Rev Bras Fisiol Exerc
2019;18(2):70-7
doi : 10.33233/rbfe.v18i2.2640
ARTIGO ORIGINAL
Efeito agudo de diferentes métodos de musculação
Acute
effect of different methods of bodybuilding
Aline
Nazario Sant Anna*, Gabriela Lopes da Silva*, Rodrigo
Maciel Andrade**, Fernando Rodrigues**, Deborah Duarte Palma**, Leonardo
Emmanuel de Medeiros Lima**, Paulo Costa Amaral**
*Graduada em Educação Física pela Universidade Anhembi
Morumbi, **Docente do curso de Educação Física da Universidade Anhembi Morumbi,
Membro do grupo de pesquisa em “Esportes e Atividade Física”
Recebido
em 4 de novembro de 2018; aceito em 30 de junho de 2019.
Correspondência: Leonardo Emmanuel de
Medeiros Lima, Rua Fröben 3, 05315-010 São Paulo SP
Aline Nazario Sant Anna: alinenazario@gmail.com
Gabriela Lopes da Silva gabrielalopes@gmail.com
Rodrigo Maciel Andrade: rodmaciel@gmail.com
Fernando Rodrigues: frrodrigues@anhembi.br
Deborah Duarte Palma: ddpalma@anhembi.br
Leonardo Emmanuel de Medeiros Lima: leonardolimadocente@gmail.com
Paulo Costa Amaral: contato@profpauloamaral.com.br
Resumo
Objetivo: Analisar o efeito
agudo de diferentes métodos de musculação. Métodos: Participaram deste estudo
10 mulheres praticantes de musculação a partir de 12 meses, com idade 27,6 ±
6,5 anos. As participantes em cada sessão de treinamento utilizaram métodos de
treinamento resistido, e analisaram a frequência cardíaca e a percepção
subjetiva de esforço (PSE). Resultados:
Os métodos Drop-Sets (DS), Repetições Forçadas (RF) e
Super Lento (SL) são mais vigorosos na PSE pela
prática e também promovem maior aumento na frequência cardíaca em comparação
com os outros métodos de treinamento de força analisados. Ainda, observa-se que
os mesmos métodos DS, RF e SL encontram-se entre 63-74% FCmáx.
Conclusão: Os métodos de treinamento
resistido Repetições Forçadas e Super Lento são mais
eficientes caso o objetivo do cliente seja o trabalho na zona aeróbia.
Palavras-chave: treinamento de
resistência, exercício, força muscular.
Abstract
Objective: To analyze the
acute effect of different methods of bodybuilding. Methods: Ten women with 12
months practicing bodybuilding participated in this study, with ages ranging
27.6 ± 6.5 years. The participants in each training session used
resistance-training methods and we analyzed the heart rate and subjective perception
of effort (SPE). Results: The
Drop-Sets (DS), Forced Repetitions (FR) and Super Slow Strength (SS) methods
are more vigorous in SPE by practice and promote a greater increase in heart
rate compared to other methods of strength training analyzed. Furthermore, the
same DS, FR and SL methods are between 63-74% HRmax. Conclusion: Resisted Forced and Super
Slow Strength resistance training methods are more effective if the client's
goal is work in the aerobic zone.
Key-words: resistance
training, exercise, muscle strength.
A
prática esportiva e a rotina de manter o corpo em movimento estão ganhando
notoriedade. No entanto, segundo dados do Ministério da Saúde, em 2015, a
população brasileira possuía 52,3% de pessoas com excesso de peso e 17,0% de
obesos [1].
Neste
sentido, com o intuito de combater o sedentarismo e promover hábitos saudáveis,
conforme recomendações do American College of Sports Medicine
[2], um programa regular de exercícios físicos deve possuir pelo menos três
componentes: mobilização de grandes grupos, sobrecarga e flexibilidade.
Consequentemente,
a musculação, também conhecida como treinamento resistido, é o meio de
exercício físico mais popular entre os homens adultos jovens, praticada com
diversas finalidades, como hipertrofia, emagrecimento e condicionamento físico
[3].
