ARTIGO
ORIGINAL
Prevalência
de hipertensão arterial em pacientes atendidos no ambulatório de nutrição da URI - Frederico Westphalen
Prevalence of high blood pressure in patients attended in nutrition
clinic of URI - Frederico Westphalen
Elisa Cristina Granella*, Dionara Simoni Hermes Volkweis, M.Sc.**,
Tais Fátima Soder, M.Sc.***,
Thais da Luz Fontoura Pinheiro, M.Sc.****, Fábia
Benetti, M.Sc.*****
*Acadêmica
do Curso de Graduação em Nutrição da Universidade Regional Integrada do Alto
Uruguai e das Missões (URI), Departamento de Ciências da Saúde, Setor Nutrição,
Frederico Westphalen, Rio Grande do Sul, **Nutricionista, Coordenadora e
Docente do Curso de Nutrição da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai
e das Missões-URI Campus de Frederico Westphalen, Departamento de Ciências da
Saúde, Setor Nutrição, Frederico Westphalen/RS, ***Nutricionista, Orientadora
Educacional do Curso de Nutrição da Integrada do Alto Uruguai e das Missões-URI
Campus de Frederico Westphalen, ****Nutricionista, Docente do Curso de Nutrição
da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-URI Campus de
Frederico Westphalen
Recebido 29 de
janeiro de 2017; aceito 15 de dezembro de 2017.
Endereço
para correspondência:
Elisa Cristina Granella: elisa_granella@hotmail.com; Dionara Simoni Hermes Volkweis:
dshermes@uri.edu.br; Tais Fátima Soder:
soder@uri.edu.br; Thais da Luz Fontoura Pinheiro: thaispinheiro@uri.edu.br;
Fábia Benetti: benetti@uri.edu.br
Resumo
A Hipertensão
arterial sistêmica é um problema de saúde pública presente na vida de muitos brasileiros.
Esta patologia multifatorial é caracterizada pela elevação dos níveis
pressóricos e frequentemente se associa a distúrbios metabólicos, como
dislipidemia, obesidade, e diabetes mellitus (DM). Por esses e outros vários
motivos o conhecimento de sua ocorrência se torna importante. O presente estudo
objetivou avaliar a prevalência e o estado nutricional de pacientes hipertensos
atendidos no Ambulatório de Especialidades em Nutrição da URI-FW no ano de 2015
e 2016. Coletou-se dados sócio-demográficos
e antropométricos dos prontuários dos pacientes com HAS. A amostra foi
constituída por 34 indivíduos de ambos os gêneros, 67,6% eram do sexo feminino
e 32,36% do sexo masculino. A idade média encontrada foi de 44,97±14,76 anos,
28% referiram ter dislipidemia e 17% diabetes mellitus. A maioria (70%) dos
pacientes com HAS buscaram o acompanhamento nutricional para emagrecimento.
Verificou-se também que a maioria dos participantes eram
sedentária e não retornou as consultas nutricionais.
Palavras-chave: hipertensão
arterial sistêmica, antropometria, nutrição.
Abstract
Systemic arterial hypertension (SAH) is a public health problem in the
lives of many Brazilians. This pathology is multifactorial characterized by
elevated pressure levels and is frequently associated with metabolic disorders,
functional alterations that may be exacerbated by the presence of other factors
(RF), such as dyslipidemia, obesity, and diabetes mellitus (DM). For these and
several other reasons the knowledge of its occurrence becomes important. In
view of the above, the present study aimed to evaluate the prevalence and
nutritional status of hypertensive patients attended at the URI-FW Nutrition
Specialty Clinic in 2015 and 2016. This study was approved by the URI-FW
Research Ethics Committee Under CAAE number:
53128416.0.0000.5352. Sociodemographic and
anthropometric data were collected from the medical records of patients with
SAH. The sample consisted of 34 individuals of both genders, with 67.6% being
female and 32.36% male. The mean age found was 44.97 ± 14.76 years, 28%
reported having dyslipidemia and 17% diabetes mellitus. The majority (70%) of
patients with SAH sought nutritional monitoring for weight loss. It was also
found that the majority of participants was sedentary and did not return to
nutritional consultations.
