REVISÃO
Evolução
do saber científico no Brasil associado ao Método Pilates
Evolution of scientific knowledge associated with the Pilates Method in
Brazil
Catiane Souza*,
Letícia Miranda Resende da Costa**, Raquel da Silveira***, Jefferson Fagundes
Loss****
*Mestranda
em Ciências do Movimento Humano, Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRS), **Doutoranda em Ciências do Movimento Humano, UFRGS, ***Professora,
Doutoranda em Ciências do Movimento Humano, UFRGS, ****Professor do Curso de
Fisioterapia e do Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul-UFRGS
Recebido em 27 de
janeiro de 2015; aceito em 22 de março de 2017.
Endereço
para correspondência:
Catiane Souza, Rua Felizardo, 750, 91690-200 Porto Alegre RS, E-mail:
catiane-souza@hotmail.com; Letícia Miranda Resende da Costa: le_miranda7@yahoo.com.br;
Raquel da Silveira: raqfurg@gmail.com; Jefferson Fagundes Loss: jefferson.loss@ufrgs.br
Resumo
Este artigo tem o
objetivo de analisar a produção científica de pesquisadores brasileiros sobre o
Método Pilates. Para tal, foram realizadas buscas com o termo Pilates em bases
indexadas que resultaram em 384 artigos, desses, 43 foram selecionados de
acordo com os critérios de elegibilidade pré-estabelecidos. A partir desse
mapeamento analisou-se a titulação acadêmica dos pesquisadores, tema, tipo de
estudo, local de realização e ano de publicação dos artigos. Após a análise dos
dados, verificou-se que as publicações sobre Pilates aumentaram nos últimos
anos e se concentram nos grandes centros de pesquisa com a autoria
principalmente de pós-graduados. Além disso, há predominância da abordagem
biodinâmica nos artigos analisados, se comparados com as perspectivas
socioculturais e pedagógicas. Por fim, ressaltam-se neste estudo as lacunas na
produção científica sobre o Método Pilates, e algumas sugestões de temas de
pesquisa as quais estão ausentes nas produções analisadas.
Palavras-chave: produção
científica, método Pilates, pesquisadores brasileiros.
Abstract
The aim of this paper was to analyze the scientific articles related to
Pilates Method produced by Brazilian researchers. The use of the search term “Pilates”
in indexed databases resulted in 384 articles, 43 of which were selected. All
the articles about the Pilates Method published by Brazilian researchers were
mapped as described: the researchers’ academic titles, research topics, study
locations and year of publication. It was found that the number of articles
about Pilates has increased in recent years. Most of the studies are from major
research centers, and are mainly written by researchers with master’s or PhD
titles. Most articles adopt a biodynamic rather than a sociocultural or
pedagogical approach. This study highlights the gaps in the literature on
Pilates that would benefit from greater research efforts.
Key-words: mapping,
scientific production, Pilates method, Brazilian
researchers.
O Método Pilates,
originalmente denominado “contrologia”, ou a “arte do controle e equilíbrio
mente-corpo”, vem conquistando mais adeptos a cada dia [1-3]. Uma das
justificativas para o aumento de praticantes pode ser a multiplicidade de benefícios
que estão sendo atrelados a esta prática. Muitas pessoas praticam o Método
enquanto atividade física, outras, para minimizar os comprometimentos gerados
por patologias ou por cirurgias musculoesqueléticas enquanto reabilitação, além
de ser praticado por esportistas que visam melhorar seu desempenho [4].
Especificamente no Brasil, sabe-se que o Método encontra-se bastante difundido,
com praticantes distribuídos ao longo de todo o território nacional [5].
Segundo Panelli e
Marco [6], o Método chegou ao Brasil no início da década de 90. A partir de
então, popularizou-se, principalmente na última década, em diferentes áreas de
conhecimento, e o Método vem sendo utilizado tanto na promoção quanto na
prevenção da saúde [2]. Há relatos de estudos na literatura nacional utilizando
o Método em sedentários [7], gestantes [8], praticantes de esportes [9],
bailarinos [10], pessoas saudáveis [11], pessoas que buscam reabilitação [12],
ou mesmo com alguma patologia [13]. É praticado por indivíduos de ambos os sexos
[14,15] e nas mais diversas faixas etárias desde crianças [16] a idosos [17].
