ARTIGO
ORIGINAL
Percepção
dos discentes de fisioterapia acerca da monitoria acadêmica
Perception of physical therapy students about academic
monitoring
Thomaz da Cunha
Figueiredo*, Nadiesca Taisa Filippin, D.Sc.**,
Alecsandra Pinheiro Vendrusculo, M.Sc.**
*Pós-Graduando
em Reabilitação Físico-Motora (UFSM), Fisioterapeuta pelo Curso de Fisioterapia
do Centro Universitário Franciscano, Santa Maria/RS, **Docente Curso de
Fisioterapia do Centro Universitário Franciscano, Santa Maria/RS
Recebido em 5 de agosto de 2014; aceito em 13 de agosto de 2016.
Endereço
para correspondência:
Alecsandra Pinheiro Vendrusculo, Rua Daltro Filho, 397, 97015-280 Santa Maria
RS, E-mail: alec@unifra.br, Nadiesca Taisa Filippin: nadifilippin@yahoo.com.br,
Thomaz da Cunha Figueiredo: thocunha@hotmail.com
Resumo
Introdução: A monitoria
acadêmica é uma importante ferramenta por proporcionar elos entre discente
monitor e professor e discente monitor e dicentes não-monitores,
oferecendo suporte educacional para sanar possíveis dúvidas referentes aos
conteúdos ministrados. Objetivo:
Conhecer as percepções dos discentes de fisioterapia acerca da monitoria
acadêmica na formação profissional. Material
e métodos: Trata-se de um estudo descritivo, em que 181 estudantes de uma
instituição de ensino superior responderam a um questionário constituído por
doze questões estruturadas pelos pesquisadores acerca da monitoria acadêmica. Resultados: A monitoria acadêmica na
concepção dos discentes entrevistados é um momento de revisar os conteúdos e sanar
dúvidas e também estes aprovam sua existência. Os entrevistados relataram que
fazem uso frequente das oportunidades de monitoria, no entanto esta possui
alguns pontos negativos que dificultam sua eficiência. Conclusão: A monitoria acadêmica é aprovada pelos discentes de
fisioterapia entrevistados, apesar dos pontos negativos encontrados em seu
desenvolvimento, sendo considerada boa.
Palavras-chave: educação,
fisioterapia, ensino superior.
Abstract
Introduction: Academic monitoring is an important tool for providing links between
student monitor and teacher and student monitor and non-student monitors,
offering educational support to answer possible questions regarding the
academic program. Objective: To
understand the perceptions of students about academic physical therapy
monitoring in vocational training. Methods:
This was a descriptive study, in which 181 students of a tertiary institution
completed a questionnaire composed of twelve questions structured by academic
researchers about monitoring issues. Results:
Academic monitoring students is a moment to review the
content, answer questions and also approving or not this system. Respondents
reported that they commonly used the academic monitoring opportunities;
however, it has some negative points that hinder its efficiency. Conclusion: The academic monitoring is
approved by the physical therapy students interviewed, although the negative
points found in its development, and is considered good.
Key-words: education,
physical therapy, higher education.
A Fisioterapia
abrange um vasto campo de atuação, envolvendo os três níveis de atenção à
saúde. Busca colocar o usuário no centro da atenção em saúde, prima pelo
atendimento humanizado, igualitário, integral e para todos, através de ações
que buscam a reabilitação funcional, a prevenção de doenças, educação e
promoção da saúde, no âmbito de suas especialidades como a Traumato-ortopédica,
a Saúde da Mulher, a Neurofuncional, a Respiratória, entre outras [1]. Contudo,
a fim de conquistar espaço nessas especialidades e locais de atuação, precisou
dinaminzar e fortalecer a condução do ensino-aprendizagem na formação
universitária para obter confiança e merecimento através do olhar sobre as
disfunções cinético-funcionais decorrentes de cada patologia, propondo um
ensino crítico e consciente.
Segundo as Diretrizes
Curriculares Nacionais (DCN) do Curso de Graduação em Fisioterapia [2] e o
Projeto Pedagógico do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário Franciscano
[3], instituem-se diversos princípios e fundamentos que regulamentam e definem a formação acadêmica em Fisioterapia, desde aspectos
como o perfil do formado, a capacitação para exercer habilidades e competências
gerais e específicas, a interrelação dos conteúdos com a realidade existente no
mecanismo de saúde-doença, o desenvolvimento de estágios curriculares e, até,
atividades que contemplam o exercício dos conhecimentos adquiridos, como
exemplo disso a monitoria acadêmica.