Key-words: systemic
arterial hypertension, anthropometry, nutrition.
No Brasil as doenças
cardiovasculares são consideradas as principais causas de morte, e a
Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) está associada
aos principais fatores de risco, tornando-se um importante problema de saúde
pública. O tratamento e o controle da HAS são de fundamental relevância para a
redução dos eventos cardiovasculares [1].
A HAS é uma condição
clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de
Pressão Arterial (PA). Associa-se frequentemente a alterações funcionais e/ou
estruturais dos órgãos-alvo (coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos) como
também, a alterações metabólicas, aumentando em grandes chances, o risco de
eventos cardiovasculares, visto que, são considerados portadores de HAS,
indivíduos com PA igual ou superior a 140 x 90 mmHg
[2].
Estimativas apontam
que no Brasil cerca de 30% da população adulta e mais de 50% dos idosos podem
ser classificados como hipertensos [3]. A sobrecarga do sistema vascular,
devido a altos níveis pressóricos, quando não estando em tratamento pode levar
a arteriosclerose, doenças cardíacas, insuficiência renal, acidente vascular
cerebral, entre outros. Apesar dos muitos avanços no tratamento da hipertensão,
são poucos os pacientes que conseguem manter controlados os níveis de pressão
arterial. [4].
Para o ano de 2025,
estudos indicam que, cerca de 25% da população adulta
mundial apresentarão problemas relacionados à hipertensão arterial, responsável
por aproximadamente 13% da mortalidade global [5].
Os inúmeros fatores
de risco que contribuem para evolução da HAS, podem
ser considerados como modificáveis e não modificáveis. Dentre os quais se
destacam: idade, sexo/gênero e etnia, fatores socioeconômicos, ingestão de sal,
excesso de peso e obesidade, genética, ingestão de álcool, e sedentarismo [2].
A HAS influencia
diretamente nas modificações referentes à qualidade de vida, pois interferem
nas atividades cotidianas das pessoas, podendo afetar a capacidade física,
emocional, interação social, atividade intelectual e também profissional [6].
Por ser uma patologia que não tem cura, o tratamento é imprescindível na
prevenção de complicações e na diminuição da morbidade e mortalidade [7].
As abordagens
terapêuticas para o tratamento podem ser de duas formas: o tratamento não
farmacológico que traz a proposta de modificações do estilo de vida, e o
tratamento farmacológico ou medicamentoso [8]. Algumas recomendações gerais,
como a dieta hipossódica, a manutenção do peso corporal, assim como uma alimentação
saudável, a realização de exercícios físicos, e o abandono do hábito de fumar
são cuidados importantes [9].
O controle da HAS,
por meio da alimentação, deve ser tanto em quantidade como em qualidade. As
medidas dietéticas tem o objetivo não só de reduzir os níveis tensionais, como
também, de inserir hábitos alimentares saudáveis para toda a vida [10]. Porém,
se adaptar a mudanças no estilo de vida é um processo árduo para todos,
principalmente quando se trata de idosos, pois alguns hábitos antigos tornam-se
difíceis de serem removidos da rotina ou simplesmente diminuídos do cotidiano
das pessoas [11].
Tendo isto como base,
o objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência de Hipertensão Arterial
Sistêmica em pacientes atendidos no Ambulatório de Especialidades em Nutrição,
da URI/FW, nos anos de 2015 e 2016.
Trata-se de um estudo
de coorte retrospectivo e prospectivo, de natureza quantitativa e analítico
realizado com pacientes hipertensos atendidos no Ambulatório de Especialidades
em Nutrição da URI- Campus de Frederico Westphalen/RS.
