VII Congresso
de Ortopedia e Medicina Esportiva da UFJF
III Congresso
Multidisciplinar de Ciências do Esporte
Juiz de Fora
26 e 27 de
outubro de 2022
Organização
Tales Nogueira da Fonseca, talesnf@hotmail.com
Débora Rodrigues
Martins, deboramartins12@live.com
Pedro Miquelito Gomes, pedromiquelito@hotmail.com
João Pedro Silva
Costa Meirelles, joaomeirelles906@gmail.com
Vítor Homero
Vieira, vh.vieira2000@hotmail.com
Eduardo Oliveira
dos Prazeres, eduoprazeres@yahoo.com.br
Gabriel Lemos
Felizardo, lemos.gabriel@medicina.ufjf.br
Universidade
Federal de Juiz de Fora (UFJF), Juiz de Fora, Minas Gerais
RESUMOS
Considerações sobre os
impactos de dietas, vegetarianas e onívoras na prática de exercícios físicos
Maria Izabella
Silva, Renato Moreira Nunes, Maíza Santana Pedro, Adriely Cardoso
Universidade Federal de
Juiz de Fora (UFJF), Juiz de Fora, Minas Gerais
maria.izabella@estudante.ufjf.br
Introdução: O vegetarianismo cresce cada vez mais,
assim como a prática de exercícios físicos, portanto é essencial estudar os
impactos entre alimentação e performance nos indivíduos adeptos tais dietas.
Objetivo: Reunir informações recentes sobre vegetarianismo e exercício, suas
vantagens e desvantagens relacionadas à dieta, atividade física e performance. Métodos:
Foram pesquisadas nas plataformas PubMed e CAPES as
palavras-chave “vegan diet, performance e exercise” em 22/09/2022, excluindo materiais anteriores a
2017, e os que não abordavam vegetarianismo e performance. Foi usado o site
online Rayyan, afim de selecionar os artigos que de
fato seriam usados. Resultados: Observou-se pouca distinção na
composição corporal dos grupos analisados, com vegetarianos apresentando menos
gordura corporal que onívoros e Índice de Massa Corporal (IMC) 6% menor. Houve
maior capacidade de VO2 máximo e valores de teste de resistência elevados em
vegetarianos, que consomem, em geral, mais fibras, antioxidantes, vitamina C,
carboidratos e ferro. Discussão: Dietas vegetarianas não parecem ser
prejudiciais à performance. O consumo elevado de carboidratos confere maior
estoque de glicogênio muscular, elevando a capacidade de endurance.
Além disso, outra vantagem pode ser citada nas dietas vegetarianas, é o alto consumo
de alimentos in natura, o que reduz estresse oxidativo. Conclusão:
Conclui-se que dietas vegetarianas não prejudicam à performance, sendo
adequadas, em alguns casos, para melhorar os níveis de endurance.
Conclui-se um contraponto ao senso comum, que descredibiliza dietas
vegetarianas na prática de atividades físicas.
Palavras-chave: dieta vegana; performance; exercício.
Avaliando conhecimento
sobre suplementação nutricional por discentes dos cursos de Nutrição, Medicina
e Educação Física da UFJF
Ana Beatriz Maia de Almeida
Guimarães, Renato Moreira Nunes, Alberto Cezar Guedes Homem de Castro, Vitória
Silva Souza, Adriely Cardoso Barbosa,Carolinne da Silveira Scarpa Nema
Universidade Federal de
Juiz de Fora (UFJF), Juiz de Fora, Minas Gerais
anabeatrizmaia.ag@gmail.com
Introdução: A utilização de suplementos
nutricionais tem crescido, dessa forma, é fundamental que os profissionais da
saúde sejam capazes de orientar tais atletas para que a suplementação seja
feita de maneira adequada. Objetivos: Avaliar o conhecimento dos
estudantes de Nutrição, Medicina e Educação Física da Universidade Federal de
Juiz de Fora sobre suplementação nutricional, reconhecendo lacunas na formação
acadêmica. Métodos: Entre os meses de setembro e outubro de 2022, o
questionário “Conhecimento sobre suplementação” foi elaborado, com base na
revisão de literatura, e em seguida aplicado através da plataforma Google
Formulários para os estudantes da UFJF que cursam Nutrição, Medicina ou
Educação Física. Resultados e discussão: Espera-se que os resultados
guiem abordagens educacionais relacionadas ao tema pesquisado. Considera-se que
a maioria das respostas sejam positivas quanto a prática de exercícios e
suplementação, visto o perfil dos estudantes dos cursos, além de lacunas na
formação, achados semelhantes em pesquisas anteriores. Do questionário acerca
do conhecimento sobre suplementação foram obtidas 46 respostas, sendo 56,5%
pelo público feminino, e 58,6% na faixa etária de 20 a 23 anos de idade. A
razão das respostas entre os cursos foi de 69,6% de Medicina, 23,9% Nutrição e
6,5% da Educação Física, dos quais 91,3% são praticantes de atividade física.
