RELATO DE CASO
Equilíbrio estático
por baropodometria em paciente com ataxia cerebelar
após tratamento com neurofeedback
Static balance by baropodometry in patient with cerebellar
ataxia post neurofeedback therapy
Gabriella Coelho Vieira De
Melo*, Glenda Costa da Silva*, Jefferson Pacheco
Amaral Fortes**, Paulo Cezar do Nascimento Filho***, Ismênia de Carvalho
Brasileiro, D.Sc.****,
Francisco Fleury Uchoa Santos Júnior, D.Sc.*****
*Discente do Curso de
Fisioterapia do Centro Universitário Estácio do Ceará, **Fisioterapeuta,
Instituto Le Santé, Fortaleza/CE, ***Psicólogo, Brain Trainer Brasil, Instituto
Le Santé, ****Fisioterapeuta, Doutora em Saúde
Coletiva UECE-UFC-UNIFOR, Docente do Curso de Fisioterapia do Centro
Universitário Estácio do Ceará, *****Fisioterapeuta do Instituto Le Santé, Doutor em Biotecnologia (UECE), Pós-Doutorando
em Educação (UFC), Docente do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário
Estácio do Ceará
Endereço para
correspondência:
Francisco Fleury Uchoa Santos Júnior, Rua Jaime Pinheiro, 36 Guararapes
6081-250 Fortaleza CE, E-mail: drfleuryjr@gmail.com, Gabriella
Coelho: gabicvm@gmail.com; Glenda Costa:
glendacostas15@gmail.com; Paulo Cezar do Nascimento Filho: psicofisio.paulo@gmail.com;
Jefferson Pacheco: pachecojefferson@hotmail.com; Ismênia de Carvalho
Brasileiro: ismeniabrasileiro@gmail.com
Resumo
O
Neurofeedback é um aparelho que consegue detectar
padrões de ondas cerebrais e redirecioná-los para adequar o equilíbrio e potenciais
cerebrais. Vem sendo usado nos últimos anos em atletas e de modo muito raro em
quadros neurológicos. Assim, o objetivo desse estudo foi analisar o efeito do Neurofeedback (NFB) em uma criança com Ataxia cerebelar, em
uma clínica de Fisioterapia, em Fortaleza/CE. Tratou-se de um relato de caso.
Foram realizadas uma avaliação inicial e uma ao final da intervenção com NFB
por meio de eletroencefalografia quantitativa. Os dados foram analisados por Baropodometria e Estabilometria,
durante 30 segundos, na posição bípede, e 50 segundos na posição sentada. O
treino foi realizado para inibição de High Beta. Conclui-se que com a inibição
dessa onda, houve diminuição na ansiedade da criança, relaxamento muscular, com
consequente melhora no equilíbrio, evidenciada na baropodometria
Palavras-chave: ataxia, ondas
cerebrais, neurofeedback.
Abstract
Neurofeedback is
a device that can detect brain
wave patterns and redirect them
to optimize balance and brain potentials
and has been
used in recent years in athletes and neurological conditions. The aim of this interventional
case study was to analyze the
effect of Neurofeedback (NFB) in a child with cerebellar ataxia in a Physiotherapy clinic located in the city of Fortaleza/CE. Two evaluations were
made, one initial and one
final, and the data were analyzed by
Baropodometry and Stabilometry, 30 seconds in the biped position, and 50 seconds in the sitting position. The
training was done for the inhibition of High Beta. We concluded that with the inhibition
of this wave,
there was a decrease in the anxiety, promoting a muscle relaxing and better equilibrium.
Key-words: ataxia, brain waves, neurofeedback.
