REVISÃO
Aplicação
do método Pilates na Fisioterapia: uma revisão sistemática na base de dados PEDro
Pilates method application
in Physical Therapy: a systematic review in the PEDro
database
Juliana Barrocal*,
Yuri Rafael dos Santos Franco**, Naiane Teixeira Bastos de Oliveira**,
Katherinne Ferro Moura**, Cristina Maria Nunes Cabral**
*Graduação
em Fisioterapia, Universidade Cidade de São Paulo, São Paulo, **Programa de
Mestrado e Doutorado em Fisioterapia, Universidade Cidade de São Paulo/SP
Recebido em 27 de
janeiro de 2015; aceito em 17 de março de 2017.
Endereço
para correspondência:
Cristina Maria Nunes Cabral, Programa de Mestrado e Doutorado em Fisioterapia,
Universidade Cidade de São Paulo, UNICID, Rua Cesário Galeno 448, 03071-000
Tatuapé SP, E-mail: cristina.cabral@unicid.edu.br; Juliana
Barrocal: jubarrocal@hotmail.com; Yuri Rafael dos Santos
Franco: yrfranco@hotmail.com; Naiane Teixeira Bastos de
Oliveira: naiateixeira@hotmail.com; Katherinne Ferro Moura: katherinneferro@gmail.com
Resumo
Introdução: Atualmente o método
Pilates vem sendo utilizado no tratamento de diversas doenças e se baseia em
seis princípios básicos. Assim, evidências começaram a ser publicadas, para
embasar e comprovar a eficácia do método nas diversas áreas da Fisioterapia. Objetivo: Realizar uma revisão
sistemática na base de dados PEDro sobre a aplicação
do método Pilates na Fisioterapia para verificar em quais áreas o método está
sendo mais utilizado e realizar uma avaliação da qualidade metodológica dos
estudos. Métodos: Realizou-se uma
busca avançada na base de dados PEDro com o descritor
“Pilates”. A extração de dados foi realizada considerando o nome dos autores,
ano de publicação, característica da amostra, intervenção, realização de
seguimentos, desfechos avaliados, instrumentos utilizados, resultados e escore
da escala PEDro. Resultados:
Vinte e nove estudos foram pré-selecionados pelo conteúdo do título, resumo e
palavras-chave, e posteriormente analisados. Os estudos incluídos são
principalmente das áreas musculoesquelética, gerontológica,
cardiorrespiratória, neurológica e da saúde da mulher, sendo destaque a área
musculoesquelética. Conclusão: Foi
possível observar que os estudos publicados têm uma qualidade metodológica
intermediária e a área musculoesquelética é que recebe destaque pela maior
quantidade de estudos publicados.
Palavras-chave: terapia por
exercício, fisioterapia, reabilitação.
Abstract
Introduction: Currently the
Pilates method has been used in several diseases and is based on six basic
principles. Scientific evidences are being published, in order to contextualize
and prove the effectiveness of this method in various areas of Physical
therapy. Objectives: To
systematically review PEDro database about the
application of the Pilates method in Physical therapy to check the areas in
which the method is being more used and conduct an assessment of the
methodological quality of the published studies. Methods: An advanced search was held on PEDro
database, and the descriptor used for the search was "Pilates". Data
extraction was performed considering: authors name, publication year, sample
characteristics, intervention, follow-up, outcomes assessed, instruments used,
results and score on the PEDro scale. Results: Twenty nine studies were
pre-selected by the contents of the title, abstract and keywords, and analyzed.
The included studies are from the areas: musculoskeletal, gerontology,
cardiorespiratory, neurology and women's health, being highlighted the
musculoskeletal area. Conclusion: The
published studies have an intermediate methodological quality, with emphasis on
the musculoskeletal area, where the method is more studied.
Key-words: exercise therapy, physiotherapy, rehabilitation.
