2° Jornada de
Nutrição e Medicina Clínica e Esportiva
4 e 5 de agosto de 2018
Recife/PE
Organização
Instituto Integrado
de Desenvolvimento em Saúde
Manasses da Silva Campelo: secretaria@iids.com.br
Uyara Correia de Lima: uyaralima@yahoo.com.br
Licyanne Lemos: licyannelemos@outlook.com
Resumos
Triagem
nutricional em pacientes cirúrgicos da cabeça e pescoço
Diomar Maria do
Nascimento*, Kleres Luciana Gomes Dias da Silva**, Katiene da Silva Melo**
*Centro
Universitário Estácio do Recife FIR, Recife/PE, **Centro Universitário Maurício
de Nassau UNINASSAU, Recife/PE
Correspondência: Kleres
Luciana Gomes Dias da Silva: kleres@hotmail.com
Introdução: Em pacientes
cirúrgicos é comum à presença de desnutrição proveniente do desequilíbrio
metabólico que se torna incapaz de manter o corpo em homeostase. Perante isso,
é necessária a aplicação precoce de protocolos de triagem para identificar o
risco nutricional ou desnutrição e assim intervir da melhor maneira para
recuperação do estado nutricional. Um dos métodos mais utilizado para
rastreamento de risco nutricional em pacientes hospitalizados é a Triagem de
Risco Nutricional, caracterizada como uma ferramenta de rápida aplicação, não
invasiva que leva em consideração a gravidade da doença, ajusta-se a idade para
idosos acima de 70 anos, além de avaliar a ingestão alimentar e perda de peso. Objetivos: Identificar o risco
nutricional ou a presença de desnutrição em pacientes submetidos à cirurgia de
cabeça e pescoço, por meio da aplicação do protocolo de Triagem de Risco
Nutricional 2002. Métodos: Trata-se
de um estudo de corte transversal, quantitativo, do tipo descritivo e
exploratório, realizado no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando
Figueira, Recife/PE, no período de setembro a maio de 2018. A amostra foi
constituída por pacientes com idade igual ou superior a 19 anos, admitidos nas
primeiras 48horas de hospitalização. Foram coletados dados referentes ao tipo
de cirurgia, gênero e avaliação antropométrica. Para avaliar a massa corpórea
foi utilizada uma balança digital da marca Filizola,
com capacidade máxima de 150 kg e a estatura foi medida por meio do estadiômetro fixo à balança plataforma com capacidade para
1,90 m segundo a técnica recomendada por Lohman em
conjunto com o método Triagem de Risco Nutricional. A construção do banco de
dados e as análises estatísticas foram realizadas no programa Excel® do
Microsoft Office 2013. Resultados: A
amostra foi composta por 53 pacientes, 69,81% (n=37) do
gênero feminino e 30,18% (n=16) do gênero masculino. A maioria dos indivíduos
estudados eram adultos 69,81% (n=37), 18,86 (n=18) possuíam mais de 60 anos e
apenas 11,32% (n=6) tinham idade superior a 70 anos. As
cirurgias de maior prevalência foram as de tireoidectomia
total 33,96% (n=18) e ressecções alargada 33,96% (n=18), seguidas de exérese
13,20% (n=7), tireoidectomia parcial 7,54%(n=4), paratireoidectomia total
3,77% (n=2) e os restantes obtiveram 1,8% (n=1) cada, sendo paratireoidectomia
parcial, tu cervical, glossectomia, submandibulectomia. Em relação ao índice de massa corporal
41,50% (n=22) dos pacientes apresentavam obesidade, 30,18% (n=16) sobrepeso e
28,30% (n=15) eutrofia. Segundo o rastreamento da Nutritional Risk Screening foi possível identificar que os pacientes
avaliados nesta pesquisa não possuíam risco nutricional por apresentarem
escores de um 37,73% (n=20), escores de dois 11,32% (n=6) e escores zero 50,94%
(n=27) e nenhum escores de três. Conclusão:
Diante dos dados apresentados, não foi identificado nenhum risco nutricional
conforme a Triagem de Risco Nutricional, além de inexistência de quadro de
desnutrição segundo o índice de massa corporal, a amostra apresentou como principal
diagnostico obesidade, seguida de sobrepeso, resultados estes que podem estar
associados a distúrbios da tireoide, uma vez que a maioria dos pacientes
avaliados foi submetida a cirurgias da tireoidectomia.
Sendo assim são necessárias mais investigações sobre o impacto que doenças
relacionadas a tireoide pode causar no estado
nutricional.
Palavras-chave: nutritional
risk screening, risco
nutricional, cirúrgias eletivas.
Referências
Mecanismo
da microbiota intestinal como possível biomarcador
precoce do desenvolver-se da doença de Parkinson
*Nathália
de Freitas Penaforte, **Samara Monteiro da Silva, **Widemar Ferraz da Silva, ***Ingrid Jaqueline Fonseca Leopoldino, ****Gabriel Henrique Albuquerque Lins
*Discente
em Nutrição, FACOTTUR, Faculdade de Comunicação, Tecnologia e Turismo de
Olinda, **Discente em Nutrição; UNIFAVIP Centro Universitário Vale do Ipojuca,
***Discente em Nutrição; Universidade Federal de Sergipe, ****Discente em
Biomedicina, UFPE Universidade Federal de Pernambuco
Correspondência: Nathália
de Freitas Penaforte :nutripenaforte@gmail.com; Samara Monteiro da Silva:
samara-2211@hotmail.com; Widemar Ferraz da Silva :
widemar_ferraz@hotmail.com; Ingrid Jaqueline Fonseca Leopoldino:
ingridjaqueline_leopoldino@hotmail.com; Gabriel Henrique Albuquerque Lins:
gabrielh.lins@outlook.com
Introdução: O Parkinson, doença
neurodegenerativa progressiva, constata-se como a
perda de neurônios dopaminérgicos na substância negra, localizada no mesencéfalo.
A disfunção gastrointestinal é um sintoma que afeta 80% desses pacientes e
pode, em sua maioria, preceder o surgimento de sintomas motores em anos.
Evidências mostram que a microbiota intestinal interage com o sistema nervoso
autônomo e central através de diversas vias, incluindo o entérico e o nervo
vago, estruturas frequentemente afetadas precocemente nessa patologia. Dentre
as funções da microbiota destaca-se sua influência no neurodesenvolvimento,
modulação do comportamento e contribuição para distúrbios neurológicos. No
entanto, um elo funcional entre bactérias intestinais e doenças neurodegenerativas permanece inexplorado. Objetivo: Avaliar a interação da
microbiota intestinal na doença de Parkinson e seu possível efeito biomarcador precoce, identificando os mecanismos envolvidos
nesta comunicação moduladora. Métodos:
Revisão bibliográfica, com informações obtidas a partir de artigos de língua
inglesa, por meio da base de dados SciELO,
Lilacs e PubMed, publicados
de 2015 a 2018. Com descritores em comum: gut
microbiota, gastrointestinal disfunction, Parkinson's e neurodegenerative diseases e suas combinações. Resultados: A microbiota intestinal produz hidrogênio molecular,
gás biologicamente ativo com propriedades antioxidantes, antiapoptóticas,
anti-inflamatórias, citoprotetoras e sinalizadoras,
que diante da depleção dessa produção endógena pode desempenhar uma ação na
patogênese de Parkinson, sendo a suplementação dessa molécula avaliada como
provável terapia futura. Podendo ser elucidada por aparentemente penetrar
facilmente nas biomembranas barreira hemato-encefálica e alcançar os neurônios dopaminérgicos de
pacientes com Parkinson. Outra pesquisa tem sugerido essa relação com uma falha
de melanina na substância negra para produzir localmente hidrogênio molecular
suficiente que proteja o cérebro. Relatos encontraram uma falta de bactérias
liberadoras dessa biomolécula, Prevotella e
Clostridium, nos microbiomas fecais de pacientes
dessa patologia. Pesquisadores propõe que essa teoria chave no surgimento da
doença, seja por substâncias sintetizadas por bactérias intestinais ou
mediadores inflamatórios que podem afetar o sistema nervoso entérico e central.
Outras evidências por sequenciamento de DNA identificou um desequilíbrio
microbiano no intestino de pacientes com Parkinson, com a abundância de várias
famílias de bactérias associadas positivamente com a gravidade das dificuldades
motoras. Estudo feito no Instituto Tecnológico da Califórnia mostrou uma
possível relação entre a microbiota e o desenvolvimento dessa patologia, diante
de fibras tóxicas da proteína alfa-sinucleína que em
grande quantidade nos neurônios causam os sintomas de Parkinson. Conclusão: A restauração do equilíbrio
do hidrogênio molecular no trato gastrointestinal pode ser uma promessa
terapêutica ainda sujeita a discussões em pacientes com Parkinson. Mais estudos
são necessários para esclarecer as relações temporais e causais entre a
microbiota intestinal e essa patogenia degenerativa, com a adequação da
microbiota, como possível biomarcador precoce.
Palavras-chave: disfunção
gastrointestinal, hidrogênio molecular, doença neurodegenerativa,
neurônios dopaminérgicos.
Alimentos
funcionais no controle e prevenção da diabetes
Leticia de Souza
Santos Falkowski, Sara Dâmaris Pereira de Oliveira, Nathália
Raphaella de Sousa Lima, Karina Lins Tenório de
Cerqueira
Conhecer as
propriedades benéficas do consumo de alimentos funcionais se torna importante,
as diferentes populações, visto que vários alimentos possuem comprovação, e
tantos outros estão sendo pesquisados a respeito de seus constituintes, com a
finalidade de melhorar a qualidade de vida e prevenir os agravamentos de
doenças, como a Diabetes. O trabalho foi uma revisão bibliográfica realizada na
base de dados Scielo e PubMed, durante os anos de 2012 a 2017, no idioma
português brasileiro. A revisão teve como objetivo relacionar os alimentos
funcionais, apresentar as principais propriedades destes, buscando maior ênfase
no controle e prevenção de doenças metabólicas, como a Diabetes Mellitus e seus
tipos. Alimentos como: o alho, a batata yacon, a
linhaça, a cebola e a farinha da casca do maracujá possuem fortes indícios e
comprovações da presença e ação de substância benéficas no controle da Diabetes
e suas complicações. Há necessidade de sensibilizar os pacientes e a população
para incluir os alimentos funcionais na sua alimentação, contribuindo para
condições de forma significativa para o bem estar global dos indivíduos.
Palavras-chave: alimentação,
doenças, batata yacon, consumo de alimentos.
Terapia
nutricional na imunomodulação em pacientes queimados
Nathália de Freitas Penaforte, Widemar Ferraz da
Silva, Ingrid Jaqueline Fonseca Leopoldino, Flaydson Clayton Silva Pinto, Angélica de Kássia Barbosa Flôr
Introdução: As queimaduras
constituem um tipo de trauma que atinge o maior órgão do corpo humano, a pele.
Resultantes da ação direta ou indireta do calor excessivo sobre o tecido
orgânico, exposição a corrosivos químicos ou radiação, contato com corrente
elétrica ou frio extremo, sendo a gravidade diretamente proporcional à
intensidade, tempo de exposição e da superfície corporal atingida, o que
favorece o surgimento de focos infecciosos, que depreciam o sistema imune do
indivíduo. Estima-se que as queimaduras sejam responsáveis por aproximadamente
265.000 mortes por ano em todo mundo. Sabendo-se que 75% dos óbitos nesses
pacientes é são decorrentes das infecções. Objetivo: Investigar a suplementação de
dois imunonutrientes, arginina e glutamina, em
pacientes queimados, a partir de evidências científicas que demonstraram
melhoria em seus parâmetros clínicos e nutricionais. Métodos: Revisão
bibliográfica, com informações obtidas a partir de livros e artigos de língua
portuguesa e inglesa, por meio da base de dados SciELO, Lilacs e PubMed, publicados de 2008 a 2018, com descritores em
comum. Resultados: A intervenção
nutricional deve ser iniciada precocemente para atenuar os efeitos adversos à
resposta hipermetabólica e, assim, contribuir no
processo de cicatrização, minimizar a resposta inflamatória, controlar a
depleção corporal e diminuir a morbimortalidade. Destaca-se entre os imunonutrientes a glutamina e arginina, em situação de
estresse prolongado, estes componentes, quando fornecidos em quantidades 2 a 7
vezes maiores que as habitualmente ingeridas por pessoas saudáveis, parecem ter
um efeito farmacológico benéfico nas alterações fisiopatológicas induzidas
pelas queimaduras. A glutamina um aminoácido não essencial que exerce efeito
benéfico na função imune pelo estímulo à produção de linfócitos T e B, e
imunoglobulina A, tornando-se indispensável nessas vítimas, decorrente da grave
depleção de seus níveis no plasma. A arginina participa da síntese de poliaminas e de prolina e desta à colágeno agindo na modulação da resposta imune. Um estudo
com 47 pacientes que apresentavam queimaduras acima de 50% da superfície
corporal queimada dividiu em três grupos: Um recebeu 400 mg/kg/dia
de suplementação de arginina; outro 200 mg/kg/dia de
suplementação de arginina;
e o outro não recebeu suplemento, concluindo que os grupos que
receberam
suplementação de arginina em fase inicial de queimadura
apresentaram diminuição
dos níveis de ácido lático no sangue arterial e
diminuição da produção de óxido
nítrico, exercendo efeitos benéficos. Outro estudo
selecionou 40 pacientes com
superfície corporal queimada entre 30-50%, recebendo
nutrição enteral
suplementada com 0,3 mg/kg/dia de glutamina por 14
dias, observou-se que a incidência de infecção e o tempo de internação foram
reduzidos significativamente no grupo suplementado em comparação ao grupo
controle. Propõe-se que a suplementação destes dois aminoácidos é mais
eficiente quando utilizado o suporte nutricional parenteral, de modo que a
quantidade a atingir os órgãos-alvo não é dependente da função do trato
gastrointestinal. Conclusão:
Pacientes queimados são mais susceptíveis a infecções devido às alterações
metabólicas, sendo a imunomodulação a partir da
arginina e glutamina uma alternativa eficaz para a recuperação e reversão de
agravos por mostrar melhoria na resposta imune, pela proliferação de células de
defesa.
