Papel do atendimento nutricional na prevalência da dislipidemia em pacientes com HIV/AIDS em terapia antirretroviral
DOI:
https://doi.org/10.33233/nb.v15i3.207Resumo
Objetivos: Avaliar o papel do atendimento nutricional na dislipidemia de pacientes com HIV e/ou AIDS em terapia antirretroviral (TARV) em um Centro de Referência em DST/AIDS situado na região de São Paulo. Métodos: Foi realizada uma coleta de dados da penúltima e última consulta, de exames bioquímicos nos prontuários de pacientes em terapia antirretroviral num Centro de Referência em DST/AIDS em São Paulo e feita uma posterior classificação segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia. Destes pacientes, 30 foram acompanhados pela nutricionista e 36 acompanhados somente com infectologista. Resultados: A taxa de prevalência de dislipidemia em pacientes em TARV que não receberam nenhum tipo de orientação nutricional, que faziam somente acompanhamento com o médico infectologista foi de 55,55%. Em pacientes que faziam além do acompanhamento com o infectologista, o acompanhamento nutricional, a taxa de prevalência de dislipidemia foi de 73,33%. Unindo estes dois grupos de pacientes, o resultado da taxa de prevalência de dislipidemia foi de 66,63%. Os métodos que foram usados para análise de dados, tanto no Teste Qui-Quadrado e ANOVA (two-way), os resultados não foram significativos comparados com penúltima consulta com a última consulta, sem nutrição e com nutrição. Conclusão: A orientação nutricional e/ou médica não foi efetiva para a melhora na prevalência de dislipidemia de pacientes com HIV e/ou AIDS em TARV.
Palavras-chave: síndrome da imunodeficiência adquirida, terapia antirretroviral, dislipidemia, nutrição.
Referências
Abbas AK. Imunologia celular e molecular. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2008. p. 137.
Aguiar ZN. Vigilância e controle das doenças transmissÃveis. 2 ed. São Paulo: Martinari; 2006. p 122-3.
Ministério da Saúde: Boletim Epidemiológico AIDS. [citado 2012 mr 20].DisponÃvel em URL:http://www.aids.gov.br/sites/default/files/anexos/publicacao/2011/50652/resumo_anal_tico_dos_dados_do_boletim_epidemiol__92824.pdf.
Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. Manual ClÃnico de Alimentação e Nutrição na assistência a adultos infectados pelo HIV. BrasÃlia; 2008;. vol8. p.14.
Kramer, AS. Alterações metabólicas, terapia antirretroviral e doença cardiovascular em idosos portadores de HIV. Arq Bras Cardiol 2009;93(5).
Almeida LB, Giudice KV, Jaime PC. Consumo alimentar e dislipidemia decorrente da terapia antirretroviral combinada para infecção pelo HIV: Uma revisão sistemática. Arq Bras Endocrinol Metab 2009;53:5.
Arquivos Brasileiros de Cardiologia: IV Diretriz Brasileira sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose. Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia; 2007.
Laun C, Milagres G, MorÃgno FC. Dislipidemia em adultos infectados pelo vÃrus da imunodeficiência. Rev Médica. 2002;36.
Rachid M. Manual de HIV/AIDS. 9 ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2008. v.4, p.9.
Farhi L, Lima DB, Cunha CB. Dislipidemia em pacientes HIV/AIDS em uso de anti-retrovirais num hospital universitário,Rio de Janeiro, Brasil. J Bras Patol Med Lab 2008;44(3):176-83.
Gusmão JL, Júnior DM. Adesão ao tratamento - conceitos. Rev Bras Hipertens 2006;13:1-23.
Melchior R, Nemes MIB, Alencar TODA, Buchalla CM. Desafios da adesão ao tratamento de pessoas vivendo com HIV/Aids no Brasil. Rev Saúde Pública 2007;41(2):3.
Fechio JJ, Korona E, Brandão MRF, Alves LA. A influência da atividade fÃsica para portadores do vÃrus HIV. Rev Bras Ativ Fis 1998;3(2):51-5.