ARTIGO
ORIGINAL
Relação
do consumo de produtos panificáveis e condições de saúde autorreferidas
Intake of bread products and self-reported health conditions
Thaísa de Menezes
Alves Moro*, Édira Castello Branco de Andrade Gonçalves, D.Sc.***
*Nutricionista
Graduada pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, UNIRIO,
**Professora, DTA, Escola de Nutrição, Universidade Federal do Estado do Rio de
Janeiro, UNIRIO
Recebido em 14 de
novembro de 2012, aceito em 15 de julho de 2015.
Endereço
para correspondência:
Édira Castello Branco de Andrade Gonçalves, E-mail:
ediracba@analisedealimentos.com.br, Thaísa de Menezes Alves Moro: thaisamoro@hotmail.com
Resumo
No Brasil, as
informações sobre o consumo de sódio ainda são escassas. Produtos como pão
francês, biscoitos e pães de forma somam-se também na lista de compras dos
brasileiros, representando 12% do orçamento familiar para alimentação. O
presente trabalho teve como objetivo conhecer o perfil dos consumidores de
produtos panificáveis e suas condições de saúde autorreferidas. Foi aplicado um
questionário em 100 indivíduos de ambos os sexos e mais de 50 anos, na cidade
do Rio de Janeiro/RJ. Também foi realizado o aferimento da pressão arterial dos
mesmos. Os dados foram processados estatisticamente. A faixa etária foi de 65,2
± 9,3 anos, com idade mínima de 51 anos e máxima de 91 anos. Destes, 15% (N =
15) eram do sexo masculino e 85% (N = 85) do sexo feminino. A prevalência de
HAS foi de 47% (N = 47). Os consumidores mostram-se conscientes da presença de
HAS ao escolher certos produtos. As variáveis frequência
de atividade física e dieta hipossódica entre hipertensos são estatisticamente
significativas quando comparadas ao grupo de sadios. O alto consumo de pão de
forma integral (68%), em ambos os grupos, demonstra uma importante busca pela
melhora dos hábitos alimentares da faixa etária. Conclui-se que os indivíduos
maiores de 50 anos apresentam boas condições de saúde, mesmo levando em conta a
presença de HAS.
Palavras-chave: consumo de produtos
panificáveis, teor de sódio, hipertensão.
Abstract
In Brazil, informations about sodium intake
are still scarce. Products such as French bread, and
cookies are in the shopping list of Brazilian consumers, representing 12% of
family budget for food. This study aimed to evaluate the profile of consumers
of bread products and their self-reported health conditions. A questionnaire
was given to 100 individuals of both sexes and more than 50 years old in the
city of Rio de Janeiro/RJ. An evaluation of the blood pressure was carried out.
The data were statistically processed. The age range was 65.2 ± 9.3 years,
minimum age of 51 and maximum of 91 years old. Of these, 15% (N = 15) were male
and 85% (N = 85) female. The prevalence of hypertension was 47% (N = 47).
Consumers show an awareness of the presence of hypertension when choosing
certain products. The variable frequency of physical activity and low sodium
diet for hypertensive are statistically significant when compared to the
healthy group. The high consumption of whole grain bread (68%) in both groups,
demonstrated an important improvement in food habits with aging.
Key-words: intake of
bread products, sodium, hypertension.
Vários estudos
populacionais evidenciam a importância do controle da hipertensão (HAS) para a
redução da morbimortalidade proveniente de doenças cardiovasculares (DCV) [1],
além de o consumo excessivo de sal ser altamente relacionado ao desenvolvimento
de doenças crônicas, mais diretamente à hipertensão arterial sistêmica [2].
Para seu tratamento e prevenção, as estratégias não farmacológicas adotadas
estão baseadas na modificação do estilo de vida, tendo como principais
recomendações: a perda de peso, a redução da ingestão de sódio e o aumento de
atividade física [3]. Estima-se que, entre 25 e 55 anos de idade, uma
diminuição de apenas 1,3 g na quantidade de sódio consumida diariamente se
traduziria em redução de 5 mmHg na pressão arterial
sistólica ou de 20% na prevalência de hipertensão arterial [4].
