1º
Congresso Internacional de Fisioterapia em Obstetrícia – COINFIO
25
a 27 de agosto de 2023
EDITORIAL
É com grande entusiasmo que
apresentamos, na revista Fisioterapia Brasil, os Anais referentes à produção científica
do 1º Congresso Internacional de Fisioterapia em Obstetrícia – COINFIO,
realizado presencialmente na cidade de São Paulo, SP, pela Aprimore Cursos, no
período de 25 a 27 de agosto de 2023.
O encontro reuniu renomados
conferencistas nacionais e internacionais, workshops e apresentação de estudos
científicos, com a finalidade de promover a troca de experiências entre
profissionais e estudantes da área, considerando a relevância da Fisioterapia
em Obstetrícia, e fomentar a pesquisa científica, com o intuito de unir profissionais,
pesquisadores e estudantes por meio de embasamento científico, e disseminar
conhecimento na área.
Prof.
Dr. Alexandre Magno Delgado
Presidente
do COINFIO
Comissão
científica
Dr
Alexandre Magno Delgado, alexmagno_d@hotmail.com
Ms
Alberto Ferreira Bona, albertofbona21@gmail.com
Ms
Filipe Pinheiro, pinheirofilipe@live.com
Dr
Renato de Souza Melo, renatomelo10@hotmail.com
Realização: Cursos Aprimore, Teresina, PI, Brasil
Como citar
Alexandre Magno Delgado, Alberto Ferreira
Bona, Filipe Pinheiro, Renato de Souza Melo. 1º Congresso Internacional de Fisioterapia
em Obstetrícia – COINFIO. Fisioter Bras. 2023;24(6)Supl1:S1-S68. doi: 10.33233/fb.v24i6.5560
ÍNDICE
1. A
dor lombar e pélvica gestacional está associada a um menor índice de mobilidade
na gestação, Rubneide Barreto Silva Gallo, Jordana Barbosa da Silva, Elisa Gabardo Lima,
Natália Boneti Moreira, Raciele
Ivandra Guarda Korelo
2. A
massagem perineal realizada no terceiro trimestre gestacional pode reduzir a
dor perineal durante o período expulsivo no parto vaginal em primigestas,
Bianca Manzan Reis, Jordana Barbosa-Silva, Patricia Driusso
3. A
presença de disfunção do assoalho pélvico
na gestação e pós-parto é fator
preditivo para disfunção do assoalho pélvico a
longo prazo em mulheres? Um
estudo observacional retrospectivo, Amannda
Gabrielle da Cruz Silva, Patrícia Mesquita de Castro, Sandra Caldas Ribeiro,
Mariana Cecchi Salata,
Thaís Gontijo Ribeiro
4. A
terapia manual como tratamento coadjuvante na dor pélvica em pacientes com
endometriose: uma revisão narrativa, Estefany
Borges de Sousa, Letícia Magalhães da Silva, Fernanda Caroline de Jesus Viana,
Elizabeth Silva de Almeida, Bruna Alexssandra
Rodrigues da Cunha
5. Acompanhamento
fisioterapêutico durante a gestação e a experiência de parto de mulheres
brasileiras: um estudo transversal, Alice Moralez
de Figueiredo, Jordana Barbosa da Silva, Patricia Driusso
6. Adesão
e autoeficácia de gestantes ao realizar o treinamento
da musculatura do assoalho pélvico assistido por um aplicativo multimídia,
Carolina Angélico, Jessica Gabriela de Godoi Fernandes, Ana Jéssica dos Santos
Sousa, Patricia Driusso
7. Análise
da percepção de mulheres sobre a violência obstétrica e os impactos causados na
autoestima, Greice Lanna Sampaio do Nascimento
Oliveira, Hellen Bárbara da Silva Santos, Ana Beatriz Cunha da Costa
8. Análise
da prevalência da via de parto e os fatores que influenciam nessa escolha, Rayellen Silva Damasceno, Greice Lanna
Sampaio do Nascimento, Millena Leal Sousa Almeida,
Larissa Thaynara Rodrigues Fernandes, Ane Caroline de
Freitas Alves
9. Análise
da prevalência das disfunções sexuais na gestação, Greice Lanna Sampaio do Nascimento Oliveira, Juliana Silva Braga,
Brenda Sany de Abreu Reis, Lélia Lilianna
Borges de Sousa Macedo
10. Análise
do acompanhamento fisioterapêutico de gestantes durante a fase ativa de
trabalho de parto em um centro obstétrico no sul do Brasil - um estudo quase
experimental, Samanta Pezzi Gomes de Assis,
Natália Paloschi Casagrande, Mariana Marques,
Patrícia Viana da Rosa, Daniel Demétrio Faustino da Silva
11. Associação
da mobilidade da coluna lombar com o pregnancy mobility index versão brasileira, Rubneide
Barreto Silva Gallo, Maria Izabel Feltrin, Jordana Barbosa
da Silva, Natália Boneti Moreira, Raciele
Ivandra Guarda Korelo
12. Características
dos periódicos e ensaios clínicos sobre terapias manuais na dor do trabalho de
parto, Kalili Ohanna
Rosa, Karoline Pedrosa Magalhães, Néville Ferreira Fachini de Oliveira, Jussiara
Freitas Ferraz Pereira, Deboraqh Silva Pinheiro
13. Caracterização
da qualidade de sono e o impacto do distúrbio do sono na qualidade de vida,
funcionalidade, ansiedade e depressão em gestantes com dor lombar gestacional,
Aline Lima de Souza Ribeiro, Caroline Andrade Déa, Vitória de Araújo Paiva, Camile Ludovico Zamboti
14. Diástase
dos músculos reto abdominais em mulheres com disfunção do assoalho pélvico: um
estudo transversal, Amannda Gabrielle da Cruz
Silva, Laysla Mirelli Moura
Oliveira, Mariana Cecchi Salata,
Thaís Gontijo Ribeiro, Samuel da Silva Xavier
15. Disfunção
sexual e fatores associados observados no período pós-parto: revisão
integrativa, Fernanda Caroline de Jesus Viana, Bruna Alexssandra
Rodrigues da Cunha, Estefany Borges de Sousa,
Elizabeth Silva de Almeida
16. Disfunções
do assoalho pélvico em mulheres primíparas que se encontram no período
pós-parto remoto: relato de casos, Cristiane Kilian,
Ester Pereira Dezan Martins Gonçalves, Caroline
Baldini Prudencio, Alexandre Magno Delgado, Gesilani Júlia da Silva Honório
17. E-book
educativo sobre violência obstétrica para gestantes adolescentes, Stefany Gomes Guimarães, Patricia
Andrade Batista, Rita Pavione, Clarice Tanaka
18. Educação
em saúde com gestantes do Projeto de Extensão Jovem Cegonha: um relato de
experiência de acadêmicos e profissionais da saúde, Camila Rogério
Damasceno, Gabriele dos Santos Ojeda, Rafael Galisa de Oliveira, Lavinia
Almeida Müller, Elica Renata Soares da Silva
19. Efeito
da estimulação elétrica transcutânea versus placebo no alívio da dor de
mulheres durante o trabalho de parto: ensaio clínico randomizado, Naiara
Toledo Dias, Patrícia Roberta dos Santos, Thais Alves Cândido, Rogério de Melo
Costa Pinto, Vanessa Santos Pereira-Baldon
20. Efeito
do treinamento hipopressivo na percepção da imagem
corporal de mulheres com diástase de reto abdominal após parto: ensaio clínico
controlado randomizado, Sara Emmanuela Moreira,
Milena Clicia Naves da Silva, Rogério de Melo Costa
Pinto, Vanessa Santos Pereira-Baldon
21. Efeitos
da bandagem elástica na força e na diástase do músculo reto abdominal: revisão
narrativa de ensaios clínicos randomizados, Fabiana Tereza Delfino da
Silva, Jabson Pereira de Santana, Filipe Pinheiro
22. Efeitos
da intervenção fisioterapêutica por meio do Método Pilates nos incômodos do
assoalho pélvico no período gestacional: ensaio clínico randomizado controlado,
Rejane Amélia Reis Gonçalves, Alana Leandro Cabral, Wanessa Silva de Oliveira,
Rogério de Melo Costa Pinto, Vanessa Santos Pereira Baldon
23. Eficácia
da fisioterapia na sintomatologia da incontinência urinária em gestantes: um
ensaio clínico não controlado, Elisa Gerber, Ana
Flávia Monteiro Gonçalves, Cristhiane Yumi Yonamine
24. Eficácia
de um protocolo de cinesioterapia na dor lombopélvica
de gestantes a partir do primeiro trimestre: ensaio clínico não controlado,
Maiara Monzani Santos,
Isabela do Carmo Martins, Brenda Kawane Gonçalves,
Stela Lacordaire de Oliveira Antonio,
Cristhiane Yumi Yonamine
25. Fisioterapia
pélvica na prevenção e tratamento da incontinência urinária em gestantes:
revisão narrativa, Bruna Alexssandra Rodrigues da
Cunha, Estefany Borges de Sousa, Fernanda Caroline de
Jesus Viana, Elizabeth Silva de Almeida
26. “For more physiotherapists in maternity
hospitals": e-book update reporting the campaign of Brazilian Association
of Physiotherapy in Women's Health, Ana Carolina Rodarti
Pitangui, Néville Ferreira Fachini de Oliveira, Amanda Magdalena Feroldi
Fabricio, Claudia de Oliveira, Cristine Homsi Jorge
27. Identificação
da dor lombar e da cintura pélvica em gestantes pós bariátrica, normopeso e obesas: um estudo transversal, Hulhi Anne da Silva Martins, Jeanine
Campani Bohn, Halina Cidrini Ferreira
28. Impacto
da incontinência urinária associada a dor lombar gestacional na qualidade de
vida, qualidade de sono e funcionalidade de gestantes, Aline Lima de Souza
Ribeiro, Caroline Andrade Déa, Camile Ludovico Zamboti
29. Mapeamento
sociodemográfico e caracterização nacional do perfil da assistência fisioterapêutica
em saúde da mulher - uma análise preliminar, Jeanine
Campani Bohn, Bianca Stedile Carvalho Vachiano,
Jaqueline Cristine da Costa Nascimento, Lara Quaresma Franco Ramos, Halina Cidrini Ferreira
30. MaternAção - Fisioterapia na saúde materna:
relato de experiência de um programa de extensão universitária, Ester
Pereira Dezan Martins Gonçalves, Cristiane Kilian, Gesilani Júlia da Silva
Honório
31. Nível
de conhecimento dos gestores em saúde sobre a fisioterapia em obstetrícia
dentro dos hospitais-maternidades da região Médio Mearim - Maranhão, Greice
Lanna Sampaio do Nascimento Oliveira, Talyta da Silva Guimarães
32. O
cuidar com as mãos: ação do Dia Internacional da Mulher, Clara Wirginia de Queiroz Moura, Mariana Sousa Avelino, Odemir Pires Cardoso Júnior
33. Padrão
respiratório adotado por mulheres no segundo estágio do trabalho de parto: uma
revisão sistemática, Amannda Gabrielle da Cruz
Silva, Bruna Maria Aparecida Morais Maciel, Bianca Menezes Gomes, Mariana Cecchi Salata, Thaís Gontijo Ribeiro
34. Padrões
respiratórios durante o primeiro período do trabalho de parto: uma revisão
sistemática e metanálise, Gisele Calheiros,
Alexandre Delgado, Filipe Pinheiro, Andrea Lemos
35. Padrões
respiratórios no controle da dor durante o trabalho de parto e satisfação
materna: revisão narrativa da literatura, Tainara Santos Martins, Karla
Karine Dos Santos Araújo, Cíntia Vanessa Marques Do Nascimento, Camilla Gabrielly de Lima Sousa Santana
36. Percepção
das puérperas sobre a atuação da fisioterapia no preparo para o parto: estudo
piloto, Millena Vitória Gonçalves, Keila Gabriele
da Silva, Isabelle Cristina Italo da Silva Correia, Cristhiane Yumi Yonamine
37. Possível
toxicidade reprodutiva da Aristolochia triangularis: uma revisão de literatura, Lavinia Almeida Müller, Larissa Pires Mueller, Renata
Eduarda Nunes do Nascimento, Edson Henrique Pereira de Arruda, Silvia Aparecida
Oesterreich
38. Projeto
de extensão “GerANDO com Fisio”
- experiência de um curso para gestantes, acompanhantes e familiares sob o
olhar da fisioterapia, Jeanine Campani Bohn, Gabriel Ramires
Pereira Nunes, Laura Valeriano Lino de Souza, Natália Lage da Silveira, Rosana
Silva dos Santos
39. Relação
entre a episiotomia e disfunções sexuais femininas, Ane Caroline de Freitas
Alves, Greice Lanna Sampaio do Nascimento, Isabelly Sousa Silva Rodrigues, Rayellen
Silva Damasceno
40. Satisfação
de puérperas após tratamento fisioterapêutico para o alívio da dor no puerpério
imediato: um estudo transversal, Lavinia Almeida
Müller, Edson Henrique Pereira de Arruda, Rejane Martins Ribeiro Itaborahy
41. Uso
da vocalização no período expulsivo do trabalho de parto na prevenção de trauma
perineal e manejo da dor: uma revisão integrativa da literatura, Livia Caroline Santos e Silva, Bianca Santana da Silva
RESUMOS
1. A
dor lombar e pélvica gestacional está associada a um menor índice de mobilidade
na gestação
Rubneide Barreto Silva Gallo¹,
Jordana Barbosa da Silva², Elisa Gabardo Lima², Natália Boneti
Moreira², Raciele Ivandra
Guarda Korelo²
¹Universidade
Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, PR, Brasil
²Universidade
Federal de Sergipe (UFS), Aracaju, SE, Brasil
Introdução: As dores lombar e pélvica são maior
incidência durante o período gestacional, causadas por instabilidade e
hipermobilidade das articulações e atingindo 50% a 80% das mulheres. Objetivo:
Avaliar a associação do Pregnancy Mobility
Index (PMI-Br) com testes funcionais e de dor lombopélvica
gestacional. Metodos: Estudo observacional,
parecer n. 2.399.033 e CAAE 78877417.8.0000.0096. Incluiu gestantes de risco
habitual > 20 semanas, de uma maternidade pública brasileira. Instrumentos:
Dados sociodemográficos, escala visual analógica (EVA), questionário PMI-Br4 e
testes funcionais: Trendelenburg, Palpação de Sínfise
Púbica, Elevação da Perna Reta, Patrick - Fabere, Dor
pélvica posterior, Palpação do Ligamento Sacroilíaco,
Gaelsen e Diagnóstico de Dor pélvica. Análises
estatísticas foram realizadas pelo Statistical
Package for the Social Sciences (SPSS), versão 23. As diferenças dos grupos
avaliadas pelo teste t para amostras independentes e expressas usando a média
das diferenças, o intervalo de confiança de 95% e o tamanho do efeito
determinado pelo cálculo do eta squared.
