ARTIGO
ORIGINAL
Influência
da semente de chia (Salvia Hispânica L.) na redução de peso e circunferência
abdominal em mulheres com sobrepeso e obesidade
Influence of the chia seed (salvia hispânica
l). in the reduction of weight and abdominal circunference in women with overweight and obesity
Luciana Aline
Fuelber*, Isabel Pommerehn Vitiello, M.Sc.**
*Acadêmica
do Curso de Nutrição da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC)/RS, **Nutricionista, Profa. do
Curso de Nutrição da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC)
Recebido 26 de
fevereiro de 2014; aceito 15 de dezembro de 2015
Endereço
para correspondência:
Luciana Aline Fuelber, Rua Ricardo Hoffmann Filho, 175/302 Bom Fim 96830-090
Santa Cruz do Sul RS, E-mail: lu.aline08@yahoo.com.br, Isabel Pommerehn
Vitiello, isabelv@unisc.br
Resumo
A obesidade é
caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura que compromete a saúde do
indivíduo. Uma dieta com baixo consumo de fibras está associada ao aumento de
peso assim como a gordura acumulada na região abdominal predispõe a doenças
cardiovasculares. A inclusão de fibras na dieta é indispensável para reduzir a
densidade calórica e promover a saciedade por retardar o tempo de esvaziamento
gástrico. A semente de chia (Salvia
Hispânica L.) é uma planta originária do México que contém fibras,
proteínas, antioxidantes e ácidos graxos poliinsaturados. Objetivos: Avaliar os efeitos do consumo da semente de chia em mulheres
com sobrepeso e obesidade na redução do peso corpóreo e circunferência
abdominal. Métodos: 19 mulheres foram
selecionadas para realizarem a ingestão de 10 g da semente/dia durante 30 dias.
Os parâmetros peso e circunferência abdominal foram avaliados antes e após a
intervenção com a semente de chia. Resultados:
O consumo da semente promoveu diminuições nos valores dos parâmetros
analisados, ao nível de 5% de significância. Conclusão: O tratamento proporcionou redução de peso e
circunferência abdominal nas mulheres avaliadas.
Palavras-chave: Chia
(Salvia Hispânica L.), fibras na dieta, obesidade, mulheres.
Abstract
The obesity is characterized by the excessive accumulation of fat that
commits the health. A diet with low intake of fiber is associated with
augmentation of weight like the accumulated fat in the abdominal area
predispose to cardiovascular diseases. The inclusion of fiber in the diet is
indispensable for reduction the caloric density and promoting the satiety to
retard the time of gastric deflation. The Salvia
Hispânica L. is a plant originated from Mexico
and contains fiber, protein, antioxidant and polyunsaturated fatty acids. Objectives: To assess the effects of
intake of the chia seed in women with overweight and obesity in the reduction
of the corporeal weight and abdominal circumference. Methods: 19 women were
eclectic to perform the intake of 10 g of the seed/day during 30 days. The
parameters weight and abdominal circumference were reviewed before and after
the intervention with the Salvia Hispânica L. Results: The intake of the chia seed
promoted decreases in the values of the parameters analyzed, at the level of 5%
of significance. Conclusion: The
treatment provided reduction of weight and abdominal circumference in the women
evaluated.
Key-words: Chia (Salvia
Hispânica L.), fiber in the diet, obesity, women.
A obesidade
atualmente é considerada um problema de saúde pública e está associada a um
aumento de doenças crônicas como a diabetes melito tipo 2,
doenças coronarianas e alguns tipos de câncer. A Organização Mundial da Saúde
(OMS) estima que o número de obesos aumente consideravelmente até o ano de
2025, com possível prevalência de obesidade e sobrepeso maior nas mulheres [1].