Palavras-chave: imunonutrientes,
queimaduras, infecção, glutamina, arginina.
Mortalidade
infantil durante quatro anos distintos em uma cidade da região metropolitana de
Alagoas
Beatriz Salgado Metódio, Mariana Matias Barros, Lara Juliana Pereira da
Silva Marinho, Rafael Rocha de Azeredo, Pedro de Medeiros Monteiro
A mortalidade
infantil compreende a soma dos óbitos ocorridos nos períodos neonatal (0-27
dias) e pós-neonatal (28 dias e mais), estimando, por conseguinte o risco de um nascido vivo morrer durante o seu primeiro ano
de vida. A taxa de mortalidade é um excelente indicador socioeconômico. O
trabalho teve como objetivo analisar os coeficientes da mortalidade infantil no
município de Rio Largo, no estado de Alagoas, em quatro anos distintos (2006,
2009, 2012 e 2015), com um intervalo de três anos entre cada um deles. Sendo
assim realizado através do levantamento de dados disponíveis no Datasus, portal informático do
SUS. Levando em conta o número de nascidos vivos e de óbitos dentro da faixa
etária analisada, durante os quatro anos. Com isso o cálculo do coeficiente de
mortalidade, que relaciona o número de óbitos de acordo com a faixa etária pelo
número de nascidos vivos, multiplicados por mil, foi realizado. Associando as
taxas de óbitos neonatais e pós-neonatais de Rio Largo, observou-se que os
óbitos neonatais têm uma leve tendência de queda nas taxas no decorrer dos
anos, sendo elas 12,8 11,4, 10,4 e 10,8 óbitos infantis para cada 1000 nascidos
vivos nos anos de 2006, 2009, 2012 e 2015, respectivamente. Já os óbitos
pós-neonatais têm um aumento entre 2006-2009 (7,7 para 8,6 óbitos infantis para
cada 1000 nascidos vivos) e 2012-2015 (4,3 para 8,8 óbitos infantis para cada 1000
nascidos vivos). Através da análise de dados compreende-se o nível de
prevalência da mortalidade. Da mesma forma como evidências epidemiológicas
mostram, é notória uma tendência de queda na mortalidade neonatal, sendo
reflexo do declínio da fecundidade e efeito de intervenções públicas nas áreas
de saneamento e saúde, somadas a uma equipe de atenção perinatal, que acompanha
a admissão da gestante até o trabalho de parto e os primeiros meses de vida da
criança.
Palavras-chave: Datasus, óbito neonatal, óbito pós-neonatal.
Efeitos
de contraceptivos hormonais na composição corporal de mulheres em idade fértil
Luana Gomes da Silva,
Maria da Conceição Chaves de Lemos
Universidade
Federal de Pernambuco
Introdução: Segundo a Pesquisa
Nacional de Crescimento Familiar realizada nos Estados Unidos em 2010,
observou-se em 63% das mulheres que utilizaram anticoncepcionais hormonais como
meio de prevenção, a interrupção do uso devido a efeitos colaterais, com
predomínio do ganho de peso. Alguns dos mecanismos que pressupõem o ganho de
peso são o aumento da gordura subcutânea mediado por
estrogênio, retenção hídrica e alteração de apetite e saciedade. Objetivo: Essa revisão teve como
objetivo analisar o que a literatura esclarece a respeito dos efeitos
colaterais de anticoncepcionais hormonais sobre a composição corporal de
mulheres em idade fértil. Métodos: A
revisão bibliográfica foi realizada entre janeiro a março de 2018. Os dados
foram coletados por meio de pesquisa nas bases de dados PubMed/MedLine, Scielo e Lilacs, utilizando as
seguintes palavras-chave de maneira cruzada: composição corporal +
anticoncepcionais, composição corporal + contracepção, anticoncepcionais +
massa gorda. Foram incluídos na pesquisa artigos na língua inglesa e
portuguesa, publicados no período de 2008 a 2018. Da avaliação realizada foram
eleitos, dos 16 estudos que compõem esta revisão, somente 2
estudos que representam o todo, sendo o primeiro um estudo de coorte e o
segundo um estudo prospectivo controlado. Resultados:
Um estudo prospectivo de coorte ao comparar a utilização do contraceptivo
Acetato de depo-medroxiprogesterona e o Dispositivo
Intrauterino de Cobre (DIU) em 37 mulheres em idade fértil com Índice de Massa
Corporal <30 kg/m² observou que, após 12 meses, houve aumento significativo
de peso (5,53 kg, em média), sendo 2,3 kg de massa gorda e 3,18 kg de massa
livre de gordura no grupo que utilizou o método hormonal, enquanto que somente
foi verificado um único aumento do grupo não-hormonal
identificado pelo Índice de Massa Corporal. O uso de contraceptivos hormonais
de uso contínuo a longo prazo, associado à inibição
desse efeito, pode representar até 9000 calorias por ano. Em outro estudo
prospectivo e controlado, foram observadas 77 mulheres usuárias de
Contraceptivos Orais Combinados e 58 usuárias de Acetato de depo-medroxiprogesterona,
foi verificado no segundo grupo aumento de peso (+5,1 kg), representado por
gordura corporal (+4,1 kg) e porcentagem de gordura corporal (+3,4%). É
observado na literatura que usuárias de métodos não-hormonais
tendem a não ganhar peso ≤ 5%, enquanto que usuárias de métodos
anticoncepcionais que contenham algum hormônio tendem a ganhar peso, em
especial massa gorda. Conclusão:
Concluímos que alguns métodos contraceptivos hormonais têm efeitos negativos na
composição corporal de mulheres em idade fértil, como o ganho de gordura
corporal, sendo seus efeitos mais evidentes com o aumento do tempo de
acompanhamento. No entanto, seria necessária a avaliação detalhada do estilo de
vida e do consumo alimentar não referida na maioria dessas pesquisas, antes de
atribuir o ganho ponderal somente a ação medicamentosa, pois assim, seria necessário a análise de possíveis vieses de interpretação.
Palavras-chave: anticoncepcionais,
hormônios, composição corporal.
Intervenção
nutricional em pacientes oncológicos com cuidados paliativos
Camila Pacheco
Freire, Mariana Moura de Andrade, Jorge Marcelo Vasconcelos Sodré Neves,
Letícia da Silva Pachêco
Introdução: A neoplasia
maligna é caracterizada pelo crescimento descontrolado e pela disseminação de
células anormais, que continuam a se reproduzir até que formem uma massa de
tecido conhecida como tumor. Ele é usualmente tratado por radiação,
quimioterapia e cirurgia utilizadas de forma exclusiva ou em combinação. Cada
forma de terapia impõe riscos nutricionais para o paciente. É importante
ressaltar que, a nutrição é um assunto pertinente aos pacientes em cuidados
paliativos e inclui a alimentação artificial. Tem especial papel preventivo,
possibilitando meios e vias de alimentação, reduzindo
os efeitos adversos provocados pelos tratamentos, retardando a síndrome
anorexia-caquexia e ressignificando o alimento.
Objetivo: Verificar por meio da intervenção nutricional à prevenção ou
reversão do estado nutricional em pacientes oncológico, para garantir melhor
qualidade de vida e assim evitar a progressão para quadro de caquexia. Métodos: Trata-se a uma
revisão bibliográfica narrativa feita nas bases de dados Pubmed e Scielo, com recorte
temporal de 2001 a 2017. Foram selecionados artigos em português e inglês,
usando os seguintes descritores intervenção nutricional, oncologia e terapia
nutricional. Resultados: Uma
intervenção nutricional ideal deve começar com uma avaliação do estado
nutricional do doente e, com base no resultado desta avaliação preliminar, pode
incluir aconselhamento alimentar, como por exemplo, suplementação nutricional
oral, que é rica em nutrientes imunomoduladores, como
ácidos graxos polinsaturados w-3,
arginina e nucleótidos,
os quais podem melhorar a
função imunológica, reduzir a resposta
inflamatória e melhorar a função
intestinal, podendo ainda ter efeitos benéficos no aumento do
apetite e do
peso. Quando a alimentação por via oral não
é possível ou é inadequada, a
utilização de Nutrição Entérica e/ou
Nutrição Parentérica pode ser necessária
para assegurar o aporte de nutrientes. O cuidado nutricional vai
assegurar a
ingestão alimentar, conforme as necessidades e
recomendações nutricionais, por
meio da orientação da dieta, da avaliação e
monitoramento do estado
nutricional. Portanto, o foco principal é melhorar a qualidade
de vida através
da intervenção nutricional, a fim de controlar sintomas
associados ao baixo
consumo de alimentos que podem acarretar em caquexia. Conclusão: O estado de saúde é influenciado pelos aspectos
nutricionais, contribuindo para a qualidade de vida, o cuidado nutricional deve
estar integrado aos cuidados oncológicos globais. A intervenção conjunta médica
e nutricional contribuiu diretamente para o controle dos sintomas, permitindo a
discussão quanto à conduta individualizada, promovendo o controle adequado da
dor, aumento da ingestão alimentar e auxiliando o paciente oncológico em
cuidados paliativos a viver com melhor qualidade de vida.
Palavras-chave: desnutrição,
prevenção, nutrição, câncer.
Controvérsias
do uso de aminoácidos de cadeia ramificada no rendimento esportivo
Maria Brígida Fonseca
Galvão, Alessandra Araújo dos Santos, Fabiene Maria
Brito do Nascimento, Kalyne de Medeiros Pereira
Introdução: Praticantes de
exercício físico estão sempre em busca de melhorar seu rendimento, desta forma,
muito se tem discutido acerca do uso de suplementos na prática da atividade
física. Existe uma ampla área de comercialização destes produtos que
aparentemente prometem um aumento de resistência muscular, hipertrofia e até a
redução da fadiga muscular que pode ser explicada pelos danos musculares
causados em decorrência da realização de exercícios físicos de alta
intensidade. Neste contexto ganha destaque a suplementação de aminoácidos de
cadeia ramificada (BCAA), são eles a leucina, isoleucina
e a valina. Estes aminoácidos são classificados como essenciais e por isso, é
imprescindível sua obtenção através da dieta ou como forma de suplementação.
Inúmeros estudos demonstram que o uso de tais suplementos é capaz de retardar a
fadiga muscular, ao mesmo tempo em que estimulam a síntese proteica. Porém
existe a necessidade de discutir se todos esses dados a cerca da suplementação
de tais aminoácidos na prática esportiva são apenas teóricos, ou comerciais. Objetivo: Analisar artigos existentes
sobre o uso do BCAA na prática do exercício físico e apresentar seus resultados
com o intuito de esclarecer se realmente existem diferenças no rendimento dos
praticantes. Métodos:
Trata-se de uma
revisão de literatura, na qual foram utilizadas cinco bases de
dados como fonte
de pesquisa de material, selecionando-os em idiomas inglês e
português,
utilizando como critério de exclusão, artigos anteriores
ao ano de 2015 e como
critérios de inclusão, artigos científicos
contendo as palavras chaves:
‘Aminoácidos’, ‘nutrição’,
‘suplemento’, ‘esporte’,
‘desempenho’ e ‘endurance’ destes, um estudo foi realizado em ratos
enquanto o restante utilizou modelos humanos. Resultados: Os diferentes trabalhos apresentavam como população
corredores de endurance, praticantes de atividade
física de alta intensidade e treinados em resistência. De acordo com os
parâmetros: Desenvolvimento do anabolismo muscular, aumento do desempenho,
diminuição de dor muscular e fadiga, a utilização do suplemento composto por
leucina, isoleucina e valina mostrou-se eficiente,
destacando-se em alguns estudos, efeitos positivos conforme sua utilização em
condições hipocalóricas. Por outro lado, os demais artigos verificados
relataram efeitos controversos ou negativos com relação à suplementação, nos
quais informavam não haver efeito sobre a redução da fadiga muscular e a
promoção do anabolismo muscular. Conclusão:
Ao analisar os diferentes estudos podemos concluir que a influência do uso de
aminoácidos de cadeia ramificada sobre o desempenho esportivo apresenta tanto
efeitos positivos quanto controversos quanto à suplementação, apesar disso, é
válido ressaltar que a ingestão de proteína deve estar adequada na dieta,
minimizando a necessidade de suplementar. Diante disto é interessante a
realização de mais estudos com uma população maior e com uma maior diversidade
de esportes realizados, que permitam evidenciar o real efeito da utilização do
BCAA e sua relação com o desempenho esportivo.
Palavras-chave: nutrição, BCAA,
esporte, suplemento.
