ARTIGO
ORIGINAL
Avaliação
da adequação do almoço de duas empresas ao programa de alimentação do
trabalhador
Evaluation of the adequacy of meals to the worker feeding program in two
companies
Lizandra Leandro
Almeida Pinto*, Roberta Mendonça Duarte*, Rosa de Lourdes Azevedo Guedes*, Laís
Santana Santos, M.Sc.**
*Graduada
em Nutrição pela Faculdade Maurício de Nassau, *docente da FMN, Especialista em
Saúde Coletiva (UNAERP) e Mestre em Saúde Coletiva UEPB
Recebido 30 de
janeiro de 2014; aceito 15 de dezembro de 2015
Endereço
para correspondência:
Laís de Santana Santos, FMN, Rua Delmiro Gouveia 112 São José, Campina Grande
PB, E-mail: kiltt3@yahoo.com.br, lizandra.leandro@uol.com.br, robertaduart@yahoo.com.br,
rosadelourdesag@hotmail.com
Resumo
O presente estudo
teve como intuito averiguar a qualidade global do almoço oferecido por duas
Unidades de Alimentação e Nutrição (UAN) de duas empresas participantes do
Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), focando sua adequação quanto as
calorias ofertadas, macronutrientes, sódio e NdPCal%
(Net diary protein calory) do cardápio realizado. Realizamos um estudo
descritivo e exploratório com o intuito de avaliar os cardápios servidos
durante o período de 5 dias, avaliando a adequação do
almoço servido de acordo com as diretrizes do PAT. Para o cálculo nutricional,
foi utilizado o Programa de Apoio a Nutrição – NutriWin e a Tabela Brasileira de
Alimentos (TACO). Nos dias em que a pesquisa foi realizada, a comida servida
apresentou valores energéticos acima do recomendado pelo PAT e em nenhum dia
esses valores ficaram próximo ao adequado. O estudo identificou que os
cardápios analisados estavam inadequados, mostrando que, apesar das empresas
estarem inseridas no Programa, não foi decisivo para o equilíbrio nutricional,
o que leva a um prejuízo à saúde do trabalhador e está em desacordo com o pacto
de parceria.
Palavras-chave: refeições,
adequação cardápio, educação nutricional.
Abstract
The present study aimed at investigating the global quality of lunch
offered by two Feeding and Nutrition Units of two companies that participate in
the Worker Feeding Program (WFP), focusing its adequacy concerning the offered
calories, macronutrients, sodium and NdPCal% (Net
diary protein calorie) of the menu. This was a descriptive and exploratory
study, aiming at assessing the served menu during the period of 5 days,
evaluating the appropriateness of the meals regarding the WFP guidelines. For
the nutritional calculations, the Nutrition Support Program was used – NutriWin and the Tabela Brasileira de Alimentos – TACO (Food Brazilian Table -
FBT). In the days when the survey was conducted, the food served had energy
values above recommended by the WFP and no day these values were close to the
right. The study found that the menus analyzed were inadequate, showing that
despite the companies are inserted in the program, were not decisive for the
nutritional balance, which leads to damage to workers' health and is in disagreement
with the partnership.
Key-words: meals,
adequacy menu, nutritional education.
Desde a antiguidade,
as pessoas utilizam os alimentos tanto para se nutrir como para curar doenças.
Assim, o alimento tem papel fundamental na vida do indivíduo além de ser um
direito social garantido pela Constituição Federal [1].
Nesse sentido, a vida
moderna, com o excesso da jornada de trabalho e com a dificuldade de locomoção
nos grandes centros, modificou o cotidiano do viver, nas sociedades urbanas,
inclusive dos hábitos mais elementares da sobrevivência humana.
Podemos citar, como
exemplo, o fato de as pessoas, hoje, não fazerem suas refeições em seu ambiente
familiar. Esta opção já está se tornando um hábito natural, principalmente do
trabalhador e assim faz crescer o número de Unidades de Alimentação e Nutrição
(UAN). Realidade essa comum dentro das empresas, o que implica na necessidade
de se atender a certas prioridades, nesse serviço.
