Rev Bras Fisiol Exerc
2021;20(3)Supl:S1-S77
I Simpósio
Capixaba de Fisiologia e Biomecânica Aplicada ao Exercício Físico
Centro de Educação Física e Desportos, Universidade Federal do Espírito Santo
Vitória/ES
10 e 11 de abril
de 2021
Apoio
Fundação de
Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo
EDITORIAL
O I Simpósio Capixaba de Fisiologia e
Biomecânica aplicada ao Exercício Físico, evento de caráter profissional e
acadêmico, reunirá ações dos campos de conhecimento e intervenção do ensino, da
pesquisa e da extensão nas áreas da Educação Física e demais áreas afins,
principalmente aquelas que dizem respeito às considerações fisiológicas e
biomecânicas aplicadas à saúde e ao esporte de rendimento.
O evento visa a divulgação e o
fortalecimento de pesquisas científicas no campo da Saúde e de áreas de caráter
interdisciplinar que tratem de processos de prevenção, tratamento e
reabilitação a partir do exercício físico, bem como sob a perspectiva do
rendimento, incentivando a produção de conhecimento sob a ótica de
investigações translacionais.
Dentro deste contexto, o I Simpósio
Capixaba de Fisiologia e Biomecânica aplicada ao Exercício Físico representa um
elemento importante das pretensões da UFES no âmbito da Educação Física,
constituindo um canal permanente (bianual) e efetivo de diálogo entre a
Universidade, a comunidade capixaba e sociedade, aproximando a produção
acadêmico-científica das necessidades encontradas no cotidiano das práticas de
intervenção profissional nos diferentes contextos da Educação Física.
Prof. Dr. André Soares Leopoldo
Presidente da Comissão Organizadora
I Simpósio Capixaba de Fisiologia e
Biomecânica Aplicada ao Exercício Físico
andresoaresleopoldo@gmail.com
Comissão Científica
Fisiologia do
Exercício e Rendimento
Prof. Dr.
Rodrigo Luiz Vancini - rodrigoluizvancini@gmail.com
Profa. Me.
Letícia Nascimento Santos Neves - leticiasantosneves@hotmail.com
Prof. Me. Victor
Hugo Gasparini Neto - victorgasparini@gmail.com
Aluna de
Graduação Camila Moreira - camila.mra@hotmail.com
Biomecânica
Mestrando Welmo Alcantara Barbosa - welmoalcantara@hotmail.com
Profa. Dra.
Natalia Madalena Rinaldi - narinaldi@yahoo.com.br
Profa. Dra.
Milena Razuk - milena.razuk@gmail.com
Aluna de
Graduação Juliana Amaral - juliamaral.fisio@gmail.com
Fisiologia do
Exercício e Saúde
Prof. Dr. Danilo
Sales Bocalini - bocaliniht@hotmail.com
Prof. Dr.
Adriano Fortes Maia - nutricionistabr@gmail.com
Doutorando Paulo
Vinicios Camuzi Zovico - vinicios_cz@hotmail.com
Doutorando Jóctan Pimentel Cordeiro - joctan_pc@hotmail.com
RESUMOS
I Simpósio
Capixaba de Fisiologia e Biomecânica Aplicada ao Exercício Físico
Eixo:
Fisiologia do Exercício e Rendimento
Comparação
das respostas fisiológicas dos testes de corrida em esteira e de corrida com
resistência elástica para aplicação em uma nova proposta de treinamento
intervalado de alta intensidade (EL-HIIT): um estudo piloto
Kimirli Francisca Abreu De Paula, Victor Hugo
Gasparini Neto, Letícia Nascimento Santos Neves, Girlene
Dias do Nascimento, Igor Ziviani Araújo, Luciana
Carletti
Universidade Federal do Espírito Santo
(UFES)
Introdução: Os estudos realizados com treinamento
intervalado de alta intensidade (HIIT) geralmente fazem o uso de ergômetros,
como esteiras e bicicletas e que podem ser equipamentos de difícil acesso à
população para avaliação e prescrição de treinamento. Alguns estudos propõem a
utilização da resistência elástica como alternativa eficaz e barata, porém, os
resultados são limitados ao treinamento de força e dessa forma, ainda não se
tem conhecimento de estudos que aplicaram testes incrementais com resistência
elástica para prescrever a intensidade e uma sessão de treinamento de aptidão
cardiorrespiratória. Portanto, o objetivo deste estudo foi comparar as
respostas dos parâmetros cardiopulmonares do teste de corrida em esteira
(Running Treadmill Test - RTT) ao teste de corrida
atada (Tethered Running Test - TRT) para testar a
especificidade da prescrição de exercícios de alta intensidade com resistência
elástica (EL-HIIT). Métodos: Dez homens saudáveis (idade: 26,6 ± 2 anos;
IMC: 22,6 ± 1,9 kg m-2) completaram dois testes máximos na esteira e
no elástico com intervalo de uma semana entre eles. Os dados de frequência
cardíaca (FC), razão de troca de respiratória (RER), consumo de oxigênio (VO2)
e percepção subjetiva de esforço (PSE) foram comparados pela ANOVA de duas vias
com medidas repetidas e tamanho de efeito nas intensidades 70, 90 e 100% do VO2máx
nos testes. Resultados: A análise revelou que as variáveis testadas
foram significativamente maiores para RTT comparadas ao TRT nas intensidades de
70% para VO2: 35,53 ± 3,61 vs 32,61 ± 4,07 ml kg-1
min-1; (p < 0,007; d = 0,80) e PSE: 3,80 ± 1,33 vs 2,80 ± 1,04;( p < 0,022, d = 0,88); 90% para FC: 184
± 8 e 175 ± 15 bpm; (p < 0,049; d = 0,78) e VO2:
45,39 ± 4,23 vs 41,42 ± 4,82 ml kg-1min-1;
(p < 0,003, d = 0,92) e em 100% para RER: 1,06 ± 0,06 vs
1,01 ± 0,05; p < 0,015; d = 0,95) e (VO2máx: 50,41 ± 4,84 vs 46,09 ± 5,18 ml kg-1 min-1; (p =
0,005, d = 0,91). Conclusão: O RTT apresentou respostas
cardiorrespiratórias superiores comparadas ao TRT. Reforçando que a
especificidade do teste interfere na prescrição do EL-HIIT.
Palavras-chave: treinamento intervalado de alta
intensidade; parâmetros cardiopulmonares; teste incremental; resistência
elástica
Autor
correspondente: kimirliabreu47@gmail.com
O
efeito da ingestão aguda e moderada de cafeína na lactacidemia
e glicemia em jogadores de futebol profissional em jogos reduzidos: um ensaio
randomizado e duplo-cego controlado
Rodrigo
Freire de Almeida1,3, Letícia Nascimento Santos Neves1,4,
Carla Zimerer1,4, Victor Hugo Gasparini Neto1,4, Sabrina
Pereira Alves1,4, Jean Leite Cruz1,5, Luciana Carletti1,4,
Lucas Guimarães-Ferreira1,2,3
1Programa de Pós-Graduação em Educação
Física, Centro de Educação Física e Esportes, Universidade Federal do Espírito
Santo, Vitória, ES, Brasil
2Programa de Pós-Graduação em Nutrição e
Saúde, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Espírito Santo,
Vitória, ES, Brasil
3Grupo de Pesquisa em Fisiologia Muscular
e Performance Humana, da Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, ES,
Brasil
4Laboratório de Fisiologia do Exercício,
da Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, ES, Brasil
5Laboratório de Análise Biomecânica do
Movimento – Biomov, da Universidade Federal do
Espírito Santo, Vitória, ES, Brasil
Introdução: Os jogos reduzidos de futebol (JRF)
são exercícios de alta intensidade que melhoram o desempenho dos futebolistas.
Medidas ergogênicas, tal como a cafeína (CAF), em
dosagens moderadas, i.e. entre 3-9 mg kg-1,
têm se apresentado eficazmente ao estimular o metabolismo em diversos tecidos,
sobretudo, no sistema nervoso central. Estudos descrevem que a CAF eleva lactacidemia e glicemia nos futebolistas. Todavia, não
foram encontradas investigações cruzando estas variáveis nos JRF. Portanto, o
presente estudo avaliou o efeito da ingestão aguda e moderada (5 mg kg-1)
de CAF na lactacidemia e glicemia após séries de JRF.
Métodos: Oito jogadores profissionais (24,7 ± 2,8a; 74,3 ± 9 kg), 4 em
cada condição (CAF ou placebo [PLA]), com a dieta regular preservada e whasout de 48 h para substâncias cafeinadas e psicoativas,
realizaram um protocolo, após a familiarização, consistindo em 5 Jogos de 3x3 +
Goleiro num campo de 36x27 m de grama natural (FUTSAT), com 5 minutos de
duração e 1 minuto de intervalo. Os jogos ocorreram sob as seguintes condições
ambientais: (Temp. (ºC): 31,9 ± 1,81; Umid.Rel.(%):
51,8 ± 23,1; Vel.Vento
(m/s): 4,35 ± 3,08).
Hidratação (ad libitum), aferição da FC,
captação da Percepção Subjetiva do
Esforço (Borg Scale – CR10)
e coleta de sangue (0,5 µl) ocorreu em cada intervalo. Para comparação entre
grupos, após os procedimentos de seleção dos testes estatísticos, foi utilizado
teste t independente e o d de Cohen (d) como tamanho de efeito. Resultados:
Os jogadores na condição CAF obtiveram níveis maiores de lactacidemia
nos dois primeiros jogos do protocolo (Jogo 1 (t(6) =
5.916; p = 0.001; d = 1.558 [muito grande]) e Jogo 2 (t(6) = 6.332; p = 0.008;
d = 1.669 [muito grande])) quando comparados aos da condição PLA. Não foram
detectadas diferenças para as outras variáveis. Conclusão: A ingestão
aguda e moderada de CAF promove, nos jogadores de futebol profissional, o
aumento da lactacidemia após séries de JRF.
Palavras-chave: futebol, medidas ergogênicas,
suplementação; desempenho; esportes coletivos
Autor
correspondente: rodrigofalmeida80@gmail.com
Efeitos
de uma sessão de treinamento com kettlebell nas
respostas cardiopulmonares agudas em mulheres jovens saudáveis: um estudo
piloto
Camila
Moreira, Sabrina Alves Pereira, Carla Zimerer, Lenice Brum Nunes, Waldir Zanotti
Nascimento, Luciana Carletti
Universidade
Federal do Espírito Santo
Introdução: O kettlebell
(KB) é uma ferramenta de baixo custo, que pode ser empregada em sessões de
treinamento de curta duração, com finalidade tanto para o aumento da força
quanto da aptidão cardiorrespiratória (VO2máx). O treinamento com KB
(TKB) tem sido considerado de alta intensidade, pois mobiliza valores elevados
de %FCmáx e do %VO2máx.
Contudo, os efeitos do TKB dependem dos parâmetros de prescrição (intervalos
entre séries, peso levantado, duração, tipo e cadência dos exercícios). Nosso
grupo, utilizando um protocolo próprio de prescrição de TKB obteve melhoria
significativa da força (1RM) e do VO2máx. Para entender melhor como
esses efeitos crônicos são alcançados, e para esclarecer sobre outros
estímulos, como no sistema respiratório, é importante compreender a resposta
aguda da sessão. Objetivo: Descrever as respostas cardiopulmonares de
uma sessão de KB de alta intensidade aplicada em mulheres jovens. Métodos:
3 participantes do sexo feminino, treinadas com KB, idade 20, 26 e 30anos,
foram submetidas a um teste cardiopulmonar de exercícios (TCPE) para medida dos
parâmetros máximos. Em um dia separado, executaram uma sessão de TKB de alta
intensidade, envolvendo os exercícios swing e agachamento, na proporção 30:30
(execução: descanso), com 1min de intervalo entre as séries. Todo o protocolo
foi executado com análise gasosa para aferir as variáveis cardiopulmonares. Resultados:
Os dados foram apresentados em valores médios e percentuais em relação ao TCPEmáx: frequência cardíaca 177 ± 12 bpm -90,7% ± 6,4; VO2máx ml kg-1 min-1
24,0 ± 2,3 - 67,9% ± 5,2; frequência respiratória inc/min
44 ± 2 -98,4 ± 10,9%; pressão do oxigênio 119,7 ± 3,2 mmHg -100,8% ± 3,8;
pressão de dióxido de carbono 29,4 mmHg ± 4,3-83,8% ± 5,6; taxa de troca
respiratória 1,0 ± 0,1-84,1% ± 4,4; ventilação 58,6 ± 11,6 l/min-73,3 ± 4,9%;
volume corrente 1,4 ± 0,2 l -74,8 ± 9,5%. Conclusão: A sessão de
treinamento com KB apresentou intensidade vigorosa para o VO2máx e FCmáx. Os estímulos respiratórios e de troca
gasosa também apresentaram solicitação elevada. Nesse sentido, um programa de
exercícios com KB pode ser uma estratégia para melhorias cardiorrespiratórias
até mesmo para mulheres saudáveis.
Palavras-chave: efeito agudo; alta intensidade; treino
feminino
Autor
correspondente: camila.mra@hotmail.com
Reprodutibilidade
dos parâmetros cinemáticos do Power Snatch de
levantadores de peso recreacionalmente treinados
Fernanda
Barros Castro1, Victor Alexander Santos Nascimento1,
Gustavo Pereira1, Rafael da Silva Passos1, Alinne Alves
Oliveira1, Alexander J. Koch2, Marco Machado3,
Rafael Pereira1
1Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
2Rhyne
University, Hickory
3UNIG
Campus V
Introdução: Os movimentos de levantamento de peso
olímpico (Snatch, Clean e Jerk)
têm sido amplamente utilizados com o objetivo de melhorar o desempenho em
muitos esportes, mas não existem dados normativos, nem dados de
reprodutibilidade/confiabilidade de parâmetros cinemáticos de Power Snatch (PS) de levantadores de peso recreativos. Este
estudo teve como objetivo quantificar a reprodutibilidade/confiabilidade e a
mínima mudança detactável (Minimal
Detectable Change – MDC)
dos parâmetros cinemáticos do deslocamento da barra durante um movimento PS em
levantadores de peso treinados recreacionalmente. Métodos:
Participaram deste estudo 16 voluntários saudáveis (13 homens), com experiência
prévia de ao menos 1 anos de levantamento de peso, mas não para fins competitivos.
Cada voluntário realizou 2 PS a 60% de 1 RM para o referido movimento. O
trajeto da barra foi registrado usando uma câmera de alta velocidade e os dados
foram processados off-line para obter as coordenadas da posição da barra. O
tempo decorrido para completar o movimento, posição do tronco e joelho no
momento de recepção da barra (catch), e os parâmetros cinemáticos dos
deslocamentos horizontal e vertical da barra, e velocidade e aceleração
vertical foram obtidos de cada uma das 5 fases do movimento (1ª puxada,
transição, 2ª puxada, turnover e drop). Dados
descritivos, coeficiente de correlação intraclasse (ICC) e MDC de cada variável
estudada foram obtidos. Resultados: Nossos resultados indicaram
reprodutibilidade/confiabilidade baixa a excelente para as variáveis estudadas,
com as fases iniciais do levantamento (1ª puxada, transição e 2ª puxada)
apresentando melhor reprodutibilidade/confiabilidade, enquanto as últimas fases
do movimento (turnover e drop) exibiram
reprodutibilidade/confiabilidade mais baixa para maioria das variáveis. Conclusão:
Os dados apresentados, com uma ampla descrição dos dados normativos obtidos do
PS de levantadores de peso recreativos, poderiam ajudar os técnicos a avaliar o
desempenho do PS como ferramenta de condicionamento para atletas recreativos.
Palavras-chave: levantamento de peso olímpico; força
explosiva; biomecânica
Autor
correspondente: fernandabarroscastro@hotmail.com
Relação
de variáveis fisiológicas com o desempenho na corrida de 1500 m em corredores
recreacionais
Cristiano
Rafael Moré1, Rita Adriana Stoeterau Moré1,
Mateus Rossato2, Fernando Diefenthaeler3, Rodolfo André
Dellagrana1
1Universidade Federal de Mato Grosso do
Sul
2Universidade Federal do Amazonas
3Universidade Federal de Santa Catarina
Introdução: Tradicionalmente, variáveis
fisiológicas como consumo máximo de oxigênio (VO2máx) e limiares de
transição fisiológica têm demonstrado uma forte relação com o desempenho de
corrida em provas de média distância. Entretanto, o desempenho nestas provas
não está limitado apenas a estas variáveis. O objetivo deste estudo foi
determinar e correlacionar os índices fisiológicos com o desempenho na corrida
de 1500 m. Métodos: Participaram deste estudo, caracterizado como
correlacional e com delineamento transversal, 19 corredores recreacionais (27,3
± 3,3 anos; 74,5 ± 9,3 kg; e 178,9 ± 6,5 cm). Na primeira fase, os
participantes foram submetidos a um teste incremental máximo de corrida em
esteira, com gradiente de 1%, velocidade inicial de 6 km h-1 e
incremento de 0,5 km h-1 a cada 30 s, até a exaustão voluntária,
para avaliar o VO2máx, velocidade associada ao VO2máx
(vVO2máx), pico de velocidade (PV), frequência cardíaca máxima (FCmáx) e o ponto de compensação respiratória
(PCR). Na segunda fase, os participantes realizaram uma corrida de 1500 m, em
uma pista oficial de atletismo de 400 m, com os tempos anotados a cada volta e
ao término do teste. Os valores foram apresentados como média e desvio padrão.
O tempo da corrida de 1500 m e as variáveis fisiológicas foram analisadas por
meio da correlação de Pearson. O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados:
Os valores de média e desvio padrão foram: VO2máx (52 ± 4,2 ml kg-1
min-1); vVO2máx (16,1 ± 1,4 km h-1); PV (17,9
± 0,9 km h-1); FCmáx (190 ± 7 bpm); PCR (13,5±1,1 km h-1); 1500 m (338,7 ±
27,6 s). Foram encontradas correlações significativas entre as variáveis
fisiológicas e desempenho: VO2máx vs. 1500 m (r = -0,74, p =
0,0003); VO2máx vs. 1500 m (r = -0,88, p < 0,0001); PV vs. 1500 m
(r = -0,90, p < 0,0001); PCR vs. 1500 m (r = -0,84, p < 0,0001). Conclusão:
Todas as variáveis fisiológicas apresentaram uma forte correlação com o tempo
de corrida no teste de 1500 m, indicando que o aprimoramento destas variáveis
pode ser fundamental para o sucesso na prova de 1500 m.
Palavras-chave: corredores de média distância;
desempenho de corrida; variáveis fisiológicas
Autor
correspondente: crmore80@gmail.com
Potencialização
pós-ativação: efeitos de protocolos de sprints com resistência externa no
desempenho de saltos em atletas de futebol
Caio
Rizek1, Thiago Ferreira Nunes2, Gustavo João2,
Marcelo Aoki3, Lucas Tavares2
1Centro Universitário FMU | FIAM-FAAM
2Centro Universitário FMU
3Escola de Ciências, Artes e Humanidades
Introdução: A potencialização pós-ativação (PPA) é
uma estratégia de atividade pré-condicionante
utilizada para melhora do rendimento esportivo. Neste contexto, diversos
estudos têm demonstrado que atletas de futebol apresentam melhora do desempenho
de tarefas esportivas tais como saltos quando submetidos a tarefas como
exercícios de força com alta intensidade, e exercícios pliométricos.
No entanto, poucos estudos têm demonstrado os efeitos de protocolos de PPA com
exercícios como sprints com resistência externa (i.e., trenó, paraquedas e
cinto de tração), o que pode limitar a compreensão dessas condições na rotina
de treinamento, e no desempenho físico e esportivo dos atletas. O objetivo foi
verificar os efeitos de protocolos de PPA no desempenho de saltos em atletas de
futebol. Métodos: Vinte atletas de futebol sub-17 (Idade = 17,1 ± 1,2 anos,
Peso = 78,2 ± 8,3 kg, Altura = 185 ± 15,3 cm), sendo randomicamente alocados em
quatro condições experimentais: 1) Condição 1: quatro sprints com intervalos de
três minutos entre cada, com o trenó com sobrecarga de 20% do peso corporal; 2)
Condição 2 quatro sprints com intervalos de três minutos entre cada, com o
cinto de tração com tensão de 15 kg; 3) Condição 3: quatro sprints com
intervalos de três minutos entre cada, com o paraquedas com metragem de 2 m x 2
m; 4) Condição 4: quatro sprints com intervalos de três minutos entre cada, sem
qualquer resistência adicional. Após a realização de cada condição, os atletas
foram submetidos aos testes de saltos: sem contramovimento; com
contramovimento; e drop jump. A análise estatística
foi efetuada a partir de uma ANOVA para medidas repetidas, tendo nível de
significância de p ≤ 0,05. Resultados: Após a realização das quatro
condições, foram observadas alterações positivas no desempenho em todas as
variáveis, quando comparadas à condição controle, com aumentos
significantemente maiores nas condições 1 (trenó) e 2 (cinto de tração) em
comparação à condição 3 (paraquedas). Conclusão: A partir dos resultados
encontrados, podemos concluir que os protocolos de PPA com a utilização dos
sprints com sobrecarga externa utilizando o trenó e cinto de tração como
sobrecarga, promovem efeitos mais pronunciados no desempenho de saltos em
atletas de futebol.
Palavras-chave: velocidade; potência muscular;
desempenho esportivo
Autor
correspondente: caiorizek@gmail.com
Pode
o teste de 30 min corrida ser utilizado para detecção das zonas de treinamento?