Efeitos
ergogênicos da creatina em exercícios de curta
duração
Fabiene Maria Brito do
Nascimento, Alessandra Araújo dos Santos, Antonio Erison da Cruz Sousa, Maria Brigida
Fonseca Galvão, Louhana Araújo Nunes Correia
Introdução: Recursos ergogênicos são fatores que supostamente tem a capacidade
de melhorar o desempenho atlético por meio da potência física, da força mental
ou da vantagem mecânica. As competições de hoje alcançaram um patamar muito
competitivo e cada vez mais diferentes meios são utilizados para otimizar o ganho de capacidades físicas e/ou psicológicas
para que os objetivos sejam atingidos. Dentre os vários recursos ergogênicos daremos destaque a
creatina, um composto também denominado de ácido acético metilguanidina,
que é encontrada naturalmente nos alimentos e é sintetizada pelo organismo, nos
rins, fígado e pâncreas. Atualmente a creatina vem sendo utilizada com o
interesse em melhorar o desempenho físico, especialmente em exercícios de curta
duração e alta intensidade, como o que se pode analisar no teste de Sprint de
100 metros, onde a creatina se mostra responsiva como um recurso ergogênico, na melhora da performance
do exercício realizado, de caráter fosfogênico, como
observam alguns autores. Objetivo:
Avaliar a literatura existente sobre o uso da creatina em exercícios de curta
duração e apresentar seus resultados com a finalidade de analisar se realmente
há evidências de benefícios no rendimento dos praticantes. Métodos: Para obtenção dos dados referentes a
creatina na atividade física, foi realizada uma revisão de literatura sobre o
assunto em questão. Foram utilizadas como bases de dados, selecionando-as em
inglês e português, os sites das revistas: Revista Brasileira de Nutrição
Esportiva e Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, PubMed e o livro Nutrição,
Metabolismo e Suplementação do autor Julio Tirapegue. Foram utilizados os termos-chaves: “creatina na
atividade física” e “creatine in physical
activity”. Resultados: Diante de todo o processo de
revisão da literatura disponível, foi verificado que a creatina se mostrou benéfica
no aumento da performance da atividade física de curta
duração, garantindo a ressíntese de ATP. Na maioria
dos artigos os estudos foram feitos em indivíduos do sexo masculino, e poucos
realizados com mulheres. Um dos artigos contradiz o efeito ergogênico,
onde a creatina não mostrou benefícios de energia, porém em baixas doses
proporcionou retardo no processo de fadiga. Conclusão:
Através dessa revisão concluímos que a creatina se mostra responsiva na melhora
da performance em exercícios de curta duração e alta
intensidade. Provavelmente alguns estudos não conseguem comprovar o efeito ergogênico da creatina por não seguir corretamente o
protocolo de utilização de dose segura que seria de 20 g ao dia.
Palavras-chave: nutrição,
desempenho, performance, atividade.
Elaboração
de embutido vegetariano à base de abóbora
Raíssa Andrade de Araújo
Silva, Andressa Thauany de Sousa Alves, Maria Agnes
Araújo Lins, Leandro Finkler
Introdução: A abóbora é um
vegetal que possui vitaminas do complexo B, A e C, fibras e minerais
(potássio, fósforo, cálcio e magnésio), além de outro componente que merece
destaque, os compostos carotenoides, por atuarem como antioxidantes
e pró vitamina A no organismo. Desenvolver um novo produto
alimentício é uma atividade complexa e multidisciplinar que envolve diversos
setores de uma empresa. Os embutidos, em sua maioria, dizem respeito à
indústria cárnea. Contudo, já existe no mercado vegetariano, embutidos contendo
massa de diferentes variedades vegetais. Um exemplo é a glutadela,
uma “mortadela” à base de glúten, que visa atender o público vegetariano/vegano. Objetivo: O presente trabalho teve como
objetivo a elaboração de um embutido vegetariano a base de abóbora utilizando
os princípios da tecnologia de alimentos. Métodos: Realizou-se pesquisa bibliográfica em artigos da base
de dados Google Acadêmico e Scielo, sem recorte
temporal, no período de outubro a dezembro de 2017. Foram empregados como
descritores: “Abóbora”, “Embutido”, “Qualidade” e “Tecnologia”. A partir
dessa, foi compilado um protocolo de processamento do embutido a base de
abóbora que foi produzido no Laboratório de Tecnologia de Alimentos. Resultados: Primeiramente foi feita
lavagem manual da abóbora com água, sabão e esponja, para remover sujidades.
Logo após, a higienização em solução clorada (200 ppm), na qual as abóboras e beterrabas ficaram
imersas por 15 minutos. A beterraba foi ralada, misturada com sal e açúcar e
mantida em descanso por 70 minutos para extração dos pigmentos utilizados na
coloração do produto. Em seguida, o envoltório sintético foi submetido à
pigmentação e hidratação, por 1 hora. As sementes e a casca da abóbora foram
retiradas manualmente. Pedaços da abóbora foram submetidos a cozimento por
vapor por 20 minutos. Em seguida, misturada, homogeneizada com o suco de
beterraba, e levada ao fogo, até não haver mais, suco, formando uma massa
colorida. Logo foram adicionados ingredientes (alho, sal, pimenta calabresa,
azeitona verde sem caroço) e, ao final da mistura, foi adicionada a gelatina sem
sabor incolor previamente dissolvida em água fria. A massa foi homogeneizada e
embutida. O embutido foi armazenado sob refrigeração
(7°C) e apresentando coloração semelhante aos embutidos cárneos, com ponto de
corte ideal. Uma porção de 100g possui 46 Kcal, 4g de carboidrato, 6 gramas de proteínas, 1,5g de lipídeos e 2 g de fibras. O
resultado da medida de aw (0,95) indica alto risco
para desenvolvimento de bactérias, entretanto, a presença de alho na composição
pode diminuir a atividade microbiológica devido a sua característica
bacteriostática. Conclusão: A
utilização da abóbora no desenvolvimento de um novo produto com características
de embutido permite aumentar a demanda por essa matéria prima e assim diminuir
perdas da produção agrícola.
Palavras-chave: tecnologia de
alimentos, vegetarianismo, produto alimentício.
Evolução
do aleitamento materno exclusivo em crianças do nordeste brasileiro: uma
análise através do SISVAN-WEB
Raíssa Andrade de Araújo
Silva, Vanessa Sá Leal
Correspondência:
andradeisa168@gmail.com
Universidade
Federal de Pernambuco
Introdução: O processo de
amamentação é complexo, envolvendo não apenas o ato de nutrir, como também a
interação da lactante e o lactente, fortalecendo o vínculo entre mãe e filho, estado
nutricional, imunidade, desenvolvimento cognitivo e emocional. O leite materno
é rico em anticorpos, Imunoglobulinas A, M e G, macrófagos,
neutrófilos, linfócitos B e T, lactoferrina, lisosima e fator bífido. O aleitamento exclusivo é
recomendado até os primeiros seis meses de vida, e a alimentação complementar pode ocorrer até os dois anos ou mais, por outro lado, o
hábito de introduzir alimentos precocemente, pode trazer prejuízos à saúde da
criança objetivo: O presente trabalho tem como objetivo verificar as
prevalências de aleitamento materno exclusivo em menores de seis meses no
período de 2014 a 2017, na Região Nordeste do Brasil. Métodos: Os dados foram obtidos através do Sistema de Vigilância
Alimentar e Nutricional (SISVAN-WEB), a partir da consulta no módulo referente
ao consumo alimentar, onde foram preenchidas os seguintes opções: ano de
referência (2014, 2015, 2016, 2017), mês de referência (todos), agrupamento
(por região), região (nordeste), faixa etária (menores de 6 meses), tipo de relatório
(aleitamento materno exclusivo), povo e comunidade (todos), sexo (todos),
raça/cor (todas), acompanhamentos registrados (todos), escolaridade (todos).
Posteriormente foi realizada uma nova pesquisa por estados do Nordeste,
englobando todas as regiões de saúde. Devido às características do estudo, que
analisa dados de acesso público referentes a sistemas oficiais de informação do
Ministério da Saúde, considerou-se que o mesmo não necessita de aprovação em
comitês de ética reconhecidos pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa. Resultados: No ano de 2014, 82% das
crianças avaliadas estavam em aleitamento exclusivo; Em 2015, apenas 39%; em
2016, 38%; e em 2017, 45%. Dentre os Estados da região, em 2017, o Ceará, Bahia
e Rio Grande do Norte apresentaram os melhores percentuais (50%, 49% e 49%,
respectivamente), enquanto o Piauí obteve a prevalência mais baixa (26%).
Conclusão: De acordo com os dados, houve redução em mais de 100% na prevalência
de aleitamento materno exclusivo entre os anos de 2014 e 2015, e apesar dessa
redução, a partir do ano nos anos seguintes os percentuais mantiveram-se
relativamente estáveis, o que nos leva a sugerir maiores investigações sobre os
fatores associados à manutenção deste hábito e sobre a logística de registro de
dados no SISVAN-WEB, uma vez que a diferença entre 2014 e os demais anos é
consideravelmente superior.
Palavras-chave: lactação, saúde
pública, vigilância nutricional.
Macrossomia
neonatal como consequência do excessivo ganho ponderal materno: uma revisão
Dayane Silva do
Nascimento
Introdução: A gravidez é
marcante na vida da mulher por suas notáveis mudanças internas e externas, como
o ganho de peso. Este ganho é importante por definir o estado nutricional da
mãe, influenciando também o ganho de peso fetal. A mudança ocorre com o elevado
metabolismo basal materno, aumentando a ingestão energética e então aumentando
seu peso, podendo evoluir para sobrepeso ou obesidade. Tais condições são
consideradas fatores de risco para Doenças Crônicas Não-Transmissíveis, e
problemas de saúde pública por suas variadas consequências na saúde. A macrossomia é uma delas, sendo denominação tanto para pesos
neonatais superiores a 4000g ou ao percentil 90, tanto
para os superiores a 4.500g ou ao percentil 97. Objetivo: Este artigo busca
abordar a relação entre ganho de peso excedido da mãe no período gestacional e
consequências ao peso do neonato, e analisar a realidade atual do caso. Métodos: Foi realizada uma revisão
sistemática da literatura, de busca retrospectiva nas bases científicas Scielo, Biblioteca Virtual em Saúde e PubMed considerando os descritores “gravidez”, “peso
excessivo” e “estado nutricional materno”, além de buscas manuais
pelas listas de referência e em livros. Resultados: Durante a gestação é constante o gradiente glicídico
entre mãe e feto, o qual usa o nutriente como principal fonte energética. Nos
primeiros dois trimestres, o metabolismo materno é anabólico visando estoque
energético com a deposição de gorduras, ocorrendo assim ganho de peso. O
excesso de peso, em especial a obesidade, gera repercussões metabólicas, sendo
que a obesidade aumenta a concentração sanguínea de ácidos graxos, poupando a
glicose de surprir energias, ocasionando
hiperglicemia crônica, ou seja, afetando diretamente o ganho de peso fetal. A
educação nutricional é necessária nesta fase pois
fatores como a ideia de “comer por dois”, o aumento da necessidade energética e
consequente busca por alimentos hipercalóricos elevam chances de ganhos
excedidos de peso materno, devendo haver aconselhamento personalizado e
orientação sobre alimentação adequada. Diversos estudos demonstram relação
entre pesos materno e neonatal: no Rio de Janeiro, 23,5% de gestantes com
excessivo ganho de peso tiveram filhos macrossômicos;
na Turquia, 8,6% foi a prevalência de macrossomia, principalmente por elevados índice de massa
corporal e ganho de peso gestacional; e nos Estados Unidos, relatou-se que
neonatos ganharam de 14,1g a 21g a cada quilograma de peso materno excedido
durante a gravidez. Aumento de peso e de índice de massa corporal maternos,
porém, não são os únicos causadores da macrossomia,
mas também idade materna avançada, diabetes mellitus, multiparidade,
nascimento pós-termo e feto de sexo masculino. A macrossomia pode ainda estar correlacionada ao futuro
estado nutricional do neonato, com risco de sobrepeso ou obesidade na fase
adulta. Conclusão: Com base no
conteúdo abordado neste artigo, conclui-se que o ganho excessivo de peso
materno na gestação confere importante risco de macrossomia
neonatal. Portanto, o estado nutricional materno adequado é contribuinte para a
saúde do filho.
Palavras-chave: gravidez, peso
excessivo, estado nutricional materno.
Camellia sinensis e suas propriedades no tratamento da síndrome
metabólica
Widemar Ferraz da Silva, Nathália de Freitas Penaforte,
Samara Monteiro da Silva, Elvira Ferreira de Morais Lima, Rebecca Peixoto Paes Silva
Introdução: A síndrome
metabólica é caracterizada por um conjunto de desordens que envolvem o aumento
da resistência à insulina, dislipidemia, hipertensão e obesidade abdominal. A
planta Camellia sinensis
utilizada na produção do chá verde é rica em epigalocatequinas,
um composto bioativo que vem ganhando atenção devida
suas propriedades funcionais, principalmente na prevenção de doenças crônicas.
Neste sentido, o objetivo do presente estudo foi descrever os efeitos das epigalocatequinas em pacientes com síndrome metabólica. Métodos: Foi realizada uma revisão
bibliográfica de artigos científicos publicados em periódicos nacionais e
internacionais, indexados nas seguintes bases: SciELO, Google Acadêmico, Pubmed
e Periódicos CAPES, utilizando artigos publicados nos últimos cinco anos, a
partir dos seguintes descritores: metabolic syndrome, green tea e epigallocatechin. Resultados: Os trabalhos avaliados
demonstraram que a ingestão de 300 a 928mg de epigalocatequinas
através do consumo de chá verde ou extratos provenientes de manipulações
farmacológicas é capaz de promover melhora de sistemas antioxidantes e reduzir
marcadores de risco cardiovascular. Alguns autores mostraram que o consumo de
em média 800mg de epigalocatequinas, equivalente a
quatro xícaras de chá verde dividido ao longo do dia, durante oito a doze
semanas, foi capaz de elevar as concentrações de glutationa
redutase (1783,11 para 2394,88 µg/g) e antioxidantes
plasmáticos (1,5 para 2,3µmol/L), bem como reduziu significativamente a pressão
arterial e frações do colesterol de indivíduos obesos. Entretanto, foi
observado que o consumo destas quantidades promoveu um leve aumento da alanina aminotransferase (27,2 para 33,6 UI/L) do grupo
suplementado quando comparado ao placebo. Em contrapartida, estudos realizados
com 300mg/d durante o mesmo período de tempo dos trabalhos anteriores, não
relatou qualquer alteração em marcadores de dano hepático. Alguns trabalhos
também descrevem diminuição do peso e circunferências, porém, tais resultados
se devem a associação de dietas hipocalóricas, não havendo assim alteração da
taxa metabólica em repouso, quociente respiratório ou oxidação lipídica dos
participantes suplementados. Conclusão:
O consumo de chá verde demonstrou potencial no tratamento das comorbidades associadas à síndrome metabólica, contudo,
altas doses devem ser administradas com cautela, visto que podem acarretar em
complicações para indivíduos com disfunções hepáticas.
