Rev Bras Fisiol Exerc. 2024:23:e235601
III Simpósio
Internacional de Fisiologia do Exercício e Saúde
24 e 25 de maio
de 2024
Universidade
Federal de Viçosa
Viçosa, Minas
Gerais, Brasil
Organização
Osvaldo Costa
Moreira
Instituto de
Ciências Biológicas e da Saúde
Universidade
Federal de Viçosa, Campus Florestal
Miguel Araújo
Carneiro-Júnior
Departamento de
Educação Física
Universidade
Federal de Viçosa
Claudia Eliza
Patrocínio de Oliveira
Departamento de
Educação Física
Universidade
Federal de Viçosa
Comitê
científico
Osvaldo Costa
Moreira, Universidade
Federal de Viçosa, Campus Florestal
Miguel Araújo
Carneiro Júnior,
Universidade Federal de Viçosa
Claudia Eliza
Patrocínio de Oliveira,
Universidade Federal de Viçosa
João
Carlos Bouzas Marins, Universidade Federal de Viçosa
Helton de Sá
Souza, Universidade
Federal de Viçosa
Anselmo Gomes
de Moura, Centro
Universitário UNIFAGOC
Bruno Gonzaga
Teodoro, Universidade
Federal de Uberlândia
Camila
Fernanda Brandão,
Universidade Estadual de Minas Gerais
Unidade
Divinópolis
Cristiano
Diniz da Silva,
Universidade Federal de Juiz de Fora
Campus
Governador Valadares
Danilo Gomes
Moreira, Instituto
Federal de Minas Gerais
Campus
Governador Valadares
Danilo Reis
Coimbra, Universidade
Federal de Juiz de Fora
Campus
Governador Valadares
Dihogo Gama de Matos, University of Manitoba, Canadá
Edison Andrés
Pérez Bedoya,
Universidade Federal de Viçosa
Eliane
Aparecida de Castro,
Instituto Federal do Espírito Santo
Campus Colatina
elianeaparecidacastro@gmail.com
Felipe José
Aidar, Universidade
Federal de Sergipe
Francielle de
Assis Arantes, Centro
Universitário UNIFAGOC
Gabriela
Rezende Venturini,
Centro Federal de Educação Tecnológica
Campus Leopoldina
Irismar Gonçalves Almeida da Encarnação, Universidade Federal de Viçosa
José Vitor
Vieira Salgado,
Universidade Estadual de Minas Gerais
Unidade
Divinópolis
Lenice Kappes Becker,
Universidade Federal de Ouro Preto
Lidiane
Aparecida Fernandes,
Universidade Federal de Juiz de Fora
Campus
Governador Valadares
Lucas Vieira
Santos, Universidade
Federal de Viçosa
Lúcio Marques
Vieira Souza,
Universidade do Estado de Minas Gerais
Unidade Passos
Luis Filipe Moutinho Leitão, Instituto Politécnico de Setúbal, Portugal
Matheus
Santos Cerqueira,
Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais
Campus Rio Pomba
Mauro Lúcio
Mazini Filho, Instituto
Federal do Sudeste de Minas Gerais
Campus Rio Pomba
mauro.mazini@ifsudestemg.edu.br
Moacir Marocolo Júnior,
Universidade Federal de Juiz de Fora
Paulo Roberto
Santos Amorim,
Universidade Federal de Viçosa
Paula Janyn Melo Buitrago, Universidade Federal de Viçosa
Renata
Aparecida Rodrigues de Oliveira,
Centro Universitário UNIFAGOC
Samuel
Gonçalves Almeida da Encarnação,
Instituto Politécnico de Bragança, Portugal
Sandro
Fernandes da Silva,
Universidade Federal de Lavras
Suene Franciele Nunes Chaves, Universidade Federal de Viçosa
Victor Hugo
Pereira Franco,
Instituto Federal Fluminense
Campus Campos
dos Goytacazes
Victor Neiva Lavorato,
Centro Universitário UNIFAGOC
victor.lavorato@unifagoc.edu.br
RESUMOS
Carga interna após
treinamento intervalado de alta intensidade com tempo de recuperação fixo e auto-selecionado
Leandro de Oliveira Sant’Ana1,
Géssyca Tolomeu de Oliveira1,
Bruna Macedo Carvalho1,2, Marconi de Sena Altomar1, Rhaí André Arriel1, Diogo Manuel Teixeira
Monteiro3
1Exercise Physiology
and Performance Research
(EXPPER), Universidade Federal de Juiz de Fora, MG, Brasil
2Universidade Estácio de Sá, Petrópolis,
RJ, Brasil
3Escola Superior de Educação e Ciências
Sociais (ESECS), Instituto Politécnico de Leiria, Leiria, Portugal
Introdução: As intervenções com treinamento
intervalado de alta intensidade (HIIT) merecem atenção no controle da carga
interna porque os estímulos são sempre realizados em alta intensidade e,
independentemente de como essa variação de treinamento é prescrita, a avaliação
das respostas tem importância relevante. O objetivo deste estudo foi analisar a
carga interna no HIIT com tempo de recuperação fixo e auto-selecionado.
Métodos: Dezenove indivíduos participaram do estudo: 13 homens e 6
mulheres (19 ± 1,0 anos; 64,0 ± 9,2 kg; 169 ± 8,5 cm; 22,0 ± 2 IMC). Para a análise da
carga interna, foi utilizada a variabilidade da frequência cardíaca (LnRMSSD), a percepção de esforço (PE) e a escala de humor
(BRUMS). A LnRMSSD e a escala de humor foram
avaliadas antes e depois das sessões. A PE foi avaliada durante cada sessão,
imediatamente após cada estímulo. O protocolo foi de 10 x 30s (95% Vpico) com recuperação ativa (40% Vpico)
com tempo fixo (1 minuto) e auto-selecionado. Foi
usada a ANOVA-RM (2 [intervenções] x 2 [pontos de tempo]) para LnRMSSD e escala de humor e (2 [intervenções] x 10 [pontos
de tempo]) para PE. Resultados: Entre a condição e o tempo*condição, não
foram observadas diferenças para LnRMSSD (p = 0,626;
p = 0,879, respectivamente), PE (p = 0,191; p = 0,792, respectivamente) e humor
(tensão: p = 0,673; p = 0,463; depressão: p = 0,867; p = 0,359; raiva: p = 0,867;
p = 0,359; vigor: p = 0,811; p = 0,778; fadiga: p = 0,144; p = 0,998; confusão
mental: p = 0,828; p = 0,752, respectivamente). Em termos de tempo, foram
observadas diferenças significativas em LnRMSSD (p
< 0,001) e PE (1≠3-10; 2≠4-10; 3≠5-10; 4≠5-10; 5≠7-10;
6≠7-10; 7≠ 9,10; 8≠10, p < 0,001). No humor, houve
diferença para os domínios de tensão (p < 0,001), depressão (p < 0,015),
raiva (p < 0,033) e confusão mental (p < 0,001). Mas não para vigor (p =
0,339) e fadiga (p = 0,419), que são domínios associados à carga interna. Conclusão:
A recuperação com tempo auto-selecionado (média de
tempo: 46,70 ± 16,58 s) não apresentou respostas de carga interna maiores em
comparação com o fixo, o que sugere ser uma estratégia de recuperação para o
HIIT, sendo esta uma variável importante na
prescrição do treinamento.
Palavras-chave: Treinamento intervalado; estresse
fisiológico; controle autonômico; respostas psicofisiológicas; desempenho.