Um estudo de caso
Luiz
Gustavo Pinto1, Danilo Prado2, Tiago Tunes1,
Helton Dias1, Willian Santana1, Leonardo Lima1,
Gustavo Allegretti1, Aylton Figueira Junior1
1Universidade São Judas Tadeu
2Universidade de São Paulo
Introdução: O triathlon
consiste na realização de 3 modalidades realizadas uma na sequência da outra. A
prescrição de treinamento normalmente acontece em zona de treinamento. Muito
utilizado no meio do Triathlon para a detecção das
zonas de limiares de corrida, o teste de 30 minutos de corrida proposto por Joe
Friel (2009) consiste em o atleta correr na mais alta
velocidade os trinta minutos propostos. Ao final são verificados frequência
cardíaca (FC) média e máxima e com isso calculado as zonas de treinamento onde
o atleta irá realizar os trabalhos propostos. Objetivo foi comparar os
resultados do teste de 30 min de corrida com teste ergoespirométrico (padrão
ouro) para detecção das zonas de limiares. Métodos: Foi avaliado um
atleta do sexo masculino, idade 38 anos, peso corporal 64 kg, IMC 21,13 kg m-2
e com 10 anos de experiencia no triatlhon. O
protocolo foi dividido em duas sessões de testes, realizadas com 5 dias de
diferença. O teste de 30 minutos foi realizado em local aberto, as 7:30 hrs da manhã, temperatura de 20º. Foi verificado ao final
do teste a FC média e máxima, e calculado as zonas de treinamento segundo Joe Friel (2009). O teste ergoespirométrico máximo foi
realizado 5 dias após o primeiro teste. Temperatura da sala 20º, e o protocolo
utilizado foi o escalonado, com incremento de 1 km/h a cada minuto até a
exaustão máxima, e assim calculado as zonas de treinamento pelo primeiro e
segundo limiar de lactato. Resultados: Teste Ergoespirométrico: Zona 1
Até 138 (BPM); Zona 2 139-143 (BPM); Zona 3 144-151 (BPM); Zona 4 152-155
(BPM); Zona 5 156-172 (BPM). Teste 30 min: Zona 1 até 133 (BPM); Zona 2 134-144
(BPM); Zona 3 145-153 (BPM); Zona 4 154-163 (BPM); Zona 5 164-168 (BPM). Conclusão:
O teste de 30 minutos parece ser uma boa ferramenta para prescrição de
treinamento, principalmente para estímulos nas zonas 2 e 3 de treinamento.
Palavras-chave: triathlon;
zonas de treinamento; desempenho de corrida
Autor
correspondente: aylton.junior@saojudas.br
Organização
espacial coletiva durante partidas oficiais de futebol: comparações entre as
categorias sub-11, sub-13, sub-15 e sub-17
Maxwell
Viana Moraes Neto1, Luiz Henrique Palucci
Vieira2, Bruno Luiz de Souza Bedo3, Paulo Roberto
Santiago3, Felipe Arruda Moura4, Sergio Augusto Cunha5,
Lucas de Paula6, Rodrigo Aquino1
1Universidade Federal do Espírito Santo
2Universidade Estadual Paulista “Júlio de
Mesquita Filho”
3Universidade de São Paulo
4Universidade Estadual de Londrina
5Universidade Estadual de Campinas
6Clube Atlético Mineiro
Introdução: Investigações científicas têm
analisado dados posicionais de jogadores de futebol por meio de sistemas de
visão computacional/processamento de imagens para compreenderem a estruturação
do espaço dos jogadores e equipes durante as partidas. Essas informações podem
ajudar na caracterização da organização espacial das equipes e contribuir para
a criação de tarefas de treino mais representativas. Contudo, há uma escassez
de informações dessas variáveis no futebol de formação. O objetivo deste estudo
foi examinar a organização espacial durante partidas oficiais em diferentes
categorias de formação no futebol brasileiro. Métodos: Participaram do
estudo 80 jogadores de futebol das categorias sub-11, sub-13, sub-15 e sub-17.
Foi realizado o rastreamento computacional, por meio do software DVIDEO, a
partir de imagens de vídeo (30 Hz) de duas partidas oficiais de cada categoria.
Em ambiente Matlab, calculou-se a área individual por
jogador considerando a área do polígono convexo de ocupação da equipe;
profundidade (i.e., distância longitudinal entre o mais avançado e o menos
avançado companheiro de equipe); amplitude (i.e., distância lateral entre os
dois companheiros de equipe mais largos); distância entre a linha do gol e o
primeiro defensor. As comparações entre as categorias foram realizadas pelo
teste de ANOVA one-way (p < 0,05) e a magnitude
das diferenças foi calculada usando o eta partial squared (ηp2). Resultados:
Foram encontrados como resultados de área individual do jogador: sub-11 (71,4 ±
1,2 m2); sub-13 (86,5 ± 4,6 m2); sub-15 (98,5 ± 1,6 m2);
sub-17 (95,0 ± 1,5 m2). As distâncias entre a linha do gol e o
primeiro defensor foram: sub-11 (36,73 ± 0,33 m); sub-13 (36,8 ± 0,2 m); sub-15
(36,3 ± 1,5 m); sub-17 (36,0 ± 0,2 m). Os resultados de profundidade foram:
sub-11 (34, 9 ± 0,2 m); sub-13 (31,05 ± 0,5 m); sub-15 (30,2 ± 3,1 m); sub-17
(32,1 ± 2,2 m). Por fim, observou-se os seguintes valores de amplitude: sub-11
(29,8 ± 0,5 m); sub-13 (28,5 ± 0,4 m); sub-15 (32,7 ± 4,7 m); sub-17 (33,7 ±
4,0 m). As categorias Sub-15 e Sub-17 apresentaram maiores valores de área
individual por jogador e amplitude em comparação as categorias Sub-11 e Sub-13
(p < 0,05; ηp2 = 0,08-0,17 [moderado-grande]). Conclusão: Com
base nos resultados apresentados, os/as treinadores/as podem elaborar tarefas
de treino mais representativas ao jogo considerando a especificidade da
organização espacial coletiva de cada categoria.
Palavras-chave: ciência do esporte; tática; esporte
coletivo
Autor
correspondente: netomax03@gmail.com
Observação
do efeito da carga interna na recuperação e no desempenho físico de atletas
profissionais de voleibol masculino
Marcel
Frezza Pisa1, Matheus Norberto1,
Ricardo Bisam Filho1, Evandro Marianete
Fioco2, Enrico Fuini Puggina1
1Universidade de São Paulo
2Centro Universitário Claretiano
Introdução: A exigência física presente na prática
do voleibol gera diferentes estímulos, adaptações e pode ser entendida como a
carga relacionada ao voleibol. Conhecer e monitorar a carga são importantes
para o treinador planejar o treinamento de maneira eficiente. Com o objetivo de
monitorar a carga interna em sessões de treino de voleibol e verificar o efeito
da carga nos atletas, 11 atletas profissionais de voleibol com idade 21,18 ±
4,02 anos foram convidados a participar do protocolo experimental. Métodos:
Com a PSE de cada sessão foram calculados a carga da sessão, monotonia e strain em 3 dias seguidos de treinos. Para verificar o
efeito da carga sobre a recuperação física, os atletas responderam diariamente
aos questionários Well Being
scale e TQR scale. Para
mensuração do desempenho físico utilizou-se os testes de salto vertical com
contramovimento no tapete de contato e pro agility test antes e após as
sessões de treino de quadra. Para estatística utilizou-se ANOVA para medidas
repetidas com 1 e 2 fatores com post hoc de Sidak e
significância p < 0,05. Resultados: Cargas no período: carga total =
2494,55 ± 249,17 (U.A.), média = 498,91 ± 49,83, monotonia = 2,0 e strain = 4994,72. A carga interna das sessões de quadra
teve valor médio de 597,88 (U.A.) sendo menor no dia 3, sessões de força de
350,45 (U.A.) diferente das sessões de quadra dos dias 1 e 2. Desempenho
diferente no teste de salto vertical pré x pós no dia
1 (3,9%,), pós entre os dias 1 e 2 (46,41 x 43,30 cm) e entre os dias 1 e 3.
Diferença para o desempenho na agilidade pré x pós,
entre os dias 2 e 3 e pré x pós no dia 1 (3,1%). Conclusão:
A carga interna das sessões de treino no voleibol parece prejudicar o
desempenho da agilidade e não de salto vertical. A monotonia do período indica
que não houve grande variação dos estímulos, o que pode explicar os resultados
observados nos testes físicos e a não variação do resultado dos questionários.
Palavras-chave: carga interna; voleibol; monotonia
Autor
correspondente: marcelpisa@usp.br
Alterações
hemodinâmicas agudas em sessões de treinamento de força: revisão sistemática da
produção brasileira
Leonahn
Lyra Silva, Leisiane Gomes Dias, Carlos Henrique de
Reis, Welmo Alcântara Barbosa, Danilo Sales Bocalini
Universidade
Federal do Espírito Santo
Introdução: Durante a prática do treinamento de
força (TF) ocorrem adaptações fisiológicas agudas, que visam promover ajustes
dos parâmetros em decorrência do aumento do trabalho muscular. Desta forma, o
conhecimento acerca das modificações de parâmetros hemodinâmicos em sessões de
TF torna-se importante permitir elaborar sessões com maior segurança e
eficácia. O objetivo deste estudo foi descrever, por meio de uma revisão
sistemática da produção brasileira, as alterações hemodinâmicas agudas em
sessões de TF. Métodos: 130 manuscritos foram selecionados nas bases de
dados Bireme, Capes e Scielo. Após apreciação de
acordo com os critérios de inclusão (palavra-chave no título e no resumo,
parâmetros hemodinâmicos, respostas agudas, variáveis hemodinâmicas, e
treinamento resistido, artigos somente em português com data de publicação
entre janeiro de 2010 a janeiro de 2021) 20 estudos foram utilizados para a
análise. Resultados: De acordo com os dados encontrados, os anos que
apresentaram maior número de publicação foram 2010, 2013 e 2014 com um total de
4 estudos. As idades dos participantes das pesquisas variaram de 16 a 64 anos.
Os estudos apresentaram diferentes protocolos experimentais, sendo 15 estudos
(75%) utilizaram três séries de treinamento, 03 (15%) utilizaram quatro séries
e 2 (10%) não apresentaram o número de séries realizadas. Dos 20 estudos selecionados,
7 (35%) realizaram intensidade correspondente a 75% de 1RM, 6 (30%) a usaram a
carga de 70% de 1RM, 4 (20%) fizeram a 80% de 1RM e 3 (15%) a intensidade de
60% de 1RM. A quantidade de exercícios dos protocolos experimentais variou no
mínimo 1 e no máximo 6 exercícios, todos realizados em máquinas. Dentre as
alterações hemodinâmicas, destaca-se maior elevação das pressões arterial
sistólica, diastólica e média, com intervalos reduzidos, maior número de séries
e exercícios que utilizam maior volume muscular. Conclusão: Embora a
variedade dos protocolos e designers experimentais, é sugestivo considerar que
sessões de TF com intervalos reduzidos entre as séries, maior número de séries
e repetições, bem como exercícios que utilizam maior volume muscular possam
promover maior elevação de parâmetros pressóricos.
Palavras-chave: treinamento de força; alterações
hemodinâmicas; adaptações fisiológicas
Autor
correspondente: leonahn_lyra@hotmail.com
Aplicação
de ferramentas de quimiometria e análise multivariada
na fisiologia do exercício físico de alto rendimento a partir de dados de
espectroscopia vibracional
Leonardo
Barbosa Leal1, Matheus Muller1, Ana Luisa
Castro Lopes2, Amanda Silvatti2, Richard Diego Leite1,
Valério Garrone Barauna1
1Universidade Federal do Espírito Santo
2Universidade Federal de Viçosa
Introdução: A Espectroscopia Vibracional envolve
técnicas capazes de identificar o padrão de vibrações químicas de uma amostra.
O FTIR-ATR, é uma técnica capaz de detectar as vibrações químicas na região
média do infravermelho (650-4000 cm-1). A aplicação de análises de quimiometria e análises multivariadas as amostras são
interrogadas de maneira a permitir uma interpretação do perfil
químico/bioquímico. Métodos: 10 atletas de ciclismo (nível amador, 43 ±
6 anos, 75 ± 7 kg, 24 ± 2) realizaram um Contra relógio
(CR) de 20 km (33 ± 2 minutos). Amostras de plasma foram coletadas (pré e pós CR) para comparação das propriedades químicas no
FTIR. Medidas antropométrica, de desempenho e de dano muscular também foram
feitas nos momentos PRÉ e PÓS. Para as análises dos espectros e análises
estatística (PCA e HCA) foram usados os softwares MatLab
R2018a, OriginLab 8.5, Past
4.03 e Chemostat v.2. Resultados: Através da
combinação das análises de (1) PCA (Principal Componente Analyses)
com os dados de antropométrico e de desempenho, e (2) HCA (hierarchical
cluster analysis) com a 2ª derivada dos espectros,
foi possível observar que apenas um participante não apresentou diferença nos
momentos pré e pós, sendo retirado das análises
posteriores. A partir das análises de HCA, foi detectado que as características
químicas foram distintas, uma vez que houve a separação em 2 clusters (Pré x Pós). O PCA foi aplicado nestes momentos e uma
separação de 100% foi identificada (variância no PC1: 47%). Em seguida, um novo
PCA foi realizado separadamente na região de alto número de ondas e na região
de fingerprint. Somente o PCA na região de fingerprint foi capaz de separar, com 100% de acerto (Pré X Pós). Através da combinação da análise do Loading Plot e do Delta dos
espectros (PÓS-PRÉ) os picos 924, 1038, 1054, 1079, 1101, 1120, 1416, 1433,
1487, 1526, 1554, 1580 foram selecionados. Análise univariada
da área sobre a curva de cada pico confirmou a distinção deles entre os
momentos PRÉ e PÓS. Conclusão: As análises quimiométricas
aplicadas nos dados de espectroscopia vibracional foram capazes de distinguir o
momento pré x pós exercício de cada um dos atletas
pelo padrão de vibrações químicas presentes no plasma.
Palavras-chave: exercício físico; espectroscopia; quimiometria
Autor
correspondente: leal.leob@gmail.com
Influência
da música sobre o estado de humor em sessões de treinamento intervalado de alta
intensidade utilizando peso corporal
Rinaldo
de Andrade Allocca Filho1, Jonathan Jamir Gomes de Oliveira1, Paulo Vinicios Camuzi Zovico1,
Welmo Alcântara Barbosa1, Roberta Luksevicius Rica2, Danilo Sales Bocalini1
1Universidade Federal do Espírito Santo,
2Estácio de Sá
Introdução: O estado de humor é um fator
importante para a manutenção em programas de exercício físico, adicionalmente a
utilização de música em reduzir a percepção subjetiva de esforço, melhora no
humor e desempenho já está descrito na literatura, contudo, considerando o
treinamento intervalado de alta intensidade, os efeitos da música ainda
permanecem inconclusiva. Desta forma o objetivo do estudo foi avaliar a
influência da música em sessões de treinamento intervalado de alta intensidade
utilizando o peso corporal (HIIT-C) no estado de humor (ES) em universitários. Métodos:
Oito homens fisicamente saudáveis e independentes foram submetidos
aleatoriamente a três sessões de HIIT-C com influência de músicas que gosta
(MG), que não gosta (MnG) e sem música (SM). O
protocolo de HIIT utilizando o peso corporal consistiu em um aquecimento de 5
minutos seguido por blocos de cinco séries de 1:1 de 30” com recuperação
passiva e intensidade “all out” utilizando os
seguintes exercícios: polichinelo, burpee, escalador e
agachamento com salto. Foram analisados os seguintes parâmetros: área abaixo da
curva frequência cardíaca (FC), percepção subjetiva de esforço (PSE), percepção
subjetivo de recuperação (PSR) da sessão e ES através da escala de BRUMS. As
diferenças foram analisadas pela ANOVA-duas vias com
nível de significância de p < 0,05. Resultados: Não foram encontrados
diferença na FC (F = 0,86, p = 0,43), PSE (F= 0,43, p = 0,58) e PSR (F = 0,51;
p = 0,54) entre as sessões de exercício. Os parâmetros de depressão, raiva,
vigor e confusão mental não foram alterados após as sessões de HIIT-C
independentemente da utilização da música. A sensação de fadiga aumentou após
as sessões de HIIT-C (F = 15,79; p = 0,0054) na condição SM (Antes:2,25 ± 2,25,
Depois:6,00 ± 2,13), MnG (Antes:2,75 ± 1,58, Depois: 6,37
± 3,62) e MG (Antes :2,75 ± 2,12, Depois: 6,50 ± 3,58). Contudo, somente as
condições SM (Antes :2,12 ± 1,88, Depois: 0,62 ± 0,74) e MG (Antes: 1,87 ±
2,16, Depois: 0,25 ± 0,46) foram capazes de diminuir (p < 0,05) a sensação
de tensão após o exercício. Adicionalmente, tanto a condição SM (Antes:-1,37 ±
5,09, Depois: 2,87 ± 5,91) e MnG (Antes: -1,37 ±
3,39, Depois: 5,62 ± 9,51) foram capazes de aumentar (p < 0,05) o parâmetro
de distúrbio de humor, enquanto a MG não apresentou efeito significativo. Conclusão:
Embora todas as sessões de HIIT-C tenham apresentado similar resposta da FC,
PSE, PSR e na sensação de fadiga, as sessões MG e SM apresentaram menor tensão.
Palavras-chave: treinamento intervalado de alta
intensidade; treinamento com peso corporal; humor.
Autor
correspondente: rinaldoandradef@gmail.com
Apoio
acadêmico em fisiologia humana e do exercício: uma ação do Programa de Educação
Tutorial do curso de educação física
Brunella
Silva de Oliveira, Maurício Santos Oliveira
Universidade
Federal do Espírito Santo
Introdução: O texto se configura como um relato de
experiência do projeto “A Educação Física e suas relações com o conhecimento: o
PET no apoio no acadêmico”, o qual é organizado pelo Programa de Educação
Tutorial (PET) do curso de Educação Física (EF) do Centro de Educação Física e
Desportos (CEFD) da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Métodos:
No decorrer do ano acadêmico de 2020, após a análise de dados obtidos junto à Pró-reitoria de Graduação da UFES, referentes aos índices
de reprovação em disciplinas de graduação, o PET-EF criou ambientes virtuais de
apoio acadêmico para as disciplinas com maiores índices de retenção do CEFD,
dentre elas: Fisiologia Humana e do Exercício. Nesse sentido, o objetivo desse
projeto do PET-EF consiste na promoção do sucesso acadêmico e, por conseguinte,
corroborar a diminuição dos índices de retenção, de desligamento e de evasão
nos cursos de licenciatura e de bacharelado em Educação Física. Para cumprir
com esses objetivos, elaboramos um grupo de estudos no Ambiente Virtual de
Aprendizagem (AVA), no qual foram disponibilizados artigos, capítulos de
livros, exercícios, mapas conceituais, videoaulas e um espaço para tirar
dúvidas com os bolsistas do PET responsáveis por essa ação. Compete mencionar
que o material compreende os seguintes conteúdos da
Fisiologia: bioenergética, metabolismo endócrino, sistema neuromuscular,
sistema cardiovascular no exercício e sistema respiratório no exercício.
Salientamos que essa atividade foi desenvolvida em parceria com os docentes
responsáveis pelas disciplinas de Fisiologia Humana e do Exercício, os quais
disponibilizaram os Planos de Ensino para a melhor estruturação de todo o
ambiente virtual. Isso permitiu que o projeto contemplasse de forma efetiva os
conteúdos relacionados àqueles ministrados em sala de aula. Resultados:
Como resultados, esperamos apoiar a diminuição do número de alunos em prova
final ou retidos nas disciplinas de Fisiologia Humana e do Exercício. Conclusão:
Ademais, ponderamos que as ações desse projeto aprofundam e catalisam o
conhecimento nessa área de estudo da Educação Física favorecendo uma formação
ampliada.
Palavras-chave: apoio acadêmico; fisiologia humana;
programa de educação tutorial
Autor
correspondente: brunella.oliveira@hotmail.com
Correlação
das respostas de frequência cardíaca, consumo de oxigênio e lactato sanguíneo
na mensuração do esforço em corredores: uma revisão sistemática
Rafael
Araujo Pereira1, Luiz Felipe Machado Pinto2
1Universidade Federal do Rio de Janeiro
2Universidade Federal Fluminense
Introdução: Na busca pela melhoria do
condicionamento físico, indivíduos de diferentes idades buscam alternativas
simples e de baixo custo para ingressar em um estilo de vida mais ativo.
Atendendo a esta demanda, às corridas de rua tem se tornado muito populares
entre este público. O objetivo do presente estudo é apresentar a relação de
linearidade entre frequência cardíaca, consumo de oxigênio e lactato, quanto ao
monitoramento da intensidade do esforço, encontrada em diferentes publicações
relacionadas a corredores. Metodologia: Realizou-se a revisão
sistemática recorrendo às bases de dados digitais Pubmed/Medline
e Google Scholar. Estudos originais compreendidos no período de 01/01/2009 à 31/12/2019, publicados em língua inglesa, palavras-chave
(lactato, exercício físico, corredores de maratona, ácido lático, metabolismo
anaeróbio e consumo de oxigênio) e suas combinações como parte do título e que
seus resumos apresentassem a relação de linearidade entre FC e um ou ambos
mensuradores supracitados. Participantes com idade compreendida entre 18 e 50
anos (adultos), classificados nas publicações como “treinados”, ou experientes
em corrida de rua. Critérios de exclusão: estudos relacionados a lesões em
corredores, adaptações psicológicas, aspectos biomecânicos, comportamentais,
artigos de revisão e metanálises. Resultados:
Os estudos apresentados somaram-se 196 voluntários. Idade média de 38,86 ± 4,09
anos, sendo 137 do sexo masculino e 59 do sexo feminino. Dos 7 estudos
apresentados: 2 utilizaram FC e lactato, 2 utilizaram FC e VO2, 3
utilizaram FC, lactato e VO2. Todos os estudos citados demonstraram
linearidade entre as variáveis FC, lactato e VO2. A PSE demonstrou
também linearidade na progressão do esforço a FC, se mostrando mais um
mensurador fidedigno de intensidade do esforço em corredores. Conclusão:
A FC demonstrou ser um mensurador fidedigno de esforço em corredores, quando
comparado ao consumo de oxigênio e medidas sanguíneas através de lactato,
apresentando-se como uma alternativa de baixo custo e fácil utilização por
treinadores e atletas em situações de campo.
