo apoio institucional do Programa
Institucional de Iniciação Científica Voluntária
Relato
de experiencia de um programa de teleatendimento para gestantes no centro de
referência em saúde da mulher de Ribeirão Preto
Roberta
Andrade1, Gabriela Kaori Abe Hatsumura1,
Maíra de Menezes Franco2, Paola Marini Valerio3, Bianca Manzan Reis4, Elaine Christine Dantas Moisés1,
Cristine Homsi Jorge1
1Universidade de São Paulo
2Universidade de Pernambuco
3Centro Universitário Barão de Mauá
4Centro de Referência da Saúde da Mulher
de Ribeirão Preto
Introdução: Devido ao isolamento social imposto
pela pandemia do COVID-19, os atendimentos presencias no serviço de
Fisioterapia do Centro de Referência em Saúde da Mulher de Ribeirão Preto foram
suspensos. Diante disso, para manter os atendimentos voltados a um grupo de
gestante foi iniciada uma experiencia de teleatendimento. Objetivos:
Relatar a experiência de um modelo de teleatendimento com um grupo de
gestantes. Método: Trata-se do relato de experiência com a implementação
de teleatendimento no Centro de Referência em Saúde da Mulher de Ribeirão
Preto. Este estudo teve aprovação do comitê de ética do hospital das clínicas
da faculdade de medicina de Ribeirão Preto (CAAE 41131120.4.0000.5440). Por
meio de ligação telefônica, foi verificado o interesse e disponibilidade das
gestantes em iniciar ou dar continuidade ao tratamento à distância, em grupo,
conduzido pelas fisioterapeutas do serviço, sendo avaliada a experiência de
cada gestante após sua participação. Resultados: 50 mulheres gestantes
demonstraram interesse e disponibilidade para participar do programa, contudo
apenas 26 (52%) participaram do grupo de teleatendimento. Dentre as participantes,
21 (80,7%) relataram nenhum desconforto com o programa e 24 (92,3%)
evidenciaram grau máximo de satisfação. 13 participantes (50%) apontaram alguma
dificuldade com o teleatendimento, sendo que a mais frequente foi a conexão de
internet ruim (38,4%). O fator positivo mais destacado, foi a possibilidade de
participar do grupo sem a necessidade de deslocamento até o serviço de saúde. A
maioria das gestantes que não participaram do programa, relataram
indisponibilidade com o horário (40%), seguido por dificuldade com acesso à
internet (20%). Conclusão: A experiência relatada mostrou-se de fácil
aplicabilidade sugerindo que possa ser reproduzida nos serviços públicos,
incluindo as estratégias de saúde da família, visando beneficiar as gestantes
com a realização de atividades físicas específicas para o período gestacional,
conforme sugerido pelo caderno de atenção básica do ministério da saúde.
Palavras-chave: gravidez; fisioterapia; atendimento
remoto
Referências
Agostini M, moja L, Banzi R et al. Telerehabilitation
and recovery of motor function: a systematic review and meta-analysis. J Telemed Telecare. 2015;21(4):202-13.
COFFITO. Resolução No 516, de 20 de março de
2020 – Teleconsulta, Telemonitoramento
e teleconsultoria.
Recomendação geral ABRAFISM fisioterapia por
meio digital/teleconsulta e telemonitoramento
na fisioterapia em saúde da mulher e uro-proctologia.
Brasil, Cadernos de Atenção Básica: Atenção ao
pré-natal de baixo risco. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
Departamento de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2013.
Percepção
das puérperas sobre a experiência nos diferentes tipos de parto
Iêda Pereira de Magalhães Martins, Jaciara Carolyne Nascimento Costa
Introdução: A maternidade constitui-se em uma das
experiências mais marcantes na vida de uma mulher e o trabalho de parto é um
momento único, quando vários fatores podem influenciar de forma positiva ou não
acerca dessa vivência. A forma como o tipo de parto é escolhido
e realizado podem impactar diretamente no estado puerperal dessas mulheres.
Objetivo: Verificar a percepção das puérperas sobre o seu trabalho de parto. Método:
Estudo qualitativo descritivo e exploratório, realizado com puérperas no
Hospital Santa Casa de Patrocínio (Comitê de Ética: 20191450). A amostra foi composta
por mulheres submetidas ao parto vaginal ou cesárea. Foi aplicado um
questionário semiestruturado, constando os dados pessoais e clínicos das
puérperas, além de seis perguntas diretas que identificaram o ponto de vista
dessas mulheres em relação ao seu parto. Resultados: Participaram do
estudo, 30 puérperas com a faixa etária entre 21 e 39 anos de idade. Em relação
à escolha do tipo de parto, foi observado que a metade delas puderam escolher,
enquanto a outra metade não pôde ter o parto desejado. A dor e/ou medo foi
relatado por mais da metade das puérperas, mas esses sentimentos não
interferiram no processo e 73% delas afirmaram que optariam novamente pelo
mesmo parto. Também foi observado que a maior parte delas tiveram
acompanhamento pré-natal e todas as puérperas de parto vaginal receberam pelo
menos um recurso para dor. Conclusão: Podemos concluir que, quanto ao
tipo de parto, prevaleceu o parto normal entre as participantes e que metade
das mulheres submetidas ao parto, não tiveram opção de escolha. A maioria
considerou o seu parto como uma experiência positiva e apesar de muitas
relatarem a presença do medo e da dor durante o momento do parto, disseram que
optariam novamente pelo mesmo tipo de parto.
Palavras-chave: tipos de parto, percepção das
mulheres, puerpério
Referências
Burin LG, Moron
LMP, Charlo PB. Escolha do tipo de parto: avaliação do protagonismo
da mulher. Saúde Coletiva. 2020;10(57):3545-56.
Tostes NA, Seidl EMF.
Expectativas de gestantes sobre o parto e suas percepções acerca da preparação
para o parto. Temas em Psicologia. 2016;24(2):681-93.
Velho MB et al.Vivência do parto normal ou cesáreo: revisão integrativa
sobre a percepção de mulheres. Texto Contexto Enferm.
2012 Abr-Jun;21(2):458-66.
Análise
dos fatores relacionados ao tipo de parto em uma maternidade pública
Iêda Pereira de Magalhães Martins, Érika de
Oliveira Silva
Introdução: Nos últimos anos, fatores não
suficientemente identificados contribuíram para que a realização de partos cirúrgicos
elevasse consideravelmente. Pondera-se que esse aumento não se deve apenas a
questões médicas, mas também à fatores relacionados à gestante, como
desigualdades socioeconômicas, situação geográfica, fatores culturais, faixa
etária e a etnia. O parto cirúrgico e o parto vaginal são as alternativas
disponíveis às mulheres e, dessa forma, espera-se que a gestante tenha o
direito de analisar os riscos e benefícios para optar livremente. Os
profissionais de saúde devem oferecer informações claras e objetivas a respeito
do cuidado, dos tratamentos e das alternativas. Objetivo: Identificar os
fatores relacionados à escolha do tipo de parto. Métodos: É um estudo
transversal, descritivo e quantitativo. Comitê de Ética: 20201450. A população
foi composta por 30 puérperas que tiveram partos vaginais e cirúrgicos. A
coleta de dados foi realizada através da aplicação parcial do Questionário
Hospitalar – Puérpera. Os dados foram analisados de forma descritiva por meio
do cálculo de frequência simples e absoluta, médias e desvio padrão para as
variáveis categóricas e apresentado em tabelas. Resultados: A média de
idade foi de 25 anos, a maioria solteiras, mulatas e com ensino médio incompleto
ou completo. Houve um predomínio do parto cirúrgico (53,3%), sendo que a maioria
foi por decisão médica. As gestantes tiveram orientações sobre o tipo de parto
(63,3%). Quanto aos benefícios do parto vaginal, a maioria relatou recuperação
rápida (42,9%) e a diminuição da dor no pós-parto (14,2%), enquanto que a
ausência de dor (31,2%) é um benefício do parto cirúrgico. Conclusão:
Faz-se necessário orientar as gestantes durante o pré-natal sobre os tipos de
parto para, além de aumentar o conhecimento e a autonomia para sua escolha,
elas sejam capazes de reconhecer os benefícios para o binômio mãe-filho.
Palavras-chave: tipos de parto; parto vaginal; parto
cirúrgico
Referências
Araujo KRS et
al. Estudo sociodemográfico e obstétrico do parto cesariano em uma maternidade
pública. Rev. Gest.Saúde. 2016;7(1):949-62.
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diferentes tipos de gestão: uma análise de 1.528.496 partos. Arq Catarin Med.
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Weidle WG et
al. Escolha da via de parto pela mulher: autonomia ou indução? Cad Saúde Colet. 2014;22(1).
Relato
de experiência: a percepção de acadêmicas de fisioterapia quanto a atuação do
fisioterapeuta em uma maternidade-escola
Rayssa Vieira Tavares, Luana Cristhian Moura Lascosky, Raquel Coutinho Luciano Pompermayer
EMESCAM
Introdução: No trabalho de parto, o fisioterapeuta
atua através de técnicas não-farmacológicas, a fim de aliviar a dor e tensão do
parto, facilitar a descida fetal e diminuir o uso de medicamentos de forma que
proporcione uma atenção humanizada a parturiente. Objetivo: Relatar as
experiências práticas vivenciadas por duas acadêmicas do curso de Fisioterapia.
Método: O presente relato de experiência foi construído por duas
estudantes do Curso de Graduação em Fisioterapia, a partir das vivências proporcionadas
pela Liga Acadêmica de Fisioterapia em Saúde da Mulher da EMESCAM (LAFEM). A
atividade descrita envolve uma visita técnica realizada na Maternidade Pro-Matre, localizada em Vitória-ES,
em 26 de maio de 2023. Relato: As graduandas participaram de um
treinamento quanto a fisioterapia no pré, intra e pós-parto ofertado pela LAFEM. Posteriormente, no
dia 26/05/2023, iniciou-se o acompanhamento da equipe de fisioterapia no Centro
Obstétrico da Maternidade Pro-Matre. Durante a
visita, três parturientes foram atendidas: duas em trabalho de parto ativo,
recebendo intervenções fisioterapêuticas, e uma descansando, recebendo orientações.
A primeira paciente, em trabalho de parto desde o dia anterior, começou com 6
cm de dilatação. Com a aplicação de recursos não farmacológicos, progrediu para
9 cm, porém, devido a edema na vulva e colo do útero, foi encaminhada para
cesárea. A segunda paciente chegou à maternidade com bolsa rompida e 3 cm de dilatação.