Agradecimentos
Programa
de Pós-Graduação em Educação Física, Universidade Federal de Juiz de Fora
(UFJF). Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS), Instituto
Politécnico de Leiria, Leiria, Portugal. Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Aspectos morfológicos e
funcionais em escolares
José Cristiano Paes Leme da
Silva1, Christian Geórgea Spithourakis Junqueira1, Stephan Pinheiro
Frankenfeld1, Gleisson da Silva Araújo1,2
1Curso de Educação Física, Centro
Universitário de Volta Redonda (UniFOA), Volta
Redonda, RJ, Brasil, 2Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ),
Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Introdução: Avaliação física (AF) possibilita
monitorar Crescimento, Desenvolvimento e Desempenho Motor, que influenciam
nível de aptidão nas práticas corporais na escola, no lazer e no esporte em
geral. Corroboram esses dados ações do Observatório permanente de indicadores
de crescimento e desenvolvimento corporal, motor e estado nutricional de
crianças e jovens (PROESP). Objetivo: Aplicar AF em escolares comparando
dados com a literatura científica. Métodos: Estudo de campo em andamento
(CAAE 16152919.3.0000.5237). Amostra: 102 estudantes, entre 11 a 14 anos, 43
moças (12,4 ± 1,1) e 59 rapazes (12,5 ± 1,0), de uma escola pública municipal
em Volta Redonda-RJ. Variáveis: Estatura (estadiômetro
- Sanny), Massa corporal (balança - ONROM) Dobras cutâneas tríceps e perna
medial (plicômetro -Lange); Dinamometria (dinamômetro
- CE-EH_101). Flexibilidade (teste de sentar e alcançar– banco wells). Início da coleta de dados: outubro de 2023.
Critérios de inclusão: Anuência do responsável via termo de consentimento livre
e esclarecido (TCLE); Aceitação do estudante; Estar
matriculado; e em boas condições de saúde no momento da coleta de dados.
Critérios de exclusão: desistência, doença ou ausência; não apresentar o TCLE. Resultados:
O teste de Kolmogorov-Smirnov (SPSS_versão
25) mostrou distribuição normal para moças (p = 0,171) e rapazes (p = 0,071) em
relação à flexibilidade. O teste t para uma amostra, mostrou que a média das
moças avaliadas (23,2 cm) não difere da média de referência (23,0 cm) (t (42) =
0,205, p > 0,05). Entre rapazes o teste t mostrou que a média (19,4 cm)
difere da média estabelecida (23,0 cm) (t (58) = - 3,515, p < 0,05). Também
foram observados índice de massa corporal (IMC). Moças obtiveram dados
mostrando 22,0% ‘Acima’, 1,7% ‘Ideal1 e 49,2% ‘Abaixo’. Entre rapazes para
mesmas faixas foram obtidos: 23,7%, 5,1% e 72,1% respectivamente. Para
percentual de gordura, entre moças foram 44,2% ‘Alta’ e 55,8% “Faixa Ideal’ ou
‘Moderadamente Alta’. Entre rapazes as classificações foram 61% ‘Alta’ e 39%
‘Faixa Ideal’ ou ‘Moderadamente Alta’. Força de preensão manual entre moças
mostrou classificações Forte para 30% e Normal 69,8% da amostra. Entre rapazes:
28,8%, 47,5% e 23,7% para classificações ‘Forte’, ‘Normal’ e ‘Fraco’,
respectivamente. Conclusão: Se aptidão neuromuscular é um dos
definidores na qualidade de participação em práticas corporais, pode-se
conceber flexibilidade como um dos elementos dessa aptidão em escolares, além
de outros aspectos. Seu baixo custo, facilidade de aplicação e relevância na
qualidade do desempenho motor, validam sua aplicação no espaço escolar.
Palavras-chave: antropometria; aptidão física;
estudantes
Agradecimentos:
Programa Incentivo à qualificação profissional continuada –
portaria_UNIFOA_nº054/18. Centro Universitário de Volta Redonda
Efeitos de esteroide
anabolizante e treinamento físico resistido sobre contratilidade de cardiomiócitos do ventrículo esquerdo
Alexa Alves de Moraes, Pedro Zavagli Suarez, Beatriz Lana Fontes, Arthur Eduardo de
Carvalho Quintão, Antônio José Natali, Miguel Araujo Carneiro-Júnior
Laboratório de Biologia
do Exercício, Departamento de Educação Física, Universidade Federal de Viçosa, Campus
Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
Introdução: A utilização de esteroides
anabolizantes androgênicos (EAAs) tem sido cada vez
mais observada entre atletas e praticantes de atividade física para incrementos
em força muscular, estéticos e de performance. O decanoato
de nandrolona (DN) se destaca por ser uma droga de relativo fácil acesso e
apresentar efeitos colaterais mais brandos quando comparado a outros EAAs. Embora os efeitos maléficos dos EAAs
sobre o coração sejam difundidos, os efeitos destes sobre a contratilidade
celular de cardiomiócitos não está bem elucidado,
sobretudo em associação com o treinamento resistido (TR). Objetivo:
Avaliar o efeito da associação entre DN e TR sobre a contratilidade de cardiomiócitos isolados do ventrículo esquerdo (VE) de
ratos Wistar. Métodos: Ratos Wistar (idade: 12 semanas, peso corporal médio: 333 ± 14 g)
foram divididos em 4 grupos (n = 6 a 8 animais): controle não-treinado (C),
controle treinado (C-T), DN não-treinado (N) e DN treinado (N-T). Os grupos N e
N-T receberam 20 mg/kg/semana de DN, e os grupos C e C-T receberam 0,4
ml/kg/semana de solução de cloreto de sódio, durante 8 semanas. O TR foi
realizado 3x/semana durante 8 semanas e consistiu em 4 a 9 subidas em escada,
carregando 50%, 75%, 90% e 100% do peso máximo carregado. Em seguida, foram
adicionadas 30g extras a cada subida até que o animal não conseguisse mais
escalar ou atingisse 9 escaladas com sucesso. As propriedades mecânicas de cardiomiócitos isolados do VE foram mensurados usando-se
sistema de detecção de bordas, com frequência de estímulo a 5Hz. Os dados foram
analisados por ANOVA Two-way e post-hoc de Tukey (α = 5%), e apresentados como média ± erro
padrão. Resultados: O fator TR aumentou a velocidade de contração (166 ±
16 vs. 149 ± 16, p < 0,01, em µm/s), a amplitude de contração (7 ± 0,6 vs. 6
± 0,6, p < 0,01, em % comprimento celular de repouso) e a velocidade de
relaxamento (153 ± 14 vs. 138 ± 14, p < 0,01, em µm/s) nos grupos treinados
vs. não-treinados, respectivamente. As múltiplas comparações evidenciaram
aumento significativo (p < 0,05) destas respectivas variáveis no grupo N-T
comparado ao N (velocidade de contração em µm/s: 191 ± 15 vs. 169 ± 15;
amplitude de contração: 8 ± 0,6 vs. 7 ± 0,6 % do comprimento celular de
repouso; velocidade de relaxamento em µm/s: 179 ± 14 vs. 160 ± 14). O fator DN
reduziu o tempo para 90% do relaxamento (59 ± 0,6 vs. 60 ± 0,6, p < 0,05, em
ms) nos grupos que receberam DN vs. grupos controles,
respectivamente. As múltiplas comparações evidenciaram redução desta variável
(p < 0,05) do grupo N (60,2 ± 0,6 ms) comparado ao
C (60,4 ± 0,7 ms). A análise por fatores e as múltiplas
comparações não mostraram alterações entre os grupos para o tempo para o pico
de contração, nem para o tempo para 50% do relaxamento dos cardiomiócitos
analisados. Conclusão: O TR aumentou a velocidade e amplitude de
contração e reduziu a velocidade de relaxamento nos grupos treinados. O DN
reduziu o tempo de relaxamento dos cardiomiócitos
analisados.