Resultados: Participaram 97 gestantes, idade gestacional média 31,7 ±
6,2 semanas. 30,9% (n = 30) delas relatou dores lombares desde antes da
gestação e 64,8% (n = 62) somente na gestação. 94,8% (n = 92) da amostra
apresentou dores lombares durante a gestação de intensidade média EVA = 5,7 ±
2,4. Na associação dos testes funcionais e de dor e a média do PMI, observou-se
correlação significativa para dor lombar atual (t(95) = 5,72; p = 0,001; eta squared = 0,82), Trendelenburg Direito (t(95) = 4,03, p = 0,000; eta squared = 0,14), Trendelenburg Esquerdo (t(94) = 3,74, p = 0,000; eta squared = 0,12); Palpação de
Sínfise Púbica (t(94) = 4,46, p = 0,000; eta squared = 0,17), Elevação da Perna Reta Direita (t(95) =
3,57, p = 0,001; eta squared
= 0,11), Elevação da Perna Reta Esquerda (t(95) = 4,169, p = 0,000; eta squared=0,15), Patrick – Fabere Direita (t(95) = 3,53, p = 0,001; eta squared=0,11), Patrick – Fabere Esquerda (t(95) = 3,62, p = 0,000; eta squared = 0,12), Dor pélvica
posterior Direita (t(95) = 2,98, p = 0,004; eta squared = 0,08), Dor pélvica posterior Esquerda (t(95) =
3,96, p = 0,001; eta squared
= 0,11), Palpação do Ligamento Sacroilíaco Direito
(t(95) = 4,34, p = 0,000; eta squared
= 0,16), Palpação do Ligamento Sacroilíaco Esquerdo
(t(95) = 4,09, p = 0,000; eta squared
= 0,14), Gaelsen Direito (t(94) = 3,13, p = 0,002; eta squared=0,09), Gaelsen Esquerdo (t(95) = 4,44, p = 0,000; eta squared = 0,017) e
Diagnóstico de Dor pélvica (t(95) = 4,42, p = 0,000; eta
squared=0,17). Conclusão: O menor escore do
PMI está associado a dor e a menor funcionalidade da coluna lombar da gestante.
Palavras-chave: gestantes; dor lombar; saúde da
mulher.
2. A
massagem perineal realizada no terceiro trimestre gestacional pode reduzir a
dor perineal durante o período expulsivo no parto vaginal em primigestas
Bianca Manzan Reis, Jordana Barbosa-Silva, Patricia
Driusso
Laboratório
de Pesquisa em Saúde da Mulher, Departamento de Fisioterapia, Universidade
Federal de São Carlos (UFSCar), SP, Brasil
Introdução: A massagem perineal é uma técnica que
visa prevenir lacerações perineais durante o parto. Entretanto não é bem
descrito na literatura o efeito da massagem perineal realizada durante a gestação
sobre a dor perineal durante o período expulsivo do parto. Objetivo:
Verificar se a realização da massagem perineal no terceiro trimestre
gestacional reduz a dor perineal durante o período expulsivo no parto. Métodos:
Ensaio clínico aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar.
Participaram deste estudo, 38 primigestas, com idade média de 31 ± 4,6 anos,
alocadas em dois grupos de acordo com a preferência da gestante (GC = Grupo
Controle (n = 16) e GMP: Grupo massagem perineal (n = 22)). As gestantes do GMP
foram orientadas a realizar a massagem perineal diariamente da 34ª semana até
entrar em trabalho de parto. A dor do período expulsivo foi coletada por meio
da Escala Numérica Visual (0 a 10 pontos, sendo 0 ausência de dor e 10 dor de
intensidade insuportável), por um formulário entregue para às participantes, e
foram orientadas a responder durante o puerpério imediato a seguinte pergunta:
“Você sentiu dor no período expulsivo?”, as participantes que responderam
“Sim”, demarcavam em uma linha de 10 cm, qual era a intensidade de dor.
Posteriormente, o fisioterapeuta realizou a medição com régua e identificou o
número que caracterizava a dor. Os dados foram analisados no programa de
estatística SPSS, por meio do teste T para amostra independentes, adotou-se
nível de significância de 5%. Resultados: A média de intensidade da dor
no período expulsivo no GC foi 7 ± 3,3 e no GMP a média foi 4,5 ± 3,8 (p =
0.04). Conclusão: Primigestas que realizaram a técnica de massagem
perineal durante o terceiro trimestre tiveram dor perineal significativamente
menor durante o período expulsivo do parto vaginal.
Palavras-chave: saúde da mulher; gestante; parto;
fisioterapia.
3. A
presença de disfunção do assoalho pélvico
na gestação e pós-parto é fator
preditivo para disfunção do assoalho pélvico a
longo prazo em mulheres? Um
estudo observacional retrospectivo
Amannda Gabrielle da Cruz Silva, Patrícia
Mesquita de Castro, Sandra Caldas Ribeiro, Mariana Cecchi
Salata, Thaís Gontijo Ribeiro
Centro
Universitário do Planalto Central Apparecido dos
Santos – UNICEPLAC, Gama, DF, Brasil
amannda.silva@fisio.uniceplac.edu.br
Introdução: O assoalho pélvico (AP) é formado por
um conjunto de músculos, fáscias e ligamentos responsáveis pela sustentação de
órgãos da cavidade abdominal e pélvica proporcionando a continência urinária e
fecal, e função sexual. Quando estas funções estão comprometidas, haverá o
desenvolvimento do que chamamos de disfunções do assoalho pélvico (DAP), como a
incontinência urinária e fecal, disfunções sexuais, bexiga hiperativa e
prolapso de órgãos. Objetivo: Verificar se mulheres com disfunção do
assoalho pélvico se queixavam de DAP durante a gestação e até um ano de
pós-parto, além de elencar possíveis fatores de risco obstétricos que contribuíram
para o desenvolvimento de tais queixas. Métodos: Trata-se de um estudo
observacional, transversal, descritivo e retrospectivo, realizado na clínica
escola de uma instituição de ensino superior particular do Distrito Federal. As
informações coletadas são referentes às avaliações ocorridas no período entre
2020 e 2023. Este projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do
UNICEPLAC com CAAE: 40693020.8.0000.5058. Incluiu-se pacientes do sexo feminino,
com idade entre 18 e 60 anos, que apresentavam queixas de DAP durante a
gestação e atualmente. Foram excluídos deste estudo prontuários preenchidos de
forma incompleta. Resultados: Foram analisados 80 prontuários, dos quais
56 estavam aptos para inclusão. O presente estudo mostrou alta prevalência de
DAP no período gestacional e pós-parto (92,86%) e a persistência desses
distúrbios a longo prazo com predomínio nas queixas de incontinência urinária
(76,78%), constipação (46,43%), disfunções sexuais (82,14%) e prolapso
(37,50%). Conclusão: Diante dos achados pode-se concluir que as mulheres
que se queixam atualmente de disfunções do assoalho pélvico apresentaram algum
distúrbio na gestação ou pós-parto até um ano, confirmando que eventos que
ocorrem durante a gestação e parto são fatores preditivos para o
desenvolvimento de DAP a longo prazo.
Palavras-chave: assoalho pélvico, gravidez, puerpério,
distúrbios do assoalho pélvico.
4. A
terapia manual como tratamento coadjuvante na dor pélvica em pacientes com
endometriose: uma revisão narrativa
Estefany Borges de Sousa¹, Letícia Magalhães da
Silva1, Fernanda Caroline de Jesus Viana1, Elizadeth
Silva de Almeida2, Bruna Alexssandra
Rodrigues da Cunha3
¹Universidade
da Amazônia
2Centro Universitário da Amazônia
3Universidade Estácio de Sá
Introdução:
A endometriose é uma doença
caracterizada pela presença de endométrio fora da
cavidade uterina, e um dos
principais sintomas destaca-se a dor pélvica crônica.
Embora não tenha cura,
quando se é feito o tratamento corretamente é
possível que as pacientes possam
ter uma vida normal e melhora significativamente dos sintomas. A
fisioterapia
tem contribuído cada vez mais no tratamento da dor
pélvica devido à
endometriose. Nesse sentido, a terapia manual é uma
intervenção
fisioterapêutica não fatigante que pode melhorar alguns
aspectos relacionados
com a sensibilidade central, tais como a regulação
inibitória da dor e a
excitabilidade neural do corno dorsal da medula, em doentes com dor
crônica. As
técnicas que a terapia manual inclui são a
mobilização de tecidos moles, a
mobilização/manipulação das
articulações, a manipulação dos nervos e
técnicas
de acupressão. Objetivo: Verificar o efeito da
terapia manual como tratamento coadjuvante na dor pélvica em pacientes com
endometriose. Métodos: para realizarmos a revisão integrativa acerca do
assunto, foi realizada uma busca de artigos científicos nos últimos 5 anos, nos
idiomas inglês e português, nas bases de dados LILACS (Literatura
Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), PEDro
(Physiotherapy Evidence Database) e Medline (Pubmed) com
os seguintes termos DeCS/Mesh:
“Musculoskeletal Manipulations”,
“Pelvic Pain”, “Endometriosis”, “Physical Therapy”. Resultados: A terapia manual, como
compressão isquêmica e massagem perineal são tratamentos voltados para o alívio
da dor bem como podem auxiliar na diminuição dos espasmos musculares e na
síndrome miofascial já que estes podem provocar dispareunia,
fraqueza muscular e distúrbios musculoesqueléticos crônicos. Desta forma, a
terapia manual é um dos recursos fisioterapêuticos que visam melhorar a
sintomatologia e, consequentemente, proporcionar uma melhor qualidade de vida
para a portadora. Conclusão: A terapia manual pode diminuir a dor
pélvica, entretanto, conclui-se que mais estudos são importantes para esclarecer
os efeitos da terapia manual nas dores e alterações provocadas pela
endometriose.
Palavras-chave: dor crônica; manipulações musculoesqueléticas;
saúde da mulher.
5. Acompanhamento
fisioterapêutico durante a gestação e a experiência de parto de mulheres
brasileiras: um estudo transversal
Alice Moralez de Figueiredo, Jordana Barbosa da Silva, Patricia Driusso
Universidade
Federal de São Carlos, SP, Brasil
Introdução: O acompanhamento fisioterapêutico
durante a gestação visa promover e manter a saúde integral da mulher durante a
gestação por meio da prevenção e tratamento de complicações gestacionais e no
período pós-parto. O questionário de experiência do parto (Childbirth
Experience Questionnaire - CEQ) é utilizado para
avaliar a experiência da mulher relacionada ao parto, por meio da avaliação de
características como sensação de segurança, capacidade e de controle da
situação, medo, confiança na equipe e presença de memórias positivas ou
negativas do parto. Objetivo: Comparar a experiência relacionada ao
parto entre gestantes que tiveram ou não acompanhamento fisioterapêutico
durante a gestação. Métodos: Estudo transversal, aprovado pelo Comitê de
Ética (CAEE: 48779121.4.0000.5504), conduzido online por meio da plataforma
“Google Forms”, realizado com 653 mulheres
brasileiras (25,1 anos ± 5,7) com até seis meses pós-parto vaginal. As
participantes responderam a um questionário semiestruturado com dados
socioeconômicos e sobre acompanhamento fisioterapêutico durante a gestação. Em
seguida, preencheram ao questionário CEQ, que possui quatro domínios
(capacidade pessoal, suporte profissional, sensação de segurança e
participação). Sua pontuação final varia de 1-4, e classificações mais elevadas
refletem experiências de parto mais positivas. A análise de dados foi realizada
pelo teste de Mann-Whitney, com nível de significância de 5%. Resultados:
A maioria das participantes se considerou branca (51%), com nível de
escolaridade maior que 11 anos (51,9%), primigestas e com renda mensal de até
R$ 2.090,00 (38,3%). Apenas 116 mulheres (17,8%) tiveram o acompanhamento do
fisioterapeuta durante a gestação (grupo A) e 537 (82,2%) mulheres não
realizaram este acompanhamento (grupo B). Diferenças significativas foram
encontradas nos domínios capacidade pessoal (p = 0,002) (grupo A: 2,71 ± 0,5;
grupo B: 2,56 ± 0,4), suporte profissional (p < 0,001) (grupo A: 3,75 ± 0,5;
grupo B: 3,31 ± 0,8), segurança (p < 0,001) (grupo A: 2,86 ± 0,4; grupo B:
2,5 ± 0,6) e participação (p < 0,001) (grupo A: 3,1 ± 1,1; grupo B: 2,8 ± 1,1).
Conclusão: A maioria das participantes não teve o acompanhamento fisioterapêutico
durante a gestação. Entretanto, as mulheres que tiveram esse acompanhamento,
demonstraram ter uma experiência de parto mais positiva quando comparada
àquelas que não tiveram.
Palavras-chave: gestação; parto normal; especialidade
de fisioterapia; saúde da mulher.
6. Adesão
e autoeficácia de gestantes ao realizar o treinamento
da musculatura do assoalho pélvico assistido por um aplicativo multimídia
Carolina
Angélico, Jessica Gabriela de Godoi Fernandes, Ana Jéssica dos Santos Sousa, Patricia Driusso
Universidade
Federal de São Carlos, SP, Brasil
Introdução: O Treinamento da musculatura do
assoalho pélvico (TMAP) é um recurso terapêutico que pode prevenir e tratar
disfunções da musculatura do assoalho pélvico (MAP). A eficácia do TMAP é
afetada diretamente por fatores como a supervisão de um fisioterapeuta, adesão
(realização dos exercícios propostos) e autoeficácia
(autoconfiança na execução de uma atividade/ação) das participantes. Objetivo:
Avaliar a adesão e a autoeficácia de gestantes na
execução do TMAP, realizado com o uso de um aplicativo multimídia. Métodos:
pesquisa descritiva, longitudinal, desenvolvida na Universidade Federal de São
Carlos (UFSCar) (Parecer CEP: 54768621.3.0000.5504). O aplicativo contém
informações sobre a MAP e um programa de TMAP diário, com 8 semanas de duração,
três séries de 6 a 12 contrações sustentadas máximas (6 a 10 segundos por
contração), intervalo de 12 segundos entre elas e, ao fim de cada série, mais 4
a 5 contrações rápidas. As participantes receberam diariamente, via mensagem
telefônica, um lembrete para realizar os exercícios, acompanhado do
questionário de adesão que consistia em um formulário online no qual elas
registravam se haviam feito o TMAP. Além disso, as gestantes receberam, de duas
em duas semanas, um formulário online com a Escala de Autoeficácia
para Prática de Exercícios do Assoalho Pélvico. Resultados: Dezoito
gestantes concluíram o protocolo de 8 semanas, com uma média de adesão de 30,4 ±
14 dias. A média geral das quatro aplicações para autoeficácia
foi de 75,8 ± 14,8 (escore máximo de 100 pontos); sendo que a maior média foi
encontrada ao fim do protocolo de exercícios. Adesão e autoeficácia
apresentaram correlação forte após 8 semanas de uso do aplicativo (r = 0,79 e p
< 0,001). Conclusão: quanto maior a adesão, maior a autoconfiança na
realização do TMAP. Além disso, houve aumento da autoeficácia
ao longo do tempo. O aplicativo teve boa aplicabilidade para a promoção da educação
em saúde de gestantes, podendo auxiliar fisioterapeutas na condução do
tratamento.
Palavras-chave: gravidez; educação em saúde; autoeficácia; distúrbios do assoalho pélvico; saúde da
mulher; fisioterapia.