A popularização do
Método no país também pode ser observada a partir do crescente número de
artigos científicos que abordam esta prática. Foram identificadas publicações
de revisão sobre o uso do Método Pilates na reabilitação [18]; os aspectos
morfológicos, biomecânicos e clínicos envolvidos no controle do power house [19]; a eficácia do Método
Pilates em adultos com dor lombar crônica não-específica [20,21]; estabilização
central no Método Pilates [22]; e os efeitos da utilização do Método Pilates em
estudos realizados no Brasil [5]. Nas revisões encontradas, pode-se
observar diversas lacunas relativas à população estudada e ao consenso dos
efeitos do Método Pilates. Este fato pode igualmente ser verificado nos estudos
experimentais, visto que muitos aspectos não apresentam informações suficientes
para que haja uma conclusão definitiva, como o pico de VO2 [23]; a qualidade do
sono [7]; a estabilidade da coluna [12] além de alguns estudos avaliarem uma
mesma variável sem apresentar consenso nos resultados como a flexibilidade
[9,15] e a força [24,15].
Ao apresentar esse
panorama do Método Pilates no Brasil, acredita-se ser necessário conhecer, de
forma ampla, a crescente produção científica sobre esse Método, para assim,
inferir temas de pesquisa que são ausentes nas publicações, merecendo mais
atenção dos pesquisadores. Desta forma este estudo tem como objetivo mapear e
analisar as publicações de pesquisadores brasileiros sobre o Método Pilates em
revistas nacionais e internacionais.
Uma busca utilizando
unicamente o termo “Pilates” foi realizada nas seguintes bases de dados:
Pubmed, Scielo, Lilacs e Bireme. O período estabelecido para esta busca foi
desde o início das bases de dados até o dia 10/02/2014. Os critérios de
elegibilidade foram: artigos publicados em revistas indexadas, independente do
idioma; realizados por pesquisadores brasileiros; podendo ter a autoria
compartilhada de pesquisadores estrangeiros. Não foram incluídos registros de
estudos.
A seleção dos artigos
foi realizada por dois revisores de forma cega e independente em todas as
etapas. Num primeiro momento leram-se os títulos dos estudos encontrados,
excluindo aqueles que não se enquadravam nos critérios de elegibilidade. Na
segunda etapa foi realizada a leitura dos resumos dos artigos selecionados.
Novamente foram rejeitados aqueles que não se enquadravam nos critérios de
elegibilidade. No terceiro momento, as publicações foram lidas na íntegra para,
enfim, definir os artigos incluídos nesta pesquisa. Foram excluídos artigos em
duplicata.
Realizou-se a análise
temporal de acordo com o ano de publicação de cada artigo. Traçou-se o perfil
dos autores, a partir do grau acadêmico conforme constava nos artigos. Quando
estas informações não estavam descritas na publicação, utilizou-se os dados da
Plataforma Lattes, considerando as informações referentes ao ano de publicação
do artigo.
Em relação ao local
onde esses artigos foram desenvolvidos, dois aspectos foram considerados: a
instituição de realização da pesquisa, denominado como Instituição Principal, e
o local (Estado/País) das instituições às quais os demais autores estavam
vinculados, denominado Instituição Secundária. A Instituição Principal foi
inicialmente extraída do artigo, quando assim explicitada, e quando estava
omitida, foi considerada a instituição cujo comitê de ética aprovou o estudo,
quando não havia essa informação no texto, foi considerada a instituição a qual
estava vinculado o primeiro autor, e por fim se o primeiro autor não apresentou
vínculo, considerou-se a Instituição do segundo autor, e assim sucessivamente.