Palavras-chave: coração, miócitos cardíacos, contração
miocárdica, esteroides androgênicos anabolizantes, treinamento resistido.
Agradecimentos: Fundação de Amparo à
Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG) APQ-01014-23; CAPES, CNPq
Validade e confiabilidade
do exergen-tat5000 na estimativa da temperatura central durante o exercício
físico em ambiente quente
Cristovão Augusto Valadares¹, William Martins
Januário¹, Natália Franciele Lessa¹, Emille Rocha
Bernardino de Almeida Prata², João Carlos Bouzas
Marins1, Thales Nicolau Prímola-Gomes¹
.
1Departamento de Educação Física, Universidade
Federal de Viçosa (UFV), 2Departamento de Engenharia de Alimentos, Universidade
Federal de Viçosa (UFV), Viçosa, MG, Brasil
Introdução: As recentes ondas de calor têm
aumentado a importância do monitoramento preciso e contínuo da temperatura
corporal (TCENTRAL). O monitoramento da TCENTRAL através de dispositivos
válidos e confiáveis atua como uma ferramenta importante para garantir a prática
esportiva segura e possibilitar um melhor desempenho. Portanto, o objetivo
deste estudo foi avaliar a validade e a confiabilidade do escâner temporal
EXERGEN-TAT5000 na estimativa da temperatura central durante o exercício físico
de ciclismo em ambiente quente. Métodos: 7 homens e 8 mulheres
praticantes regulares de ciclismo (33 ± 8 anos; 54,3 ± 7,7 mL.kg-1.min-1)
realizaram 3 visitas ao laboratório: 1ª visita - caracterização e
familiarização da amostra; 2ª/3ª visitas – Após 10 min de repouso iniciais, foi
aplicado um protocolo de exercício (60min) em ambiente quente (T ambiente:
32,40 ± 0,14ºC; UR: 60,0 ± 4,2%), sendo, em sequência, 10 min a 20% da potência
aeróbica máxima, 25 min a 55% e 25 min a 75%, acrescidos de 25 min de
recuperação pós-exercício. A temperatura central foi registrada
simultaneamente, a cada minuto, por meio de uma cápsula gastrointestinal (Tgastrointestinal) e pelo escâner temporal EXERGEN-TAT5000
(Texergen). A Texergen foi
medida atrás da orelha direita até a metade do processo mastoide. Por meio da
análise de Bland–Altman foram calculados os bias, os limites superiores (LCS) e inferior (LCI) de
concordância, e o intervalo de confiança de 95% (IC95%). A diferença máxima
aceitável entre os dois aparelhos foi de 0,3ºC. Utilizou-se um modelo linear
misto para modelar as diferenças pareadas entre os dois sistemas de medição, no
qual considerou-se o efeito dos sujeitos e da reprodutibilidade como efeitos
aleatórios e as atividades como efeito fixo. Para avaliar a confiabilidade do
dispositivo, foi utilizado o método de confiabilidade teste-reteste, e um
modelo de efeitos mistos CCI (Coeficiente de Correlação Intraclasse) de duas
vias. Ética: 63310522.6.0000.5153. Resultados: Foi encontrado um valor
de bias significativo -0,616, um LCS de 0,828, um LCI de -2,061 e um IC95% de
1,445. Em relação a confiabilidade foi registrado um valor de CCI de 0,90. Conclusão:
O EXERGEN-TAT5000 foi considerado confiável, porém inválido na estimativa da
temperatura central durante o exercício físico de ciclismo realizado em
ambiente quente.
Palavras-chave: ciclismo; hipertermia; onda de calor;
termorregulação
Apoio:
CAPES, FAPEMIG, CNPq.
Assessment of subjective perception of effort and adherence to physical
training in obese women treated with gamma-aminobutyric acid associated with
physical training
Adilson de Barros Martins,
Larissa Vitalina de Medeiros Pires, Raianne dos
Santos Baleeiro, Diego Fernandes da Silva, Emerson Cruz de Oliveira, Lenice Kappes Becker
1Departamento de Educação Física,
Universidade Federal de Ouro Preto, Campus Morro do Cruzeiro, Ouro Preto, MG,
Brasil
Introdução: O Ácido Gama-Aminobutírico
(GABA) é um suplemento disponível no mercado utilizado por praticantes de
exercício físico. Dentre as ações já investigadas estão: o aumento dos níveis
plasmáticos de hormônio do crescimento (GH), efeito na pressão arterial e na
percepção do esforço. Objetivo: O objetivo foi investigar o efeito da
suplementação com GABA associada a prática do exercício físico, frequência
cardíaca, na percepção subjetiva do esforço e na adesão ao treinamento. Metodologia:
Participaram do estudo 26 voluntárias do sexo feminino com obesidade grau I e
II, randomizadas de forma cego simples em dois grupos Placebo (n = 12) e GABA
(n = 14). As voluntárias realizaram o treinamento físico por 90 dias
(treinamento aeróbico e treinamento de força) 3 vezes por semanas durante 50
minutos, associado a suplementação com cápsula contendo 200 mg de GABA ou
cápsula vazia diariamente. Foi mensurada, frequência cardíaca (FC) em repouso e
após teste de esforço antes e 90 dias após intervenção. Foi calculado a zona
alvo de treinamento no início e após 45 dias. A intensidade e frequência nas
sessões de treinamento foi monitorada. Resultados: Ao analisar a
frequência cardíaca durante o treino, o grupo Gaba no T0 ninguém atingia a ZAT
esperada e no grupo Placebo 43% alcançava a ZAT esperada. No T90 ambos os
grupos 84% das participantes alcançaram a ZAT. Na PSE e no tempo T0 o grupo
Gaba 67% e no Placebo 50% relataram como um esforço vigoroso. Já no tempo T90 o
grupo Gaba 58% e no Placebo 50%, causando uma diferença de quase 10% no grupo
Gaba. A adesão ao treinamento do grupo Gaba obteve 83% enquanto o grupo placebo
obteve 71%. Conclusão: Baseado nos dados coletados é possível concluir
que 3 meses de exercícios físicos associados a suplementação com GABA gerou uma
maior tolerância ao esforço, uma redução na percepção subjetiva de esforço e
uma maior adesão ao treinamento.
Palavras-chave: exercício físico; PSE; adesão ao
treinamento; GABA
Agradecimentos:
FAPEMIG, CAPES, PROPPI/UFOP, CNPQ.