Palavras-chave: corredores; frequência cardíaca;
lactato
Autor
correspondente: rafaelaraujo.p@hotmail.com
Dano
muscular induzido pelo exercício em sessões de treinamento intervalado de alta
intensidade: revisão sistemática
Paulo
Vinicios Camuzi Zovico1,
Roberta Luksevicius Rica2, Welmo Alcântara Barbosa1, Valério Garrone Barauna1, Danilo Sales Bocalini1
1Universidade Federal do Espírito Santo
2Estácio de Sá
Introdução: O treinamento intervalado de alta
intensidade (HIIT) nos últimos anos ganhou popularidade sendo considerado
tendência fitness pelo American College of Sport Medicine. Entretanto, a alta intensidade
imposta do HIIT, o estresse mecânico e metabólico gerado durante sessão, podem
levar a ocorrência do dano muscular induzido pelo exercício. Compreender tais
eventos podem contribuir na elaboração de estratégias para que programas de
treinamentos possam ser menos danosos com a sua prática. Nesta perspectiva o
objetivo deste estudo foi descrever, por meio de uma revisão sistemática, os
efeitos de uma sessão de HIIT sobre o dano muscular induzido pelo exercício,
bem como, as configurações dos protocolos e os métodos de avaliações
utilizados. Métodos: Trinta e dois manuscritos foram selecionados nas
bases de dados Medline/PubMed. Após a análise de
acordo com os critérios de inclusão (palavra-chave no título e no resumo,
protocolo de intervenção agudo, sujeitos saudáveis, artigos em inglês, espanhol
e português e data de publicação entre janeiro de 2010 a dezembro de 2020) 9
estudos foram utilizados para a análise. Resultados: A amostra dos
estudos selecionados foi de 164 participantes, 73,78% do sexo masculino, 7,93%
do sexo feminino e 18,29% não informados. A variação de idade foi de 20.1 ± 2 a
31 ± 7.1 anos. Os protocolos de HIIT variavam de corridas utilizando (44,5%) ou
não ergômetros (11,1%), natação (11,1%), sprints (11,1%), exercícios
específicos do jiu jitsu (11,1%) e de CrossFit (22,2%). A intensidade variou entre 80% (V 30-15 Intermittent Fitness) a “all
out”. Os marcadores mais utilizados para avaliar o dano muscular foram:
creatina quinase (100%) e mioglobina (44,4%), lactato desidrogenase (33,3%),
aspartato aminotransferase (22,2%), alanina aminotransferase (22,2%), salto
contra movimento (22,2%) e percepção de dor (22,2%). A contração voluntária
máxima e teste de prancha foram utilizados em apenas 1 estudo. O tempo para
avaliação do dano muscular variou entre imediatamente pós exercício (88,9%), 24
horas (55,6%) e 7 dias (11,1%). Conclusão: A prática de HIIT é capaz de
promover alterações nos marcadores de dano muscular induzido pelo exercício
avaliados tendo a creatina quinase e mioglobina como marcadores mais frequentes
independentemente da variação dos protocolos utilizados nas sessões de
exercício.
Palavras-chave: treinamento intervalado de alta
intensidade; dano muscular; marcadores
Autor
correspondente: vinicios_cz@hotmail.com
Efeito
da suplementação de bicarbonato de sódio no desempenho e dano muscular: um
estudo duplo-cego, cruzado e randomizado
Carine
Leite1, Rafael Battazza2, Marcelo Kalytczak2,
Marco Aurélio Lamolha3, Roberta Luksevicius
Rica4, Fabiano Politti2, Danilo Sales Bocalini1
1Universidade Federal do Espírito Santo,
2Universidade Nove de Julho,
3Universidade São Judas,
4Estácio de Sá
Introdução: A acidose intramuscular decorrente do
acúmulo de íons H+ em exercícios de alta intensidade é apontada como um fator
importante para o processo da fadiga muscular, dessa forma, a suplementação de
bicarbonato de sódio (NaHCO3) vem sendo considerada capaz de
aumentar a capacidade de tamponamento extracelular, refletindo em diminuição da
acidose intramuscular e aumento do desempenho físico. Sendo assim, o objetivo
do presente estudo foi investigar os efeitos da suplementação de NaHCO3
em parâmetros mecânicos, bioquímicos e psicofisiológicos de indivíduos
treinados submetidos a protocolo de fadiga no dinamômetro isocinético. Métodos:
Dez indivíduos treinados em força foram avaliados em duas ocasiões: após
ingestão de 0.3 g kg-1 de massa corporal de NaHCO3 ou
placebo. Testes de contração isométrica voluntária máxima (CIVM) foram
realizados antes e após protocolo dinâmico de indução à fadiga que consistiu
em10 séries de 10 movimentos de extensão (fase concêntrica) e de flexão (fase
excêntrica) unilateral dos extensores do joelho a 120º s-1 e
intervalo de 60 segundos entre séries. Os seguintes parâmetros foram avaliados
antes e ao alongo do protocolo: pico de torque (PT), concentrações sanguíneas
de pH, lactato [La-], creatina quinase (CK-24 horas) e parâmetros
psicofisiológicos. As diferenças foram analisadas pelo teste t de student ou ANOVA quando apropriado, com nível de
significância de p<0.05. Resultados: A suplementação de NaHCO3
elevou (p < 0,05) as concentrações sanguíneas de pH antes do início do
exercício, e resultou em maiores (p < 0,05) [La-] sanguíneas nas
séries finais do protocolo dinâmico comparado ao placebo. Embora significativa
redução no PT tenha ocorrido tanto na força isométrica (NaHCO3: -20,5
± 4.1, Placebo:-17,9 ± 3,0; %) quanto na força isocinética (NaHCO3: -23,0 ±
13,9, Placebo: -19,6 ± 9,1; %), não houve efeito da suplementação no desempenho
do exercício (p > 0,05). Não foram observadas diferenças significativas (p >
0,05) na percepção subjetiva de esforço, dor e recuperação, entre as condições
NaHCO3 e placebo para qualquer momento avaliado, assim como na carga
interna da sessão (NaHCO3: 480 ± 199, Placebo: 630 ± 189; U.A) e no dano
muscular. Conclusão: A suplementação de NaHCO3 melhorou o controle
do equilíbrio ácido-base antes do exercício, entretanto não atribuiu benefícios
adicionais no desempenho ou nos parâmetros relacionados a carga interna do
exercício.
Palavras-chave: NaHCO3; tamponamento;
rendimento físico.
Apoio
financeiro: CAPES
Autor
correspondente: rafaelbattazza@hotmail.com
Efeitos
de calendários congestionados e níveis de participação em partidas sobre a
carga interna e externa em jogadores profissionais de futebol
Gabriel
Garcia1, Luiz Guilherme Gonçalves2, Filipe Manuel
Clemente3, Fábio Yuzo Nakamura4,
Bruno Luiz de Souza Bedo5, Angelo Melim Azevedo1, Mauro Guerra Junior1, Rodrigo
Aquino1
1Universidade Federal do Espírito Santo
2Botafogo
Football Club S/A
3Instituto Politécnico de Viana do
Castelo
4Universidade Federal da Paraíba
5Universidade de São Paulo
Introdução: As partidas de futebol acumuladas ao
longo de um curto período potencialmente resultam em fadiga residual e baixo
desempenho. O cronograma congestionado pode diminuir a rigidez muscular e
aumentar o estresse físico/fisiológico. Poucos estudos exploraram a carga de
treinamento durante semanas congestionadas considerando os níveis de
participação nas partidas. O objetivo deste estudo foi verificar os efeitos de
calendários congestionados e níveis de participação em jogos sobre os índices
de carga interna e externa de jogadores profissionais de futebol. Métodos:
A amostra foi composta por 29 jogadores do sexo masculino. A carga de
treinamento baseada no esforço percebido (interna: escala CR-10; sRPE; monotonia; strain) e
medidas obtidas pelo sistema de posicionamento global e acelerômetros (externa)
foram monitoradas diariamente ao longo de 119 sessões de treinamento e 33
partidas. As semanas foram classificadas como congestionadas (duas ou mais
partidas em 7 dias) e regulares (uma partida em 7 dias). Os jogadores foram
divididos com base no nível de participação nos jogos: G1 (≥ 60 minutos);
G2 (< 60 minutos); G3 (não participaram da partida). Os testes de Kolmogorov-Smirnov e Levene foram
usados para verificar a normalidade e homogeneidade da variância,
respectivamente. Um modelo linear geral multivariado foi usado para verificar
os efeitos independentes e interativos dos fatores do calendário e dos níveis
de participação nos jogos sobre as medidas de carga interna e externa. A
magnitude das diferenças foi testada usando o tamanho de efeito padronizado de
Cohen (d). Resultados: Independentemente dos níveis de participação nos
jogos, as semanas regulares apresentaram maiores índices de monotonia e strain para medidas de carga interna/externa em comparação
às semanas congestionadas (p < 0,001; effect size [ES] = 0,32-1,89, pequeno-grande). O G1 apresentou os
maiores valores para a maioria dos índices de carga de treinamento nas semanas
regulares e congestionadas (p < 0,001-0,004; effect
size [ES] = 0,36-2,11, moderado-grande), com exceção
dos índices de monotonia que G2 apresentou valores maiores que G1 e G3
(p<0,001-0,005; effect size
[ES] = 0,58-1,34, moderado-grande). Conclusão: Os treinadores devem
planejar as "doses" de treinamento para reduzir as disparidades entre
as semanas (regular vs. congestionada) e níveis de participação nas partidas,
evitando spikes de carga.
Apoio
financeiro: Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (FAPES;
número de concessão: 2020/29098-0)
Palavras-chave: calendário congestionado; controle de
carga; futebol
Autor
correspondente: gabrielrod.garcia@gmail.com
Influência
da música em parâmetros da carga de treinamento em sessões de treinamento
intervalado de alta intensidade utilizando peso corporal
Jonathan
Jamir Gomes de Oliveira1, Rinaldo de
Andrade Allocca Filho1, Paulo Vinicios Camuzi Zovico1,
Welmo Alcântara Barbosa1, Roberta Luksevicius Rica2, Danilo Sales Bocalini1
1Universidade Federal do Espírito Santo
2Estácio de Sá
Introdução: A utilização da música em sessões de
exercício é considerada uma estratégia interessante por facilitar através da
motivação melhora do desempenho físico. Contudo, considerando sessões de
treinamento intervalado de alta intensidade a literatura ainda permanece
inconclusiva a respeito desta estratégia sobretudo em parâmetros da carga
interna de treinamento. Desta forma, o objetivo do estudo foi avaliar a
influência da música em sessões de treinamento intervalado de alta intensidade
utilizando o peso corporal (HIIT-C) em parâmetros de carga interna de
treinamento. Métodos: Oito homens fisicamente saudáveis e independentes
foram submetidos aleatoriamente a três sessões de HIIT-C com influência de
músicas que gosta (MG), que não gosta (MnG) e sem
música (SM). O protocolo de HIIT utilizando o peso corporal consistiu em um
aquecimento de 5 minutos seguido por quatro blocos de cinco séries de 30” de
estímulo e 30” de recuperação passiva com intensidade “all
out” utilizando os seguintes exercícios: polichinelo, burpee,
escalador e agachamento com salto. Foram analisados os seguintes parâmetros:
frequência cardíaca (FC), lactato (La), número de movimentos (NM) e percepção
de prazer (PP). As diferenças foram analisadas pela ANOVA- duas vias com nível
de significância de p < 0,05. Resultados: Embora tenha sido
encontrado aumento (p < 0,05) após a realização da sessão de HIIT-C não foi
encontrado diferenças entre a FC absoluta (F = 0,22; p = 0,72) e relativa (F =
0,39; p = 0,62), no La (F = 0,32; p = 0,73) entre as sessões. A condição MnG (614,20 ± 74,70) promoveu menor (F = 18,83; p = 0,01)
NM comparados as condições SM (672,70 ± 60,99) e MG (719,80 ± 51,96) que também
diferiram entre si. Entretanto, considerando a PP o efeito da música foi
encontrado entre os protocolos (F = 26,07; p = 0,0001) indicando que a sessão
MG (antes: 1,50 ± 1,22, depois: 3,5 ± 0,83) promoveu aumento do prazer,
diferentemente da sessão MnG (antes: 1,16 ± 0,98
depois: -2,33 ± 1,03) que proporcionou desprazer e a SM (antes: 1,33 ± 1,21
depois: 0,50 ± 1,64) que não promoveu modificação. Conclusão: Sessões de
HIIT-C que utilizam MG apresentaram maior NM e PP positiva quando comparado a
sessões com MnG e SM sem promover alterações em
parâmetros de carga interna de treinamento.
Palavras-chave: treinamento intervalado de alta
intensidade; treinamento com peso corporal; Música
Autor
correspondente: jonatahan.oliveira@edu.ufes.br
Eixo:
Fisiologia do Exercício e Saúde
A
realização de exercícios com diferentes cadências em aparelhos da academia da
terceira idade promove alterações em parâmetros de carga de treinamento de
idosos?
Welmo
Alcântara Barbosa1, Paulo Vinicios Camuzi Zovico1, Carlos Henrique Oliveira Reis1,
Ana Paula Lima Leopoldo1, Roberta Luksevicius
Rica2, Danilo Sales Bocalini1
1Universidade Federal do Espírito Santo
2Faculdade Estácio de Sá
Introdução: Embora a efetividade das academias da
terceira idade (ATIs) esteja consolidada em promover
facilitações de comportamento ativo, o programa ainda permanece carente de
informações de alterações em parâmetros de carga de treinamento de idosos
utilizando aparelhos das ATIs. Métodos: 15
idosos fisicamente independentes participaram voluntariamente do estudo. Foram
realizadas três sessões de exercícios com duração de 30 minutos distribuídas
aleatoriamente em diferentes cadências. A cadência foi determinada pela
quantidade de movimentos/repetições completos (ação muscular concêntrica e
excêntrica) em um determinado tempo. Assim foram utilizadas três cadências:
baixa (B: 1 movimento a cada 4 segundos), média (M: 1 movimento a cada 2
segundos) e alta (A: 1 movimentos a cada 1 segundo) com 30" de estímulo e
30" de recuperação utilizando os seguintes aparelhos: elíptico, remador,
surf e leg press. Foram
avaliadas a frequência cardíaca (FC), percepções de esforço (PSE), prazer (PP)
e recuperação (PR), número de movimentos (NM) e a carga se treinamento (CT)
antes e imediatamente após as sessões. A diferença entre os parâmetros foi
analisada pela análise de variância e teste t com nível de significância p <
0,05. Resultados: Foi encontrado diferenças (p < 0,0001) na
frequência cardíaca absoluta das sessões entre a cadência (B: 107 ± 12 < M:
130 ± 9 < A: 149 ± 5; bpm). Resultados semelhantes
foram encontrados na frequência cardíaca relativa (F(2,
18 )= 49,49; p < 0,0001) os valores da cadência B (60 ± 9 %) foram
inferiores a M (75 ± 3 %) e A (91 ± 3 %) que também diferiram entre si.
Diferenças significativas (p < 0,01) na área abaixo da curva da PSE (B:75 ±
26, M:115 ± 16, A:154 ± 4) e PR (B:173 ± 16, M:139 ± 12, A:97 ± 6; UA) foram
identificadas entre as cadencias. Diferenças estatísticas (p < 0,01) foram
encontradas no NM (B:435 ± 13 < M:883 ± 191 < A:1726 ± 53), na PSE após
30 min da sessão (B:4,2 ± 0,7 < M:5,7 ± 0,7 < A:7,4 ± 0,5) e na CT (B:5038 ± 592 < M:1863 ± 317 < A:12820 ± 955; ua). Em relação a PP a cadência M (-4,29 ± 0,38%)
proporcionou menor (p<0,01) redução comparado as cadências B (-21,43 ±
0,49%) e A (-48,81 ± 0,90%) que diferiram entre si. Conclusão: A
realização de diferentes cadências induziu diferentes respostas em indicadores
de carga de treinamento proporcionalmente à sua velocidade de execução de
idosos submetidos a sessão de exercícios em ATIS. Entretanto, a cadência
moderada proporcionou elevação da FC com valores considerados seguros para
realização de exercício.
Palavras-chave: idosas, cadência; ATI; exercício
físico
Apoio
financeiro: CAPES
Autor
correspondente: welmoalcantara@hotmail.com
Atividades
em corredores de rua durante o período de isolamento social
Helder
Lobo, Marcio Doro, Carlos Alexandre Falconi, Aide Angélica de
Oliveira Nessi, Érico Chagas Caperuto,
Daniel Leite Portella
Universidade
São Judas Tadeu
Introdução: A rápida e incontrolável disseminação
do Sars-Cov-2 pelo mundo fez com que, o Diretor-Geral da OMS caracterizasse a
situação como pandemia em março/20. Neste período de reclusão domiciliar a
população em geral tende a adotar uma rotina sedentária, o que favorece um
aumento no ganho de peso corporal e o surgimento de comorbidades associadas a
maior risco cardiovascular, como obesidade, bem como transtornos psicossociais
como ansiedade e depressão. Nosso estudo investigou se praticantes de corrida
de rua mantiveram, reduziram ou pararam suas rotinas de treinamento durante a
pandemia. Métodos: Durante a semana, no auge do isolamento social no
Brasil entre 22 e 29 de maio de 2020, foram avaliados 114 indivíduos com idade
48,51 ± 12,01 praticantes de corrida de rua. Todos responderam um questionário
elaborado pelos autores do estudo, sobre a quantidade em minutos destinados ao
treinamento de corrida de rua antes e depois do início da pandemia. Resultados:
Com base nos tempos colhidos, os participantes foram classificados de acordo
com o tempo de atividade física antes do período pandêmico selecionado, em
Fisicamente ativo (> 150 min/sem) n. 50, (43,86%). Insuficientemente ativo A
(90 min/sem) n. 19, (19,67%). E insuficientemente ativo B (> 90min < 150
min/ sem) n. 24 (21,05%). Após a classificação, foram verificadas as mudanças
em relação ao tempo fisicamente ativo no período selecionado. Dos 114
participantes (n) 93 participantes (81,58%) dos grupos fisicamente ativo e
insuficiente ativo B, permaneceram ativos durante o pico avaliado, realizando
(90 minutos/sem ou mais). Um total de (n) 21 participantes dos grupos
Insuficientemente ativo A e insuficientemente ativo B, pararam (18,42%). Conclusão:
Embora 81,58% mantiveram alguma atividade física, podemos observar uma
alteração importante nas classificações insuficientemente ativo A e B, o número
de praticantes classificados como fisicamente ativo não teve alterações
significativas, o que nos leva a acreditar que praticantes de corrida de rua
que mantinha o mínimo recomendado pelo American College
of Sport Medicine antes do isolamento social
encontraram alguma forma de manter-se ativo durante a pandemia.
Palavras-chave: corrida de rua, COVID-19, isolamento
social
Autor
correspondente: eldermacedo-alves@outlook.com
Avaliação
do status funcional mecânico miocárdico em ratos com cardiomiopatia cirrótica
induzida por tioacetamida
Gustavo
Augusto Ferreira Mota1, Sérgio Luiz Borges de Souza1,
Cristina Schmitt Gregolin1, Milena Nascimento2, Dijon
Henrique Salomé de Campos1, Silmeia Garzia Zanati Bazan1, Antonio Carlos Cicogna1, André Ferreira do
Nascimento2
1Universidade Estadual Paulista “Júlio de
Mesquita Filho” - Campus Botucatu
2Universidade Federal de Mato Grosso
Introdução: Cirrose é estágio último de doenças hepáticas
crônicas; nas últimas décadas outros sistemas têm sido notados como alvos da
injúria hepática severa. No coração, essa condição é denominada cardiomiopatia
cirrótica (CMC). Em estudo prévio, descrevemos que o treinamento físico (TF)
atenuou o impacto da cirrose sobre a função cardíaca avaliada por
ecocardiograma, mas o comportamento do músculo cardíaco na ausência de fatores
externos não foi avaliado. O objetivo desse estudo foi investigar se o
benefício do TF sobre a função cardíaca na CMC deriva de melhoria da
performance contrátil intrínseca do miocárdio. Métodos: A cirrose foi
induzida por tioacetamida (100 mg/kg, 2vezes/semana/8
semanas). Foram utilizados 45 ratos Wistar machos (60
dias, ~250 g), divididos em Controle, Tioacetamida
(TAA) e tioacetamida + TF (TAA+TF). TF: corrida em
esteira 1 hora/dia, 5 dias/semana/8 semanas. A função mecânica miocárdica foi
avaliada in vitro pela técnica do músculo papilar isolado (MPI) em contração
isométrica; foram consideradas: tensão desenvolvida (TD, g/mm2) e de repouso
(TR, g/mm2), velocidade máxima de variação da TD (+dT/dt, g/mm2/s) e de decréscimo da TD (-dT/dt, g/mm2/s), tempo
para atingir o pico de tensão (TPT, ms) e tempo para
decréscimo de 50% da TD corrigido pela TD (TR50/TD), ambas em condição basal
([Ca2+ 2,5 mM]). ANOVA. P < 0,05. Resultados:
Não foram observadas diferenças significativas nas variáveis relativas à
velocidade e capacidade de desenvolvimento de força (TPT e +dT/dt, e TD, respectivamente). Por outro lado, o grupo TAA
apresentou rigidez e lentificação do relaxamento miocárdico, conforme
visualizados pelo aumento da relação TR/TD e pelo maior valor de -dT/dt, respectivamente, na
comparação com Controle; no TAA+TF, entretanto, esse cenário não foi observado.
Esse resultado sugere que o TF atenua o prejuízo da CMC sobre a complacência
miocárdica. Conclusão: Na avaliação das funções do MPI em condição
basal, a CMC acarreta déficit mecânico miocárdico durante a fase de relaxamento
do músculo, mas não impacta as propriedades de desenvolvimento de força. O TF
preserva a complacência miocárdica na condição de CMC. Análises utilizando
manobras cronotrópicas e inotrópicas poderão evidenciar mais sensivelmente o
papel da CMC e do TF no status funcional miocárdico dos grupos estudados.