Quanto à suplementação, 60.9% consomem algum suplemento, sendo que, apenas
34,8% recebe prescrição nutricional e, em sua maioria, 54,3% visando a
hipertrofia. No que tange ao entendimento dos mesmos, as respostas giram em
torno complementaridade à alimentação, afim de atingir um objetivo específico,
fixado pelo próprio indivíduo. Os estudantes consideram o ensino deste tema
insuficiente na graduação. Conclusão: Tendo em vista os resultados
obtidos, nota-se que apesar de bastante utilizada entre os graduandos, a
suplementação nutricional compreende um tema pouco discutido entre o meio
acadêmico, fazendo-se necessário a discussão aprofundada do tema, com o fito de
capacitar futuros profissionais e motivar a utilização consciente de
suplementação, sendo necessário intervenções posteriores nesse quesito.
Palavras-chave: suplemento alimentar; estudante;
conhecimento
Utilização dos testes
estatísticos em artigos das Ciências do Esporte nos anos 2000 e 2020
Roberto Carlos de Matos
Leite, Moacir Marocolo, Hiago
Leandro Rodrigues de Souza, Anderson Meireles, Géssyca
Tolomeu de Oliveira, Marcelo Pereira dos Santos
Faculdade de Educação
Física e Desportos, Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Juiz de Fora,
Minas Gerais
roberto.matos@ufjf.br
Introdução: Utilizar métodos estatísticos
adequados na pesquisa é essencial para a correta interpretação e inferência dos
dados coletados. Entretanto, dada a ampla variedade de testes estatísticos
existentes e disponibilidade de softwares para sua análise, não é conhecido se
os procedimentos estatísticos e de análise de dados sofreram modificações com o
passar dos anos. Objetivos: Identificar os testes estatísticos
utilizados em artigos publicados em periódicos de Ciências do Esporte nos anos
2000 e 2020. Métodos: 85 periódicos científicos da área de Ciências do
Esporte com publicações na temática “desempenho humano” foram identificados,
sendo 15 analisados e incluídos, de acordo com o fator de impacto. De forma
aleatória, foram analisados até 50 artigos por edição/periódico nos anos 2000 e
2020. Foram excluídos: a) periódicos com publicações após 2001; b) periódicos
com publicações exclusivas de revisões, editoriais e modelo animal. Foram
extraídos dados gerais do artigo (edição, periódico, autor correspondente,
etc.) e a metodologia estatística utilizada foi identificada e analisada. Resultados:
No ano 2000 foram encontrados 1062 artigos originais, dos quais 510 foram
analisados (48%). Em 2020 foram 2572 artigos originais, dos quais 695 foram
analisados (27%). Com relação aos testes estatísticos, houve um aumento percentual
expressivo na utilização de testes de normalidade /homogeneidade (379%),
tamanho de efeito (644%), regressão (66%) e sensibilidade/esfericidade (290%). Discussão:
Acredita-se que este aumento expressivo de testes estatísticos ocorreu devido
ao cuidado maior dos autores para ao relatar as conclusões e validar suas
hipóteses de pesquisas, assim como uma maior exigência dos periódicos para
publicação dos resultados. Destaca-se também o aumento considerável da
utilização de testes de tamanho de efeito nos últimos 20 anos, embora esse tipo
de teste apresentar registros na literatura desde 1976. Conclusão: Há
uma maior exigência para utilização de métodos estatísticos adequados, assim
como necessidade de se apresentar testes estatísticos mais capazes de validar
as conclusões apresentadas.