Efeito de um protocolo de
sprints repetidos em indicadores de dano muscular e de estado de fadiga: um
estudo de caso
Felipe Augusto Mattos Dias1,
Iasmin Cristina da Paz e Figueiredo2, Isis Milani de Sousa Teixeira3,
Alisson Gomes da Silva4, João Carlos Bouzas
Marins1
1Programa de Pós Graduação em Educação
Física UFV/UFJF; Departamento de Educação Física, Universidade Federal de
Viçosa, Campus Viçosa, Viçosa, MG, Brasil 2Departamento de Biologia
Geral, Universidade Federal de Viçosa, Campus Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
3Departamento de Medicina e Enfermagem,
Universidade Federal de Viçosa, Campus Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
4Seção de Educação Física, Escola
Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), Barbacena, MG, Brasil
Introdução: A realização de exercícios intensos e
extenuantes como os sprints, pode ocasionar danos a estrutura muscular,
promover microlesões, aumentar a permeabilidade da
membrana e promover um processo inflamatório. Diferentes tipos de marcadores
têm sido propostos e empregados como forma de controle do grau de recuperação
do atleta, auxiliando o processo de prescrição de treinamento e prevenindo
lesões. Objetivo: Analisar os impactos de um protocolo de sprints
repetidos na temperatura da pele (TP) e na resposta de indicadores de dano
muscular, estado de fadiga e desempenho neuromusculares de um jovem futebolista
universitário. Métodos: A amostra foi composta por 1 futebolista
universitário (idade: 19 anos; MC: 66,5 kg; estatura: 1,85 m; IMC: 19,4 kg/m2;
%G: 8,5). O avaliado realizou um protocolo de intervenção constituído por 15
sprints máximos de 30 m, com intervalo de REC de 1’ entre sprints. Pré-intervenção, 24h e 48h após a intervenção o avaliado
realizou os seguintes procedimentos: avaliações termográficas de membros
inferiores, coleta de biomarcadores sanguíneos (CK, PCR-us
e AU), classificação da percepção subjetiva da dor e estado de fadiga,
avaliação do desempenho neuromuscular e análise da circunferência da coxa e da
perna. As diferenças relativas foram analisadas com base nos valores absolutos
de cada um dos parâmetros. Resultados: Após a intervenção, a TP aumentou
durante o período de REC em todas as regiões analisadas, atingindo um pico após
48h na maioria das regiões, com exceção da coxa anterior. Foi observado um
aumento da CK (± 1532 u/L), PCR-us (± 11,25 mg/L) e
do AU (± 1,4 mg/dL), atingindo o pico 24h após a
intervenção, com exceção apenas da PCR-us. O avaliado apresentou uma queda de
potência de membros inferiores de 2,6 cm 24 h após a intervenção, não
retornando os valores basais após 48h. Após 24 h de REC observou um aumento da
circunferência da ordem de 2 cm e 0,2 cm nas regiões da coxa e da perna,
respectivamente. O nível de dor e as circunferências, atingiram seus
respectivos picos após 24h de REC. Além disso, observou uma redução da
qualidade de recuperação após a intervenção, atingindo o pico com 24h de REC,
não retornando aos valores basais após 48h. Conclusão: O protocolo de
sprints repetidos induziu um aumento da TP, uma redução do desempenho
neuromuscular e da qualidade de REC, bem como, ocasiona um aumento da
concentração de biomarcadores, da circunferência da coxa e da perna e do nível
de dolorimento. Os resultados obtidos nos permitem inferir que um intervalo de
48h de REC é insuficiente para REC total após realizar 15 x 30 m/1’REC. Além
disso, os resultados sugerem que a termografia é capaz de detectar alterações
térmicas que podem estar associadas à fadiga residual induzida por um protocolo
de sprints repetidos, podendo assim, colaborar com o processo de monitoramento
da REC muscular.
Palavras-chave: temperatura cutânea; biomarcadores;
medicina esportiva; atletas universitários
Agradecimentos:
Carrefour/
Sitawe; ThermoHuman
Padrões de normalidade
térmica da articulação do joelho em atletas profissionais de diferentes
esportes
Cristiane Mara de Rezende1,
Alisson Gomes da Silva2, Manuel Sillero-Quintana3, João
Carlos Bouzas Marins1
1Departamento de Educação Física,
Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
2Seção de Educação Física, Escola
Preparatória de Cadetes do Ar, Barbacena, MG, Brasil
3Facultad de Ciencias
de la Actividad Física y del Deporte
(INEF), Universidad Politécnica de Madrid, Madrid, España
Introdução: A termografia infravermelha (TI) é um
método inovador e acessível para avaliar a condição térmica do corpo sem
contato e de forma não invasiva. Amplamente utilizado na medicina,
especialmente na detecção precoce de câncer de pele e avaliação de queimaduras,
a TI também encontrou aplicação na medicina esportiva, focando na prevenção e
tratamento de lesões, bem como no controle da carga de treinamento em atletas.
Lesões musculoesqueléticas, particularmente no joelho, são comuns em diversos
esportes, e a prevenção e tratamento adequados são essenciais para a saúde e
desempenho dos atletas. Objetivo: Analisar a temperatura da pele na
articulação do joelho em atletas profissionais de diferentes esportes, do sexo
masculino quanto feminino, e propor padrões térmicos normais para esses grupos.
Metodologia: 95 atletas de elite não lesionados participaram do estudo,
sendo 60 homens (ginástica, judô, basquete, futsal e vôlei) (21,0 ± 2,2 anos de
idade) e 35 mulheres (ginástica, judô e vôlei) (20,0 ± 0,8 anos de idade).
Todos os participantes eram atletas de alto rendimento competindo regularmente
em campeonatos estaduais, nacionais e internacionais. Os Termogramas das
extremidades inferiores anterior e posterior foram registrados, e as
temperaturas da pele (Tp) foram quantificadas usando
o software Thermohuman®. Os dados foram analisados
descritivamente e testados quanto à normalidade com o teste de Shapiro-Wilk.
Realizou-se uma análise de variância para comparar a Tp
entre os joelhos direito e esquerdo, considerando modalidade esportiva e sexo,
com análises de interação entre esses fatores. Em caso de significância, foi
feita uma análise post hoc de Bonferroni para
comparações múltiplas. A diferença térmica entre as regiões anterior e
posterior de cada joelho também foi analisada. O nível de significância foi p <
0,05. Resultados: Os Resultados indicaram que não houve diferença
significativa na Tp entre os lados direito e esquerdo
do joelho, tanto na vista anterior (F = 0,218, p = 0,641) quanto na posterior
(F = 0,666, p = 0,415). No entanto, a prática esportiva mostrou influência na Tp do joelho, evidenciando diferenças significativas entre
modalidades, especialmente notáveis na vista anterior (F = 9,799, p < 0,001)
e posterior (F = 15,564, p < 0,001). A interação entre modalidade esportiva
e sexo também desempenhou um papel significativo, impactando de forma diferente
a Tp do joelho entre os sexos e modalidades, tanto na
vista anterior (F = 8,028, p < 0,001) quanto na posterior (F = 8,232, p <
0,001). Além disso, a diferença térmica anteroposterior do joelho foi
influenciada pelo sexo (F = 26,288, p < 0,001) e pela modalidade esportiva
(F = 13,805, p < 0,001), revelando variações significativas. Conclusão:
Atletas de elite não lesionados apresentam Tp
semelhantes nos joelhos e padrões simétricos de Tp no
joelho independentemente do sexo ou modalidade esportiva. No entanto, a
diferença de Tp anteroposterior é influenciada pelo
sexo e difere entre as modalidades esportivas.
Palavras-chave: Termografia,
temperatura da pele, esportes, medicina esportiva.
Agradecimentos:
Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG) - APQ-02263-21; CAPES
Efeito da angiotensina
(1-7) na recuperação muscular após exercício excêntrico: uma avaliação da
imagem muscular
Letícia S. Garcia1,
Cristina M.O. Trindade2, Diego F. Silva1, Emerson C.