Palavras-chave: cardiomiopatia cirrótica; treinamento
físico; músculo papilar isolado
Autor
correspondente: gustavo.mota@unesp.br
Comparação
da força abdominal isométrica entre praticantes método Pilates e praticantes de
treinamento de força
Licelli
Amante Cardoso, Bárbara Carlin de Ramos do Espírito Santo, Fernanda Formighieri, Cíntia de la Rocha
Freitas
Universidade
Federal de Santa Catarina
Introdução: A Organização Mundial da Saúde
recomenda a realização de exercícios resistidos de duas a três vezes por semana
para os principais grupos musculares, sendo ressaltada a importância dos
abdominais. O Método Pilates (MP) tem sido apontado como um exercício físico
eficiente para o fortalecimento da região abdominal e consequentemente para a
melhoria do equilíbrio entre músculos agonistas e antagonistas e prevenção da
dor lombar crônica. De acordo com o método, com o centro do corpo bem
fortalecido e alongado, a integridade do funcionamento do corpo estaria
melhorada e a capacidade funcional durante as atividades da vida diária seriam
otimizadas. O objetivo deste estudo foi analisar a capacidade de produção de
força abdominal isométrica entre mulheres praticantes do MP com aparelhos e
praticantes de treinamento de força. Métodos: A amostra foi constituída
por 28 mulheres de 20 a 40 anos, sendo que 13 eram praticantes de Pilates (G1)
e 15 eram praticantes de treinamento de força (G2), há no mínimo 06 meses e com
a frequência de duas vezes semanais de prática. O teste utilizado para
verificar a força abdominal foi o teste abaixamento de perna estendida, que
verifica a sua força central, por meio do ângulo máximo de extensão do quadril
alcançado pelo participante. Resultados: O resultado do teste foi baseado em um
escore que varia de zero a cinco, sendo “cinco” o maior ângulo alcançado e
“zero” o menor ângulo. Sendo assim, quanto maior fosse o ângulo alcançado pela
participante, melhor seria a sua força abdominal (central). O resultado do
teste mostrou que a média obtida pelo grupo G1 foi de 146,4 ± 13,6 graus,
enquanto no G2 foi de 113,6 ± 8,9 graus. O teste t para amostras independentes
(α = 0,05) indicou que os resultados do teste abdominal do G1 foram
significativamente superiores aos do G2 (p = 0,000). Conclusão: Os dados
apontaram que as praticantes do MP com aparelhos apresentaram força abdominal
isométrica superior às praticantes de treinamento de força, sugerindo o MP como
um exercício eficiente para o fortalecimento desta musculatura tão relevante
para a boa postura e desempenho das atividades de vida diária.
Palavras-chave: método Pilates treinamento resistido
força abdominal
Autor
correspondente: licelli_cardoso@hotmail.com
Comparação
de diferentes modalidades de exercício físico sobre o Estado RedOx em programa de mudança do estilo de vida
Hugo
Kano1, Bruna Aguiar Mansano1, Felipe Sarzi2,
Fernando Cordeiro Pimentel3, Camila Renata Corrêa1,
Fabiane Valentini Francisqueti-Ferron1,
Roberto Carlos Burini1, Artur Junio Togneri Ferron4
1Universidade Estadual Paulista “Júlio de
Mesquita Filho” - Campus Botucatu
2Faculdades Integradas de Botucatu
3Hospital da Clínicas de Botucatu
HC/SARAD
4Universidade Paulista - UNIP
Introdução: O desequilíbrio do estado RedOx(ER)
tem sido apontado como principal pilar fisiopatológico das doenças crônicas
não-transmissíveis(DCNTs). O exercício físico (EF) é
recomendado como intervenção não-farmacológica no tratamento e prevenção das DCNTs, devido a sua competência em modular adaptações
fisiopatológicas, melhorando a capacidade antioxidante. No entanto, a diversidade
de modalidades de EF suscitam a dúvida sobre a eficiência destas na modulação
do ER e redução de DCNTs. O objetivo deste estudo foi
comparar as diferentes modalidades de EF na modulação do ER. Métodos: Foram avaliadas no ingresso(M0) e após 10 semanas(M1), 265 mulheres do MEV
"Mexa-Se Pró-Saúde"(2016-2019), conduzido pelo Centro de Metabolismo
em Exercício e Nutrição-UNESP/Botucatu. As participantes foram distribuídas nas
seguintes modalidades: hidroginástica(H), musculação(M), exercício combinado
(EC) e intervalado de alta intensidade (HIIT). A frequência mínima foi de
3x/semana. A sessão de H durou 60min. em piscina com temperatura 28-30°C. A
sessão de M foi composta por: 3x12 repetições; 70-80% 1RM com 10 min. de
alongamento no final. O EC consistiu de exercício
aeróbio [10min. aquecimento + 30 min. (70-80%VO2máx)] + 40 min. de M
(3x12 repetições; 70-80% 1RM), finalizando com 10 min. de alongamento. O HIIT
{10min. de aquecimento (70%FCmáx) + 4x4 min (90%FCmáx) + 3 min. de recuperação
ativa (70%FCmáx). Foram avaliados composição corporal e biomarcadores do ER: malondialdeído (MDA), razão pró-oxidativa glutationa
oxidada/glutationa reduzida (GSSG/GSH) e antioxidantes: glutationa total (GSHt). Os dados foram expressos em mediana e intervalo
interquartílico e comparados por ANOVA one way, p < 0,05. Resultados: No M0 não foram
observadas diferenças nos biomarcadores do ER entre as modalidades. No M1 houve
diminuição nas concentrações de MDA (H: 0,871 (0,114-1,430); M: 0.718 (0,339-0,994);
EC: 0,692 (0,067-1,162) e HIIT: 0,716 (0,230-1,042; p < 0,0001);GSSG/GSH (H:
0,101 (0,035-0,213); M: 0,091 (0,034-0,134); EC: 0.093 (0,029-0,125) e HIIT: 0,082
(0,030-0,125) p = 0,001) e GSHt (H: 6,336 (4,037-9,274);
M: 7,100 (6,076-10,905); EC: 7,380 (6,010-11,504) e HIIT: 7,960 (6,103-11,460;
p < 0,0001). Assim, M, EC e HIIT apresentaram maiores reduções de agentes
pró-oxidantes e aumento da capacidade antioxidante vs
H. Não havendo diferenças entre M, EC e HIIT. Conclusão: As modalidades
M, EC e HIIT foram eficazes na modulação do ER, apresentando-se como opção não
farmacológica no tratamento das DCNTs e garantindo
melhor qualidade de vida.
Palavras-chave: estado RedOx;
exercício físico; mudança do estilo de vida
Autor
correspondente: hugo.kano@yahoo.com.br
Comparação
entre exercício resistido de alta vs baixa carga
sobre o controle hemodinâmico em mulheres hipertensas na pós-menopausa
Anderson
Diogo de Souza Lino, Fábio Lera Orsatti, Markus
Vinicius Campos Souza
Universidade
Federal do Triângulo Mineiro
Introdução: Mulheres na pós-menopausa hipertensas
podem apresentam possíveis desequilíbrios no controle autonômico (simpático e
parassimpático) da variabilidade de frequência cardíaca (VFC). Uma única sessão
de exercício resistido (ER) pode ter impacto significativo no controle
autonômico. Contudo, é possível que diferentes intensidades podem promover
diferentes respostas na modulação cardíaca após uma sessão de ER. Objetivo:
Analisar se a intensidade do ER afeta as respostas da VFC e pressão arterial em
mulheres hipertensas na pós-menopausa. Métodos: Vinte voluntárias (~61
anos), hipertensas, na pós-menopausa, foram alocadas em 2 grupos experimentais
(n = 10): alta carga (AC) e baixa carga (BC), que realizaram 1 série de 8-12
repetições máximas e 1 série de 25-30 repetições máximas, respectivamente. A
pressão arterial média (PAM) foi calculada após a medida da pressão arterial
sistólica (PAS) e diastólica (PAS). Os índices da VFC foram obtidos pela
análise linear no domínio do tempo, da frequência e método não linear, durantes
10 min pré, pós ER e 60 min após ER, em repouso na
posição sentada. Foi utilizado o teste de Equações de Estimativas
Generalizadas. Resultados: Houve efeito do tempo, mas não interação com
intervenção, para os protocolos de ER, com aumento da PAS pós RE no grupo BC (P
= 0,015); diminuição após 60 min, comparado ao pré
para AC (P = 0,01) e BC P = 0,015); e pós para AC (P = 0,01) e BC (P = 0,015),
sem alteração na PAD, mas com diminuição da PAM após 60 min, comparado ao pré para AC (P = 0,01) e pós para AC (P = 0,01) e BC (P =
0,015). Também foi observado efeito do tempo sobre os índices da VFC, com
aumento da atividade simpática (P = 0,02) e retirada vagal pós RE (P = 0,003),
com diminuição da atividade simpática (P = 0,001) e ligeiro aumento da atividade
parassimpática após 60 min (P = 0,001) de ER, independente da carga. Conclusão:
A realização de ER de alta e baixa carga parece promover aumentos agudos da
atividade simpática, que podem estar relacionados ao estresse cardiovascular.
Por outro lado, após 60 min de recuperação após uma sessão de ER, ambos os
protocolos aumentaram a VFC pela modulação efetiva do controle autonômico, com
efeito hipotensor em mulheres hipertensas na pós-menopausa.
Palavras-chave: exercício resistido; variabilidade da
frequência cardíaca; hipertensão
Apoio
financeiro: CAPES (PNPD/PPGEF/UFTM) e FAPEMIG.
Autor
correspondente: adslino@gmail.com
Comportamento
da carga externa e interna no treinamento combinado em idosos com fatores de
risco cardiovascular
Mabel
Diesel, Isabel Heberle, Gabriel Juchem,
Daniel Lourenço, Janara Antunes de Moraes, Aline
Mendes Gerage, Rodrigo Sudatti
Delevatti
Universidade
Federal de Santa Catarina
Introdução: Pouco se sabe sobre o comportamento
das cargas de treinamento em idosos com fatores de risco cardiovascular. Assim,
o objetivo deste estudo foi analisar o comportamento de variáveis de carga
externa e interna de um programa de treinamento combinado em idosos com fatores
de risco cardiovascular. Métodos: Idosos de ambos os sexos com fatores
de risco cardiovascular, participantes do Programa de Reabilitação
Cardiorrespiratória (PROCOR), realizaram nove semanas de treinamento combinado
(aeróbio seguido de força), divididas em três mesociclos
(MES1, MES2, MES3) de três semanas cada. O MES1 constituiu-se de duas sessões
em intensidade moderada (MOD) e uma sessão em intensidade forte (FOR) por
semana, o MES2 de uma sessão MOD e duas FOR e o MES3 de três sessões FOR. As
sessões, realizadas em dias alternados, tiveram duração total de
aproximadamente 60 minutos. Em todas as sessões, foram coletados a percepção
subjetiva de esforço (Borg, 0 a 10), distância
percorrida durante o exercício aeróbio e número de repetições nos exercícios
agachamento e apoio. Teste t pareado e Anova-one-way, com post-hoc de Tukey, foram usados para análise dos dados (α = 0,05) Resultados:
Participaram do estudo 31 idosos (67,5 ± 5,53 anos). Observou-se aumento nas
repetições de agachamento (MES1: 39,28 ± 6,47; MES2: 43,63 ± 6,46; MES3: 48,21
± 6,96; p < 0,001) e apoio (MES1: 35,91 ± 6,09; MES2: 38,42 ± 6,33; MES3:
41,99 ± 6,41; p = 0,001) ao longo dos mesociclos, com
valores maiores nas sessões fortes em comparação às sessões moderadas
(Agachamento: 40,31 ± 6,95 vs. 47,23 ± 6,34; Apoio: 35,65 ± 5,72 vs. 41,51 ±
6,38; p < 0,001). Já a distância percorrida e a carga interna não foram
diferentes entre as sessões e permaneceram estáveis ao longo dos mesociclos. Maiores valores de carga externa foram
observados na última sessão forte comparada à primeira (Agachamento: 41,38 ±
6,25 vs. 47,56 ± 9,36; Apoio: 36,79 ± 7,13 vs. 41,29 ± 7,22; distância (m):
1940,91 ± 421,84 vs. 2119,09 ± 487,72; p < 0,05). Conclusão: O monitoramento
de carga pode ser uma alternativa na identificação do processo adaptativo e do
momento para progressão de cargas em idosos com fatores de risco
cardiovascular.
Palavras-chave: saúde cardiovascular; envelhecimento;
exercício
Autor
correspondente: mabeldis@yahoo.com.br
Concordância
entre Finometer e Firstbeat
sob os dados de variabilidade da frequência cardíaca
Lucas
Rangel Affonso de Miranda, Carlos Brendo Ferreira Reis, Igor Alves Mello,
Thales Couto Bergantini, Brunella
Silva de Oliveira, Rodrigo Ramos, Richard Diego Leite
Universidade
Federal do Espírito Santo
Introdução: A variabilidade da frequência cardíaca
(VFC) representa o comportamento autonômico. A análise da VFC é realizada a
partir dos intervalos R-R. Para coleta desses intervalos RR, podem ser utilizadas
diferentes ferramentas, como eletrocardiograma (ECG) ou monitores cardíacos.
Porém, o ECG fica restrito ao laboratório, enquanto o monitor cardíaco pode ser
utilizado em outros ambientes. Todavia, a precisão de alguns monitores
cardíacos ainda não foi testada. Nesse sentido, o objetivo do estudo foi
verificar a concordância do monitor em tempo real da Firstbeat
em relação à um ECG padrão ouro. Métodos: 7 voluntárias fisicamente
ativas foram recrutadas para realizar duas coletas dos intervalos RR em dois
dias com intervalo de 7 dias. Para coleta dos intervalos RR, foram utilizados o
ECG do Finometer e o monitor em tempo real da Firstbeat. Nos dias de coleta, após a chegada ao
laboratório, as participantes foram orientadas a permanecer em repouso por pelo
menos 10 minutos. Ao final do tempo de repouso, os iRR
foram gravados durante 10 minutos pelo ECG do Finometer
e pelo monitor em tempo real da Firstbeat. A análise
dos iRR foi feita utilizando o software Kubios HRV Standard. Onde foi feito o cálculo da média dos
intervalos em milissegundos. Após o cálculo das médias iRR,
foi feito teste de normalidade de Shapiro-Wilk. Devido à normalidade dos dados,
foi feito teste-t pareado, correlação de Pearson, Bland-Altman e teste de regressão linear utilizando o Excel
e o SPSS. Resultados: Entre os instrumentos utilizados, não houve
diferença significativa no teste T pareado em ambos os dias. No dia 1, foi
verificada correlação perfeita no teste de correlação de Pearson (coeficiente
de correlação = 1), já no dia 2, foi observada uma correlação muito forte
(coeficiente de correlação = 0,994). Não foi identificado um viés de proporção
no teste de Bland-Altman. Conclusão: O monitor
em tempo real da Firstbeat apresentou a medida de
intervalos RR precisa quando comparado ao padrão ouro. Com isso, o MTR pode ser
uma ferramenta para coleta dos iRR em repouso dentro
e fora dos laboratórios.
Palavras-chave: frequência cardíaca; variabilidade da
frequência cardíaca; monitor cardíaco
Autor
correspondente: rdleite@gmail.com
Correlação
de medidas funcionais de idosos realizadas em ambiente virtual e presencial
Klaudia
Mayra Mendes da Costa1, Welmo Alcântara
Barbosa1, Lesiane Gomes Dias1,
Carlos Henrique Oliveira Reis1, Roberta Luksevicius
Rica2, Natalia Madalena Rinaldi1, Luciano Francisco
Pontes Junior3, Danilo Sales Bocalini1
1Universidade Federal do Espírito Santo
2Escola de Artes Ciências e Humanidades
da Universidade de São Paulo
3Faculdade Estácio de Sá
Introdução: Em função da pandemia do COVID-19
inúmeras estratégias têm sido implementadas usado manutenção ou incentivo a prática
de atividade física em diferentes populações. Dentre estas práticas a atividade
realizada utilizando ambientes virtuais vem aumentando consideravelmente,
considerando que para o monitoramento de um programa de exercício é fundamental
a realização de avaliações funcionais. Objetivo: o objetivo deste estudo foi
correlacionar as medidas de testes funcionais de idosos realizados em ambiente
virtual e presencial de idosas. Métodos: idosos (N48) fisicamente
independentes foram submetidas a avaliação funcional proposta pela bateria de
testes GDLAM em duas situações virtual ou presencial distribuídas
aleatoriamente. Amas as avaliações acorreram de acordo com as recomendações de
forma similar, sendo realizado pelo mesmo investigador. Para a realização
virtual, foi utilizador um microcomputador sendo os testes realizados na mesma
hora, e com as mesmas s condições ambientais. Os seguintes testes foram
utilizados, caminhar 10 metros (10m), levantar da
cadeira da posição sentada (LPS), levantar da posição pronada
(LPP), levantar da cadeira e caminhar (LDC) e o índice de GDLAM. As diferenças
foram analisadas elo teste T, a correlação de Person e Bland-Altman
para confiabilidade entre as medidas com p < 0,05. Resultados: Não
foram encontradas diferenças em p < 0,05 entre os testes nas condições V e P.
Correlações positivas foram encontradas entre condições P e V para os testes
C10m (R: 0,94; 95% CI: 0,89-0,96; p < 0,001), LPS (R: 0,92; 98% IC 0,86-95;
p < 0,001) LPP (R: 0,97; 95% CI: 0,96; 95-98; p < 0,001), LDC (R: 0,98;
95% IC 0,97-0,99, p < 0,001), Índice GDLAM (R: 0,98; 96% IC: 0,97-0,99; p
< 0,001). Considerando o Bland-Altman valores
corresponde ao C10m (0,14 ± 0,77), LPS (0,12 ± 105) LPP (0,13 ± 0,65), LDC (-0,07
± 1,57), índice de GDLAM (0,27 ± 0,99). Conclusão: os testes utilizados
na ateria de testes GDLAM não diferem entre as condições V e P, além de
apresentarem significante correlação e confiabilidade entre as condições P e V.
Palavras-chave: idosas, pandemia; avaliação funcional;
funcionalidade
Autor
correspondente: welmoalcantara@hotmail.com
Desempenho
de mulheres idosas com e sem dorsiflexão limitada em testes funcionais e de
equilíbrio
Lindicy
Vazzi, Marcio Rogério de Oliveira, Luiz Otávio Davanso, Alex Silva Ribeiro, Guilherme Henrique Benassi, Isadora Irmer Alves,
Giovana Ponce de Miranda
Universidade
Norte do Paraná (UNOPAR)
Introdução: O equilíbrio postural sofre alterações
fisiológicas por conta da idade, diminuindo a mobilidade articular e a
capacidade de se equilibrar na posição ortostática e/ou em um movimento
dinâmico. A redução do movimento articular tem impacto negativo no membro
inferior e na função da marcha, prejudicando a região do tornozelo, tornando-se
necessário, para restaurar o equilíbrio postural do corpo utilizar diferentes
estratégias sendo uma das mais praticada a reabilitação de tornozelo. É
necessário, avaliar o movimento articular do tornozelo e identificar seu
impacto no equilíbrio postural, principalmente com medidas diretas e
quantitativas. Avaliar o equilíbrio postural em idosos e as variáveis que podem
influenciar essa habilidade é essencial para diagnósticos clínicos mais
detalhados na área de gerontologia e reabilitação. O objetivo do presente
estudo foi comparar o desempenho de mulheres idosas com e sem dorsiflexão
limitada em testes funcionais e de equilíbrio. Métodos: Um total de 54
mulheres idosas foram divididas em dois grupos: 1) grupo com dorsiflexão
limitada (n = 27, 68 ± 5 anos; dorsiflexão: 27 ± 3 graus) e 2) grupo sem
dorsiflexão limitada (n = 27, 68 ± 6 anos; dorsiflexão: 36 ± 4 graus). Todas
realizaram o teste de dorsiflexão para avaliar a mobilidade de tornozelo, o
teste de alcance funcional e os testes de equilíbrio (bipodal
e unipodal) com os olhos abertos sobre uma plataforma
de força. Resultados: Os resultados mostraram diferenças significativas
entre os grupos: dorsiflexão (27 ± 3 vs. 36 ± 4 graus, P < 0,001), teste de
alcance funcional (26 ± 7 vs. 32 ± 5 cm, P = 0,004), e na área do centro de
pressão durante os testes de equilíbrio (1,67 ± 0,72 vs. 1,26 ± 0,52 cm2
durante o teste bipodal e 12 ± 3 vs. 10 ± 2 cm2
durante o teste unipodal, P < 0,03). Conclusão:
Mulheres idosas com dorsiflexão limitada apresentaram pior desempenho nos
testes funcionais e de equilíbrio. Esses achados indicam que avaliar a
dorsiflexão é importante em mulheres idosas com problemas de equilíbrio.
Palavras-chave: dorsiflexão limitada; reabilitação do
tornozelo; equilíbrio postural
Autor
correspondente: lindicykarla@hotmail.com
Efeito
da suplementação do picolinato de cromo e do
treinamento resistido sobre a morfologia esquelética de ratos obesos
Daniel
Sesana da Silva, Wagner Muller Estevam, Ana Paula
Lima-Leopoldo, Lucas Furtado Domingos, Jóctan
Pimentel Cordeiro, André Soares Leopoldo
Universidade
Federal do Espírito Santo
Introdução: Estudos mostram que o aumento da
gordura visceral acarreta redução tecidual do músculo esquelético, podendo
potencializar os distúrbios metabólicos. O picolinato
de cromo (PiCr) e o treinamento resistido (TR) têm
sido utilizados com a finalidade de promover diminuição da gordura corporal e
aumento de massa muscular, porém há escassez de resultados consistentes. Objetivo:
Avaliar a influência do TR e suplementação PiCr sobre
a morfologia do músculo esquelético de ratos obesos. Métodos: Ratos Wistar foram randomizados em dois grupos: controle (C;
dieta padrão) e obeso (Ob; dieta hiperlipídica).