Para a realização
deste estudo analisou-se todos os prontuários dos pacientes atendidos no
Ambulatório de Especialidades em Nutrição da URI-FW, atendidos nos anos de 2015
e 2016. Selecionados os prontuários de pacientes com diagnóstico prévio de HAS,
que apresentaram no mínimo duas reconsultas.
Dos prontuários
consideramos os dados sociodemográficos,
antropométricos, inquéritos dietéticos, bem como análise dos planos alimentares
prescritos.
Na avaliação
antropométrica foram considerados os dados de peso, estatura, Índice de Massa
Corporal (IMC), circunferência da cintura, quadril, braço e pescoço, prega
cutâneas tricipital, bicipital, supra-ilíaca
e subescapular, percentual de gordura corporal, massa de gordura, massa livre
de gordura.
O presente estudo faz
parte de um projeto maior intitulado “Acompanhamento nutricional no ambulatório
de especialidades em nutrição da URI-Campus de
Frederico Westphalen/RS”, sendo que o mesmo já possui aprovação no Comitê de
Ética e Pesquisa da URI-FW, pelo parecer CAAE: 53128416.0.0000.5352.
Para análise dos
dados utilizou-se o programa Windows Microsoft Excel 2010 e estatística
descritiva.
No período do estudo,
foram identificados 34 pacientes com diagnóstico prévio de hipertensão arterial
sistêmica, atendidos no Ambulatório de Especialidades em Nutrição da URI-FW.
Dos participantes 67,6% eram do sexo feminino e 32,36% do sexo masculino. Os
pacientes apresentaram idade média de 44,97±14,76 anos de idade, sendo que as
mulheres possuíam média de idade de 47,52±14,9 anos, e os homens de 39,64±13,60
anos de idade.
Quanto ao estado
civil constatou-se que 70,6% (n: 21) dos pacientes hipertensos eram casados,
21% (n:11) solteiros, 5,9 % (n: 2) divorciados e
apenas 2,9% (n: 1) eram viúvos. Resultados semelhantes foram apresentados por
Borges et al. [6] que verificaram nos indivíduos
casados maior prevalência quando comparados aos solteiros. Também verificou-se que os pacientes em sua maioria são
sedentários, mais um risco associado com o excesso de peso e o desenvolvimento
de HAS.
Dados da PNS apontam
que indivíduos insuficientemente ativos (adultos que não atingiram pelo menos
150 minutos semanais de atividade física considerando o lazer, o trabalho e o
deslocamento) representaram 46,0% dos adultos, sendo o percentual
significantemente maior entre as mulheres (51,5%) [1].
Relativo a ingestão hídrica diária, constatou-se que a maioria dos
pacientes hipertensos (41,2%) referiram ingestão de 1-1,5 l/dia, 35,3%
relataram consumo maior que 1,5 l/dia de líquidos e 23% menos de um litro
diário. Dos participantes apenas 1 (2,9%) referiu ser
tabagista e 35,5% (n: 12) afirmaram o consumo de bebidas alcoólicas.
A Figura 1 demonstra
o motivo pelo qual os pacientes com HAS procuraram o atendimento nutricional.
Figura
1 - Motivo dos pacientes com HAS procurarem o
atendimento nutricional.
Podemos verificar que
a maioria (70%) dos pacientes com HAS buscaram o acompanhamento nutricional
para emagrecimento. A sétima Diretriz Brasileira sobre HAS enfatiza mais uma
vez o estado nutricional de sobrepeso e obesidade como fatores de risco associados
a HAS [2].
No Brasil, dados do Vigitel de 2014 [12] revelaram, entre 2006 e 2014, aumento
da prevalência de excesso de peso (IMC ≥ 25 kg/m²), 52,5% vs. 43%. No
mesmo período, obesidade (IMC ≥ 30 kg/m²) aumentou de 11,9% para 17,9%,
com predomínio em indivíduos de 35 a 64 anos e mulheres (18,2% vs 17,9%) [13].