Foram fornecidas orientações sobre a evolução dos exercícios durante o trabalho
de parto, incluindo a prescrição. Esses momentos foram de extrema importância
para as acadêmicas, pois tiveram a oportunidade de vivenciar o ambiente e
proporcionar acolhimento às parturientes. Conclusão: Conclui-se que
nessa experiência, as estudantes puderam não apenas consolidar os conteúdos
aprendidos em sala de aula, mas também refletiram sobre a importância da
atuação fisioterapêutica no contexto materno-infantil.
Palavras-chave: fisioterapia; trabalho de parto;
estudantes
Atuação
do fisioterapeuta no cuidado integral à mulher em trabalho de parto: uma
revisão narrativa
Rayssa Vieira Tavares, Jaissa
de Jesus Oliveira, Cássia Quérem Pereira Passos, Victória
de Almeida Pereira, Andressa Ribeiro Martins Soares Santos, Bruna Ribeiro dos
Santos
EMESCAM
Introdução: Durante o período gestacional o corpo
da mulher passa por diversas alterações fisiológicas que podem desencadear
disfunções e a necessidade de um suporte fisioterapêutico, sendo este,
fundamental também no trabalho de parto e puerpério. Objetivo: Descrever
a abordagem fisioterapêutica e seus principais recursos evidenciados na
literatura, no suporte às parturientes. Métodos: Trata-se de uma revisão
narrativa, na qual foram utilizados os descritores Fisioterapia (Physical Therapy) AND “Trabalho
de parto” (Labor, Obstetric), definidos pelo
Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e Medical Subject Headings (MESH). A
princípio, foram encontrados 595 artigos na base de dados “Periódicos CAPES”.
Após aplicados os filtros de texto completo e últimos 10 anos, e, critérios de
exclusão e inclusão, foram escolhidos 04 artigos para a confecção desta
revisão. Resultados: A partir da análise das informações obtidas,
averiguou-se que a abordagem fisioterapêutica durante o trabalho de parto
contribui para o manejo e alívio das dores através das massagens, compressões,
uso da TENS, mobilidades com a bola suíça e termoterapia,
além de contribuir para melhora do padrão
respiratório, melhor posicionamento do bebê em relação a pelve materna,
auxiliar no processo de dilatação com posturas e exercícios cinético-funcionais
baseados na biomecânica do parto, além da redução da fadiga materna, promovendo
maior percepção corporal, autonomia e melhor experiência do parir. Conclusão:
A inserção dos fisioterapeutas nas maternidades pode auxiliar no cuidado
integral de forma humana, afim de promover suporte físico para alívio da dor e
ajustes biomecânicos quando necessários. Conclui-se que a presença deste
profissional nas salas de parto contribui positivamente para o tratamento
humanizado e para o cuidado integral das
parturientes.
Palavras-chave: fisioterapia; trabalho de parto
Referências
Borba EO, Amarante MV, Lisboa DD. Assistência
fisioterapêutica no trabalho de parto. Fisioterapia e Pesquisa. 2021;28:
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Cardozo CIA, Cunha FMAM. Avaliação do impacto
de um protocolo fisioterapêutico na diminuição do quadro álgico durante a
primeira fase do trabalho de parto vaginal. Fisioter Bras 2109;2.
Abreu NS et al. Atenção fisioterapêutica no
trabalho de parto e parto. Revista Interdisciplinar de Estudos
Experimentais-Animais e Humanos. 2013;5.
Castro AS, Castro AC, Mendonça AC. Abordagem
fisioterapêutica no pré-parto: proposta de protocolo e avaliação da dor.
Fisioterapia e Pesquisa. 2012;19:210-4.
Área Temática: Uroginecologia e Proctologia
Perfil
epidemiológico dos pacientes atendidos pelo serviço de fisioterapia em uroginecologia ambulatorial de um hospital público de
Vitória – ES
Flávia
Azevedo de Brito, Livia Maria Marques Bonomo, Jonaina Fiorim Pereira de Oliveira, Néville
Ferreira Fachini de Oliveira, Sarita Batista, Cintia
Helena Santuzzi, Luana Emerick
Knupp
Universidade
Federal do Espírito Santo
Introdução: O reconhecimento do perfil de pacientes
representa uma demanda para se obter uma melhor adequação das práticas de
saúde. Objetivo: Analisar o perfil dos pacientes atendidos pelo serviço de
fisioterapia uroginecológica no ambulatório do
Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes (HUCAM). Método:
Pesquisa descritiva e analítica, realizada no ambulatório
do HUCAM, através de
uma entrevista estruturada com questões fechadas e o
questionário ICQ-SF
aplicadas na primeira e na última abordagem
fisioterapêutica ao paciente. O presente
trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa
(CEP) do HUCAM sob o
parecer de n°5.403.035. Participaram do estudo 95 pacientes, no
período de
janeiro a julho de 2023. A idade média dos participantes foi de
62,3 anos;
sendo 49 homens e 46 mulheres. Desses 95 pacientes avaliados, 81
apresentaram
queixa de incontinência urinária (IU) à
avaliação. Em relação ao diagnóstico
médico,
prevaleceram Incontinência Urinária de Esforço em
aproximadamente 50% da
amostra, seguido de Incontinência Urinária Mista (36%) e
Incontinência Urinária
de Urgência. Quanto à interferência da queixa de
incontinência na qualidade de
vida foi possível observar que a grande maioria (84%) apresentou
uma piora na
percepção de qualidade de vida. A maioria dos pacientes
(71,6%) são residentes
da região metropolitana de Vitória, fato identificado
como um facilitador ao
acesso ao serviço de reabilitação. Os outros
pacientes (28,4%) são do interior
do estado e utilizam o carro da saúde como principal meio de
transporte. Nos
pacientes que concluíram o tratamento observou-se uma
relação inversa entre a
queixa de perda urinária e a interferência na vida
diária, em que a redução da
queixa de perda urinária foi acompanhada por uma melhora na
qualidade de vida.
Assim, conclui-se que a reabilitação do assoalho
pélvico pode promover melhora
da perda urinária e da sua interferência nas atividades de
vida diária.
Palavras-chave: perfil epidemiológico; qualidade de
vida; assistência ambulatorial; fisioterapia; saúde da mulher.
Referências
Tuda CM,
Fernández MPC. Prevalencia y factores
asociados a incontinencia
urinaria en el área de salud este de Valladolid. Enfermería
Global. 2020;19(1):390-412.
Scardoelli RAR.
Capacidades assistenciais em fisioterapia ambulatorial do SUS na 12ª Região de
Saúde do Rio Grande do Sul. 2019.
Lopes WSS, Xavier DS. Satisfação dos usuários
de serviço de fisioterapia no brasil: uma revisão da literatura. Cognitionis Scientific Journal. 2022;5(1):162–78.
Santos MM et al. Transição do cuidado da
atenção terciária para a atenção primária: Revisão integrativa da literatura. Nursing. 2022;8173-82.
Reprodutibilidade
intraexaminador da palpação vaginal, manometria e dinamometria na
mensuração da capacidade de contração voluntária dos músculos do assoalho
pélvico e nível de desconforto entre esses métodos
Caroline
Caetano Pena, Leticia Maciel de Freitas, Aura Maria Paternina
de la Ossa, Natalia Devechio Aleixo, Elaine Caldeira de Oliveira Guirro, Cristine Homsi Jorge
Universidade
de São Paulo
Introdução: A palpação vaginal é um dos métodos destinados
a avaliar a função dos músculos do assoalho pélvico (MAP), apresenta boa
reprodutibilidade intraexaminador
porém é subjetiva e depende da experiência do avaliador, sendo importante
agregar métodos mais objetivos. A manometria e a dinamometria proporcionam medidas objetivas da intensidade
da contração e apresentam boa reprodutibilidade intraexaminador.Os métodos acima descritos são
realizados por via vaginal, sendo o desconforto durante o exame um aspecto
importante a ser investigado. Objetivos: Avaliar a reprodutibilidade intraexaminador da palpação vaginal, manometria
e dinamometria na mensuração da capacidade de contração
voluntária dos MAP e comparar entre esses métodos o nível de desconforto
acarretado às mulheres. Método: Estudo clínico observacional de teste-reteste, aprovado com CAAE:87571218.0.0000.5414. Incluíram
mulheres maiores de 18 anos, com ou sem disfunções do assoalho pélvico,
avaliadas e reavaliadas pela mesma avaliadora com intervalo de sete dias
através da palpação vaginal, manometria e dinamometria em ordem aleatória. A escala visual numérica
foi utilizada para verificar o nível de desconforto. O coeficiente de Kappa e o
coeficiente de correlação intraclasse foram
utilizados para verificar a reprodutibilidade intraexaminador
desses métodos e os testes de Friedman e Wilcoxon
para estabelecer a diferença entre o nível de desconforto. Resultados:
Foram incluídas 48 participantes, com média de idade de 48,8 anos (± 16,8). A
reprodutibilidade intraexaminador foi quase perfeita
para a palpação vaginal (k = 0,84; p < 0,001) e excelente para a manometria (ICC3,3 = 0,97; p < 0,001) e dinamometria (ICC3,3 = 0,79; p <0,001). Na avaliação do
grau de desconforto houve diferença apenas em relação a palpação e manometria (p = 0,001) e não houve diferença entre palpação
vaginal e manometria e entre manometria
e dinamometria. Conclusão: Os métodos
avaliados apresentaram boa reprodutibilidade intraexaminador.
A palpação vaginal parece ser o método mais confortável em relação à manometria.
Palavras-chave: assoalho pélvico; saúde da mulher;
estudo de avaliação
Referências
Pena CC, Bø K, de la Ossa AMP, Fernandes ACNL,
Aleixo DN, de Oliveira FMF, Ferreira CHJ. Are visual inspection and digital palpation reliable
methods to assess ability to perform a pelvic floor muscle contraction? An
intra-rater study. Neurourol
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da Silva JB, de
Oliveira Sato T, Rocha APR, Driusso P. Inter- and intrarater reliability of unidigital
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maximal voluntary contraction of pelvic floor muscles considering risk factors
and dysfunctions. Neurourol Urodyn.
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Martinho NM, Marques J, Silva VR, Silva SLA, Carvalho LC,
Botelho S. Intra and inter-rater reliability study of pelvic floor muscle dynamometric
measurements. Braz J Phys Ther.