Palavras-chave: estatística; pesquisa; artigos.
Protocolo de
suplementação de creatina – uma revisão
Maíza Santana Pedro, Ana Paula Machado da
Rocha, Juliana Pereira Costa Miranda
Universidade Federal de
Juiz de Fora, Minas Gerais
julianamaizasantana@gmail.com
Introdução: A creatina é um composto orgânico
formado nos rins e no fígado por reações entre os aminoácidos arginina, glicina
e metionina. Além do consumo na dieta, vários atletas e praticantes de exercícios
físicos fazem suplementação da creatina a fim de melhorar seu desempenho e
massa muscular. Objetivos: Revisar o protocolo de suplementação,
auxiliando o desempenho dos atletas. Métodos: Foi realizada uma revisão
narrativa com base nas plataformas PubMed, Scielo e Google Acadêmico, utilizando-se as palavras-chave creatine, supplementation e bioavailability, selecionando-se trabalhos publicados entre
2017 e 2022. Resultados e discussão: Durante a atividade física, o
músculo esquelético transforma o glicogênio armazenado em lactato. Contudo,
como a quantidade de glicogênio disponível é baixa, faz-se necessário o uso da fosfocreatina como fonte de ATP. Para que a creatina seja
corretamente utilizada, é preciso haver um protocolo que torne seu uso
eficiente, uma vez que seu uso inadequado pode ocasionar problemas renais,
desidratação e exacerbação da resposta alérgica na asma. Os estudos mostram que
uma dose de 5 g ou 0,1 g/kg/d é suficiente para aumentar o desempenho. Ao se
suplementar 5 g creatina monohidratada, 4 vezes por
semana, por 6 dias, com dose de manutenção de 2g, observou-se que houve um
aumento na força nos pós treino, quando comparada à força do pré treino, principalmente no grupo que recebeu creatina.
Quando foi suplementado creatina a 0,1 g/kg/d, sem mudança no ritmo de treinos
e hábitos alimentares, observou-se uma diminuição significativa na ingestão
energética quando comparado ao grupo controle, bem como uma diferença na massa
muscular e nas medidas corporais principalmente dos homens. Não se verificou
diferença significativa na resistência muscular, mas houve um aumento
progressivo na força no grupo com creatina. Conclusão: A creatina é um
suplemento eficiente no que diz respeito à melhoria de desempenho em atividades
físicas e ganho de massa muscular. Isso se dá graças à sua rota metabólica e ao
uso da fosfocreatina como fonte de ATP. Seu uso,
contudo, deve ser feito através de protocolos que garantam o uso consciente do
composto.
Palavras-chave: creatina; desempenho físico; massa
muscular
A influência do exercício
físico no controle de sintomas e alterações fisiológicas em mulheres na
menopausa e com obesidade
Waulio Mattos Oliveira Junior, Josiane
Aparecida de Miranda Messer, Bruno Costa Abreu
Faculdade Metodista Granbery, Juiz de Fora, Minas Gerais
wauliojunior8@gmail.com
Introdução: A obesidade é uma doença complexa,
multifatorial e com alta prevalência, que é associada a diversos desfechos
negativos à saúde. Nas mulheres, a menopausa, embora seja uma condição
fisiológica, representa um período de alterações bioquímicas e metabólicas que
somadas à condição de obesidade, podem trazer consequências negativas para a
saúde. O exercício físico é estratégia importante no tratamento e controle dos
sintomas e complicações associados a ambas as condições - menopausa e
obesidade. Objetivo: Este manuscrito é fruto de trabalho de conclusão de
curso, que objetivou revisar na literatura os benefícios do exercício físico na
saúde de mulheres na menopausa com obesidade. Metodologia: Revisão
narrativa, de artigos disponíveis na língua portuguesa e inglesa, na base de
dados Scielo no período de 2010 a 2022, com os
seguintes descritores: Exercício físico, Obesidade, Menopausa e a combinação
entre eles. Resultados e discussão: O exercício físico realizado com
regularidade, mostrou-se eficaz na melhora de condições relacionados à
menopausa bem como no tratamento da obesidade. Os resultados positivos
associados ao exercício físico nas manifestações consequentes da obesidade e
menopausa, observados nos estudo foram: melhor composição corporal (diminuição
do excesso de gordura corporal, da circunferência da cintura e aumento da massa
magra muscular), redução da dislipidemia, menor ocorrência de diabetes do tipo 2,
de sarcopenia e redução da osteopenia, progresso nos parâmetros cardiorrespiratórios,
índices de quedas reduzidas, diminuição das ondas de calores, melhora no humor
e função sexual. Apesar dos resultados animadores, são necessárias mais
investigações, principalmente sobre o papel de diferentes modalidades de
exercício físico, nesta fase da vida feminina, a fim de se estabelecer conduta
adequada na prescrição do exercício físico. Resultados: Foram identificados 11
artigos, e desses, 6 compuseram esta revisão. Conforme observado nos estudos a
prática de exercício físico, principalmente aeróbio, ajuda a combater os
sintomas e melhora a condição de saúde durante a menopausa, além de causar
redução do grau de obesidade.