7. Análise
da percepção de mulheres sobre a violência obstétrica e os impactos causados na
autoestima
Greice Lanna Sampaio do Nascimento Oliveira, Hellen Bárbara da
Silva Santos, Ana Beatriz Cunha da Costa
Faculdade
de Educação São Francisco, Pedreiras, MA, Brasil
Introdução: A violência é notada como ato de
agredir ou intimidar a moral de alguém, pode ser empregada de forma verbal,
física ou psicológica, resultando em transtornos que podem alterar a vivência
do indivíduo diante da sociedade. Objetivo: Analisar a percepção de
mulheres sobre violência obstétrica e os impactos causados na autoestima. Métodos:
Tratou-se de um estudo de campo de característica quantitativo, descritivo do
tipo transversal. A pesquisa foi realizada no Hospital Municipal Geral e
Maternidade, localizado em Pedreiras, MA. A população foi composta por
gestantes e puérperas. Os critérios de inclusão estipulados: participantes com
idade maior que 18 anos, alfabetizadas, secundigestas,
primíparas, multíparas e puerpério imediato. Os critérios de exclusão foram:
mulheres que estavam na primeira gestação, nulíparas, menores de 18 anos, não
alfabetizadas. Foi realizada nos meses de março e abril de 2021. Para acessar
os questionários, as participantes receberam um link de acesso para a
plataforma google forms. A
pesquisa utilizou dois questionários, o primeiro foi produzido pelas autoras
teve o objetivo de avaliar a percepção das participantes sobre violência e o
segundo foi a escala de Rosenberg. Resultados: A violência obstétrica
tem predominância em mulheres da cor parda e donas de casa, em relação a terem
conhecimento 59,5% das mulheres não têm conhecimento sobre essa temática,
quanto ao impacto na autoestima, o quesito de se sentir inútil teve uma
porcentagem de 43,2%, sendo perceptível que as mulheres já ouviram falar, mas
não possuem conhecimento específico, permitindo que essas atitudes ocorram e
consequentemente afetem sua autoestima. Conclusão: Desse modo, foi
possível observar que a falta de conhecimento sobre seus direitos enquanto
gestante ou puérpera, interfere na autoestima, e contribui para que essas
mulheres estejam mais propensas a vivenciarem as práticas de violência
obstétrica.
Palavras-chave: fisioterapia; saúde da mulher;
autoestima.
8. Análise
da prevalência da via de parto e os fatores que influenciam nessa escolha
Rayellen Silva Damasceno, Greice Lanna Sampaio do Nascimento, Millena
Leal Sousa Almeida, Larissa Thaynara Rodrigues
Fernandes, Ane Caroline de Freitas Alves
Faculdade
de Educação São Francisco, Pedreiras, MA, Brasil
Introdução: Durante o período gestacional ocorrem
diversas modificações fisiológicas na mulher, junto às mudanças hormonais, o
psicológico juntamente recebe alterações responsáveis por gerar sentimentos de
medo, ansiedade e expectativa, tornando a mulher vulnerável e carente de
orientações, sendo uma delas a predileção à via de parto. Objetivo: Analisar a
prevalência da via de parto e os fatores que influenciam as mulheres na tomada
dessa decisão. Métodos: Trata-se de um estudo com abordagem quantitativa
e variáveis qualitativas, descritivo, transversal, ordenado na modalidade
pesquisa de campo, os critérios estipulados para inclusão nesta pesquisa foram:
ter idade maior que dezoito anos, ser puérpera, estar internada na maternidade
do Hospital Geral Municipal de Pedreiras e ser alfabetizada. Inicialmente,
ocorreu a abordagem das puérperas de forma direta, nessa ocasião foi explicado
o objetivo da pesquisa. No segundo momento, as puérperas selecionadas assinaram
o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), e posteriormente
responderam ao questionário disponibilizado. Por fim, foi entregue um panfleto
educativo para as puérperas a fim de orientá-las e informá-las sobre a
temática. Resultados: A média de idade das participantes foi de 25,58,
com variação de 18 a 43 anos, com relação ao estado civil, 74,4% solteiras.
Tratando-se do nível de escolaridade, 34,9% médio completo. No que se refere ao
número de partos, aquelas que tiveram um ou dois obtiveram porcentagens
semelhantes de 34,9% constatou-se que a via de parto com maior prevalência é a
cesárea, com 62,79%. No processo de escolha da via de parto de algumas mulheres
fica evidenciado a participação de influências externas de profissionais de
saúde e de pessoas próximas, que acabam refletindo suas experiências como um
espelho e induzindo a escolha da via de parto. Conclusão: O estudo
evidenciou que a via de parto mais prevalente é a cesárea e que a maioria das puérperas
que preferiam essa via, foram motivadas pelo medo da dor do parto normal. No
entanto, aquelas que escolheram o parto normal em sua maioria, afirmaram ser
motivadas pela rápida recuperação. Em suma, é importante que essa temática seja
mais explorada, sendo necessário a realização de outros estudos que possibilite
um melhor embasamento.
Palavras-chave: parto normal; parto cesáreo; trabalho
de parto.
9. Análise
da prevalência das disfunções sexuais na gestação
Greice Lanna Sampaio do Nascimento Oliveira, Juliana Silva Braga,
Brenda Sany de Abreu Reis, Lélia Lilianna
Borges de Sousa Macedo
Faculdade
de Educação São Francisco, Pedreiras, MA, Brasil
Introdução:
A gestação é um dos eventos mais
importantes da vida da mulher, com ela há uma série de
mudanças físicas,
alterações psicológicas, variações
hormonais, além de modificações sociais,
tais transformações influenciam na autoimagem da mulher e
gera impacto na vida
do casal podendo ser um dos causadores de disfunções
sexuais. Objetivo:
Analisar a prevalência de disfunções sexuais na gestação, observando o impacto
na qualidade de vida. Métodos: Trata-se de uma pesquisa de caráter
descritivo quantitativo transversal com variáveis qualitativas, por meio de uma
pesquisa de campo através do Questionário de Qualidade de Vida SF- 36,
Inventário da Resposta Sexual na Gestação e um questionário sobre Disfunções
Sexuais Femininas desenvolvido pelas pesquisadoras. Ocorreu em duas Unidades
Básicas de Saúde, Centro de Saúde Dr. Pedro Barroso e Centro de Saúde Dr.
Carlos Melo, em março de 2021, na cidade de Pedreiras, MA, com gestantes em
qualquer trimestre gestacional, foram excluídas mulheres menores que 18 anos,
não alfabetizadas e que possuíam gravidez de risco, a amostra foi estabelecida
através de uma amostragem casual e não probabilística. Resultados: Foram
entrevistadas 29 gestantes, no qual a maioria possuía alguma queixa na função
sexual, sendo as de maior prevalência dificuldade no desejo, lubrificação e
orgasmo, o primeiro trimestre gestacional foi mencionado com maior frequência
no que diz respeito ao desconforto na atividade sexual. A maioria das mulheres
tinham uma vida sexual satisfatória antes da gestação, o que não perdurou
durante a gravidez, inclusive a maioria diminuiu a atividade sexual por conta
da gestação. Em relação a qualidade de vida, as gestantes obtiveram a pior
pontuação em estado geral de saúde. Conclusão: O estudo evidencia a
necessidade de mais pesquisas sobre a qualidade de vida da gestante com
disfunção sexual de modo a trazer mais embasamento para a prática clínica.
Palavras-chave: função sexual; impactos, gestação.
10. Análise
do acompanhamento fisioterapêutico de gestantes durante a fase ativa de
trabalho de parto em um centro obstétrico no sul do Brasil - um estudo quase
experimental
Samanta Pezzi Gomes de Assis¹, Natália Paloschi
Casagrande², Mariana Marques², Patrícia Viana da Rosa2, Daniel
Demétrio Faustino da Silva3
¹Hospital
Fêmina - GHC, Porto Alegre, RS, Brasil;
²Universidade
Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, Porto Alegre, RS, Brasil; 3Escola
GHC, Porto Alegre, RS, Brasil
Introdução: O nascimento no ambiente hospitalar se
caracteriza pela adoção de várias tecnologias e procedimentos com o objetivo de
torná-lo mais seguro para a mulher e seu bebê. Porém, as altas taxas de
intervenções permitem a concretização de um modelo que considera a gravidez, o
parto e o nascimento como doenças e não como expressões de saúde. O avanço da
obstetrícia contribui com a melhoria dos indicadores de morbidade e mortalidade
tanto materna quanto perinatais. Todavia os aspectos emocionais, humanos e
culturais envolvidos nesse processo precisam ser valorizados. O Ministério da
Saúde revela que o modelo de parto oferecido pelas instituições deve incentivar
as boas práticas obstétricas, como métodos não farmacológicos para alívio da
dor, estímulo à movimentação, liberdade para se alimentar e posição
verticalizada na hora do nascimento do bebê a fim de tornarem o parto mais
confortável e menos doloroso. Neste processo, o fisioterapeuta tem como intuito
auxiliar no alívio da dor utilizando recursos não farmacológicos, suporte
físico e posicionamento à gestante. Objetivos: Analisar os níveis de dor
nas gestantes em trabalho de parto ativo na sala de pré
parto antes e após o acompanhamento fisioterapêutico, bem como comparar com o
manejo habitual da equipe do Centro Obstétrico de um hospital de Porto Alegre. Metodologia:
Trata-se de um estudo quase experimental que avaliou as parturientes deste
hospital maiores de 18 anos, em fase ativa do trabalho de parto, com feto na
posição cefálica, único, e com gestação a termo de 37 semanas ou mais. A coleta
de dados foi realizada de abril a outubro de 2019. A amostra foi composta por
81 gestantes, 40 participantes no grupo teste, acompanhado pela equipe de
fisioterapia, e 41 no grupo comparação que foi acompanhado pela equipe de
rotina do centro obstétrico. O nível de significância adotado neste trabalho
foi de 5% (p < 0,05). Resultados: Não houve diferença estatística na
magnitude da redução de dor entre os grupos. Conclusão: Não houve
significância estatística para o grupo com acompanhamento fisioterapêutico com
relação a redução da dor, tempo de trabalho de parto ativo, e tipo de parto quando
comparado ao manejo habitual do centro obstétrico.
Palavras-chave: gravidez; fisioterapia; relaxamento;
trabalho de parto.
11. Associação
da mobilidade da coluna lombar com o pregnancy mobility index versão brasileira
Rubneide Barreto Silva Gallo¹,
Maria Izabel Feltrin², Jordana Barbosa da Silva², Natália Boneti
Moreira², Raciele Ivandra
Guarda Korelo2
¹Universidade
Federal de Sergipe, Aracaju, SE, Brasil
²Universidade
Federal do Paraná, Curitiba, PR, Brasil
Introdução:
A gestação é um período de grandes alterações fisiológicas, posturais e de
mobilidade articular. Para avaliação da mobilidade, o exame de raio X é padrão
ouro, mas não é recomendado em gestantes, sendo utilizado testes e
questionários específicos e o Pregancy Mobility Index versão Brasileira (PMI-Br). Objetivo:
Avaliar a associação do PMI com testes de mobilidade da coluna lombar na
gestação. Metodologia: Estudo observacional, parecer n. 2.399.033 e CAAE
78877417.8.0000.0096. Foram incluídas gestantes de risco habitual acima de 20
semanas, assistidas em uma maternidade pública de Curitiba, PR. Para avaliação
foi utilizada a ficha com dados sociodemográficos, questionário PMI-Br4 e
testes de mobilidade e assimetrias ósseas, Schober,
movimentação passiva do quadril, assimetrias entre espinhas ilíacas ântero superiores. As análises estatísticas foram
realizadas no software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 23. Os dados foram submetidos ao
teste de Kolmogorov-Smirnov para testar a normalidade
de distribuição e apresentados em média e desvio padrão. As diferenças entre os
grupos foram avaliadas pelo teste t para amostras independentes e expressas
usando a média das diferenças e o intervalo de confiança de 95% e o tamanho do
efeito determinado pelo cálculo do eta squared. Resultados: A amostra foi composta por 97
gestantes, idade média 26,8 ± 6.2 e idade gestacional média de 31,7 ± 6,2
semanas. 60,8% (n = 59) das participantes de raça branca, 40,2% (n = 39)
solteiras e 79% (n = 78) com índice de escolaridade igual ou superior a
formação média completa. Em relação a atividades profissionais 74,2% (n = 72)
exercem atividades laborais fora do ambiente doméstico e apenas 12,4% (n = 12)
praticava atividade física durante a gestação. Na avaliação dos testes de
mobilidade e assimetrias e a média do PMI, observou-se correlação significativa
para o teste de Schober (t(95) = 3,22, p = 0.002; eta squared = 0,09), movimentação
passiva do quadril Direita (t(92) = 2,43, p = 0,001; eta
squared = 0,06), movimentação passiva do quadril
Esquerda (t(95) = 2,41, p = 0,002; eta squared = 0,05), assimetrias entre espinhas ilíacas ântero superiores Direita(t(95) = 3,16, p = 0,002; eta squared = 0,09); assimetrias
entre espinhas ilíacas ântero superiores Direita(t(95)
= 3,02, p = 0,003; eta squared
= 0,08). Conclusão: O PMI correlaciona-se com os testes de mobilidade da
coluna lombar afirmando a acurácia do questionário em sua principal função
avaliativa.
Palavras-chave: gestantes; saúde da mulher; limitação
funcional
12. Características
dos periódicos e ensaios clínicos sobre terapias manuais na dor do trabalho de
parto
Kalili Ohanna Rosa,
Karoline Pedrosa Magalhães, Néville Ferreira Fachini de Oliveira, Jussiara Freitas
Ferraz Pereira, Deborah Silva Pinheiro
Universidade
Federal do Espírito Santo, Vitória, ES, Brasil
Introdução: As terapias manuais são frequentemente
citadas na literatura como método não farmacológico para manejo da dor no
trabalho de parto. O fisioterapeuta, por ser habilitado para atuar na
assistência obstétrica, precisa estar atento à qualidade metodológica, aos
pontos fortes e fracos dos estudos nesta área e aos principais periódicos em
que são publicados. Objetivos: descrever as características dos ensaios
clínicos sobre terapias manuais para alívio da dor no trabalho de parto; a
qualidade metodológica e as características dos periódicos em que foram
publicados. Métodos: para esta revisão sistemática, foi realizada busca
eletrônica nas bases de dados PubMed, Medline,
EMBASE, CINAHL, PEDro e Cochrane. Foram incluídos
ensaios clínicos randomizados, publicados em português ou inglês, sem restrição
de data, que utilizaram terapias manuais para alívio da dor no trabalho de parto.
Os dados dos estudos foram extraídos pelos autores. A qualidade metodológica
foi analisada por meio da Escala PEDro e os dados dos
periódicos, com base no Journal Citation
Reports. Resultados: todos os 33 estudos
aplicaram terapias manuais miofasciais, com predomínio de acupressão
e massagem, com grande heterogeneidade nos parâmetros de aplicação. A qualidade
metodológica desses estudos foi moderada e estes foram publicados em 24
periódicos distintos, sendo que nenhum é predatório, a maioria é de acesso
aberto e apenas oito apresentam fator de impacto de excelência. Conclusão:
há necessidade de estudos de melhor qualidade metodológica, com melhor
descrição das intervenções, e publicados em periódicos com maior fator de
impacto a fim de subsidiar os profissionais na aplicação correta das técnicas.
Palavras-chave: manipulações musculoesqueléticas; dor
do parto; publicação periódica; ensaios clínicos controlados aleatórios como
assunto.