Uma das causas que
determinam o aumento da obesidade está fortemente aliada a fatores alimentares,
como a diminuição do consumo de fibras e o aumento progressivo da densidade
energética das dietas [2]. A população em geral está aderindo progressivamente
a um padrão dietético com alto teor de gorduras totais, colesterol, açúcar,
carboidratos refinados e baixo teor de ácidos graxos insaturados e de fibras, o
que relacionado a uma vida sedentária e a fatores genéticos resulta na
instalação da obesidade e no surgimento de doenças crônicas não transmissíveis
(DCNT), como hipertensão arterial (HAS), doenças cardiovasculares (DCV) e
dislipidemias [3].
A obesidade é um
problema de saúde pública mundial, integrante do grupo de DCNTs, com
predominância na população feminina. Vários estudos com adultos têm comprovado
a mudança das prevalências de sobrepeso e obesidade na população brasileira,
também com predomínio entre as mulheres. Identificar a etiologia dessa doença
multifatorial não é simples e nem objetivo, pois envolve aspectos ambientais e
genéticos. As causas do aumento da obesidade no mundo ainda não estão
suficientemente esclarecidas, sendo uma das hipóteses mais estudada, o declínio
do dispêndio energético dos indivíduos aliado a fatores alimentares, como a
diminuição do consumo de fibras e o aumento do consumo de gorduras e açúcares
[2].
Conforme Rosa et al. [1] e Cuppari [3], mulheres obesas
apresentam mais riscos decomplicações na gestação e também diminuição da
capacidade reprodutiva, portanto, a obesidade tem sido associada a efeitos
adversos à saúde das mulheres a curto e longo prazo. Referem ainda que a
adolescência, a fase adulta e a gravidez são períodos da vida em que predomina
o sedentarismo, gerando um maior acúmulo de gordura corporal.
A fibra é um componente
das plantas que resiste a digestão por enzimas do intestino humano e são
classificadas em solúveis e insolúveis, conforme sua solubilidade em água,
sendo que as fibras da dieta são uma mistura complexa de ambas, fornecendo um
aumento da sensação de saciedade o que auxilia no manejo nutricional para a
redução de peso [4]. As recomendações no manejo nutricional para redução de
peso incluem dietas nutricionalmente balanceadas em nutrientes, onde a inclusão
de fibras é indispensável para reduzir a densidade calórica e promover a
saciedade por retardar o tempo de esvaziamento gástrico e tornar a absorção de nutrientes mais lenta ou diminuída, sendo assim, as fibras
alimentares têm funções fisiológicas benéficas no trato gastrointestinal [5].
A população adulta em
geral não consome a quantidade de fibras totais que é recomendada, em torno de
20 a 30 g diárias, que devem ser distribuídas em todas as refeições do dia
Estudos revelam que a maior parte das fibras consumidas são provenientes
das principais refeições do dia, como almoço e jantar. A OMS recomenda o
consumo de pelo menos 25 g diárias de fibras na dieta,
a fim de auxiliar na prevenção do aparecimento de doenças crônicas relacionadas
à dieta e devido a hábitos alimentares inadequados atualmente, e essa recomendação
não é alcançada. Várias pesquisas apontam os efeitos benéficos das fibras na
prevenção de diversas doenças, o que desperta cada vez mais o interesse de
especialistas na área da saúde e nutrição [6,7].
Dentre os grãos
integrais ricos em fibras, está a semente de chia
(Salvia Hispânica L.), uma planta originária do México que contém além de
fibras, proteínas, antioxidantes e ácidos graxos poliinsaturados, portanto
considerada de alto valor nutritivo [8].
A Salvia Hispânica L. é uma planta da família
da menta chamada Lamiaceae, cultivada por suas sementes em formato oval de 1 até 2 milímetros de tamanho, que variam de cor entre
preto, cinzento e preto ou branco manchado. A semente de chia foi cultivada
pelos povos indígenas da América do Sul há centenas de anos [9].
Segundo Paschoal e
Naves [10] a semente de chia (Salvia
Hispânica L.) é considerada um produto recente no Brasil e por isso ainda
há carência da legislação a seu respeito e do seu consumo, mas devido às
alegações terapêuticas vem sendo considerada um alimento funcional, por conter
na sua composição em ômega-3, fibras e fitoesteróis.