O protocolo experimental consistiu em um período total de 22 semanas, sendo
dividido em três momentos: indução (7 semanas) e exposição à obesidade (7
semanas) e protocolo de TR e/ou suplementação com PiCr
(8 semanas). Após a exposição à obesidade, os animais Ob
foram redistribuídos quanto à suplementação de PiCr (ObPiCr), TR (ObTR) e associação
desses fatores (ObPiCrTR). A obesidade foi definida
pelo índice de adiposidade e a análise morfológica pela mensuração das áreas
seccionais transversas dos músculos gastrocnêmio e
bíceps. O protocolo do estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética no Uso de
Animais de Experimentação Científica (CEUA) da Universidade Federal do Espírito
Santo sob protocolo 25/2017. Resultados: O grupo Ob
apresentou elevação do peso corporal final, ganho de peso, ingestão calórica e
eficiência alimentar em relação ao C. Após a redistribuição dos grupos, não
houve diferença significativa no peso corporal e índice de adiposidade entre os
grupos após 8 semanas de tratamento. Os grupos ObTR e
ObPiCrTR apresentaram maiores valores de força
relativa, absoluta e delta de força quando comparado aos grupos Ob e ObPiCr, respectivamente. Os
resultados mostram que não houve diferença significativa para ASC dos músculos gastrocnêmio e bíceps para os grupos Ob,
ObPiCr, ObTR e ObPiCrTR. Conclusão: O protocolo de treinamento
resistido utilizado foi capaz de aumentar a força dos animais na condição de
obesidade sem modificar a composição corporal e/ou promover hipertrofia do
músculo esquelético. Além disso, o TR associado à suplementação do PiCr, não se apresentou como ferramenta eficiente para a
modificação da composição corporal e massa muscular de ratos obesos.
Palavras-chave: obesidade; picolinato
de cromo treinamento de força
Autor
correspondente: andresoaresleopoldo@gmail.com
Efeito
do programa de mudança do estilo de vida na evolução da doença hepática
gordurosa não-alcoólica em mulheres
Hugo
Kano1, Bruna Aguiar Mansano1, Felipe Sarzi2,
Artur Junio Togneri Ferron1,
Fabian Valentini Francisqueti-Ferron1,
Fernando Moreto1, Camila Renata Corrêa1, Roberto Carlos
Burini1
1Universidade Estadual Paulista “Júlio de
Mesquita Filho” - Campus Botucatu
2UNIFAC - Faculdades Integradas de
Botucatu
Introdução: A Doença Hepática Gordurosa Não-Alcoólica (DHGNA) está intimamente ligada a hábitos
comportamentais (sedentarismo e inadequação alimentar). É a doença hepática
mais frequente no ocidente (32%), no qual o depósito de gordura hepático
culmina em desfechos patológicos, prejudicando o metabolismo hepático e
aumentando o risco de doenças cardiovasculares (DCVs).
Agentes lipotrópicos hepáticos são essenciais na
evolução da DHGNA, como colina, betaína e N-óxido-trimetilamina (TMAO). A biodisponibilidade desses agentes
regula o acúmulo de gordura no fígado e a lipidemia.
Nesse sentido, o exercício físico apresenta-se como estratégia não
farmacológica para o tratamento da DHGNA. Portanto, o objetivo foi verificar o
efeito de 10 semanas do programa de mudança do estilo de vida (MEV) na evolução
da DHGNA. Métodos: foram avaliadas 116 mulheres com DHGNA, participantes do MEV
"Mexa-Se Pró-Saúde" (2016-2019), conduzido pelo Centro de Metabolismo
em Exercício e Nutrição - UNESP/Botucatu. O diagnóstico de DHGNA foi de acordo
com o Índice de Gordura Hepática (IGH) que utiliza biomarcadores para o cálculo:
Índice de Massa Corporal (IMC), circunferência abdominal (CA), triglicerídios (TG) e gama-glutamiltransferase
(GGT). O IGH > 60 indica a presença de DHGNA. No ingresso (M0) e após 10
semanas (M1) do MEV foram avaliados: nível de atividade física, aptidão física
(consumo máximo de oxigênio:VO2máx e repetição máxima:RM),
composição corporal (IMC e CA), e análises bioquímicas [colesterol total,
HDL-colesterol, LDL-colesterol, TG, GGT, colina, betaína
e TMAO]. O protocolo de exercício combinado (EC) do "Mexa-Se
Pró-Saúde" constituiu de exercício aeróbio [10min aquecimento + 30min de
aeróbio (70-80% VO2máx)] mais 40min de musculação (3x12repetições;
70-80% 1RM), finalizando com 10min de alongamento. Os dados foram expressos em
média ± DP. Foi realizado teste t pareado para comparação dos dados,
considerando nível de significância de 5%. Resultados: Após 10 semanas
do EC, 49,1% das mulheres melhoraram a DHGNA, aumentaram o VO2máx
(M0: 28,5 ± 2,9 versus M1: 31,7 ± 3,0; p = 0,01), melhoraram a dislipidemia (p
= 0,03) e reduziram o TMAO (M0: 9,8 ± 2,2 versus M1: 5,5 ± 2,1; p = 0,03). No
entanto, colina e betaína não apresentaram diferenças
estatísticas. Conclusão: O MEV melhora as concentrações de TMAO,
reduzindo a lipotoxidade hepática e dislipidemia,
atenuando a evolução da DHGNA.
Palavras-chave: mudança do estilo de vida; exercício
combinado; doença hepática gordurosa não-alcoólica
Autor
correspondente: hugo.kano@yahoo.com.br
Efeito
do treinamento aeróbio intervalado sobre a disfunção cardíaca induzida pelo
consumo de dieta rica em carboidratos simples e gorduras em ratos
Cristina
Schmitt Gregolin1, Felipe Sarzi2, Bruno Henrique de Paula1,
Sérgio Luiz Borges de Souza1, Gustavo Augusto Ferreira Mota1,
Silmeia Garzia Zanati Bazan1, Antonio
Carlos Cicogna1, Camila Renata Corrêa1
1Universidade Estadual Paulista “Júlio de
Mesquita Filho” - Campus Botucatu
2UNIFAC - Faculdades Integradas de
Botucatu
Introdução:
O sedentarismo e a ingestão excessiva
de carboidrato simples e gorduras são responsáveis por
doenças cardíacas. O
exercício aeróbio traz benefícios tanto no
coração saudável quanto em condições
de doenças. O objetivo foi avaliar o efeito do treinamento
físico aeróbico
(TFA) intervalado sobre a alteração estrutural e
disfunção sistólica e
diastólica induzida pelo consumo de dieta rica em
açúcares e gorduras em ratos.
Métodos: 40 ratos Wistar (180 g), foram
distribuídos em dois grupos (n = 20): ração controle + água (Dieta Controle
[DC]) ou ração rica em carboidratos simples e gorduras + água de beber
acrescida de 25% de sacarose (High Sugar-Fat Diet [HSF]). Na 20ª semana foram
submetidos à avaliação ecocardiográfica Doppler para contatação da presença da
disfunção cardíaca e então, redistribuídos em quatro grupos: DC, n = 10 e HSF,
n = 10 e DC+TFA, n = 10 e HSF+TFA, n = 10. O TFA foi realizado em esteira
(1h/dia, 5 dias/semana) por 8 semanas, consistindo em períodos sucessivos de 8
min a 80% e 2 min a 20% da capacidade máxima determinada previamente por teste
de esforço. No término do experimento a função cardíaca foi reavaliada. Foi
realizado ANOVA two-way seguido de post-hoc de Tukey, ou ANOVA on-ranks seguido
de Dunn, e p < 0,05. Resultados: Na 20ª semana, os animais HSF
apresentaram maior peso, intolerância ao esforço, hipertrofia ventricular
concêntrica, disfunção diastólica e sistólica leve. O protocolo de TF aumentou
a tolerância ao esforço em ambos os cenários de dieta, e reduziu o peso no
grupo HSF+TFA. O TF não alterou as variáveis estruturais ou promoveu melhoria
da diástole. No entanto o grupo HSF+TFA teve os prejuízos na sístole atenuados,
conforme observado em percentagem de encurtamento mesocárdico
e endocárdico, fração de ejeção e velocidade de encurtamento da parede
posterior. Conclusão: A dieta rica em carboidratos simples e gorduras
acarretou prejuízo funcional cardíaco. O TF não impactou a disfunção
diastólica, entretanto, acarretou desfecho favorável nas variáveis de função
sistólica.
Palavras-chave: exercício; remodelamento cardíaco;
dieta ocidental
Autor
correspondente: cristina.s.gregolin@gmail.com
Efeito
do treinamento resistido e suplementação do picolinato
de cromo sobre a composição corporal e função contrátil de cardiomiócitos
de ratos obesos
Wagner
Muller Estevam, Daniel Sesana da Silva, Priscila Murucci Coelho, Lucas Furtado Domingos, Jóctan Pimentel Cordeiro, André Soares Leopoldo, Ana Paula
Lima-Leopoldo
Universidade
Federal do Espírito Santo
Introdução: A obesidade é uma doença complexa,
multifatorial caracterizada pelo acúmulo excessivo de tecido adiposo, descrita
como fator de risco independente para doenças cardiovasculares. A suplementação
com picolinato de cromo (PiCr)
tem sido utilizada com a finalidade de promover diminuição da gordura corporal
e aumento de massa muscular. O treinamento resistido (TR) é reportado pelos
benefícios na melhora da composição corporal e da função cardíaca. Objetivo:
Avaliar a composição corporal e o desempenho miocárdico de ratos obesos
suplementados com PiCr e submetidos ao TR. Métodos:
Os ratos Wistar foram distribuídos em oito grupos:
Controle; Controle suplementado com PiCr; Controle
submetido ao TR; Controle suplementado com PiCr
submetido ao TR; Obeso; Obeso suplementado com PiCr; Obeso submetido ao TR e Obeso suplementado com PiCr submetido ao TR. Os grupos controles receberam dieta
padrão e os grupos obesos dieta hiperlipídica. Foi
utilizado o protocolo TR de 8 semanas (4-5 subidas verticais na escada, intervalo
de 60 segundos, 3 × por semana, 50-100% da carga maxima.
Foi realizada análise do perfil nutricional, pressórico,
glicêmico, lipídico,
hormonal, determinação do teor de água do
pulmão e fígado. A análise da função
contrátil dos cardiomiócitos foi realizada por meio
da técnica de cardiomiócito isolado. As comparações
entre os grupos C e Ob foram realizadas por teste t-student’s. As comparações dos demais grupos utilizou-se
ANOVA duas vias, complementada com teste post hoc de Bonferroni
ou Holm-Sidak. O nível de significância adotado foi
de 5%. Resultados: A obesidade promoveu prejuízo pontual da função
contrátil de cardiomiócitos evidenciado pela redução
do percentual de encurtamento, entretanto, o menor T50% Relax, sugerindo efeito
protetor da obesidade no relaxamento miocárdico. Considerando os tratamentos
isolados com PiCr ou TR na condição de obesidade,
visualiza-se função contrátil de cardiomiócitos
preservada. A interação entre o PiCr e TR promove
prejuízo no relaxamento miocárdico. Conclusão: O TR associado à
suplementação com PiCr na condição de obesidade não
foi capaz de modificar a composição corporal e atenuar o dano cardíaco,
evidenciado pela redução do percentual de encurtamento. Em adição, a interação
entre os tratamentos, treinamento resistido e suplementação com picolinato de cromo, acarreta prejuízo no relaxamento
miocárdico.
Palavras-chave: obesidade; treinamento resistido;
função cardíaca
Autor
correspondente: ana.leopoldo@ufes.br
Efeitos
agudos do exercício aeróbio de natação sobre a contratilidade e trânsito de
cálcio intracelular em cardiomiócitos isolados do
ventrículo direito
Jean
Carlos Loura dos Santos1, Erick Roberto Gonçalves Claudio1,
Wellington Lunz1, Elis Aguiar Morra1, Danilo Sales
Bocalini1, Ana Paula Lima-Leopoldo1, Vitor Loureiro da
Silva2, André Soares Leopoldo1
1Universidade Federal do Espírito Santo
2Universidade Estadual Paulista “Júlio de
Mesquita Filho”
Introdução: Os ajustes agudos sobre a função
contrátil e o manejo de cálcio (Ca+2) intracelular nos cardiomiócitos do ventriculo
direito (VD) após uma sessão de exercício aeróbio ainda não são conhecidos. A
nossa proposta foi avaliar as respostas agudas da função contrátil e do manejo
de Ca+2 intracelular em cardiomiócitos
isolados do VD após uma sessão de exercício aeróbio de natação. Métodos:
Ratas Wistar fêmeas com dez semanas de idade foram
divididas de forma aleatória em dois grupos: Controle (C; n = 5) e exercício (Ex; n = 7). Foi realizada uma sessão de exercício de
natação por 30 minutos com uma sobrecarga de 4% relativo ao peso corporal
amarrado à cauda. Os animais foram sacrificados após a sessão de exercício para
a análise dos parâmetros de função contrátil e do trânsito de Ca+2
intracelular do VD pela técnica de cardiomiócitos
isolados. Resultados: Os pesos corporais e do coração, bem como o
comprimento do sarcômero foram similares entre os grupos. Além disso, não foram
observadas diferenças entre os grupos para os parâmetros contráteis em cardiomiócitos do VD. No entanto, a concentração sistólica
e diastólica de Ca+2 intracelular foi significativamente menor no
grupo Ex quando comparado ao C com manutenção da
amplitude de Ca+2. Conclusão: Uma sessão de exercício aeróbio
de natação promove manutenção da contratilidade em cardiomiócitos
do VD, mesmo com redução na concentração sistólica e diastólica de Ca+2,
refletindo em melhora no trânsito de Ca+2 intracelular.
Palavras-chave: exercício agudo; cardiomiócito;
ventrículo direito
Autor
correspondente: andresoaresleopoldo@gmail.com
Efeitos
da hipóxia normobárica aplicada de maneira
intermitente em pessoas com doença de Parkinson: Uma revisão sistemática
Carlos
Augusto Kalva Filho, Elisa de Carvalho Costa, Julia Corradini, Marina Hiromi Kuroda,
Fabio Augusto Barbieri
Universidade
Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”
Introdução: Em modelo animal, a hipóxia aumentou a
angiogênese, a eritropoiese, o metabolismo da glicose e a produção de dopamina
no sistema nervoso central. Estas adaptações positivas indicam que a hipóxia é
uma estratégia terapêutica promissora para pessoas com doença de Parkinson
(DP). Entretanto, a utilização da hipóxia tradicional (i.e., elevadas
altitudes) não é aplicável em países como o Brasil (altitude média = 333m).
Desse modo, a utilização da hipóxia intermitente (breves períodos de hipóxia normobárica, intercalados por períodos em normóxia; HI) pode ser uma alternativa plausível para o
tratamento de pessoas com DP. Para elucidar o conhecimento já produzido sobre
sua eficiência e a segurança, o objetivo do presente estudo foi revisar
sistematicamente as respostas induzidas pela HI em pessoas com DP. Métodos:
Seguindo as diretrizes PRISMA, as bases de dados (PubMed,
Scopus e Web of Science) foram acessadas pelos
descritores: Parkinson, hypoxia, altitude, mountain.
Os estudos incluídos foram publicados em inglês, antes de 21/02/2021 e
aplicaram modelos de HI em pessoas com DP. Resultados: Dentre 1357
artigos, cinco trabalhos foram incluídos (primeiro registro em 1998). Os
estudos investigaram a responsividade dos pacientes à hipóxia (resposta
relacionada ao metabolismo periférico de dopamina no corpo carotídeo). Estes
estudos realizaram a HI utilizando o método de Rebreathing,
um sistema fechado com as concentrações de CO2 constantes e uma
progressiva diminuição do O2 (8-11%; SpO2 ~ 70%). A
hipóxia foi mantida por 90 s, 2-3 vezes por sessão. Três estudos demonstraram
que pessoas com DP apresentam uma menor responsividade a hipóxia (i.e., menor
hiperventilação e déficit nas respostas simpáticas) em comparação aos pares
saudáveis. Entretanto, os outros dois estudos demonstraram que estas respostas
ineficientes podem ser revertidas após 14 sessões de HI (diariamente, 3
estímulos; ~ 90s com disponibilidade de 8-10% de O2). Nenhuma
intercorrência foi relatada. Conclusão: A menor responsividade ao
ambiente de hipóxia indica um comprometimento do metabolismo periférico da
dopamina em pessoas com DP, o que pode ser atenuado com a HI aplicada por 14
dias. Estudos futuros devem investigar os efeitos da HI sobre outros sintomas
relacionados ao metabolismo da dopamina (e.g., bradicinesia, rigidez, tremor e
marcha).
Palavras-chave: dopamina; hiperventilação; corpo
carotídeo
Autor
correspondente: kalvafilho@yahoo.com.br
Efeitos
de um programa de treinamento de força com progressão linear em bloco em
parâmetros do remodelamento cardíaco de ratos
Leisiane
Gomes Dias, Marcos Rodolfo Ramos Paunksnis, Ana Paula
Lima-Leopoldo, André Soares Leopoldo, Márcia Regina Holanda da Cunha, Danilo
Sales Bocalini
Universidade
Federal do Espírito Santo
Introdução: O treinamento de força (TF) é uma
estratégia eficaz por aumentar a força muscular induzindo alterações
importantes em parâmetros tanto rendimento quanto da saúde. Contudo, mesmo que
muitos estudos apresentem respostas positivas com a prática do TF em parâmetros
da musculatura esquelética, os efeitos no remodelamento cardíaco ainda
permanecem inconclusivos. Desta forma o objetivo do estudo foi avaliar os
efeitos de um programa de treinamento de força linear com progressão linear em
bloco em parâmetros do remodelamento cardíaco de ratos. Métodos: Vinte ratos
foram distribuídos em dois grupos: controle (C, n:10) e treinados (H, n:10). O
protocolo de treinamento (12 escaladas com 90 segundos de intervalo) foi
organizado em três mesociclos de quatro semanas, com
incremento da carga de forma linear (60%, 65%, 70% e 75%) a cada bloco,
considerando o peso estabelecido no teste de força máxima. Os parâmetros
avaliados: força muscular, função ventricular por ecocardiograma, hemodinâmica
ventricular e alterações nas massas das cavidades cardíacas. Para fins
comparativos, foi utilizado o teste t de student com
o nível de significância p < 0,05 com valores apresentados em média ± erro
padrão da média. Resultados: O treinamento induziu um aumento de 45 ± 4%
da força muscular. Não foram encontradas alterações significativas (p >
0,05) na função ventricular pela FEAT (C: 61 ± 3, T: 63 ± 5; %) e áreas
diastólicas (C: 2,83 ± 0,01, T: 2,94 ± 0,07; mm) e sistólicas (C: 1,07 ± 0,07,
T: 1,07 ± 0,01) entre os grupos. Com relação aos parâmetros hemodinâmicos, não
foram encontradas diferenças (p > 0,05) na PSVE (C: 122 ± 5, T: 119 ± 4;
mmHg), PD2VE (C: 5,1 ± 0,3, T: 5,3 ± 0,3; mmHg), +dP/dt(C:
11800 ± 1200, T: 14416 ± 1120; mmHg/s) e -dP/dt (C: 8523 ± 493, T: 8415 ± 499; mmHg/s). Como também na
massa atrial (C: 0,17 ± 0,02, T: 0,15 ± 0,02; mg/g), do VD (C: 0,56 ± 0,01, T:
0,59 ± 0,03; mg/g), do VE (C: 2,27 ± 0,06, T: 2,22 ± 0,03, mg/g) e cardíaco (C:
3,06 ± 0,05; T: 3,01 ± 0,09 mg/g). Conclusão: a realização de um
programa de treinamento de força linear em bloco por 12 semanas promoveu
aumento da força muscular, sem promover alterações significativas em parâmetros
morfofuncionais cardíacos.
Palavras-chave: treinamento de força; contratilidade
miocárdica; desempenho ventricular
Autor
correspondente: leisiane773@gmail.com
Efeitos
do exercício físico sobre a formação hipocampal de
ratos expostos à fumaça de cigarro: avaliação de parâmetros neurotróficos,
estado oxidativo e desempenho comportamental
Adriano
Fortes Maia1, Jansen Fernandes2,
Sergio Gomes da Silva2, Ricardo Mário Arida2, Danilo
Sales Bocalini1
1Universidade Federal do Espírito Santo
2Universidade Federal de São Paulo
Introdução: o exercício físico tem sido aceito
como potente fator que altera o estado oxidativo celular e neurotrofinas.
Por outro lado, a exposição à fumaça de cigarro é considerada uma condição que
eleva a produção das espécies reativas de oxigênio. Dessa forma o objetivo
deste estudo foi verificar os efeitos do exercício físico sobre parâmetros
neuroquímicos e comportamentais em ratos expostos à fumaça de cigarro. Métodos:
ratos wistar machos foram distribuídos nos grupos:
sedentário (-CS/S), exercício (-CS/E), sedentários expostos à fumaça de cigarro
(+CS/S) e exercício e expostos à fumaça do cigarro (+CS/E). A exposição à
fumaça de cigarro foi realizada por 60 dias consecutivos, 2 vezes por dia, e o
exercício de natação ocorreu por 8 semanas, 60min, 5 dias por semana. Para a avaliação
do comportamento, os ratos foram testados no teste de campo aberto e tarefa de
reconhecimento de objetos. Usou-se como marcadores de estresse oxidativo as
medidas da concentração hipocampal de
superóxido-dismutase total (SOD TOTAL), citosólica (CuZnSOD) e mitocondrial (MnSOD),
catalase (CAT) e as concentrações dos peptídeos glutationa nas formas totais,
reduzida (GSH) e oxidada (GSSG). Foram medidos os níveis do fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF), o receptor TrkB, sinapsina e PSD-95 e as
proteínas de sinalização intracelular ligadas a neurogênese,
plasticidade sináptica e sobrevivência/morte celular (CREB, AKT, P70S6k, p38,
ERK 1/2, JNK, NF-KB, STAT3 e STA5) em amostras da formação hipocampal.