2015;19(2):97-104.
Agradecimentos:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES) –
Código de Financiamento 001
Há
correlação entre Sensibilização Central e incontinência urinária?
Carolina
Angélico, Ana Paula Rodrigues Rocha, Patricia Driusso
Universidade
Federal de São Carlos
carolina.angelico@estudante.ufscar.br
Introdução: A sensibilização central (SC) é um
fenômeno no qual o Sistema Nervoso Central (SNC) se torna mais sensível à dor,
ocorrendo por meio da hiperativação de vias facilitadoras
da dor (ascendentes e descendentes), e diminuição de mecanismos antinociceptivos descendentes do SNC. Em casos de SC, o SNC
pode também ter uma hipersensibilidade aos estímulos de micção, devido ao
armazenamento miccional, no entanto, a associação entre SC e incontinência
urinária (IU) ainda é pouco conhecida. Objetivo: Verificar a correlação entre
SC e IU. Métodos: Estudo transversal, aprovado pelo Comitê de Ética e
Pesquisa da Universidade Federal de São Carlos (CAAE: 39924620.6.0000.5504),
realizado pelo Laboratório de Pesquisa em Saúde da Mulher. As participantes
eram mulheres com idade superior à18 anos, que leram e aceitaram o termo de
consentimento livre e esclarecido. Foram aplicados, de forma online, os instrumentos:
Questionário Internacional de Consulta sobre Incontinência (ICIQ-SF), e Inventário
de Sensibilização Central (ISC), parte A. Os dados estão expressos em média ± desvio
padrão. Foi realizada a correlação entre os escores de ICIQ-SF e ISC parte A,
utilizando a idade como covariável, por meio do teste de Pearson. Adotou-se
nível de significância de 5%. Resultados: Participaram do estudo 808
mulheres, com média de idade de 42,6 ± 14,6; sendo que 581 (71,9%) tinham IU e
498 (61,6%) obtiveram escore para o CSI maior que 40 pontos, o que denota
aumento da SC; 409 (50,6%) mulheres relataram IU e CSI. O escore médio dos
questionários foram: ISC = 45,4 ± 16,1 e ICIQ-SP = 7,0 ± 5,9. Observou-se
correlação significativa e positiva entre os escores de ISC e de ICIQ (r = 0,34;
p < 0,01), ajustado pela idade. Conclusão: Este estudo verificou que
os sintomas de sensibilização central estão presentes em 409 (50,6%) mulheres
com IU e, quanto mais grave os sintomas de IU, maiores os escores do ISC.
Palavras-chave: incontinência urinária; sensibilização
do sistema nervoso central; saúde da mulher
Referências
Caumo W,
Antunes L, Lorenzzi Elkfury
J, Herbstrith E, Busanello Sipmann R, Souza A et al. The Central Sensitization Inventory validated and
adapted for a Brazilian population: psychometric properties and its
relationship with brain-derived neurotrophic factor. J Pain Res. 2017;10:2109–22.
Irwin GM. Urinary
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Nijs J, Paul van Wilgen C, Van Oosterwijck J, van Ittersum M, Meeus M. How to explain central sensitization to patients
with 'unexplained' chronic musculoskeletal pain: practice guidelines. Man Ther. 2011;16(5):413-18.
Nunes Tamanini JT, Dambros M, D’Ancona CAL, Rodrigues Palma PC, Rodrigues Netto N. Validation of the “International Consultation on
Incontinence Questionnaire - Short Form” (ICIQ-SF) for Portuguese. Rev Saúde Publica. 2004;38(3);438-44.
Agradecimentos:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código
de Financiamento 001 e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq)
Avaliação
da atividade bioelétrica do assoalho pélvico em mulheres praticantes de crossfit: estudo observacional transversal
Sidineia Silva Pinheiro Cavalcante Franco, Fabio
Roberto Barbosa Saiki, Francielli Fernandes Barbosa Grampinha, Hugo Alexandre de Paula Santana, Gustavo Christofoletti, Ana Beatriz Gomes de Souza Pegorare
Universidade
Federal de Mato Grosso do Sul
Introdução: A incontinência urinária de esforço
(IUE) durante os exercícios de alto impacto é comum em mulheres praticantes de Crossfit, e pode ser decorrente da falha de suporte dos
músculos do assoalho pélvico sobre o colo vesical e uretra. Objetivo:
Avaliar a atividade bioelétrica dos músculos do assoalho pélvico de mulheres
praticantes de Crossfit com e sem sintomas de IUE
durante a prática esportiva. Métodos: Vinte mulheres praticantes de crossfit por pelo menos 6 meses ininterruptos participaram
deste estudo (Comitê de Ética: 5.834.048). As participantes foram divididas em
relação à presença ou não de IUE. As avaliações envolveram o Internacional Consultation on Incontinence Questionnaire –
Short Form (ICIQ-SF), Eletromiografia de superfície
dos músculos do assoalho pélvico por meio do Protocolo de Glazer e avaliação da
composição corporal por bioimpedância tetrapolar.
Foram realizados o teste de Mann-Whitney e o teste t Student.
Para todas as análises o nível de significância foi de 5%. Resultados:
As participantes do estudo tinham idade média de 37,3 ± 7,8 anos, e 34,5 meses
em média de prática na modalidade. Mulheres com IUE apresentaram contração
tônica do assoalho pélvico mais fraca (p = 0,054), o tempo antes do pico de
fibras fásicas menor (p = 0,04), tempo antes do pico
de contrações tônicas menor (p = 0,009) e tempo após o pico das contrações
tônicas menor (p = 0,006) do que as mulheres sem IUE. Conclusão: As
praticantes de exercícios de alta intensidade que tem IUE apresentam prejuízo
na atividade bioelétrica avaliada por meio da eletromiografia de superfície,
demonstrando assim que a presença da IUE nas mulheres está associada a um déficit
especialmente nas fibras tônicas e a falha do sinergismo abdomino-pélvico.
A fisioterapia por meio do treinamento do assoalho pélvico poderia ajudar essas
mulheres na prevenção e tratamento da IUE.
Palavras-chave: treinamento intervalado de alta
intensidade; incontinência urinária por estresse; saúde da mulher
Referências
Bertotto A, Schvartzman R, Uchôa S, Wender
MCO. Effect of electromyographic
biofeedback as an add-on to pelvic floor muscle exercises on neuromuscular
outcomes and quality of life in postmenopausal women with stress urinary
incontinence: A randomized controlled trial. Neurourol
Urodyn. 2017;36(8):2142-47.
Bø K, Nygaard IE. Is Physical Activity Good or Bad for
the Female Pelvic Floor? A Narrative Review. Sports Med. 2020;50(3):471-84.
Casey EK, Temme K. Pelvic floor muscle function and urinary
incontinence in the female athlete. Phys Sportsmed. 2017;45(4):399-407.
Agradecimentos:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) -
Código de Financiamento 001 e Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Validation of a mobile app for the assessment of
voiding habits
Daniela Fantin
Carro, Adriana Claudia Lunardi, Leda Tomiko Yamada da
Silveira, Jorge Haddad, Elizabeth Alves Ferreira
Universidade
de São Paulo
Introduction: Disorders of
the genitourinary system feature high prevalence, with impact on quality of
life. Understanding women’s voiding habits is essential to draw a more
effective treatment for urinary incontinence (UI). Although widely used, paper
voiding diaries may have low adherence. Mobile applications (apps) have become
easily accessible and low-cost alternative tools; however, their accuracy still
lacks evidence. The app Minha Bexiga
was developed by the Labfism-USP and Gynecology
Department in partnership with a private company to be a user-friendly
interface of voiding diary registers. Objective: To validate the app, Minha Bexiga. Methods: Inclusion
criteria: women with UI and healthy women, over 18 years old, who have a
smartphone (CAAE: 56680722.4.0000.0068). Exclusion criteria: women unable to
understand directions or use the app. Personal and clinical data were collected
by interview. Women used both the voiding diary app and a similar paper voiding
diary for three consecutive days. After 15 days, the women used only the
voiding diary app again. The app reliability was tested by the intraclass
correlation coefficient. The app validity was tested by Pearson’s correlation
with paper voiding diary. Results: Among the 24 included women, 17 (47
years old and 11 years of schooling) with UI and 7 (28 years old and 15 years
of schooling) healthy. The app presented substantial reliability [ICC = 0.85
(95%CI:0.66 to 0.94)] for women with UI and moderate reliability [ICC = 0.55
(95%CI: -0.1 to 0.88)] for healthy women. The validity between the total score
from the app and paper voiding diary was found only for healthy women (r = 0.58;
p = 0.01). Conclusion: The voiding diary app had different accuracy
between women with UI and healthy women. Probably, each individual profile can
better adapt to a type of instrument to assess the voiding habit.
Palavras-chave: software
validation; urinary incontinence; women's health
Referências
Messelink B et
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pelvic floor muscle function and dysfunction: report from the pelvic floor
clinical assessment group of the International Continence Society. Neurourology and Urodynamics. 2005;24(4):374-80.
Agradecimentos:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Brasil (Código
Financeiro 001)
Busca
por tratamento da síndrome da bexiga hiperativa e incontinência urinária de
esforço entre funcionárias de um hospital público
Carla Antonieli de Moraes, Janaina Mayer de Oliveira Nunes, Adriana
Paula Fontana Carvalho, Silvio Henrique Maia de Almeida
Universidade
Estadual de Londrina
Introdução: A síndrome da bexiga hiperativa e a
incontinência urinária de esforço são condições comuns entre as mulheres e têm
um impacto negativo importante na qualidade de vida. Apesar disso, muitas delas
não procuram tratamento e muitas vezes carregam o fardo dos sintomas por muitos
anos. Objetivo: Comparar o desconforto, a qualidade de vida (QV) e a
busca por tratamento entre funcionárias de um hospital público com síndrome da
bexiga hiperativa (BH) ou incontinência urinária de esforço (IUE). Métodos:
Estudo observacional, de corte transversal (Parecer Comitê de Ética 3.183.240),
realizado em um hospital universitário com 118 funcionárias, divididas em três
grupos: bexiga hiperativa úmida (BHU) (n = 42); bexiga hiperativa seca (BHS) (n
= 46); e IUE (n = 30). Foram utilizados três questionários: International
Consultation Incontinence Questionnaire Short-Form
(ICIQ-SF), o International Consultation
on Incontinence Questionnaire Overactive Bladder (ICIQ-OAB); e um questionário sociodemográfico e
clínico. A busca por tratamento foi avaliada perguntando para as mulheres se
elas consultaram um profissional de saúde ou receberam algum tratamento para seus
sintomas urinários. Resultados: Pacientes com BHU apresentaram pior QV
em relação a BHS e IUE (p < 0,001), e também maior desconforto (p < 0,0001).