A Instituição Secundária foi coletada nas informações do artigo, quando esse
dado não era apresentado de forma clara, considerou-se o Estado/País da
Instituição ao qual cada co-autor se encontrava
vinculado.
Para a análise dos
temas e tipos de pesquisas realizadas nos artigos selecionados, foram coletadas
informações acerca da caracterização da amostra, das variáveis e categorias de
cada artigo. Como não foi restringido o tipo de publicação, podendo ser
incluídos, estudos de caso, estudos experimentais, revisões sistemáticas,
ensaios clínicos entre outros, entendeu-se que uma análise de qualidade
metodológica não permitiria um olhar ampliado para produção do conhecimento
referente ao Método Pilates. Assim, optou-se em classificar os estudos em três
subáreas, conforme proposto por Manoel e Carvalho [25]: Biodinâmica,
Sociocultural e Pedagógica. Embora esta classificação tenha sido feito com base
em dados da área da Educação Física, acredita-se que esta classificação pode
ser ampliada para as demais áreas que contemplam a chamada Área 21 da CAPES
(Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional). Essa ampliação
possibilita uma análise multidisciplinar frente às produções sobre o Método
Pilates.
A busca realizada nas
bases de dados resultou em 384 artigos. Após a exclusão dos artigos em
duplicata e daqueles que não contemplavam os critérios de elegibilidade, foram
incluídos para análise desta pesquisa 43 artigos (Figura 1).
Figura
1 - Fluxograma da revisão.
A primeira publicação em Pilates no Brasil ocorreu apenas há 10 anos, e somente nos últimos cinco anos houve um incremento na produção científica da área (Figura 2).
Figura
2 - Distribuição dos artigos sobre Pilates
realizados no Brasil ao longo dos anos.
No que se refere ao
local de origem das publicações é possível perceber uma concentração acentuada
nas regiões sul e sudeste (Figura 3).
Instituição Principal
= Instituição onde foi realizado o Estudo, sendo ela
classificada como Universidade, Centro Universitário, Faculdade e Demais
Instituições (Escola, Hospital ou Centro de Ensino). Instituição Secundária =
Outras Instituições às quais estavam vinculados os autores do artigo. Cada
marcação representa a participação do estado em um artigo, independente
de quantas Instituições daquele estado estavam vinculadas à pesquisa.
Figura
3 - Distribuição das Instituições vinculadas aos
artigos selecionados.
O perfil acadêmico
dos autores aponta a maioria como pós-graduados, essencialmente mestres e
doutores (Figura 4). O grau acadêmico de um único autor não pode ser apurado
por falta de informações no artigo e na Plataforma Lattes.
Figura
4 - Perfil acadêmico dos autores e coautores dos
artigos sobre Pilates realizados no Brasil.
A produção científica
do Método Pilates vem crescendo desde 2004, ano em que se encontra a primeira
publicação [24], embora ainda não de forma consistente (Figura 2). Desde 2004
teve-se um período de cinco anos com uma média de uma publicação por ano. Em
2009 houve um aumento considerável de publicações, foram encontrados oito
artigos [18,19,26-31]. O ano de 2013 foi o que teve a
maior quantidade de publicações, 11 no total [7,12,16,21,27,32-37].
Para confecção de uma
publicação pode-se contar com a colaboração de diferentes instituições,
localizadas em diferentes estados ou mesmo regiões do país. O perfil das
publicações na área do Pilates aponta para uma produção multicêntrica, com
menos da metade dos artigos localizados realizados em uma única instituição [4,7,9,10,12,19,22,26-29,31,35,41,44]. O Estado que mais teve
participações em estudos realizados sobre o Método Pilates no Brasil, foi São
Paulo, (dois Estudos como Instituições Secundárias [15,34] e 12 estudos como
Instituição Principal [2,4,10,12,16,21,23,24,28,30,32,38,39],
destas, apenas duas não são Universidades [2,24]). Em seguida, destacam-se
Paraná com oito estudos, sendo apenas um estudo com Instituição Secundária [36]
e os demais com Universidades como Instituição Principal [20,22,30,33-35],
e Rio de Janeiro com sete estudos, sendo quatro deles como Instituições
Secundárias [2,13,14,40] e três são Universidades como Instituição Principal
[17,37,40].