Para
tais intenções é necessária uma periodização com diferentes métodos de
treinamento (também conhecida como “métodos” de treinamento), destacando:
manipulação de cargas e variáveis como diferentes meios e métodos entre eles:
pirâmide truncada, drop-sets, bi-set,
tri-set, super série,
múltiplas séries e outros [4].
Além
disso, outro parâmetro imprescindível para que seja feita a prescrição correta
para este tipo de exercício é o monitoramento da frequência cardíaca e
percepção subjetiva de esforço (PSE), pois o treinamento resistido acarreta
elevação importante da mesma. Assim, a manipulação de variáveis do treinamento
é fundamental para o controle dos batimentos cardíacos, e uma das estratégias é
modificar a sobrecarga cardiovascular durante os exercícios [5].
Com
relação à PSE, momento em que o indivíduo avalia sua sensação de fadiga
mensurando intensidade do treino, pode variar de acordo com o número de
repetições, carga e séries do treinamento. A PSE está intimamente relacionada
ao conceito de intensidade do exercício, ou seja, “de quão pesada e extenuante
é uma tarefa física", podendo ser definida como sendo a intensidade
subjetiva de esforço, tensão, desconforto e/ou fadiga que são experimentados
durante os exercícios físicos – aeróbios e de força [6].
É
necessário realizar em conjunto a análise da percepção subjetiva de esforço e
alterações na frequência cardíaca dentro do treinamento resistido para promover
parâmetros dentro de uma periodização em um sistema de treinamento complexo.
Deste modo, visa respeitar limiares para possíveis indivíduos com doenças
coronarianas crônicas e outras enfermidades, apresentando parâmetros para a
correta prescrição de treinamento físico [7].
Porém,
será que há alteração na frequência cardíaca e consequentemente mudança na
percepção subjetiva de esforço na prescrição de diferentes métodos de
treinamento de força?
Neste
sentido, o objetivo deste estudo foi analisar o efeito agudo de diferentes
métodos de musculação.
Para
os fins a que se propõe este estudo, os procedimentos metodológicos seguiram a
linha da pesquisa experimental e o delineamento de estudo de campo, com uma
amostra não probabilista intencional.
Participaram
do estudo 10 mulheres residentes do município de São Paulo/SP, praticantes de
treinamento de força há, no mínimo, um ano, com frequência semanal de no mínimo
três vezes por semana, na faixa etária de 27,6 ± 6,5 anos.
Todos
os métodos de treinamento resistido (MTR) foram aplicados em uma cadeira
extensora.
Os
participantes foram submetidos aos seguintes MTR:
Todos
os participantes realizaram os sete MTR. Os testes dos MRT foram realizados
durante duas semanas: semana 1 incluiu SM, SL, PTC e OND; semana 2 incluirá RF,
PTD e DS.
Os
exercícios foram realizados com um mínimo de 48 horas de intervalo entre os
testes. Os participantes evitaram qualquer tipo de treinamento de força
envolvendo os músculos quadríceps 24 horas antes dos testes.
Em
todos os MTR, exceto por SL, os participantes foram instruídos a manter uma
velocidade constante de dois segundos na fase concêntrica e dois segundos na
fase excêntrica, sem pausa entre as mesmas. A fase concêntrica iniciou a 100º
da flexão de joelho e foi finalizado com os joelhos completamente estendidos.
Aferição da frequência cardíaca e escala de percepção
do esforço
A
frequência cardíaca dos participantes foi mensurada com um
frequencímetro da
marca Polar F5® em repouso e sentado na cadeira extensora minutos
antes do
início do exercício, e após a
realização da última repetição de
cada série. Na
sequência foi extraída a média da frequência
cardíaca das séries para a análise
de dados.
Além
disso, no final da execução foi solicitado às participantes que enumerassem o
grau de dificuldade através da Escala de Percepção de Esforço, com variação de
seis a vinte [11].
Aspectos éticos
Este
estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Anhembi
Morumbi, sob CAAE nº 56462416.6.0000.5492, em sessão de 26 de maio de 2016.
Todas as participantes concordaram em participar do estudo e assinaram o Termo
de Consentimento Livre e Esclarecido. A coleta de dados foi realizada no
período de 03 a 10 de março de 2017.
