ARTIGO
ORIGINAL
Avaliação
da ingestão de micronutrientes em um grupo de gestantes atendidas em uma
Unidade Básica de Saúde
Evaluation of micronutrient intake in a group of pregnant women attended
at a Basic Health Unit
Ana Emília Julião
Vitorino*, Mônica de Almeida Lima Alves, M.Sc.**
*Graduanda
em Nutrição pela Faculdade Internacional da Paraíba, **Docente do curso de Graduaçãoem Nutrição da Faculdade Internacional da Paraíba,
Especialista em Nutrição Clínica (Gama Filho) e Mestre em Ciências da Nutrição
(UFPB)
Recebido 1 de mai de 2017; aceito 15 de
novembro de 2018
Correspondência: Ana Emilia Julião Vitorino, E-mail: anaemilia.01@gmail.com,
Mônica de Almeida Lima Alves: monicadealima@yahoo.com.br
Resumo
A nutrição eficiente
durante a gestação pode prevenir abortos, anomalias congênitas, pré-eclâmpsia,
baixo peso fetal. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a ingestão de
micronutrientes por um grupo de gestantes atendidas em uma Unidade Básica de
Saúde. Trata-se de uma pesquisa de campo, exploratória, transversal e
quantitativa, realizada na Unidade Básica de Saúde Mandacaru IX, em João
Pessoa/PB, com 7 gestantes, que responderam um
questionário contendo informações gerais e alimentares. Foi registrada a alimentação
de 3 dias da semana, sendo1 dia referente ao sábado ou
domingo. O consumo alimentar foi analisado pelo software Avanutri®
e foi calculada a média de ingestão de ácido fólico, vitaminas A e C, ferro,
cálcio, zinco e magnésio. A idade média foi de 24,6 anos, nenhuma gestante
estava realizando acompanhamento nutricional, 57,1% relatou ter mudado sua
alimentação devido à gestação, apenas 14,3% consideraram sua alimentação
adequada. Apresentaram consumo insuficiente para ácido fólico e cálcio 100% das
gestantes, para vitamina A 57,1%, vitamina C 28,6%, ferro 71,4%, zinco 42,9% e
magnésio (85,7%). É essencial a orientação nutricional no período pré e pós-gestacional a fim de minimizar as inadequações
alimentares e possíveis agravos clínicos.
Palavras-chave: gestação,
micronutrientes, consumo alimentar.
Abstract
Efficient nutrition during pregnancy can prevent miscarriages,
congenital anomalies, preeclampsia, low fetal weight.
The objective of this research was to evaluate the intake of micronutrients by a
group of pregnant women attended at a Basic Health Unit. This is an
exploratory, cross-sectional and quantitative field survey conducted at the Mandacaru IX Basic Health Unit in João
Pessoa/PB, with 7 pregnant women, who answered a questionnaire containing
general information and food intake. It was registered the feeding of 3 days of
the week, being 1 day referring to Saturday or Sunday. Food intake was analyzed
by Avanutri® software and the mean intake of folic
acid, vitamins A and C, iron, calcium, zinc and magnesium were calculated. The
mean age was 24.6 years, no pregnant women were undergoing nutritional
monitoring, 57.1% reported having changed their diet
due to gestation, only 14.3% considered their diet adequate. They had
insufficient intake for folic acid and calcium 100% of the pregnant women, for
vitamin A 57.1%, vitamin C 28.6%, iron 71.4%, zinc 42.9% and magnesium (85.7%).
Pre and post gestational nutritional counseling is essential to minimize food
mismatches and possible clinical conditions.
Key-words: gestation,
micronutrients, food intake.
A gestação é um ciclo
vital, onde as necessidades nutricionais se encontram aumentadas pelo fato de
serem necessárias para manter as funções vitais, formação e desenvolvimento do
feto, como também para a saúde da gestante.
Para atender a
demanda nutricional aumentada durante a gestação, é necessário realizar
refeições completas do ponto de vista quantitativo e qualitativo, priorizando
alimentos naturais, como frutas, verduras, legumes, raízes e tubérculos,
cereais integrais, leguminosas, oleaginosas, além de carnes magras, leite e
derivados e outras fontes alimentares de gorduras mono e polinsaturadas.