Quanto ao retorno dos
participantes aos atendimentos verificou-se que 67,6% dos pacientes não
retornaram as consultas de nutrição. Este fato é muito preocupante, pois em
apenas um ou dois encontros com o paciente são insuficientes para real mudança
do estilo de vida.
É comum encontrarmos
referências de baixa adesão ao tratamento nutricional a curto e longo prazo. Inelmen et al. [14] em
protocolo com 383 pacientes em tratamento ambulatorial individual para
obesidade, relataram que após o período de um ano, 296 pacientes haviam
desistido do estudo: 69,7% desses abandonaram o tratamento ao final dos
primeiros três meses e somente 22,7% dos pacientes completaram todo o protocolo
proposto.
Segundo os autores, o
insucesso do tratamento foi associado ao tipo de estratégia utilizada: o
atendimento individual não foi suficiente para motivar os indivíduos; eles
sugerem que um programa com reuniões em grupo periódicas seria uma medida
eficaz para melhorar o nível de adesão.
Diferentes autores
apontam outras estratégias para diminuir as perdas inerentes ao tratamento
convencional: estabelecer metas realistas, programas que associem atividade
física e educação nutricional, além do suporte social e familiar, ou sugerem
ainda o estabelecimento de uma aliança terapêutica que dê ao paciente a
possibilidade de solucionar problemas relacionados à alimentação.
Quanto a presença de
alergias alimentares apenas 1 paciente (2,9%) referiu
possuir, os demais relataram poder ingerir todo o tipo de alimento, sem a
manifestação alérgicas. Relativo a presença de sinais
e sintomas físicos associados a estética, os participantes foram identificados
possuindo alterações nas seguintes estruturas conforme demonstrado na Figura 2.
Sendo que 39% da amostra relatou não apresentar nenhuma alteração.
Figura
2 - Presença de Sinais no Exame Físico nos
pacientes com HAS atendidos no Ambulatório de Nutrição.
A Figura 3 demonstra
os principais sinais e sintomas gastrointestinais referidos pelos pacientes
hipertensos. Podemos observar que 50% dos pacientes afirmam não possuir
alterações, 26,5% relatam apresentar pirose, 23,5% dor e distensão abdominal e
20,6% náuseas. Outros sintomas também foram citados como a polifagia
e polidipsia.
Figura
3 - Presença de sinais e sintomas gastrointestinais relatado por pacientes com HAS.
A Figura 4 refere-se as patologias auto referidas pelos pacientes com HAS
atendidos no Ambulatório de Nutrição. Observando a mesma podemos constatar que
as patologias mais prevalentes segundo os pesquisados foram dislipidemia (28%)
e DM (17%).
Figura
4 - Patologias autoreferidas
pelos pesquisados além da HAS.
Ferreira et al. [15] descreveram que essa
associação do DM, HAS, e da dislipidemia poderia significar um mecanismo
fisiopatológico que estas doenças teriam em comum. Sendo que também elas, são
os principais fatores de risco das doenças cardiovasculares.
Pinho et al. [16] em seu estudo também aborda
que a ligação entre a HAS e a DM é preocupante pois eleva o risco de doenças
cerebrovasculares e doenças arteriais coronarianas. Comumente pacientes com DM
possuem características como obesidade e sobrepeso, sedentarismo e alteração
nos níveis de triglicerídeos, o que favorece o desenvolvimento da HAS. A Sétima
Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial mostra que a incidência de HAS em
indivíduos diabéticos aumenta de 33% aos 20 anos para 70% aos 40 anos de idade
[2].
Em relação a obesidade o gráfico demonstra que apenas 3% dos pacientes
auto referiram serem obesos, entretanto a associação entre obesidade e HAS é
comprovada por inúmeros estudos. As doenças respiratórias também foram citadas por
9% dos pacientes.
Figura
5 - Patologias hereditárias referidas pelos
participantes da pesquisa.