A monitoria acadêmica
exerce papel fundamental no aprimoramento dos conhecimentos e na solução de
dificuldades que impedem o aprendizado eficaz e eficiente de determinados
conteúdo ou técnicas. Essa pode ser oferecida durante as disciplinas
pré-estágios curriculares de graduação, com o intuito de transferir benefícios
aos discentes não-monitores, proporcionar habilidades
como a capacidade de convívio social acadêmico e prática profissional, e
mostra-se como artifício importante de vivência precoce para o monitor atuar,
posteriormente, na docência [4,5].
A todo o momento, o
fisioterapeuta é exigido quanto à aptidão em diversas questões apresentadas no
seu cotidiano profissional. Dessa forma, o docente de fisioterapia precisa
também estar atento para a formação de novos profissionais e
articular sua experiência profissional de promoção, prevenção,
reabilitação e do cuidado nas atividades propostas em sala de aula.
Diante do exposto,
este estudo buscou conhecer as percepções dos discentes de fisioterapia acerca
da monitoria acadêmica na formação profissional, refletindo-se a partir das
dificuldades encontradas, aceitação e motivações relatadas sobre esse método de
auxílio no aprendizado.
Trata-se de um estudo
descritivo, desenvolvido após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa com
Seres Humanos do Centro Universitário Franciscano, sob o registro
12076012.1.0000.5306. O questionário foi aplicado aos discentes do curso de
graduação em Fisioterapia do Centro Universitário Franciscano, sempre pelo
mesmo pesquisador, nos meses de março a maio de 2013. O questionário foi
formado por doze questões fechadas, relacionadas a assuntos como importância,
frequência, motivação, contribuições, pontos negativos e demais aspectos acerca
da monitoria acadêmica. Antecipadamente, foram explicadas quaisquer dúvidas em
relação às questões e os discentes responderam ao questionário sem
interferência do pesquisador.
A amostra desta
pesquisa constituiu-se de 181 discentes, de ambos os sexos, que possuíam
frequência nas aulas e estavam matriculados em um dos oito semestres do curso
de fisioterapia da instituição pesquisada. Todos foram informados
antecipadamente acerca dos objetivos e metodologia da pesquisa proposta e
assinaram o Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE). Os critérios de
exclusão foram os discentes não matriculados na instituição de ensino superior
(IES) pesquisada, pertencentes a outros cursos de graduação da IES pesquisada e
formados no curso de Fisioterapia em anos anteriores.
A análise dos dados
foi feita por meio de estatística descritiva simples, com frequências absolutas
(n) e relativas (%), após a devida organização dos dados em planilhas do
programa Microsoft Excel, versão 2010.
Dos entrevistados,
82,3% (149) eram do gênero feminino e 17,7% (32), do gênero masculino. A
distribuição por semestre de discentes entrevistados nesta pesquisa pode ser
visualizada na Figura 1, no qual se observa predominância de discentes do sexto
semestre.
Figura
1 – Número de discentes entrevistados por
semestre.
*1 ao
8 - 1º ao 8ª semestre do curso de Fisioterapia.
Ao indagar-se acerca
da atividade discente, quanto a ser acadêmico monitor no momento pela 1ª vez,
ou pela 2ª vez ou mais, ser acadêmico não monitor e nunca ter sido, ou no
momento não ser acadêmico monitor, mas já ter sido, os discentes responderam conforme consta no Figura 2.
Figura
2 – Atividade acadêmica em relação às monitorias
dos discentes entrevistados.
*1 = Sou acadêmico monitor
no momento pela 1ª vez; 2 = Sou acadêmico monitor no
momento pela 2ª vez ou mais; 3 = Sou acadêmico não – monitor e nunca fui
acadêmico – monitor; 4 = Sou acadêmico não – monitor no momento, mas já fui
acadêmico – monitor.
Já quando questionados
sobre o que a monitoria significa, 44,2% (80)
escolheram a opção momento de revisar todo o conteúdo, 40,3% (73) momento de
sanar dúvidas, 14,9% (27) para outras funções e 0,6% (1) momento para aprender
o conteúdo. Sabendo-se da existência desse artifício de aprendizado que é a
monitoria acadêmica, perguntou-se aos discentes entrevistados se aprovam a
existência das mesmas. Assim, 99,4% (180) responderam que sim, enquanto apenas
0,6% (1) optou por mais ou menos.
Perguntou-se se há a
frequência dos discentes na monitoria, obtendo resultados de 47% (85) para sim,
37,6% (68) para às vezes e 15,5% (28) para nunca. E, buscando descobrir qual
motivação que os leva a participar, 70,2% (127) elegeram ser para revisar o
conteúdo, 14,9% (27) por outros motivos, como conseguir ACC (atividades
curriculares complementares) e conseguir bom desempenho na disciplina, 8,8%
(16) para aprender de fato as matérias, 3,9% (7) por não ter compreendido os
conteúdos em sala de aula e 2,2% (4) para obter melhores notas nas avaliações.