Diante da necessidade
de investimento na saúde do trabalhador brasileiro, o governo criou o Programa
de Alimentação do Trabalhador (PAT), que se trata de um “programa de
complementação alimentar, estruturado na parceria entre Governo, empresa e
trabalhador, tendo como prioridade o atendimento ao trabalhador de baixa renda
(que ganha até 5 salários-mínimos mensais), com o
objetivo de melhorar sua condição nutricional, promovendo saúde, aumento da
produtividade e prevenindo as doenças relacionadas ao trabalho. O beneficiado
não poderá ter valor inferior àquele concedido aos de maior rendimento” [2].
Tal programa
preconiza a oferta de uma dieta balanceada para os trabalhadores que
desenvolvem atividades moderadas e intensas, contribuindo com resultados
bastante satisfatórios como: diminuição dos riscos de acidentes no trabalho,
melhor rendimento do serviço, aumento da produtividade e desempenho do
trabalhador [3].
A garantia da saúde e
capacidade para o trabalho está então atrelada, entre outras coisas, a uma
adequada elaboração de cardápios que deve atender às quantidades necessárias de
energia e de nutrientes, para garantir saúde e condições para o trabalho [4,5].
A Organização Mundial
da Saúde (OMS) [6] ressalta como iniciativas, a forma de ação de empresas que
fornecem alimentação coletiva, pois a promoção da alimentação saudável pode
fazer a diferença em relação às empresas que não investem ainda nesse
requisito. O segredo desse programa, portanto, é a
iniciativa para redução de gorduras, açúcar e sal nos/dos alimentos, sugerindo
novas formas de composição alimentar nos cardápios, o que inclui verduras,
frutas, legumes.
A qualidade das
refeições de empresas, hoje, é um fator que pode fazer a diferença,
influenciando, assim, a competição do/no mercado empresarial. Como se sabe, o
nível de qualidade e eficiência do trabalhado, em qualquer setor, está
diretamente atrelado às condições de saúde do indivíduo [7].
Por esse
entendimento, a ingestão calórica inadequada gera, consequentemente, pouco
rendimento do trabalho, fragilidade, mediante a emergência de patologias, o que
aumenta a predisposição para acidentes de trabalho, entre outras consequências
danosas para a capacidade produtiva do trabalhador, gerando efeitos
prejudiciais ao setor de produção, aumento de
rotatividade, além de interferir no bem estar social [7].
Portanto, as
exigências do PAT visam prevenir as doenças crônicas que podem ocasionar
afastamento do ambiente de trabalho, prejudicando assim a desempenho deste
profissional e trazendo prejuízos financeiros para empresa. Por isso, um
programa de educação alimentar estimula a adoção de um processo educativo
permanente, resgatando da dieta brasileira mudanças desejáveis e aspectos
positivos do atual padrão de consumo [8].
Entretanto,
atualmente são poucos os estudos que avaliam a qualidade das refeições
oferecidas nas empresas beneficiárias pelo PAT em relação ao proposto pela
resolução. Assim, este trabalho tem como objetivo avaliar a qualidade global do
almoço oferecido por duas UANs de duas empresas beneficiárias do PAT na cidade
de Campina Grande e verificar se existem divergências na qualidade das calorias
diárias, macronutrientes, sódio e NdPCal% (Net diary protein calory) do cardápio
oferecido pela UAN estão de acordo com o PAT, avaliando essa adequação através
do cardápio realizado.
Realizou-se um estudo
descritivo e exploratório em duas UANs: uma concessionária de alimentos, com
atuação na área têxtil (Empresa 1) e uma outra de
menor porte, com atuação na distribuição farmacêutica (Empresa 2). Em ambas são
prestados serviços de alimentação dentro dessas empresas localizadas na cidade
de Campina Grande, Estado da Paraíba, totalizando 1650 funcionários que exercem
atividades “administrativas e operárias”. Em ambas as Empresas, o serviço é do
tipo self-service, com a fonte proteica porcionada. O cardápio do almoço é
composto de duas variedades de salada, uma guarnição, dois pratos protéicos,
dois acompanhamentos (arroz e feijão), uma sobremesa (doce ou fruta) e sucos
variados.