Negaram patologias
hereditárias 29% dos pacientes. E outros 29% referiram ter histórico familiar
de HAS, indicando a predisposição genética como possível fator de risco para a
manifestação da doença. O percentual de pacientes que referiram o câncer como
doença hereditária foi de 10%, assim como a obesidade. As doenças
cardiovasculares e a DM também foram citadas.
A Tabela I demonstra
resultados da avaliação antropométrica dos pacientes hipertensos. Podemos
verificar que relativo ao IMC tanto pacientes do gênero feminino como do
masculino classificaram-se considerando os valores médios em obesidade grau II.
A média do peso corporal encontrou-se elevado para os hipertensos de ambos os
gêneros.
Tabela
I - Média e desvio padrão das medidas antropométricas
dos pacientes hipertensos atendidos no Ambulatório de Nutrição.
Estes resultados
foram semelhantes aos achados de Rezende et al. [17]
em que as mulheres apresentaram mais excesso de peso considerando o IMC.
Freitas et al. [18] em seu estudo com 688 pessoas,
registraram que 55,81% dos indivíduos hipertensos estavam com obesidade mórbida
(índice de massa corpórea ≥ 40 kg/m²), 44,86% estavam entre 30 a 39,99
kg/m² e somente 20,64% possuíam IMC entre 20 a 24,99 kg/m². Souza et al. [19] traz resultados semelhantes,
58,6% dos indivíduos obesos eram hipertensos, 45,6% dos sobrepesos também
apresentavam HAS e 27,9% das pessoas com HAS estavam com peso normal. Deixando
claro que a obesidade é um fator predisponente para a HAS.
Jardim et al. [20] descrevem que a forte ligação
entre o excesso de peso e a manifestação da HAS aponta a necessidade de
encontrar medidas capazes de intervir nos fatores de risco modificáveis, os
quais se fazem determinantes sobre a prevalência da HAS em um grupo populacional.
Neste estudo a
circunferência da cintura e a circunferência do quadril estão
significativamente expressadas em valores maiores nas mulheres do que nos
homens. A partir dos pontos de corte do Ministério da saúde valores da
circunferência da cintura acima de 102 cm para homens e acima de 88 cm para as
mulheres indicam acúmulo de gordura abdominal e risco de desenvolvimento de
patologias. Independentemente do valor do IMC a gordura localizada
principalmente na região do abdome é constantemente associada com a resistência
à insulina e o aumento da pressão arterial. O que torna a circunferência da
cintura elevada um fator predisponente das doenças cardiovasculares e doenças
metabólicas associadas à obesidade.
Como mostra a tabela
o percentual de gordura corpórea também foi maior nas mulheres em relação aos
homens, entretanto ambos os valores demonstraram inadequação. Oliveira et al. [21] em estudo para verificar a
relação entre medidas antropométricas e fatores de risco (perfil lipídico e pressão
arterial) para doenças cardiovasculares, obtiveram resultados divergentes
destes. Na avaliação a gordura corporal nos homens teve um percentual maior.
Porém indivíduos de ambos os sexos que demostraram essa alteração na gordura
corporal, tiveram indicativo para alterações na pressão arterial, glicose e
dislipidemia.
Nesse estudo
verificou-se que os hipertensos pesquisados apresentaram inadequação do seu
estado nutricional configurando excesso de peso, circunferência abdominal aumentada,
percentual de gordura corporal acima da média e índice de massa corporal
classificado como obesidade grau II. O excesso de peso configurou-se como um
dos fatores mais agravantes dessa população estando diretamente relacionado ao
aumento dos níveis pressóricos.
O acompanhamento
nutricional faz parte do tratamento não farmacológico da HAS nesse sentido, não
devemos medir esforços para conseguir a adesão do paciente a dieta. Verificamos
que no presente estudo que a maioria dos pacientes não retornaram as consultas
nutricionais fato que torna o aconselhamento ineficiente. Deve-se pensar em
outras metodologias para sensibilizar essa população, talvez a abordagem
individualizada não seja a mais adequada para esse caso.