Indagou-se também
sobre pontos negativos com os quais esses discentes já se depararam nas
monitorias em que participaram ou observaram. Horário incompatível com os
demais afazeres extracurriculares, falta de tempo para participar; outros
motivos como, por exemplo, desmotivação dos monitores e excesso de discentes
por horário de monitoria, além da associação das demais alternativas foram referidas despreparo dos monitores e o cansaço ao
final do dia (Figura 3).
Figura
3 – Classificação da contribuição das monitorias
acadêmicas para o aprendizado dos discentes entrevistados.
*1 = Excelente; 2 =
Muito Boa; 3. = Boa; 4 = Razoável; 5 = Ruim; 6.= Péssima.
O nível de
satisfação, de modo geral, da contribuição da monitoria para o aprendizado dos
discentes não-monitores foi classificado,
predominantemente, como bom, com 44,2% (80) ou muito bom, com 37,6% (68). As
demais classificações podem ser observadas na Figura 4. Além disso, 38,7% (70)
designaram nota oito com a finalidade de qualificar os acadêmicos monitores e
monitorias realizadas, através de notas de zero a dez (Figura 5).
Figura
4 – Pontos negativos observados/encontrados para
as práticas das monitorias dos discentes de fisioterapia.
*1 = Falta de tempo de
participar da monitoria; 2 = Ser cansativo; 3.=
Monitores despreparados; 4 = Horário incompatível com seus afazeres.
Figura
5 - Notas, de zero a dez, qualificando os
acadêmicos – monitores e as monitorias realizadas/praticadas pelos discentes entrevistados.
*1 = Não opinou; 2 =
Zero; 3 = Um; 4 = Dois; 5 = Três; 6 = Quatro; 7 = Cinco; 8 = Seis; 9 = Sete; 10
= Oito; 11 = Nove; 12 = Dez.
Quando perguntado
sobre o interesse do discente em ser monitor(a), 82,9%
(150) reponderam que têm interesse em ser monitor, enquanto 17,1% (31) negaram
apresentar interesse para essa atividade.
Perguntou-se em qual
semestre da graduação esses começaram a participar. Dos entrevistados, 45,3%
(82) responderam que começaram a participar desde o primeiro semestre, 26%
(47), a partir do segundo, 7,2% (13) a partir do terceiro, 16% (29), a partir
do quarto, 3,3% (6) a partir do quinto e, 1,7% (3) não responderam. Outro
quesito questionado refere-se ao tempo de estudo dispendido fora do ambiente de
sala de aula, dos 181 entrevistados apenas 155 discentes responderam essa
questão e, em média, referiram que estudam 2,18 horas por dia.
Por fim,
investigou-se sobre quem aprende mais com a monitoria, com resultado
consideravelmente notável de 94% (171) afirmando que ambos aprendem bastante, e
demais resultados de 3,9% (7) apenas o monitor e 1,7% (3) para o monitorado.
A partir das normas
de funcionamento do ensino superior, instituídas através da lei Federal nº
5.540 de 28 de novembro de 1968, artigo 41, criam-se as monitorias acadêmicas
com a inserção da função de monitor para discentes com desempenho acadêmico
notável em atividades técnico-didáticas em determinadas disciplinas, possuindo
caráter remuneratório e de experiência para, posteriormente, possível ingresso
na docência [6].
Os discentes
entrevistados nesta pesquisa designaram a monitoria acadêmica como,
principalmente, momento de revisar o conteúdo e de sanar dúvidas, o que
concorda com os estudos de Silva, Bittar e Ferreira [7], Resende e Pereira [8],
Felipe e Kienen [9], que conceituam a monitoria acadêmica como um diferencial
no que remete ao ensino direto entre os discentes, na articulação da teoria e
da prática, na contribuição para a melhoria do ensino na graduação e
oportunidade ao monitor, que ao mesmo tempo é aluno, desenvolver competências e
habilidades didático-pedagógicas e ao monitorado aprofundar seus conhecimentos
e esclarecer suas dúvidas. Além de contribuir no fortalecimento do elo
professor-monitor-monitorado e desencadear o interesse pelo ensino e pesquisa
[10].
A maioria dos
discentes do presente estudo acredita ser importante participar das monitorias
desde o primeiro semestre, pois é possível sanar as dúvidas encontradas em
disciplinas iniciais do curso ou, até mesmo, por defrontar-se com uma realidade
diferente que é o mundo acadêmico, mostrando, assim, a consciência dos
monitorados acerca do significado da monitoria para o próprio aprendizado.
Apesar das
estratégias relatadas por Serafim et al. [11] e
Cardoso e Araújo [12] para suscitar interesse dos discentes em participar das
monitorias, como horários alternativos e ampliação de dias ofertados, maior
número disponível de monitores e preparação desses, recursos didáticos
atualizados, discussões de casos clínicos e divulgação através de cartazes,
ainda encontra-se evasão e empecilhos na efetivação desse auxílio, que tem como
objetivo sanar as fragilidades do conhecimento. Em pesquisa realizada por Haag et al. [13], com discentes de graduação em
Enfermagem, o fator “pouca disponibilidade de horário no laboratório” foi
mencionado como ponto negativo para a partipação das monitorias.