Palavras-chave: chá verde, epigalocatequinas, doenças crônicas não transmissíveis
Ômega-3
e potencial anti-inflamatório durante o diabetes gestacional
Widemar Ferraz da Silva, Nathália de Freitas Penaforte,
Elvira Ferreira de Morais Lima, Edson Douglas Silva Pontes, Rebecca Peixoto
Paes Silva
Introdução: O diabetes mellitus
gestacional é caracterizado pela diminuição da tolerância à glicose com
magnitude variável, sendo diagnosticado durante a gravidez. Vem sendo mostrado
que além deste distúrbio, pacientes nesta condição também demonstram um estado
de inflamação mais acentuado quando comparadas a mulheres com gestações
normais, tornado-se mais susceptíveis a partos
prematuros, restrição do crescimento intrauterino e abortos espontâneos. Em
vários países a baixa incidência de doenças inflamatórias vem sendo atribuída
ao grande consumo de peixes marinhos de águas frias, fontes de ômega-3, um
nutriente capaz de modular o sistema imune, reduzindo derivados do ácido
araquidônico e promovendo ação anti-inflamatória. Logo, o objetivo do presente
estudo foi avaliar o efeito do consumo de ômega-3 em mulheres com diabetes
mellitus gestacional. Métodos: Foi
realizada uma revisão bibliográfica de artigos científicos publicados em
periódicos nacionais e internacionais, indexados nas seguintes bases: SciELO, Google Acadêmico, Pubmed e Periódicos CAPES, utilizando artigos publicados
nos últimos cinco anos, a partir dos seguintes descritores: diabetes
gestacional, inflamação e ômega 3. Resultados:
Os estudos avaliados mostraram que a administração de 1000 mg
de ômega-3 contendo 180 mg de ácido eicosapentaenóico
e 120mg de ácido docosa-hexaenoico em sua composição
foi capaz de atenuar marcadores inflamatórios. Alguns autores evidenciaram após
seis semanas de administração da suplementação uma redução significativa dos
níveis de proteína C reativa, fator de necrose tumoral alfa e interleucina 1, três importantes
marcadores do processo inflamatório presentes em pacientes com diabetes
mellitus gestacional. Além disso, um dos artigos apontou que esta redução
acontece em resposta à ingestão destes ácidos graxos essenciais que induzem uma
regulação positiva dos receptores ativados por proliferação de peroxissoma, que por sua vez, atuam inibindo a ativação de
células do sistema imune e a iniciação da cascata inflamatória. Conclusão: Sendo assim, existem indícios
de que a suplementação de ômega-3 durante o diabetes gestacional é capaz de
diminuir o quadro inflamatório através de um mecanismo regulatório, promovendo
a homeostase e reduzindo o risco de desfechos negativos ao longo da gravidez.
Palavras-chave: ômega 3, inflamação, gestação
Relação
da proporção cálcio e fósforo sobre o impacto na densidade mineral óssea em
idosos
Julhyane Eduardo da Cunha, Clécia Alves da Silva, Renata Cristina Valença Fraga
Introdução: A densidade mineral
óssea é uma medida da massa óssea referente ao quantitativo mineral ósseo
(cálcio) em gramas por centímetro quadrado, sendo utilizada na medicina clínica
como um indicador da osteoporose e risco de fraturas. Muitos fatores são
influenciadores da densidade mineral óssea, inter-relacionados nos processos de
reabsorção e formação do osso, fazem parte deles: idade, peso corporal,
tabagismo e a ingestão excessiva de álcool. Diversos nutrientes também são
encaixados nessa classificação de influenciadores do percentual de massa óssea:
o cálcio e o fósforo são considerados essenciais à saúde óssea em idosos.
Objetivo: Realizar uma investigação acerca da relação da proporção cálcio e
fósforo sobre o impacto na densidade mineral óssea. Metodologia: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica nas bases de
dados Scielo, Lilacs, Bireme, Medline, Pubmed. Os critérios de inclusão foram artigos científicos
em português e inglês, publicados nos últimos cinco anos. Resultados: Em 2040 o número de idosos duplicará, com isto, um
aumento na incidência de fraturas ocasionará incapacidade significativa e alta
taxa de mortalidade neste grupo, resultando em maiores gastos ao sistema
público de saúde. É sabido que o cálcio e o fósforo possuem uma relação intensa
na saúde óssea, por fazerem parte da composição da matriz inorgânica do osso na
forma de hidroxiapatita. É relatado que haja uma
alteração dos mecanismos homeostáticos que regulam a saúde óssea, quando a
proporção cálcio: fósforo é ingerida inadequadamente.
Foi observado que uma proporção elevada de fósforo: cálcio (aproximadamente
3-4:1) levou a efeitos adversos na saúde, devido a altas concentrações de
hormônio paratireóideo sérico, o que aumenta a
reabsorção óssea e, portanto, predispõe redução no percentual de massa óssea.
Um levantamento transversal com um total de 4.935 indivíduos coreanos, com a
estimativa da ingestão dietética através do recordatório
24 horas, e a densidade mineral óssea mensurada por absorciometria
de raios X de energia dupla, concluiu que a proporção adequada cálcio: fósforo
(mg: mg = 1,5:1) foi relacionada positivamente a
densidade mineral óssea do pescoço femoral de homens ≥ 50 anos, assim
como, a ingestão de cálcio foi associada positivamente com a densidade mineral
óssea para todo corpo em mulheres pré-menopáusicas.
Os resultados de outra análise transversal com número amostral de 1228 homens e
mulheres, usando os mesmos instrumentos de pesquisa que a análise anterior
sugere que padrões elevados de consumo de fósforo e baixa proporção de cálcio: fósforo na dieta, não exercem um efeito adverso na densidade
mineral óssea nos principais locais de fratura em adultos mais velhos,
sobretudo quando a ingestão de cálcio está adequada conforme as recomendações
para idade e sexo. Conclusão: É observado que a ingestão dietética adequada de
cálcio e fósforo predispõe melhor saúde óssea. No entanto, é
necessário estudos prospectivos randomizados com indivíduos experimentais
alimentados com dietas contendo diferentes razões cálcio: fósforo para examinar
essa relação e os efeitos esqueletais adversos sobre
a densidade mineral óssea.
Palavras-chave: saúde da terceira
idade, micronutrientes, qualidade de vida.
Dieta
de baixo teor de carboidratos para a redução de tecido adiposo: revisão de
literatura
Mariana Matias
Barros, Mariana Peiter Lessa, Waléria
Dantas Pereira Gusmão, Beatriz Salgado Metodio, Ismaell Avelino de Sousa Sobrinho
A obesidade é o
problema nutricional de maior crescimento na população nos últimos anos, sendo
considerada uma epidemia mundial, suas consequências para a saúde são inúmeras,
variando do risco de morte antecipada a várias doenças não letais, mas que
afetam a qualidade de vida do indivíduo. Pessoas obesas apresentam um risco de
desenvolverem diabetes tipo 2 três vezes maior quando
comparadas a pessoas eutróficas. Os indivíduos podem
perder peso corporal e melhorar o estado de saúde em uma ampla gama de
intervenções dietéticas restritas. Vários estudos relacionam a dieta de baixo
teor de carboidratos como benéfica para a melhoria dos marcadores da síndrome
metabólica, mas resultados ainda indicam que existem importantes e mal
compreendidos efeitos da restrição de carboidratos, que merecem uma
investigação mais aprofundada. Este artigo teve como objetivo, revisar a
eficácia das dietas com baixo teor de carboidratos e avaliar sua eficácia na
perda de peso. Os meios utilizados para o levantamento dessa revisão foram os
bancos de dados: SciELO e PubMed, sendo selecionados artigos publicados nos últimos
25 anos. Após a revisão pode-se inferir que a dieta de baixo carboidrato em
curto prazo é eficaz na perda de peso e melhora alguns parâmetros bioquímicos,
mas estudos em longo prazo são indispensáveis para avaliar se tais benefícios
irão persistir ao longo dos anos, pois o abandono pelos indivíduos nas dietas
de baixo teor de carboidratos nas pesquisas ainda é de alta prevalência.
Palavras-chave: carboidrato, baixo
carboidrato, perda de peso, dieta cetogênica.
Associação
da mídia com o comportamento alimentar na infância
Luana de Souza Godoy
A construção de
hábitos saudáveis desde a infância é capaz de favorecer o adequado crescimento
e desenvolvimento para essa fase da vida, além de repercutir na vida adulta
atuando na prevenção de doenças crônicas. Desse modo, a veiculação da mídia com
comerciais de alimentos e bebidas açucaradas tem sido foco de preocupação
devido aos impactos na formação de atitudes e hábitos alimentares na infância, uma
vez que, a exposição à publicidade alimentar tem contribuído para a valorização
e ingestão de alimentos de baixo valor nutricional e alto teor calórico. A
mídia com todo o seu alcance e poder persuasivo pouco objetiva promover
mensagens sobre alimentos saudáveis e saúde, sendo capaz de influenciar
negativamente as populações mais vulneráveis nos processos de escolha e compra
de produtos alimentícios, com consequentes prejuízos nutricionais. O presente
trabalho teve como objetivo analisar a influência da propaganda de alimentos no
comportamento alimentar de crianças e adolescentes.
Para a presente revisão bibliográfica foram selecionadas 09 produções
científicas publicadas entre 2007 e 2015 a partir das bases de dados: PubMed e Lilacs.
A televisão e a Internet constituem meios de comunicação de livre acesso às
crianças e têm sido responsáveis pela veiculação de práticas alimentares não
saudáveis. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a influência dos
comerciais de alimentos sobre o comportamento alimentar desse público favorece
o surgimento de quadros de sobrepeso e obesidade com risco aumentado para
doenças como diabetes, doenças cardiovasculares e hipertensão arterial na vida
adulta. Diversos estudos da literatura observaram que os alimentos mais anunciados
são aqueles ricos em açúcar, gordura, sódio, pobre em fibras
e altamente calóricos: cereais matinais, refrigerantes, sucos
artificiais, biscoitos recheados, salgadinhos, guloseimas e anúncios de fast-food. Propagandas sobre alimentos saudáveis são
praticamente inexistentes. As técnicas de marketing mais utilizadas pela
indústria de alimentos incluem personagens animados, músicas, cores, promoções,
oferta de brindes e apelo para termos como “nutritivo”, “saboroso” e
“divertido”. Logo, as crianças são facilmente mal influenciadas quanto a preferência, consumo, na interpretação de mensagens e na
formação de opinião sobre determinado alimento bem como no poder de
convencimento de compras através dos pais. No ano de 2006, o Conselho Nacional
de Auto-Regulamentação, visou normatizar a publicidade de alimentos e bebidas
no Brasil, na qual o consumo desses produtos não deve ser encorajado em
detrimento de alimentos e hábitos saudáveis. A publicidade alimentar parece
influenciar fortemente a escolha inadequada dos alimentos ao induzir o desejo e
intenção de compra. Os recursos utilizados nos comerciais de alimentos
extrapolam a ética publicitária. Sendo necessário, portanto, a implementação de medidas que regulamentem o marketing
direcionado ao público infantil em relação à quantidade de anúncios e tipo de
conteúdo das mensagens transmitidas.
Palavras-chave: propaganda de
alimentos, escolha alimentar, crianças.
Ação de
educação alimentar e nutricional em projeto de extensão com pré-escolares: nova
perspectiva para o marketing
Letícia da Silva Pachêco, Caroline Silva dos Santos, Bruna Karoline Alves de
Melo Silva, Catharina Vitória Barros de Lima, Sílvia Alves da Silva
Introdução: O marketing é
definido como processo que objetiva a criação, comunicação, entrega e a troca
de ofertas com valoração individual e coletiva, buscando satisfazer as
necessidades e desejos dos potenciais clientes. Nesse sentido, crianças são alvo fácil da publicidade televisiva, pois a compreensão
da intenção do comercial geralmente aparece entre 7 e 8 anos, antes deste
estágio, elas tendem a considerar os comerciais como entretenimento. A vista
disso, os heróis e histórias de aventura são associados
aos alimentos infantis em comerciais. Sendo assim, as propagandas direcionadas
ao grupo dos pré-escolares, têm efeito mais nocivo do que aquela direcionada às
crianças maiores de 8 anos, pois nesta fase ocorre o
período crítico para internalizar padrões de comportamento alimentar que são
determinantes para melhorar a qualidade de vida na fase adulta e senil.