Alguns estudos têm
demonstrado ingestão insuficiente de vitaminas e minerais durante a gestação
devido ao baixo consumo de frutas, verduras e legumes e aumento na ingestão de
produtos industrializados. Além disso, a situação de gestações não planejadas
diminui o uso de suplementos vitamínicos e minerais nesta fase tão importante.
Certas vitaminas e
minerais possuem uma importância peculiar para um resultado ótimo na gestação,
como o ácido fólico e o ferro. Em alguns exemplos, o fornecimento dessas
vitaminas pode ser alcançado através da dieta, e para outras, um suplemento
vitamínico-mineral é necessário [1].
A nutrição eficiente
pode estar associada à prevenção de abortos, anomalias congênitas,
pré-eclâmpsia, ruptura prematura de membranas, parto prematuro e alta
incidência de bebês com baixo peso [2], além de gerar grande influência na
susceptibilidade individual às complicações perinatais. Além disso, estudos
mostram que a nutrição durante o desenvolvimento fetal está associada ao
desenvolvimento de enfermidades na vida adulta, mostrando a importância da boa
alimentação para a gestante [3].
Diante do exposto
acima, buscou-se identificar as gestantes em risco nutricional devido à baixa
ingestão de micronutrientes e, desta forma, oferecer informações alimentares a
fim de orientá-las para escolhas saudáveis e nutritivas, favorecendo o bom
desenvolvimento da gestação, a saúde materna e fetal. É importante salientar
que tanto o excesso quanto a carência desses micronutrientes, podem gerar danos
à gestação, portanto, deve ser feito acompanhamento do estado nutricional da
mãe, para prevenir precocemente situações clínicas adversas.
O objetivo geral
desta pesquisa foi avaliar a ingestão de micronutrientes em um grupo de
gestantes atendidas por uma Unidade Básica de Saúde.
Trata-se de uma
pesquisa de campo, de natureza exploratória, transversal e com abordagem
quantitativa, que pretendeu avaliar a ingestão de micronutrientes em um grupo
de gestantes atendidas por uma Unidade Básica de Saúde no município de João
Pessoa/PB.
O estudo foi realizado
na Unidade Básica de Saúde (UBS) Mandacaru IX, localizada no município de João
Pessoa/PB. Esta UBS atende um grupo de gestantes semanalmente, nas
terças-feiras pela manhã, sendo uma média de 30 gestantes por mês, conforme
informação do responsável pela unidade de saúde.
Participaram da
pesquisa 7 gestantes que formaram o grupo de
acompanhamento da UBS no mês de março do ano 2017, tendo como critérios de
inclusão, a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e a
presença da gestante nos dias de coleta de dados.
A coleta de dados foi
realizada na própria unidade de saúde, nas terças-feiras pela manhã, utilizando
o horário do encontro do grupo de gestantes.
Foi aplicado um
questionário pré-elaborado contendo informações sobre idade, idade gestacional,
número de gestações anteriores, realização de acompanhamento nutricional,
mudanças alimentares durante a gestação e uso de suplementos vitamínicos e
minerais.
Para avaliar o
consumo de micronutrientes, foram coletados dados do consumo
alimentar referente a 2 dias da semana (segunda a sexta-feira) e 1 dia
do fim de semana (sábado ou domingo), registrando-se todos os alimentos
consumidos e suas respectivas quantidades. As informações coletadas foram
analisadas a partir do programa computacional Avanutri
Revolution® por análise da composição química dos
alimentos, identificando-se o total dos micronutrientes ácido fólico, vitaminas
A e C, ferro, cálcio, zinco e magnésio, referentes aos 3
dias de consumo avaliados.
Foi feita uma média
de consumo para cada micronutriente e o valor foi comparado com as
recomendações nutricionais para gestantes, classificando a dieta em suficiente ou insuficiente.
As gestantes
receberam informações sobre a necessidade de uma alimentação equilibrada em
nutrientes e sobre os malefícios que a deficiência nutricional pode ocasionar
para as mesmas e para seus filhos.