Resultados: O grupo -CS/E teve um maior tempo de atividade locomotora em
comparação aos demais grupos. Os grupos que receberam exercício (-CS/E e +CS/E) apresentaram melhor desempenho nas atividades
exploratórias de memória e reconhecimento de objetos. Houve uma elevação
significativa nos níveis de superóxido-dismutase, catalase e glutationa nos
animais do grupo +CS/E, contudo, sem afetar a relação GSH/GSSG. O exercício foi
fundamental para a elevação dos níveis de BDNF e TrkB
no hipocampo dos ratos, bem como alterou as proteínas de sinalização celular
p38, STAT3 e STAT5. Conclusão: os achados indicam que os efeitos
benéficos do exercício físico na atividade motora, exploratória e da memória
podem estar em parte relacionados às alterações das concentrações das enzimas
antioxidantes e da neurotrofina hipocampal
BDNF/TrkB.
Palavras-chave: fumo; exposição à fumaça; treinamento
físico; neurologia; comportamento
Autor
correspondente: nutricionistabr@gmail.com
Exercício
aeróbio de intensidade moderada reduz estresse oxidativo cardíaco induzido por
sobrecarga de ferro em ratos
Renata
Avila1,2, Emilly Martinelli Rossi1,
Leonardo dos Santos1
1Universidade Federal do Espírito Santo
2Faculdades Integradas São Pedro – FAESA
Introdução: O ferro é um micronutriente essencial
para a homeostase corporal, mas seu excesso pode causar danos aos órgãos onde
se acumula devido ao estresse oxidativo, principalmente fígado e coração.
Embora o exercício físico seja reconhecido há muito tempo uma prática
cardioprotetora, seus efeitos sobre a sobrecarga de ferro não são conhecidos.
Este estudo foi desenhado para investigar os efeitos do treinamento aeróbio de
intensidade moderada sobre indicadores de estresse oxidativo cardíaco em um
modelo de roedor com sobrecarga crônica de ferro. Métodos: Ratos Wistar receberam injeções intraperitoneais de solução
salina (Ct: NaCl 0,9%) ou
de ferro-dextrano (Fe: 100 mg / kg), 5 dias / semana
por 4 semanas e, em seguida, foram submetidos (Fe+Ex)
ou não a corrida em esteira (60 min/dia, com treinamento aeróbio progressivo,
60-70% da velocidade máxima, 5 dias/semana) nas 8 semanas seguintes, após
período de adaptação. Ao fim do protocolo, os animais foram eutanasiados e
amostras de tecido cardíaco foram utilizadas para análise de níveis teciduais
de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) e expressão das enzimas
SOD 1 e catalase por análise de Western Blot. Resultados:
O grupo Fe apresentou aumento significativo dos níveis de TBARS no tecido cardíaco
(Ct: 4,32 ± 1,5; Fe: 10,23 ± 2,0), apesar de manter
estáveis a expressão de SOD 1(Ct: 8,90 ± 4,4; Fe: 7,8
± 2,7) e catalase (Ct: 8,1 ± 2,7; Fe: 7,7 ± 1,6). O
grupo Fe +Ex apresentou redução dos níveis de TBARS
(Fe + Ex: 4,12+1,3), retornando ao mesmo nível do
grupo Ct, enquanto também apresentou elevação na
expressão de SOD (Fe + Ex: 14,3 ± 3,5) e catalase (Fe
+ Ex: 10,1 ± 3,3) quando comparado ao grupo Fe. Conclusão:
Estes resultados apontam que o exercício físico pode desempenhar efeito
protetor, sendo capaz de aumentar a expressão de enzimas antioxidantes no
coração de ratos com sobrecarga de ferro, protegendo-os do efeito sobre a
peroxidação lipídica.
Palavras-chave: sobrecarga de ferro; modelo animal;
coração
Autor
correspondente: leodossantos@hotmail.com
Hipotensão
pós exercício em idosos: efeito de uma sessão de hidroginástica
Carlos
Henrique de Reis1, Roberta Luksevicius
Rica2, Welmo Alcântara Barbosa1,
Carine Leite1, Paulo Vinicios Camuzi Zovico1, Danilo Sales Bocalini1
1Universidade Federal do Espírito Santo
2Estacio de Sá
Introdução: dentre as doenças cardiovasculares a
hipertensão arterial vem sendo considerada a mais prevalente. Desta forma
inúmeros tratamentos são frequentemente atribuídos como estratégias de manejo
da doença, a atividade física recebe destaque, sobretudo por ser capaz de
promover redução da pressão arterial. Contudo, o efeito hipotensor em sessões
agudas realizadas em ambiente aquático ainda permanece inconclusiva. Dessa
forma o objetivo do estudo foi verificar o efeito hipotensor de uma sessão de
hidroginástica em idosos normotensos e hipertensos de estágio 1. Métodos:
vinte e oito idosas fisicamente independentes distribuídas em dois grupos
normotensas (N, n:10) hipertensas (H, n:18) foram submetidas a uma sessão de
hidroginástica com duração de 45 minutos, constituída de 5 minutos de
aquecimento, 35 minutos de parte principal e 5 minutos de volta a calma. A
intensidade foi monitorada pela percepção subjetiva de esforço, sendo indicada
que durante toda a parte principal os exercícios fossem realizados entre 6 e 7
na escala de 0-10. Os seguintes parâmetros foram analisados antes e após 60
minutos da sessão de exercícios: pressão arterial sistólica (PAS), diastólica
(PAD), média (PAM), frequência cardíaca (FC) e duplo produto (DP). As
diferenças foram analisadas pelo teste t ou ANOVA medidas repetidas conforme
apropriado e nível de significância de p < 0,05. Resultados: não foi
encontrado diferenças significativas (p > 0,05) entre a idade e os
parâmetros antropométricos entre os grupos N e H. Não foi encontrado diferenças
em ambos os grupos na FC (F = 0,194, p = 0,66), PAS (F = 1,685, p = 0,20), PAD
(F = 2,52, p = 0,125), PAM (F = 1,54, p = 0,22) e DP (F = 2,02, p = 0,16) após
imersão. Analisando a resposta hipotensora induzida pela sessão de exercício,
efeito significativo foi encontrado na PAS (tempo: F = 12,74, p = 0,001; grupo:
F = 77,96, p < 0,001; interação: F = 7,25, p = 0,012), PAM (tempo: F =
11,09, p = 0,002; grupo: F = 118,7, p < 0,001) e DP (tempo: F = 9,65, p = 0,004;
grupo: F = 22,05, p < 0,001; interação: F = 4,52, p = 0,043). Assim, após 60
minutos da realização da sessão de exercício redução significativas (p <
0,05) foram encontradas na PAS (N:-1,6 ± 3,48, H: -9,57 ± 8,96;%),
PAD (N: 0,98 ± 3,09, H: -3,10 ± 5,59;%), PAM (N: -1,26 ± 2,10, H: -4,37 ±
5,00;%) e DP (N: -2,28 ± 3,71, H: -11,27 ± 12,29;%). Conclusão: uma
sessão aguda de hidroginástica foi capaz de promover redução das pressões
sistólica, diastólica, média e do duplo produto somente nas idosas hipertensas.
Palavras-chave: hipotensão, atividade aquática,
hidroginástica, exercício físico
Autor
correspondente: carloshenrique.or@gmail.com
Indicadores
de programa de treinamento e incidência de lesões em corredores de rua da
Cidade de Vitória-ES
Michell
Victor Quadrio Raposo1, Carlos Henrique
Oliveira Reis1, Carine Leite1, Welmo
Alcântara Barbosa1, Roberta Luksevicius
Rica2, Gustavo Allegretti3, Aylton Figueira Junior3,
Danilo Sales Bocalini1
1Universidade Federal do Espírito Santo
2Faculdade Estácio de Sá
3Universidade São Judas Tadeu
Introdução: a corrida de rua atrai muitos adeptos
devido a sua facilidade, baixo custo para a prática e benefícios a saúde, no
entanto, seja no âmbito competitivo ou recreativo seus praticantes estão
expostos aos eventuais riscos associados. Sendo assim o objetivo do estudo foi
analisar os indicadores de programa de treinamento e incidência de lesões em
corredores de rua. Métodos: através da aplicação de um questionário de
perguntas fechadas 55 corredores da cidade de Vitoria- ES participaram
voluntariamente do estudo. A aplicação do questionário ocorreu eletronicamente
tendo questões destinadas a coletar informações tempo de prática, frequência e
distância diária semanal de treinamento, orientação profissional, tipo de
pisada e histórico de lesões. As diferenças entre os parâmetros foram
analisadas pelo teste x2 com significância estatística estabelecida foi de p
< 0,05. Resultados: a amostra foi composta por 29 (51,80%) homens e
mulheres 27 (48,20%). A prevalência (80%) da idade correspondeu a faixa entre
30 e 50 anos sendo que 76,80% da amostra praticava corrida há mais de 3 anos.
Apenas 7,1% praticavam corrida sem orientação profissional, 70% treinavam 3
dias por semana, com volume entre 5 e 10 km (57%). Destes 9% não monitoravam os
seus treinos e 9% também não possuíam treinos periodizados. Mesmo com 10,9% dos
participantes não conhecendo seu tipo de pisada, 96,4% deles utiliza calçado
com calcanhar alto, evidenciando a utilização de calçados com maior
amortecimento objetivando amenizar possibilidades de lesões com a prática da
corrida. Considerando práticas paralelas com intuito de prevenção às lesões 67%
dos entrevistados praticam musculação. Em relação a indicadores de lesão, 32,1%
dos corredores relataram ao menos 1 lesão no último, com a maior prevalência
28% de lesão situados na articulação do joelho, com 67% dos corredores
lesionados retornando a prática esportiva em menos de 30 dias. A prevalência
procura por atendimento médico decorrente da lesão foi de 50%, destes 49%
ingeriram algum tipo de medicação sendo que 42% atualmente não relatam
desconforto ou dor decorrente destas lesões. Conclusão: A maioria dos
sujeitos do estudo está envolvida em programas de treinamento supervisionado e
ações preventivas, o que pode ter favorecido baixa incidência de lesão.
Palavras-chave: corrida; lesão; treinamento físico;
performance
Autor
correspondente: michellraposorunner@gmail.com
Influência
da obesidade e do treinamento de força sobre o perfil metabólico hepático em
modelo de dieta hiperlipídica
Suellem
Torezani Sales, Andressa Prata Leite Damiani, André
Soares Leopoldo, Ana Paula Lima Leopoldo
Universidade
Federal do Espírito Santo
Introdução: A Doença Hepática Gordurosa Associada
ao Metabolismo (DHGAM) caracteriza-se por alteração morfofisiológica do fígado,
resultante do acúmulo excessivo de lipídios, conhecida como esteatose hepática.
A obesidade é considerada fator de risco independente para o desenvolvimento da
DHGAM. O presente estudo objetivou investigar os fatores envolvidos no
desenvolvimento da esteatose, bem como testar a hipótese de que o treinamento
de força (T) é capaz de atenuar a condição em ratos obesos. Métodos: O
estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética no Uso de Animais/UFES (nº53/2019).
Ratos Wistar (30 dias, ~150g) foram distribuídos
aleatoriamente nos grupos controle (C; dieta padrão) e obeso (Ob; dieta hiperlipídica). A
oferta de água foi ad libitum. Após os períodos de indução e manutenção da
obesidade, o grupo Ob foi redistribuído em: obeso (Ob) e obeso submetido ao T (ObT).
Foram mensurados: peso corporal (PC), depósitos de gordura epididimal
(GE), retroperitoneal (GR), visceral (GV) e os respectivos somatórios (∑),
índice de adiposidade (IA), além do teste de carga máxima final (TCM): carga de
T absoluta (CA), relativa (CR) e ∆ de força (∆). Foi mensurada
esteatose hepática por histologia. Os dados foram expressos em média ± desvio
padrão. Para as conclusões estatísticas, utilizou-se o teste t Student, considerando o nível de significância de 5%.
Resultados: O grupo Ob apresentou PC superior ao C
durante todo o protocolo. As variáveis GE (15,6 ± 4,6 vs
7,2 ± 2,0), GR (28,2 ± 7,1 vs 12,2 ± 2,7), GV (18,6 ±
5,9 vs 8,1 ± 1,6), ∑ (62,4 ± 17,1 vs 27,6 ± 5,6) e IA (9,8 ± 1,7 vs
5,8 ± 0,9) apresentaram valores superiores no grupo Ob,
em relação ao C (Ob > C). No TCM, o grupo ObT conduziu maior CA (764,6 ± 109,8 vs
393,4 ± 83,3), CR (1,3 ± 0,2 vs 0,6 ± 0,1) e ∆
(164,2 ± 53,4 vs 25,3 ± 19,6) quando comparado ao Ob (ObT > Ob).
A influência da dieta foi visualizada na CR (0,6 ± 0,1 vs
0,8 ± 0,2), sendo menor no grupo Ob (Ob < C). O percentual de gordura hepática foi
estatisticamente superior para o grupo Ob em relação
ao C (57,1 ± 7,4 vs 2,1 ± 0,8); em contrapartida, o T
também promoveu diminuição da gordura hepática entre os animais obesos (ObT<Ob; 22,4 ± 7,8 vs 57,1 ± 7,4). Conclusão: O T mostrou-se eficaz em atenuar
a esteatose hepática na condição de obesidade.
Palavras-chave: esteatose hepática; obesidade;
treinamento de força
Autor
correspondente: ana.leopoldo@ufes.br
Influência
das vias de oxidação lipídica e perfil metabólico sobre o desempenho físico de
ratos resistentes à obesidade
Jóctan
Pimentel Cordeiro, Daniel Sesana da Silva, Vinicius
Martins Valois, Suellem Torezani
Sales, Danilo Sales Bocalini, Ana Paula Lima-Leopoldo,
André Soares Leopoldo
Universidade
Federal do Espírito Santo
Introdução: A resistência à obesidade (ROb) é associada à fatores metabólicos e ambientais e
confere a capacidade de menor ganho de peso e deposição de gordura corporal ao
ingerir dietas hipercalóricas e nível de atividade física similares. O Objetivo
é avaliar se a ROb promove maior performance física
devido a maior oxidação lipídica. Métodos: 100 ratos Wistar
submetidos às dietas, totalizando 11 semanas consecutivas. Randomizados em 2
grupos: a) DP: dieta padrão (n = 50) e b) DH: dieta hiperlipídica
saturada (n = 50). Após aplicação de tercil, distribuídos em 4 grupos: Controle
(C), Falso Controle (FC), Obeso (Ob) e Resistente à
Obesidade (ROb) e submetidos aos testes de esforço:
teste de força (TF) em escada e de velocidade máxima (TVM) em esteira rolante.
Peso corporal (PC), parâmetros nutricionais (ingestões alimentar e calórica),
índice de adiposidade (IA), perfil hormonal (ELISA), bioquímico e glicêmico
(GTT) e área sob a curva (ASC). Morfometria dos tecidos adiposo, hepático e
muscular esquelético post mortem por macroscopia e microscopia. Comparações
ANOVA two way, complementadas
com post-hoc de Tukey. Significância 5%. Resultados:
Os grupos Ob (489 ± 34) e FC (467 ± 22) apresentaram
valores elevados de PC final em relação ao C (366 ± 34) e ROb
(366 ± 27). A ROb (5,02 ± 0,99) apresentou menor IA
comparada ao Ob (7,16 ± 1,03) evidenciado por menor
somatório dos depósitos de gordura epididimal,
retroperitoneal e visceral. A ROb (26,6 ± 4,63)
apresentou valores similares ao C (23,3 ± 2,98) e maiores de HDL que os FC
(22,1 ± 2,16) e Ob (21,8 ± 3,12). No GTT ROb (212 ± 51,9) e C (185 ± 62,8) apresentaram valores
similares e ambos menores que Ob
(228 ± 35,0) nos 30 minutos do teste. A Ob (1986 ±
199) promoveu maiores valores que o C (1598 ± 443) na ASC glicêmica. Nos TFs a ROb (1,20 ± 0,28)
apresentou resultados superiores ao Ob (0,97 ± 0,22)
nos momentos dos testes e a carga externa relativa. No TVM o grupo ROb (17,3 ± 12,3) apresentou melhor performance na duração
dos testes que o Ob (12,8 ± 9,01). Conclusão:
A ROb apresenta fortes indícios de melhor desempenho
físico que Ob prono.
Palavras-chave: resistência à obesidade; oxidação
lipídica; desempenho físico
Apoio
Financeiro: Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (FAPES)
Autor
correspondente: andresoaresleopoldo@gmail.com
Oito
semanas de treinamento de força reduz significativamente a dor muscular e
promove aumento de força isocinética em mulheres com fibromialgia
Fabian
Tadeu Amaral, Laís Cuzzuol, Pablo Lúcio Gava, Marcelo
Campos de Almeida Benevides, Layla Mendonça Lírio,
Eliane Cunha Gonçalves, Maria Bernadete Renoldi de
Oliveira Gavi
Universidade
Federal do Espírito Santo
Introdução: A FM que afeta o sistema
musculoesquelético, caracterizada por dor muscular intensa e difusa, acometendo
principalmente mulheres, de etiologia desconhecida. Já é conhecida a
importância da prática de exercícios físicos na melhora dos sintomas da
fibromialgia. O objetivo foi avaliar as alterações sobre força isocinética e
condição de dor muscular em mulheres com fibromialgia. Métodos: Grupo FM
(n = 11, idade 45 ± 2 anos), 8 semanas de treinamento resistido. Avaliado ganho
de força isocinética do joelho (direito e esquerdo) extensão/flexão; velocidade
de 90º/s. Dor avaliada pela EVA. As avaliações feitas
no início (M0), e na oitava semana (M2). Estatística: Teste t de Student, e ANOVA post hoc Bonferroni,
p < 0,05*. Resultados: Em relação à força Isocinética as avaliações
foram feitas no início do estudo (M0) e ao final de oito semanas de treinamento
(M2), e as variáveis avaliadas foram: Pico de torque (Pt),
Torque Máximo (Tmax), Potência (W) e Trabalho Total (Tt). Joelho direito (90º/s Ext.): Pt
(M0 = 76 ± 17 vs M2 = 110 ± 9*); Tmax
(M0 = 71 ± 15 vs M2 = 108 ± 9*); Tt
(M0 = 435 ± 48 vs M2 = 485 ± 36*). Joelho direito
(90°/s Flx): Pt (M0 = 28,4
± 9 vs M2 = 50,7 ± 6*); Tmax
(M0 = 27 ± 10 vs M2 = 54 ± 7*); W (M0 = 102 ± 10 vs M2 = 53 ± 7*); Tt (M0 = 306 ±
76 vs 508 ± 46*). Joelho esquerdo (90°/s Ext.): Pt (M0 = 73 ± 13 vs M2= 111 ±
9*); Tmax (M0= 65 ± 11 vs
M2= 106 ± 7*); W (M0 = 48 ± 14 vs M2 = 97 ± 9*); Tt (M0 = 262 ± 65 vs M2 = 483 ±
39*). Joelho esquerdo (90°/s Flx): Pt (M0 = 34 ± 7 vs M2 = 56 ± 7*) Tmax (M0 = 33 ± 8 vs 61 ± 9*); W
(M0 = 19 ± 7 vs M2 = 52 ± 8*); Tt
(M0 = 111 ± 37 vs M2 = 276 ± 39*). Foram observadas
reduções significativas da dor nas pacientes com fibromialgia EVA (M0 = 7 ± 0,7
vs 4 ± 0,8*). Conclusão: Os resultados
mostraram que o treinamento de força reduziu significativamente a sensação de
dor em mulheres com FM e contribuiu para ganhos de força muscular isocinética,
evidenciando uma relação importante do aumento de força muscular e consequente
redução de sintomas da FM.
Palavras-chave: fibromialgia; dor; força muscular
isocinética
Autor
correspondente: professorfabian@hotmail.com
Percepção
subjetiva de esforço em duas sessões do método Pilates de solo
Bárbara
Carlin de Ramos do Espírito Santo, Licelli Amante
Cardoso, Rodrigo Sudatti Delevatti1, Cíntia de la Rocha Freitas
Universidade
Federal de Santa Catarina /Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Grupo
de Pesquisa em Exercício Clínico (GPEC)
Introdução: O Método Pilates (MP), desenvolvido
por Joseph Pilates, trata-se de uma série de exercícios resistidos que tem por
objetivo o fortalecimento muscular, a melhora da postura, flexibilidade e
equilíbrio. Atualmente a combinação do MP com exercícios aeróbicos tem se
apresentado como uma forma de proporcionar um treinamento combinado (aeróbio +
resistência muscular), podendo impactar na intensidade/carga total das sessões.
A Percepção Subjetiva de Esforço (PSE) é um dos métodos de mensuração e
monitoramento da intensidade de esforço amplamente utilizado para avaliar a
carga interna durante a execução de exercícios aeróbios e resistidos. Nesse
sentido, o objetivo deste trabalho foi comparar a PSE de uma sessão do MP
tradicional (S1) com a PSE de uma sessão de MP combinado com exercício aeróbio
(S2). Métodos: A amostra intencional foi constituída por 10 adultos, de
ambos os sexos, com idade entre 20 e 35 (26,30 ± 3,98) anos, praticantes de
Pilates por no mínimo 1 ano. Não fizeram parte da amostra quem apresentava
alguma doença. Foram realizadas duas sessões de Pilates de solo, utilizando 21
exercícios do MP, sendo 10 repetições de cada exercício e 20 para os
unilaterais, não havendo pausa/intervalo entre os mesmos.