Ataxia é um sintoma relacionado a falta de ordem, e é empregado desde os tempos de Hipócrates
ou mesmo antes. Do ponto de vista clínico, pode ser descrito como transtorno da
atividade muscular coordenada, relacionado à
alterações do cerebelo e conexões aferentes e eferentes [1]. É caracterizada
pela dificuldade na realização de movimentos coordenados com gradativas
oscilações posturais associadas à disartria,
disfagia, sinais piramidais e extrapiramidais, alterações na velocidade,
amplitude e força dos movimentos, dismetria, disdiadococinesia, dissinergia e
diminuição do tônus muscular [2].
A alteração é manifestada de forma lenta e
gradativa com características na alteração do equilíbrio e marcha. Incoordenação dos membros superiores e a disartria cerebelar aparecem mais tardiamente. A ataxia
cerebelar constitui-se uma síndrome composta por sintomas e sinais que envolvem
o comprometimento do vermis cerebelar (anormalidades
de equilíbrio, marcha, titubeação e distúrbios do movimento ocular extrínseco)
e dos hemisférios cerebelares, que justificam essas anormalidades do equilíbrio
e marcha, bem como movimentos oculares, dismetria,
decomposição do movimento, disdiadococinesia, tremor,
disartria, hipotonia e fenômeno do rebote [3]. A
classificação e o diagnóstico diferencial dos quadros de ataxia são complexos
devido à grande variabilidade de etiologias e fenótipos clínicos [4].
O grupo de enfermidades neurodegenerativas
caracterizado pela presença de ataxia cerebelar progressiva, distúrbios
oculares e deterioração no equilíbrio e coordenação [5,6], faz com que os
pacientes sofram constantes quedas, que muitas vezes comprometem a vida social
das pessoas acometidas proporcionando risco de institucionalização [7].
A consequência da marcha ataxica
leva a alterações na velocidade e força de contração dos músculos gerando
desigualdade no passo, largura, falta de ritmo e elevação dos pés. Se houver um
membro mais acometido, esse eleva-se excessivamente
durante a fase de balanço por flexão do quadril e joelho, e desce rapidamente
com força incontrolável, caracterizando a dismetria
[8].
Um estudo com neurofeedback
foi desenvolvido para pacientes com Parkinson que apresentavam alterações no
equilíbrio e postura e obteve resultados positivos [9]. Essa é uma modalidade
não invasiva de condicionamento operante que busca restaurar padrões
eletrofisiológicos no tratamento de determinadas desordens de caráter
neurológico, psiquiátrico ou psicológico, assim como a amplificação de
habilidades cognitivas normais e potencialização da sensação de bem-estar.
Trata-se de um tipo de biofeedback que engloba os
treinamentos visando mudanças específicas ou globais no modo de funcionamento
orgânico [10]. O NFB pode agir nos distúrbios no funcionamento cerebral e
aprimorar o desempenho cognitivo e emocional [11]. É conhecido ainda como
Eletroencefalograma Biofeedback, pois estimula as
habilidades naturais do cérebro [12].
O funcionamento do cérebro ocorre por
pequenas descargas elétricas, que estabelecem comunicações entre os neurônios.
O equipamento exibe na tela do computador toda a atividade elétrica do cérebro
em tempo real utilizando sensores dispostos no couro cabeludo, sendo possível
realizar treinos, em regiões específicas cerebrais [13].
O tratamento realizado por neurofeedback baseia-se na capacidade de exercitar
determinados processos mentais, como relaxamento, concentração e a visualização
de imagens. Utilizando um aparelho de Eletroencefalograma (EEG), pode-se
avaliar e visualizar, em tempo real, as frequências das ondas cerebrais [14].