Valendo-se dessa afirmativa, a educação nutricional é definida como “uma
variedade de experiências planejadas, para facilitar a adoção voluntária de
hábitos alimentares ou de qualquer comportamento relacionado à alimentação, que
conduz à saúde e ao bem-estar” é importante para estimular o imaginário,
combinando personagens heroicos e contação de
histórias à alimentação saudável, confrontando o exposto pela publicidade
televisiva que majoritariamente associa os heróis a alimentos densamente
energéticos e pobres em micronutrientes promovendo o aumento da prevalência de
doenças crônicas não transmissíveis. Objetivo:
Relatar a ação de educação alimentar e nutricional, incentivando a associação
de personagens de forma saudável e adoção pelo marketing como fator importante
na construção de hábitos saudáveis. Metodologia:
Para fundamentação teórica realizou-se buscas na plataforma Google Acadêmico,
datados entre 2006 e 2018, segundo descritores: educação nutricional,
marketing, pré-escolares, alimentação infantil. Assim, a ação de estratégia em
educação nutricional foi implantada com 20 crianças, entre 3
e 4 anos, na creche do Centro de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente,
localizado em Vitória de Santo Antão/PE, pelas alunas do curso de Nutrição
participantes do projeto de extensão: “Estratégias de educação nutricional para
crianças pré-escolares de Vitória de Santo Antão”, em outubro de 2017. A ação
referida foi a contação de história relacionando
heróis à frutas, na qual os super
poderes são benefícios das frutas. Conseguinte, a caracterização dos alunos
como “heróis da fruta”, com materiais confeccionados pelas extensionistas
e crianças. Resultados: Visto que, o
marketing veicula alimentos de alto valor energético e pobres em micronutrientes,
a ação implementada foi uma ferramenta auxiliar na
construção dos hábitos alimentares das crianças. Pois, passaram a levar frutas
referentes ao personagem escolhido para caracterização, havendo proatividade nas atividades desenvolvidas sequencialmente.
Evidenciando, que pré-escolares assimilam os personagens e histórias às
preferências alimentares, é possível que as crianças aprendam a gostar de
alimentos saudáveis, desde que sejam estimuladas e precocemente educadas. Conclusão: Diante isso, uma nova
perspectiva deve ser adotada, tendo a propaganda como mais um incentivo aos
hábitos saudáveis, sendo utilizada como ferramenta na educação do consumidor,
principalmente para crianças, que possuem menor competência para discernir
entre as escolhas adequadas ou não.
Palavras-chave: crianças, educação
nutricional, marketing.
Uso de imunomoduladores baseado em evidências: uma revisão
bibliográfica
Francisco Sérvulo de
Oliveira Carvalho, Natália Chagas de Oliveira, Marcos Vinícius Luz de Oliveira,
Egna Rebouças Fernandes Bellaguarda
Introdução: Imunomoduladores
nutricionais são nutrientes que possuem ação imunológica e/ou farmacológica em
certas doses. Existem muitas substancias que podem ser classificadas como imunonutrientes, dentre elas pode-se destacar a arginina,
glutamina, ômega 3, nucleotídeos, vitamina D, entre
outros. Pacientes em estado crítico requerem maior atenção e necessitam de
terapia nutricional intensiva em virtude da especificidade de suas necessidades
nutricionais. Prova disso é a mudança do valor energético basal, aumentado,
devido a presença de um trauma, doença ou sepse. Em
traumas térmicos, por exemplo, observa-se efeito imunossupressor causado pelo hipermetabolismo do trauma, o que dificulta a cicatrização,
facilita o aparecimento de infecções, aumento da permanência hospitalar e
mortalidade dos pacientes. Objetivo:
Realizar uma revisão de artigos científicos que tratam sobre o uso de
substancias imunomoduladoras em diversas doenças e
suas contribuições ao sistema imunológico. Métodos:
Revisão não sistemática de literatura, orientada pela busca nas bases de dados:
Google acadêmico e Nature e de livros acadêmicos. Foi
realizada busca de artigos científicos indexados nos últimos 10 anos, em que se
teve acesso a sua versão completa de forma gratuita. Foram excluídos os artigos
com estudos em animais, resumos expandidos e artigos sem metodologia. Não houve
exclusão por idioma. Resultados:
Foram consultados e selecionados 13 artigos científicos, envolvendo estudos de
coorte, ensaios clínicos randomizados, metanálises e
revisões bibliográficas, com a finalidade de analisar os efeitos do uso de
substâncias imunomoduladoras sobre o sistema
imunológico. Dentre algumas funções e benefícios há melhora no processo de
cicatrização, aumento do número e funcionalidade de linfócitos T, regulação da
saúde dos colonócitos, enterócitos,
e células imunes, regulação de citocinas, além de
possuírem funções anti-inflamatórias, o que pode contribuir com melhora da
imunossupressão e também para menor permanência hospitalar. Conclusão: Diante dos resultados
analisados, podemos inferir que os imunonutrientes
possuem benefícios para a regulação imune, sendo ferramentas passiveis a serem
usadas pelos profissionais nutricionistas em casos com desnutrição, traumas,
inflamações, doenças catabólicas, alergias, além de pré e pós cirúrgicos. Em virtude
das evidências reunidas neste trabalho apresentarem apenas resultados positivos
ou indiferentes, pode-se concluir que é um procedimento seguro, embora deva-se investigar em maiores amostras com melhor qualidade
metodológica para testificar os benefícios que cada imunomodulador
pode oferecer por suas especificidades e vias de ação.
Palavras-chave: immunomodulatory
vitamin D, nucleotide immunomodulator, immunonutrients,
ômega 3, arginina, glutamina.
Praticabilidade
de protocolos de triagem nutricional utilizados no indivíduo adulto
Katiene da Silva Melo, Kleres Luciana Gomes Dias da Silva, Diomar
Maria do Nascimento
Introdução: Os métodos de
triagem nutricional são ferramentas simples, de baixo custo e não invasivas,
que surgiram com o intuito de diagnosticar de forma rápida a presença ou o
risco de desnutrição. Através da triagem é possível identificar os pacientes
que se beneficiariam com uma intervenção nutricional precoce. Objetivo: Comparar os três principais
métodos subjetivos para a avaliação do risco nutricional no adulto e discutir
suas principais vantagens e desvantagens, segundo a literatura atual. Métodos: Trata-se de uma revisão
bibliográfica fundamentada na análise de artigos científicos publicados nas
bases de dados virtuais: PubMed,
LILACS e SciELO, entre 2008 e 2018. A busca foi
realizada utilizando os seguintes descritores: triagem, avaliação nutricional,
adulto, desnutrição e risco nutricional. Resultados:
O Instrumento Universal de Triagem de Desnutrição leva em consideração o índice
de massa corporal atual, a perda de peso involuntária nos últimos 3 a 6 meses,
e se o indivíduo está gravemente doente e diminuiu drasticamente sua ingestão
alimentar ou se existem chances de não haver ingestão alimentar há mais de
cinco dias. Tem como diferencial a identificação da presença de obesidade,
possui medições alternativas e considerações de quando houver limitações para
medir-se o peso e a altura, e para quando existir a necessidade de aplicar a
triagem a grupos de doentes. Suas principais desvantagens são a ausência de
considerações a diferentes fatores, como idade, perca de peso em quilogramas,
tipo de doença presente, função intestinal e condições clínicas e
neurofisiológicas do indivíduo. A Triagem de Risco Nutricional também leva em
consideração o índice de massa corporal atual, a perda de peso involuntária nos
últimos 3 meses, a diminuição da ingestão alimentar e
a presença de enfermidade. Tem como diferencial a classificação de gravidade da
doença e considera a idade do indivíduo. Suas desvantagens são a não
consideração da perca de peso em quilogramas, da condição neurofisiológica e da
função intestinal do indivíduo. Já a Avaliação Subjetiva Global diferencia-se
das demais por incluir a história de mudança de peso nos últimos 6 meses, em quilogramas e em porcentagem, e também se ouve
alguma mudança de peso nas últimas semanas, além de analisar mudanças na
característica da ingestão alimentar, os sintomas gastrointestinais com duração
maior que duas semanas, a capacidade funcional, o diagnóstico, a perda de
tecido adiposo e muscular, a presença de edema e ascite, além de considerar o
exame físico. Tem como desvantagem a não inclusão de variáveis como faixa
etária, índice de massa corporal, presença de doença e seu efeito sobre o risco
nutricional e a condição neurofisiológica do paciente. Conclusão: No Brasil não existe consenso sobre qual ferramenta
teria maior efetividade, pois todas mencionadas na literatura possuem algum
tipo de limitação. Dessa forma, cabe a cada profissional ter o senso crítico
para escolher o melhor método. É importante mencionar que nenhum método por si
só é capaz de classificar a condição nutricional geral do indivíduo, por isso é
indispensável associar vários parâmetros para um diagnóstico mais complexo e
fidedigno.
Palavras-chave: triagem, avaliação
nutricional, adulto, desnutrição, risco nutricional.
Os
benefícios atribuídos ao uso de imunonutrientes na
terapia nutricional dos pacientes oncológicos
Kleres Luciana Gomes Dias
da Silva, Katiene da Silva Melo, Diomar
Maria do Nascimento
Introdução: Os pacientes
oncológicos frequentemente apresentam um estado nutricional depletado,
devido a agressividade tumoral maligna e os efeitos
colaterais da terapia substutiva. Em razão disso
novas pesquisas vêm demonstrando que os nutrientes imunomoduladores pode exercer efeitos promissores frente a
desnutrição energético proteica e ao declínio imunológico, atenuando o estresse
oxidativo, a perda muscular e modulando a resposta
imunológica e inflamatória. Objetivo:
Investigar os principais nutrientes utilizados em dietas imunomoduladoras
e quais seus benefícios para estado clínico e nutricional do paciente
oncológico. Métodos: Trata-se de uma
revisão da literatura, na qual foram selecionados 10 artigos indexados nas
bases de dados Medline - Bireme,
LILACS, PubMed e SciELO, sendo estes ensaios clínicos randomizados e
controlados, duplo-cego e revisão bibliográfica, publicados nos últimos dez
anos (2008-2018), utilizou-se os seguintes descritores: imunonutrição,
imunonutrientes, arginina, glutamina, ácidos graxos
ômega-3, nucleotídeos e câncer, nos idiomas português, inglês e espanhol. Resultados: Dentre os estudos analisados
verificou-se que os principais imunonutrientes
utilizados em terapias nutricionais como auxilio ao tratamento do câncer são:
l-arginina, triglicerídeo de cadeia média (TCM), ácidos graxos w-3, ácido eicosapentaenóico (EPA) e ácido docosahexaenóico
(DHA), l-carnitina, glutamina, císteina
e taurina. Entre os artigos explorados oito apresentaram benefícios reais na
utilização de imunonutrientes como coadjuvante no
tratamento do câncer, contribuindo para diminuição da perda de massa muscular e
tecido adiposo, melhorando os parâmetros nutricionais e funcionais, prevenindo
e minimizando as infecções (pré e pós-cirúrgicas),
precavendo o surgimento de mucosite oral induzida por
quimioterapia, fortalecendo os mecanismos de defesa imunitária, modulando a
resposta inflamatória, favorecendo a cicatrização de feridas operatórias,
diminuindo o tempo de permanência hospitalar em pacientes oncológicos
submetidos a cirurgias, principalmente do trato gastrointestinal e reduzindo a
morbimortalidade. Cabe mencionar relatos entre as pesquisas a despeito do uso
de arginina em pacientes críticos com sepse e infecção grave, sendo contraindicado sua utilização, uma vez que a mesma faz
participa do ciclo do óxido nítrico e aumenta a liberação de citocinas pró inflamatórias o que o potencializa a resposta
inflamatória. Dos artigos analisados apenas dois não apresentaram benefício na
recuperação do estado clínico e nutricional dos pacientes quando utilizado
dietas imunomoduladoras em comparação com dieta
padrão. Conclusão: Diante dos
resultados apresentados é plausível os benefícios dos imunonutrientes,
como os aminoácidos condicionalmente essenciais (arginina, glutamina),
vitaminas (A,C,E), minerais (Zinco e Selênio) e ácidos
graxos essenciais (W-3) para auxilio no tratamento do câncer, visto que os
mesmos contribuem de forma positiva na recuperação do estado clinico e
nutricional, além de reverter alterações orgânicas e imunológicas provenientes
da evolução tumoral. São necessárias mais pesquisas que investiguem os
benefícios e malefícios da utilização isolada e associada dos nutrientes imunomoduladores, quais seus mecanismos de ação e a dose
segura para cada tipo de neoplasia.
Palavras-chave: dieta imunomoduladora, imunonutrição,
neoplasias.
Aplicação
do modelo transteórico de consumo de frituras,
refrigerantes e guloseimas em adolescentes de uma instituição de ensino
Roxanne Ataide
Santana, Ana Paula Ferreira da Silva, Ana Paula da Silva Araújo, Maria Izabel
Siqueira de Andrade, Elvira Ferreira de Morais Lima
Introdução: Diversos estudos
ressaltam que o modelo transteórico pode
ser considerado um instrumento promissor de auxílio à compreensão da mudança
comportamental relacionada à saúde. Em intervenções nutricionais, a utilização
do modelo transteórico
tem possibilitado o
direcionamento das ações específicas para grupos
ou indivíduos com diferentes
percepções e motivações para realizar
mudanças em sua dieta além de ser
indicador dos efeitos de uma intervenção, sendo o sucesso
representado pelo
avanço do indivíduo ao longo dos estágios em
direção à “manutenção”. Objetivo: Descrever o consumo de frituras,
guloseimas e refrigerantes por adolescentes de uma instituição de ensino. Metodologia: Estudo descritivo, de corte
transversal e caráter quali-quantitativo, com
população amostral de 50 adolescentes estudantes de uma instituição de ensino
no interior do estado de Pernambuco, com idades entre 14 e 18 anos. Foi
aplicado um questionário de Modelo Transteórico para
verificar o estágio do comportamento alimentar mais
expressivo. Resultados: A população
de estudo foi englobou 56% de meninas (n=28), com mediana de idade de 16 anos
(Intervalo Interquartílico=15-16). A partir da análise dos resultados,
observou-se que há predominância do estágio de pré-contemplação
para os itens avaliados (refrigerantes=72,5%; guloseimas=62,7%;
frituras=74,5%), o que indica que esses alimentos vêm sendo consumidos
cotidianamente há mais de 6 meses. No tocante à
quantidade de consumo, pôde-se avaliar a alta frequência de ingestão, sendo
identificado o consumo de uma ou mais de uma porção por dia para todos os itens
avaliados (refrigerantes= 74,5%; guloseimas=49,0%; frituras=54,9%). Conclusão: Foi possível notar que a
maioria dos adolescentes apresenta-se no estágio de pré-contemplação,
com frequência de consumo maior que uma vez por dia dos itens alimentares
avaliados. Os resultados indicam a possível condução de hábitos e preferências
alimentares inadequadas pelos adolescentes. Dessa forma, sugere-se o maior
estímulo às ações de educação alimentar e nutricional nessa faixa etária.