Os dados coletados
foram analisados e armazenados em um banco de dados elaborado no programa
Microsoft Office Excel (2007) e a análise estatística foi
realizada no mesmo programa. A análise foi descritiva e constou de
cálculo de frequência percentual, sendo os resultados apresentados em tabelas e
gráficos.
O projeto foi
encaminhado à Plataforma Brasil para apreciação pelo Comitê de Ética.
Participaram da
pesquisa 7 gestantes, com idade média de 24,6 anos,
idade gestacional média de 25,7 semanas, sendo a primeira gestação em 42,9% das
participantes. Nenhuma gestante realizava acompanhamento nutricional, 57,1%
relataram ter modificado sua alimentação devido à gestação, porém apenas 14,3%
consideravam sua dieta adequada e 71,4% faziam uso de suplemento
vitamínico/mineral (Tabela I).
Tabela
I - Características gerais das gestantes.
No Gráfico 1, observa-se a comparação entre os valores médios
consumidos de micronutrientes pelas gestantes e o valor recomendado de
ingestão, estando a vitamina A, o folato, o cálcio, o
ferro e o magnésio abaixo das recomendações, sendo caracterizada ingestão
insuficiente. O zinco ficou muito próximo da recomendação, sendo caracterizada
sua ingestão adequada, enquanto que a vitamina C foi ingerida além da
recomendação, porém, não foi ultrapassado o valor de ingestão máxima recomendado (UL = 2000 mg).
Gráfico
1 - Comparação entre valor médio consumido e
valor recomendado de micronutrientes.
Quando avaliado o
percentual de gestantes com consumo insuficiente para cada micronutriente
analisado, verificou-se que todas as gestantes consumiam quantidades
insuficientes de folato e cálcio, 57,1% para vitamina
A, 28,6% para vitamina C, 85,7% para ferro, 42,9% para zinco e 85,7% para
magnésio, conforme Gráfico 2.
Gráfico
2 -
Percentual de gestantes que apresentaram consumo insuficiente para os
micronutrientes analisados.
Na Tabela II estão
descritos os valores médios consumidos de cada micronutriente analisado por
gestante, verificando-se que o valor mínimo de ingestão de vitamina A foi de
127,9 µg e a ingestão máxima foi 1219,0 µg; para vitamina C, o valor mínimo foi
de 30,1 mg e o máximo de 2782,4 mg; para o folato o mínimo foi de 40,4 µg e o máximo de 257,2 µg; para
cálcio o valor mínimo foi de 171,9 mg e o máximo de 829,1 mg; o valor mínimo para
ferro foi de 8,1 mg e o máximo foi de 119,3 mg; o zinco teve valor mínimo de
6,2 e valor máximo de 16,4 mg; o magnésio teve mínimo de 117,3 mg e máximo de
299,8 mg. Observa-se uma grande variação de ingestão entre as gestantes.
Tabela
II -
Valores de micronutrientes (média de
consumo) por gestante.
O acompanhamento
nutricional durante a gestação é de suma importância e permite ter uma dimensão
da qualidade nutricional das gestantes, sendo um meio imprescindível de
orientação e aconselhamento de como se pode melhorar a ingestão de
micronutrientes através de uma alimentação balanceada e adequada.
As gestantes
avaliadas não possuíram esse acompanhamento nutricional, e a grande maioria
relatou não considerar sua alimentação adequada, mesmo fazendo a observação que
houve alteração no hábito alimentar após a gestação, retirando ou reduzindo
alguns alimentos que não trazem benefícios nutricionais, como por exemplo,
alimentos ultraprocessados.
A utilização de
suplementos vitamínicos/minerais é preconizada assim
que a gestante dá entrada em uma unidade básica de saúde, são distribuídos
gratuitamente comprimidos de 30-60 mg de ferro elementar e 400 µg de ácido
fólico, dosagem esta recomendada de 1 comprimido por dia [4]. O ácido fólico
deve ser suplementado 3 meses antes da concepção, para
haver adequado fechamento do tubo neural, o que ocorre nas primeiras quatro
semanas de vida do embrião. Essa suplementação permanece até 3
meses depois da gestação [5].