Os sinais são emitidos, interpretados, e examinados por softwares específicos,
que respondem com sinais sonoros e visuais, gerando uma resposta que permite
avaliar as condições dos processos mentais. Com isso, é possível a realização
de um treinamento para reprogramação do cérebro [15], o conhecimento do estado
processual mental e a distinção dos níveis de atividade cerebrais. Se a
intenção for a de melhorar a capacidade de concentração, por exemplo, para
suprir o déficit de atenção, então o equipamento de EEG vai possibilitar
reconhecer sinais de distração e ensinar o cérebro a trabalhar com mais rapidez
[16]. Após a captação, filtragem e amplificação, os sinais eletromiográficos
são convertidos em informação inteligível e, devolvidos ao sujeito em
treinamento em uma tela específica, fornecendo, portanto, um feedback
visual [17]
Em muitos momentos faz-se necessário utilizar
outros equipamentos relevantes na análise de sinais e sintomas que sofrem
intervenção do neurofeedbabk para maior compreensão
desses resultados. A Baropodometria constitui-se um
desses recursos e tem auxiliado em alguns sistemas de realidade virtual e
plataforma de força estática e dinâmica para desenvolver e aprimorar os métodos
de avaliação do equilíbrio corporal e de reabilitação dos sistemas equilibratórios [18,19].
Além disso, medidas estabilométricas,
que analisam o equilíbrio postural por quantidade de oscilações do corpo são
comumente utilizadas na avaliação do controle postural, centro de pressão
(COP), que representa o ponto de aplicação da resultante das forças verticais
agindo sobre a superfície, demonstrando resultado coletivo do sistema de
controle postural e força da gravidade [20].
Diante desse cenário, esse estudo teve por
objetivo analisar o efeito do Neurofeedback em uma
criança que apresenta diagnóstico de Ataxia cerebelar, na busca por evidenciar
uma nova estratégia terapêutica em disfunções dessa natureza.
Tratou-se de um estudo de caso de uma criança
com diagnóstico nosológico de Ataxia cerebelar por atrofia
do vermis cerebelar, sexo feminino com 5 anos e meio de idade, acompanhada desde a idade de dois
anos, data do diagnóstico, por estimulação precoce multidisciplinar. A criança,
segundo relatos familiares, não apresentou ganhos funcionais significativos,
não apresentando controle de tronco completo e com histórico de quedas frequentes dado a incoordenação de
movimentos.
Para uma análise mais aprofundada dessas
alterações, foi realizada uma avaliação inicial e outra final (pós intervenção) por Baropodometria
e Estabilometria, por meio do equipamento T-Plate da Medicapteurs® (França), no qual foram coletados dados de
oscilações e o pico de pressão, no tempo de 30 segundos, na posição bípede, e
50 segundos na posição sentada com a paciente sobre a plataforma após pequena
adaptação. Na estabilometria foram mensuradas a
largura dos deslocamentos (mm) e a velocidade (mm/s) tanto Antero-posteior
como latero-lateral, relativos ao controle de tronco
nas duas posições citadas.
Após avaliação inicial foi instituída a
estratégia terapêutica que constituiu-se da aplicação
com o aparelho de Neurofeedback durante 20 atendimentos,
por dispositivo Qwiz e software Sistema BxShadow e Bio Explorer que
obedecem os mesmos princípios do condicionamento operante, as modalidades de Neurofeedback, conhecidas como Biofeedback
EEG, que atuam no Sistema Nervoso Central utilizando a atividade elétrica
cerebral como variáveis de trabalho e via de acesso para o treinamento e alvo
de intervenção, tendo sido trabalhada como onda foco a High Beta (23-38 Hz).
Outras ondas tiveram alterações secundárias ao tratamento: Theta
(4-8 Hz); Alpha (8-12 Hz); Beta (15-23 Hz); Low Beta
(12-15 Hz) Gamma (38-42 Hz) e Delta (2-4 Hz).