Os dados foram
coletados no período 19 a 23 de agosto de 2013, quando foram coletados os
cardápios referentes a cinco dias, cedidos pelas
empresas, e foram catalogados a partir das informações
encontradas nos mesmos.
As análises dos dados
foram feitas através da comparação com as recomendações do PAT, a saber: o
valor calórico, os macronutrientes e sódio das preparações. Foram utilizados o
Programa de Apoio a Nutrição – NutriWin [9] e a
Tabela Brasileira de Alimentos (TACO).
O primeiro passo foi
no cálculo das porções oferecidas nos cardápios, para registrar a quantidade de
calorias, carboidratos, proteínas, lipídeos e sódio. Em seguida, comparou-se
com os parâmetros nutricionais estabelecidos pelo PAT, segundo a portaria
interministerial nº 66 [10].
Foi calculado o NDPcal% que é o percentual fornecido pela proteína líquida
em relação ao valor calórico total do cardápio. O NDPcal
é o valor da proteína bruta multiplicado pelos fatores propostos na legislação
do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), sendo que esse percentual proteico
calórico deve ser no mínimo 6% e no máximo 10%, em qualquer tipo de atividade,
o que garantirá o bom aproveitamento das proteínas para funções mais nobres no
organismo [11].
A análise dos dados
foi feita através da comparação com as recomendações do PAT, que determina o
Valor Calórico Total (VCT) de 2000 calorias, sendo 30% a 40% desse total
distribuído para o almoço e a distribuição dos macronutrientes deve ser de 55%
a 75% para carboidratos, 10% a 15% para proteínas e 15% a 30% para lipídeos e o
sódio de 720 a 960 mg. O NdPCal%
das refeições deverá ser de no mínimo 6% e no máximo 10%.
Para a confecção da
figura 1, somou-se todas as calorias ingeridas, dividiu-se por 5 dias e comparou-se com os valores do PAT, segundo o
fornecimento de 35% do VET diário para o almoço.
Na construção da
tabela I, os resultados foram obtidos através do somatório das calorias de
todos os dias estudados, dividindo-se por cinco dias, fazendo assim a média e comparando com as diretrizes do PAT.
O percentual das duas
empresas analisadas quanto a adequação ou inadequação
em relação às recomendações gerais do PAT, através dos resultados encontrados,
está demonstrado na figura 1. De acordo com a mesma, concluiu-se que essas
empresas analisadas ultrapassaram o valor de adequação de 95 a 105%. Portanto,
esses resultados mostram-se totalmente em desacordo com os parâmetros
preconizados pelo PAT, já que ultrapassam os valores estabelecidos e os
trabalhadores dessas empresas, 1 e 2, fazem a ingestão
de quase sua cota diária em apenas uma refeição.
Figura
1 - Percentual de adequação das UANs em relação
ao PAT.
A Tabela I contém a
média geral das adequações dos macronutrientes, que devem ser de acordo com o
padrão de 95% a 105%, e o valor do NdPCal% de 6% a
10%, oferecido pelos cardápios utilizados nas duas UANs estudadas. Para as
calorias utilizou-se 35% do VET diário para o almoço; para os carboidratos
utilizou-se 60% das calorias distribuídas para o almoço, para as proteínas
calculou-se 15%; lipídeos 25% e sódio de 720 a 960 mg.
Tabela
I - Média geral das adequações.
A média de calorias
consumidas durante a semana analisada e os valores recomendados pelo PAT estão
representados na Tabela II. Essa análise demonstra que não são seguidas as
diretrizes do PAT, ou seja, os trabalhadores consomem mais calorias do que o
necessário para exercer suas atividades. Em nenhum dos dias analisados, os
cardápios estiveram dentro do valor calórico preconizado pelo PAT.
Tabela
II -
Média de calorias do cardápio realizado
durante a semana analisada e comparação com o PAT.
Os valores de
macronutrientes (em gramas), sódio (em miligramas) e NdPCal%
do cardápio realizado comparado ao valor recomendado pelo PAT. Foi demonstrado
o consumo de macronutrientes que são oferecidos para no horário do almoço e não
oferece informações exatas quanto a quantidade que
cada comensal consome.