As necessidades de
ferro variam, gradativamente de acordo com cada trimestre [6]. No início da
gestação há uma elevação de ferro sérico e ferritina,
por ter uma demanda menor no início da gestação, como também pela amenorreia
[7]. A maior necessidade ocorre no último trimestre da gestação quando as
demandas maternas e fetais são maiores, em decorrência de garantir o suprimento
de oxigênio para a mãe e para o feto [8]. Há uma variação de acordo com a
necessidade da gestante, como por exemplo, gestantes que possuem anemia ferropriva, recebem uma dosagem de suplementação maior de
ferro, até que seu nível de hemoglobina volte ao normal [9,10].
De acordo com o
gráfico 1, houveram inadequações de consumo dos
micronutrientes, com exceção do zinco que se aproximou ao valor recomendado e
da vitamina C, que está acima do valor da EAR, porém, não ultrapassou o valor
da UL, anulando risco de possível toxicidade. O alto valor registrado de
consumo da vitamina C é caracterizado pelo consumo de suco de acerola por
grande parte das gestantes. A média de ingestão de ferro também se mostrou
acima do valor recomendado, pelo fato de uma única gestante apresentar consumo
de pouco mais de cinco vezes o valor da recomendação diária, causando uma
camuflagem na média geral. Visto que as gestantes tinham baixo consumo de
frutas, hortaliças, leite e derivados ao longo do dia, a carência de grande
parte dos micronutrientes estão diretamente associados. Os resultados
encontrados competem com estudos obtidos em pesquisas similares, onde apresentou-se deficiência de ácido fólico, cálcio e zinco
[11].
A deficiência de ácido
fólico está associada a doenças relacionadas com malformações no tubo neural,
dentre elas a anencefalia e espinha bífida correspondem a cerca de 90% de todos
os casos de defeitos do tubo neural [12]. O fechamento do tubo neural acontece
nas primeiras quatro semanas após a concepção, quando esse tubo não consegue
completar a sua formação adequada [13], ocorre
defeitos, originando sequelas graves ou morte dos recém-nascidos. As principais
e mais frequentes anomalias relacionadas ao defeito do tubo neural são a
anencefalia e a espinha bífida [14].
A anemia
megaloblástica também é adquirida a partir da deficiência de folato, causada pela produção anormal de hemácias [15], é
considerada um estágio tardio da deficiência de folato,
e pode não se manifestar até o terceiro trimestre. [16]. As melhores fontes de
ácido fólico são as vísceras, feijão e vegetais
verde-folhosos como o espinafre, aspargo e brócolis [17-19].
Tanto o excesso
quanto a carência de vitamina A está relacionada a defeitos de má formação
congênita, cerebrais, oculares, auditivos, do aparelho gênito-urinário e
cardiovascular [6]. O consumo de β-caroteno durante a gestação tem sido
associado à capacidade de diminuição da lesão endotelial, pela sua ação
antioxidante, e deste modo reduzir os riscos de pré-eclâmpsia e eclampsia na
síndrome hipertensiva da gestação [20]. Estima-se que cerca de 7,2 milhões de
gestantes apresentem deficiência de vitamina A, e 6
milhões cegueira noturna [21], a mesma está associada com o risco cinco vezes
maior de mortalidade materna nos dois anos pós-parto [22,23]. As principais
fontes de vitamina A são encontrados nos alimentos de origem animal (fígado,
leite, ovos, óleo de peixe) na forma de retinol, e nos vegetais folhosos
verde-escuros, legumes e frutas amarelados e/ou verde-escuros
na forma de carotenoides [24].
O déficit da ingestão
de cálcio pode estar associado ao prejuízo no crescimento e desenvolvimento
fetal, resultando em recém-nascidos com baixo peso [25]. Diante disso,
recomenda-se a suplementação em gestantes que tenham baixa ingestão de
alimentos fonte [26]. A ingestão adequada de cálcio representa redução do risco
de síndrome hipertensiva da gestação e pré-eclampsia
[27,28].