Palavras-chave: exercício físico; obesidade;
menopausa.
Consequências do
confinamento durante a Covid-19 sobre o comportamento de atletas paralímpicos:
uma revisão literária
Maria Eduarda Estefânio Coelho, Leandro Véspoli
Campos, Ana Cecília dos Santos Maciel, Ana Karoline Coutinho Barros, Isadora Estefânio Coelho, Nara Assis Salgarello
Faculdade de Ciências
Médicas e da Saúde de Juiz de Fora (Suprema), Juiz de Fora, Minas Gerais
dudaecoelho@hotmail.com
Introdução: Os Jogos Paralímpicos são um dos
maiores eventos esportivos para pessoas com deficiência e exigem a adoção de
cronograma de treinamento bem elaborado. Atletas profissionais foram muito
afetados pela pandemia de COVID-19, já que sua rotina ao ar livre e centros
desportivos foi limitada pelo confinamento. Nesse viés, consequências
prejudiciais podem variar entre indivíduos, esportes e treino adotado. Objetivo:
Investigar os impactos da pandemia de COVID-19 no comportamento de paratletas. Métodos:
Para tanto, foi realizada uma revisão literária com a utilização da base de
dados PubMed, em outubro de 2022 com os descritores “Paralympics”, “COVID-19” e suas variações no MeSH. Foram incluídos estudos dos últimos 5 anos e
publicados em inglês e excluídos aqueles dissonantes ao tema. Para compor este
estudo, foram selecionados 5 artigos. Resultados: A pandemia
desfavoreceu a rotina dos atletas, e muitos suspenderam ou reduziram as horas
de treino diárias. Paratletas mostraram-se mais conscientes da importância do
confinamento e seus efeitos para o desempenho, e mais estressados, em
comparação a outros atletas de elite. Isso porque, eles demandam suporte e
equipamentos para treinamento, indisponíveis no confinamento. Nessa fase, houve
mudanças nos padrões de sono, na alimentação, além de aumento do consumo de
álcool, tabaco e fármacos psicotrópicos. Resultados: Notou-se que 12% dos
atletas suspenderam seus regimes de treinamento. No geral, o tempo de treino
diário reduziu 50%. O gasto de paratletas em tempo de tela sedentário cresceu
de 4,5 para 6,1 horas/dia. Em estudo feito com 511 atletas olímpicos e
paralímpicos, 48,7% declararam mais cansaço, 47,9% dificuldade para dormir,
62,9% alteraram a alimentação, 4% aumentaram o consumo de tabaco, 9,8% o de
álcool e 2% usaram medicações psicotrópicas. Conclusão: Cada atleta foi
afetado de modo distinto pelo confinamento da pandemia do COVID-19, inclusive
os paralímpicos. Logo, é preciso acompanhamento de todos os atletas de alta
performance, com enfoque para suas demandas. Porém, são necessários mais
estudos sobre essa temática, que abranjam efeitos a longo prazo da pandemia
sobre os paratletas.