13. Caracterização
da qualidade de sono e o impacto do distúrbio do sono na qualidade de vida,
funcionalidade, ansiedade e depressão em gestantes com dor lombar gestacional
Aline
Lima de Souza Ribeiro1, Caroline Andrade Déa1, Vitória de
Araújo Paiva2, Camile Ludovico Zamboti1,2
1Universidade Estadual de Londrina,
Londrina, PR, Brasil
2Universidade Estadual Paulista Júlio de
Mesquita Filho, Presidente Prudente, SP, Brasil
Introdução: A evolução da gestação está
relacionada com prejuízo da qualidade do sono (QS), porém ainda não se sabe se
a dor lombar gestacional (DLG) possui impacto na QS e se o distúrbio do sono
(DS) impacta em desfechos clínicos. Objetivo: Caracterizar a QS,
verificar a prevalência de DS em gestantes com DLG e comparar qualidade de vida
(QV), funcionalidade, ansiedade e depressão entre gestantes com DLG com e sem
DS. Métodos: Gestantes com DLG, a partir de 20 semanas gestacionais (SG)
responderam um formulário eletrônico com informações para caracterização
amostral e quatro questionários para avaliação da QV (Medical Outcomes Short Form Health
Survey-36 item), funcionalidade (Oswestry Disability Index), QS (Índice de Qualidade de Sono de
Pittsburgh - PSQI), ansiedade e depressão (Escala Hospitalar de Ansiedade e
Depressão). Participantes foram divididas em dois grupos: com DS (PSQI ≥
10) e sem DS (s-DS; PSQI < 10). Resultados: 56 gestantes com DLG
foram incluídas, apresentaram média de 7 ± 3 pontos no PSQI (QS pobre). 13
(23%) gestantes com DLG apresentaram DS, incluídas no grupo DS (31 ± 3 anos, 28
± 6 SG) e 43 incluídas no s-DS (27 ± 5 anos, 28 ± 6 SG). Não houve diferença
entre os grupos nos dados demográficos, características da DLG e história gestacional.
O grupo DS apresentou maior incapacidade (p = 0,01), maior ansiedade (p =
0,002), depressão (p = 0,0004), menor capacidade funcional (p = 0,03), estado
geral de saúde (p = 0,03), vitalidade (p = 0,01), aspectos sociais (p = 0,0008)
e emocionais (p = 0,01) e saúde mental (p = 0,001) comparado ao grupo s-DS. Conclusão:
Gestantes com DLG apresentam QS pobre e cerca de uma em cinco gestantes com DLG
apresenta DS. Gestantes com DLG e DS apresentam maior incapacidade, maior
ansiedade, depressão e prejuízo da QV comparado a gestantes com DLG s-DS.
Palavras-chave: gravidez; qualidade do sono; dor
lombar; qualidade de vida.
14. Diástase
dos músculos reto abdominais em mulheres com disfunção do assoalho pélvico: um
estudo transversal
Amannda Gabrielle da Cruz Silva, Laysla Mirelli Moura Oliveira,
Mariana Cecchi Salata, Thaís Gontijo Ribeiro, Samuel
da Silva Xavier
Centro
Universitário do Planalto Central Apparecido dos
Santos (UNICEPLAC), Gama, DF, Brasil
amannda.silva@fisio.uniceplac.edu.br
Introdução: A disfunção dos músculos do assoalho
pélvico (DAP) possui diversas etiologias, podendo resultar em patologias que
podem afetar a qualidade de vida da mulher. A diástase dos músculos reto
abdominais (DMRA) está presente em mais de 51% das mulheres com DAP. Objetivo:
Verificar a prevalência de DAP em mulheres com DMRA. Métodos: Trata-se de um
estudo observacional, transversal, descritivo e retrospectivo realizado na
clínica escola de uma instituição de ensino superior particular do Distrito
Federal, onde a coleta de dados foi baseada na obtenção das informações de
prontuários no período entre 2019 e 2023. Este projeto foi aprovado pelo Comitê
de Ética em Pesquisa do UNICEPLAC com CAAE: 40693020.8.0000.5058. Foram
incluídas pacientes do sexo feminino, com idade entre 18 e 60 anos, que já
gestaram e que apresentavam DAP. Excluiu-se deste estudo prontuários
preenchidos de forma incompleta e mulheres que nunca gestaram. A mensuração da
diástase abdominal foi realizada por uma única avaliadora experiente tendo como
referência a separação dos retos abdominais pela medida dos dedos. Considerou-se
presença da DMRA quando a mulher apresentava separação dos retos abdominais
acima de 2 dedos. Resultados: A amostra foi composta por 74 prontuários
de mulheres que apresentavam queixa de DAP. A DMRA foi relatada por 66 mulheres
(89,18%), sendo que a dor gênito-pélvica (72,72%), a incontinência urinária
mista (39,39%) e a constipação intestinal (33,33%) foram as maiores queixas
deste grupo. Conclusão: Os achados deste estudo reforçam a correlação
entre a DAP e a DMRA. A dor gênito-pélvica, incontinência urinária mista e
constipação intestinal foram os principais achados.
Palavras-chave: diástase abdominal; distúrbios do
assoalho pélvico; mulheres.
15. Disfunção
sexual e fatores associados observados no período pós-parto: revisão
integrativa
Fernanda
Caroline de Jesus Viana, Bruna Alexssandra Rodrigues
da Cunha, Estefany Borges de Sousa, Elizabeth Silva
de Almeida
Centro
Universitário da Amazônia
Introdução: A disfunção sexual pode ser entendida
como síndrome clínica, transitória ou permanente, caracterizada por queixas ou
sintomas sexuais, que resultam em insatisfação sexual, decorrendo de bloqueio
parcial ou total da resposta psicofisiológica, evidenciada no desejo, na excitação
e no orgasmo. A mulher pode experimentar também a dificuldade ou mesmo a
impossibilidade da penetração vaginal, nos casos de dor genito-pélvica.
Apesar da sexualidade no pós-parto ser um importante ponto de atenção à saúde
integral da mulher, é por vezes negligenciada pelos profissionais de saúde e
até mesmo pela própria puérpera, os quais acabam limitando suas orientações
acerca do período de retorno às atividades sexuais, sem abordar as repercussões
que as alterações hormonais, emocionais e físicas do puerpério podem
desencadear no ciclo sexual, e a necessidade de se adaptar às demandas do bebe
pode interferir negativamente na intimidade do casal, assim como as alterações
na imagem corporal e a figura dessexualizada da
mulher, cultivada pela sociedade. Objetivo: Avaliar o impacto na saúde
sexual de mulheres no puerpério. Metodologia: Para isso, foi realizada uma
revisão de literatura integrativa nas bases de dados SciELO, PubMed, e PeDRO
com os
descritores: “Fisioterapia”, “pós-parto”
e “puérperas”, com artigos em inglês e
português, publicados no período de maio 2018 a maio de
2023. Foram excluídos
artigos repetidos ou pagos, e após a leitura do título e
resumo, aqueles que
não levassem em consideração o tema proposto. Resultados: Foram
encontrados o total de 31 artigos, 9 foram excluídos pelos critérios de
elegibilidade e selecionados um total de 22 artigos para compor a revisão. Além
do estudo sobre disfunções observadas no pós-parto foi pautado também a questão
do medo de sentir dor na relação e/ou de engravidar, acarretando dificuldades
angustiantes e limitadoras na vivência prazerosa da sexualidade feminina. Conclusão:
Pesquisas sobre a sexualidade no puerpério precisam ser incentivadas com o
objetivo de despertar na sociedade o conhecimento da importância da fisioterapia
pélvica na melhora e/ou na reabilitação sexual. Deste modo, o tema é uma
preocupação e merece um olhar mais atento, visto que promove importantes
modificações na vida da mulher.
Palavras-chave: sexualidade; puérpera; fisioterapia.
16. Disfunções
do assoalho pélvico em mulheres primíparas que se encontram no período
pós-parto remoto: relato de casos
Cristiane
Kilian1, Ester Pereira Dezan Martins
Gonçalves1, Caroline Baldini Prudencio2, Alexandre Magno
Delgado3, Gesilani Júlia da Silva Honório1
1Universidade do Estado de Santa Catarina,
Florianópolis, SC, Brasil
2Universidade Estadual Paulista “Júlio de
Mesquita Filho”, Ribeiro Preto, SP, Brasil
3Instituto de Medicina Integral Professor
Fernando Figueira, Recife, PE, Brasil
Introdução: A gravidez e o parto têm sido
considerados como principais predisponentes para as disfunções do assoalho pélvico
(DAP). As DAP englobam principalmente a incontinência urinária (IU),
incontinência fecal (IF), prolapso de órgãos pélvicos (POP) e disfunções
sexuais. Objetivo: Identificar a presença de indicativos de disfunções
do assoalho pélvico em mulheres primíparas no período pós-parto remoto.
Métodos: Relato de casos com dados preliminares de estudo de caráter
observacional e transversal, participando quatro mulheres primíparas que se
encontravam no puerpério remoto, realizado no Centro de Ciências da Saúde e do
Esporte da Universidade do Estado de Santa Catarina (CEFID – UDESC). Para
obtenção de dados referentes às DAP, foram aplicados os Questionários do
Assoalho Pélvico, Gravidez e Pós-Parto e Índice de Função Sexual Feminina – 6
itens (FSFI-6). A análise foi realizada de forma descritiva por meio de média e
valores brutos dos questionários. Resultados: A média de idade das
participantes foi de 28,5 anos, variando entre 21 e 34 anos, e a média de tempo
de pós-parto foi de 4,75 meses, variando entre 2 e 8 meses. Em relação ao
Questionários do Assoalho Pélvico, Gravidez e Pós-Parto, a média dos domínios
função urinária, função intestinal, POP, sexualidade e escore total foram,
respectivamente: 1,46; 1,85; 2; 2,50; 7,81. Sendo que, o domínio com maior
comprometimento foi o de sexualidade. Uma participante, em especial, obteve
maior pontuação no domínio função urinária (4,58) e POP (8), sendo essa que
possuía maior tempo de pós-parto (8 meses) e idade (34 anos). Com relação ao
FSFI-6, todas as participantes apresentaram escore total ≤ 21, variando
entre 15 e 21, desse modo, demonstrando indicativo para a presença de disfunção
sexual. Conclusão: Nesse estudo preliminar, foi percebido que em relação
às DAP, a sexualidade foi a que apresentou pior condição entre as mulheres
avaliadas. Sabendo da carência de estudos evolvendo mulheres no pós-parto e que
essa é uma fase extremante delicada para a mulher, esse trabalho abre caminho
para estudos futuros envolvendo essa população.
Palavras-chave: distúrbios do assoalho pélvico;
período pós-parto; gravidez.
17. E-book
educativo sobre violência obstétrica para gestantes adolescentes
Stefany Gomes Guimarães1,2, Patricia Andrade Batista1,2, Rita Pavione², Clarice
Tanaka1,2
¹Departamento
de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina
da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
²LIM
54 - Laboratório de Investigação em Fisioterapia, São Paulo, SP, Brasil
stefanygomesguimaraes@gmail.com
Introdução: Cerca de 16 milhões de meninas entre
15 e 19 anos, e 1 milhão de meninas menores de 15 anos, engravidam por ano em
todo o mundo. A maioria destes partos estão concentrados nos países em
desenvolvimento, continuando em ascensão até 2035, tornando a gravidez na adolescência
um dos principais problemas de saúde pública. A violência obstétrica no Brasil,
vem como uma terminologia proposta para a identificação de qualquer ato de
violência direcionado à mulher, praticado durante a assistência profissional no
ciclo gravídico-puerperal. A violência obstétrica foi recentemente reconhecida
pela Organização Mundial da Saúde como um problema de saúde pública. Objetivo:
O objetivo do presente estudo foi elaborar um e-book educativo com informações
sobre violência obstétrica e como a fisioterapia pode contribuir na humanização
do nascimento para gestantes adolescentes. Métodos: Trata-se de um
levantamento bibliográfico de artigos publicados, no período dos últimos 10
anos, nas bases de dados eletrônicas: Scielo e Pubmed. Além da busca na literatura científica, foi realizada
busca na literatura informal em sites, blogs e revistas com o tema violência
obstétrica na população adolescente. Após análise dos resultados das buscas,
foi elaborado um e-book utilizando a plataforma de design CANVA para criação do
conteúdo. Resultados: Foi elaborado um e-book educativo e informativo,
com embasamento científico, para gestantes adolescentes e acompanhantes. O
material contém 22 páginas e aborda diversos conteúdos, tais como: parto não é
sinônimo de dor e sofrimento; lei do acompanhante; plano de parto; restrição
alimentar e ingestão hídrica; restrição de movimento e posicionamento;
protagonismo da adolescente; atuação da fisioterapia em obstetrícia e os
benefícios da fisioterapia. Conclusão: A literatura científica ao que se
refere a população adolescente, já no ciclo gravídico-puerperal, é escassa,
portanto, o e-book pode contribuir para a educação em saúde da população em
questão.
Palavras-chave: gravidez na adolescência; violência
obstétrica.
18. Educação
em saúde com gestantes do Projeto de Extensão Jovem Cegonha: um relato de
experiência de acadêmicos e profissionais da saúde
Camila
Rogério Damasceno, Gabriele dos Santos Ojeda, Rafael Galisa
de Oliveira, Lavinia Almeida Müller, Elica Renata Soares da Silva
¹Universidade
Federal da Grande Dourados, MS, Brasil
Introdução: O período gravídico puerperal deve ser
uma fase da vida respeitosa que ofereça segurança e acolhimento para a mãe e o
filho. Por conta da desinformação, esse período pode se tornar amedrontador,
por isso, o papel do profissional de saúde é de grande relevância para o
esclarecimento de dúvidas e atenuação das possíveis preocupações. Objetivo:
Relatar as atividades de educação em saúde realizadas com gestantes
participantes do Projeto de Extensão “Jovem Cegonha”, na UBS Jardim Novo
Horizonte – Dourados/MS, acerca do pré-natal e puerpério. Métodos: A
equipe do projeto de extensão realizou três encontros na UBS Jardim Novo
Horizonte em que foram abordados, respectivamente: os tipos de parto (natural,
normal e cesárea), compreendendo seus benefícios, indicações, informações sobre
suas fases e como a fisioterapia obstétrica pode auxiliar desde a gestação até
o final dessas etapas; cuidados com o pós-parto imediato e direitos da
parturiente; puerpério, contracepção, amamentação, nutrição e cuidados com o
recém-nascido. Os temas foram tratados, por meio de palestras e oficinas, por
estudantes de medicina, biólogos, fisioterapeuta e nutricionista. Ademais,
foram distribuídos folders informativos contendo os assuntos trabalhados nos
encontros. Resultados: Durante as atividades, percebeu-se que as
grávidas tinham pouco conhecimento sobre os temas abordados, principalmente em
relação aos exercícios a serem realizados para auxiliar no trabalho de parto,
aos direitos da parturiente e aos aspectos da amamentação. As ações
mostraram-se eficientes em relação ao esclarecimento de dúvidas e desmistificação
de ideias pré-concebidas e possibilitaram a construção do conhecimento por
parte dos envolvidos. Ademais, quanto ao suporte durante a gestação, elas
compreenderam a importância da rede de apoio familiar e profissional. Conclusão:
Diante do exposto, percebeu-se a relevância da educação em saúde para gestantes.