Não foram encontradas diferenças entre os grupos quanto à QV e ao desconforto
(respectivamente, p = 0,09 e p = 0,78), considerando a busca por tratamento.
Apenas 26 (22%) mulheres procuraram tratamento (12 BHU, 8 BHS e 6 IUE; p =
0,43), sendo o principal motivo o fato de os sintomas não incomodarem muito
(13%) e a crença de que os sintomas são normais para a idade (5,4%). Conclusão:
A busca por tratamento entre as profissionais de saúde com BHU, BHS e IUE foi
baixa. O grupo BHU apresentou pior QV e maior desconforto, mas sem diferença no
comportamento de busca por tratamento.
Palavras-chave: bexiga urinária hiperativa; incontinência
urinária por estresse; qualidade de vida
Referências
Gomes CM, Averbeck MA, Koyama M, Soler R. Impact of OAB symptoms on
work, quality of life and treatment-seeking behavior in Brazil. Curr Med Res Opin.
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Cooper J, Annappa M, Quigley A, Dracocardos
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Prevalence of female urinary incontinence and its impact on quality of life in
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Mostafaei H, Sadeghi-Bazargani H, Hajebrahimi S, Salehi-Pourmehr H,
Ghojazadeh M, Onur R, et al.
Prevalence of female urinary incontinence in the developing world: A systematic
review and meta-analysis—A Report from the Developing World Committee of the
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Medicine. Neurourol Urodyn.
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and reasons for help-seeking behavior among women with urinary incontinence. Int Urogynecol J. 2017;29(4):521–30.
Associação
entre os distúrbios do sono e a síndrome de bexiga hiperativa em mulheres
Flora Parizotto, Ticiana Aparecida
Alves de Mira, Bárbara Vaz Sarmento, Marcela Ponzio Pinto e Silva, Claudia Suélen Bartholomeu Gaspar, Cassia
Raquel Teatin Juliato
Universidade
Estadual de Campinas
Introdução: A Síndrome da Bexiga Hiperativa (SBH)
pode estar associada a um impacto no sono e cansaço das mulheres, principalmente
aquelas que apresentam sintoma de noctúria. Por isso,
o objetivo do estudo foi comparar a qualidade do sono, sonolência, risco de
apneia obstrutiva do sono e fadiga em mulheres com e sem SBH. Métodos:
Estudo de corte transversal (CAAE: 61413522.3.0000.5404) com dois grupos, sendo
grupo com SBH (n = 84) e grupo sem SBH (n = 35). As participantes responderam
um questionário online que continha uma avaliação sociodemográfica e quatro
instrumentos validados para o português: Índice de qualidade de sono de Pittsburgh
(PSQI), Escala de Sonolência de Epworth, Questionário
de Berlin e Escala Modificada do Impacto da Fadiga (MFIS) para a avaliação da
qualidade do sono, sonolência, risco de apneia obstrutiva do sono e fadiga
respectivamente. Resultados: Os resultados parciais demonstraram grupos
homogêneos para todas as variáveis sociodemográficas, exceto presença de
parceria, consumo de café e uso de medicação psiquiátrica que eram mais
predominantes no grupo com SBH. Dos grupos inclusos, quase 50% estavam na faixa
entre 30-49 anos. O grupo com SBH apresentou pior qualidade do sono no questionário
PSQI (9,5 ± 4 vs. 5,6 ± 3,4 p < 0,001), maior risco de apneia obstrutiva do
sono classificadas pelo questionário de Berlim (34,5% vs. 11,4% p = 0,01) e
fadiga avaliado pelo questionário MFIS (38,8 ± 21,6 vs. 17,2 ± 17 p < 0,001).
Não houve diferença na sonolência diurna no questionário Epworth
entre os dois grupos (10,9 ± 6 vs. 8,6 ± 5,1 p = 0,06). Conclusão: A SBH
está associada a uma pior qualidade do sono, maior risco de apneia obstrutiva
do sono e fadiga em mulheres. Não foi encontrada diferença na sonolência diurna
entre os grupos. Assim, sugere-se uma investigação mais detalhada sobre estes
aspectos durante à assistência destas mulheres favorecendo o tratamento e
melhora na qualidade de vida.
Palavras-chave: bexiga urinária hiperativa; qualidade
do sono; fadiga; sonolência diurna; apneia obstrutiva do sono
Referências
Papworth E, Dawson
S, Henderson EJ, et al. Association of Sleep Disorders with Nocturia: A
Systematic Review and Nominal Group Technique Consensus on Primary Care
Assessment and Treatment. Eur Urol
Focus. 2022;8(1):42-51.
Bertolazi AN,
Fagondes SC, Hoff LS, et al. Validation
of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh Sleep Quality Index.
Sleep Med. 2011;12(1):70-75.
Bertolazi AN, Fagondes SC, Hoff LS,
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Andrechuk CRS, Netzer NK, Zancanella E, Almeida
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Pavan K, Schmidt K, Marangoni B, Mendes MF, Tilbery CP, Lianza S. Esclerose
múltipla: adaptação transcultural e validação da escala modificada de impacto
de fadiga. Arq Neuropsiquiatr.
2007;65(3a):669-673.
Agradecimentos:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) -
Código de Financiamento 001
Prevalência
de incontinência urinária em mulheres praticantes de esportes
Pâmela
da Silva Rocha, Cinira Assad Simão Haddad
Centro
Universitário Lusíada
Introdução: A incontinência urinária (IU) é uma
queixa comum entre as mulheres e, nas atletas, a mais comum é a incontinência
urinária de esforço (IUE). Pode ocorrer por vários fatores, entre eles, fraqueza
dos músculos do assoalho pélvico (MAP), sobrecarga na região pélvica por
esportes de alto impacto, fadiga por competições de longa distância, podendo,
ainda, estar associada também com alterações anatômicas e hormonais, que podem
intensificar as queixas. Objetivo: avaliar a prevalência de IU em mulheres
praticantes de esportes, o impacto da IU na qualidade de vida e a função do
MAP. Método: Estudo transversal, que foi realizado após a aprovação do
Comitê de Ética (CAAE: 67272922.7.0000.5436) do Centro Universitário Lusíada.
Foram incluídas mulheres praticantes de esporte, que treinassem em uma
frequência igual ou maior do que 3 vezes na semana. Todas as participantes
assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Foram avaliadas pelo
questionário Incontinence Questionnaire-
Short form (ICIQ-SF), avaliação física e funcional do
MAP, que ocorreram na Clínica de Fisioterapia Unilus.
Resultados: A amostra contou com 20 participantes, com idade média de
38,2 (± 10,8) anos. Destas, duas são atletas profissionais e 18 praticantes de
esporte. Os esportes mais frequentes foram corrida,
musculação e triatlhon. Quanto à prevalência, 50%
perdiam urina nos treinos e dessas, 45% também perdiam aos esforços. Outras
queixas foram frequência (15%), urgência (15%) e 10% relataram
urge-incontinência. O valor médio do ICIQ-SF foi de 3,8 (± 4,2). A média de
força do MAP foi 2,6 (± 0,8), na escala de 0 a 5 de Oxford; a resistência foi
3,4 (± 1,4) segundos e repetição foi 2,42 (± 1,3). Dentre as participantes,
apenas 10% tinham consciência perineal ao primeiro comando. Conclusão:
Encontra-se alta prevalência de IU em mulheres que praticam atividade física,
mas esta não impacta na qualidade de vida das participantes.
Palavras-chave: atletas; incontinência urinária;
esporte
Referências
Hérnandez,
Fernandez, Sanchez. Benefícios da fisioterapia na Incontinência urinária em
atletas femininas de alto rendimento - Meta-análise. Jornal de Clínica Médica.
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Physiother. 2020;66(3):147-54.
Joseph C, Srivastana
K, Ochuba O, et al. Stress urinary incontinence among young
nulliparous female athletes. Cureus.
2021;13(9):17986. doi:10.7759/cureus.17986
Pregnancy-induced collagen deposition in the rat urinary
bladder
Bruna
Bologna Catinelli1, Aline Medolago Carr1,
Lara Cristina Casadei Ubeda2, Maria Angélica
Spadella2, Angelica Mercia
Pascon Barbosa1, Marilza
Vieira Cunha Rudge1, Patrícia de Souza Rossignoli1
1UNESP
2Universidade de Marília
Introduction: Pregnancy
requires structural and functional changes in maternal body, including the
urinary system. Alterations in the bladder capacity and function during
pregnancy are related to the occurrence of gestational Urinary Incontinence
(UI). Experimental studies also have evidenced functional changes in the
bladder in pregnant rats. However, studies that aim to evaluate pregnancy-induced
morphological changes in the bladder are scarce. Aim: Analyze the impact
of pregnancy on the morphology of the bladder in rats. Methods: The study was
approved by the Institutional Animal Care and Use (protocol number 007/2016).
At 90 days of age, Wistar female rats were mated overnight with one male rat.
The presence of spermatozoa on the vaginal smear characterized gestational day
0. Then, the animals were distributed in Pregnant (P) (n = 10) and Virgin (V)
(n = 10) groups. On gestational day 21, the rats were euthanized with Thiopentax (120 mg/kg) and urinary bladder samples were
obtained, and studied by Masson's Trichrome staining for collagen fiber
analysis. The same procedure was performed for V group. The morphological and
morphometric analysis of total collagen area (100 sections/group, magnification
10x) were performed using CellSens Standard software
(Olympus Corporation®). Comparisons of measurements among groups were performed
by Student-t test, and p < 0.05 was considered statistically significant. Results:
The morphological analysis of both groups (P and V) showed usual histological
structure of the bladder, including urothelium, lamina propria, smooth muscle,
blood vessels and collagen fibers. The morphometric analysis showed increased
total collagen area in P group compared with V group (p < 0,0001). Conclusion:
Bladder function depends on the balance between neural transmission, detrusor
contractility and elastic elements, including collagen that participate on the
structural bladder support. The present study showed that pregnancy increased collagen
deposition in the bladder of female rats, which suggests a possible relation
with bladder dysfunction and UI during pregnancy.