Nos países
desenvolvidos, que contam com estimativas confiáveis sobre o consumo de sódio,
a ingestão desse mineral tende a ultrapassar o limite máximo de 2 g (ou 5 g de
sal) por pessoa por dia recomendado pela Organização Mundial da Saúde [2],
sendo a maior parte deste sódio proveniente de alimentos industrializados,
estimada entre 60%-90% e de cereais e produtos de cereais contribuindo com 30%
da ingestão total [5,6]. Nos países em desenvolvimento, as informações sobre o
consumo de sódio ainda são escassas em face da complexidade envolvida na
avaliação de sua ingestão pelos indivíduos. Porém, acredita-se que a fração de
sódio proveniente de alimentos processados somados ao intenso aumento no
consumo dos mesmos pela população brasileira, indica tendência crescente da
importância na quantificação do consumo de sódio no país [7].
O pão pode ser
considerado um produto popular consumido na forma de lanches ou com refeições e
apreciado devido à sua aparência, aroma, sabor, preço e disponibilidade [8].
Produtos como biscoitos e pães de forma somam-se também com relevante
importância a outros produtos de panificação e confeitaria na lista de compras
dos brasileiros, ocupando a terceira colocação e representando, em média, 12%
do orçamento familiar para alimentação [9]. Portanto, conhecer e melhorar a
qualidade nutricional dos produtos que fazem parte do hábito de consumo da
população é uma importante estratégia para promoção da saúde e bem estar.
Assim, torna-se
necessária a elaboração de instrumentos confiáveis para se avaliar o consumo
alimentar, e que sejam capazes de identificar associações entre doença e dieta.
Para que essas associações possam ser bem investigadas é fundamental estudar a
dieta pregressa ou "habitual", que caracteriza o consumo alimentar de
certos tipos de alimentos e/ou nutrientes [10]. Os questionários têm como maior
vantagem o fato de poderem ser aplicados em estudos com grande número de
indivíduos. O método também permite a estratificação dos resultados do consumo
de diferentes alimentos para a análise de tendências de risco, segundo o grau
de exposição e diferenças entre os níveis extremos de ingestão.
O presente trabalho
teve como objetivo conhecer o perfil dos consumidores de produtos panificáveis,
observar se estes têm alguma preocupação em relação a sua pressão arterial
sistêmica (PA), se são portadores de HAS, se praticam alguma atividade física
associada ou não à presença da patologia e saber quais os principais produtos
consumidos na substituição ao pão francês.
O presente estudo
está vinculado ao Projeto intitulado “Avaliação da Qualidade de Alimentos
Industrializados segundo os teores de Sódio e Rotulagem Nutricional” da
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), sob
responsabilidade da professora associada Dra. Édira Castello Branco de
Andrade Gonçalves, aprovado pelo Comitê de Ética, CAAE 0001.0.313.000-08.
Foi aplicado um
questionário em 100 indivíduos de ambos os sexos e como condição terem mais de
50 anos, na cidade do Rio de Janeiro/RJ, no primeiro semestre de 2010. Também
foi realizado o aferimento da pressão arterial dos mesmos, tendo como condição
o preenchimento prévio do termo de consentimento e responsabilidade (Figura 2)
pelo entrevistado. A pressão arterial foi aferida utilizando-se um
esfigmomanômetro aneróide marca BIC com escala de 0 a 300 mm/Hg. Os valores de
IMC foram classificados de acordo com a WHO [2] (2003) onde os indivíduos
adultos (até 59,9 anos) foram classificados como: baixo peso (< 18,5 kg/m²),
eutrofia (18,5 – 24,9 kg/m²), sobrepeso (25 – 29,9 kg/m²), obesidade grau I (30
– 34,9 kg/m²), obesidade grau II (35 – 39,9 kg/m²) e obesidade mórbida (≥
40 kg/m²). Os idosos (≥ 60 anos) foram classificados de acordo com
Lipschitz [11] onde: IMC ≤ 22 kg/m² (baixo peso), 22 – 27 kg/m²
(eutrofia) e IMC ≥ 27 kg/m² (sobrepeso). Os dados foram processados
estatisticamente utilizando-se os programas Microsof Excel 2003 e Statistica 6 versão 2009, considerando valores significativos de P <
0,05.