É descrita por
especialistas da nutrição como sendo um alimento completo por possuir alto
valor energético, fonte de ômega-3, minerais, fibras solúveis e insolúveis e
proteínas. Devido a essas propriedades nutricionais, sua ingestão vem sendo
associada ao tratamento de diversas doenças como a obesidade, diabetes melito
tipo 2, dislipidemias, hipertensão arterial e doenças
cardiovasculares. Em relação ao tratamento da obesidade, o poder de
emagrecimento da chia justifica-se à elevada quantidade de fibras influenciando
na digestão de maneira mais lenta, gerando saciedade e consequentemente a
redução no consumo dos demais alimentos [10]. De acordo com Mello e Laaksonen
[7] as fibras dos cereais e produtos à base de grãos integrais, segundo estudos
epidemiológicos, são capazes de prevenir a obesidade e o ganho de peso,
contribuindo para a diminuição do risco para o desenvolvimento de outras
patologias, como por exemplo, a diabetes melito tipo 2.
A semente possui 40 g
de fibras em 100 g do produto. Em medida caseira, uma colher de sopa contém 10
g de semente e 4 g de fibras. Ao entrar em contato com a água ou outros
líquidos a chia aumenta até 12 vezes de tamanho, ocupando um grande volume no
estômago, o que ativa mais rapidamente a saciedade e permite um melhor controle
da fome [10].
O objetivo desse
trabalho foi avaliar o efeito da semente de chia (Salvia Hispânica L.) na
redução de peso e na circunferência abdominal (CA) em mulheres com sobrepeso e
obesidade.
O presente artigo é
de natureza qualitativa e quantitativa caracterizado como um estudo transversal
experimental do tipo pré-experimento ou quase-experimento.
A população do estudo
foi composta por 19 mulheres com idade entre 20 e 59 anos, residentes no
município de Santa Cruz do Sul/RS, durante os meses de agosto e setembro de
2013. A participação ocorreu de forma voluntária. A pesquisa iniciou através da
divulgação por cartazes entre a comunidade acadêmica que entraram em contato
com a pesquisadora e via telefone foram agendados os dias para a realização da
primeira avaliação antropométrica, com aferição de peso e estatura e medida da
CA. A partir do cálculo do índice de massa corporal (IMC) as mulheres que
apresentaram diagnóstico de sobrepeso ou obesidade,igual
ou maior a 25 kg/m2,determinou-se quem seriam as participantes do
estudo.
O peso corporal foi
aferido através de uma balança digital da marca PlennaR
e a estatura foi medida através de uma fita métrica flexível fixada
verticalmente à parede sem rodapé, com régua sobre a cabeça para uma correta
visualização da estatura. No momento da avaliação as participantes foram
orientadas a utilizar roupas leves e a ficarem com os pés descalços. A CA foi
medida com fita métrica flexível a dois centímetros acima do umbigo. O IMC foi
classificado conforme os critérios propostos pela OMS (1995 e 1997) para
adultos e a CA foi classificada conforme os critérios propostos pela OMS (1998)
[3].
Foi aplicado um
questionário identificando qual período do dia (antes do almoço ou da janta) as
participantes referiam sentir mais fome, sendo este o período recomendado para
a ingestão da chia e sobre o atual hábito intestinal, com a finalidade de
verificar se após o consumo da chia ocorreu alguma alteração. Cada participante
recebeu uma embalagem plástica contendo 300 g de semente de chia (Salvia Hispânica L.), com orientação de
ingestão de 10 g por dia, correspondente a uma colher de sopa, acompanhada de
um copo de água (200 ml), 30 minutos antes da refeição que relataram sentirem
mais fome, ou seja, antes do almoço ou da janta, durante 30 dias consecutivos.
Esta quantidade foi recomendada a partir da orientação de 20 a 30 g de fibras
por dia a ser consumida [6], representando 50% da recomendação. Durante o
período do estudo, a dieta das participantes não foi alterada. O produto foi
pesado em balança digital específica para alimentos da marca LUXSHAV modelo
LX-917.