Oliveira1,2, Lenice K. Becker1,2, Kelerson
M. Pinto1
1Departamento de Educação Física,
Faculdade de Educação Física, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, MG,
Brasil
2Programa de Pós-Graduação em Saúde e
Nutrição/PPGSSN, Universidade Federal de Ouro Preto, MG, Brasil
Introdução: As vantagens positivas do
Angiotensina-(1-7) foram comprovadas na proteção contra danos musculares agudos
e crônicos em diversos modelos experimentais, podendo ser um promissor
suplemento para auxiliar na manutenção e melhora do desempenho físico por meio
da melhoria da recuperação muscular dos atletas, tanto durante o período de
treinamento, quanto após competições. Objetivo: Avaliar o efeito da
Angiotensina (1-7) na recuperação muscular, após um protocolo de exercício de
agachamento utilizado para estudar lesão muscular, nos diferentes músculos que
compõem o quadríceps. Metodologia: Cinco voluntários (dados
preliminares), praticantes de atividade física recreativa por pelo menos um ano
(com média de idade de 33,4 anos, massa corporal média de 75,86 kg e estatura
média de 177,2 cm), foram incluídos neste estudo crossover. Eles receberam
cápsulas contendo HPβ-CD-Ang-(1–7) (2 mg) ou um placebo à base de HPβCD,
administradas imediatamente após e 24 horas após um protocolo de treinamento
que levaria ao dano muscular (exercício de agachamento, 10 séries de 10
repetições, a 75% de uma repetição máxima - 2 min de descanso passivo). Para
avaliar a espessura dos músculos reto femoral e vasto lateral utilizou-se um
ultrassom portátil (Mobissom). As imagens foram
realizadas antes, 24h e 48h após o treinamento, sendo a espessura dos músculos
analisadas por meio do software do ultrassom e do software ImageJ,
para posterior comparação. Os dados obtidos até o momento foram analisados por
meio de análise de variância de dois fatores (tratamento x tempo) e teste t ou
seu correlato Wilcoxon, para comparação entre os
dados analisados entre os diferentes softwares (p < 0,05). Resultados:
Não foram observados efeitos da Angiotensina 1-7 na espessura dos músculos
estudados, porém observou-se um aumento na espessura do vasto lateral avaliada
pelo software ImageJ, independe da condição
experimental, no momento de 24 horas após o exercício de agachamento [F (2,24)
= 9,338; p = 0,10]. Ao se comparar os resultados obtidos entre os dois métodos
de avaliação (software do Ultrassom x ImageJ,
respectivamente), no momento 24 horas após a realização do exercício,
observou-se diferença estatística (p < 0,01) nos os três momentos analisados
(pré exercício 1,841 ± 0,412 cm e 2,286 ± 0,509 cm;
24 horas após o exercício 1,906 ± 0,374 cm e 3,267 ± 0,704 cm e 48 horas após o
exercício 1,857 ± 0,329 cm e 2,318 ± 0,370 cm). Conclusão: Os dados
iniciais não demonstraram efeitos diretos da Angiotensina-(1-7). A comparação
entre as medidas obtidas diretamente do ultrassom e aquelas analisadas pelo
software ImageJ, revelou diferenças estatisticamente
significativas em todos os momentos avaliados para o músculo vasto lateral,
destacando a necessidade de uma maior discussão sobre a escolha de metodologias
de interpretação de dados de imagem.
Palavras-chave: Angiotensina-(1-7), dano muscular,
resposta inflamatória.
Agradecimentos:
Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG), Pró-Reitoria
de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação (PROPPI)
Eixo tweak-FN14, sarcopenia
e treinamento de força
Maria Fernanda Martins
Sales, Daniel Malta Oliveira, Washington Martins Pontes, André Talvani, Kelerson Mauro de Castro
Pinto
Laboratório de
Imunobiologia da Inflamação Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, MG,
Brasil
Introdução: A
sarcopenia impacta diretamente na qualidade de vida dos idosos e caracteriza-se
pela perda de força e massa muscular, apresentando relação com a imunossenescência. O eixo TWEAK-Fn14 tem sido relacionado
com a perda de massa muscular e o processo de envelhecimento, porém sabe-se
pouco sobre sua resposta ao exercício de força. Este tipo de treinamento vem
sendo utilizado como estratégia para otimizar a prevenção e o tratamento dessa
síndrome, além de estar relacionado com melhorias de condições inflamatórias
características do envelhecimento. Objetivo: O objetivo deste estudo foi
verificar os impactos do treinamento de força no eixo TWEAK-Fn14 em idosos com
sarcopenia. Metodologia: trata-se de uma revisão sistemática de
literatura, realizada utilizando a base de dados PUBMED, com restrição de data
para seleção de estudos entre 2000 à abril de 2024, incluindo trabalhos em
língua portuguesa e inglesa. Foi utilizada uma combinação dos seguintes
descritores: sarcopenia, strength, resistance training, hypertrophy,
aging, skeletal muscle atrophy, TWEAK. Como
critérios de inclusão adotou-se os estudos com idosos, sarcopênicos
e/ou com perda de massa muscular, dosagem de TWEAK e submetidos a treinamento
de força, podendo ser em modelo humano ou animal. Foram excluídos trabalhos de
revisão da literatura, estudos em idiomas além dos citados e aqueles que
apresentaram patologias associadas. Resultados: a relação entre TWEAK e
sarcopenia foi observada em quatro artigos, enquanto em dois artigos foi
demonstrada a relação entre treinamento de força, TWEAK e sarcopenia,
observando inibição produzida por esse tipo de treinamento no eixo TWEAK-Fn14,
colaborando assim para o controle da sarcopenia. Conclusão: de acordo
com os estudos levantados, observou-se que o eixo TWEAK-Fn14 contribui para o
desenvolvimento da sarcopenia em idosos sedentários pela estimulação do
catabolismo muscular e pela inibição das vias anabólicas. O efeito do
treinamento de força no eixo TWEAK- Fn14 foi apresentado em apenas dois estudos
que demonstraram que este tipo de treinamento pode inibir sua ação,
contribuindo assim para o controle da sarcopenia.
Palavras-chave: sarcopenia; TWEAK-Fn14; treinamento de
força
Analysis of concordance among methods for assessing muscle power in
countermovement jump in men
Leonardo Silveira Goulart
Silva1, Italo Santiago Alves Viana1,
Lorena Gonçalves de Oliveira1, Philipe Gabriel Silva Melo1,
Claudia Eliza Patrocínio de Oliveira2, Osvaldo Costa Moreira1
1Instituto de Ciências Biológicas e da
Saúde, Universidade Federal de Viçosa, Campus Florestal, Florestal, MG, Brasil
2Departamento de Educação Física,
Universidade Federal de Viçosa, Campus Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
Introduction: The countermovement jump is frequently used by coaches
and physical trainers to assess lower limb muscle power through explosive
force, resulting from the stretch-shortening cycle. Thus, there is significant
interest in the field in developing protocols and utilizing equipment that
allows for precise measurement of this parameter. The contact mat is the most
commonly used equipment due to its ease of handling and application, but recent
technological advances have brought software such as My Jump and Kinovea into
prominence in the community. Objective: To assess the agreement between
4 methods of countermovement jump analysis: Multi Sprint Contact Mat System
(TCMS), Physical Solutions Contact Mat (TCPS), My Jump 3 mobile app (APMJ), and
Kinovea computer software (APKI). Methods: Twenty healthy men
participated in the study. The tests were conducted at the Human Lab, following
research ethics standards. Participants performed three consecutive jumps on
stacked contact mats. Additionally, the three jumps were recorded for analysis
in the software. Intra-test agreement of vertical jump measurements among the
four different evaluated methods was determined by calculating the intraclass
correlation coefficient (ICC), with a 95% confidence interval (CI). ICC values
equal to or greater than 0.90 can be considered very high, values between 0.70
and 0.89 can be considered high, and values between 0.50 and 0.69 can be
considered moderate. Additionally, Cronbach's α was calculated to assess
internal consistency of the data. A statistical significance level of p <
0.05 was established for all treatments. Results: The results
demonstrate very high intra-test reproducibility for all 4 methods (TCMS = 0.30
± 0.07 m, α Cronbach = 0.958, CCI = 0.956(CI = 95%), p < 0.001; TCPS = 0.27
± 0.07 m, α Cronbrach = 0.959, CCI = 0.959(CI = 95%), p < 0.001; APMJ =
0.29 ± 0.08 m, α Cronbrach = 0.959, CCI = 0.956(CI = 95%), p < 0.001;
APKI = 0.30 ± 0.07 m, α Cronbrach = 0.940, CC I = 0.939, p < 0.001). Conclusion:
The data suggest that TCMS, TCPS, APMJ, and APKI exhibit a very high level of
agreement. Therefore, the 4 methods become a viable alternative for
countermovement jump analysis.