Entretanto na S2, a cada 2 exercícios, era combinado 1 minuto de exercício
aeróbico com a utilização de um step (movimento de
sobe e desce), com ritmo intermediário. A PSE foi verificada pela Escala de Borg modificada (0-10) e aplicada ao término de cada
exercício. A partir dos valores calculou-se a média para ambas as sessões (S1 e
S2). O teste t para amostras pareadas foi usado para análise dos dados (α
= 0,05). Resultados: A média da PSE foi 4,75 (± 1,35) na S1 e 4,45 (±
1,59) na S2, não sendo encontrada diferenças entre estas (p = 0,241). Conclusão:
Os resultados deste estudo apontaram que não houve diferença significativa
entre as duas sessões de Pilates. Além disso, a PSE mostra-se como uma
estratégia adequada para a prescrição e controle da intensidade de sessões de
Pilates.
Palavras-chave: método Pilates; percepção de esforço;
exercício resistido
Autor
correspondente: barbaracarlin8@gmail.com
Prescrição
do treinamento de força em idosos: uma prática subestimada em academias da
Grande Vitória
Julio
Henrique Nunes do Espírito Santo1, Hugo Kano2, Bruno
Henrique de Paula2, Felipe Gonçalves dos Santos de Sá3,
Felipe Sarzi4, Fabiane Valentini
Francisqueti-Ferron5, Roberto Carlos Burini2, Artur Junio Togneri Ferron2
1Prefeitura Municipal da Serra
2Universidade Estadual Paulista
3Faculdade Multivix
4UNIFAC - Faculdades Integradas de
Botucatu
5Faculdade de Medicina de Botucatu -
UNESP/Botucatu
Introdução: O avanço tecnológico levou ao aumento
da expectativa de vida com maiores prevalências de pessoas idosas no mundo.
Como combate ao hábito sedentário e suas complicações, observa-se cada vez mais
idosos praticando exercício físico, principalmente em academias.
Particularmente, o exercício resistido tem sido mais aceito pelos idosos,
proporcionando maior segurança, aceitabilidade e ganho de respostas adaptativas
mais rápidas. O exercício físico quando devidamente planejado e estruturado,
resulta em melhora da saúde mental e física, trazendo maior autonomia nas
atividades cotidianas e redução do risco para doenças crônicas
não-transmissíveis (DCNTs), em especial para
sarcopenia e doenças cardiovasculares. Apesar dos benefícios do
exercício físico estarem bem documentados, o aumento de idosos treinando em
academias não reflete na redução da incidência de DCNTs
em idosos. Portanto, o objetivo do estudo foi identificar a intensidade
utilizada no treinamento resistido em idosos. Métodos: foram avaliados 20
idosos (67,8 ± 3,1 anos de idade), 10 homens e 10 mulheres de boa saúde mental,
fisicamente ativos há pelo menos 3 meses e com frequência mínima de 3 vezes por
semana em academia do município da Grande Vitória-ES.
Os indivíduos foram abordados imediatamente após realizarem os exercícios nos
aparelhos cadeira extensora e supino horizontal. Foram coletadas informações a
respeito do número de séries concluídas no seu treino habitual. Após a coleta
desses dados, foram instruídos a realizarem o mesmo exercício até a falha
concêntrica, sendo anotado novamente o número de séries. Os resultados foram
expressos em média ± desvio padrão. Foi utilizado o teste t pareado para
comparação dos números de repetições entre as execuções. O nível de
significância adotado foi p < 0,05. Resultados: O número de
repetições até a falha tanto na cadeira extensora (17,4 ± 4,9 repetições versus
10,7 ± 1,5 repetições) quanto no supino horizontal (18,0 ± 5,6 repetições
versus 10,7 ± 1,5 repetições) foram maiores em comparação ao número de séries
realizadas habitualmente. Conclusão: O treinamento de força em idosos é
prescrito de maneira subestimada nas academias da grande Vitória, levando a
poucas respostas adaptativas positivas ou, até mesmo, ausência de respostas,
indicando a necessidade de atendimento personalizado e de qualidade para
alcançar o resultado esperado em idosos.
Palavras-chave: treinamento de força; idosos;
prescrição de exercícios físicos
Autor
correspondente: juliohenriqueksa@hotmail.com
Reprodutibilidade
do teste de corrida com resistência elástica como alternativa para a prescrição
de uma nova proposta de treinamento intervalado de alta intensidade (EL-HIIT):
um estudo piloto
Girlene
Dias do Nascimento, Letícia Nascimento dos Santos Neves, Victor Hugo Gasparini
Neto, Richard Diego Leite, Luciana Carletti
Universidade
Federal do Espírito Santo
Introdução: O treinamento intervalado de alta
intensidade (HIIT) se destaca como uma estratégia de exercício tempo-eficiente.
Porém, os protocolos de HIIT consistem em prescrições em alta intensidade (85%
a 100% VO2máx), e geralmente utilizam ergômetros como esteira e
bicicleta, que podem ser equipamentos de acesso limitado à população devido ao
custo elevado. Uma alternativa viável pode ser a prática do HIIT na forma de corrida
com resistência elástica (EL-HIIT). Não há estudos que propuseram testes
incrementais com resistência elástica para viabilizar a prescrição da
intensidade do exercício em relação ao esforço máximo. Assim, o objetivo deste
estudo foi avaliar a reprodutibilidade das respostas cardiometabólicas
e ventilatórias após teste e reteste de corrida com resistência elástica (Tethered Running Test - TRT). Métodos: Foram
avaliados 10 homens saudáveis (idade: 26 ± 2 anos; IMC: 22,6 ± 2,0 kg m-2)
que realizaram o teste e reteste com intervalo de sete dias. Coletaram-se as
medidas de troca gasosa e ventilação para análise dos parâmetros
cardiopulmonares e validação de protocolo. As variáveis de ventilação minuto
(VE), consumo de O2 (VO2), taxa de troca respiratória (RER)
e frequência cardíaca (FC) nos limiares ventilatórios 1, 2 (LV1 e LV2) e no
esforço máximo (VO2máx) foram analisados pelo teste “t” Student pareado e coeficiente de correlação intraclasse
(ICC). Resultados: Nos três momentos (LV1, LV2 e VO2máx) a comparação
dos testes TRT nas variáveis analisadas apresentaram médias semelhantes e ICC
classificado como moderado a excelente. No LV1, Foram observados os seguintes
resultados: VELV1: 53,73 ± 13,99 vs 58,65 ± 21,15
l/min; p < 0,556; ICC:0,55; VO2LV1 :2,09 ± 0,44 vs
2,26 ± 0,58 l/min; p < 0,485; ICC:0,98; RERLV1:0,76 ± 0,09 vs 0,81 ± 0,10; p < 0,176; ICC:0,99; FCLV1:144 ± 20,35 vs 147 ± 26,25 bpm; p < 0,695;
ICC:0,96. No LV2 foram observados os seguintes valores: VELV2: 93,37 ± 19,13 vs 88,63 ± 18,42 l/min; p < 0,269; ICC:0,96; VO2LV2:
2,83 ± 0,41 vs 2,90 ± 0,45 l/min; p < 0,405;
ICC:0,99; RERLV2: 0,95 ± 0,07 vs 0,96 ± 0,05; p <
0,305; ICC:0,97; FCLV2: 174 ± 13,76 vs 173 ± 15,68 bpm; p < 0,759; ICC:0,99. Já no momento de ocorrência do
VO2máx, foi possível observar os seguintes valores: VEmáx: 123,83 ± 20,78 vs
121,89 ± 24,91 l/min; p < 0,536; ICC:0,99; VO2máx: 3,31 ± 0,56 vs 3,19 ± 0,48 l/min; p < 0,156; ICC:0,99; RERmáx: 0,98 ± 0,06 vs
1,00 ± 0,05; p < 0,327; ICC: 0,98; FCmáx:186 ± 12,47 vs
185 ± 14,35 bpm; p < 0,558; ICC:0,99. Conclusão: O
TRT apresentou respostas cardiometabólicas e
ventilatórias reprodutíveis.
Palavras-chave: treinamento intervalado de alta
intensidade; resistência elástica; parâmetros cardiopulmonares
Autor
correspondente: lucianacarletti@gmail.com
Treinamento
físico precoce atenua o fenótipo de insuficiência cardíaca via preservação do
metabolismo lipídico miocárdico em ratos com estenose aórtica supravalvar
Sérgio
Luiz Borges de Souza1, Gustavo Augusto Ferreira Mota1,
Vitor Loureiro da Silva1, Gilson Masahiro Murata2,
Sabrina Setembre Batah3, Rebeca Rodrigues
Lopes Roslindo Figueira3, Silmeia Garzia Zanati Bazan1, Antonio
Carlos Cicogna1
1Universidade Estadual Paulista “Júlio de
Mesquita Filho”, Faculdade de Medicina de Botucatu
2Universidade de São Paulo
3Universidade de São Paulo,Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
Introdução: Sobrecarga pressórica conduz à
remodelação patológica com evolução gradual para insuficiência cardíaca (IC). A
transição para a IC inclui imbalanço metabólico-energético
miocárdico decorrente da rarefação capilar e hipóxia que culminam em
subutilização de lipídios como fonte energética. O treinamento físico (TF) é
proposto como ferramenta no manejo das cardiopatias; o efeito do TF precoce
sobre o status energético miocárdico na IC, entretanto, é desconhecido.
Objetivou-se testar a hipótese de que o TF precoce preserva o metabolismo
lipídico miocárdico e atenua a disfunção cardíaca em ratos com IC induzida por EAo. Métodos: Utilizou-se ratos Wistar
machos (21 dias, ~90g). Duas semanas pós cirurgia os animais foram divididos em
sedentários (Sham; EA) e treinados (ShamT; EAT). TF:
corrida em esteira 1 hora/dia, 5 dias/semana/16 semanas com carga equivalente a
60% da velocidade máxima obtida em teste de esforço. IC foi caracterizada pela
ocorrência de sinais clínico-patológicos (intolerância ao esforço, taquipneia,
congestão pulmonar e hepática, trombo atrial e ascite), e disfunção cardíaca
avaliada por ecocardiograma. O metabolismo energético foi avaliado pela expressão
de componentes-chave do metabolismo lipídico – carnitina
palmitoil transferase (CPT1-β); acil CoA desidrogenase de cadeia média (MCAD) e translocase de ácidos graxos (FAT/CD36), e do sinalizador
de hipóxia – fator induzível por hipóxia (HIF1-α). Também foi avaliada a
atividade da β-hidroxi-acil CoA desidrogenase (BHAD),
envolvida na beta oxidaçã β o lipídica.
Adicionalmente, a angiogênese miocárdica foi avaliada pela imunoexpressão
dos marcadores VEGF e CD34, este último como marcador de densidade capilar. ANOVA
P < 0,05. Resultados: O grupo EA apresentou disfunção diastólica e
sistólica associada à manifestação de sinais clínicos de IC, condição que foi
atenuada pelo TF. Os animais do grupo EA apresentaram menor expressão de
FAT-CD36 e MCAD, e menor atividade da BHAD, sinalizando redução na utilização
de lipídios, enquanto no grupo EAT esse cenário foi preservado. O TF impediu a hiperexpressão de HIF-1α, encontrado aumentado no
grupo EA. Adicionalmente, a angiogênese e densidade capilar miocárdica foram
reduzidas no grupo EA, e preservadas no grupo EAT. Conclusão: Atenuação da IC
pelo TF precoce está consecutivamente associada a 1. preservação da
angiogênese, 2. redução da hipóxia, e 3. preservação do metabolismo lipídico
miocárdicos.
Palavras-chave: treinamento físico; insuficiência
cardíaca; metabolismo lipídico
Autor
correspondente: desouza.slb@gmail.com
Treinamento
físico resistido atenuou o remodelamento cardíaco induzido por dieta ocidental
em ratos
Felipe
Sarzi1, Cristina Schmitt Gregolin2, Artur Junio Togneri Ferron2,
Hugo Kano2, Gabriela Souza Barbosa2, Bruno Henrique de
Paula2, Silmeia Garzia
Zanati Bazan2, Camila Renata Corrêa2
1UNIFAC - Faculdades Integradas de
Botucatu
2Universidade Estadual Paulista “Júlio de
Mesquita Filho” - Campus Botucatu
Introdução: a dieta ocidental, rica em açúcares e
gorduras, aumenta o risco de doenças cardiovasculares e o exercício físico tem
sido empregado como meio de tratamento não farmacológico. O objetivo foi
avaliar o efeito do treinamento físico resistido (TFR) sobre o remodelamento
cardíaco induzido pelo consumo de uma dieta ocidental em ratos. Métodos:
40 ratos Wistar (180g) distribuídos em dois grupos (n
= 20): ração controle + água (dieta controle, DC) ou ração rica em carboidratos
simples e gordura + água de beber com sacarose à 25% (High Sugar-Fat Diet,
HSF). Na 20ª semana os animais foram submetidos à análise ecocardiográfica
Doppler a fim de constatar a presença da disfunção cardíaca; sendo
redistribuídos em quatro grupos: sedentários (DC, n = 10 e HSF, n = 10) e
treinados (DC+TFR, n = 10 e HSF+TFR, n = 10). O TF foi realizado 5 dias/semana
e constituiu de 4 subidas de escada, com aumento gradativo da carga, (1x50%,
1x75%, 1x90% e 1x100% da capacidade máxima), previamente estabelecida no teste
de esforço. O período de recuperação entre cada subida foi de 1 min. Ao término
do protocolo de TF os animais tiveram a função cardíaca novamente avaliada. Foi
realizado ANOVA two-way ou ANOVA on-ranks,
e p < 0,05. Resultados: Na 20ª semana, os animais HSF apresentaram
maior peso, hipertrofia ventricular concêntrica, disfunção sistólica e
diastólica leve. O TF melhorou a capacidade funcional em ambos
cenários de dieta. Houve aumento do diâmetro sistólico do ventrículo
esquerdo (DSVE) no grupo HSF e DC+TFR, no entanto, o TF impediu o aumento
acentuado dessa variável na presença da dieta HSF. O grupo HSF+TFR teve os
prejuízos na diástole atenuados, observados em tamanho do átrio esquerdo, tempo
de relaxamento isovolumétrico, tempo de desaceleração da onda E, e relação
E’/A’; bem como apresentaram melhora do prejuízo sistólico caracterizado por
percentagem de encurtamento mesocárdico e
endocárdico, velocidade de encurtamento da parede posterior e fração de ejeção.
Conclusão: A dieta rica em açúcares e gorduras acarretou prejuízo
estrutural e funcional cardíaco. Na 28ª o TF preservou o DSVE alterado pela
dieta HSF e teve desfecho favorável sobre a função diastólica e sistólica.
Palavras-chave: disfunção cardíaca; obesidade;
exercício
Apoio
Financeiro: FAPESP: 2020/06100-0. CNPq:141000/2020-1.
Autor
correspondente: felipe_sarzi@hotmail.com
Validação
por critério concorrente e confiabilidade do Questionário de Prontidão para o
Esporte com Foco nas Lesões Musculoesqueléticas
Gianfranco
Sganzerla1, Christianne de Faria Coelho
Ravagnani1, Silvio Assis de Oliveira Júnior1, Fabricio
César de Paula Ravagnani2
1Universidade Federal de Mato Grosso do
Sul
2Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia de Mato Grosso do Sul
Introdução: A avaliação pré-participação
ao esporte com foco no sistema musculoesquelético é fundamental para a prática
esportiva segura. O Questionário de Prontidão para o Esporte com Foco nas
Lesões Musculoesqueléticas (MIR-Q) é um instrumento viável e válido (por
conteúdo) para triagem de atletas referente às lesões musculoesqueléticas.
Contudo, algumas propriedades psicométricas ainda necessitam ser testadas.
Assim, o objetivo deste estudo é testar a validade por critério concorrente e
confiabilidade do MIR-Q. Métodos: Cento e vinte atletas adultos de
diferentes modalidades esportivas (17 mulheres; 26,5 ± 8,7 anos; 173,8 ± 8,3
cm; 74,2 ± 13,0 kg; 24,5 ± 3,3 kg/m²; 8,9 ± 6,2 horas de treino por semana e
8,9 ± 6,2 anos de experiência) participaram do estudo. Primeiramente, os
atletas responderam o MIR-Q e em seguida se submeteram ao exame físico
ortopédico (EFO), realizado por médico especialista em ortopedia ou medicina
esportiva. O MIR-Q é um questionário com seis questões dicotômicas (sim/não),
que avalia sinais e/ou sintomas relacionados às lesões musculoesqueléticas. O
EFO consistiu em testes especiais, inspeção e palpação de ossos, músculos e
tecidos moles, além da avaliação da força, flexibilidade e da marcha. Ao menos
uma resposta afirmativa no MIR-Q, assim como um POE com necessidade de
tratamento ou avaliação adicional (exame de imagem), foi considerado “fator de
risco para lesões”. A validade relacionada ao critério foi avaliada por
análises de sensibilidade, especificidade e acurácia. Já a confiabilidade foi
testada por meio da consistência interna e o teste-reteste, utilizando uma
subamostra de 41 atletas respondendo o MIR-Q em dois momentos (com intervalo de
7 e 14 dias). Resultados: Oitenta e cinco questionários foram positivos
(67,5%) e 45 (37,5%) atletas foram indicados para tratamento ou exames
adicionais. A validação por critério concorrente apresentou sensibilidade de
84,4%, especificidade de 45,7% e acurácia de 58,0%. Já a consistência interna
foi considerada moderada (KR-20 = 0,57) e o teste-reteste fraco (K = 0,30; p =
0,0249). Conclusão: O MIR-Q revelou valores satisfatórios de validação
por critério concorrente, mas baixos valores de confiabilidade. Ele pode ser
uma ferramenta útil na avaliação pré-participação de
atletas, especialmente nos ambientes esportivos com pouco acesso a médicos
especializados em ortopedia ou medicina do esporte.
Palavras-chave: atletas; estudo de validação; reprodutibilidade
dos testes
Autor
correspondente: gianfranco.sganzerla@ufms.br
I Simpósio
Capixaba de Fisiologia e Biomecânica Aplicada ao Exercício Físico
Eixo:
Biomecânica
A
relação entre a sensibilidade cutânea plantar e o desempenho do controle
postural de adultos jovens
Juliana
Amaral da Silva1, Mathaeus Henrique Sant’Anna
Pereira1, Jean Leite da Cruz1, Leonardo Araújo Vieira2,
Natalia Madalena Rinaldi1
1Laboratório de Análise Biomecânica do
Movimento (Bio.Mov), Centro de Educação Física e
Desportos (CEFD), Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)
2Prefeitura Municipal de Vitória
Introdução: O controle postural é definido como a
habilidade de controlar a posição do corpo no espaço com orientação e
estabilidade, e é fundamental no desempenho das atividades da vida diária,
sendo a sensibilidade cutânea plantar (SCP) um de seus fatores contribuintes,
seja na percepção espacial ou na orientação corporal. Dentro deste contexto, o
objetivo deste estudo foi avaliar a relação da SCP com o desempenho de tarefas
do controle postural em adultos jovens. Métodos: Participaram deste
estudo 25 adultos jovens (23,08 ± 2 anos, 1,69 ± 0,09 m, 67,4 ± 14 kg). Os
participantes foram instruídos a permanecer com a postura ereta com os braços
ao lado do lado em cima de uma plataforma de força. As tarefas posturais
realizadas foram: posições de apoio bipodal (AB) e semi-tandem (ST). Para cada tarefa foram realizadas 3
tentativas de 30 segundos, sendo randomizadas para cada participante. As
variáveis analisadas foram: a amplitude média de deslocamento nas direções
anteroposterior (AMDap) e mediolateral
(AMDml), e a velocidade média total (VELtotal) do centro de pressão (COP). A SCP foi avaliada
por meio de um estesiômetro nos pés direito e
esquerdo. Na análise estatística, foi realizada uma Correlação de Spearman, sendo adotado nível de significância de p <
0,05. Resultados: A análise revelou alterações significantes apenas para
a correlação da SCP com as variáveis na posição ST: em AMDap
(pé direito: r = -0,45, p = 0,023 e pé esquerdo: r = -0,48, p = 0,015), AMDml (pé esquerdo: r = -0,43, p = 0,034) e VELtotal (pé direito: r = -0,43, p = 0,031 e pé esquerdo: r
= -0,50, p = 0,010). Conclusão: Esta correlação entre a SCP e as variáveis do
COP na posição ST pode estar relacionada com maior demanda do sistema
somatossensorial em uma condição de estreitamento desta base de apoio em
relação à bipodal para o desempenho do controle
postural. É fundamental que o centro de pressão esteja em estabilidade, gerando
as adaptações neuromusculares necessárias na amplitude de deslocamento e nas
adaptações reproduzidas na velocidade da oscilação. Finalmente, a demanda do
componente sensitivo no controle postural aumenta ao reduzir a base de apoio,
levando a maiores oscilações e maior empenho na manutenção do equilíbrio
postural.
Palavras-chave: controle postural; adultos jovens;
sensibilidade
Autor
correspondente: natalia.rinaldi@ufes.br
Análise
de dupla tarefa em idosos caidores e não caidores: marcha combinada com alcance e preensão durante a
ultrapassagem de obstáculos
Gabriela
Vigorito Magalhães1, Janine Carvalho
Valentino Camargos2, Letícia Munhoz de Avellar3, Anselmo Frizera Neto3, Natalia Madalena Rinaldi1
1Laboratório de Análise Biomecânica do
Movimento Humano, Centro de Educação Física e Desportos, Universidade Federal
do Espírito Santo
2Centro de Educação Física e Desportos,
Universidade Federal do Espírito Santo
3Departamento de Engenharia Elétrica,
Centro de Educação Física e Desportos, Universidade Federal do Espírito Santo
Introdução: A marcha associada à tarefa de
preensão durante a ultrapassagem de obstáculo está presente nas atividades de
vida diária (AVDs), mas os mecanismos de controle
motor e as alterações causadas pelo envelhecimento e em função do histórico de
quedas ainda não foram totalmente elucidados na literatura. O objetivo do
estudo foi avaliar e comparar a distância horizontal do pé em relação ao
obstáculo antes e após a ultrapassagem entre os idosos caidores
(IDQ) e não caidores (ID) com e sem tarefa de preensão.