Após decorridos os 30
dias da ingestão da semente de chia (Salvia
Hispânica L.), foi agendado um segundo encontro individual com as 19
participantes para a realização da segunda avaliação antropométrica com
aferição do peso e medida da CA, para a obtenção do resultado final. Nesta
mesma ocasião, foi reaplicado o questionário com a finalidade de verificar se o
consumo do produto reduziu o apetite, proporcionou maior saciedade e se foi
observado alteração no trânsito intestinal.
O projeto foi
previamente aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade de Santa Cruz do Sul
(UNISC) sob o parecer de número 339.722. O estudo procedeu-se somente após a
assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) pelas
participantes do estudo.
Para a análise dos
dados foram utilizados os programas estatísticos SASM - Sistema para Análise e
Separação de Médias pelo método de Tukey
e o Teste-t com níveis de significância p < 0,05, ambos os programas
apresentaram mesmo resultado. Foi utilizada a planilha do Microsoft Office Excel 2007 para a apresentação dos resultados
através de gráficos e tabelas.
Tabela
I – Redução de peso e CA após o consumo da
semente de chia (n = 19).
**média obtida da
análise estatística do SASM e Teste-t.
Em relação à idade
não houve diferença significativa na redução de peso e CA. Das 14 participantes
que emagreceram 5 (35,71%) tinham idades entre 20 a 30
anos, 4 (28,57%) de 31 a 40 anos, 2 (14,28%) de 41 a 50 anos e 3 (21,42%) de 51
a 59 anos. Das 11 participantes que reduziram a CA 5
(45,45%) tinham idades entre 20 a 30 anos, 2 (18,18%) de 31 a 40 anos, 1
(9,09%) de 41 a 50 anos e 3 (27,27%) de 51 a 59 anos, conforme ilustrado na
Figura 1.
Figura
1 – Percentual das participantes (n = 19)
relacionado a redução de peso e CA, conforme a idade.
Em relação ao grau de
saciedade, as 19 participantes (100%) referiram sentir de pouca a muita
saciedade após o consumo da semente de chia, conforme Figura 2.
Figura
2 – Percentual do grau de saciedade após o
consumo da semente de chia, referido pelas mulheres participantes do trabalho
(n = 19).
Das 19 participantes,
05 (26,31%) referiram constipação no início do estudo,havendo
alteração deste hábito ao longo dos 30 dias e ao final do estudo referiram
trânsito intestinal normal.
Sobre os parâmetros
peso e CA analisados, foram encontradas diferenças estatisticamente
significativas em relação a perda de peso e a
diminuição da medida da CA, apesar do período curto de intervenção de trinta
dias. Na primeira avaliação todas as participantes estavam com a medida da CA
> 80 cm, apresentando risco cardiovascular [3], contudo 11 (57,89%)
reduziram, porém permaneceram com a CA > 80 cm, assim como na redução de
peso 14 (73,68%) reduziram, porém permaneceram com o IMC ≥ 25 kg/m2.
Em uma pesquisa
realizada sobre a Síndrome Metabólica (SM), a semente de chia foi utilizada em
uma dieta padrão desenvolvida com outros alimentos que também continham alto
teor de fibras e demais substâncias semelhantes às da chia, cujo resultado
identificou que os indivíduos que fizeram uso dessa dieta apresentaram redução
de peso e diminuição da taxa de triglicerídeos sanguíneos [11].
As fibras também são
citadas como importantes componentes da dieta na prevenção da síndrome
metabólica (SM), que compõem um conjunto de fatores de risco para o desenvolvimento
de doenças cardiovasculares e diabetes melito tipo 2,
onde a obesidade está associada, sendo o consumo de fibras do tipo solúvel a
mais recomendada por atuarem na melhora dos índices glicêmico e lipídico [12].
Segundo Pinho et. al.[13] a gordura localizada na
região abdominal predispõe a pessoa a uma série de fatores de risco
cardiovasculares, por estar associada às comorbidades que acompanham a
obesidade e tem maior predominância em mulheres em todo o mundo. Essa
prevalência em mulheres pode ser atribuída à maior concentração de gordura
corporal devido a gestações, diferenças hormonais e ao climatério.