Procedimentos para análise de dados
Foi
utilizada a análise de variância (ANOVA oneway),
seguida do Post Hoc de Tukey, para comparar as
diferenças de média dos estágios entre os MTR nas variáveis de FC. Foi
utilizado o teste de Friedman, seguido do teste Wilcoxon
para comparar diferenças entre as médias da PSE. Para o tratamento estatístico
dos dados foi utilizado o software SPSS (Statistical Package for Social Science) versão 22.0.
A
significância estatística estabelecida foi de p < 0,05.
A
Tabela I mostra os resultados médios da frequência cardíaca após a última série
dos MTR.
Tabela I - Resultados da frequência cardíaca após a última série dos métodos de
treinamento resistido
SE
= Erro padrão da média. FC = Frequência cardíaca; FCmáx.
= Frequência cardíaca máxima; (*) Fórmula para estimar a Frequência Cardíaca
Máxima = 204,8 - (0,718 x idade) + (0,162 x FCR) - (0,105 x kg) – [6,2 x 0
(Código de tabagismo para não fumante)] [12]. Nota: Nenhuma das participantes é
tabagista
A
Figura 1 apresenta a análise da média da frequência cardíaca das séries dos
participantes em cada MTR.
BPM
= Batimentos por minuto; (*) Métodos que apresentaram diferenças comparados com
o ondulatório (OND) (p<0,01 = DS, RF e SL); (#) Métodos que apresentaram diferenças comparados com o
Piramidal Truncado Crescente (PTC) (p<0,01 = DS, RF e SL); ($) Métodos que
apresentaram diferenças comparados com as séries múltiplas (SM) (p < 0,01 =
RF e SL); (&) Métodos que apresentaram diferenças comparados com o Drop-Sets (DS) (p < 0,01 = OND, PTC, RF e PTD); (α)
Métodos que apresentaram diferenças comparados com as Repetições Forçadas (RF)
(p < 0,01 = OND, PTC, SM, DS e PTD); (β) Métodos que apresentaram
diferenças comparados com as Piramidal Truncado Decrescente (PTD) (p < 0,01
= DS, RF e SL); (¥) Métodos que apresentaram diferenças comparados com o Super Lento (SL) (p<0,01 = OND, PTC, SM e PTD)
Figura 1 - Comparação dos métodos de treinamento de força na frequência cardíaca
pós-exercício físico
A
Tabela II mostra os resultados médios da percepção subjetiva de esforço após a
última série dos MTR.
Tabela II - Resultados da percepção subjetiva de esforço após a última série dos
métodos de treinamento de força
DP
= Desvio padrão
A
Figura 2 apresenta a análise da média da percepção subjetiva de esforço ao
final da última série dos participantes em cada MTR.
(*)
Métodos que apresentaram diferenças comparados com o ondulatório (OND)
(p < 0,01 = SM, DS, RF e SM; p < 0,05 = PTD); (#) Métodos que apresentaram
diferenças comparados com o Piramidal Truncado Crescente (PTC) (p < 0,01 = SM,
DS, RF e SM); ($) Métodos que apresentaram diferenças comparados com as séries
múltiplas (SM) (p < 0,01 = OND, PTC, DS, RF e SM); (&) Métodos que
apresentaram diferenças comparados com o Drop-Sets
(DS) (p<0,01 = OND, PTC, SM, PTD e SM; p<0,05 = RF); (α) Métodos que
apresentaram diferenças comparados com as Repetições Forçadas (RF) (p < 0,01 =
OND, PTC, SM e PTD; p<0,05 = DS e SL); (β) Métodos que apresentaram
diferenças comparados com as Piramidal Truncado Decrescente (PTD) (p < 0,01 =
DS, RF e SL; p < 0,05 = OND); (¥) Métodos que apresentaram diferenças
comparados com o Super Lento (SL) (p < 0,01 = OND,
PTC, SM, DS e PTD; p < 0,05 = RF)
Figura 2 - Comparação dos métodos de treinamento de força na percepção subjetiva
de esforço (PSE) pós-exercício físico
Considerando
o aumento da FC entre os MTR, obtemos o seguinte ranking do maior para o menor
BPM: 1º. RF; 2º. SL; 3º. DS; 4º. SM; 5º. PTD; 6º. OND; 7º. PTC.