Métodos: Participaram do estudo 13 IDQ e 13 ID com idade entre 60 e 74
anos sem condições de saúde associadas que os impedissem a realização das
tarefas experimentais. Os participantes realizaram: 1) marcha com ultrapassagem
de obstáculo e 2) marcha combinada com o movimento de preensão com
ultrapassagem de obstáculo, com diferentes níveis de dificuldade para tarefa
manual e locomotora. Para análise dos parâmetros da marcha utilizou-se o sensor
Kinect v2, sendo a distância horizontal pé-obstáculo (DHPO) e a distância
horizontal obstáculo-pé (DHOP) as variáveis de estudo. MANOVAs
three-way com medidas repetidas foram utilizadas para
verificar possíveis diferenças entre os grupos e condições experimentais. O
nível de significância adotado foi p ≤ 0,05. Resultados: A MANOVA
revelou efeito de grupo e posição do obstáculo para DHPO e DHOP e efeito de
interação entre tarefa*posição (Wilk’s Lambda =
0,339, F8,14 = 3,401, p = 0,02). A análise univariada
apontou efeito de grupo para as variáveis DHPO e DHOP. O grupo IDQ apresentou
menor distância horizontal antes e após a ultrapassagem do obstáculo (26,63 cm
| 86,36 cm, respectivamente) quando comparado ao grupo ID (29,62 cm | 95,85
cm), refletindo maior dificuldade e desempenho motor inferior neste grupo.
Conclusão: IDQ apresentam maior dificuldade em realizar tarefas motoras
associadas, o que pode prejudicar o desempenho nas AVDs
e levar ao risco de quedas. Assim, o presente estudo colaborou com o
entendimento das estratégias de controle motor adotadas por idosos e contribuiu
para a área da pesquisa sobre o controle motor em idosos submetidos às tarefas
motoras associadas, assim como para a qualidade de vida dos
mesmos.
Palavras-chave: marcha; idosos; dupla tarefa
Autor
correspondente: natalia.rinaldi@ufes.br
Associação
entre Mini-BESTest e distância vertical pé-obstáculo
(DVPO) na ultrapassagem de obstáculo em idosos com e sem histórico de quedas
Milena
Razuk1, Janine Carvalho Valentino Camargos2, Letícia
Munhoz de Avellar3, Anselmo Frizera Neto3,
Natalia Madalena Rinaldi1
1Laboratório de Análise Biomecânica do
Movimento Humano, Centro de Educação Física e Desportos, Universidade Federal
do Espírito Santo
2Centro de Educação Física e Desportos,
Universidade Federal do Espírito Santo
3Departamento de Engenharia Elétrica,
Centro de Educação Física e Desportos, Universidade Federal do Espírito Santo
Introdução: A maioria das quedas em idosos é
decorrente da perda do equilíbrio dinâmico, ou seja, ocorrem durante a
locomoção em terrenos irregulares, sendo causadas principalmente por tropeços e
escorregões durante a marcha. A perda de equilíbrio ao ultrapassar um obstáculo
pode causar movimentos inadequados dos membros inferiores que levam o pé a
entrar em contato com o obstáculo em vez de ultrapassá-lo. O Mini-BESTest é uma versão reduzida do BESTest
para avaliação do equilíbrio estático e dinâmico em múltiplos contextos de
instabilidade postural, que pode ser realizada em menos tempo comparada a
escala original. Dessa forma, o objetivo do estudo foi verificar se o desempenho
do Mini-BESTest tem associação com o desempenho
locomotor durante a ultrapassagem de obstáculo em idosos com e sem histórico de
quedas. Métodos: Participaram do estudo 14 idosos com histórico de
quedas (idade 65,93 ± 3,79; IMC 31,93 ± 6,2) e 12 idosos sem histórico de
quedas (idade 66,5 ± 4,08; IMC 27,15 ± 3,57), totalizando 26 idosos. Os
participantes foram convidados a percorrer andando, em velocidade preferida,
uma distância de oito metros, sendo que na metade do trajeto o participante
tinha que ultrapassar um obstáculo de espuma com 15 cm de altura e 7 cm de
largura. No teste de equilíbrio foi calculada a pontuação total do Mini-BESTest e na tarefa da marcha foi calculada a
distância vertical pé-obstáculo (DVPO) que expressa a distância vertical entre
o marcador do metatarso e a borda superior do obstáculo, quando o pé estava
sobre o obstáculo. Foi realizada correlação de Person para cada um dos grupos
(com e sem histórico de queda) para as variáveis pontuação total do Mini-BESTest e DVPO. Resultados: A correlação de
Pearson mostrou que não houve correlação entre pontuação total do Mini-BESTest e DVPO para o grupo de idosos com (r = -0,118;
p = 0,688) e sem histórico de quedas (r = -0,306; p = 0,333). Conclusão:
Os resultados sugerem que não há necessidade de realizar o Mini-BESTest
para verificar o desempenho locomotor através da variável DVPO, pois não houve
associação entre as duas variáveis.
Palavras-chave: equilíbrio dinâmico; locomoção;
quedas.
Apoio
financeiro: Profix 10/2018 (FAPES/CAPES)
Autor
correspondente: natalia.rinaldi@ufes.br
Atividade
dos músculos sóleo, gastrocnêmio,
cabeça lateral e cabeça medial durante exercícios realizados no smith, leg press
e gêmeos sentado em três diferentes posições dos pés
Jonatas
Bezerra1, Bruna Massaroto Barros1,
Danilo Sales Bocalini2, Fabiano Politti1
1Universidade Nove de Julho
2Universidade Federal do Espírito Santo
Introdução: A flexão plantar como treinamento dos músculos gastrocnêmio cabeça
lateral, cabeça medial e sóleo (GL, GM e SOL) podem
ser realizados em diferentes tipos de equipamentos e posições dos pés. Dentros das academias de uma forma impirica
alunos e treinadores utilizam os pés em posição de Pé para dentro, Pé para fora
e Pé para frente afim de realizar exercicios para o triceps sural. O objetivo desse
estudo foi verificar a atividade dos músculos GL, GM e SOL durante exercícios
realizados em diferentes equipamentos e posições dos pés. Métodos: A
amostra foi composta por 15 homens saudáveis (Idade 26,8 ± 5 anos, Peso 77,6 ±
10,8 kg, Altura 172,6 ± 6 cm), fisicamente ativos. A eletromiografia de
superfície dos músculos GL, GM e SOL foi coletada durante o movimento de flexão
plantar considerando 5 repetições com a mesma carga obtida no teste do teste de
10 repetições máximas nos equipamentos Leg
Press,
Smith e Gêmeos Sentado. Para cada aparelho foram realizadas 3
coletas com 5
repetições, intervalo de 5 minutos entre as coletas e 5
minutos entre os
equipamentos. Resultados: A análise de variância de dois
fatores não revelou
diferença significativa na atividade dos três
músculos em relação à posição
dos
pés (F = 0,21, P = 0,97; hp2 = 0,005), e nem pelo tipo de aparelho
(aparelho vs posição dos pés) (F = 0,02, P = 1,00; hp2 =
0,001). No entanto, o tipo de equipamento utilizado para o exercício desses
músculos influenciou de forma significativa (F = 11,55, P < 0,001; hp2 = 0,20).
Conclusão: Os exercícios de flexão plantar realizado com 5 repetições no Smith
proporciona aumento significativo na atividade dos músculos GL e GM em relação
aos exercícios realizados nos equipamentos de Leg
Press e Gêmeos Sentado. Não foi encontrada na atividade do músculo Sóleo. A atividade desses músculos não é influenciada pelas
mudanças na posição dos pés durante os exercícios realizados nesses três
equipamentos.
Palavras-chave: triceps sural, gastrocnêmio; sóleo
Autor
correspondente: prof.jonatasb@gmail.com
Comparação
do controle postural de adultas-jovens e idosas ativas avaliadas através da
atividade neuromuscular
Katharine
Jappe Basso, Samuel Klippel
Prusch, Gustavo Jacobsen
Vivian, Elisama Josiane Mello dos Santos, Virgínia
Teixeira Hermann, Eduardo Porto Scisleski, Igor
Martins Barbosa, Luiz Fernando Cuozzo Lemos
Universidade
Federal de Santa Maria
Introdução: Com o envelhecimento, há uma
diminuição da força e potência muscular. A partir disto, os indivíduos possuem
uma maior dificuldade para a manutenção do controle postural, este que pode ser
avaliado de diversas maneiras, sendo que uma delas é através do sinal eletromiográfico, o qual fornece parâmetros importantes
para a compreensão de estratégias no recrutamento neuromuscular. Como por exemplo,
através do sinal eletromiográfico. O objetivo do
estudo foi comparar o controle postural através do sinal eletromiográfico
de músculos de membros inferiores de mulheres ativas adultas-jovens e idosas. Métodos:
Foi avaliado um grupo de idosas (GI) (idade: 64,60 ± 5,89 anos; estatura 1,60 ±
0,04 metros; massa corporal: 68,02 ± 5,12 kg) com 10 participantes e um grupo
de jovens (GJ) com 12 participantes (idade: 19,05 ± 3,34 anos; estatura: 1,62 ±
0,06 m; massa corporal: 61,16 ± 5,12 kg), as quais assinaram um termo de
consentimento (protocolo nº 50191115.7.00005591). Mensurou-se a atividade
neuromuscular através de eletrodos de superfície bipolares conectados a um eletromiógrafo (MIOTEC) operando à 2000 Hz. Os eletrodos
foram posicionados nos músculos vasto lateral (VL), bíceps femoral (BF). O
sinal foi normalizado pela contração isométrica voluntária máxima e utilizou-se
um filtro passa-banda de 20 a 500 Hz de 5ª ordem. O controle postural foi
avaliado através do teste de permanecer imóvel por 30 segundos em apoio unipodal e bipodal. Verificou-se
a normalidade pelo teste de Shapiro- Wilk, a homogeneidade por Levene e o teste t para amostras independentes para
comparações (nível de significância < 0,05). Resultados: O GI
apresentou maior ativação do VL, em ambas as condições (Unipodal:
GJ: 4,80 ± 2,52 e GI: 33,72 ± 16,57; p = 0,001; - Bipodal:
GJ: 3,83 ± 1,37 e GI: 20,45 ± 11,82; p = 0,001) e no BF em condição unipodal (GJ: 6,05 ± 4,44 e GI: 23,03 ± 16,27; p = 0,014). Conclusão:
O GI teve uma ativação neuromuscular maior do que GJ para uma manutenção da
postura, exceto no BF em condição bipodal.
Palavras-chave: eletromiografia; envelhecimento;
sarcopenia.
Autor
correspondente: katharinebasso@hotmail.com
Correlação
entre o nível de flexibilidade e o desempenho no countermovement
jump em três distintas angulações da fase excêntrica
Aline
Pacheco Posser, Samuel Klippel
Prusch, Lauren Benetti Porporatti,
Matheus Henrique da Silva Pacheco, Eduardo Porto Scisleski,
Luiz Fernando Cuozzo Lemos, Igor Martins Barbosa
Universidade
Federal de Santa Maria
Introdução: Ótimos níveis de flexibilidade
permitem gestos motores com maior amplitude, velocidade e força. Logo, a
flexibilidade pode apresentar relação com movimentos explosivos, tal como os
saltos verticais. Assim, o objetivo do presente estudo foi correlacionar a
flexibilidade com o desempenho em saltos verticais (DSV) e potência de membros
inferiores (P). Métodos: Foram avaliadas 14 jogadoras de handebol e
basquetebol (idade: 23,44 ± 6,62 anos; massa corporal: 69,63 kg ± 10,7;
estatura: 169,44 ± 7,59 cm; flexibilidade: 350,85 ± 76,03 mm; tempo semanal de
treino: 4,69 ± 3,55 horas; tempo de prática: 10,06 ± 7,18 anos), as quais
assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido sob número de protocolo 50191115.7.00005591.
A flexibilidade foi aferida pelo teste de sentar e
alcançar no banco de Wells. O DSV e a P foram mensurados por um tapete de
contato (CEFISE®), a partir do Countermovement jump
(CMJ) em três distintas angulações de flexão dos joelhos: CMJ100º; CMJ90º;
CMJ80º. A amplitude de flexão dos joelhos foi ajustada com um goniômetro manual
e um controlador de amplitude. Os dados foram submetidos a estatística
descritiva, com a normalidade verificada pelo teste de Shapiro-Wilk e a
esfericidade por Levene. Para comparações utilizou-se
a ANOVA one-way com post-hoc de Sidak
e para correlações foi utilizado o teste de Pearson. A força de correlação foi
definida pelo critério de Malina (fraca < 0,3; moderada = 0,3 até 0,6; forte
≥ 0,6). O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados:
Foi encontrada forte correlação da flexibilidade com o DSV no CMJ80º (24,98 ±
5,25 cm; Força de correlação (FC) = 0,611; p = 0,020), enquanto para P no
CMJ80º (1497,82 ± 239,70W; FC = 0,593; p = 0,026) e DSV e P no CMJ90º (24,10 ±
4,49 cm; FC = 0,550; p = 0,042; 1474,76 ± 236, 67W; FC = 0,535; p = 0,049)
foram encontradas correlações moderadas. No CMJ100º não foram verificadas
correlações do DSV (p = 0,074) e P = 0,091) com a flexibilidade. Conclusão:
O treino de flexibilidade pode ser considerado por treinadores e inserido na
rotina de treinamento, pela sua possível contribuição para o DSV e produção de
P.
Palavras-chave: desempenho atlético; amplitude de
movimento articular; destreza motora
Autor
correspondente: alineposser@hotmail.com
Efeito
do aquecimento no controle postural de idosos fisicamente inativas avaliadas na
plataforma de força
Rafael
Battaza1, Danilo Sales Bocalini2, Daniela
Biasotto-Gonzalez1, Fabiano Politti1
1Universidade Nove de Julho
2Universidade Federal do Espírito Santo
Introdução: já foi demonstrado em jovens que o
aquecimento físico (AF) pode influenciar o desempenho do controle postural
(CP), contudo não está claro na literatura o efeito do AF no CP em idosos.
Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi investigar o efeito do AF no CP
de idosas fisicamente inativas. Métodos: adotando um modelo randomizado,
cruzado, controlado e cego, 18 idosas (idade: 65,2 ± 4,57 anos) fisicamente
inativas, foram submetidas a dois testes: com aquecimento físico (experimental)
e, sem aquecimento físico (controle). Na condição experimental, a velocidade de
oscilação do centro de pressão (cm/s) nas direções ântero-posterior
(Velap) e médio-lateral (Velml)
foi mensurada antes, imediatamente pós e 10 minutos pós AF realizado em esteira
com duração de 12 minutos em intensidade leve/moderada monitorada pela escala
subjetiva de esforço (6-20). Na condição controle, a velocidade de oscilação
foi mensurada nos mesmos momentos, porém, o aquecimento foi substituído por 12
minutos de repouso, com as voluntárias sentadas. O CP foi avaliado em uma
plataforma de força na postura ereta bipodal com os
olhos abertos. Para cada momento de coleta, foram realizadas 3 séries de 90
segundos sobre a plataforma. Os dados foram analisados usando o software SPSS
20.0. A ANOVA para medidas repetidas de dois fatores (condição vs momentos) foi utilizada para verificar o efeito da AF no
CP, com significância de p < 0,05. Resultados: não foram observadas
diferenças significantes (p > 0,05) para os momentos e condições
experimental vs controle no CP, sendo Velap experimental: pré = 1,34 ±
0,45, pós = 1,35 ± 0,47, pós 10 min = 1,32 ± 0,48; Velap
controle: pré = 1,34 ± 0,25, pós = 1,31 ± 0,25, pós
10 min = 1,29 ± 0,24; F = 1,09, p = 0,32, hp2 = 0,03. Velml
experimental: pré = 1,28 ± 0,43, pós = 1,28 ± 0,46,
pós 10 min = 1,25 ± 0,45; Velml controle: pré = 1,27 ± 0,21, pós = 1,25 ± 0,21, pós 10 min = 1,26 ±
0,26; F = 0,66, p = 0,51, hp2 = 0,01. Conclusão: em idosas
fisicamente inativas, o CP não foi influenciado pela AF, logo, não há a
necessidade de realizar aquecimento antes de testes de CP nesta população, o
que contribui para a otimização e facilitação do teste.
Palavras-chave: equilíbrio postural; aquecimento
físico; idosos.
Autor
correspondente: rafaelbattazza@hotmail.com
Efetividade
do sinal EMG como desfecho clínico em ensaios de intervenção para disfunção
temporomandibular: uma revisão sistemática
Bruna
Massaroto Barros, Jonatas Bezerra, Daniela Biasotto-Gonzalez, Fabiano Politti
Universidade
Nove de Julho
Introdução: Diferentes métodos de análise têm sido
utilizados como forma de avaliar a disfunção temporomandibular (DTM), porém,
ainda não está claro na literatura se a EMG é uma medida segura de resultados
de ensaios clínicos para avaliar os efeitos do tratamento da disfunção
temporomandibular. Objetivo: Verificar se a DTM altera a atividade EMG
dos músculos mastigatórios após o tratamento. Métodos: Esta revisão
sistemática será realizada de acordo com as diretrizes dos Itens Preferidos de
Revisões Sistemáticas e Relatórios de Meta-Análise (PRISMA), tendo como fontes,
estudos que permitem uma análise comparativa da atividade EMG dos músculos
mastigatórios entre pacientes com DTM e pós-tratamento de indivíduos saudáveis,
produzidos entre 1990 e 2021, escritos em inglês, português ou espanhol e
coletados nas bases de dados PubMed, Science Direct, Lilacs. Os termos “disfunções temporomandibulares” e
“eletromiografia” foram verificados como Medical Subject
Headings (MeSH) da National Library of
Medicine e
seus respectivos termos de entrada foram adicionados aos campos de
pesquisa
para tornar a pesquisa mais sensível e eficaz. Os seguintes
termos de busca
foram empregados: “disfunção
temporomandibular” AND “ensaio clínico”,
“disfunção
temporomandibular” AND “ensaio clínico”,
“eletromiografia” AND “disfunção
temporomandibular”. Dois revisores independentes
verificarão a qualidade dos
estudos por meio de um checklist pontuado, contendo itens gerais de
acordo com
as diretrizes PEDro e ROB-2. Resultados: A
estratégia de busca possibilitou a recuperação de 5.000 artigos utilizando as
palavras-chave previamente determinadas. Após a aplicação dos critérios de
elegibilidade, 13 estudos foram incluídos nesta revisão sistemática. Conclusão:
A hipótese de que a EMG pode ser usada como uma medida de desfecho segura para
avaliar os efeitos pós-tratamento da DTM não foi confirmada. Os diferentes
métodos de captura, processamento e análise do sinal EMG foram um importante
fator limitante para a análise comparativa dos resultados descritos nos estudos
selecionados para esta revisão. Todos os estudos tinham diferentes protocolos
de captura e processamento de EMG. Tais diferenças metodológicas não apenas
dificultaram a análise dos dados, mas também indicaram a necessidade de
padronização quanto ao protocolo de captura, processamento e análise do sinal
EMG.
Palavras-chave: eletromiografia; DTM; mastigação
Autor
correspondente: massarotosaroto@gmail.com
Jean
Leite da Cruz1, Leonardo Araújo Vieira2, Natalia Madalena
Rinaldi1
1Laboratório de Análise Biomecânica do
Movimento (Bio.Mov), Centro de Educação Física e
Desportos (CEFD), Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)
2Prefeitura Municipal de Vitória
Introdução: Alterações no controle do equilíbrio
estático e dinâmico são identificadas em função do processo de envelhecimento.
A escala MiniBestest avalia o equilíbrio estático e
dinâmico em idosos com tarefas que promovem movimentos articulares no
tornozelo, gerando torque e potência articular. Entretanto, ainda não está
totalmente eluciado se a produção de torque articular
da articulação do tornozelo tem relação com os itens da escala de MiniBestest em idosos. O objetivo deste estudo foi
investigar a relação entre produção de torque e potência muscular no tornozelo
com os itens “ficar na ponta dos pés” e “manutenção da postura em cima de uma
espuma” em idosos. Métodos: Participaram deste estudo 61 idosos (65,9 ±
4,4 anos; 1,6 ± 0,05 m; 67,3 ± 10 kg). Um dinamômetro isocinético (Biodex System) foi utilizado para avaliar dorsiflexão e
flexão plantar. A avaliação consistiu em testes isocinéticos concêntricos com
velocidades predeterminadas de 60°/s (5 tentativas), para pico de torque, e
120°/s (10 tentativas) para potência média em ambos os membros. Foi realizada a
soma do pico de torque e da potência média de ambos os tornozelos (direito e
esquerdo). O equilíbrio foi investigado pelo MiniBestest
pelos itens “ficar na ponta dos pés” com o participante realizando flexão
plantar o mais alto possível mantendo 3 segundos, e item “olhos fechados,
superfície de espuma (pés juntos)”, com o participante mantendo base bipodal sobre espuma e olhos fechados 30 segundos. A
correlação de Pearson analisou a correlação entre pico de torque total (PTT) e
potência média total (PMT) com os itens “ficar na ponta dos pés” e “olhos
fechados, superfície de espuma (pés juntos)”. Nível de significância p ≤
0,05. Resultados: Foi verificado correlações negativas para os testes
“ficar na ponta dos pés” e PTT (r = -0,253, p = 0,050*) e PMT (r = -0,315, p =
0,013*) para Flexão Plantar, e o item “manutenção da postura em cima de uma
espuma” e PTT para Flexão Plantar (r = -0,286, p = 0,025*) e PMT para
Dorsiflexão (r = -0,320, p = 0,012*). Conclusão: Os resultados mostram
que para o desempenho dos testes “ficar na ponta dos pés”e
“manutenção da postura ereta em cima de uma
espuma” não é necessário elevada
produção de torque na articulação do
tornozelo
em idosos.
Palavras-chave: função muscular; controle postural; minibestest
Autor
correspondente: natalia.rinaldi@ufes.br