O questionário foi
aplicado em 100 pessoas cuja faixa etária foi de 65,2 ± 9,3 anos, com idade
mínima de 51 anos e máxima de 91 anos. Destes, 15% (N = 15) eram do sexo
masculino e 85% (N = 85) do sexo feminino (figura 1). Com relação à
escolaridade, a figura 2, representada pela quantidade de anos de estudo,
apenas 6% (N = 6) possuía nível fundamental (1 a 4 anos de estudo) e 64% (N =
64) cursou ensino superior (9 ou mais). Todas as
variáveis analisadas estão dispostas na tabela I, onde foi encontrada
correlação no consumo de dieta com reduzido teor de sódio e frequência de
atividade física.
Figura
1 – Distribuição da população estudada segundo
faixa etária e sexo (N = 100).
Figura
2 – Distribuição do nível de escolaridade da
população estudada (N = 100).
Tabela
I – Distribuição das variáveis analisadas (p
< 0,05), segundo presença de hipertensão arterial, Rio de Janeiro, 2010.
*Valores
estatisticamente significativos segundo teste qui-quadrado (p < 0,05).
O conhecimento sobre
a medida da pressão arterial e o que era hipertensão revelou que apenas 5% (N =
5) desconhecia a medida usual de sua pressão e 6% (N =
6) não sabia o que era a patologia. Quando indagados a respeito do hábito de
realizar esta medida, 65% (N = 65) afirmou que sim, e
destes apenas um individuo (1%) realizava diariamente. Com 7% em dias
alternados e 10% semanalmente. O restante (40%) respondeu mensalmente.
A prevalência de
hipertensão arterial sistêmica autorreferida da população estudada foi de 47%
(N = 47); destes, 9 homens (60% da população
masculina) e 38 mulheres (45% da população feminina) como se observa na figura
3. Apesar da prevalência de HAS na população masculina ser mais alta (60%),
esta não foi capaz de modificar a proporção de prevalência na população total,
pois os homens representaram apenas 15% dos entrevistados.
Figura
3 – Distribuição da população segundo sexo e
presença ou não de hipertensão (N = 100).
O histórico familiar
positivo de HAS representou 64% (N = 64) da população. A figura 4 ilustra a
tendência de filhos de hipertensos também apresentarem a patologia e que outros
tipos relatados (irmãos, tios e filhos) não influenciaram na distribuição. Este
estudo corrobora outros, onde a presença de hipertensão tem sido correlacionada
à história familiar (pais e/ou avós), e sendo considerada epidemiologicamente
como fator de risco para o desenvolvimento da HAS, assim como o excesso de
peso/ obesidade [12,13].
Figura
4 – História familiar de HAS e sua relação com a
prevalência na população estudada (N = 100)
A prática de
atividade física é realizada por 73% (N = 73) dos entrevistados. Além das
atividades contidas no questionário, também foram relatados a prática de RPG
(Reeducação Postural Global), Alongamento e Yoga.
É importante
ressaltar que um tipo de exercício relatado não excluiu outro. Da população que
relatou praticar atividade física (N = 73), apenas 36% o faz em mais de 3 dias da semana. Com isto, pode-se perceber que, apesar de
existir uma consciência a respeito da importância da prática, não há uma total
mobilização da população na prática de forma frequente e regular, tendo sido
encontrada correlação positiva entre presença de hipertensão e prática regular.