Já com relação à PSE, é apresentado o seguinte ranking da maior para a menor
percepção de esforço: 1º. SL; 2º. RF; 3º. DS; 4º.
SM; 5º. PTD; 6º. PTC; 7º. OND.
Neste
sentido, os métodos de treinamento resistido DS, RF e SL são mais vigorosos na
percepção subjetiva de esforço pela prática e também promovem maior aumento na
FC em comparação com os outros SRT analisados. Ainda, observa-se que os mesmos
métodos DS, RF e SL encontram-se entre 63 a 74% da FCmáx.
A
frequência cardíaca é um dos mais importantes medidores de esforço dentro de
uma sessão de treinamento. É por meio do monitoramento que é possível
determinar em qual zona alvo de treinamento o indivíduo irá manter-se para
alcançar certo objetivo ou até obedecer a limites metabólicos.
Segundo
Figueiredo [13], a ativação simpática e a inibição parassimpática sobre o
coração resultam no aumento da frequência cardíaca e no aumento da força de
contratilidade do miocárdio. De acordo com o mesmo autor, os fatores iniciais
dos testes progressivos parecem assumir maior amplitude de ajustes que os
fatores a longo prazo. Entre eles, há influência das catecolaminas sobre o
coração, aumentando assim a FC e, consequentemente, diminuindo a variabilidade
da frequência cardíaca durante o exercício.
No
estudo de Farinatti e Assis [14], são comparados
exercícios de fortalecimento muscular e aeróbio, no qual é relatado que quanto
maior o tempo de exposição ao exercício, maior a resposta hemodinâmica, ou
seja, o aumento da FC. Neste estudo, com base na classificação da intensidade
da atividade física, publicada pelo ACSM [15], foi constatado nos métodos de
treinamento resistido DS, RF e SL intensidades equivalentes a 40-59% VO2R
(volume de oxigênio de reserva) ou %FCR (percentual de frequência cardíaca de
reserva). No entanto, apenas o RF e o SL enquadrando-se na zona aeróbia (entre
70 e 80% FCmáx) durante a atividade.
De
acordo com Edwards [16], a zona aeróbia é aquela que o indivíduo começa a
entrar em um intervalo de resistência, mas não podendo atingir o limiar
anaeróbio entre 80 e 90% do limiar máximo de FC.
Segundo
Alves [17], na fase aeróbica ocorre a reciclagem do ATP (adenosina trifosfato)
com mais eficiência, onde a glicose é processada nas mitocôndrias. No entanto,
se a intensidade do exercício aumentar subitamente, a fase anaeróbica recomeça.
Sobre
a PSE e o treinamento de força, Tiggemann et al. [7] afirmam que é um método de
modulação da intensidade de esforço que pode ser relacionado a diferentes
variáveis de treinamento de força, sobretudo à carga. Independente do sexo,
homens e mulheres apresentam boa capacidade de distinção de diferentes cargas
através da PSE, apresentando comportamento linear entre PE e a carga utilizada.
Ainda,
cabe ressaltar que quanto mais pesadas as cargas utilizadas, menor a
variabilidade das respostas entre os sujeitos. Em relação à carga e ao esforço
realizado, em cargas que esforços máximos (RMs) são
realizados, similares respostas da PE são encontradas, enquanto que, em
esforços submáximos (%1RM), a PSE é diferenciada em relação a diferentes
cargas.
Nakamura
et al. [4] relatam que o método da
PSE vem sendo extensivamente estudado em diversas modalidades esportivas. Até o
presente momento, as evidências disponíveis sugerem que o método da PSE da
sessão é uma estratégia de baixo custo, simples e confiável para o
monitoramento das cargas de treinamento.
Segundo
Gentil et al. [18], diversos MTR
foram desenvolvidos com o propósito de manipular os estímulos fisiológicos e obter
melhores resultados com o treinamento. Os MTR manipulam as variáveis de
treinamento de diferentes maneiras, fornecendo estímulos mecânicos e
metabólicos de diferentes magnitudes.
Para
analisar a alteração na frequência cardíaca e PSE neste estudo foi aplicado o
método ondulatório, que consiste em uma onda que oscila entre o volume de
cargas e números de repetições [19]. Pensando em alterações fisiológicas
durante este método é necessário cuidado especial para evitar lesões [19].