Tanto nas avaliações como no treinamento em neurofeedback foram utilizadas as técnicas e terminologia
específica dos neuroterapeutas para posicionamento
dos eletrodos e designação das áreas cerebrais, denominado sistema
internacional 10-20, que atribui letras e números para identificar os pontos ou
sítios no escalpo. Esse consiste em um sistema de coordenadas onde os números
ímpares representam os pontos no hemisfério esquerdo e os pares no direito,
enquanto as letras se referem aos lobos ou regiões específicas, sendo F
(frontal), Fp (polo frontal), T (temporal), O
(occipital), P (parietal), C (central ou córtex sensório motor), Z (linha
central que separa os dois hemisférios ou fissura inter-hemisférica). Assim, o
site Fpz representa o ponto anterior ventral
medial do lobo pré-frontal, enquanto P3 representa o ponto posterior dorsal
lateral esquerdo do lobo parietal. A terminologia Delta Aberto, corresponde as ondas Delta com a paciente de olhos abertos, enquanto
Delta fechado corresponde as ondas Delta e a paciente com os olhos fechado. O
mesmo é aplicado as demais ondas.
Após cada avaliação foram coletados os dados
de cada um dos pontos do sistema 10/20 e realizada a média de cada onda
cerebral, considerando todos os pontos mensurados. Portanto, os valores de cada
onda cerebral corresponderam a uma média do cérebro e não de uma área isolada.
O estudo foi aprovado pelo comitê de Ética do
Centro Universitário Estácio do Ceará, com parecer de número 1.828.789. Os
dados obtidos no início e final da pesquisa foram organizados e analisados no
Microsoft Office Excel 2007 e no Software Graphpad Prism 6.0 e aplicado teste T pareado. Os dados foram
apresentados como média ± erro padrão da média, com p < 0,01.
Os resultados obtidos apontaram para um Delta
Aberto, cuja média inicial foi de 17,80 ± 0,73 e a final de 18,33 ± 0,46 (p
< 3122) e, um Delta fechado 17,01 ± 0,76 e 17,81 ± 0,61 (p < 0,0080). Nas
ondas Theta com olhos abertos a média inicial foi de
28,6 ± 1,05 e a final de 32,8 ± 0.76 (p < 0001). Theta
com os fechados 27,8 ± 1,25 e 31,4 ± 0,72 (p < 0,0015). Houve aumento
absoluto no resultado. Essa onda foi treinada para aumentar e manter a
frequência encontrada na criança (Figura 1).
Na onda Alfa com olhos abertos, a média
inicial foi de 17,9 ± 0,54 e a final de 18,5 ± 0,32 (p < 0,2101). Alfa
fechado 21,7 ± 9,37 e 22.8 ± 0,64 (p < 0,1002). Não houve alteração
significativa. Apenas reduziu a margem de erro no alfa fechado por conta que a
interferência muscular diminuiu (Figura 1).
Em Low Beta aberto,
a média inicial caracterizou-se por 6,93 ± 0,15 e a final por 6,91 ± 0,10 (p
< 0,8998) e Low Beta fechado 6,27 ± 0,12 e 6,44 ±
0,09 (p < 0,1870). Não ocorreu alteração significativa (Figura 1).
Middle Beta aberto a média inicial 13.5 ± 0,52 e a final 12,2 ± 0,39 (p <
0,051) e Middle Beta fechado 13,3 ± 11,84 e a final
11,84 ± 0,20 (p < 0,0030). Houve diminuição absoluta em Middle
fechado (Figura 02).
Nas ondas High Beta olhos aberto a média
inicial 10,6 ± 0,91 e a final 7,97 ± 0,36 (p < 0,0016) e High Beta olhos
fechados a média inicial 9,68 ± 1,06 e a final 7,08 ±
0,29 (p < 0,0102). Houve diminuição absoluta nessa onda, onde foi inibida
para obter esse resultado. Na avaliação do High beta fechado final a margem de
erro diminui. Porém a onda Gamma com os abertos a
média inicial 4,36 ± 0,51 e a final 2,93 ± 0,19 (p < 0,0015) e com os olhos
fechados 4,06 ± 0,56 e 2,56 ± 0,14 (p < 0,0080), obteve alteração, mas os
resultados podem estar relacionados a possíveis interferências musculares
(Figura 2).