Monteiro & Sobral Filho [14]; em um artigo de revisão, concluíram que
reduções clinicamente significativas na pressão arterial podem ser conseguidas
com um ligeiro aumento da atividade física, possível até mesmo em indivíduos
sedentários, mostrando que os 73% da população que realizam exercícios físicos
podem estar se beneficiando com a diminuição de sua pressão arterial.
Outros dados
perguntados foram o peso e estatura, sendo que todos os participantes sabiam
essas informações. Com isto, foi calculado o IMC que teve média de 25,3 ± 3,8
kg/m²com valores mínimos de 16,6 kg/m² e máximos de 37,3 kg/m². Em estudo com
699 idosos na cidade do Rio de Janeiro/ RJ, Santos e Sichieri [15], encontraram
média semelhante (25,06 kg/m²) à do presente estudo quando avaliados apenas os
idosos (24,8 kg/m²) mantendo-se na faixa de eutrofia. Além disso, foram
encontrados 11 idosos (17%) com magreza grau I (IMC < 22 kg/m²), não tendo
sido relatado no mesmo. O estado nutricional, ao ser relacionado à presença de
HAS (figura 5), mostrou que a proporção de indivíduos eutróficos em ambas faixas etárias é a mesma. E que, quando hipertensos, a
proporção se inverte na população idosa onde são, em sua maioria, indivíduos
com excesso de peso/ obesos. Este é considerado o maior fator (ambiental) que
possibilita alguma intervenção em detrimento de outros já mencionados aqui,
como por exemplo, a história familiar positiva. Em estudo realizado pelo
VIGITEL (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por
Inquérito Telefônico), com dados colhidos em 2006, onde foram entrevistados
54.360 idosos, uma prevalência de sobrepeso maior entre idosos hipertensos do
que entre os normotensos também foi encontrada, como era de se esperar [16].
Figura
5 – Distribuição da população adulta e idosa
quanto ao IMC e hipertensão arterial (N = 100).
A inclusão de dieta
hipossódica no estilo de vida apresentou diferença significativa entre
indivíduos hipertensos e sadios (tabela 1). A pressão arterial foi aferida no
momento da entrevista (figura 6) quando somente 14 indivíduos apresentaram PA
alterada. Destes, 4 eram hipertensos e 10 sadios.
Todos foram orientados a procurar o serviço de saúde.
Figura
6 – Distribuição da medida da população no
momento da entrevista segundo presença de hipertensão arterial (N = 100).
A população foi
questionada a respeito da compra e consumo de diferentes tipos de produtos
panificáveis: pão francês, de forma e do tipo integral. Com isto, viu-se que o
mais comprado é o pão integral (72%), seguido do pão francês (68%) e, por
último, o pão de forma comum (31%). A figura 7 ilustra a distribuição do
consumo (próprios ou para terceiros) dos diferentes tipos de pães. O pão
integral é o tipo mais comprado e consumido, tendo nessa população maior
aceitação que os pães de forma e francês. Ao comprar esses produtos, os
entrevistados responderam que na compra dos mesmos consideravam uma marca
especifica (77%), informações do rótulo (19%) e preço (4%).
Figura
7 – Distribuição da população segundo compra e
consumo de pão francês, de forma e integral (N = 100).
A substituição por
bolos (19%), biscoitos (41%) ou outros produtos (40%) foi questionada
considerando que as três substituições poderiam ser feitas. No questionário de
frequência alimentar dos produtos de panificação, não foi relatado consumo de
biscoitos do tipo aperitivo, recheados doces e salgadinhos. Os biscoitos
salgados e doces, ambos sem recheio, têm seu consumo expresso pelas figuras 8 e
9 respectivamente. Os biscoitos do tipo água e sal e cream cracker são os tipos
mais consumidos, provavelmente por serem mais recomendados por profissionais de
saúde em dietas de emagrecimento, consistente com o dado demonstrado
anteriormente quanto à substituição de pão por biscoitos. Os biscoitos doces
sem recheio, são consumidos por menos de 50% da
população, não sendo considerados neste estudo como tipos de biscoito
importantes na substituição do pão.