Em particular, a
ingesta de sódio apresentou-se adequada. A Empresa 1
oferta uma média de 1508,65 mg e a Empresa 2 uma média de 2008,68 mg. Exceto na
segunda e na sexta-feira, quando a Empresa 1 serviu como
opção proteica carnes que sofreram processo de salga. Já na Empresa 2, o excedente deu-se na quinta-feira quando foi oferecida a
preparação gratinado de charque e carne de sol como opções para os pratos
proteicos. Os trabalhadores ainda têm opção de adicionar à refeição do almoço o
sal de mesa.
Tabela
III
- Valor de macronutrientes (em gramas) e NdPCal% e de Sódio (mg) do cardápio realizado e a comparação
com o recomendado pelo PAT.
O presente estudo
possibilitou observar que as refeições servidas pelas empresas pesquisadas
estavam em desacordo com as diretrizes do PAT. Os cardápios realizados durante
a semana pesquisada apresentaram um valor energético médio de 1388,04 kcal para
a Empresa 1 e 1380,36 kcal para a Empresa 2. Em todos
os dias da semana, o total de calorias esteve bem acima do recomendado pelo
PAT, conforme mostra a Tabela II. Resultados semelhantes foram encontrados em
um estudo que verificou uma média de calorias acima da preconizada pelo PAT
(1145 kcal a 1439 kcal) no cardápio de uma semana [12]. Estudos semelhantes
apresentaram os valores energéticos médios encontrados foram 1400 kcal e 1195
kcal [8,13]. Resultados semelhantes também foram encontrados quando foi
estudado o cardápio oferecido aos trabalhadores de uma indústria no estado da
Bahia. Neste estudo foi observado que a alimentação oferecida no ambiente de
trabalho, apresentou uma média de 96,1% de adequação, das recomendações
energéticas diárias (2.218Kcal) sugeridas pelo PAT [14].
Durante o estudo
ficou claro que as duas empresas ofertavam muito mais nutrientes do que a real
necessidade dos trabalhadores e que a qualidade nutricional não estava adequada
segundo os principais objetivos do PAT que é qualidade na saúde do trabalhador.
Esses resultados causam preocupação com a saúde desses trabalhadores que, a longo prazo, podem apresentar aumento de peso e sobrepeso,
resultando dislipidemias e diabetes mellitus. Os trabalhadores do sexo
masculino atendidos em empresas que seguem as diretrizes do PAT apresentam a
prevalência de sobrepeso [8].
De acordo com PAT, as
adequações devem estar entre 95% a 105% para os macronutrientes e NdPCal de 6% a 10%. Pode-se observar que as variações de
todos os macronutrientes (carboidrato, proteína e lipídeo) da semana analisada
estiveram bem acima do recomendado. Assim, um estudo indicou que das 72
empresas analisadas, 20,8% estavam com suas refeições inadequadas, 52,7% foram
de refeições que precisam de melhora, enquanto que 26,5% estavam com suas
refeições adequadas [15]. Ao contrário desses resultados encontrados, o valor
percentual dos carboidratos esteve abaixo do preconizado pelo PAT todos os dias
analisados. Já o percentual de proteínas e lipídios mantiveram-se
acima do recomendado, sendo os lipídios estando 20% superior ao PAT, o que pode
ser explicado devido à quantidade média per capita servida de prato protéico
[12]. Das 93 empresas estudas os resultados apontaram para uma baixa oferta de
macronutrientes: carboidratos 8,69%; proteínas 4,38% e gorduras totais 8,31%
[13], resultados bem diferentes dos encontrados neste estudo.
Os resultados
encontrados tornam-se preocupantes porque o alto consumo de proteínas nos
cardápios analisados, juntamente com os valores de NdPCal,
podem causar patologias como osteoporose, pela grande excreção do cálcio, e
doenças renais [16].
Nessas UANs é usado
muito óleo para as preparações grelhadas, molho e refogadas que são oferecidas
diariamente, o que contribui para o alto teor de lipídios das refeições. Essa
grande quantidade de lipídios nas refeições pode levar ao surgimento ou
agravamento de problemas cardiovasculares. A gordura saturada e o colesterol
estão intimamente ligados ao consumo excessivo de proteínas animais como já
citado nas análises das refeições. Reduzindo o consumo de proteínas, os teores
de lipídios também diminuirão, assim como o valor calórico.