Palavras-chave: consumo alimentar,
adolescentes, nutrição.
Crianças
no atual cenário de transição nutricional: como o desenvolvimento de produtos à
base de banana pode auxiliar no aporte nutricional?
Caroline Silva dos
Santos, Letícia da Silva Pachêco, Bruna Karoline
Alves de Melo Silva, Catharina Vitória Barros de Lima, Marisilda
de Almeida Ribeiro
Introdução: A tecnologia dos
alimentos apresenta um papel importante, pois permite a promoção e a implementação de métodos para aumentar a produção de
alimentos, conservando os nutrientes presentes e aumentando o valor nutricional
a fim de atender as demandas exigidas pelo organismo. Além disso, permite
ampliar a variedade de produtos resultando em uma diversidade de ofertas e de
preços para a população. Objetivos: Desenvolver produtos a partir do uso integral
da banana, bem como realizar a produção de folders descrevendo sua produção. Métodos: O trabalho foi baseado em
pesquisa bibliográfica através de artigos dos bancos de dados Scielo e Google acadêmico. Com isso, foram elaboradas
preparações alternativas: hambúrguer de casca de banana e o doce da polpa. Além
de um fluxograma que detalha a fabricação dos produtos. Os ingredientes foram
obtidos no comércio da cidade, realizando a seleção de 3
bananas, sãs e madura. Posteriormente, houve a higienização das bananas e
sanitização. Após o descascamento, a polpa foi reservada e as 3 cascas cortadas em pedaços pequenos, para serem utilizadas
na preparação dos hambúrgueres. Utilizou-se também, 3
colheres de sopa de cebola e 4 de pimentão, ambos cortados em cubos e
previamente sanitizados, como as bananas. Feito isso,
ocorreu a mistura e trituração dos ingredientes.
Então, foram adicionadas 3 colheres de chá de alho
picado, cebolinha, coentro, sal e pimenta, além de 3/4 de xícara de chá de
farinha de trigo, fazendo-se necessário mexer os ingredientes até a
homogeneização. Após, os hambúrgueres foram moldados e fritos em cocção seca
com imersão em gordura. Em seguida, ocorreu a moldagem manual da mistura, para
a formação dos hambúrgueres. Em relação ao doce de polpa, foi necessária uma xícara de chá de leite em pó, ¼ xícara de chá
de açúcar e 1/3 xícara de chá de água fervendo. Esses ingredientes foram
dispostos no liquidificador e batidos em velocidade mínima, sendo adicionadas
dez gotas de limão. Assim, a polpa reservada, foi amassada até alcançar
consistência pastosa. Em seguida, a pasta foi levada a fogo brando, juntamente
com 1 colher de chá de manteiga. Depois, foi
adicionada a mistura obtida, unindo até que a massa estivesse homogênea
e desgrudando do fundo da panela. Então, foi transferida para um prato.
Por fim, a massa foi enrolada em pequenas bolas e polvilhada com açúcar
cristal. Resultados: Obteve-se bom rendimento final, visto que a fruta é de
fácil aquisição, sendo possível desenvolver os produtos em quantidades
satisfatórias e baixo custo, que comparado aos produtos análogos ao
industrializado seria de maior custo ao consumidor. Conclusão: A elaboração dos produtos
mostrou-se eficiente para atender aos requisitos propostos, salientando o papel
desses alimentos como forma de auxiliar na mudança dos hábitos alimentares de
crianças.
Palavras-chave: tecnologia dos
alimentos, desnutrição, alimentos alternativos.
Aplicação
do modelo transteórico para o consumo de frutas,
verduras e legumes em adolescentes de uma instituição de ensino de Pernambuco
Elvira Ferreira de
Morais Lima, Ana Paula Ferreira da Silva, Ana Paula da Silva Araújo, Maria
Izabel Siqueira de Andrade, Widemar Ferraz da Silva1
Introdução: Com o intuito de
entender a mudança comportamental relacionada à saúde, o modelo transteórico surge como uma ferramenta promissora para essa
compreensão, e sua utilização pode ser observada na área da mudança alimentar,
sendo considerado um instrumento de auxílio à compreensão da mudança
comportamental relacionada à saúde, sugerindo que quando os indivíduos realizam
mudanças em seu comportamento, eles as fazem a partir de uma série de estágios,
ao invés de realizarem uma mudança considerável e abrupta. Objetivo: Descrever o consumo de frutas, verduras e hortaliças por
adolescentes de uma instituição de ensino de Pernambuco. Metodologia: Estudo descritivo, de corte transversal e caráter quali-quantitativo, com população amostral de 50
adolescentes estudantes de uma instituição de ensino no interior do estado de
Pernambuco, com idades entre 14 e 18 anos. Foi aplicado um questionário de
Modelo Transteórico para verificar o estágio do comportamento alimentar mais expressivo. Resultados: A população de estudo foi
composta por meninas 56 (n=28), com idade mediana de 16 anos (Intervalo
Interquartílico=15-16). Observou-se que entre os estágios de comportamento de
consumo, a manutenção se sobressaiu em todos os grupos de alimentos analisados
(frutas=76%; verduras=70%; legumes=46%). Com relação à frequência de consumo dos
determinados itens, todos os indivíduos consomem predominantemente até uma
porção por dia (frutas=82%; verduras=78%; legumes=80%). Conclusão: Dado o exposto, foi possível identificar que a maioria
dos adolescentes está no estágio de manutenção de consumo de frutas, verduras e
legumes, porém com uma baixa frequência de consumo. Os achados do presente
estudo refletem a necessidade de maior educação nutricional nesse grupo
populacional, visando o estímulo à construção e manutenção de bons hábitos
alimentares para a vida adulta.
Palavras-chave: comportamento
alimentar, hábitos saudáveis, educação nutricional.
Tempo
em frente às telas e índice de massa corporal de adolescentes escolares
Beatriz Rafaella da Silva Costa, Ana Paula Ferreira da Silva, Ana
Paula da Silva Araújo, Elvira Ferreira de Morais Lima, Maria Izabel Siqueira de
Andrade
Introdução: Atividades que
englobam assistir à televisão, jogar videogame e usar o computador são
comportamentos considerados sedentários. Nos dias atuais, é preocupante o
número de adolescentes com esses hábitos, em virtude das inúmeras consequências
negativas à saúde, como excesso de peso, alterações na glicose e colesterol
sanguíneos, pouco rendimento escolar e diminuição do convívio social. Objetivos: Analisar o índice de massa
corporal (IMC) de adolescentes escolares, segundo o tempo em frente às telas. Metodologia: Estudo transversal,
realizado com 50 adolescentes com idades entre 14 e 18 anos, estudantes de uma
instituição de ensino no município de Vitória de Santo Antão-Pernambuco. A
coleta de dados foi feita durante o período de Junho de 2018 com aplicação de
um questionário abordando dados antropométricos, sendo englobados o peso e a
altura para cálculo do IMC para idade, o qual foi classificado segundo as
recomendações da OMS (2007), e o tempo de tela, categorizado de acordo com a
Associação Brasileira de Pediatria (2001). Para a análise estatística foi
utilizado o teste T de Student, sendo considerado o
p<0,05 para verificação de significância estatística. Resultados: A população de estudo foi composta por 56% de meninas
(n=28) com mediana de idade de 16 anos (Intervalo Interquartílico=15-16).
Através da análise do IMC, a média para meninas foi de 21,2±3,1 kg/m2
e para os meninos foi de 21,3±4,3 kg/m2 (não houve diferença
estatística para o IMC entre ambos os sexos). Observa-se expressiva utilização
das telas, onde 80% dos adolescentes analisados dispendiam mais de 2h por dia.
Não houve significância entre as médias de IMC e o tempo em frente às telas
(p=0,316). Conclusão: Não houve
diferença para o IMC segundo o tempo de tela nos adolescentes avaliados.
Infere-se que independente do estado nutricional há um
elevado tempo de telas nessa faixa etária.
Palavras-chave: tempo de tela,
estado nutricional, comportamento sedentário.
Evidências
da dieta cetogênica no emagrecimento: uma revisão
sistemática
Elvira Ferreira de
Morais Lima, Ana Paula da Silva Araújo, Ana Paula Ferreira da Silva, Maria
Izabel Siqueira de Andrade, Widemar Ferraz da Silva
Introdução: A obesidade é uma
condição na qual o percentual de gordura corporal se eleva prejudicando a saúde
e o bem-estar. Considerando esse quadro, é importante que haja o planejamento
de uma intervenção bem sucedida para tratar ou prevenir o desequilíbrio
metabólico. A escolha da terapia nutricional deve fundamentar-se no êxito da
perda de gordura corpórea, garantindo segurança e satisfação do paciente ao
longo da dietoterapia. Objetivo: Analisar, com base
na literatura, as evidências para a utilização da dieta cetogênica
no processo de emagrecimento. Metodologia:
Estudo de revisão sistemática realizado na base de dados PubMed durante o mês de maio de 2018. Para a busca de
artigos foram utilizados os descritores: “ketogenic
diet”, “weight loss”, e “nutrition”, os quais foram previamente localizados na lista
do Medical Subject Headings
(Mesh), disponível na U.S. National
Library of Medicine. A entrada de estudos na presente
revisão se deu a partir dos seguintes critérios de elegibilidade: Estudos
originais publicados nos últimos dez anos (2008-2018), nos idiomas inglês,
português ou espanhol e que foram realizados com indivíduos adultos e idosos. Resultados: Foram identificados 56
estudos inicialmente, sendo selecionados três artigos para compor o escopo teórico
após a análise de títulos, resumo e texto completo. Todas as pesquisas foram
realizadas em países estrangeiros e publicadas nos anos de 2014 e 2016 com
pacientes em terapia para perda de peso. O tamanho amostral variou entre 25 e
79 indivíduos, sendo conduzidos por estudos de caso-controle. A dieta cetogênica foi eficaz na perda de peso quando comparada a
dieta padrão de baixa caloria. O grupo da dieta cetogênica
apresentou o dobro de redução de peso em 15 dias após o início do programa se
estendendo até o final da observação. Por outro lado, um estudo mostrou que
ambos os grupos perderam peso, porém, a redução foi maior no grupo da dieta
padrão de baixa caloria (% = -7,98; p = 0,00) em comparação à dieta cetogênica (% = -6,99; p = 0,00). No que se refere à
redução da adiposidade, pode-se avaliar a eficácia em uma extensão maior da
dieta cetogênica do que uma dieta padrão de baixa
caloria, e embora os dois grupos possam sofrer uma regressão média basal na
composição corporal após o término da dieta, o efeito benéfico foi mantido por
um período maior no grupo que aderiu a cetogênica. Conclusão: Conclui-se que a dieta cetogênica apresenta efeitos na perda de peso, sendo uma
alternativa para auxiliar os indivíduos com excesso de peso a alcançarem um
peso saudável. Estudos observacionais, principalmente com delineamentos
longitudinais, necessitam ser conduzidos para avaliação global dos resultados
da dieta cetogênica e suas repercussões em médio e
longo prazo.
Palavras-chave: dieta cetogênica, emagrecimento, comportamento alimentar
Utilização
da ferramenta da qualidade no desenvolvimento de novos produtos alimentícios:
produção de fermentado de banana
Letícia da Silva Pachêco, Caroline Silva dos Santos, Leandro Finkler, Camila Pacheco Freire
Introdução: O Processo e
Desenvolvimento de Produtos é o conjunto de atividades sistemáticas que inicia
na identificação da necessidade do consumidor até sua comercialização. Neste
sentido, existem diferentes ferramentas de qualidade que podem ser utilizadas
para alcançar os objetivos. A elaboração de bebidas alcoólicas é um dos
processos mais antigos que acompanham as civilizações e a utilização de sucos
de frutas para elaboração dessas bebibas é uma forma
de aproveitamento, evitando o desperdício e agregando valor às bebidas. Desta
forma, utilizamos a Banana tipo Prata, para o desenvolvimento de novos
produtos. Pois essa matéria prima apresenta teor elevado de mossacarídeos
e amido, cujos percentuais dependem do estádio de maturação da fruta. Objetivo: Elaborar o fluxograma e
utilizar como ferramenta de qualidade no desenvolvimento do fermentado. E
determinar o °Brix e Teor alcoólico do novo produto.