Keywords: muscle power ; lower limbs ; health
Acknowledgments: Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE); Laboratório de Análise da Morfofisiologia Humana (HUMAN LAB)
Efeito do treinamento
físico resistido sobre o comportamento relacionado a ansiedade em ratos
hipertensos
Ângela Quinelato
Oliveira, Willian da Cruz Ribeiro, Pilar Barbosa de Meireles, Denise Coutinho
de Miranda, Victor Neiva Lavorato, Anselmo Gomes de
Moura
Centro Universitário
Governador Ozanam Coelho (UNIFAGOC), Ubá, MG, Brasil
Introdução: A população brasileira apresenta a
alta prevalência de transtorno de ansiedade no mundo bem como de hipertensão
arterial. Ademais, a presença de distúrbios emocionais e o aumento da pressão
arterial estão relacionadas. O treinamento físico aeróbio é uma ferramenta de
tratamento não-medicamentosa adjuvante tanto para distúrbios emocionais quanto
para hipertensão. Contudo, a resposta do treinamento físico resistido (TR)
sobre essas patologias ainda carece de estudos, principalmente com relação ao
transtorno de ansiedade. Objetivo: Avaliar o efeito crônico do
treinamento físico resistido sobre o comportamento relacionado a ansiedade em
ratos hipertensos. Métodos: 32 ratos (16 ratos Wistar
e 16 SHR) foram separados em 4 grupos: normotenso sem treinamento (NS),
normotenso treinado (NT), hipertenso sem treinamento (HS) e hipertenso treinado
(HT). Os animais treinados foram submetidos a 12 semanas de TR, 5 dias/semana,
com 15 séries por dia e sobrecarga entre 60 e 75% do peso máximo carregado. A
pressão arterial sistólica (PAS) foi medida por pletismografia de cauda
adaptada e o comportamento relacionado a ansiedade por meio do teste de campo
aberto (CA). No CA foram medidos o tempo que os animais permaneciam na área
central (TAC) e na área periférica (TAP), bem como o número de bolos fecais.
Todas as medidas foram realizadas antes e após o período de treinamento. Os
dados foram comparados por meio de ANOVA two-way de
medidas repetidas, seguida do teste post hoc de Tukey,
quando necessário, e o α adotado foi de 5%. Resultados: Os animais
HT apresentaram diminuição da PAS comparado ao HS no momento pós-treinamento
(209,44 ± 12,04 vs. 173,78 ± 12,68 mmHg, respectivamente, p < 0,05). Além
disso, os animais HT apresentaram diminuição do TAC e aumento do TAP após o
período de treinamento, bem como apresentaram maior TAP comparado ao HS no
pós-treinamento (222,44 ± 126,36 vs. 287,22 ± 11,28 seg,
p < 0,05). Porém, o número de bolos fecais não foi diferente entre os
grupos. Conclusão: O TR foi capaz de reduzir a PA dos animais
hipertensos o que em parte pode ter levado à redução do comportamento
relacionado a ansiedade desses animais.
Palavras-chave: hipertensão; ansiedade; treinamento de
força
Agradecimentos: Ao
Centro Universitário Governador Ozanam Coelho – UNIFAGOC pelo financiamento e
apoio material
Caracterizar o perfil
termográfico de membros inferiores de jovens salonistas
universitários
Rafael Belluco
Cerqueira1, Felipe Augusto Mattos Dias1,2, Alisson Gomes
da Silva3, João Carlos Bouzas Marins1,2
1Departamento de Educação Física,
Universidade Federal de Viçosa, Campus Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
2Programa de Pós Graduação em Educação
Física UFV/UFJF, Viçosa, MG, Brasil
3Seção de Educação Física, Escola
Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), Barbacena, MG, Brasil
Introdução: O futsal é um desporto com elevada
demanda física e fisiológica, onde os atletas são expostos a um grande número
de jogos com curto intervalo de recuperação. A utilização de ferramentas que
auxiliem no controle e monitoramento do treinamento surge como uma
possibilidade para auxiliar o processo de prevenção de lesões e de
manutenção/ganho de performance. Dentre as diversas ferramentas, a termografia
infravermelha (TI) é uma técnica que tem sido utilizada, haja vista que
sobrecargas músculo esqueléticas decorrentes do treinamento/competição podem
alterar o perfil térmico da superfície corporal. A TI é uma ferramenta de
grande potencial que permite analisar, de forma rápida, segura e não invasiva,
o comportamento da temperatura irradiada da pele de diversas regiões corporais
trabalhadas durante os jogos e treinamento, podendo registrar anormalidades
térmicas que são sugestivas de um quadro lesional. Objetivo:
Caracterizar o perfil termográfico de membros inferiores de jovens salonistas universitários. Métodos: Foram obtidos
termogramas de 10 homens membros de uma equipe de futsal universitário (21 ±
2,9 anos; 76,9 ± 7,6 kg; 1,75 ± 0,05 m; 24,5 ± 1,6 IMC; 13,9 ± 4,3 %G).
Analisou-se a temperatura irradiada da pele (TP) de 14 regiões corporais de
interesse (RCI), sendo elas: vastos medial (VM), vasto lateral (VL), reto
femoral (RF), coxa posterior interna (CPI) e externa (CPE), femoral (FE),
adutores de quadril na visão anterior (ADA) e posterior (ADP), joelhos na visão
anterior (JOA) e posterior (JOP), tibial lateral (TL) e medial (TM),
gastrocnêmio medial (GM) e lateral (GL). Os termogramas foram analisados no
software ThermoHuman® versão 2.21. Os valores médios
de TP de cada RCI foram utilizados na análise estatística. O teste T
independente foi usado para comparar a TP entre RCIs
bilaterais. Utilizou-se o software SPSS, versão 23.0 e adotando um nível de
significância de p < 0,05. Resultados: Não houve diferença
significativa nos valores de TP entre os dimídios em nenhuma das RCIs, independentemente da dominância. Os valores médios de
TP foram os seguintes: VL 26,5 ± 0,8°C; RF 26,6 ± 0,7°C; ADA 27,2 ± 0,9°C; VM
26,7 ± 0,7°C; JOA 25,5 ± 0,9°C; TL 27,1 ± 1,0°C; TM 27,1 ± 0,9°C; CPE 26,6 ±
1,0°C; FE 27,3 ± 0,9°C; ADP 27,6 ± 1,0°C; CPI 27,6 ± 0,8°C; JOP 27,9 ± 0,7°C;
GE 27,6 ± 0,8°C; GI 27,7 ± 1,0°C. Quanto à análise das assimetrias,
estatisticamente não houveram diferenças significativas entre as RCIs bilaterais (p > 0,05), em todas as RCIs analisadas os valores de assimetria foram inferiores a
0,4°C. Conclusão: Jovens salonistas
universitários apresentaram simetria térmica contralateral em todas as RCIs analisadas. As diferenças médias de TP entre as RCIs bilaterais foram ≤ 0,3°C. Os valores médios de
assimetria encontrados são clinicamente aceitáveis. A TP registrada indicou que
os salonistas avaliados apresentam um perfil
termográfico normal ao serem considerados simétricos.