Em todos os dias
analisados, os valores de calorias e macronutrientes estiveram bem acima do
preconizado pelo PAT, o que pode ser explicado pela quantidade que os trabalhadores
colocam em seus pratos nas guarnições, à porção de proteína oferecida pela
copeira e aos ingredientes utilizados nas preparações.
Com todos os
resultados apresentados, constatamos que o não cumprimento dos parâmetros do
PAT causa total desequilíbrio na saúde do trabalhador atendido por esse
programa. Além da inadequação do cardápio ofertado, a falta de conhecimento por
parte dos trabalhadores sobre o PAT, e também, a
ausência de educação nutricional e avaliação nutricional contribuem de forma
significativa para a realidade frente aos resultados obtidos. Os estudos
demonstram que os trabalhadores, apesar de conhecerem a relação entre
alimentação e saúde, desconhecem o PAT como política
do governo, associando a Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) somente como
um local de refeição para repor suas necessidades alimentares devido o desgaste
sofrido durante o cumprimento de suas atividades diárias [17].
Nesse sentido, as
empresas que oferecem aos seus funcionários uma alimentação adequada do ponto
de vista nutricional, propiciam qualidade social e a melhoria na qualidade de
seus produtos, trazendo vantagens para ambos os envolvidos [7]. Infelizmente as
empresas analisadas no estudo, futuramente não irão obter a adequação
nutricional, tendo em vista a inadequação das refeições oferecidas. Assim,
faz-se necessário novas pesquisas com o intuito de melhorar os resultados
encontrados nesse e nos demais estudos, afim de
sensibilizar os governantes no aprimoramento da qualidade desse programa.
Conclui-se que os
gestores são de importância relevante durante a implantação e utilização deste
programa, apesar de ser um programa voltado para o trabalhador, a colaboração de funcionários e do nutricionista é
primordial para eficácia deste programa.
Constatamos que tanto
os funcionários da concessionária que fazem o porcionamento do prato proteico,
quanto os clientes que se serviam das outras preparações, serviam esses
alimentos em excesso e esse excedente foi demonstrado em números nas tabelas.
Esse consumo fora da média preconizada para indivíduos saudáveis poderá
resultar, em médio e longo prazo, em doenças crônicas como diabetes,
hipertensão arterial e doenças cardiovasculares, não alcançando assim um dos
principais objetivos do PAT que é melhora na saúde do trabalhador.
Durante o estudo,
somente nos cinco dias analisados, ficou claro que os comensais não têm
consciência do que significa uma alimentação balanceada.
Assim, ficou evidente
que o cardápio oferecido pelas empresas não beneficia a saúde do trabalhador, e
nem traz qualidade de vida, pelo contrario, agrava doenças crônicas já
existentes e aumenta o risco delas.
Fica claro que os
comensais necessitam do auxilio do nutricionista para alcançar os objetivos do
PAT, que é uma alimentação saudável e melhor elaboração do cardápio. É
necessário um trabalho de educação nutricional não só para os comensais, como
também para os funcionários que fazem a distribuição das refeições. Em vista de
todos os fatos citados concluímos a necessidade de elaboração mais eficaz dos
cardápios, com maior variedade, avaliação dos ingredientes utilizados, melhoria
no modo de preparo das preparações e porcionamento do prato proteico. Todas
essas ações têm como objetivo alcançar melhoria nas condições nutricionais
desses trabalhadores, mas sempre seguindo os percentuais definidos pelo PAT.
Por fim, conclui-se
que o nutricionista dever colocar em prática sua função educativa de forma
incisiva como profissional que promove a saúde e qualidade de vida a seus
clientes. Deve também elaborar ações educativas a respeito do que significa uma
alimentação saudável, para que os trabalhadores possam compreender realmente o
significado de se alimentar bem, conseguindo assim alcançar as metas do PAT,
obtendo assim uma vida saudável e produtiva.