Métodos: Inicialmente, realizamos a pesquisa bibliográfica através de artigos
selecionados nas plataformas Scielo e Google
Acadêmico. Conseguinte, elaboramos o fluxograma do produto utilizando-o como
ferramenta de qualidade no processamento do fermentado, sendo produzido um
total de três fermentados (1° suco da banana, 2° suco da banana com 500g de
açúcar cristal e 3° suco da banana com 750g do mesmo açúcar), no laboratório de
tecnologia dos alimentos no Centro Acadêmico de Vitória. Posteriormente,
determinamos o °Brix e Teor alcoólico de cada amostra
antes e após a fermentação, com auxílio do refratrômetro
digital de mesa e o ebuliômetro. Resultados: O fluxograma obtido apresenta o processo da elaboração
do Fermentado de banana, com descrição detalhada das etapas do processamento,
desde a obtenção da matéria prima até os produtos finais. A partir disso,
executamos as etapas descritas resultando no Fermentado de banana. Os
resultados das análises de sólidos solúveis, utilizando o refratômetro, antes
da fermentação foram proporcionais à quantidade de açúcar adicionado na
preparação. Assim, o suco somente com banana obteve menor valor de açúcares em
comparação com as demais amostras. Nessa perspectiva, após fermentação os
sólidos solúveis reduziram em relação aos valores obtidos anteriormente. Diante
disso, constata-se que houve metabolização dos monossacarídeos pelas leveduras.
Em relação ao teor alcoólico, o fermentado a partir do suco da banana obteve °Gaylussac acima do fermentado com mais açúcares. Enquanto
que o produto com 500g de açúcar apresentou valores satisfatórios. A aparência
do fermentado da 2° amostra é interessante do ponto de vista mercadológico,
visto que não são comercializados fermentados nessa coloração, consistindo num
líquido de aspecto translúcido, porém com coloração rósea. Conclusão: Destarte, o uso das ferramentas de qualidade é
proveitoso no âmbito do desenvolvimento de novos produtos. No entanto, o
processamento da bebida fermentada de banana carece ainda de tecnologias
adequadas, para possibilitar um produto de qualidade competitiva, sendo
fundamental ajustar e seguir o fluxograma, para que tenhamos como resultado um
produto padrão de excelência. Tendo em vista, as análises confirma-se que a
banana é uma matéria prima boa para obtenção do fermentado, por ser rica em
açúcares fermenticíveis.
Palavras-chave: fermentado,
fluxograma, banana, novos produtos.
Aproveitamento
integral da banana: uma estratégia de enfrentamento a fome extrema
Beatriz Rafaella da Silva Costa, Amanda Laryssa
da Silva, Any Karolayne
Lima Gomes, Roxanne Ataide
Santana, Cybelle Rolim de Lima
Introdução: A condição de
pobreza engloba não só carência monetária, fruto principalmente, de um quadro
de extrema desigualdade, mas também social, e afeta bilhões de pessoas em todo
o mundo. Entre as consequências da pobreza tem-se a fome crônica e as
deficiências nutricionais, que se devem ao fato da alimentação atual do
indivíduo não proporcionar energia/nutrientes em níveis adequados para
manutenção da saúde/vida. Uma estratégia interessante de enfrentamento a fome
seria a utilização de alimentos produzidos em grande escala e a exploração da
versatilidade do seu uso. Dentre os alimentos largamente produzidos no Brasil
destaca-se a banana, uma das frutas bastante consumida em todo o mundo e rica
em nutrientes. Objetivo: Revisar a
literatura quanto a produção e o aproveitamento integral
da banana. Métodos: Foram
selecionados artigos publicados nas bases de dados do Google
Acadêmico e Scielo, usando como descritores: fome,
pobreza, versatilidade da banana e aproveitamento integral. Resultados: Aproximadamente a metade do
comércio internacional de frutas frescas corresponde à comercialização de
banana e cítricos, como limão e laranja, sendo a banana considerada a fruta
fresca detentora de maior mercado no mundo, com um valor de três bilhões de
dólares. No Brasil, a produção de banana está estimada em seis milhões de
toneladas anuais. Como a exportação dessa fruta representa apenas 1%, seu maior
consumo é interno, este atinge todas as camadas da população brasileira,
sobretudo no meio rural, sendo considerada a segunda fruta na preferência do
brasileiro, atrás apenas da laranja. Entretanto, a banana caracteriza-se por
ser um alimento altamente perecível, assim, técnicas culinárias para sua
preparação podem estender sua conservação e diminuir desperdícios. A banana
pode ser utilizada em várias preparações como purê, doces, farinhas e flocos. A
casca da banana, por sua vez, desperdiçada pela população, apresenta-se como
uma grande fonte de nutrientes, e utiliza-la na produção de produtos, como a
farinha, além de reduzir o desperdício, confere uma forma alternativa de
nutrientes na alimentação. Conclusão:
A banana, por ser um alimento produzido amplamente no Brasil, consiste em uma
opção importante no combate à fome. Assim, diante da versatilidade da banana, o
aproveitamento de sua integralidade na produção de produtos alimentícios deve
ser explorado e compreende uma interessante estratégia no combate a essa
realidade.
Palavras-chave: fome, pobreza, versatilidade
da banana, aproveitamento integral.
Barrinha
de cereal caseira à base de banana: uma estratégia de promoção ao consumo de
alimentos in natura e minimamente processados
Roxanne Ataide
Santana, Amanda Laryssa da Silva, Any
Karolayne Lima Gomes, Beatriz Rafaella
da Silva Costa, Cybelle Rolim de Lima
Introdução: No Brasil, ocorreu
um aumento na disponibilidade de produtos prontos para consumo e em
consequência a elevação do consumo de produtos ultraprocessados
em todas as classes sociais. Em contrapartida, houve diminuição significativa
do consumo de alimentos in natura/minimamente processados. A baixa qualidade
nutricional dos alimentos ultraprocessados tem
impacto negativo na saúde dos indivíduos, relacionado a alterações no perfil
lipídico em crianças, à presença de síndrome metabólica em adolescentes e
de obesidade em adolescentes e adultos. Uma estratégia de enfrentamento seria a
utilização de alimentos in natura produzidos em grande escala e explorar a
versatilidade do seu uso. Dentre esses alimentos destaca-se a banana, uma das
frutas bastante consumida e rica em nutrientes. Nesse sentido, sabendo dos
benefícios do consumo dos alimentos in natura ou minimamente processados,
estratégias de produção de alimentos, como a barrinha de cereal caseira à base
de banana é importante, uma vez que faz parte da alimentação diária de grande
parte da população e isso se deve, em sua maioria, à praticidade desse tipo de
produto que facilita a alimentação fora de casa. Objetivos: Produzir uma barrinha de cereal caseira à base de banana
(Musa spp) como estratégia de promoção ao consumo de
alimentos in natura e minimamente processados. Métodos: Utilizou-se na produção da barrinha de cereal caseira à
base de banana, os seguintes alimentos: banana prata, mel de engenho, aveia em
flocos, coco in natura, uva-passa e manteiga. As bananas foram lavadas em água
corrente, descascadas e amassadas. Ao amassado foi incorporado o mel de engenho
que foram misturados até a homogeneização e formação de um gel. A mistura foi
disposta em forma de alumínio untada com manteiga e em seguida levada ao forno
pré-aquecido por 20 minutos e assada em uma temperatura de 180ºC por 30
minutos. Foi realizado o corte da preparação no formato retangular e embaladas
em plástico filme de policloreto de vinila. Resultados:
A barrinha caseira apresentou quantidades menores de quilocalorias, com teores
reduzidos de carboidrato, gorduras e sódio, quando comparada a barrinha
processada, em virtude dessa última, apresentar na maioria das composições
ingredientes como açúcar invertido, xarope de glicose e aromatizantes. Conclusão: A barrinha de cereal à base
de banana, pode ser considerada um alimento saudável,
de fácil preparo e baixo custo, quando comparada a barrinha processada. Logo,
ações de educação alimentar e nutricional são necessárias, no intuito de orientar
a população a escolhas saudáveis/inteligentes a
respeito dos alimentos, seu preparo e consumo.
Palavras-chave: banana, barra de cereais, in natura, ultraprocessado.
Ingestão
do glúten associado ao comportamento do portador de autismo: uma revisão
Samara Monteiro da
Silva, Widemar Ferraz da Silva, Nathalia de Freitas Penaforte, Fernanda Maria Barbosa Afonso Ferreira, Odair
Alves da Silva
Introdução: O Autismo é um
Transtorno Global do Desenvolvimento, também chamado de Transtorno do
Espectro Autista, caracterizado por alterações significativas na
comunicação, na interação social e no comportamento da criança. Além das
características mais marcantes percebidas nos portadores do transtorno
relacionadas, principalmente, ao falho desenvolvimento da linguagem e interação
social, ainda há uma série de desordens gastrointestinais que podem acometer os
autistas, como diminuída produção de enzimas digestivas, inflamações na
parede intestinal e a permeabilidade intestinal alterada, sendo que todos estes
fatores agravam os sintomas dos portadores da doença. As crianças autistas
apresentam, com frequência, sintomas gastrointestinais tais como, dor
abdominal, diarreia crônica, flatulência, vômitos, regurgitação, perda de peso,
intolerância aos alimentos, irritabilidade, entre outros. Devido a essas
ocorrências, seria pertinente evitar a ingestão de glúten, presente no trigo,
aveia, centeio e cevada, pois podem causar danos
às vilosidades da mucosa intestinal, resultando em uma má absorção de todos os
nutrientes. Objetivo: Analisar a influência
da ingestão do glúten na qualidade de vida de crianças portadoras de
autismo a partir de evidências. Metodologia: Consiste
em uma revisão bibliográfica, com pesquisas nas bases de dados Scielo, Lilacs e EBSCO,
foram utilizados 6 artigos publicados no
período de 2013 a 2018 nos idiomas inglês e português. Para isso
a pesquisa se baseou nos seguintes descritores: transtorno autístico, dietas de eliminação, glúten e suas
combinações. Resultados: Há
autores que afirmam que o glúten e a caseína causam sensação de prazer, além de
hiperatividade, falta de concentração, irritabilidade, dificuldade na interação
da comunicação e sociabilidade. Indivíduos autistas, os quais aderiram a uma
dieta isenta de caseína e glúten, apresentaram melhora dos sintomas. Estudos
têm sugerido a possível contribuição genética, fatores de risco pré-natal e
pós-natal, toxinas de alimentos, intoxicação por metais, alergia à caseína e ao
glúten, assim como uma variedade de agentes infecciosos. Pesquisa desenvolvida
na Dinamarca, com crianças autistas que foram alimentadas com dieta restrita em
glúten e caseína obtiveram melhoras consideráveis no comportamento após 8 a 12
meses. Devido à complexidade e potencial de deficiência nutricional como
resultado de longo prazo da dieta, o suporte clínico adequado e dietético deve
ser utilizado durante toda tentativa de fazer tal mudança na dieta. A
maioria dos estudos publicados indica mudanças positivas na apresentação dos
sintomas após a intervenção dietética, em particular, alterações em áreas da
comunicação, atenção e hiperatividade. Conclusão: A
ingestão do glúten tem grande influência no comportamento do portador de
autismo. E quando retirado da dieta, vários sintomas são amenizados. O autismo
é uma condição complexa, no qual a nutrição e os fatores ambientais desempenham
papéis primordiais para melhoria da qualidade de vida do indivíduo.
Palavras-chave: transtorno autístico, dietas de eliminação, glúten.
Análise
da perda hídrica durante o exercício e impacto na performance
em diferentes modalidades esportivas
Annely Penélope de Oliveira
Ramos, Nathália de Freitas Penaforte,
Poliana Coelho Cabral, Manoel da Cunha Costa, Aldemir José Ferreira Teles,
Maria Magdala Sales de Azevedo
Introdução: Atletas que realizam
treinos intensos em ambientes expostos ao calor ou não, estão
propícios a sofrer uma queda de desempenho e aumento do risco de lesões, devido
à perda hídrica obtida no decorrer do treinamento. Podendo acarretar diversos
distúrbios como hipoglicemia, hipovolemia, hipertermia e desidratação; fatores
como temperatura, vestimentas e intensidade do treino também podem interferir
no volume dessa perda. O grau de sudorese é medido pela alteração da massa
corpórea antes e depois do exercício físico, sabendo que cada 1g perdida
equivale a 1ml. Objetivo: Avaliar o impacto da
desidratação no desempenho esportivo em diferentes modalidades esportivas. Métodos: Revisão bibliográfica, com
informações obtidas através de 8 artigos de língua
portuguesa e inglesa, por meio da base de dados dos sites PubMed
e Bireme, publicados de 2010 a 2018. Com descritores:
hidratação, perda hídrica, hydration, atletas,
exposição solar, performance e suas combinações. Resultados: Estudo com ciclistas, os
quais foram submetidos a uma dieta líquida mantendo sua dieta e treino
habitual, concluíram que a água não foi capaz de promover uma adequada
hidratação, mas a bebida esportiva pareceu oferecer uma melhor reposição
hídrica pela menor perda corpórea verificada. Já em um estudo realizado com jogadores
de futebol, onde os treinos se dividiram em A e B, e o volume ingerido de água
durante o treino foi diferente entre os grupos, a perca
de líquido não foi considerada relativa, justificado pela condição climática do
local que pode ter tido influência nos resultados. Em pesquisa com 15 atletas
de três modalidades esportivas diferentes foi detectado níveis de desidratação
diferentes após uma sessão de treinamento típico, concluindo que um plano de
hidratação adaptado baseado na perda de líquidos e sódio de um atleta, tem o
potencial de melhorar a potência anaeróbica, a atenção, a conscientização e o
tempo de recuperação da frequência cardíaca. Ressaltando que os jogadores têm
dificuldade em perceber a ingestão de líquidos e a perda de suor durante o treino.