Palavras-chave: paratletas; COVID-19; pandemia.
Terminologias utilizadas
para classificação da potência aeróbia em estudos com corredores e ciclistas
Marcelo Pereira dos Santos1,2,
Moacir Marocolo2, Géssyca Tolomeu de Oliveira 2, Hiago
LR Souza2, Anderson Meireles2
1Centro Universitário de Valença
(UNIFAA), Rio de Janeiro, 2Departamento de Fisiologia, Instituto de
Ciências Biológicas, Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Minas Gerais
prof.marcelo23@gmail.com
Introdução: O cenário da pesquisa em ciências do
esporte parece sofrer com o recrutamento de indivíduos altamente treinados para
estudos, devido a rotina de treinos e competições. Devido a isso, estudos
costumam recrutar indivíduos que não estão neste escopo, podendo gerar confusão
em relação a terminologia para classificar o status de treinamento dos
indivíduos, culminando na estrapolação equivocada dos resultados para a
prática. Objetivos: identificar as terminologias para classificação do
status e sua relação com o nível de aptidão relatada em estudos sobre ciclismo
e corrida desde o ano 2000. Métodos: Foi realizada uma revisão de escopo
na literatura (PRISMA-ScR) nas bases de dados PubMed, Web of Science e Scopus
para identificação das terminologias e variáveis fisiológicas. Em seguida
propomos uma pesquisa Delphi Consensus através da consulta a um grupo de
especialistas em ciências do esporte para discutirem quais terminologias seriam
adequadas para classificar o status de treinamento. Resultados: Foram elegíveis
1.003 estudos para a análise, sendo 589 e 414 estudos relacionados a ciclistas
e corredores. O VO2máx relativo foi a variável fisiológica mais
reportada nos estudos de ciclistas e corredores (~61%). Foram identificadas 34
e 23 diferentes terminologias para classificar o status de treinamento de
ciclistas e corredores. Após o consenso proposto entre especialistas houve uma
redução no quantitativo de terminologias para classificar o status de
treinamento baseado nos valores de VO2máx relativo. Discussão:
Observamos que muitos indivíduos foram classificados sem apresentar
características fisiológicas condizentes com a terminologia utilizada. Com
isso, parece haver uma utilização das terminologias baseadas em critérios
estabelecidos pelos próprios autores. Conclusão: Não há uma coerência na
literatura entre as terminologias utilizadas e o VO2máx relativo de
ciclistas e corredores. Por isso, propusemos uma classificação concisa para o
status de treinamento de ciclistas e corredores que poderia contribuir para
diminuir a confusão de interpretação e facilitar a descrição e caracterização
das amostras em estudos futuros nessas modalidades.
Palavras-chave: terminologias; caracterização;
ciclistas.
Benefícios clínicos da
reabilitação cardíaca em pacientes com coronariopatia:
Revisão narrativa de literatura
Lucas Palhares Ramiro,
Leandro Goursand Penna, Gabriel Pereira Martins, Igor
de Souza Neto, Igor Viana Diniz, João Gabriel Alvarenga Andrade, Thiago Lacerda
Bitencourt de Faria
Faculdade Ciências Médicas
de Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais
lucaspalhares123@gmail.com
Introdução: A prática de atividades físicas por
pacientes que sofreram efeitos isquêmicos cardíacos importantes foi durante
muito tempo desencorajada, pois havia um medo de que o estresse e sobrecarga do
músculo cardíaco causado pela atividade física pudesse facilitar uma recidiva
do quadro aumentando a mortalidade do paciente. No entanto, estudos extensos ao
longo dos últimos anos vêm levando a uma releitura dessa visão e diversos
benefícios da atividade aeróbica e anaeróbica podem levar a uma diminuição da morbi-mortalidade destes pacientes. Objetivo: O
presente estudo tem como objetivo melhor compreender tais benefícios e
possíveis riscos através da seguinte pergunta norteadora: Quais são os
conhecimentos científicos produzidos nos últimos anos com relação aos
benefícios e riscos da reabilitação cardiovascular em pacientes com coronariopatias. Métodos: Trata-se de uma revisão
narrativa de literatura a respeito dos benefícios clínicos da reabilitação
cardíaca nos pacientes com coronariopatia, utilizando
as bases de dados Scielo e Pubmed
publicados nos últimos 5 anos. Foram selecionados artigos em língua portuguesa
e inglesa. Resultados: 5 artigos tiveram seus resultados extraídos e
julgados quanto a relevância e veracidade. Nesse sentido todos os estudos
avaliados apresentaram resultados mostrando uma melhora em todos os parâmetros
como: diminuição de 18% a 26% nas internações, melhora de até 27% no VO2pico,
diminuição de até 25% da mortalidade e redução de até 20% de eventos cardíacos.