Os resultados da Baropodometria
e Estabilometria foram de extrema significância para
o estudo. Com base nesses resultados houve uma melhora significativa no
deslocamento Latero-Lateral de 44% e Antero-Posterior de 19%, assim
como na velocidade média do eixo Latero-Lateral de
33% e do eixo Antero – Posterior de 40% na posição bipodal.
Houve uma melhora do controle de tronco, com isso diminuindo a chance da
paciente com ataxia cair (Tabela I).
A
– Onda Delta com olhos abertos; B – Onda Delta com Olhos Fechados; C – Onda Theta com Olhos Abertos; D Onda Theta
com Olhos fechados; E – Onda Alpha com olhos Abertos; F – Onda Alpha com Olhos
Fechados; G – Onda Low Beta com Olhos abertos; H –
Ondas Low Beta com Olhos Fechados. * Teste T pareado
p < 0,01.
Figura 2 – Resultado do tratamento com Neurofeedback nas diversas ondas cerebrais de olhos abertos
e fechados.
Tabela I - Resultados das avaliações de Baropodometria e Estabilometria
em posição bipodal e sentada.
O estudo em questão foi designado para
realizar o treino de inibição da onda High Beta (19-22 Hz). Essa onda é
classificada como rápida e está interligada ao hipotálamo onde é acionado na
presença de um perigo, assim ativando o sistema simpático [23]. Baseando-se
nessas informações iniciais foi realizada uma avaliação para buscar uma
frequência adequada para a criança. Vale ressaltar que os valores do ritmo
sensório motor são 12-15 Hz, que significa um estado de relaxamento. O nível de
estabilidade motora e redução de agitação foram encontrados na criança na
frequência de 7.5 - 10.5 Hz. De acordo com o que foi encontrado, foi dado
início o treinamento e para certificarmos os resultados foi utilizado a Baropodometria e a Estabilometria,
que demonstrou redução na velocidade antero-posterior
e latero-lateral, em ambas as posições.
A onda High Beta foi inibida com objetivo de
diminuir o nível de ansiedade, o que pode repercutir no sistema nervoso
autônomo e suas divisões simpática e parassimpática [24]. O hipotálamo ativa o
simpático causando uma situação de estresse, onde o sistema de ‘’luta e fuga’’
é ativado e com isso haverá contração muscular, causando comprometimento da
amplitude de movimento [25].
O presente estudo enfatizou a alteração em
onda High Beta, uma vez que a paciente obteve um grau de ansiedade elevado no
início do tratamento e uma redução deste no fim. As ondas que tiveram respostas
secundárias ao tratamento foram Ondas Theta – engloba
as frequências entre 4 e 8 Hz, que está dentro da
frequência encontrada relacionada a um possível ritmo sensoriomotor
na paciente. Essa frequência é útil no processamento cognitivo das informações.
Ondas Gamma – faixa que reúne as
frequências de 38 a 42 Hz, que apresentaram redução neste estudo, podem ser
confundidas com a ativação muscular, o que deixa seu resultado incerto [26].
Os resultados da Baropodometria
e Estabilometria apontam que na avaliação inicial, o
deslocamento e a velocidade demonstraram valores elevados. Quanto maior o deslocamento,
maior a instabilidade [21]. Além disso, viu-se maior alteração na Largura de
deslocamento latero-lateral, o que resultou em
melhora no controle de tronco, com redução do risco de quedas, uma vez que
lesões no cerebelo resultam em oscilações do equilíbrio corporal [22] e
controle postural.
A aplicabilidade do neurofeedback
gera redução de estados de ansiedade, confirmado pela alteração onda High Beta
e melhora no equilíbrio confirmado pela diminuição da velocidade e deslocamento
detectados nos exames finais de Baropodometria e Estabilometria nas posições bipodal
e sentada. Portanto, o NFB pode ser um possível aliado no tratamento de
disfunções neurológicas, em especial a ataxia cerebelar.