Rev Bras Fisiol Exerc 2018;17(3):138-140
doi: 10.33233/rbfe.v17i3.2577
EDITORIAL
Atividade
física: da saúde a performance
Antônio Carlos Leal
Cortez
Centro
Universitário Santo Agostinho UNIFSA, Teresina/PI, Programa de Pós-Graduação
Stricto Sensu em Enfermagem e Biociências (PPgEnfBio), Doutorado Universidade Federal do Estado
do Rio de Janeiro (UNIRIO), RJ, Bolsista Demanda Social CAPES, Pesquisador do
Laboratório de Biociências da Motricidade Humana (LABIMH – UNIRIO),
Fisiologista da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt)
Correspondência:
antoniocarloscortez@hotmail.com
É notório que a
prática regular da atividade física, de forma geral, proporciona vários
benefícios à saúde e ainda constitui uma forma efetiva como prevenção de
doenças e na promoção da saúde. Todavia, estudos epidemiológicos, Shibata et al. [1] e HHS [2], apontam que o século
XXI está sendo marcado pelo crescimento progressivo da inatividade física,
tanto em países desenvolvidos como em países em desenvolvimento, como é o caso
do Brasil.
Segundo evidências
científicas do American College of Sports Medicine
(ACSM) [3], ACSM [4], Pitanga & Lessa [5], níveis de atividade física
abaixo do estabelecido, de acordo com as diretrizes internacionais vigentes
ACSM [6], Advisory Committee on International Physical Activity Questionnaire [7],
Institute of Medicine
[8], Organização Mundial da Saúde (OMS) [9] e União Europeia [10], estão
associadas à incidência de doenças relacionadas com o estilo de vida como
síndrome metabólica, doenças crônicas não-transmissíveis
(DCNT), marcadores inflamatórios e câncer.
Ressalta-se que a
preocupação com o nível de atividade física vem desde a década de 1950, seja
nos esportes de rendimento (voltados para a obtenção de resultados de aptidão
física) bem como seus benefícios a saúde geral do indivíduo [2]. Entretanto,
estudos como os de Mitchell et al. [11], Brawner, Churilla Júnior, Keteyian [12], Ferreira et al. [13] apontam que ainda é
observado uma alta prevalência de inatividade física, entre diferentes
populações no Brasil e no mundo, mesmo com a prática regular de atividade
física apontada como um fator primordial na promoção da saúde e prevenção de
algumas patologias [14-17].
Dentro desse
contexto, faz-se importante diferenciar conceitualmente atividade física de
exercício físico. Segundo Nahas [18], atividade
física é todo movimento corporal que leva a contração de músculos estriados
esqueléticos, levando o corpo a gastos energéticos acima dos níveis de repouso.
Por sua vez, exercício físico é todo e qualquer movimento corporal, que mantém
ou melhora a aptidão física, capacidade funcional e/ou outros componentes
relacionados às valências físicas, como melhora na composição corporal, aumento
da flexibilidade, aperfeiçoamento das habilidades atléticas, aumento da
capacidade cardiorrespiratória, além de benefícios psicossociais como aumento
da autoestima, aceitação social e sensação de bem-estar [19-21].
Entretanto, faz-se
importante ressaltar que os objetivos planejados dentro de um programa de
atividades físicas e/ou exercícios físicos sejam alcançados com a máxima
eficiência e eficácia. Recomenda-se que todo processo desde avaliação,
prescrição e acompanhamento sejam realizados por um profissional de Educação
Física qualificado, devidamente credenciado ao Conselho – CREF/CONFEF. Dessa
forma, estudos relacionados aos benefícios da intervenção de atividades e
exercícios físicos orientados são de grande relevância, além de que tal
temática não se esgota no mundo contemporâneo, em virtude do seu estado
dinâmico [22].
Referências
- Shibata A, Oka K, Nakamura Y, Muraoka I.
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