As ações promovidas na UBS Jardim Novo Horizonte permitiram que as parturientes
atendidas tivessem um momento ímpar para sanar suas dúvidas sobre a temática,
além de favorecer um aumento no autocuidado e colocá-las, juntamente ao filho,
como protagonistas do processo gestacional.
Palavras-chave: gestação; puerpério; parto; pré-natal.
19. Efeito
da estimulação elétrica transcutânea versus placebo no alívio da dor de mulheres
durante o trabalho de parto: ensaio clínico randomizado
Naiara
Toledo Dias1, Patrícia Roberta dos Santos2, Thais Alves
Cândido1, Rogério de Melo Costa Pinto1, Vanessa Santos
Pereira-Baldon1
1Universidade Federal de Uberlândia, MG,
Brasil
2Universidade Federal de Goiás, GO,
Brasil
vanessabaldon@ufu.br
Introdução: A intensidade da dor durante o
trabalho de parto pode prejudicar a experiência e a satisfação das mulheres com
o parto. Diante disso, investigações a respeito dos efeitos de métodos não
farmacológicos de alívio da dor durante o trabalho de parto ganham importância.
Objetivos: Comparação dos efeitos da estimulação elétrica transcutânea
(TENS) versus placebo sobre a queixa de dor de parturientes. Métodos:
Trata-se de um estudo do tipo ensaio clínico randomizado, simples-cego, com
amostra composta por mulheres em fase ativa do parto internadas em uma
instituição pública. As participantes foram divididas aleatoriamente em dois
grupos: grupo TENS (n = 36) composto por parturientes que receberam a aplicação
da TENS na região tóraco-lombar por 30 min e Grupo
Placebo (n = 36) composto por parturientes que receberam a aplicação da TENS
placebo (equipamento desligado) por 30 min na mesma região. Foram utilizados
quatro eletrodos posicionados aos níveis de T10–L1 e S2–S4, frequência de 100Hz
e largura de pulso de 100 µs. Além disso, todas as participantes receberam
suporte contínuo dos profissionais, incentivo à deambulação e à adoção de
posturas verticais. Foi avaliada a dor relatada pela Escala Visual Analógica
(EVA) antes, imediatamente, 30 minutos e 1 hora após a intervenção, e no
período pós-parto imediato (12-24 horas após o trabalho de parto). Para análise
estatística foi utilizado o teste de ANOVA, com nível de significância de 0,05.
Resultados: Foram observadas diferenças significativas na dor relatada
imediatamente após a intervenção, em que o grupo TENS apresentou redução da
dor, enquanto o grupo Placebo apresentou aumento da dor relatada (56,6 ± 3,12
versus 75,0 ± 1,91 mm; p < 0,001). Não foram observadas diferenças
significativas entre os grupos para a dor relatada antes, 30 minutos, 1 hora
após a intervenção ou após o parto. Conclusão: A utilização do TENS associado a
outros métodos não farmacológicos de alívio da dor na primeira fase de trabalho
de parto leva uma redução da dor relatada pelas parturientes imediatamente após
o seu uso.
Palavras-chave: analgesia; fisioterapia; gravidez;
parto humanizado.
20. Efeito
do treinamento hipopressivo na percepção da imagem
corporal de mulheres com diástase de reto abdominal após parto: ensaio clínico
controlado randomizado
Sara Emmanuela Moreira, Milena Clicia
Naves da Silva, Rogério de Melo Costa Pinto, Vanessa Santos Pereira-Baldon
¹Universidade
Federal de Uberlândia, MG, Brasil
Introdução: A diástase dos músculos retos
abdominais (DMRA) é uma condição que pode afetar até 100% das mulheres durante
a gestação e pode persistir após o parto. A presença de DMRA pode afetar
negativamente a autoimagem das mulheres, impactando sua qualidade de vida. Os
exercícios hipopressivos consistem em exercícios
posturais e respiratórios que podem ajudar a melhorar a postura e o tônus
muscular, favorecendo a recuperação da função abdominal. Objetivo: Este
estudo teve como objetivo avaliar os efeitos do treinamento hipopressivo
sobre a percepção da imagem corporal de mulheres com DMRA após o parto. Métodos:
Este estudo consistiu em um ensaio clínico randomizado controlado com análise
de intenção de tratamento. Foram selecionadas 44 mulheres entre 20 e 44 anos,
com até seis meses de pós-parto e que apresentavam DMRA com uma distância inter-retos (DIR) de pelo menos 2 cm em qualquer ponto da
linha alba avaliada por ultrassonografia. As participantes foram distribuídas
aleatoriamente em dois grupos: um grupo controle (GC), que não recebeu nenhuma
intervenção, e um grupo de intervenção (GI), que participou do protocolo de
exercícios hipopressivos. O GI recebeu o protocolo de
exercícios hipopressivos duas vezes por semana, com
duração de 30 minutos cada sessão, durante 12 semanas. Antes e após 12 semanas,
ambos os grupos responderam ao questionário da Escala de Apreciação Corporal (Body Appreciation Scale-2
(BAS-2)). Para análise estatística foi aplicado o teste de ANOVA com nível de
significância de 5%. Resultados: Observou-se um aumento significativo do
escore da escala BAS-2 após a intervenção no GI quando comparado ao GC (p < 0,001;
38,2 ± 5,96 versus 29,3 ± 8,23), o que demonstra melhora da percepção da imagem
corporal nas mulheres do GI. Conclusão: Os resultados deste estudo indicam
que o treinamento hipopressivo pode ser uma
intervenção efetiva na melhoria da percepção da imagem corporal de mulheres com
DMRA pós-parto.
Palavras-chave: diástase; autoimagem; músculos
abdominais.
21. Efeitos
da bandagem elástica na força e na diástase do músculo reto abdominal: revisão
narrativa de ensaios clínicos randomizados
Fabiana
Tereza Delfino da Silva, Jabson Pereira de Santana,
Filipe Pinheiro
Curso
de Fisioterapia da Uninassau, Olinda, PE, Brasil
Introdução: Durante a gravidez, o músculo reto
abdominal é afetado, resultando em alterações na força e na integridade
estrutural. O aumento do útero e a expansão abdominal levam à diástase dos
retos, enquanto a pressão do crescimento fetal e as mudanças hormonais reduzem
a força muscular. Esses efeitos podem desencadear dores lombares, incontinência
e comprometimento funcional. Portanto, estratégias pósparto
são essenciais para reverter esses impactos. Objetivo: Investigar os
efeitos da aplicação da técnica de bandagem elástica na recuperação tanto da
força muscular quanto da diástase dos retos abdominais em mulheres no
pós-parto. Métodos: Foram selecionados ensaios clínicos randomizados que
empregaram bandagem elástica para a recuperação funcional do músculo reto
abdominal em mulheres no pós-parto, com publicações até junho de 2023, sem
restrição de idioma. As bases de dados Lilacs, PEDro, PubMed e Scielo foram exploradas. Os termos de busca incluíram
"bandagem elástica" e "reto do abdome", e seus equivalentes
em língua inglesa. Resultados:
Após a avaliação dos títulos e resumos e
a remoção de estudos duplicados, dois trabalhos
preencheram os critérios de
inclusão e foram selecionados para esta revisão. Autores
observaram mudança
estatisticamente significativa na força muscular no grupo que
associou
exercícios de inclinação pélvica posterior,
estabilização do core, correção
abdominal e técnicas de respiração à
bandagem elástica (p = 0,01), em
comparação com o grupo que realizou apenas
exercício (p = 0,18). Para a
diástase do reto abdominal, não foram encontradas
diferenças entre os grupos
exercício e bandagem, em comparação com o grupo
exercício (p = 0,06 vs. 0,18). Autores
descreveram uma redução significativa da diástase
do reto abdominal acima, no e
abaixo do umbigo (p = 0,002; p = 0,003; p = 0,008). Conclusão: Os
estudos analisados revelam controvérsias nos efeitos da bandagem elástica na
recuperação pós-parto do músculo reto abdominal. Futuras pesquisas com maior
padronização dos desfechos e rigor metodológico são recomendadas para oferecer
evidências mais robustas sobre a eficácia dessa abordagem e orientar
intervenções clínicas apropriadas.
Palavras-chave: saúde da mulher; puerpério; bandagem
elástica; reto do abdome.
22. Efeitos
da intervenção fisioterapêutica por meio do Método Pilates nos incômodos do
assoalho pélvico no período gestacional: ensaio clínico randomizado controlado
Rejane
Amélia Reis Gonçalves, Alana Leandro Cabral, Wanessa Silva de Oliveira, Rogério
de Melo Costa Pinto, Vanessa Santos Pereira Baldon
Universidade
Federal de Uberlândia (UFU), MG, Brasil
Introdução: O assoalho pélvico (AP) durante a
gestação pode apresentar disfunções, principalmente a incontinência urinária.
Gestantes são incentivadas à prática de exercícios físicos por seus benefícios
e riscos mínimos. Nesse sentido, o Método Pilates parece ser uma opção para as
gestantes, no entanto, pouco é conhecido sobre seus efeitos sobre os incômodos
relacionados ao AP. Objetivo: Investigar os efeitos de um protocolo de
exercícios do Método Pilates aplicado em gestantes nos incômodos do AP. Métodos:
Este estudo consistiu em um ensaio clínico randomizado controlado com análise
por intenção de tratamento em que foram incluídas 42 gestantes primigestas,
entre 18 e 22 semanas gestacionais, distribuídas aleatoriamente em 2 grupos: GC
(grupo controle) e GI (grupo intervenção). O GI realizou protocolo de
exercícios do Método Pilates, com enfoque na correta ativação abdominal,
estabilização lombopélvica e com contração voluntária
de AP. O CG realizou um protocolo de exercícios globais de fortalecimento e
alongamento. Ambos os grupos tiveram frequência semanal de duas vezes, duração
de 40-45 minutos, por 12 semanas. Antes e após as intervenções, ambos os grupos
foram submetidos ao questionário Pelvic Floor Bother Questionnaire
(PFBQ). Para análise dos dados foi aplicado o teste de Kruskal-Wallis,
adotando um nível de significância de 5%. Resultados: Não foram
observadas diferenças entre os grupos antes e após 12 semanas para o escore
total do questionário PFBQ (p > 0,05). Conclusão: A intervenção por
meio do Método Pilates não promoveu redução dos incômodos relacionados ao AP em
gestantes primigestas.
Palavras-chave: pilates;
exercício físico; assoalho pélvico; gestantes.
23.
Eficácia da fisioterapia na sintomatologia da incontinência urinária em
gestantes: um ensaio clínico não controlado
Elisa Gerber, Ana Flávia Monteiro Gonçalves, Cristhiane
Yumi Yonamine
Centro
Universitário Filadélfia, Londrina, PR, Brasil
Introdução: A incontinência urinária é definida
como perda involuntária de qualquer quantidade de urina, e é comum em mulheres
gestantes e pode ser tratada de forma conservadora ou cirúrgica, entretanto o
tratamento de primeira linha é a fisioterapia. Objetivo: Analisar a
eficácia da fisioterapia na sintomatologia da incontinência urinária em
gestantes. Metodologia: Trata-se de um estudo ensaio clínico não
controlado, realizado com gestantes acima de 18 anos de idade a partir do
primeiro trimestre gestacional. Para avaliar a incontinência urinária foi
utilizado o questionário International Consultation on Incontinence Questionnaire-Urinary
Incontinence - Short Form,
que avalia o impacto da incontinência urinária na qualidade de vida, e também
quantifica a perda urinária. A força muscular do assoalho pélvico foi analisada
através do aparelho Perineômetro (marca Perina Clínico® - Fabricante Quark) que quantifica o pico
máximo de contração do assoalho pélvico, através de uma sonda vaginal de
silicone inserida e inflada dentro do canal vaginal. Durante a avaliação foram
realizadas três medidas e obtido a média. Resultados: A amostra
correspondeu em 27 participantes gestantes que concluíram as 10 sessões,
realizadas duas vezes na semana com duração de 60 minutos. Após a aplicação do
protocolo, as participantes relataram melhora na sintomatologia da incontinência
urinária na maioria das atividades avaliadas, sendo as principais: quando está
dormindo, durante as atividades físicas, quando termina de urinar e está se
vestindo, quando tem muita vontade de urinar, durante a relação sexual e sem
razão óbvia. Após a intervenção houve o aumento na força muscular do assoalho
pélvico, apesar de não haver estatística significativa (p = 0,368). Conclusão:
Pode-se observar que os resultados não foram significativos, porém houve
melhora na sintomatologia, principalmente quando está dormindo e na força
muscular do assoalho pélvico.
Palavras-chave: fisioterapia; incontinência urinária;
gestação; gestante.
24. Eficácia
de um protocolo de cinesioterapia na dor lombopélvica
de gestantes a partir do primeiro trimestre: ensaio clínico não controlado
Maiara Monzani
Santos, Isabela do Carmo Martins, Brenda Kawane
Gonçalves, Stela Lacordaire de Oliveira Antonio, Cristhiane Yumi Yonamine
¹Centro
Universitário Filadélfia, Londrina, PR, Brasil
Introdução: Mundialmente uma queixa sempre
relatada pela sociedade é a dor lombar, sendo está presente em algum momento da
vida; para as mulheres esse desconforto ou dor associado com a pelve pode
acontecer com o início do período gestacional, onde o corpo passará por
mudanças bruscas em um curto espaço de tempo. Objetivo: Analisar a eficácia de
um protocolo de cinesioterapia na dor lombopélvica de
mulheres a partir do primeiro trimestre gestacional. Métodos: Essa
pesquisa teve um caráter de ensaio clínico não controlado com abordagem
quantitativa. As participantes foram gestantes maiores de 18 anos, com idade gestacional
superior a 10 semanas. O protocolo contou com uma avaliação inicial o qual foi
aplicado o questionário Pelvic Girdle;
após este se deu início a dez sessões, sendo realizado duas vezes por semana
com duração média de sessenta minutos. Posteriormente a isso, realizou-se a
reavaliação através do questionário. Resultados: A amostra contou com 27
participantes, sendo as principais queixas de dor relatadas: dor pela noite
(88,8%), precisar fazer coisas mais lentamente (81,7%), ter o sono interrompido
(48,1%) e dor pela manhã (44,4%). O protocolo aplicado nas gestantes
participantes mostrou um resultado satisfatório nos quesitos de sintomatologia
e dificuldades para executar as ações (p = 0,008). Conclusão: Dado aos
números expostos verificou-se que o protocolo apresentou relevância em diversas
atividades, sobretudo na sintomatologia da dor lombopélvica,
mostrando que a aplicação da cinesioterapia durante todo o período gestacional
traz benefícios. Dessa maneira, observa-se a necessidade do fisioterapeuta durante
o período gestacional, pois oferece efeitos positivos no controle da dor.
Palavras-chave: cinesioterapia; gestação;
fisioterapia; dor lombar; obstetrícia.