Palavras-chave: temperatura cutânea; medicina
esportiva; atletas universitários
Agradecimentos:
Carrefour/ Sitawe; ThermoHuman
Impactos de um protocolo
de sprints repetidos nas respostas de biomarcadores sanguíneos de salonistas universitários
Ana Luiza Zandonade1,
Felipe Augusto Mattos Dias2, Ana Caroline Moreira1,
Eduarda Mendes de Paula1, Alisson Gomes da Silva3, João
Carlos Bouzas Marins2
1Departamento de Medicina e Enfermagem,
Universidade Federal de Viçosa, Campus Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
2Programa de Pós Graduação em Educação
Física UFV/UFJF, Departamento de Educação Física, Universidade Federal de
Viçosa, Campus Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
3Seção de Educação Física, Escola
Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), Barbacena, MG, Brasil
Introdução: A realização de exercícios intensos e
extenuantes, como por exemplo os sprints, pode ocasionar danos a estrutura
muscular, promover microlesões, aumentar a
permeabilidade da membrana e até mesmo promover o surgimento de um processo
inflamatório e de prejuízos imunológicos elevando a quantidade de proteínas
intramusculares na corrente sanguínea. Visando avaliar a qualidade da
recuperação (REC) e o nível de prontidão dos atletas, diferentes tipos de
biomarcadores têm sido estudados sendo implementados no contexto da medicina
esportiva. O monitoramento da REC e da fadiga através dos biomarcadores permite
a obtenção de resultados precoces e possibilita um rastreamento fisiológico
generalizado. Objetivo: Analisar os impactos de um protocolo de sprints
repetidos nas respostas de biomarcadores sanguíneos de salonistas
universitários. Métodos: Foram obtidas amostras sanguíneas de 10 homens
universitários membros de uma equipe de futsal (21 ± 2,9 anos; 76,9 ± 7,6 kg;
1,75 ± 0,05 m; 24,5 ± 1,6 IMC; 13,9 ± 4,3 %G). O protocolo de intervenção
consistiu na realização de um protocolo de 15 sprints máximos de 30 metros com
intervalo de REC de 60 segundos entre as repetições. Cada avaliado foi
submetido a um total de 4 coletas (Caracterização, Pré-intervenção,
24 h e 48 h REC, onde foram analisadas as respostas da Creatina Quinase (CK),
Ácido Úrico (AU) e proteína C reativa ultrassensível (PCR-us).
Devido à normalidade dos dados, utilizou a ANOVA de medidas repetidas com post
hoc de Bonferroni para analisar as respostas dos
biomarcadores nos diferentes momentos. Os dados estatísticos foram analisados
no SPSS 23.0 e adotou-se o nível de significância de p < 0,05. Resultados:
Observou as seguintes respostas dos biomarcadores: CK (Baseline: 91,1 ± 68,0; Pré-intervenção: 67,1 ± 45,0; 24H REC: 173,6 ± 97,6 e 48H
REC: 113,7 ± 68,4); AU (Baseline: 4,1 ± 0,5; Pré-intervenção:
4,1 ± 0,5; 24H REC: 5,0 ± 0,8 e 48H REC: 4,5 ± 0,5) e PCR-us
(Baseline: 1,1 ± 1,2; Pré-intervenção: 0,9 ± 1,1; 24H
REC: 2,4 ± 1,8 e 48H REC: 1,9 ± 1,8). Com relação ao fator tempo foi observado
um efeito significativo para todos os parâmetros analisados, indicando um
aumento significativo da concentração destes biomarcadores na corrente
sanguínea após 24h de REC. Após 48 horas de REC foi observado uma redução
gradual da concentração de todos os biomarcadores analisados, no entanto,
nenhum deles atingiu os valores encontrados nos momentos pré-intervenção
e baseline. Conclusão: O protocolo de sprints repetidos induz um aumento
da concentração de CK, AU e PCR-us. Os resultados encontrados nos permitem
inferir que um intervalo de 48 horas de REC é insuficiente para REC total após
realizar 15x30m/1’ REC. Além disso, os resultados sugerem que os biomarcadores
analisados são capazes de detectar alterações fisiológicas que podem estar
associadas à fadiga residual induzida por um protocolo de sprints repetidos,
podendo assim, colaborar com o processo de monitoramento da REC muscular.
Palavras-chave: biomarcadores; medicina esportiva;
atletas universitários
Agradecimentos:
Carrefour/ Sitawe; ThermoHuman
Caracterização do perfil
termográfico de membros inferiores de jovens futebolistas universitários
Hugo de Assis Cassemiro1,
Felipe Augusto Mattos Dias1,2, Alisson Gomes da Silva3,
João Carlos Bouzas Marins1,2
1Departamento de Educação Física,
Universidade Federal de Viçosa,Campus
Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
2Programa de Pós Graduação em Educação
Física UFV/UFJF, Viçosa, MG, Brasil
3Seção de Educação Física, Escola
Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), Barbacena, MG, Brasil
Introdução: O futebol é uma modalidade que
apresenta uma alta incidência de lesões musculoesqueléticas, decorrente da
associação entre a elevada demanda física e fisiológica com um calendário de
competições que possui um grande número de jogos com curto período de
recuperação. Dentre as diversas ferramentas empregadas no processo de controle
e monitoramento da carga de treinamento, a termografia infravermelha (TI) é uma
técnica não invasiva que vem sendo utilizada, haja vista que sobrecargas
musculoesqueléticas decorrentes do treinamento/competição podem alterar as
respostas térmicas da superfície corporal. Os resultados dos termogramas
permitem avaliar a normalidade de diferentes regiões corporais de interesse,
identificando aumentos ou reduções anormais de temperatura e observando
alterações bilaterais clinicamente importantes. Objetivo: Caracterizar o
perfil termográfico de membros inferiores de jovens futebolistas
universitários. Métodos: Foram obtidos termogramas de 10 homens membros
de uma equipe de futebol universitário (22 ± 1,8 anos; 76,2 ± 8,7 kg; 1,77 ±
0,04 m; 23,7 ± 2,6 IMC; 12,3 ± 4,5 %G). Analisou-se a temperatura irradiada da
pele (TP) de 14 regiões corporais de interesse (RCI), sendo elas: vastos medial
(VM), vasto lateral (VL), reto femoral (RF), coxa posterior interna (CPI) e
externa (CPE), femoral (FE), adutores de quadril na visão anterior (ADA) e
posterior (ADP), joelhos na visão anterior (JOA) e posterior (JOP), tibial lateral
(TL) e medial (TM), gastrocnêmio medial (GM) e lateral (GL). Os termogramas
foram analisados no software ThermoHuman® versão
2.21. Os valores médios de TP de cada RCI foram utilizados na análise
estatística. O teste T independente foi usado para comparar a TP entre RCIs bilaterais. Utilizou-se o software SPSS, versão 23.0 e
adotando um nível de significância de p < 0,05. Resultados: Não houve
diferença significativa nos valores de TP entre os dimídios em nenhuma das RCIs, independentemente da dominância. Os valores médios de
TP foram os seguintes: VL 26,6 ± 0,8°C; RF 26,7 ± 0,6°C; ADA 27,4 ± 0,8°C; VM
26,7 ± 0,8°C; JOA 25,2 ± 0,7°C; TL 26,5 ± 0,8°C; TM 26,4 ± 1,0°C; CPE 26,6 ±
1,1°C; FE 27,1 ± 0,9°C; ADP 27,5 ± 1,1°C; CPI 27,4 ± 0,8°C; JOP 27,8 ± 0,7°C;
GE 27,9 ± 0,8°C; GI 27,0 ± 1,0°C. Com que diz respeito à análise das
assimetrias, as análises estatísticas não mostraram diferenças significativas
entre as RCIs bilaterais (p > 0,05), em todas as RCIs analisadas os valores de assimetria foram inferiores a
0,5°C. Conclusão: Os jovens futebolistas universitários apresentaram
simetria térmica contralateral em todas as RCIs
analisadas. As diferenças médias de TP entre as RCIs
bilaterais foram ≤ 0,3°C. Os valores médios de assimetria encontrados são
clinicamente aceitáveis. A TP registrada indicou que os futebolistas avaliados
apresentam um perfil termográfico normal.
