Papel do atendimento nutricional na prevalência da dislipidemia em pacientes com HIV/AIDS em terapia antirretroviral

Autores

  • Maria Fernanda Cury-Boaventura Universidade Cruzeiro do Sul

DOI:

https://doi.org/10.33233/nb.v15i3.207

Resumo

Objetivos: Avaliar o papel do atendimento nutricional na dislipidemia de pacientes com HIV e/ou AIDS em terapia antirretroviral (TARV) em um Centro de Referência em DST/AIDS situado na região de São Paulo. Métodos: Foi realizada uma coleta de dados da penúltima e última consulta, de exames bioquí­micos nos prontuários de pacientes em terapia antirretroviral num Centro de Referência em DST/AIDS em São Paulo e feita uma posterior classificação segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia. Destes pacientes, 30 foram acompanhados pela nutricionista e 36 acompanhados somente com infectologista. Resultados: A taxa de prevalência de dislipidemia em pacientes em TARV que não receberam nenhum tipo de orientação nutricional, que faziam somente acompanhamento com o médico infectologista foi de 55,55%. Em pacientes que faziam além do acompanhamento com o infectologista, o acompanhamento nutricional, a taxa de prevalência de dislipidemia foi de 73,33%. Unindo estes dois grupos de pacientes, o resultado da taxa de prevalência de dislipidemia foi de 66,63%. Os métodos que foram usados para análise de dados, tanto no Teste Qui-Quadrado e ANOVA (two-way), os resultados não foram significativos comparados com penúltima consulta com a última consulta, sem nutrição e com nutrição. Conclusão: A orientação nutricional e/ou médica não foi efetiva para a melhora na prevalência de dislipidemia de pacientes com HIV e/ou AIDS em TARV.

Palavras-chave: sí­ndrome da imunodeficiência adquirida, terapia antirretroviral, dislipidemia, nutrição.

Biografia do Autor

Maria Fernanda Cury-Boaventura, Universidade Cruzeiro do Sul

D.SC., Docente da Universidade Cruzeiro do Sul  

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Publicado

2016-08-21

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Seção

Artigos originais