Os bolos prontos e
misturas para bolo (figura 10) são consumidos apenas por 30 e 16%
respectivamente, se comparados também ao dado anterior, onde 19% da população
respondeu que substitui o pão por bolo, esta pode estar sendo feita por esses produtos
Figura
8 - Frequência do consumo de biscoitos salgados
dos tipos: “Club Social”, “cream cracker” e “água e sal” pela população
estudada (N= 100).
Figura
9 – Frequência de consumo dos biscoitos doce sem
recheio sabores maisena e leite pela população estudada (N = 100).
Figura
10 -
Frequência de consumo de bolos prontos e
mistura para bolo pela população estudada (N = 100).
Os pães foram os
itens mais consumidos de forma global (figura 11). Ainda se mostram como
produtos de maior aceitação entre a população a partir dos 50 anos. O pão
integral é o tipo mais consumido, seguido do francês e do pão de forma. Com isto,
pode-se observar que existe uma preocupação desta parcela da população com o
controle e prevenção da hipertensão arterial e de outras doenças que podem ser
influenciadas pela ingestão de nutrientes. De 4 a 5 vezes na semana e
diariamente, o pão integral é o mais consumido.
Quando distribuídos
quanto ao consumo e a presença de HAS (figura 12), esta não foi capaz de
influenciar o consumo desses produtos, como uma busca da população hipertensa
por produtos caracterizados como funcionais (fonte de fibras). O consumo é alto
(62%), porém, não difere entre os indivíduos que apresentam a patologia e os
sadios. A situação contrária também não foi observada no pão francês onde o
consumo diário foi similar entre as duas parcelas da
população. Fato semelhante também ocorreu com o pão de forma.
Figura
11 -
Frequência de consumo de diferentes tipos
de pães pela população estudada (N = 100).
Ajani, Ford &
Mokdad [17], ao entrevistar mais de 3.000 indivíduos nos Estados Unidos,
observaram que o consumo de fibras aumentava de acordo com a idade da
população, ou seja, quanto mais idosos, maior a tendência em consumir alimentos
fonte de fibras. Madruga, Araújo e Bertoldi [18], no
sul do Brasil, após entrevistarem 3.993 adultos e idosos concluíram que os
idosos faziam melhores escolhas alimentares e que são dois fatores que
influenciam essa mudança no consumo durante a senescência: melhores escolhas
alimentares de uma forma geral; com o envelhecimento, as doenças que se
desenvolvem (DCNT’s) como, por exemplo a HAS, causam uma modificação nos
hábitos da dieta, por serem influenciadas pelas mesmas.
Figura
12 –
Distribuição da população estudada
segundo o consumo de pão integral, pão francês, pão de forma e presença de
hipertensão arterial (N = 100).
O estudo possibilitou
qualificar as condições de saúde autorreferidas da população estudada, segundo
o consumo de produtos panificáveis e a presença ou não de hipertensão arterial.
Não houve uma relação positiva entre o excesso de peso/obesidade e a patologia,
o que pode ter ocorrido devido ao reduzido número de participantes (N = 100)
que tornasse possível uma modificação estatisticamente significante.
O estilo de vida
revelou práticas saudáveis que podem contribuir significativamente para a
redução da PA e melhora no prognóstico da patologia. O alto consumo de pão de
forma integral, tanto nos indivíduos sadios quanto nos hipertensos, demonstra
uma importante busca pela melhora dos hábitos alimentares da faixa etária. Isto
também poderá possibilitar uma melhora na qualidade de vida. Conclui-se que os
indivíduos maiores de 50 anos apresentam boas condições de saúde, mesmo levando
em conta a presença de HAS, mostrando que são conscientizados a buscar uma
melhora do estilo de vida.