A prática baseada em
evidências (PBE) é um método em que se aplicam evidências científicas na tomada
de decisões clínicas, desde o primeiro contato com o paciente para
diagnosticar, até o traçar do melhor tratamento [1]. A PBE se baseia em três
importantes aspectos: a pesquisa clínica de alta qualidade, o conhecimento do
profissional e as preferências do paciente [1]. Considerando o grande interesse
pela PBE, estudos estão sempre se renovando, e novos estudos publicados
substituem condutas ultrapassadas por práticas mais atuais embasadas
cientificamente [2].
A PBE tem sido
considerada um elemento fundamental para os fisioterapeutas. A sua utilização é
necessária para obter maior qualidade dos atendimentos e reduzir os custos com
o tratamento [2]. Dentre todas as fontes de evidências, as melhores com relação
a efeitos de intervenção são: diretrizes da prática clínica, revisões
sistemáticas (RS) e ensaios controlados aleatorizados (ECAs)
[1]. Atualmente, a PBE ajuda os fisioterapeutas a fundamentarem as tomadas de
decisões nas condutas fisioterapêuticas, fazendo com que o profissional
trabalhe com mais segurança durante o tratamento do seu paciente, optando por
condutas mais eficazes [2].
Atualmente, a PBE vem
sendo muito utilizada na fisioterapia e a cada ano o volume de estudos
relacionados à eficácia de intervenções está aumentando [3]. Apesar do grande
número de estudos publicados, tem sido observada a baixa qualidade metodológica
da maioria deles, que dão informações de pouca confiabilidade que acabam por
causar dúvida na prática clínica [4]. Uma das formas de minimizar essa barreira
é com o uso da base de dados PEDro (Physiotherapy
Evidence Database), que reúne pesquisas baseadas em evidências científicas na
área de fisioterapia, e informações sobre a qualidade metodológica dos estudos
[4]. A PEDro é considerada a base de dados mais
completa com relação às indexações dos estudos que investigam a eficácia das
intervenções fisioterapêuticas, a qual disponibiliza diretrizes da prática clínica,
RS e ECAs em fisioterapia [3]. Dentre as inúmeras bases de dados existentes
(Pubmed, Medline, Scielo, entre outras), a PEDro se
destaca pela sua característica de análise dos ECAs através da escala de
qualidade PEDro [4].
Um método muito
utilizado atualmente por fisioterapeutas em seus programas de reabilitação é o
método Pilates, que trata pacientes com disfunções de diversas áreas [5-8].
Seus exercícios podem ser realizados no solo (mat Pilates) ou nos equipamentos
como Cadillac, Reformer, Chair e Ladder barrel (Pilates studio)
[9]. O método Pilates é baseado em seis princípios básicos que devem ser
seguidos durante os exercícios, são eles: centralização, concentração,
controle, precisão, respiração e fluidez de movimento [10-12]. Devido ao aumento
da utilização do método na fisioterapia, os objetivos do presente estudo são
realizar uma revisão sistemática na base de dados PEDro
sobre a aplicação do método Pilates na fisioterapia para verificar em quais
áreas o método está sendo mais utilizado e realizar uma avaliação da qualidade
metodológica desses estudos.
Estratégia
de busca
Foi realizada uma
busca avançada utilizando o termo “Pilates” na base de dados PEDro.
Os critérios de inclusão utilizados no presente estudo foram: estudos indexados
na base de dados PEDro, ECAs sobre o método Pilates e
somente no idioma inglês. A última data de busca ocorreu no dia 01 de abril de
2014. Os artigos encontrados foram divididos por assunto abordado como: na área
musculoesquelética, gerontológica, neurológica, cardiorrespiratória, da saúde
da mulher e outras áreas, como oncológica etc.
Seleção
dos estudos e análise dos dados
De cada estudo foram
extraídos os seguintes dados: autor, ano de publicação, característica da
amostra, intervenção, realização de seguimentos, desfechos avaliados,
instrumentos utilizados e principais resultados. A análise dos dados foi
realizada de forma descritiva, com a comparação direta dos resultados entre os
estudos analisados. Esse procedimento foi realizado por três avaliadores.