Discussão: Os estudos apresentados possuem diferentes metodologias e
podem divergir levemente em resultados por suas diferentes amostragens, porém,
todos convergem para mostrar que o exercício físico é benéfico em diversos
pontos para os pacientes coronariopatas. Conclusão: Conclui-se que, com
base na coleta de dados dos artigos buscados, a prática de atividade aeróbica e
anaeróbica para pacientes que sofreram efeitos isquêmicos coronarianos, leva a
uma melhora considerável na qualidade de vida se indicados e realizados na
forma correta (dose e avaliação de risco), além de oferecerem uma diminuição no
risco de recidiva se respeitando os limites da condição do paciente.
Palavras-chave: reabilitação cardíaca; coronariopatias; atividade física.
Ciclo menstrual:
autorrelatos de sintomas e percepção de desempenho
Géssyca Tolomeu de
Oliveira, Moacir Marocolo, Hiago
LR Souza, Anderson Meireles, Marcelo Pereira dos Santos
Universidade Federal de
Juiz de Fora (UFJF), Minas Gerais
gessyca.t.oliveira@gmail.com
Introdução: A dismenorreia (i.e., dores
menstruais, fadiga ou alterações de humor) é experimentada por 16% a 91% das
mulheres jovens e pode afetar o desempenho físico durante os
treinos/competições. Grande parte das atletas possuem pouco suporte de uma equipe
multidisciplinar capaz de esclarecer questões sobre o ciclo menstrual (CM),
contribuindo para a falta conhecimento sobre como essa condição pode impactar o
desempenho. Objetivos: Analisar o conhecimento das atletas sobre as
fases do CM e sua percepção sobre o desempenho nas fases folicular, lútea e ovulatória. Métodos: Participaram do estudo 105
(24,5 ± 8,2 anos; 3,5 ± 1,4 anos de prática) atletas brasileiras inseridas em
uma rotina de treinos/competições. Foi desenvolvido um questionário constituído
por 10 perguntas referentes a percepção de desempenho nas fases do CM, duração
e sintomas percebidos, precedidas por uma breve explicação sobre a variação
hormonal e sua duração. Foi registrado os percentuais para variáveis
qualitativas, médias e desvios-padrão para variáveis quantitativas. Resultados:
Quando questionadas sobre o aumento da motivação/disposição para os
treinos/competições, 60% das atletas alegaram não se sentirem motivadas e
72,38% perceberam cansaço, indisposição e/ou menor rendimento em alguma fase do
CM. Especificamente, 44% das atletas relataram uma queda no desempenho e 22,8%
se sentiram cansadas/indispostas na fase folicular. Contudo, 53,5% não souberam
especificar em qual fase do CM eram mais acometidas. Discussão: A
percepção de queda no desempenho e indisposição para treinos/competições na
fase folicular pode ser influenciado pela baixa concentração dos hormônios
estrogênio e progesterona na fase folicular inicial. Contudo, parece que as
atletas não sabem identificar em que fase do CM se encontram, mesmo após a
explicação das fases, o que pode conferir um grande viés de resposta nos
estudos qualitativos. Conclusão: Os autorrelatos de cansaço/indisposição
e piora do desempenho em treinos/competições foram predominantes na fase
folicular. Além disso, mais da metade das atletas não conseguiram identificar a
fase do ciclo que se encontram, sugerindo falta de conhecimento sobre o CM.
Palavras-chave: ciclo menstrual; desempenho físico;
atletas.