Palavras-chave: pregnancy, urinary bladder, collagen
Referências
Cutner A., Cardozo, L.D. The lower urinary tract in pregnancy
and the puerperium. Int Urogynecol J. 1992;3:317–23.
Hsia TY, Shortliffe LM. The effect of pregnancy on rat urinary tract
dynamics. J Urol. 1995;154:684-9.
Rodrìguez LV, Wang B, Shortliffe LM. Structural
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with bladder dynamics. BJU Int. 2004;94(9):1366-72.
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Ewalt DH, Howard PS, Blyth B, Snyder HM 3rd, Duckett JW,
Levin RM, Macarak EJ. Is lamina propria matrix
responsible for normal bladder
compliance? J Urol. 1992;148:544-9.
Agradecimentos:
Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo
(FAPESP) - Processo 2016/01743-5
Efeitos
da técnica de eletroestimulação parassacral em
mulheres com bexiga neurogênica hiperativa pós acidente vascular cerebral
Bruna
Miranda Ribeiro, Thais Alves Candido, Cristiane Rodrigues Cardoso Araújo, Rogério
Melo Costa Pinto, Ana Paula Magalhães Resende, Vanessa Santos Pereira Baldon
Universidade
Federal de Uberlândia
Introdução: A bexiga neurogênica hiperativa (BNH)
apresenta alta prevalência entre pacientes após acidente vascular cerebral
(AVC) e resulta em prejuízos a qualidade de vida. Diante do alto custo e da
intensidade dos possíveis efeitos colaterais do tratamento medicamentoso, o
tratamento fisioterapêutico mostra-se como uma opção a ser considerada. Objetivo:
O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da técnica de eletroestimulação parassacral em mulheres com bexiga neurogênica hiperativa
após AVC. Método: A amostra contou com 11 pacientes do sexo feminino,
idade entre 40 e 70 anos, que tiveram AVC isquêmico ou hemorrágico há mais de um
mês, com bexiga hiperativa (CAAE: 94777418.0.0000.5152). Antes e após a
intervenção as participantes foram avaliadas quanto ao impacto da perda
urinária pelo questionário ICIQ-SF; qualidade de vida pelo WHOQOL-bref e diário miccional de três dias. As mulheres receberam
tratamento por 12 sessões, duas vezes na semana utilizando o aparelho de
estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS), modelo Neurodyn
(IBRAMED®, Brasil). A paciente foi posicionada em decúbito ventral e os eletrodos
colocados de cada lado de S2 e S3 na região sacral e fixados à pele com
esparadrapo. Foi aplicada a corrente TENS (F = 10Hz, 700 ms)
por 30 minutos. A intensidade da corrente foi aumentada respeitando o limiar
sensitivo das pacientes. Para a comparação das variáveis antes e após a
intervenção foi aplicado o teste T. Resultados: Foi observada redução
significativa nos valores do questionário ICIQ-SF (p < 0,001) com redução
expressiva da frequência (p = 0,007) e perdas urinárias (p < 0,001) após a
intervenção. Conclusão: Após a intervenção houve redução significativa
do impacto da perda urinária, da frequência e número de perdas urinárias.
Portanto, os resultados da pesquisa dão suporte para a escolha da
eletroestimulação parassacral em mulheres com bexiga
neurogênica hiperativa pós AVC, por ter resultados positivos no manejo desta
condição clínica.
Palavras-chave: estimulação elétrica nervosa
transcutânea; bexiga urinária neurogênica; acidente vascular cerebral
Referências
Panfili Z, Metcalf M, Griebling TL.
Contemporary evaluation and treatment of poststroke lower urinary tract
dysfunction. Urol Clin.
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Ministério da Saúde. Diretrizes de Atenção à
Reabilitação da Pessoa com Acidente Vascular Cerebral. 2013.
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Fergany LA, Shaker H, Arafa M, Elbadry
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transcutaneous electrical nerve stimulation in patients with neurogenic
overactive bladder? Arab J Urol.
2017;15(2):148–52
.
Estratégias
utilizadas para evitar ou minimizar perdas urinárias durante treino em mulheres
nulíparas praticantes de cross training
Gabriela
Willinghoefer, Cristiane Kilian,
Ester Pereira Dezan Martins Gonçalves, Thais Siqueira,
Soraia Cristina Tonon da Luz, Janeisa
Franck Virtuoso, Gesilani
Júlia da Silva Honório
Universidade
do Estado de Santa Catarina
Introdução: A incontinência urinária de esforço
(IUE) pode ocorrer em praticantes de cross training
por ser uma modalidade esportiva com exercícios de alta intensidade. Objetivo:
Verificar estratégias para evitar ou minimizar a incontinência urinária (IU) em
praticantes de cross training e analisar a associação
entre essas estratégias e presença de IUE durante prática. Método: Estudo
transversal, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UDESC, sob o número
de parecer 4.670.454 (CAAE 43887721.00000.0118). Os relatos de IUE durante
prática e estratégias para evitar e/ou minimizar IU foram obtidos por
questionário eletrônico. Para análise da associação, Teste Qui-quadrado,
com nível de significância de 5%, e V de Cramer foram
utilizados. Resultados: Participaram 80 mulheres, 17 (21,3%) relataram
IUE durante a prática. Ao associar IUE e estratégias, destacaram-se redução da
ingesta de líquidos (75% que realizavam estratégia relataram IUE; qui2 = 7,3; p = 0,007; phi = 0,30),
uso de roupas escuras (83,3% que realizavam relataram IUE; qui2 = 15; p < 0,001; phi = 0,43)
e esvaziamento da bexiga antes do treino (48% que realizavam relataram IUE; qui2 = 15,6; p < 0,001; phi = 0,44).
Entre as mulheres com IUE, as estratégias mais utilizadas foram esvaziar a
bexiga (70,6%), uso de roupas escuras (29,4%), uso de absorventes (23,5%) e
redução da ingesta de líquidos (17,6%). Três mulheres indicaram realizar
contração dos MAP durante o treino, sendo que duas não apresentavam IUE. Conclusão:
A estratégia mais utilizada para evitar ou minimizar IU foi esvaziar a bexiga
antes da prática, sendo que esta, além do uso de roupas escuras e redução de
ingesta de líquidos, foram estratégias com associação moderada em relação à
IUE. Percebeu-se carência de conhecimento sobre a ativação dos MAP, sugere-se maior
sensibilização sobre a sua importância.
Palavras-chave: Incontinência urinária por estresse,
exercício físico, distúrbios do assoalho pélvico
Referências
Gram MCD, Bø K. High level rhythmic gymnasts and urinary
incontinence: prevalence, risk factors, and influence on performance. Scandinavian
Journal of Medicine & Science In Sports.
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female CrossFit athletes: a systematic review with meta-analysis. Int Urogynecol J. 2022;34(3):621-34.
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athletes and their association with knowledge, attitude and practice about this
dysfunction. European Journal of Sport Science.
2018;18(10):1405–12.
Desenvolvimento
de indicadores de saúde para gestão assistencial de um serviço de fisioterapia
para disfunções do assoalho pélvico
Natalia
Cardoso Campos, Kessia Avelar de Souza Oliveira, Natália
Renata de Matos, Maria Cristina da Cruz, Mariana Maia de Oliveira Sunemi, Elyonara Mello de Figueiredo
Universidade
Federal de Minas Gerais
nataliacardosofisioterapia@gmail.com
Introdução: Indicadores de saúde (IS) são
variáveis objetivas e válidas utilizadas por gerenciadores de serviços para medir
a qualidade da assistência prestada. Apesar de IS serem amplamente utilizados
na área médica, em Fisioterapia o seu uso é incipiente, mas progressivo. Objetivo:
desenvolver IS a serem utilizados na gestão de um Serviço
de Fisioterapia para
Disfunções do Assoalho Pélvico (DAP) de um
hospital público universitário.
Método: um painel de especialistas conduziu o estudo em quatro
etapas: 1ª)
revisão da literatura; 2ª) identificação,
construção e eleição dos indicadores;
3ª) desenvolvimento da ficha técnica geral; 4ª)
descrição dos indicadores eleitos
na ficha técnica padronizada. Resultados: 3 fisioterapeutas
especialistas em Saúde da Mulher e com experiência em serviços públicos e
privados de saúde utilizaram o trabalho mundialmente referendado de Donabedian (1990), como referencial teórico para seleção
dos indicadores, considerando os seguintes domínios de qualidade de cuidado:
estrutura, processo e resultado. Foram criados e apresentados por meio de
fichas técnicas padronizadas os seguintes 15 IS, 5 sobre processo e 10 sobre
resultado: tempo médio de permanência, número de atendimentos e de novos
pacientes atendidos, desfecho do tratamento; taxa de demanda reprimida, de
conformidade no registro dos prontuários, de satisfação dos pacientes atendidos
e de readmissão ao tratamento fisioterápico; adesão ao tratamento e resposta
subjetiva de satisfação do paciente, considerando desfechos relevantes de
questionários validados para cada DAP (incontinências urinária e anal,
constipação intestinal, disfunção sexual). Indicadores sobre estrutura não
foram identificados como prioridade para o momento e poderão ser criados numa
etapa posterior. Conclusão: o referencial teórico selecionado permitiu a
criação de IS para o serviço de Fisioterapia para DAP, que foram apresentados
por meio de fichas técnicas padronizadas. Esse material poderá ser utilizado na
avaliação da qualidade do serviço em questão e também por outros serviços de
Fisioterapia com características similares.
Palavras-chave: fisioterapia; assoalho pélvico; indicadores
de saúde
Referências
Franco JLF. Indicadores demográficos e de
saúde: a importância dos sistemas de informação. São Paulo; 2016. Disponível em: https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/2/unidades_conteudos/unidade13/unidade13.pdf
Donabedian A. The
quality of care: how can it be assessed? Jama.
1998;260(12):1743-8.
Medina MG, et al. Uso de modelos teóricos na
avaliação em saúde: aspectos conceituais e operacionais. In: Hartz ZMA, et al,
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programas e sistemas de saúde. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2005. P.41-63.
Cavalheiro LV et al. Delineamento de um
instrumento para medir a qualidade da assistência da Fisioterapia. Einstein. 2015;13:260-8.