Avaliação
da qualidade metodológica
A base de dados PEDro utiliza a Escala de Qualidade PEDro, que avalia a
qualidade metodológica dos estudos indexados. A escala é composta por 11
critérios, sendo que 10 avaliam a validade interna e somente um item avalia a
validade externa. O item que avalia a validade externa não é utilizado para
somatória dos dez critérios de pontuação. Portanto, a pontuação final é gerada
através da somatória de dez dos onze critérios e varia entre 0
e 10 pontos. A composição da escala de qualidade PEDro
é a seguinte [4]: 1) Os critérios de elegibilidade foram especificados?; 2) Os sujeitos foram aleatoriamente distribuídos por grupos
(num estudo crossover, os sujeitos foram colocados em grupos de forma aleatória
de acordo com o tratamento recebido)?; 3) A
distribuição dos sujeitos foi cega?; 4) Inicialmente,
os grupos eram semelhantes no que diz respeito aos indicadores de prognóstico
mais importantes?; 5) Todos os sujeitos participaram
de forma cega no estudo?; 6) Todos os fisioterapeutas
que administraram a terapia fizeram-no de forma cega?; 7)
Todos os avaliadores que mediram pelo menos um resultado-chave, fizeram-no de
forma cega?; 8) Medições de pelo menos um
resultado-chave foram obtidas em mais de 85% dos sujeitos inicialmente
distribuídos pelos grupos?; 9) Todos os sujeitos a
partir dos quais se apresentaram medições de resultados receberam o tratamento
ou a condição de controle conforme a distribuição ou, quando não foi esse o
caso, fez-se a análise dos dados para pelo menos um dos resultados-chave por
“intenção de tratamento”?; 10) Os resultados das comparações
estatísticas intergrupos foram descritos para pelo menos um resultado-chave? e 11) O estudo apresenta tanto medidas de precisão como
medidas de variabilidade para pelo menos um resultado-chave? Quanto mais alta
for a pontuação final, melhor é a qualidade do estudo.
A escala PEDro foi utilizada para avaliar a qualidade
dos estudos incluídos nesta RS, sendo o escore extraído da base de dados.
Quando não havia escore, o mesmo foi feito pelos três avaliadores. O resultado
da busca dos estudos foi apresentado em ordem decrescente de acordo com a
qualidade metodológica, a fim de facilitar o acesso rápido à evidência mais
válida por área [4].
Estudos
selecionados
A Figura 1 apresenta
o fluxograma com o número de artigos encontrados em cada etapa da seleção dos
artigos. Vinte e nove estudos foram pré-selecionados pelo conteúdo do título,
resumo e palavras-chave e foram submetidos à extração de dados. Cinco estudos
foram excluídos por serem de outros idiomas que não o inglês (três da língua
persa [13-15], um norueguês [16], e um turco [17]).
Figura
1 - Processo de seleção para artigos incluídos
na análise.
Características
dos estudos
A Tabela I apresenta
autor e ano de cada estudo elegível, objetivo, características dos participantes,
intervenção utilizada e duração e realização de seguimentos. A divisão por
áreas mostra que 16 ECAs são da área
musculoesquelética, sendo que 11 estudos [9,18-27] utilizaram o método Pilates
para tratar dor lombar, e os outros cinco utilizaram para tratar pacientes
hospitalizados [28], espondilite anquilosante [29], escoliose [30], artrite
idiopática juvenil [31] e fibromialgia [32]. Quatro estudos são da área
gerontológica sendo que três [33-35] avaliam melhora de equilíbrio em idosos e
um [36] avalia parâmetros cardiometabólicos. Um estudo publicado é da área
cardiorrespiratória, mais especificamente na insuficiência cardíaca [37]. Por
fim, dois são da área neurológica sobre esclerose múltipla [38,39] e quatro são
da área da saúde da mulher, sendo dois [40,41] para câncer de mama, um [42]
para osteoporose pós-menopausa e um [43] para incontinência urinária de
esforço. Os últimos dois estudos publicados são de outras áreas: obesidade [44]
e diabetes mellitus [45].