A balança suspensa pode
ser uma ferramenta útil para mensurar força no ambiente clínico da
fisioterapia? revisão de literatura
Francisco Silveira Pires1,
Thiago Ferreira Timoteo2
1Acadêmico do Curso de Fisioterapia,
Centro Universitário Campus Juiz de Fora, Minas Gerais, 2Professor
do Curso de Fisioterapia, Centro Universitário Campus Juiz de Fora, Minas
Gerais
francisco.spires@outlook.com
Introdução: A avaliação de força é amplamente
utilizada no ambiente clínico da Fisioterapia, seja para auxiliar no
diagnóstico, como mensuração de desfechos de intervenção, bem como de forma
preventiva. Dentre as ferramentas de avaliação de força, o dinamômetro
isocinético é considerado padrão ouro, porém, apresenta alto custo e baixa
mobilidade na clínica. O dinamômetro isométrico apresenta alta confiabilidade e
menor custo, entretanto, ainda continua economicamente incompreensível para
grande parte dos fisioterapeutas. Sendo assim, muitos destes continuam
utilizando escalas subjetivas. A balança suspensa é de baixo custo, portátil e
permite avaliar força de forma isométrica. Objetivos: Investigar a
literatura científica acerca da validade e confiabilidade da balança suspensa
para mensurar força muscular na população saudável e ativa. Métodos: A
pesquisa caracteriza-se como revisão de literatura. A busca foi realizada na
base de dados Pubmed, artigos publicados entre os
anos de 2007 e 2022, norteados pelos descritores low-cost
dynamometer OR suspension scale OR hanging scale AND strength assessment.
Foram elegíveis estudos da língua inglesa e do tipo transversal apresentando
dados de confiabilidade e validade, utilizando uma balança suspensa para
mensurar força isométrica. Foram excluídos estudos em outras amostras, bem como
artigos que não abordassem o tema. Resultados: Foram identificados 67
artigos, excluídos 61 e 6 incluídos para o presente estudo. Dos selecionados, 3
avaliaram movimentos dos membros inferiores, 2 dos membros superiores e 1 dos
movimentos do pescoço. A utilização da balança suspensa para mensurar força
isométrica apresentou valores acima de 0,90 no coeficiente de correlação
intraclasse e para validade intraexaminador variou de
0,75 a 0,99. Discussão: A balança suspensa apresentou uma confiabilidade quase
perfeita intraclasse e alta á quase perfeita para intraexaminador.
Até o momento não foi encontrada revisões utilizando uma balança suspensa para
avaliar força isométrica. Conclusão: A balança suspensa pode ser
utilizada no ambiente clínico da Fisioterapia tendo em vista sua alta
confiabilidade, validade, baixo custo e boa aplicabilidade.
Palavras-chave: avaliação; fisioterapia esportiva
Lesões musculares em
atletas: uma revisão narrativa
Victor Hugo Azeredo Medeiros1,
Carlos Gustavo Louzada Medeiros2, Milena Soares do Nascimento Cunha3,
João Victor de Azeredo Salomão4
1Curso de Medicina, Universidade Iguaçu
Campus V (UNIG), Rio de Janeiro
2Médico, Rio de Janeiro
3Curso de Medicina, Faculdade de Medicina
de Campos (FMC), Rio de Janeiro
4Curso de Medicina, Fundação Oswaldo
Aranha (UniFOA), Rio de Janeiro
victorhugoazeredom@gmail.com
Introdução: Lesões musculares são os tipos de
injúria mais comuns na traumatologia do esporte, podem ser causadas por
contusões, estiramentos ou ruptura, e lacerações. São classificadas em três
modalidades: diretas e indiretas; traumáticas e atraumáticas
e parciais ou totais. Objetivo: Compreender a complexidade das lesões
musculares, abordar tipos e graus de lesão, formas de prevenção, fatores de
risco, tipos de tratamento e tempo de reabilitação. Métodos: Fundamentado na
revisão narrativa da literatura, foram utilizados livros, artigos e periódicos
científicos rastreados em plataformas de dados, tais como: SciELO, Pubmed e Researchgate. Resultados
e discussão: As lesões musculares caracterizam uma das principais causas de
afastamento dos atletas do âmbito esportivo, apresenta prevalência de 27,9% e
acomete mais o sexo masculino. É importante sempre avaliar a localização,
mecanismo ou patologia subjacente e grau da lesão, os quais são fatores
indispensáveis para estabelecer tratamento adequado aos atletas lesionados, a
fim de garantir melhores condições de recuperação aos esportistas e rápido
retorno as suas atividades. Os pacientes que sofrem lesões musculares
apresentam um quadro quase que específico de dor forte no momento da lesão,
associada a incapacidade funcional muscular, óssea e muitas vezes ligamentar. Conclusão:
Indivíduos que praticam atividade estão sujeitos as mais diversas lesões
musculoesqueléticas e que a prevenção e o tratamento realizado de forma correta
acarretam melhor prognóstico.