Figueiredo EM et al. Perfil sociodemográfico e
clínico de usuárias de serviço de fisioterapia uroginecológica
da rede pública. Brazilian Journal
of Physical Therapy. 2008;12:136-42.
Fatores
associados à incontinência urinária em idosos comunitários
Tais
Gonçalves Soares, Daniele Sirineu Pereira, Juliana
Magalhães Machado Barbosa, Mariana Maia de Oliveira Sunemi,
Giulia Batista Palma, Natalia Reynaldo Sampaio, Ully Aléxia Caproni Corrêa
Universidade
Federal de Minas Gerais
Introdução: A Incontinência Urinária (IU) tem alta
prevalência na população idosa e pode impactar de forma significativa a funcionalidade
e participação social, naqueles que apresentam esta condição. Identificar os
fatores associados à IU, permite uma abordagem direcionada e assertiva, além de
orientar políticas de promoção e prevenção em saúde. Objetivos:
Determinar os fatores associados à IU na população idosa de Alfenas - MG. Métodos:
Trata-se um estudo transversal de base populacional incluindo 496 idosos com
média de idade de 70,8 ± 6,6, adscritos na Estratégia de Saúde da Família do
Município de Alfenas - MG. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e
Pesquisa, sob o Parecer 722.155; CAAE 32269614.0.0000.5142. A variável foi a
IU, identificada a partir do International Consultation on Incontinence Questionnaire -
Short Form (ICIQ-SF). As variáveis independentes foram
características sociodemográficas, hábitos relacionados à saúde, condições
clínicas e funcionais. A associação entre as variáveis foi verificada por meio
de regressão logística binária. Resultados: A prevalência de IU na
amostra foi de 21 %, sendo 26,9 % entre as mulheres e de 11,2% entre os homens.
O modelo foi capaz de explicar 22,4% da variabilidade da presença de IU,
independente do sexo. A presença de multimorbidades
(OR = 0,13; p = 0,007), maior índice de massa muscular (OR = 1,06; p = 0,025),
rastreio positivo de sintomas depressivos (OR = 0,42; p = 0,003) e o pior
desempenho no Timed Up and Go (OR = 1,06; p = 0,03) foram associados a presença de
IU em idosos comunitários residentes em Alfenas -MG. Conclusão: Os
achados deste estudo, reforçam a necessidade em realizar uma avaliação centrada
no modelo biopsicossocial, considerando todos os fatores que podem influenciar
na ocorrência da IU em idosos.
Palavras-chave: incontinência urinária; idoso; fatores
de risco
Referências
Cardozo L, Rovner E, Wagg A, Wein A. Incontinence. 7th Edition International Consultation on Incontinence. Icud; 2023.
Tamanini JTN, Dambros M, D'Ancona CAL, Palma PCR, Netto JRR. Validação
para o português do "International Consultation on Incontinence Questionnaire-Short form"(ICIQ-SF). Rev Saúde Pública.
2004;38:438-44.
Milsom I, Gyhagen M. The prevalence of urinary incontinence.
Climacteric. 2029;22(3):217-222.
Prevalência
de prolapso de órgãos pélvicos em praticantes de atividade física de alto
impacto
Eliane
Regina Mendoza Arbieto, Fernanda Fukuda, Thuane Roza, Soraia Cristina Tonon
da Luz
Universidade
do Estado de Santa Catarina
Introdução: O prolapso de órgãos pélvicos (POP) é
uma disfunção de origem multifatorial caracterizada como a descida das paredes
vaginais. A atividade física de alto impacto pode ser fator de risco devido ao
aumento da pressão intra-abdominal (PIA), gerando sobrecarga no suporte
pélvico. Objetivo: Investigar a prevalência de POP em mulheres praticantes de
atividade física de alto impacto. Métodos: Estudo transversal realizado
em Florianópolis (CAAE/UDESC 33377920.0.1001.0118). Foram incluídas mulheres
saudáveis, maiores de 18 anos, praticantes de atividades físicas de alto
impacto com tempo de treino de 6 meses ou mais e frequência mínima de 3 vezes
por semana. Coleta realizada em duas etapas, uma online com questionário
sociodemográfico; e presencial com avaliação do POP pelo Pelvic
Organ Prolapse Quantification System (POP-Q system). Idade e índice de
massa corporal (IMC) foram apresentados em média e desvio padrão; paridade e
prevalência de POP foram apresentadas em frequência relativa. Resultados:
Foram incluídas 36 mulheres que praticavam uma ou mais atividades físicas (crossfit, atletismo, pole dance, taekwondo, triatlo,
voleibol, corrida, funcional, beach tennis e musculação). A média de idade encontrada foi de
32,7 ± 7,8 anos, IMC de 22,8 ± 3,3 kg/m2. Quanto a paridade, 72,2%
eram nulíparas, 16,7% primíparas e 11,1% multíparas. A prevalência de POP foi
de 41,7% e destas, 66,7% apresentavam POP de grau I e 33,3% grau II. Conclusão:
A prevalência de POP foi relevante, considerando que a maioria eram nulíparas.
Isto pode ter ocorrido devido a avaliação objetiva e não por sintomas. Apesar
da variedade de atividades físicas, todas envolviam exercícios de alto impacto e
aumento de PIA, indicando ser fator de risco importante a ser considerado. O
POP grau I foi o mais prevalente, mostrando a importância de incentivar o
cuidado com os músculos do assoalho pélvico para contrapor as forças de aumento
de PIA e evitar agravo.
Palavras-chave: atividade física; distúrbios do
assoalho pélvico; prolapso de órgãos pélvicos
Referências
Bø K, Nygaard IE. Is
Physical activity good or bad for the female pelvic floor? a narrative review.
Sports MedicineSpringer. 2020.
Haylen BT et al. An International Urogynecological
Association (IUGA)/International Continence Society (ICS) joint report on the
terminology for female pelvic floor dysfunction. International Urogynecology
Journal. 2010;21(1):5–26.
Madhu C et al. How
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Weintraub AY, Glinter H, Marcus-Braun N. Narrative review of the
epidemiology, diagnosis and pathophysiology of pelvic organ prolapse. International Braz J
Urol. 2020;46(1):5–14.
Comparação
da gravidade da incontinência urinária entre mulheres praticantes de Crossfit e outras modalidades esportivas
Fernanda
Fukuda, Eliane Regina Mendoza Arbieto, Thuane Roza, Soraia Cristina Tonon
da Luz
Universidade
do Estado de Santa Catarina
Introdução: A prática de exercícios físicos pode
impactar negativamente na função dos músculos do assoalho pélvico (MAP) e levar
ao desenvolvimento dos sintomas de incontinência urinária (IU). A prevalência
pode chegar a 75,6% e 44,5% em mulheres praticantes de esportes de alto impacto
e Crossfit, respectivamente. Objetivo:
Comparar a gravidade da incontinência urinária mulheres praticantes de Crossfit e outras modalidades esportivas. Método:
Estudo transversal realizado na Universidade do Estado de Santa Catarina
(UDESC), aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa com Seres Humanos da
Universidade do Estado de Santa Catarina (CAAE: 43887721.0.0000.0118). Foram
incluídas mulheres incontinentes, praticantes de Crossfit
ou outras modalidades esportivas (OME), com tempo de treino de 6 meses ou mais
e frequência mínima de 3 vezes por semana. A aplicação de um formulário e do
questionário validado que avalia a gravidade da IU (International
Consultation on Incontinence Questionnaire–Urinary Incontinence Short Form - ICIQ-UI SF) foi realizada por meio de um site. Para
comparação dos dados quantitativos foi utilizado o Teste U de Mann-Whitney e p
< 0,05 foi considerado como estatisticamente significativo. Resultados:
A amostra foi composta por 20 mulheres incontinentes. O grupo Crossfit (n = 10) apresentou média de idade de 35,2 ± 4,8
anos e índice de massa corporal (IMC) de 24,2 ± 4,5 kg/m2, o grupo OME (n = 10)
apresentou média de idade de 34,1 ± 9,8 anos e IMC 23,3 ± 3,0 kg/m2.
A média do escore do ICIQ-UI SF no grupo Crossfit foi
de 5,9 ± 3,2 e no grupo OME foi de 6,3 ± 3,3 (p = 0,85). Conclusão: Não
houve diferença significativa na gravidade da IU entre as mulheres dos grupos Crossfit e OME, sugerindo que esses esportes, quando
comparados, podem não influenciar na gravidade dos sintomas de IU.
Palavras-chave: diafragma da pelve; incontinência
urinária; exercício físico
Referências
Dakic JG, Cook J, Hay-Smith J et al. Pelvic floor disorders
stop women exercising: a survey of 4556 symptomatic women. Journal of Science
and Medicine in Sport. 2021;24(12):1211–7.
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Dominguez-Antuña E, Diz JC, Suárez-Iglesias
D, Ayán C. Prevalence of urinary incontinence in
female CrossFit athletes: a systematic review with meta-analysis. Int Urogynecol J. 2023;34(3):621-34.
Atuação
fisioterapêutica no tratamento da incontinência urinária feminina: projeto
extensionista
Marina
Magalhães Amaral, Juliana Falcão Padilha
Universidade
Federal do Amapá
Introdução: A incontinência urinária (IU) é a
perda involuntária de urina, altamente prevalente em mulheres, afetando negativamente
a qualidade de vida (QV). Tendo em vista este cenário, o projeto de extensão
“Abordagem Fisioterapêutica no Tratamento da Incontinência Urinária” da
Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), visa promover o tratamento
fisioterapêutico de mulheres com IU. Objetivo: Descrever os resultados
obtidos, do projeto de extensão, pré e pós-tratamento
fisioterapêutico para IU. Método: Os atendimentos ocorreram no
Laboratório de Fisioterapia Uroginecológica da
UNIFAP, entre janeiro e agosto de 2023, na frequência de 2x por semana, com
duração de 1h, por 12 sessões (CAAE: 65181022.2.0000.0003). As pacientes eram
encaminhadas pelo Sistema Único de Saúde. A avaliação consistia em: anamnese e
questionários e avaliação dos músculos do assoalho pélvico (MAP) (Esquema PERFECT).