A Tabela II apresenta
os resultados e desfechos dos estudos selecionados. Foi possível observar que a
maioria dos estudos usa desfechos semelhantes. Por exemplo, na área
musculoesquelética um desfecho muito avaliado foi dor, em gerontologia foi
equilíbrio e na saúde da mulher foi qualidade de vida. Como resultado, em
resumo, a maioria dos estudos observou que o método Pilates foi um tratamento
eficaz para os desfechos avaliados, em curto prazo, principalmente.
A Tabela III mostra a
avaliação da qualidade metodológica de acordo com a escala PEDro,
onde observamos uma média geral de todos os estudos de 5,3 pontos. A área que
mais se destaca na quantidade e qualidade dos artigos é a musculoesquelética
com 16 artigos, com média de 5,8, sendo a maior pontuação encontrada de 8 pontos [9,23,26,31] e a menor de 2 pontos [18,20]. Em
seguida as áreas que mais se destacam em quantidade de artigos são gerontologia
e saúde da mulher, com quatro cada, com média de escore PEDro
de 5,5 e 5 pontos, respectivamente. As demais áreas (cardiorrespiratória,
neurologia e outras áreas) totalizaram 5 artigos, com
média de 5 pontos. Um estudo [24] não havia sido avaliado, assim o escore foi
determinado pelos três avaliadores.
Tabela
I - Características dos estudos.
Tabela
II -
Desfechos avaliados e resultados
observados.
Tabela
III
– Escore PEDro.
(para
consultar as tabelas, abrir o PDF em anexo)
Foi possível observar
que o método Pilates é mais utilizado na área musculoesquelética, com 16
artigos publicados, que totalizam uma média de 5,8 pontos de qualidade
metodológica. Esse valor está acima do valor geral dos 29 artigos, que é de 5,3
pontos na escala PEDro. Porém, mesmo assim
demonstra-se que os estudos que utilizam o método Pilates ainda apresentam
qualidade metodológica intermediária, em média, considerando uma escala de 0 a
10 pontos. O tema mais abordado na área musculoesquelética é o seu uso no
tratamento da dor lombar [9,18-27], pois o método Pilates é caracterizado pela
contração de músculos estabilizadores da coluna, sendo assim semelhante aos
exercícios tradicionais de estabilização central [47], que também são
utilizados para o tratamento dos pacientes com esse sintoma. Observamos que no
ano de 2013 houve um destaque para as publicações sobre o tema, com oito
artigos publicados, exatamente no mesmo momento em que a área de neurologia
começou a ser estudada [39,46].
Sabe-se que estudos que
envolvem exercícios como tratamento principal não pontuam os critérios 5 e 6 (cegamento de terapeuta e cegamento de paciente,
respectivamente) da escala PEDro, e têm a possibilidade de atingir o escore
máximo de 8 pontos. Essa pontuação máxima não é vista na maioria dos estudos
elegíveis, que obtiveram média de 5,3 pontos, um valor considerado
intermediário de qualidade metodológica. Dos 29 artigos incluídos nesta RS
apenas quatro [9,23,26,31] obtiveram nota máxima. Os
critérios menos atendidos foram: o item 3 que é
referente a alocação secreta dos sujeitos, o item 7 que é referente a avaliação
cega, o item 9 que avalia se todos os sujeitos a partir dos quais se
apresentaram mensurações de resultados receberam o tratamento ou a condição de
controle conforme a alocação ou, quando não foi esse o caso, fez-se a análise
dos dados para pelo menos um dos resultados-chave por “intenção de tratamento”.