Dentre
os demais métodos aplicados neste estudo o método piramidal truncado pode ser
dividido em dois tipos: crescente e decrescente. O primeiro modo é necessário
que seja feito o aumento das cargas e com isso ocorre à diminuição das
repetições. Já o método decrescente o inverso acontece, aumentam-se as
repetições e diminuem-se as cargas [20].
Também
presente neste estudo o método séries múltiplas (SM) consiste em um treinamento
que utiliza várias séries com o intuito de alcançar a fadiga no final de cada
uma delas com cargas moderadas [19]. No mesmo estudo o autor afirma que não há
uma regra quanto ao número de séries e pode haver variações de acordo com o
objetivo do indivíduo [19].
Sobre
a distinção dos métodos, Amorim [21] defende que as técnicas prescritas para
iniciantes são poucas frente aos MTR existentes (o método PTC representa 30%,
Séries Múltiplas 20% dos métodos aplicados). Dentro do treinamento resistido é
preconizado que nas fases iniciais seja feita a adaptação neural [22]. Neste
sentido, ainda fazendo referência ao método SM é necessária à prescrição de
exercícios multiarticulares, dando preferência a
grandes grupamentos musculares para adaptação do movimento, facilitando a forma
de aprendizado do aluno [20].
Sobre
o sistema DS, no estudo de Togashi [23], a autora
analisa o dano muscular induzido através deste tipo de treinamento (com cargas
decrescentes e sem intervalo entre séries) sendo “possível sugerir um dano
muscular, por meios de marcadores (creatina kinase,
mioglobina, torque muscular e percepção subjetiva de dor)”, o que quer dizer
que também favorece estímulos positivos ao músculo, resultando em melhora na
composição corporal.
Segundo
Bertuzzi et al.
[24], fadiga muscular ocorre pela diminuição do pH sanguíneo, portanto, o pH
intracelular diminui de forma progressiva com o aumento da duração do exercício
intenso, supostamente, pela redução da capacidade de gerar tensão. Esse
processo metabólico é denominado de acidose lática, sendo necessário o envio de
mais nutrientes e oxigênio para a periferia, promovendo o aumento da frequência
cardíaca.
No
método RF, observa-se um aumento relevante nas respostas hormonais devido a
carga imposta ao músculo uma vez que neste método o indivíduo alcança a falha
concêntrica ocasionando maior dano muscular sendo necessário a síntese proteica
[25]. Diante deste cenário, este modelo de treinamento se faz eficaz no ganho
de massa muscular por questões mecânicas e hormonais [26].
Já
o método SL, consiste na realização de forma concentrada, usando 30 segundos
para fase concêntrica e de 30 segundos para a fase excêntrica. Na literatura
este método é exaltado como eficaz para hipertrofia muscular devido ao tempo
que o músculo fica em contração [19].
Dentro
deste método existe a restrição de cargas para que a execução aconteça de forma
correta e que o indivíduo que execute alcance seus objetivos dentro de um
programa de treinamento. Porém, a utilização de cargas baixas pode não trazer a
mesma efetividade do treino, por isso, estudos aconselham que a carga seja
moderada para que o método seja eficiente no ganho de massa muscular [18].
Com
base nos resultados, conclui-se que as Repetições Forças e SuperLento
são mais eficientes caso o objetivo do cliente seja o trabalho
na zona
aeróbia, podendo ser uma estratégia que contribui neste
tipo de objetivo. No
entanto, caso o objetivo seja o desenvolvimento da hipertrofia muscular
todos os métodos são válidos, e devem fazer parte
de um planejamento
longo prazo de acordo com a necessidade de cada indivíduo.
Este
estudo também tem o propósito de auxiliar o profissional de Educação Física na
prescrição de treinamento visando à melhora no desempenho do indivíduo que
adere a um programa de treinamento. O resultado mostra diferenças na frequência
cardíaca e PSE nos diversos métodos de treinamento, aumentando as opções de
variáveis para o profissional na hora da montagem de treino respeitando a
individualidade biológica.
Tendo
em vista que dentro de um programa de treinamento existem diversos públicos,
recomenda-se que estudos sejam realizados com protocolos diferentes, outros sexos
e outro tipo de faixa etária.