Pesquisa com atletas de diferentes modalidades detectaram 31,9% em estado de
desidratação no início do exercício, elevando esse status para 43,6% no
pós-treinamento / competição, sendo prevalente entre os karatecas, jogadores de futebol feminino, cadetes do
exército e golfistas. Relataram também pouco conhecimento nutricional por parte
dos atletas. Avaliação com equipe de futebol americano concluiu que a
inexistência de um prévio controle do estado hídrico dos atletas, pode ser
causa direta de déficit de desempenho para importantes valências físicas como
capacidade anaeróbica e força. Dependendo do aspecto da desidratação, o
prejuízo físico e cognitivo-motor podem ser aparentes depois de uma perda de 1%
a 10%. Quanto maior esse status, menor a capacidade de redistribuição do fluxo
sanguíneo para a periferia, menor sensibilidade hipotalâmica para a sudorese e
menor capacidade aeróbica para um dado débito cardíaco. Conclusão: O consumo hídrico deve ser adequado antes e durante o
treino para minimizar a queda no rendimento esportivo reduzindo os efeitos
da desidratação, além da orientação nutricional ser imprescindível. Portanto,
estudos ainda carecem de maiores investigações.
Palavras-chave: hidratação,
treinamento, sudorese, nutrição esportiva.
A
relação entre aminas heterocíclicas de uma dieta rica em carne vermelha e o
câncer colorretal: uma revisão
Dayane Silva do
Nascimento
Introdução: O câncer colorretal é uma doença crônico-degenerativa que acomete as
porções do intestino grosso, cólon, reto e ânus, produzindo tumores malignos. É
um dos cinco cânceres mais frequentes no Brasil. Isso acontece possivelmente
por seu diagnóstico tardio, resultante do seu agravamento silencioso e
assintomático. Cerca de dois terços dos cânceres podem ser prevenidos com
mudanças no estilo de vida e redução de contato com agentes cancerígenos. As
aminas heterocíclicas são um exemplo, formadas no contato cárneo com altas
temperaturas por longo tempo de cocção. Objetivo:
Este artigo busca abordar sobre aminas heterocíclicas presentes em carnes
vermelhas e sua relação com o câncer colorretal.
Métodos: Foi realizada uma revisão bibliográfica na literatura, nas bases
científicas Scielo, ResearchGate e PubMed, além
de buscas manuais pelas listas de referência, considerando o período entre 2008
e 2018. Foram usados os descritores “câncer colorretal”,
“aminas heterocíclicas”, “dieta” e “carne vermelha”. Resultados: A neoplasia colorretal é a
mais comum entre as que acometem o tubo digestivo. Estima-se que 35% de
cânceres são causados por dietas inadequadas, incluindo o alto consumo de
carnes vermelhas e seu poder carcinogênico, evidenciado fortemente. As aminas
heterocíclicas formadas na cocção cárnea, por exemplo, estão ganhando atenção
no meio científico, principalmente por aumentar riscos de câncer colorretal, pois são apontadas em pesquisas como
contribuintes ao estresse oxidativo. São
classificadas como compostos cancerígenos potentes e produzidas durante
processos culinários como assar, fritar ou cozinhar em alta temperatura e tempo
prolongado. São formadas com a pirólise de aminoácidos cárneos, como triptofano,
lisina, ácido glutâmico e fenilalanina, ou na relação entre creatina e
produtos da reação de Maillard. No corpo, tem
metabolização pelo citocromo p-450 dos microssomos hepáticos,
formando mutágenos ativos, as N-hidroxilaminas,
convertidas depois em compostos capazes de se unirem à guanina, afetando a
replicação e a transcrição de DNA. Seu efeito no organismo e relação com
cânceres como o colorretal vêm
sendo relatados, como em pesquisas experimentais onde foram destacadas
neoplasias no cólon de animais. É interessante o fato de que as carnes
brancas não reproduzem o mesmo efeito das carnes vermelhas no organismo,
estimulando ainda mais as pesquisas científicas sobre o caso. Isso pode ser
evidenciado em um estudo o qual demonstra que cada adicional de 50 gramas de
carne vermelha por 1000 quilocalorias dietéticas aumenta o risco do câncer colorretal em 35%, enquanto que a mesma adição de carnes
brancas, por sua vez, diminuiu em 26% tal risco. Assim, considerando a
recomendação dietética de ingestão de carne vermelha entre 300 e 500 g por
semana, vemos a importância da moderação de sua quantidade na dieta para a
prevenção do câncer colorretal. Conclusão: Acerca de todo o conteúdo abordado no presente artigo,
podemos concluir que o consumo de carnes vermelhas tem importante relação com o
câncer colorretal, e que o equilíbrio dietético sobre
o alimento é essencial para diminuir os riscos da doença.
Palavras-chave: câncer colorretal, aminas heterocíclicas, dieta, carne vermelha.
Condições
higiênico-sanitárias de pontos de venda de caldo de cana por ambulantes no
bairro de Santo Antônio Recife/PE
Aurea Julia Belém da
Costa, katiene da Silva Melo, Joyce Vieira Gomes
Introdução: O caldo de cana é
uma bebida popular obtida pela moagem da cana-de-açúcar e comercializado
normalmente por vendedores ambulantes. O processamento dessa bebida pode
representar riscos à saúde dos consumidores, influenciando na qualidade de vida
dos mesmos, visto que a condição sanitária precária dos pontos de venda, a
origem da matéria-prima, além da falta de conhecimento pelos manipuladores
sobre as boas práticas adequadas, afeta diretamente a qualidade do mesmo. Objetivo: Este trabalho teve como
objetivo avaliar as condições higiênico-sanitárias de pontos de venda caldo de
cana por ambulantes no bairro de Santo Antônio, Recife/PE. Métodos: Trata-se de um estudo observacional, realizado por
estudantes do projeto de extensão do Centro Universitário Maurício de Nassau,
no qual foram avaliados 05 pontos de comércio de caldo de cana por ambulantes
em maio de 2017, através de um questionário baseado nas Resoluções da Diretoria
Colegiada número 216/ 2004 e número 218/2005, ambos da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária. Foram analisados os seguintes itens: área externa, conservação e
higienização, equipamentos e utensílios, higiene dos manipuladores, controle de
pragas e vetores e armazenamento da matéria prima. Resultados: De acordo com os dados coletados, 60% dos pontos de
comércio analisados estavam localizados em áreas inadequadas com presença de
entulhos, foco de poeira, animais domésticos e de água estagnada. Em relação ao
estado de conservação e higienização dos carrinhos, apenas 40% encontra-se em
adequado estado de conservação (livres de falhas, rachaduras, ferrugem,
descascamento e outros). Todos os pontos analisados tratavam os resíduos de
forma inadequada, a maioria utilizava a calçada como ponto de descarte do lixo
e lixeiras ausentes de tampa e acionamento por pedal. Sobre a higienização dos
utensílios, 100% não a realizavam a após o preparo do caldo. Apenas 20% dos
equipamentos de moagem para extração da bebida vegetal apresentou-se adequado,
nos demais se podiam verificar pontos de ferrugem, ausência se higienização
após o uso e proteção contra pragas e vetores. Dos dados avaliados os mais
preocupantes estão associados às condições higiênicas dos manipuladores onde
40% dos vestuários utilizado pelos ambulantes estavam incorretos e 80% não desenvolviam
hábitos de higiene durante o preparo da bebida. No presente estudo o
armazenamento encontrou-se em sua totalidade inadequado, em locais onde o sol,
poeira e vetores incidiam diretamente. Conclusão:
Os resultados obtidos evidenciaram que a maioria dos pontos de venda de caldo
de cana localizados no bairro Santo Antônio, Recife/PE, não possuem boas
práticas na sua comercialização. São necessárias melhorias no que diz respeito
à higiene dos manipuladores, armazenamento de matéria-prima e manejo dos
resíduos. Sendo importante mencionar a importância de capacitação e
treinamentos de boas práticas de manipulação, para que a bebida tenha qualidade
e forneça segurança alimentar aos consumidores.
Palavras-chave: caldo de cana. saúde pública. segurança alimentar.
Análise
da composição centesimal de barra de cereal elaborada com alimentos funcionais
Aurea Julia Belém da
Costa, Katiene da Silva Melo, Estefany
Alice da Silva Monteiro, Gilcélia Janaina Lino da
Silva Barbieri
Introdução: Atualmente, está em
expansão o número de indivíduos que buscam manter um estilo de vida mais
saudável, é cada vez maior a procura por alimentos com propriedades funcionais,
que além de suprir as necessidades básicas promovam benefícios à saúde, dentre
esses alimentos dois merecem destaque. O grão de bico que é uma leguminosa rica
em proteína, carboidratos, minerais, vitaminas, fibras, e contém diversos
compostos bioativos; e o amendoim que por sua vez
possui proteínas, zinco, ácidos graxos poliinsaturados,
além de ser fonte de vitamina E e
de vitaminas do complexo B. Já as barras de cereais são alimentos rápidos,
práticos e que não necessitam de nenhum preparo antes de seu consumo, essas
apresentam elevado crescimento no mercado alimentício, porém ainda existem
poucos trabalhos que avaliem sua composição centesimal desse produto.
Objetivos: Realizar uma análise física química de barra de cereal elaborada com
farinha de amendoim e de grão de bico, utilizando como agente ligante a calda
de agave azul. Métodos: Após a
elaboração da barra de cereal usando como ingredientes a farinha de amendoim e
de grão de bico, utilizando como agente ligante a calda de agave azul. Foi
realizada a análise da sua composição centesimal, essa ocorreu no Laboratório
de Técnica Dietética do Centro Universitário Maurício de Nassau, localizado em
Recife/ Pernambuco. As análises físico-químicas de teor de umidade, cinzas, proteína
e lipídios foram realizadas seguindo a metodologia
descrita pelas normas do Instituto Adolfo Lutz, no Laboratório de Bromatologia do Centro Universitário Mauricio de Nassau.
Carboidratos foram determinados por meio do método da diferença e as calorias
foram estabelecidas utilizando com fatores de
conversão, 4 kcal/g para carboidratos e proteínas e de
9 kcal/g para lipídios, e expressos em kcal/g. As análises foram realizadas em triplicate e os resultados expressos em percentagem e em
kcal por 100 g. Resultados: A barra
de cereal analisada apresentou os respectivos valores de média e desvio padrão:
425 de valor calórico total, 13,57-0,004 de proteínas, 14,47-0,012 de lipídeos,
59,34-0,017 de carboidratos, 10,93-0,007 de umidade e 1,26-0,004 de cinzas. Conclusão: A barra de cereal elaborada
apresenta excelente valor de diversos nutrientes, sendo uma ótima alternativa
para as pessoas que buscam consumir alimentos saudáveis.
Palavras-chave: farinha de
amendoim, farinha de grão de bico, alimentos funcionais, composição centesimal.
Análise
sensorial de biscoito funcional elaborado a base de farelo de aveia
Katiene da Silva Melo, Áurea
Júlia Belém da Costa, Ana Flavia Maria Silva, Gilcelia
Janaina Lino da Silva Barbieri, Kleres Luciana Gomes
Dias da Silva
Introdução: A expectativa de
vida dos brasileiros vem aumentando. Isso reflete uma longevidade saudável e a
busca por alimentos que de alguma forma previna o aparecimento de doenças.
Dentre esses alimentos destacam-se os funcionais, além do valor nutritivo
inerente a sua composição química esses alimentos podem desempenhar um papel
potencialmente benéfico, embora não curam doenças, seus componentes ativos são
capazes de prevenir ou reduzir os riscos de algumas patologias. A aveia é um
exemplo de alimento funcional, por possuir a β-glucana,
fibra solúvel, que tem vários benefícios associados a ela, como por exemplo, o
retardo do alimento na passagem intestinal e a absorção diminuída da glicose. A
adição e utilização desse ingrediente para o desenvolvimento de um produto
alimentício saudável representa uma estratégia interessante frente ao novo
mercado consumidor. Objetivo:
Realizar a análise sensorial de um biscoito elaborado a base de farelo de
aveia. Métodos: A elaboração e
análise sensorial do biscoito foram realizadas no Laboratório Técnica Dietética
e no Laboratório de Análise Sensorial do Centro Universitário Maurício de
Nassau, localizado em Recife/PE, respectivamente. Após a elaboração dos
biscoitos, foram submetidos ao teste de aceitação com 120 indivíduos de ambos
os sexos, com a faixa etária variando de 18 a 45 anos. A avaliação procedeu
através da utilização de uma escala hedônica estruturada de 9
pontos (desgostei muitíssimo = 1 a gostei muitíssimo = 9) para avaliação dos
atributos cor, aparência, sabor, textura e impressão global. Para avaliar a
intenção de compra, utilizou-se a escala de cinco pontos, variando de 1 “certamente não compraria” a 5 “certamente compraria”. No
cálculo dos índices de aceitação e intenção de compra, as notas (1-9 e 1-5)
respectivamente dadas pelos julgadores foram transformadas em %: [Índice de
aceitação = (médias das notas por atributo/9 ou 5) ×
100], em que 9 e 5 representa a nota máxima. Resultados: Após a avaliação dos resultados, foi possível observar
a aceitabilidade do produto na sua avaliação global com 75,15% e a intenção de
compra de 74,26%. Conclusão: Os
resultados obtidos após a análise sensorial demonstraram que seguramente o
biscoito pode ser uma excelente alternativa de alimento saudável e pode seu
utilizado como uma opção lanche prático, uma vez que a maior parte dos
indivíduos demostraram ter intenção de compra.
Palavras-chave: alimento funcional,
análise sensorial, aveia, alimentos funcionais.