A produção do
conhecimento tem se concentrado no sul do país, com 26 participações na região
sudeste [2,4,7,10,12-17,21,23,24,26,28,30,32,34,37-41]
e 19 participações na região e Sul [5,15,18,20,22,30,31,33-36,42-45],
englobando mais de 86% do total das publicações (n = 37). Já as demais regiões
juntas contabilizam quatro estudos com Universidades como Instituições
Principais [8,19,29,36], cinco com outras instituições
como principais [13,14,26,45,46] e sete participações como Instituições
Secundárias [17,20,30,33,36,40]. A região Norte [17,20,26,33,40]
participou em cinco estudos, assim como a região Centro-Oeste [8,30,36,40], já
os estados da região Nordeste [13,14,19,29,30,45,46] tem sete participações
(Figura 3). Os estados do Acre, Alagoas, Amazonas, Ceará, Mato Grosso, Paraíba,
Rio Grande do Norte, Roraima e Tocantins não tiveram participação em nenhuma
das publicações analisadas. Cabe ressaltar que o interesse do presente estudo é
na localização das instituições, e não na quantidade de instituições vinculadas
a cada artigo. Assim se autores de um mesmo artigo estavam vinculados a
instituições secundárias de um mesmo estado, esse estado foi computado apenas
uma vez por artigo. Porém se no mesmo estado da Instituição Principal, se
encontrava uma ou mais Instituição Secundária, tal estado foi computado duas
vezes.
Encontrou-se a
participação de Instituições Estrangeiras: três artigos apontam a Austrália [21,32,38], dois o Paraguai [17,46], dois os Estados Unidos
[20,39] e um Portugal [2] (Figura 3), a primeira dessas participações ocorreu
em 2007 [2] e as demais a partir de 2010. Tal fato pode ser justificado, pelo
menos em parte, ao empenho das agências nacionais de apoio à pesquisa, como a
criação em 2011 do Programa Ciência sem Fronteiras pela CAPES (Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), o qual fomenta o intercâmbio
internacional de alunos de graduação e pós-graduação com intuito de
potencializar o desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil [47].
Outra característica
em destaque refere-se à prevalência das Universidades, Centros Universitários
ou Faculdades enquanto lócus principal de produção do conhecimento científico
do Método Pilates. A alta incidência de autores vinculados a Universidades e
Centros Acadêmicos condiz com o grau acadêmico dos autores que pesquisam o tema
ser na sua maioria doutores e mestres (77 Doutores [2,4,5,7,10‑13,16,17,20,21,23,26‑41,43‑45,48],
60 Mestres [7,9‑14,17,19‑22,24,26,28,30‑35,38,40‑46,48],
13 Especialistas [14,17,19,22,26,30,31,34,43], 58 graduados
[4,5,7,8,10,11,13,15,18‑20,24,26,29,31‑38,42,45,46,48] e quatro
acadêmicos [4,9]) (Figura 4). Destaca-se o baixo número de especialistas
envolvidos nessas produções, o que pode ser compreendido por dois motivos: o
enfoque dos programas lato sensu serem voltados para a área de atuação
profissional; e/ou as trajetórias da maioria dos pesquisadores brasileiros que
ingressam na área acadêmica (mestrado e doutorado) sem fazerem especializações.
Em relação às
características das publicações, foram encontradas seis revisões [5,18‑22].
Nos demais estudos percebe-se uma predominância quase absoluta da subárea
biodinâmica [2,4,5,7‑24,26‑36,38‑40,42‑46,48].
Esta subárea abarca as pesquisas orientadas pelas ciências naturais, e são
frutos de disciplinas como “bioquímica do exercício, biomecânica, fisiologia do
exercício, controle motor, aprendizagem e desenvolvimento motor, além de alguns
campos aplicados, como nutrição esportiva e treinamento físico e desportivo”.