25. Fisioterapia
pélvica na prevenção e tratamento da incontinência urinária em gestantes:
revisão narrativa
Bruna Alexssandra Rodrigues da Cunha¹, Estefany
Borges de Sousa², Fernanda Caroline de Jesus Viana², Elizabeth Silva de
Almeida³
¹Universidade
Estácio de Sá
²Universidade
da Amazônia
³Centro
Universitário da Amazônia
Introdução: A gravidez é um processo fisiológico
que consiste em adaptações no corpo feminino, gerando modificações anatômicas,
biomecânicas, alterações nos sistemas circulatório e respiratório. Ademais,
nessa fase, há maior sobrecarga no assoalho pélvico, devido aumento do útero
gravídico e ações hormonais. Segundo a Organização Mundial de Saúde a
incontinência urinária é caraterizada pela perda involuntária de urina causada
pela perda de funcionalidade dos músculos do assoalho pélvico e sua prevalência
em gravidas é variável de 0,7 a 35%. O que acarreta para as gestantes muitas
complicações, como baixa autoestima, prejudicando a comodidade física, fatores
emocionais, mentais e qualidade de vida. A Fisioterapia é o tratamento de
primeira linha que engloba orientações comportamentais, consciência corporal e
treinamento da musculatura do assoalho pélvico, visando o ganho de resistência,
força e de controle da contração muscular, melhorando a sustentação dos órgãos
pélvicos. Objetivo: Analisar a atuação da fisioterapia pélvica na
prevenção e tratamento da incontinência urinaria durante a gestação. Métodos:
Foi realizada uma revisão narrativa nas bases de dados de dados SciELO (Scientific Electronic Library
Online), Medline (PubMed) e PEDro
(Physiotherapy Evidence Database) com os descritores: “Urinary
Incontinence”, “pelvic physiotherapy”, “Pregnancy” com
artigos em inglês e português, publicados no período de maio de 2023. Resultados:
Foram encontrados 122 artigos, após critérios de inclusão foram selecionados 6
artigos para desenvolvimento da revisão. O fortalecimento dos músculos do
assoalho pélvico, pode prevenir e tratar o enfraquecimento muscular, recomendado
durante a gravidez e no período pós-parto. Este estudo demonstra a elevada
prevalência de incontinência urinaria na gravidez. Conclusão:
Conclui-se, portanto, que a fisioterapia pélvica na prevenção e no tratamento
da incontinência urinária durante a gestação, proporciona benefícios, não
somente durante a gravidez, mas também no pós-parto. Os estudos são de suma
relevância para melhor conhecimento sobre tratamento da incontinência urinária
e as abordagens utilizadas como estratégias cognitivas e comportamentais,
potencializando assim o tratamento.
Palavras-chave: saúde da mulher; gravidez;
reabilitação.
26. “For more physiotherapists in maternity
hospitals": e-book update reporting the campaign of Brazilian Association
of Physiotherapy in Women's Health
Ana
Carolina Rodarti Pitangui1,2, Néville Ferreira Fachini de
Oliveira2,3, Amanda Magdalena Feroldi
Fabricio2,4, Claudia de Oliveira2,5, Cristine Homsi Jorge2,3
1Universidade de Pernambuco/UPE,
Petrolina, PE, Brasil
2Associação Brasileira de Fisioterapia na
Saúde da Mulher/ABRAFISM, Ribeirão Preto, SP, Brasil
3Universidade Federal do Espírito Santo,
Vitória, ES, Brasil
4Universidade de São Paulo/USP, Ribeirão
Preto, SP, Brasil
5Universidade Santa Cecília, Santos, SP,
Brasil
Background: In Brazil,
there are a small number of physiotherapists hired by maternity hospitals and
in many places, women do not have access to physiotherapy. To improve this
scenario, physiotherapists from several states were invited by the Brazilian
Association of Physiotherapy in Women's Health (ABRAFISM) to compose a working
committee on Obstetrics to launch a Campaign “For more Physiotherapists in
Maternity Hospitals” (September/2019). One of the campaign products was an ebook to support the campaign published in August/2020.
Purpose: To present the ABRAFISM ebook update with
achievements of the Campaign in Brazil. Methods: This update of the ebook reports the actions/achievements between September/2020-June/2023.
The data related were compiled in four axes: 1) Working with councils and
associates for political work to approve laws; 2) Creation of new services and
jobs for Physiotherapists in maternity hospitals; 3) Planning and implementing
physical therapists training in maternity hospitals; 4) dissemination of
information through the production of documents and promotion of events. Results:
A model of law project was sent to all State and Federal Professional Councils
and to ABRAFISM members. Twenty projects were presented to be voted on
different public instances, and they become law in seven municipalities (Floriano-PI, Presidente Prudente-SP,
Maceió-AL, Cáceres-MT, Guanambi-BA, Rio de Janeiro-RJ and three whole state (Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte). The federal
law project is in processing and it was recommended in the last instance
waiting to be voted. Many Physiotherapy services were implemented, including
24-hour service, and other hospitals started to allow the entry of
physiotherapists to assist women. Training courses were offered by ABRAFISM to
some cities physiotherapists in partnership with the
Physiotherapy Councils. Frequent scientific update events and dissemination of
the Campaign achievements were performed on social media. Conclusion:
The e-book update brought the achievements of ABRAFISM campaign, highlighting
the social potential offered by the associative action and its members in
partnership with the Professional Councils. Based on these achievements, new
actions are being planned to further expand women's access to excellence work
of physical therapists in maternity, based on the professional qualification
for achievements sustainability.
Keywords: physical therapy specialty;
obstetrics; hospitals, maternity; health planning.
27. Identificação
da dor lombar e da cintura pélvica em gestantes pós bariátrica, normopeso e obesas: um estudo transversal
Hulhi Anne da Silva Martins, Jeanine Campani Bohn,
Halina Cidrini Ferreira
Universidade
Federal do Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Introdução: Durante a gestação ocorrem mudanças no
corpo da mulher que podem gerar dor, podendo acarretar limitações físicas,
impactando suas atividades de vida diária. A literatura traz alguns fatores de
risco para essas dores, como por exemplo: sedentarismo e sobrepeso. Portanto, é
aconselhável a prática de atividade física e algumas vezes a diminuição de peso
antes do processo de gestação. Aproximadamente 80% das cirurgias bariátricas
são realizadas em mulheres, que na maioria encontram-se em idade reprodutiva. Objetivos:
Identificar e comparar a frequência de dor lombar e pélvica na população
estudada. Métodos: 171 gestantes participaram da pesquisa e foram
separadas em três grupos: gestantes pós bariátrica, obesas e normopeso. Em entrevista, as gestantes responderam questões
sobre as características da dor lombar e pélvica e ao Pelvic
Girdle Questionnaire-Brasil.
Quanto mais alta a pontuação, maior a dificuldade que as gestantes apresentam
para realizar as atividades por conta da dor e piores são os sintomas. As
respostas foram descritas e sumarizadas. Posteriormente, foi realizada a
análise descritiva dos dados coletados com as medidas de tendência central e
dispersão. Estudo aprovado no comitê de ética sob o número CAEE:
59521422.0.0000.5275. Resultados: Grupo pós-bariátrica: 11 gestantes.
Neste grupo, 36,4% apresentam dor lombar e pélvica; 27,3% apenas dor lombar;
27,3% somente dor pélvica e apenas 9,1% não apresentou dor. 60% das gestantes
apresentam um baixo escore no PGQ-Brasil e 40% apresentaram um escore moderado.
Grupo normopeso: 82 gestantes. 33% apresentam dor
lombar e pélvica; 46,2% apresentam dor lombar; 11% apresentam dor pélvica e
9,8% não apresentam dor. No PGQ-Brasil, 51,4% apresentam um baixo escore; 31,1%
escore moderado e 4% alto escore. Grupo de obesas: 78 gestantes. 52,6%
apresentam dor lombar e pélvica; 30,8% apresentam dor lombar; 10,3% apresentam
dor pélvica e 6,3% não apresentam dor. No PGQ-Brasil, 52,7% apresentam um baixo
escore; 43,2% escore moderado e 2,7% alto escore. Conclusão: A
prevalência de dor na gestação é alta e apresenta impacto no dia a dia das
mulheres. No entanto, observamos que os grupos de gestantes pós bariátrica e normopeso mostraram resultados melhores sobre a ausência de
dor em relação ao grupo de gestantes obesas.
Palavras-chave: gestação; dor lombar; dor da cintura
pélvica; cirurgia bariátrica.
28. Impacto
da incontinência urinária associada a dor lombar gestacional na qualidade de
vida, qualidade de sono e funcionalidade de gestantes
Aline
Lima de Souza Ribeiro1, Caroline Andrade Déa1, Camile Ludovico Zamboti1,2
1Universidade Estadual de Londrina,
Londrina, PR, Brasil
2Universidade Estadual Paulista Júlio de
Mesquita Filho, Presidente Prudente, SP, Brasil
Introdução: Recentes estudos observaram maior
prevalência de incontinência urinária (IU) em gestantes com dor lombar
gestacional (DLG), no entanto, ainda não está estabelecido se a presença de IU
associada a DLG possui impacto negativo em desfechos clínicos. Objetivo:
Comparar as características da dor, qualidade de vida (QV), qualidade de sono
(QS), funcionalidade, ansiedade e depressão em gestantes com e sem dor lombar
gestacional (DLG) associada ou não a IU. Métodos: Gestantes a partir de
20 semanas de gestação (SG) foram incluídas e responderam formulário eletrônico
com informações de caracterização amostral e cinco questionários para avaliação
da dor (Escala Visual Analógica), QV (Medical Outcomes
Short Form Health Survey –
36item), QS (Pittsburg Sleep
Quality Index), funcionalidade (Oswestry
Disability Index), ansiedade e depressão (Hospital Anxiety and Depression
Scale). De acordo com a presença de dor e IU foram
estratificadas em três grupos: sem DLG (s-DLG), com DLG (DLG) e com DLG e perda
urinária (GLC+IU). Resultados: 75 gestantes foram incluídas, 17(23%)
inseridas no s-DLG (31 ± 3 anos, 28 ± 6 SG), 39 (54%) no DLG (29 ± 4 anos, 28 ±
5 SG), 17(23%) no DLG+IU (31 ± 4 anos, 29 ± 5 SG). Os três grupos foram
homogêneos com relação aos dados demográficos e história gestacional. Ambos os
grupos DLG e DLG+IU apresentaram pior intensidade de dor, funcionalidade e
qualidade de vida comparado ao grupo s-DLG (p < 0,05). O grupo DLG+IU
apresentou pior qualidade de sono (p = 0,01) e o grupo DLG maior índice de
depressão (p = 0,03) comparados ao grupo s-DLG. Não houve diferença entre os
grupos DLG e DLG+IU nos desfechos investigados (p > 0,05). Conclusão:
A presença de IU associada a DLG não provocou maior impacto negativo na QV,
funcionalidade e ansiedade comparado a gestantes com DLG sem IU.
Palavras-chave: gravidez; lombalgia; incontinência
urinária; qualidade de vida.
29. Mapeamento
sociodemográfico e caracterização nacional do perfil da assistência
fisioterapêutica em saúde da mulher - uma análise preliminar
Jeanine Campani Bohn, Bianca Stedile Carvalho
Vachiano, Jaqueline Cristine da Costa Nascimento, Lara Quaresma Franco Ramos, Halina Cidrini Ferreira
Universidade
Federal do Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Introdução: Em uma população de mais de 203 milhões
de habitantes, a maioria dela, 52,2% são representadas por mulheres no Brasil.
Assim, os fisioterapeutas especialistas em saúde da mulher atuam na prevenção e
promoção da saúde, através de uma visão global da paciente. Entretanto, no início
de 2023, o Conselho Federal de Fisioterapia (COFFITO) informou que dos 381.501
fisioterapeutas registrados, apenas 569 possuem título de especialista em Saúde
da Mulher. Objetivo: Realizar o mapeamento sociodemográfico e a caracterização
nacional do perfil da assistência fisioterapêutica em saúde da mulher. Métodos:
Estudo observacional, de campo. O estudo foi aprovado no comitê de ética sob o
número CAAE: 291522.9.0000.5275. A amostra foi constituída por fisioterapeutas
que trabalham com Saúde da Mulher. Foi enviado um formulário semiestruturado
(Google Forms) para que respondessem on-line. As
perguntas versaram sobre os dados pessoais, profissionais e sociodemográficos
de cada participante. Foi realizada a análise descritiva dos dados. Resultados:
176 profissionais responderam ao formulário até o momento, sendo 97,7% do sexo
feminino com média de idade de 39,2 anos. Em relação à formação profissional,
75,6% são formados em universidades privadas, 47% apresentam pós-graduação
lato-sensu e apenas 20,1% contam com o título de especialista. A maioria dos
fisioterapeutas 57,3% realizam suas atividades na região sudeste, 59,3% não
presta atendimento exclusivo à saúde da mulher, 80,2% realizam seus
atendimentos em consultórios, sendo as principais áreas de atuação a
incontinência urinária e as disfunções sexuais e, as de menores a redesignação
sexual e o trabalho intraparto. Além disso, 37,9% dos profissionais possuem
renda mensal de 2 a 4 mil reais. Conclusão: De acordo com os resultados,
pode-se concluir que menos da metade dos profissionais participantes são
pós-graduados ou especialistas e que a assistência esteve mais concentrada na
região sudeste do país. Além disso, há uma baixa atuação do fisioterapeuta na
Saúde da Mulher no sistema público de saúde, com áreas ainda pouco exploradas.
Sendo assim, sugere-se ampliar as ações de políticas em Fisioterapia na Saúde
da Mulher para aumentar o público beneficiado, distribuindo e popularizando a
assistência fisioterapêutica na atenção à mulher no Brasil.
Palavras-chave: fisioterapia: saúde da mulher; perfil
brasileiro.
30. MaternAção - Fisioterapia na saúde materna:
relato de experiência de um programa de extensão universitária
Ester
Pereira Dezan Martins Gonçalves, Cristiane
Kilian, Gesilani Júlia da Silva Honório
Universidade
do Estado de Santa Catarina (UDESC), Florianópolis, SC, Brasil
Introdução: O Programa de Extensão MaternAção - Fisioterapia na Saúde Materna está vinculado
ao Centro de Ciências da Saúde e do Esporte (CEFID) da Universidade do Estado
de Santa Catarina (UDESC), iniciando suas atividades no início de 2023.
Desenvolve atividades com o objetivo principal de conhecer, avaliar e oferecer
atendimento fisioterapêutico à mulher em suas diferentes etapas do ciclo
gravídico-puerperal. O Programa MaternAção possui
três projetos vinculados: MaternAção Ambulatorial; MaternAção Hospitalar; e MaternEducAção.
Objetivo: Descrever os atendimentos vivenciados e experiências do Programa
MaternAção no primeiro semestre de 2023. Métodos:
Relato de experiência das atividades realizadas no Programa MaternAção
(CEFID/UDESC) no primeiro semestre de 2023. As atividades contemplaram ações de
assistência a gestantes e puérperas, encontros para discussão de casos e
capacitação dos profissionais e acadêmicos envolvidos para atendimentos. Resultados:
Ao todo, foram realizadas doze avaliações iniciais, sendo sete gestantes e
cinco puérperas. Das gestantes, quatro procuraram o serviço com o objetivo de
se prepararem para o parto vaginal, uma para melhora do condicionamento físico,
uma para tratamento da incontinência urinária (IU) e preparo para o parto vaginal
e uma para tratamento da IU, sintomas de vaginismo e vulvodínia.