Clinicamente, os
artigos analisados nesta revisão mostram que para dor lombar, o Pilates é
melhor que intervenção mínima [21,23] e similar a outros tratamentos com exercícios (como Mckenzie [25], exercícios globais [27],
bicicleta estacionária [22] e Back School [20]) para melhora da dor e
incapacidade em curto prazo [24,26]; e quando o Pilates foi realizado nos equipamentos,
a melhora de incapacidade e cinesiofobia se manteve a médio
prazo [9]. Na fibromialgia, o Pilates se mostrou melhor que exercícios
domiciliares para dor, qualidade de vida e estado de fibromialgia [32]. Em
adolescentes com escoliose não estrutural o Pilates apresentou melhora para
dor, flexibilidade de cadeia muscular posterior e redução do grau de escoliose
quando comparado a nenhuma intervenção [30]. Em indivíduos com artrite
idiopática juvenil, o Pilates promoveu uma melhora da qualidade de vida,
amplitude de movimento, capacidade funcional e redução da dor quando comparado
a exercícios convencionais [31]. Na espondilite anquilosante, o Pilates
melhorou significativamente a capacidade funcional (avaliada pelo teste de
caminhada de 6 minutos) quando comparado a cuidados habituais, mas essa melhora
só foi observada no follow-up após o tratamento, o que pode sugerir que seu
efeito seja mais tardio, nesses pacientes [29]. Em pessoas idosas, o Pilates
promove uma melhora do equilíbrio estático e dinâmico, flexibilidade, tempo de
reação, força muscular, qualidade de vida, autonomia pessoal, além da redução
da pressão arterial sistólica de repouso e aumento da glicose sanguínea quando
comparado a controles sem realização de exercícios [33-35,46].
Em indivíduos com
esclerose múltipla, o Pilates pode promover a melhora do equilíbrio dinâmico e
a força de preensão palmar quando comparado a um controle sem exercícios, mas
com efeitos similares a exercícios aquáticos [46]. Na insuficiência cardíaca, o
Pilates se mostrou superior à terapia convencional de reabilitação cardíaca na
melhora do pico de VO2 [37]. Para mulheres que tiveram câncer de mama, o
Pilates pode levar a uma melhora da capacidade funcional e da resistência
muscular quando comparado com um controle sem exercícios, mas sem diferença
para a resistência muscular quando comparado a um treinamento tradicional de
resistência muscular [40,41]. Em mulheres com osteoporose pós-menopausa, o
Pilates pode melhorar dor, qualidade de vida e capacidade funcional quando
comparado a exercícios respiratórios [42]. Além disso, o Pilates se mostrou
como uma modalidade que pode reduzir peso, melhorar índice de massa corporal,
percentual de gordura, dobras cutâneas, taxa metabólica basal, relação
cintura-quadril e flexibilidade em mulheres obesas e sedentárias comparado a um
grupo sem exercício [44], mas não se mostra capaz de melhorar o controle
metabólico de indivíduos com Diabetes Mellitus tipo 1
[45]. No entanto, alguns desses resultados clínicos devem ser interpretados com
cautela, visto que os estudos responsáveis por eles apresentam fraca qualidade
metodológica, o que pode comprometer esses resultados [18-20,25,28,35,37-41,43].
Esta é a primeira RS
que sumariza todos os ECAs que utilizam o método
Pilates como forma de tratamento nas diversas áreas da fisioterapia. Até o
momento, foram publicadas apenas RS sobre a eficácia do método Pilates no
tratamento da dor lombar crônica não específica [47-49]. Uma limitação deste
estudo foi utilizar apenas uma base de dados, mas pretendíamos selecionar
apenas ECAs da fisioterapia. Assim, a escolha da base
de dados PEDro favoreceu a busca por ECAs e tem como
vantagem possuir um escore para avaliar a qualidade metodológica dos estudos
indexados. Esse escore normalmente é utilizado na avaliação de qualidade
metodológica em outras RS [47-50].
A área em que o
método Pilates é mais utilizado atualmente é a musculoesquelética,
especialmente para o tratamento da dor lombar. A qualidade metodológica dos
estudos publicados ainda é intermediária, e os critérios nos quais mais se
observam deficiências são cegamento do avaliador e fisioterapeuta e utilização
de “intenção de tratamento”. Mas baseado nessa revisão sistemática, o Pilates
parece ser um método confiável e seguro para utilizar no tratamento de diversas
condições musculoesqueléticas, em idosos, em mulheres pós-câncer de mama, entre
outros.