Uma metanálise de 14 testes controlados randomizados envolvendo
2459 gestantes possibilitou uma redução de 5,4 mmHg e
3,44 mmHg na pressão arterial sistólica e diastólica, respectivamente, com
razão de risco para pré-eclâmpsia de 0,38 nas mulheres com suplementação de
cálcio comparadas àquelas submetidas ao placebo. A maioria dos estudos utilizou
suplementação diária de 1500 mg a 2000 mg de cálcio
[29]. A principal fonte de cálcio mais consumida dentre 71,4% das gestantes é o
leite, porém em pouca quantidade, em média de 200 a 300 ml por dia, e cerca de 42,9% das gestantes consumiam em média 2 refeições
com adição de queijo ao dia, havendo necessidade de acréscimo de outros
alimentos fonte na alimentação.
Como consta no
gráfico II, mesmo sendo apresentada média alta do consumo de vitamina C no
gráfico I, ainda houve 28,6% das gestantes que tiveram o consumo desta vitamina
abaixo do recomendado. Verificou-se também que todas as gestantes não atingiram
o consumo recomendado de folato, porém do total,
28,6% utilizam uma suplementação composta por ferro, ácido fólico, vitamina A,
vitaminas do complexo B, vitamina C, além de diversos minerais. Além disso,
42,9% utilizam somente suplementação de sulfato ferroso, em dosagens de 1 e 2 comprimidos por dia. O percentual restante de
gestantes, não utilizam nenhum suplemento atualmente,
porém vale ressaltar que uma dessas gestantes possui o valor mais alto de
ingestão de folato, dentre todas as outras
analisadas. A ingestão de folato somente por meio da
dieta não é capaz de suprir as necessidades que existem durante a gravidez
[16], o IOM recomenda que 400 dos 600 µg/dia sejam fornecidos por alimentos
enriquecidos ou suplementos por serem melhor
absorvidos, os 200mcg restantes devem ser provenientes de alimentos e bebidas.
[30]. Observa-se que a atuação da suplementação é importante e necessária para
complementação dos requerimentos durante a gestação para suprir as carências
alimentares.
A média de consumo
dos micronutrientes de todas as gestantes, faz com que
grávidas que possuem um consumo além da recomendação cubram as carências que
existem noutras. Como por exemplo a gestante 2 (G2),
apresenta uma média elevada de consumo de vitamina A, causado pelo consumo de
alimentos fonte em todos os dias analisados, o contrário de grande parte das
gestantes que não atendem as necessidades de consumo diário recomendado desse
micronutriente. A média de vitamina A da G5, não atingiu o valor da
recomendação diária, pórem, houve uma elevação na
média pelo fato de ter sido ingerido sopa de carne em uma refeição, a mesma
contém valor maior que a RDA. Da mesma forma, a G2 exibe valor expressivo no
que se refere à média de ferro, esse fator foi resultante do consumo de açaí
pela gestante, onde o mesmo apresenta quantidade significante desse
micronutriente, fazendo com que somada todas as médias, haja uma interferência
no resultado final.
Torna-se relevante
que um auxilio nutricional seja ofertado para
acompanhamento dessas gestantes na atenção básica de saúde, de forma que seja
complementar ao atendimento médico, na promoção da saúde e educação
nutricional, orientando a quantidade e qualidade dos alimentos que devem ser
consumidos, apresentando a necessidade de consumir constantemente todos os
alimentos que participam da manutenção da saúde, e que estes sejam ingeridos
diariamente, para que não haja insuficiência por parte de nenhum
micronutriente.
A gestação é um ciclo
que merece atenção em relação à oferta adequada de micronutrientes, pois é um
meio de suprir necessidades biológicas da mãe e do feto. O estado nutricional
inadequado a partir dos mesmos acarretará em diversos riscos mencionados
anteriormente. Por isso, diante dos dados de insuficiência de micronutrientes a
partir da alimentação, a suplementação entra como um método de complementar, de
forma que o consumo fique o mais próximo possível da RDA. Também é importante
que a haja um acompanhamento nutricional em todas as áreas da saúde, de forma
que seja encorajada as gestantes a terem melhores
escolhas alimentares, dando orientações afim de que a alimentação que possa
suprir as necessidades e que se torne um meio de preservá-la saudável.