Das puérperas, a principal queixa foi IU, prolapso de órgãos pélvicos e
diástase abdominal. As atividades desenvolvidas foram avaliação inicial,
reabilitação postural e do assoalho pélvico e orientações a respeito do período
gestacional, trabalho de parto, amamentação e puerpério. Os atendimentos foram
conduzidos por acadêmicas do curso de graduação e pós-graduação em fisioterapia
e fisioterapeutas voluntárias, sob supervisão da professora coordenadora. Os
atendimentos ocorreram em ambiente ambulatorial, semanalmente ou quinzenalmente
de acordo com a necessidade. Ao todo, foram desenvolvidos 35 atendimentos no
semestre. Duas gestantes foram desligadas por motivos pessoais e uma passou pelo
parto e recebeu orientações via chamada de vídeo sobre manejo da amamentação no
puerpério imediato, sendo orientada a retornar quando possível para dar
continuidade ao acompanhamento. Conclusão: No período estabelecido,
foram atendidas doze mulheres, alcançado os objetivos propostos pelo Programa MaternAção. As atividades desenvolvidas foram de grande
contribuição para as acadêmicas e fisioterapeutas voluntárias, auxiliando no
processo de ensino-aprendizagem, articulação ensino/extensão, raciocínio clínico
e construção profissional.
Palavras-chave: gestantes; puérperas; fisioterapia;
programa de extensão; formação.
31. Nível
de conhecimento dos gestores em saúde sobre a fisioterapia em obstetrícia
dentro dos hospitais-maternidades da região Médio Mearim, MA
Greice Lanna Sampaio do Nascimento Oliveira, Talyta
da Silva Guimarães
Faculdade
de Educação São Francisco, Pedreiras, MA, Brasil
Introdução: A Fisioterapia em Obstetrícia, apesar
de seus diversos benefícios à mulher durante todo o período gestacional,
especialmente no parto, não é uma realidade para a maioria delas. sua atuação
ainda é restrita em todo o território nacional e o conhecimento sobre está
atuação pela população é limitado. Objetivo: Compreender qual o nível de
conhecimento dos gestores municipais de saúde a respeito da atuação da
fisioterapia em obstetrícia nos hospitais-maternidades e caracterizar os
gestores municipais de saúde quanto aos aspectos sociodemográficos, formação
acadêmica e tempo que ocupa o cargo. Métodos: Tratou-se de um estudo
exploratório descritivo. Foi realizado por meio da aplicação de um questionário
semiestruturado elaborado pelos autores, de forma online (Google Forms) via link pelo Whatsapp ou
Instagram. A pesquisa foi realizada na microrregião do estado do Maranhão
chamada Médio Mearim nos meses de setembro e outubro de 2022. Foram incluídos
na pesquisa os gestores municipais em saúde do Médio Mearim em que estejam localizados hospitais-maternidades da rede pública de saúde e
os gestores administrativos destas respectivas maternidades que assinarem o
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, excluídos os gestores que se
negaram a responder o questionário. Resultados: Foi verificado que 50%
dos gestores tem entre 40 e 50 anos, 58,3% são do sexo feminino, 91,7% possuíam
ensino superior, mas 75% dos gestores não possuíam pós-graduação. Quanto ao
tempo de exercício do cargo de gestor 50% relataram ter no máximo 2 anos de
atuação, 75% autodeclararam-se pardos, quanto ao nível de conhecimento 91,7%
dos gestores relataram ter conhecimento sobre a fisioterapia em obstetrícia,
100% deles afirmaram que a fisioterapia auxilia durante o parto e que sua
presença é importante nas maternidades, porém 75% afirmaram que não há
fisioterapeutas especializados em obstetrícia nos hospitais de atuação, mesmo
sabendo da importância da mesma. Conclusão: Tais dados corroboram com
diversos outros encontrados na literatura que afirmam quão importante é a
atuação da fisioterapia em obstetrícia, mas que ainda não é uma realidade na
maioria das regiões a presença deste profissional. Faz-se necessário mais
pesquisas como esta, de modo a ampliar os dados sobre o nível de conhecimento
desta especialidade.
Palavras-chave: fisioterapia; parto; maternidade.
32. O
cuidar com as mãos: ação do Dia Internacional da Mulher
Clara Wirginia de Queiroz Moura1, Mariana Sousa
Avelino1, Odemir Pires Cardoso Júnior2
1Centro
Universitário
INTA - UNINTA Campus Itapipoca, CE, Brasil
2Secretaria Municipal de Saúde de Natal,
RN, Brasil
Introdução: O Dia Internacional da Mulher, teve
sua origem marcada por fortes movimentos de reivindicação política, trabalhista,
greves, passeatas e muita perseguição policial. O dia 08 de março simboliza a
busca de igualdade social entre homens e mulheres, em que as diferenças
biológicas sejam respeitadas, mas não sirvam de pretexto para subordinar e
inferiorizar a mulher. Objetivo: Valorizar a atuação das extensionistas
do curso de Fisioterapia na ação em alusão ao Dia da Mulher para as Advogadas e
demais colaboradoras da Ordem dos Advogados do Brasil Subseção de Itapipoca/CE.
Métodos: O local separado para acolhida das mulheres, foi devidamente
preparado com Musicoterapia e Aromaterapia, recepcionadas pelas extensionistas,
eram convidadas para o momento de cuidados pelas mãos passando por uma breve
Avaliação Cinético-funcional, em seguida acontecia aplicação das as Terapias
Manuais associado a Ventosaterapia. Por fim, as
mulheres recebiam as recomendações voltadas para a Saúde da Mulher, como uma
forma de educação continuada para Promoção e Prevenção em Saúde. Resultados:
Ação em alusão ao Dia da Mulher, possibilitou a vivência com mulheres que
desempenham diversos papeis diante a sociedade, além de criar um vínculo com as
mesmas através do cuidar com as mãos. Os depoimentos de agradecimento e carinho
foi o resultado do preparo das extensionistas para o momento, que foi além do cuidar,
foi um acolhimento e exaltação da mulher como personalidade fundamental na
sociedade atual, visto que anteriormente era tão invisível e que através de
lutas se tornou aclamada mundialmente. Para as extensionistas, o momento
proporcionou a capacitação humanizada para o futuro exercício da profissão,
recebendo a devolutiva positiva das boas práticas com o cuidar com mãos. Conclusão:
Contudo, é importante ressaltar o interesse das extensionistas para a
realização do momento, criando as habilidades de reponsabilidade e compromisso
para com a comunidade e futuramente os pacientes. Mediante essa compreensão, as
extensionistas efetivaram o cuidar com as mãos, tornando o toque a ferramenta
fundamental do Fisioterapeuta, aquela capaz de sanar questões e recuperar
autoestima liberando sensações de bem estar e
felicidade.
Palavras-chave: cuidar; fisioterapia; promoção da
saúde; relato de experiência; saúde da mulher.
33. Padrão
respiratório adotado por mulheres no segundo estágio do trabalho de parto: uma
revisão sistemática
Amannda Gabrielle da Cruz Silva, Bruna Maria
Aparecida Morais Maciel, Bianca Menezes Gomes, Mariana Cecchi
Salata, Thaís Gontijo Ribeiro
1Centro Universitário do Planalto Central
Apparecido dos Santos – UNICEPLAC, Gama, DF, Brasil
amannda.silva@fisio.uniceplac.edu.br
Introdução: O trabalho de parto (TP) é
caracterizado por contrações da musculatura lisa miometrial
que tem por finalidade promover a dilatação do colo do útero, além de expulsar
o feto pelo canal de parto. A fase expulsiva, ou segundo estágio do TP,
compreende o período desde a dilatação completa do colo uterino (10 cm) até o
nascimento do bebê; sendo caracterizada pelo aumento da duração e frequência
das contrações uterinas. Objetivo: Expor os padrões respiratórios
adotados durante o segundo estágio do trabalho de parto e analisar os
resultados materno-fetais. Metodologia: Trata-se de uma revisão
sistemática de artigos da PubMed, Cochrane, SciELO e PEDro. As coletas foram realizadas entre os dias 10 e 24 de
maio de 2023. Esta revisão foi conduzida de acordo com PRISMA e está registrado
no PROSPERO com número: CRD42023424578. Incluiu-se artigos publicados de 2017 a
2022, na língua portuguesa e inglesa, com delineamento experimental e que abordassem
as técnicas respiratórias durante o segundo estágio do TP. Foram excluídos
aqueles que não estavam disponíveis na íntegra, estudos que abordassem
intervenções médicas e/ou outras técnicas, revisões de literatura, monografias
e duplicados nas bases de dados. A qualidade metodológica dos ensaios clínicos
foi avaliada segundo a Escala PEDro. Resultados:
De 159 artigos encontrados, 6 foram incluídos. O tamanho da amostra dos estudos
variou de 40 a 250 gestantes, gerando um total de 668 mulheres. Dentre as
técnicas de intervenção utilizadas observou-se a Manobra de Valsalva,
puxo espontâneo, puxo com a glote aberta, vocalização, técnica de respiração de
Lamaze e cuidados habituais. Foi
possível observar
resultados estatisticamente significativos com as técnicas
respiratórias como a
frequência de períneo intacto, redução na
duração do puxo e ansiedade materna,
redução do tempo de segundo estágio do TP,
redução da frequência de lacerações,
e menores escores de dor materna. Conclusão: Apesar de haver resultados
maternos positivos ainda não há evidências suficientes quanto aos desfechos
fetais e qual a técnica mais indicada. Recomenda-se que o puxo e padrão
respiratório adotados durante o parto devam ser encorajados e apoiados seguindo
a escolha da parturiente.
Palavras-chave: respiração; segundo estágio do
trabalho de parto; puxo.
34.
Padrões respiratórios durante o primeiro período do trabalho de parto: uma
revisão sistemática e metanálise
Giselli Calheiros¹, Alexandre Delgado², Filipe
Pinheiro³, Andrea Lemos3
¹Universidade
Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, Maceió, AL, Brasil
²Instituto
de Medicina Integral Professor Fernando Figueira, Recife, PE, Brasil
³Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE, Brasil
Introdução: O uso dos padrões respiratórios,
durante o primeiro período do trabalho de parto, contribui para uma boa
assistência fisioterapêutica, impactando positivamente na qualidade da experiência
da mulher com o seu parto. Objetivo: Avaliar, usando o melhor nível de
evidência, os benefícios e os possíveis malefícios do uso dos padrões
respiratórios durante o primeiro período do trabalho de parto nos desfechos
maternos e neonatais. Métodos: Foi realizado busca nas bases de dados da
MEDLINE/PubMed, LILCAS, PEDro,
EMBASE, CINAHL, CENTRAL, Web of Science e SCOPUS, sem
restrição de período ou idioma. Os termos "Breathing
Exercices" e "Labor" foram usados.
Ensaios clínicos randomizados e quase-randomizados foram incluídos comparando
um grupo com uso dos padrões respiratórios no primeiro período do trabalho de
parte com um grupo controle sob cuidados habituais. Foi utilizada a ferramenta
da Cochrane (RoB 2.0) para avaliar o Risco de Viés e
a certeza da evidência foi avaliada pelo sistema GRADE. A análise quantitativa
foi avaliada pelas metanálises. Resultados:
foram incluídos 13 estudos. Houve redução da dor em -1.64 (CI 95%: -2.81 a -0,46,
oito estudos, I2 99%; T2 2.82; p < 0,00001), baseado em uma certeza de
evidência muito baixa e na duração do segundo período do trabalho de parto em
-7,23 min (95% CI -11.08 a -3,38, três estudos, efeito randômico: I2 0%; T2
0.00; p < 0,0002), baseado em uma certeza de evidência moderada. Conclusão:
há evidência moderada de que o uso dos padrões respiratórios no primeiro
período do trabalho de parto pode reduzir a duração do período expulsivo e
reduzir a intensidade da dor, porém com uma certeza de evidência muito baixa.
No entanto, não houve diferença entre os demais desfechos maternos e neonatais.
Palavras-chave: modalidades de fisioterapia;
exercícios respiratórios; trabalho de parto.
35. Padrões
respiratórios no controle da dor durante o trabalho de parto e satisfação
materna: revisão narrativa da literatura
Tainara
Santos Martins, Karla Karine Dos Santos Araújo, Cíntia Vanessa Marques do
Nascimento, Camilla Gabrielly de Lima Sousa Santana
¹Centro
Universitário Estácio, Recife, PE, Brasil
Introdução: O trabalho de parto é um processo
fisiológico natural com complexa interação psicoemocional diretamente
relacionado às expectativas e experiências maternas. A fase ativa do parto vem
acompanhada de um processo doloroso por causa das contrações uterinas, dilatação
progressiva do colo, distensão do segmento inferior do útero e descida fetal. O
uso de padrões respiratórios como repercussão para o controle doloroso vem se
destacando entre as abordagens utilizadas por se tratar de uma técnica simples
e efetiva. Objetivo: Identificar através da literatura a associação dos
padrões respiratórios durante o trabalho de parto na primeira e segunda fase, e
o controle da dor e satisfação materna. Metodologia: Uma revisão
narrativa da literatura, orientada através do modelo PICO, incluir: População
(P) - Gestantes, Intervenção (I) - Exercícios de padrões respiratórios,
Comparação (C) - Abordagem não farmacológica e Resultado (O) - Diminuição da
dor e satisfação materna. Através das bases de dados PubMed,
SciELO e Cochrane, incluindo trabalhos publicados nos últimos 10 anos. Resultados:
Foram encontrados 82 artigos nas bases de dados selecionadas, sendo excluídos
50 estudos por não se adequar ao tema, 14 estudos por serem duplicatas e 14 por
critérios de elegibilidade, restando 4 para esta revisão. Dentre os artigos
encontrados na íntegra, os exercícios de padrões respiratórios apresentaram uma
diminuição de 28% no limiar de dor das mulheres que se encontram na primeira
fase do trabalho de parto. Se comparamos outras abordagens fisioterapêuticas
como a hidroterapia a diminuição deste limiar é de 25%, já com os exercícios
perineais na bola suíça a sensação de alívio é de apenas 16%. A única abordagem
que se apresenta superior aos exercícios respiratórios é a auriculoterapia
com 29% de diminuição da dor. Conclusão: Apesar da escassez de artigos
encontrados os resultados sugerem que durante o trabalho de parto o uso dos
padrões respiratórios tem uma boa repercussão para o controle doloroso e
satisfação na parturiente, por outro lado, essa não é a única abordagem não
farmacológica que destaca entre os estudos analisados. Sugere-se que novas
pesquisas sejam realizadas a fim de solucionar as lacunas encontradas como foco
na padronização da qualidade metodológica disponível na íntegra.
Palavras-chave: trabalho de parto; exercícios
respiratórios; início do trabalho de parto; dor do parto.
36. Percepção
das puérperas sobre a atuação da fisioterapia no preparo para o parto: estudo
piloto
Millena Vitória Gonçalves, Keila Gabriele da
Silva, Isabelle Cristina Italo da Silva Correia, Cristhiane Yumi Yonamine
Centro
Universitário de Londrina – UniFil, Londrina, PR,
Brasil
Introdução: Na gestação, o corpo da mulher passa
por modificações progressivas até o momento do parto. Com isso, o corpo realiza
algumas adaptações, que podem gerar dor e incômodo, prejudicando a sua
qualidade de vida. A fisioterapia exerce um importante papel nessa fase,
proporcionando uma melhor qualidade de vida e preparando a mulher para o parto.