A dieta adequada
associada à prática de exercícios físicos são estratégias clássicas que devem
ser mantidas no tratamento para a redução de peso, porém, são necessárias novas
estratégias que aliadas às clássicas tragam maior eficácia e os profissionais
da saúde devem estar atualizados quanto às descobertas científicas para o
desenvolvimento dessas estratégias [14].
Em relação ao período
do dia em que realizaram a ingestão da semente de chia, houve uma maior redução
de peso naquelas que o fizeram no período da janta. Tal fato pode ser atribuído
pelo motivo desta refeição ser a última realizada no dia, favorecendo para
evitar a ingestão posterior de alimentos, sendo que a próxima refeição se deu
somente no dia seguinte.
Segundo Way III [4] e
Franco [15], dentre as condições que podem ser melhoradas pelo aumento da
ingesta de fibras, está a obesidade, pois a fibra
fornece uma sensação de plenitude e pode ajudar no manejo do peso a longo
prazo, principalmente a fibra solúvel, que desempenha a função de retardar o
esvaziamento gástrico, além de diminuir a absorção de glicose e a concentração
sérica de colesterol e triglicerídeos, que podem apresentar taxas elevadas em indivíduos obesos. As fibras solúveis são
identificadas por aquelas que em contato com a água, ocasionam a formação de
géis, que são responsáveis pela sensação prolongada de saciedade.
Nesta pesquisa não
foi possível observar diferenças significativas na redução de peso e na
diminuição da medida da CA em relação a idade, uma vez
que a diferença apresentada na perda de peso e de CA foi de 700 g a 3 kg na
faixa etária de 20 a 30 anos e de 200 g a 4,3 kg entre 31 a 59 anos, respectivamente.
Segundo Fett et al. [16] tal fato pode ser atribuído
pelo motivo da herança genética, desconfortos emocionais e ainda sedentarismo.
Em relação à sensação
de saciedade após a ingestão da semente de chia, 3
(15,78%) referiram sentir pouca saciedade, as demais mulheres relataram de
moderada a muita saciedade, comprovando o resultado positivo em relação ao
papel das fibras no controle do apetite.
A semente de chia
quando consumida em sua forma integral, ou seja, em forma de semente, fornece
fibras dietéticas, tanto solúveis quanto insolúveis, que possuem diversos
efeitos benéficos para a saúde, auxiliando no controle da glicemia e aumentando
a saciedade. Para um resultado positivo na redução de peso deve ser consumido
puro e acompanhado de água, sendo o consumo ideal de uma colher de sopa da
semente 30 minutos antes das refeições [10].
A importância da
fibra contida na chia foi demonstrada quando as mulheres que referiram
constipação no início do estudo apresentaram alteração deste hábito ao longo
dos 30 dias. Esse resultado mostra a importância do consumo de fibras
diariamente, onde a alimentação deve ser complementada muitas vezes com algum
produto que contenha em sua composição um aporte maior de fibras.
Em estudos anteriores
realizados para verificar os benefícios da semente de chia na saúde dos
humanos, foi comprovado que seu alto valor energético é equivalente ao valor
calórico dos carboidratos convencionalmente utilizados por atletas de grande
desempenho, sendo que, em relação à influência da semente na redução de peso,
mais estudos com boa qualidade metodológica devem ser realizados. No entanto, a
semente pode ser utilizada como complemento dietético [17].
O consumo da semente
de chia (Salvia Hispânica L.)
acompanhado de água 30 minutos antes das refeições promoveu diminuição da fome
e contribuiu para a redução de peso e da medida da CA. A ingestão da semente
também promoveu um melhor funcionamento do trânsito intestinal nas mulheres que
apresentaram constipação.
Pode-se concluir que
esta semente trouxe benefícios para as participantes com sobrepeso e obesidade.
No entanto, maior número de voluntárias, maior porção de semente de chia (Salvia Hispânica L.) e um período maior
de intervenção devem ser investigados em estudos futuros.