Esta hegemonia da biodinâmica é uma realidade histórica e corrobora os dados
apresentados por Manoel e Carvalho [25] sobre a produção do conhecimento em
Educação Física no Brasil.
Nestes 41 estudos, a
população de sedentários e atletas foi a mais investigada (22 artigos [2,4,7,9‑11,15,17,24,26,27,30,31,33,35,36,39,40,43‑45,48]).
O principal tema de investigação (10 estudos [10,11,27,31,33,35,39,43,45,48])
consistiu na ativação elétrica muscular frente à realização de exercícios
específicos do Método Pilates, como por exemplo, “Análise da resistência
externa e da atividade eletromiográfica do movimento de extensão de quadril
realizado segundo o método Pilates” de Silva et al [31]. O torque foi foco de
três estudos que investigaram os aspectos biomecânicos do tronco [4,24] e do
quadril [44]. Os efeitos do Método enquanto instrumento para melhora de valências
físicas (força, flexibilidade, resistência, equilíbrio, amplitude de
movimento), além dos efeitos sobre a postura e capacidade funcional dos
indivíduos foram temas de nove estudos [2,7,9,15,17,26,30,36,40].
Um exemplo é o trabalho de Pertile et al. [15] intitulado
“Estudo comparativo entre o Método Pilates® e exercícios terapêuticos sobre a
força muscular e flexibilidade de tronco em atletas de futebol”. Essa
diversidade de questões investigadas sobre o Método Pilates corrobora o quão
incipiente e recente é a inserção dele no universo científico. Ainda se faz
necessário um maior aprofundamento nos estudos sobre os benefícios da população
de sedentários e atletas com a prática do Pilates.
A mensuração de
sintomas como dor, funcionalidade ou qualidade de vida foi tema de 13 estudos
realizados com populações que apresentavam alguma disfunção [8,13,14,16,20,21,23,28,32,34,38,42,46].
Desses, seis avaliaram indivíduos com lombalgias [8,12,28,32,38,42],
patologia mais investigada nos estudos selecionados, por exemplo, o estudo de
Conceição e Mergener [42] intitulado “Eficácia do método Pilates no solo em
pacientes com lombalgia crônica. Relato de casos”. Esses dados estão em
consonância com a popularização do Método Pilates, cada vez mais utilizada por
profissionais como forma de tratamento para as mais diversas patologias, em
especial para dores lombares.
Em relação à
abordagem Pedagógica e Sociocultural foi encontrado um artigo para cada subárea
[37,41]. A diferença na proporção entre as produções do Método Pilates e as
subáreas aqui apresentadas deixa explícito lacunas de temática que devem ser
mais investigadas por pesquisadores sobre o Método Pilates.
Apesar do aumento
considerável de artigos produzidos ao longo do tempo, ainda há inúmeras lacunas
no que diz respeito ao conhecimento acerca do Método Pilates. Dos 43 artigos
encontrados, seis foram revisões, 13 avaliaram os efeitos do Método sobre os
sintomas de alguma disfunção/patologia - em sua maioria sobre indivíduos com
lombalgia, 24 artigos analisaram populações saudáveis/sem indicação de
patologia, a maioria avaliou ativação elétrica e/ou torque. Assim, ainda que o
benefício da prática de Pilates para as mais diversas populações pareça ser
consenso dentre os instrutores, é necessária uma produção científica mais
ampla, para que a prática do Método por diversos públicos e indicação de
profissionais de diferentes áreas a seus pacientes seja direcionada de forma
correta, benéfica e eficaz.
Dessa forma,
sugere-se que sejam realizados mais estudos com Pilates, avaliando seus efeitos
a médio e longo prazo em diferentes populações. Também se faz importante focar
sob as óticas Sociocultural e Pedagógica, as quais atualmente se mostram mais
carentes no que diz respeito ao Método.
Referências