O tratamento baseava-se no tipo de IU, tendo como recursos: Treinamento dos
MAP; Biofeedback; Cones Vaginais; Pelvfit;
Eletroestimulação e educação em saúde. Para comparar o escore total do International Consultation on Incontinence Questionnaire–Short Form (ICIQ-SF)
pré e pós-tratamento, realizou-se o test t pareado com 5% de probabilidade. Resultados:
Atendeu-se 29 mulheres (56,9 ± 11,4 anos), 5 com IU de esforço e 23 com IU
mista. Em relação a raça, 3 (10,3%) eram negras, 1 (3,5%) branca e 25 (86,2%)
pardas. A média do número de gestações foi 3,4. Na avaliação dos MAP obteve-se
valores médios pré: power
(P): 2,4 ± 1,2 (classificação: fraca), endurance (E):
2,6 ± 1,4, repetition (R): 2,4 ± 2,1, fast (F): 5,7 ±
3; pós-tratamento: P: 3,2 ± 1 (classificação: moderada), E: 4,3 ± 1,4, R: 4,6 ±
2,2, F: 7,5 ± 2,1. A QV medida pela pergunta 5 do ICIQ-SF obteve média pré de 6,6 ± 3,5 e 5,0 ± 3,4 pós-tratamento. No escore
total do ICIQ-SF houve melhora significativa no pós-tratamento, com valores pré e pós de 12,9 ± 5,2 e 8,9 ± 6,5 (p = 0,0007),
respectivamente. Conclusão: O projeto de extensão proporcionou impacto positivo
nos sintomas urinários e na funcionalidade dos MAP das mulheres assistidas.
Palavras-chave: incontinência urinária; fisioterapia;
mulher.
Referências
Tamanini JTN et
al. Validação para o português do "International
Consultation on Incontinence Questionnaire -
Short Form" (ICIQ-SF). Rev
Saúde Pública. 2014;38(3):438-44.
Haylen BT et al. An International Urogynecological
Association (IUGA)/International Continence Society (ICS) joint report on the
terminology for female pelvic floor dysfunction. Neurourology
and Urodynamics. 2010;29(1):4-20.
Dumoulin C et al.
Pelvic floor muscle training versus no treatment, or inactive control treatments,
for urinary incontinence in women. Cochrane Database of Systematic Reviews.
2018;10.
Bo K.
Physiotherapy management of urinary incontinence in females. J Physiother. 2020;66(3):147-54.
Bo K et al. An
International Urogynecological Association (IUGA)/International
Continence Society (ICS) joint report on the terminology for the conservative
and nonpharmacological management of female pelvic floor dysfunction. Neurourology and Urodynamics. 2017;36:221–44.
Caracterização
da qualidade de vida de pacientes com incontinência urinária de uma clínica
escola de Fisioterapia
Victor
Barros Fracalossi, Jéssica Clara Dias, Mirela Matos
Leite, Jhennifer Almeida da Silva, Camila Nascimento
da Silva Ferreira, Quezia Zocca
Candido, Trícia Guerra e Oliveira
Introdução: A incontinência urinária (IU) consiste
na queixa de qualquer perda involuntária de urina, uma condição constrangedora
e socialmente restritiva, presente majoritariamente no público feminino,
afetando o bem-estar pessoal e social, diminuindo significativamente a
qualidade de vida. A qualidade de vida pode ser definida como a quantificação
do impacto da doença nas atividades de vida diária e bem-estar do indivíduo.
Diante disso, fica evidente a importância de se pesquisar sobre a qualidade de
vida em pacientes com IU para possibilitar melhor direcionamento das
estratégias de avaliação e terapêutica nessa população. Objetivo: Avaliar
a qualidade de vida de pacientes com diagnóstico de IU atendidos em uma clínica
escola de Fisioterapia por meio do questionário de avaliação de qualidade de
vida Short Form-36 (SF-36). Métodos: Estudo epidemiológico,
observacional de pacientes com diagnóstico clínico de IU em uma clínica escola
de Fisioterapia no período de agosto de 2023. Foram coletados dados socioeconômicos
e aplicado o questionário (SF-36). Para análise dos dados foram utilizadas as frequências absoluta, relativa, medidas de tendência central
e dispersão. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética e pesquisa (CAAE:
63347522.3.0000. 5064/parece nº 5.711.054). Resultados: Foram coletados
dados de 14 voluntários, com média de idade de 58,4 ± 18, sendo 78,6%
indivíduos do sexo feminino. Quanto a avaliação da qualidade de vida, os
domínios que apresentaram pior média de pontuação foram a limitação de aspectos
emocionais 45,2 ± 41 e a limitação de aspectos físicos 46,4 ± 45,2. Em
contrapartida, a média da pontuação mais alta foi no domínio saúde mental 65,7
± 20,2. Conclusão: Concluiu-se que a avaliação da qualidade de vida de
pacientes com IU da clínica de Fisioterapia mostrou pior pontuação na limitação
dos aspectos emocionais e físicos. Novas pesquisas são necessárias para melhor
direcionar estratégias de prevenção e de tratamento para impactar a qualidade
de vida dos usuários.
Palavras-chave: qualidade de vida; incontinência
urinária; avaliação em saúde
Referências
Ciconelli RM,
Ferraz MB, Santos W, Meinão I, Quaresma MR. Tradução
para a língua portuguesa e validação do questionário genérico de avaliação de
qualidade de vida SF-36 (Brasil SF-36). Rev Bras Reumatol. 1999;39:143-150.
Saboia DM et al. Impacto dos tipos de
incontinência urinária na qualidade de vida de mulheres. Revista da Escola de
Enfermagem da USP. 2017;51:e03266.
Baracho E. Fisioterapia aplicada à saúde da
mulher. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2018.
Caracterização
do perfil de sono de pacientes com incontinência urinária de uma clínica escola
de fisioterapia
Victor
Barros Fracalossi, Jéssica Clara Dias, Mirela Matos
Leite, Jhennifer Almeida da Silva, Camila Nascimento
da Silva Ferreira, Quezia Zocca
Candido
Introdução: A incontinência urinária (IU) consiste
na queixa de qualquer perda involuntária de urina, estando intimamente ligada a
qualidade do sono. A prevalência de má qualidade de sono é elevada em pacientes
com IU, principalmente aqueles que apresentam quadro de noctúria.
Os distúrbios do sono estão, atualmente, entre os problemas de saúde pública
mais comuns, sendo responsáveis por diminuição significativa da qualidade de
vida dos indivíduos afetados, bem como maior taxa de morbimortalidade
cardiovascular. Diante disso, fica evidente a importância de se pesquisar sobre
as variáveis do sono desses pacientes. Objetivo: Caracterizar o perfil
do sono da população acometida com IU de uma clínica escola de fisioterapia.
Métodos: Trata-se de um estudo observacional transversal, envolvendo usuários
de uma clínica escola de fisioterapia com diagnóstico clínico de IU, realizado
no período de agosto de 2023, no qual foram aplicados: questionário estruturado
com dados sociodemográficos, elaborado pelos autores, Índice de Qualidade do
Sono de Pittsburg (PSQI-BR) e Escala de Sonolência de
Epworth (ESS-BR). As coletas de dados foram
realizadas após aprovação da pesquisa pelo Comitê de Ética e Pesquisa com o
CAAE: 63347522.3.0000.5064 / parecer: 5.711.054. As características dos
participantes foram apresentadas através de análise estatística descritiva
(média, desvio padrão e porcentagem). Resultados: A amostra foi composta
por 14 voluntários, com média de idade de 58,42±17,94, sendo 78,57% indivíduos
do sexo feminino. Os resultados do PSQI-BR apontaram que 57,14% dos voluntários
apresentaram pobre qualidade de sono. Na ESS-BR, 42,86% apresentaram grau de
sonolência diurna acima do esperado. Conclusão: Com esse estudo, conclui-se
que a maioria dos pacientes com IU dessa clínica de fisioterapia apresenta sono
ruim com alta probabilidade de distúrbios do sono. Novas pesquisas precisam ser
realizadas para avaliar de forma mais ampla a influência da IU na qualidade do
sono, para assim intervir e buscar uma significativa melhora do sono.
Palavras-chave: sono; transtornos do sono-vigília;
incontinência urinária
Referências
Bertolazi AN. et
al. Validation of the Brazilian
Portuguese version of the Pittsburgh Sleep Quality Index. Sleep Medicine.
2011;12(1):70-5.
Bertolazi AN, Fagondes SC, Hoff LS,
Pedro VD, Barreto SSM, Johns MW. Validação da escala de
sonolência de Epworth em português para uso no
Brasil. J Bras Pneumol. 2009;35(9):877-83.
Warsi QA et al.
The Association of Pharmacologic treatment of urgency urinary incontinence on
sleep quality and daytime sleepiness. Obstetrics and gynecology. 2018;131(2):204.
Liga
Acadêmica de Fisioterapia em Saúde da Mulher: experiência de ligantes
Marina
Magalhães Amaral, Juliana Falcão Padilha, Yeda Christelle
Cordeiro de Souza, Jordana Gonçalves Corrêa, Amanda de Freitas Figueira, Rhaylla Alves Zaqueu Ferreira
Universidade
Federal do Amapá
Introdução: Ligas Acadêmicas são fundamentais nas
Universidades, tanto para o aluno cultivando habilidades e competências pertinentes
à sua formação profissional, quanto para a sociedade promovendo bem-estar,
educação em saúde e acessibilidade ao conhecimento científico. Objetivo:
Compartilhar vivências e aprendizados de ligantes durante atividades da Liga
Acadêmica de Fisioterapia na Saúde da Mulher (LAFISM) da Universidade Federal
do Amapá (UNIFAP). Método: Iniciada em agosto de 2022, a LAFISM objetiva
despertar e estimular o interesse pelo estudo acerca da Fisioterapia em Saúde
da Mulher, construindo e desenvolvendo um ambiente acadêmico que promova
ensino, pesquisa e extensão, para enriquecer a experiência de todos os
envolvidos. Sua gestão comporta: presidência, vice-presidência, tesouraria,
secretaria, marketing e núcleo de ligantes. O cronograma de ações é elaborado a
partir de reuniões e consensos sobre os temas propostos (interesse, relevância
e necessidade local), seguindo de planejamento de tarefas para a execução da
ação. Resultados: Em 2022 realizaram-se 10 ações como: palestras,
oficinas, campanhas e evento científico. Em 2023, até então, realizou-se: 1
palestra, 1 ação em uma comunidade Quilombola local e a 2ª edição da campanha sobre
Pobreza Menstrual. Tais ações favoreceram habilidades e competências como:
trabalho e colaboração em equipe; respeito; humanização; enriquecimento de
conhecimento científico e de manejo em técnicas e recursos em Fisioterapia na
Saúde da Mulher, além de benefícios para a comunidade. Conclusão: A
LAFISM concedeu experiências únicas, fazendo com que o aluno seja protagonista
do seu aprendizado propiciando a sua autonomia acadêmica.