Palavras-chave: lesão muscular; esporte; atletas.
A utilização do
tratamento por ondas de choque nas doenças musculoesqueléticas: uma revisão de
literatura
Evelin Leonara Dias da Silva1,
Gabriel Lucci Áureo Simões2, Tainá
Rodrigues Toqueton3, Délio Guerra Drummond
Júnior4, Elizabeth Maria Neves Silva Souza5, Tamires
Guimarães Cavalcante Carlos de Carvalho6
1Universidade de Taubaté (UNITAU),
Taubaté, São Paulo
2Universidade Metropolitana de Santos
(UNIMES), Santos, São Paulo
3Universidade Cidade de São Paulo
(UNICID), São Paulo, São Paulo
4Universidade Federal do Oeste da Bahia
(UFOB), Barreiras, Bahia
5Universidade Estadual do Maranhão
(UEMA), Caxias, Maranhão
6Universidade Nove de Julho (UNINOVE),
São Paulo, São Paulo
evelinleonara@icloud.com
Introdução: Ondas de choque são ondas mecânicas
transmitidas por meio líquido e gasoso, e utilizadas como forma de tratamento
das afecções musculoesqueléticas, como fascite
plantar, tendinopatia calcificada do ombro e
epicondilites laterais. Efeitos biológicos das ondas de choque ainda não estão
estabelecidos, contudo, são descritos aumento da microvascularização
tecidual, beneficiando a resolução das doenças musculoesqueléticas. Objetivos:
Analisar a aplicabilidade do tratamento por ondas de choque em pacientes com
patologias musculoesqueléticas. Métodos: Revisão de literatura
realizada por pesquisa, em agosto de 2022, nas bases de dados eletrônicas:
LILACS, Cochrane, PubMed e SciELO, pelos Descritores
em Ciência da Saúde: “Tratamento por Ondas de Choque Extracorpóreas”,
“Exercício Físico” e “Medicina Esportiva”, correspondentes em inglês.
Incluiu-se artigos originais com delineamentos transversais, longitudinais e
ensaios clínicos randomizados, publicados entre 2013 e 2022, que analisaram a
efetividade do tratamento por ondas de choque nas doenças musculoesqueléticas.
Excluíram-se artigos de revisão e os que não versavam pela temática.
Totalizaram-se 41 artigos, avaliados por três revisores, excluídos 5 por serem
duplicados e 36 por não atenderem aos critérios, assim, 5 artigos compuseram
esta revisão. Resultados e discussão: Embora a terapia por ondas de
choque seja considerada efetiva no tratamento de dores, não ser invasiva, não
requerer hospitalização e ser de baixo custo quando comparado a outros
tratamentos, existem poucos estudos sobre tal técnica. Estudos demonstraram
que, em pacientes com dor crônica há pelo menos três meses, em medicação,
fisioterapia, infiltração e órteses, sem melhora e ocasionalmente candidatos à
cirurgia, o tratamento por onda de choque nas tendinopatias
é indicado. Porém, não há indicação para doenças agudas. Conclusão:
Assim, a terapia por ondas de choque é uma opção de tratamento e pode melhorar
significativamente a dor em portadores de doenças musculoesqueléticas, tendo
seu uso incentivado como opção ao tratamento cirúrgico e para indivíduos que
não tiveram sucesso em tratamentos conservadores.
Palavras-chave: epidemiologia; choque; exercício.