Objetivo: Analisar a percepção de puérperas sobre a atuação da
fisioterapia na preparação para o parto. Métodos: Trata-se de um estudo
piloto de um estudo de caráter descritivo, retrospectivo e qualitativo,
realizado pelo Grupo de Pesquisa em Estudo das Disfunções do Assoalho Pélvico.
A amostra do estudo foi composta pelas puérperas que participaram do grupo de
pesquisa durante o período gestacional. Após o parto, foi feito o contato com
as participantes e enviado o formulário de coleta de dados on-line. Os dados
foram analisados através da técnica de análise de conteúdo de Bardin. Resultados:
O estudo mostrou que, a partir da percepção das participantes do estudo, a atuação
da fisioterapia no período gestacional, auxiliou no trabalho de parto e na
melhora da qualidade pela redução de dores musculares e outros desconfortos das
puérperas. Conclusão: A atuação da fisioterapia no preparo para o parto,
os efeitos que ela gera no pré e pós-parto, e durante
a gestação, proporcionam uma melhor qualidade de vida para a mulher.
Palavras-chave: fisioterapia; obstetrícia; assistência
pré-natal; parto.
37. Possível
toxicidade reprodutiva da Aristolochia triangularis: uma revisão de literatura
Lavinia Almeida Müller, Larissa Pires Mueller,
Renata Eduarda Nunes do Nascimento, Edson Henrique Pereira de Arruda. Silvia
Aparecida Oesterreich
Universidade
Federal da Grande Dourados, MS, Brasil
Introdução: A Aristolochia
triangularis, uma espécie do gênero Aristolochia, conhecida popularmente no Brasil como
“cipó-mil-homens” ou “jarrinha”, tem sido utilizada para tratar diversas
afecções. Embora a compreensão a respeito da Aristolochia
triangularis esteja relacionada ao seu potencial etnofarmacológico, seu gênero tem apresentado efeitos
nocivos à saúde e considerando a ampla distribuição territorial da espécie, e
sua vasta possibilidade de uso popular, incluindo gestantes, que constituem um
grupo de risco suscetível ao uso indiscriminado de plantas medicinais, surge a
necessidade de estudos que avaliem sua toxicidade reprodutiva. Objetivo:
Identificar efeitos tóxicos na fertilidade, embriotóxicos,
teratogênicos e abortivos comprovados da Aristolochia
triangularis. Métodos: Levantamento
bibliográfico nas bases eletrônicas de dados SciELO, PubMed,
MEDLINE, LILACS, CAPES e Web of Science, com a
conjugação dos descritores “teratogênese”, “embriotoxicidade”, “aborto”, “fertilidade” e “Aristolochia”, em português e inglês. Os critérios de
inclusão foram artigos publicados com texto completo, nos idiomas português e
inglês, os critérios de exclusão foram artigos que não abordavam o tema da
revisão. Os dados foram analisados de forma descritiva. Resultados: Não foi
encontrado estudos que abordassem especificamente sobre a toxicidade da espécie
Aristolochia triangularis,
porém há estudos que demonstraram seu uso popular para indução da menstruação e
aborto. Foram encontrados estudos sobre outras espécies da Aristolochia,
nos quais foram observados potenciais: antiespermatogênico,
antifertilidade, antiestrogênico, abortivo, emenagogo, de alterar o espessamento uterino e de má
formação fetal. Além disso, apresentou evidências de massa negra no útero,
degeneração de ovários e corpos lúteos, assim como relatos de utilização para
abreviar o trabalho de parto, favorecer a dequitação placentária, como contraceptivo
e para induzir a menstruação. Esses potenciais tóxicos vêm sendo relacionados à
presença de ácidos aristolóquicos, encontrados na
composição da maioria das espécies deste gênero, considerado citotóxico,
mutagênico, carcinogênico e capaz de reduzir a taxa de fertilização e o
potencial de desenvolvimento de mamíferos. Conclusão: Visto que várias
espécies da Aristolochia podem apresentar efeitos
tóxicos no ciclo reprodutivo, é recomendado que sejam realizados estudos
pré-clínicos que avaliem a possível toxicidade reprodutiva da Aristolochia triangularis, para
informações acerca do seu uso seguro durante o ciclo reprodutivo.
Palavras-chave: fertilidade; efeito abortivo; teratogênese; aristolochia.
38. Projeto
de extensão “GerANDO com Fisio”
- experiência de um curso para gestantes, acompanhantes e familiares sob o
olhar da fisioterapia
Jeanine Campani Bohn, Gabriel Ramires Pereira Nunes, Laura Valeriano Lino
de Souza, Natália Lage da Silveira, Rosana Silva dos Santos
Universidade
Federal do Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Introdução: O “GerANDO
com Fisio” é um curso de extensão que oferta
conhecimento à sociedade sobre as alterações do corpo na gestação, parto,
puerpério, amamentação e sobre o próprio bebê. Objetivo: Ampliar o
conhecimento técnico e científico das gestantes e suas famílias sobre a
gestação, parto, puerpério, amamentação e o neonato. Métodos: Curso
on-line, semanal, promovido por docentes fisioterapeutas e alunos
extensionistas de graduação para a população de gestantes, acompanhantes e
familiares. A divulgação e inscrições são feitas pelo Instagram e e-mail. São
ministradas 6 aulas (duração de 2h cada) com os seguintes temas: os três
trimestres da gestação, parto, pós-parto e puerpério, aleitamento,
desenvolvimento do bebê até 18 meses e organização da rotina e adaptações nos
primeiros meses após o parto. A cada encontro, são enviados dois formulários
antes e após as aulas, relacionados ao tema do dia, para que seja realizado o
acompanhamento do aprendizado. A cada edição é criado um grupo no Telegram para dúvidas e avisos. As aulas também são
disponibilizadas por um canal no YouTube restrito às participantes para os
casos de ausências e revisões. Resultados: Já foram realizadas três
edições do curso incluindo um total de 27 alunos extensionistas, 03 professoras
e profissionais convidados. Ao todo, recebemos 281 participantes, com perfil
sociodemográfico na maioria de gestantes do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São
Paulo; as idades variaram entre 19 e 43 anos; as profissões que mais se
repetiram foram professoras e enfermeiras; 65,4% das participantes estavam trabalhando
e as demais estavam de licença médica, realizavam trabalhos do lar, estavam
desempregadas ou eram estudantes. Dentre os questionários, aqueles referentes
aos temas “parto, pós-parto e puerpério” e “desenvolvimento do bebê”, foram os
que apresentaram maior índice de erros e as questões que tiveram 100% de
acerto, foram nas aulas sobre os trimestres da gestação. Conclusão:
O “GerANDO com Fisio” é uma
grande fonte de conhecimento e propagação de informações seguras e promoção da
saúde. Além disso, oferece reflexão sobre condutas e concepções relacionadas ao
gestar, parir e criar, ampliando o entendimento e autonomia durante esses
processos.
Palavras-chave: saúde da mulher; gravidez; promoção em
saúde.
39. Relação
entre a episiotomia e disfunções sexuais femininas
Ane
Caroline de Freitas Alves, Greice Lanna Sampaio do
Nascimento, Isabelly Sousa Silva Rodrigues, Rayellen Silva Damasceno
Faculdade
de Educação São Francisco, Pedreiras, MA, Brasil
Introdução: A saúde sexual é diretamente afetada
nas relações interpessoais, pela qualidade de vida, estrutura social e
cultural, diante disso, o surgimento de disfunções sexuais femininas
normalmente é multifatorial e envolve causadores biológicos, psicológicos e
interpessoais, entre eles o parto, independente da via pode gerar alterações na
função sexual da mulher. Objetivo: Avaliar a relação entre episiotomia e
as disfunções sexuais. Métodos: Trata-se de um estudo de campo com
abordagem quantitativa de caráter observacional, transversal, descritivo de
natureza epidemiológica em que as voluntárias foram avaliadas por meio de um
questionário com múltiplas escolhas elaborado pelos pesquisadores e outro
validado, o Female Sexual Function
Index. Os critérios de inclusão foram mulheres primíparas, secundigestas
e/ou multíparas que foram submetidas à episiotomia durante a realização do
parto natural, mulheres que não foram submetidas à episiotomia, com idade igual
ou maior de 18 anos. A coleta de dados foi realizada nos meses de setembro e
outubro de 2022 de forma online, através de redes de apoio a gestantes e
comunidades online para mulheres que foram submetidas à episiotomia. Resultados:
A população do estudo foi composta por 33 mulheres, 15 delas foram submetidas a
episiotomia constituindo o grupo sim e 18 não foram submetidas a episiotomia
constituindo o grupo não. Entre elas houve uma predominância de mulheres de cor
parda, correspondendo a 53,3% grupo sim e 72,2% grupo não e apenas 6,7%
identificaram-se como indígenas. e foi possível observar que 60% das mulheres
com episiotomia relataram desconforto (dor) na região pélvica, mas somente
16,7% das mulheres sem episiotomia queixaram-se desse desconforto. Conclusão:
O presente estudo mostra que houve uma maior incidência de queixas sexuais em
mulheres que foram submetidas a episiotomia, afetando o orgasmo, desejo e
satisfação sexual quando relacionadas as mulheres que não foram submetidas a
episiotomia. Dessa forma, salienta-se a importância da educação continuada dos
profissionais de saúde, permitindo novas discussões sobre as técnicas
intervencionistas e suas implicações na vida do ser humano proporcionando,
assim, uma assistência mais humanizada.
Palavras-chave: saúde da mulher; gestante; parto.
40. Satisfação
de puérperas após tratamento fisioterapêutico para o alívio da dor no puerpério
imediato: um estudo transversal
Lavinia Almeida Müller1, Edson Henrique
Pereira de Arruda1, Rejane Martins Ribeiro Itaborahy2
1Universidade
Federal da Grande Dourados, MS, Brasil
2 Universidade
Federal de Mato Grosso, Cuiabá, MS, Brasil
Introdução: No puerpério imediato a mulher sofre
diversas alterações que geram quadros álgicos, limitando a execução de suas
atividades. A atuação do fisioterapeuta pode reduzir quadros álgicos,
auxiliando a mulher a ter experiências mais positivas neste período. Objetivo:
Avaliar a satisfação de puérperas após tratamento fisioterapêutico para alívio
da dor no puerpério imediato de parto vaginal. Metodologia: Estudo
transversal descritivo, oriundo de uma pesquisa maior intitulada “Efeitos de
dois protocolos fisioterapêuticos no alívio da dor no puerpério imediato: um
ensaio clínico randomizado”, realizado com 60 puérperas de parto vaginal,
internadas em hospital público, em Cuiabá-MT, em 2022, com grau de dor >0 de
acordo com a Intensidade de Dor Presente do Br-MPQ, e sem contraindicação para
realizar os tratamentos. O projeto foi aprovado pelo CEP/HUJM, sob protocolo
n°5.214.668. Das participantes, 30 foram submetidas a um tratamento composto
por cinesioterapia (reeducação diafragmática, movimentos circulatórios,
recrutamento abdominal, TMAP, deambulação) e massagem abdominal – grupo 1, e 30
foram submetidas a um tratamento com TENS (modo convencional, 100Hz, 75 µs, na
região perineal, por 40 minutos) – grupo 2. Após o tratamento, foi aplicado um
Questionário de Satisfação do Tratamento com alternativas de resposta dispostas
na escala Likert de 5 pontos adaptada (Totalmente
satisfeita / Satisfeita / Indiferente / Pouco satisfeita / Insatisfeita). Foi
realizada análise descritiva dos dados (frequência absoluta e relativa) e a
comparação entre proporções dos grupos foi efetuada pelo teste Z. Resultados:
No grupo 1, a maioria das puérperas referiram estar totalmente satisfeitas (73,3%)
com o tratamento ofertado, seguida de satisfeita (20,0%), indiferente (6,7%) e
nenhuma relatou estar pouco satisfeita ou insatisfeita. No grupo 2, 50,0%
relataram estar totalmente satisfeita, seguido de 30,0% que se referiram
indiferentes, satisfeitas (16,7%), pouco satisfeita (3,3%) e nenhuma
insatisfeita. Verificou-se pelo teste Z que houve diferença estatisticamente
significante (p < 0,05) apenas no item “indiferente”, onde o grupo que
recebeu tratamento com TENS teve maior número de respostas (30,0%). Conclusão:
A intervenção fisioterapêutica no puerpério imediato para alívio da dor é
satisfatória na percepção das puérperas, independente da técnica de atendimento
ofertada, porém a cinesioterapia e massagem abdominal apresentou melhores
índices de satisfação.
Palavras-chave: período pós-parto; especialidade de
fisioterapia; dor; maternidade.
41. Uso
da vocalização no período expulsivo do trabalho de parto na prevenção de trauma
perineal e manejo da dor: uma revisão integrativa da literatura
Livia Caroline Santos e Silva, Bianca Santana
da Silva
Universidade
Potiguar, Natal, RN, Brasil
Introdução: Durante o parto normal a maioria das
mulheres sofrem algum tipo de lesão perineal gerando impactos negativos na
qualidade de vida como dor crônica, incontinências, disfunções, além dos
fatores emocionais e psicológicos alterados. Diante disso, algumas técnicas têm
sido propostas a fim de manter a integridade da musculatura do assoalho pélvico
durante o período expulsivo do trabalho de parto, entre elas a vocalização. Objetivo:
Identificar produções cientificas na literatura que avaliem a efetividade da
técnica de vocalização no período expulsivo do trabalho de parto como prevenção
de lacerações perineais e no manejo da dor. Métodos: Trata-se de uma
revisão integrativa da literatura, realizada em maio de 2023, buscando
evidências atuais nas bases de dados National Library
of Medicine PubMed e Scientific Eletronic Library Online (SciELo),
Physiotherapy Evidence Database (PEDro), Google
Acadêmico e Biblioteca Virtual em Saúde. As estratégias de busca foram
formuladas baseadas nos descritores utilizados, aplicando o operador booleano
AND. Adotando como critérios de elegibilidade a inclusão de ensaios clínicos
controlados e estudos observacionais, completos e disponibilizados nos idiomas
português e inglês, com recorte temporal de 2018 a 2023. Foram excluídos os
artigos de revisões bibliográficas, artigo de opinião, carta ao editor e
aqueles repetidos. Foram identificados 22 estudos conforme o título, dos quais,
somente 7 responderam à finalidade da revisão. Resultados: Com efeitos
satisfatórios em 6 dos 7 estudos analisados, a vocalização (puxos espontâneos
com a glote aberta) sendo integrante de um conjunto de métodos não-farmacológicos
no período expulsivo, mostrou-se como um recurso eficaz, pois promove redução
da pressão sobre o períneo gerando relaxamento, melhor manejo da dor e das
emoções, aumento da taxa de partos normais, diminuição do risco de trauma
perineal e genito-urinário. Conclusão: Foi
possível perceber que lacerações perineais mais graves decorrentes do parto
vaginal podem ser prevenidas por recursos não-farmacológicos como a
vocalização. Ainda assim, acredita-se que é necessário o desenvolvimento de
mais ensaios controlados que possam nortear os métodos obstétricos, que estão
em constante transformação, para promover atendimentos integrais e de forma
humanizada para as parturientes.
Palavras-chave: períneo; lacerações; segunda fase do trabalho de parto; dor do parto.