Silva e Belo [5], ao
investigarem a atuação do monitor na disciplina de Biologia, aplicaram
questionário a 23 discentes e questionaram qual era o
principal desinteresse pela monitoria, sendo referido o tempo disponível
insuficiente por 74% dos entrevistados. Como nos resultados encontrados nesta
pesquisa relacionados aos pontos negativos, além do excesso de discentes por
horário da monitoria, desmotivação dos monitores e desinteresse dos monitorados
foram mencionados. Isso pode ser resultado da divisão do tempo dos discentes
entre aulas e trabalho ou, até mesmo, atuação em projetos de pesquisa que
coincidem com os horários da monitoria, por exemplo.
Mesmo com as
adversidades encontradas na monitoria acadêmica, em vista dos resultados
obtidos, observa-se significativa participação dos discentes de fisioterapia
pesquisados, principalmente, para revisar o conteúdo. Ao participar, o
monitorado pode contemplar da comunicação objetiva e comum com os monitores,
livres do medo ou ansiedade de serem julgados pelos docentes, podendo
esclarecer suas dúvidas, reafirmar conhecimentos e desenvolver melhor as
habilidades técnicas, consequentemente, tornando-se mais seguros, autônomos e
atentos para a futura prática profissional [14-16].
Atualmente, são
escassos os profissinais da área da saúde que buscam qualificar-se em didática
de ensino superior para poder aprimorar habilidades fundamentais para a prática
de ensinar. Nesta pesquisa, observou-se o interesse dos discentes para atuar
como monitores, porém cada instituição adota os critérios de seleção para
avaliação dos futuros monitores. Salienta-se que se deve buscar aplicar a
monitoria como iniciação à prática na docência, responsabilizando o monitor
pela preparação de algumas aulas, correções de trabalhos e demais processos
avaliativos da disciplina, para de fato funcionar como instrumento de iniciação
da preparação e formação de docentes na graduação [17,18].
Acredita-se que a
prática da monitoria acadêmica é uma atividade de aprendizado mútuo em que o
monitor transfere seus conhecimentos e adquire conhecimentos
didático-pedagógicos com o monitorado, enquanto esse reafirma o conteúdo
ou esclarece suas próprias dúvidas [19]. Assim como descrito, os discentes do
presente estudo consideram que monitor e monitorado aprendem igualitariamente.
Conforme Silva [19], o monitor ao mesmo tempo em que adota a postura de
professor em processo de ensino, pode também adquirir novos conhecimentos como
dicente, pois, como os monitorados, podem apresentar fragilidades, e assim
criar um processo de ensino-aprendizagem de colaboração participativa de troca.
Pissolato et al. [20], ao analisarem a contribuição
da monitoria no aprendizado em Anatomia para discentes monitores e não
monitores, em uma amostra de 231 discentes do curso de Medicina da Faculdade de
Medicina de Jundiaí (FMJ), elegeram contribuição significativa para a formação
dos não monitores, como também verificado nos 181 discentes entrevistados nessa
pesquisa, na qual grande parcela creditou boa contribuição das monitorias para
o seu próprio aprendizado e, como consequência, qualificaram-as com nota acima
de oito, em uma escala de zero a dez.
Através dos
resultados obtidos nesta pesquisa, percebe-se que a monitoria acadêmica é
aprovada pelos discentes de fisioterapia entrevistados, apesar dos pontos
negativos encontrados em seu desenvolvimento. Acredita-se que a monitoria é
boa, contudo ainda precisa melhorar quanto às estratégias propostas, para que
seja eficiente e transcorra com o objetivo de melhorar, de fato, o desempenho
dos discentes não monitores e proporcionar experiência precoce na docência para
os discentes monitores.
Salienta-se a
predominância da preocupação dos discentes não monitores em participar da
monitoria para sanar dúvidas desde o primeiro semestre, como também que a
maioria possui interesse em ser monitor em alguma disciplina. A monitoria
acadêmica pode ser importante estratégia para o desenvolvimento precoce das
potencialidades para a futura carreira da docência dos discentes, porém
precisa-se oferecer suporte para que esse meio funcione como de acordo ao que
se propõe.
Durante o
desenvolvimento deste estudo, observou-se escassa literatura acerca da
monitoria acadêmica. Acredita-se que futuras pesquisas a respeito desse tema
possam colaborar para o crescimento e desenvolvimento da monitoria como
estratégia facilitadora e dinamizadora no processo ensino-aprendizagem dentro
da universidade.