Palavras-chave: Assistência integral à saúde da
mulher, mulher, modalidades de fisioterapia.
Referências
Soares J et al. O papel das Ligas Acadêmicas de
saúde no Brasil: uma revisão narrativa. Revista Eletrônica Acervo Saúde.
2023;23(1):e11476.
Suelen A et al. As Ligas Acadêmicas na Área da
Saúde: Lacunas do Conhecimento na Produção Científica Brasileira. Revista
Brasileira de Educação Médica. 2018;42(1):199–206.
Portal UFS - O que são as Ligas Acadêmicas?
Avaliação
da força muscular do assoalho pélvico: um estudo comparativo entre mulheres
ativas e sedentárias
Iêda Pereira de Magalhães Martins, Mônica
Ferreira de Miranda
Introdução: Os músculos do assoalho pélvico
auxiliam na continência urinária, fecal, na função sexual, na gravidez e no
parto em mulheres. A presença de deficiência nessa musculatura, pode causar
algumas alterações e comprometimento, como o prolapso de órgãos pélvicos,
disfunção sexual, a incontinência urinária ou fecal, flacidez pélvica, entre
outros. A prática de exercício físico regular além de melhorar a capacidade
funcional, pode ser um importante fator de influência para o aumento da força
do assoalho pélvico. Objetivo: Comparar o grau de força da musculatura
do assoalho pélvico entre mulheres sedentárias e praticantes de exercício
físico. Métodos: Estudo observacional, transversal, quantitativo e
comparativo (Comitê de Ética: 20201450), realizado com mulheres na cidade de
Patrocínio-MG, no campus do Centro Universitário do Cerrado de Patrocínio.
Utilizou-se um questionário estruturado para coletar informações
sociodemográficas e histórico clínico uroginecológico
das participantes, uma balança digital para verificação do peso e uma fita
métrica para verificar a altura, a fim de calcular o índice de massa corporal
(IMC) e o perineômetro “Perina”,
para medir a força de contração dos músculos pélvicos. Resultados: Participaram
30 mulheres, as quais foram divididas em dois grupos: um grupo com 15 mulheres
praticantes de exercício físico (G1) e um grupo com 15 mulheres sedentárias
(G2). A idade média das ativas foi de 23,1 e das sedentárias de 22 e o IMC dos
dois grupos apresentou uma média dentro da classificação normal de peso. No
grupo das ativas, a musculação foi o exercício físico mais praticado pelo G1
(60%) com média de 2,2 anos de tempo de prática e frequência semanal de 3,6
dias. O G1 apresentou um grau superior de força muscular do assoalho pélvico
(45,3mmHg) em comparação ao G2 (34,1mmHg). Conclusão: As mulheres que
praticam exercício físico regular tem mais força nos músculos do assoalho
pélvico do que as sedentárias.
Palavras-chave: assoalho pélvico; sedentarismo;
atividade física; mulher
Referências
Diniz MF, Vasconselos
TB, Pires JLVR, Mogueira MM, Arcanjo GN. Avaliação da
força muscular do assoalho pélvico em mulheres praticantes de MatPilates. MTP&RehabJournal.
2014;12:406-20.
Nagamine BP, Dantas
RS, Silva KCC. A importância do fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico
na saúde da mulher. Research, Society and Development. 2021;10(2).
Salgado PB, Santos AKFS, Dias GAS, Latorre GFS, Mascarenhas LRS, Nunes EFC. Avaliação da
capacidade de contração dos músculos do assoalho pélvico em atletas de voleibol
do sexo feminino. Revista Médica de Minas Gerais.
2018.
Estimates of clinical significance using the minimal
important difference (MID) of anchor-based methods of outcomes related to female
urinary incontinence outcomes: a systematic review
Jordana
Barbosa da Silva1, Letícia Bojikian
Calixtre2, Susan Armijo-Olivo3, Patricia
Driusso4
1Universidade Federal do Paraná
2Universidade Federal do Rio Grande do
Norte
3University of Applied Sciences, Alemanha
4Universidade Federal de São Carlos
Background: The minimal
important difference (MID) is used to determine whether a treatment is
clinically relevant to different stakeholders, especially patients. This is
relevant for decision-making since MIDs can be used to determine effective
treatments. Objective: To synthesize the anchor-based methods to estimate the
MIDs for outcome measures related to UI. Methods: This systematic review
was registered in PROSPERO (protocol CRD42022299686). Searches were performed
on Medline, Embase, CINAHL, Web of Science, and Scopus
on June 2021 and were updated on October 2022. Studies that provided MID for
measures related to female UI outcomes were included. The credibility and
certainty of the evidence were assessed. When possible, absolute minimal
important differences were calculated for each study separately according to
the mean change of the group of participants that slightly improved. Results:
Eleven studies were included. Twelve questionnaires commonly used for assessing
UI and their respective MIDs were included. Most of the MIDs did not consider
the smallest difference identified by the participants to calculate the MID.
This means that the available literature misused and misinterpreted the concept
of MID. All reports presented low credibility and very low certainty of the
evidence. Conclusion: There is a high variability around the MID related
to measures for UI outcomes (method of analysis, questionnaires, and anchors
used). In addition, the credibility and certainty of the evidence to support
these MIDs are still limited. The result of this review highlights the
importance of developing better evaluation measurement tools, with better
pre-established MIDs, so more accurate results could be found to determine the
effectiveness of the treatment, consequently helping the clinical practice
evaluation.
Palavras-chave: minimal
important difference; urinary incontinence; clinical significance; women´s
health
Referências
Armijo-Olivo S, de Castro-Carletti EM, Calixtre LB, de Oliveira-Souza AIS, Mohamad N, Fuentes J.
Understanding Clinical Significance in Rehabilitation: A Primer for Researchers
and Clinicians. Am J Phys Med Rehabil. 2022 Jan
1;101(1):64-77.
de Vet HC, Terluin B, Knol DL, Roorda LD, Mokkink LB, Ostelo RW, Hendriks EJ, Bouter
LM, Terwee CB. Three ways to quantify uncertainty in
individually applied "minimally important change" values. J Clin
Epidemiol. 2010 Jan;63(1):37-45.
Devji T, Carrasco-Labra A, Qasim
A, Phillips M, Johnston BC, Devasenapathy N, et al.
Evaluating the credibility of anchor-based estimates of minimal important
differences for patient reported outcomes: instrument development and
reliability study. BMJ. 2020 Jun
4;369:m1714.
Agradecimentos:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) -
Código de Financiamento 001
Recomendações
do Chat-GTP relacionadas à incontinência urinária: estudo piloto da acurácia do
modelo de inteligência artificial
Jordana
Barbosa da Silva1, Patricia Driusso2,
Elizabeth Alves Ferreira3, Raphael Martins de Abreu4
1Universidade Federal do Paraná
2Universidade Federal de São Carlos
3Universidade de São Paulo
4LUNEX University,
Luxemburgo
Introdução: Modelos de inteligência artificial (IA)
em plataformas conversacionais, como o Chat-GTP, tem sido utilizadas em
diferentes áreas do conhecimento. Na área da saúde, o uso dessas plataformas
pode ser útil como fonte de pesquisa para tomada de decisões clinicas. Objetivos:
Avaliar a acurácia do Chat-GTP ao realizar recomendações clínicas relacionadas
à incontinência urinária (IU). Métodos: Estudo piloto transversal, conduzido
com a utilização da plataforma Chat-GTP. Cinco perguntas foram elaboradas e revisadas
por dois pesquisadores (JBS; RMA) com base nas recomendações da Sociedade
Internacional de Continência e foram inseridas em português no Chat-GTP: P1) O
que é a incontinência urinária em mulheres?; P2) Qual profissional de saúde
devo procurar para tratar os sintomas da IU?; P3) Quais tratamentos (exceto
cirurgia) estão disponíveis para tratar a IU?; P4) Qual é o tratamento mais
recomendado para IU quando você perde urina ao tossir, espirrar?; P5) Qual é o
tratamento mais recomendado para tratar a IU quando você perde urina antes de
chegar ao banheiro?”. Posteriormente, dois especialistas fisioterapeutas (EAGF;
PD) com formação em Saúde da Mulher e > 10 anos de experiência na área,
avaliaram a acurácia das respostas obtidas de maneira independente, utilizando
como referência as recomendações de diretrizes para a IU. A acurácia foi
avaliada utilizando uma escala Likert e agrupada em:
recomendações inacuradas, acuradas ou impossível de
definir. Resultados: Ambos especialistas classificaram as indicações do
Chat-GTP como acuradas para P1, P2, P3 e P5. Apenas em P4, foi observada uma
discrepância entre as respostas dos especialistas, na qual um dos avaliadores
classificou a indicação da IA como impossível de definir, enquanto o segundo
pesquisador avaliou a resposta como quase completamente correta. Conclusão:
Recomendações relacionadas a IU, obtidas pelo modelo de IA (Chat-GTP), foram
consideradas acuradas com base nas comparações das indicações de diretrizes
clínicas internacionais.
Palavras-chave: inteligência artificial; incontinência
urinária; saúde da mulher
Referências
Kung TH, Cheatham
M, Medenilla A, Sillos C,
De Leon L, Elepaño C, Madriaga
M, Aggabao R, Diaz-Candido G, Maningo
J, Tseng V. Performance of ChatGPT on USMLE:
Potential for AI-assisted medical education using large language models. PLOS
Digit Health. 2023 Feb 9;2(2):e0000198.
Frawley H, Shelly
B, Morin M, Bernard S, Bø K, Digesu
GA, Dickinson T, Goonewardene S, McClurg D, Rahnama'i
MS, Schizas A, Slieker-Ten
Hove M, Takahashi S, Voelkl Guevara J. An
International Continence Society (ICS) report on the terminology for pelvic
floor muscle assessment. Neurourol Urodyn. 2021 Jun;40(5):1217-60.
Aoki Y, Brown HW,
Brubaker L, Cornu JN, Daly JO, Cartwright R. Urinary
incontinence in women. Nat Rev Dis Primers. 2017 Jul 6;3:17042. Erratum in: Nat Rev Dis Primers. 2017 Nov 16;3:17097.
Agradecimentos: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001