Palavras-chave: temperatura cutânea, medicina
esportiva; atletas universitários; futebol
Agradecimentos:
Carrefour/ Sitawe; ThermoHuman
Estudo comparativo da
temperatura da pele em homens e mulheres durante uma sessão de ciclismo em
ambiente quente
Ana Julia Brandão Moreira1,
William Martins Januário1, Ana Julia de Oliveira Schittine1,
Emille Rocha Bernardino de Almeida Prata², Antônio
José Natali¹, Thales Nicolau Prímola-Gomes¹
1Departamento de Educação Física -
Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG, Brasil
2Departamento de Engenharia de Alimentos
- Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG, Brasil
Introdução: O aumento das temperaturas médias
globais está levando a condições climáticas extremas, podendo ter impactos
graves na saúde humana. Durante a prática de exercícios físicos sob estresse
térmico ambiental, o aumento exacerbado da temperatura corporal eleva o risco
de complicações relacionadas ao calor. Nesse contexto, compreender a regulação
da temperatura corporal torna-se crucial para mitigar os danos ao desempenho e
proteger a saúde dos praticantes. Objetivo: O objetivo deste estudo foi
comparar a temperatura da pele (TPELE) entre homens e mulheres, antes, durante
e após uma sessão de ciclismo em ambiente quente. Métodos: 7 homens (34 ± 2
anos; 56,0 ± 4,7 mL.kg-1.min-1) e 7 mulheres (31 ± 3
anos; 50,9 ± 5,5 mL.kg-1.min-1) praticantes regulares de
ciclismo realizaram 2 visitas ao laboratório: 1ª visita - caracterização e
familiarização da amostra, incluindo a medida da potência aeróbica máxima (Pmáx); 2ª visita – aplicação do protocolo
experimental em ambiente quente (Tambiente: 32,40 ± 0,14ºC;
UR: 60,0 ± 4,2%), com 10min de repouso iniciais (Repouso), 60 min de exercício
progressivo de ciclismo (10min a 20%Pmax, 25 min a 55% Pmáx,
2 5min a 75% Pmáx, e 25min de recuperação
pós-exercício (Recuperação). A TPELE foi medida a cada minuto, utilizando
sensores de temperatura fixados com fita adesiva em quatro pontos do lado
direito do corpo (peito, tríceps, quadríceps, panturrilha), acoplados a um
termômetro digital portátil (K, S-09K Instrutherm®).
A TPELE média foi calculada de acordo com a seguinte equação: 0,3(TPEITO)
+ 0,3(TTRÍCEPS) + 0,2(TCOXA) + 0,2(TPANTURRILHA).
Após a verificação de normalidade, os dados foram analisados através de ANOVA Two-Way de medidas repetidas, com post-hoc de Bonferroni (média ± DPM; α = 5%). Ética:
63310522.6.0000.5153. Resultados: A Pmáx
obtida foi diferente entre homens e mulheres (318 ± 59 vs. 250 ± 32 W; p =
0,022). Observou-se que não houve diferenças significativas na TPELE
média entre homens e mulheres (repouso: 33,3 ± 0,22 vs. 32,9 ± 0,28ºC; 20% Pmáx: 33,9 ± 0,32 vs. 33,6 ± 0,30ºC; 55% Pmáx: 35,3 ± 0,42 vs. 35,0 ± 0,39ºC; 75% Pmáx: 35,9 ± 0,24 vs. 35,6 ± 0,25ºC; e
recuperação 35,1 ± 0,66 vs. 34,9 ± 0,58ºC p = 0,369). A TPELE
aumentou a partir do sexto minuto para ambos os sexos, não retornando aos
valores iniciais até o fim do protocolo (p = 0,001). Conclusão: Não houve
diferenças significativas na TPELE entre homens e mulheres, antes,
durante e após uma sessão de ciclismo em ambiente quente.
Palavras-chave: ciclismo; hipertermia; ondas de calor;
termorregulação
Apoio:
CAPES, FAPEMIG, CNPq.
Internal agreement analysis of four methods for assessing vertical jump in
healthy adult women
Italo Santiago Alves Viana¹, Leonardo
Silveira Goulart Silva¹, Lorena Gonçalves de
Oliveira¹, Philipe Gabriel
Silva Melo¹, Claúdia Eliza Patrocínio de Oliveira², Osvaldo
Costa Moreira¹
1Instituto de Ciências Biológicas e da
Saúde, Universidade Federal de Viçosa -
Campus Florestal -
Florestal, MG, Brasil
2Departamento de Educação Física,
Universidade Federal de Viçosa - Campus
Viçosa - Viçosa, MG,
Brasil
Introduction: One of the most important physical
variables in sports performance is explosive strength. Vertical
jumps are used to estimate explosive strength. The commonly used test
is the contact mat, which calculates the vertical jump height based on the
flight time and the jumper's body mass. Currently, various brands of
this equipment are widely available in the market, such as Physical Solutions™
(PS) and Multisprint™ (MS). However, acquiring this equipment entails high
costs. Therefore, Kinovea™ (Ki), free software for sports analysis, where jumps
are recorded and analyzed within the software itself, could be a
practical and cost-effective alternative. Another option is My Jump Lab 3.0™
(MJ), an application for measuring sports performance containing various tests,
including the vertical jump. Objective: To analyze the internal
agreement of four methods for assessing vertical jump (PS, MS, Ki, and MJ) in
healthy adult women. Methods: This study involved 20 university-aged
women (18 to 28 years old) who underwent four simultaneous vertical jump
assessments on the same day under the same conditions. The tests were conducted
at the Human Lab, following all ethical research standards. Participants
familiarized themselves with the tests by performing 2 jumps before
starting the assessment. They were instructed to
perform 3 consecutive jumps and to follow guidelines to keep their
hands fixed on their hips and not to exceed 90° knee flexion. The results
were analyzed by calculating the intraclass correlation coefficient (ICC)
with a 95% confidence interval (CI). ICC values equal to or greater than 0.90
can be considered very high, values between 0.70 and 0.89 are considered high, and
values between 0.50 and 0.69 are considered moderate. A statistical
significance level of p < 0.05 was established for all treatments. Results:
It was observed that the agreement between the tests was
"high" (PS = 0.766; 95% CI = 0.505; 0.901; p < 0.001; MS = 0.860;
95% CI = 0.710; 0.940; p < 0.001; Ki = 0.818; 95% CI = 0.616; 0.922; p < 0.001;
MJ = 0.856; 95% CI = 0.699; 0.938; p < 0.001;). Conclusion: It is
possible to conclude that both PS, MS, Ki, and MJ tests exhibit high internal
agreement for assessing vertical jumps in healthy adult women. Thus, all four
tests can be used as methods for evaluating lower limb explosive
strength in women. However, it is recommended not to interchange
between tests, performing assessment with one and re-evaluating with another.
Keywords: Health ; muscle strength ; athletic
performance
Acknowledgments: National Fund for Education Development (FNDE); Human
Morphophysiology Analysis Laboratory (Human lab)
Pacing de atletas de elite em provas de
mountain biking cross-country short track
Rodney Coelho da Paixão1,2,
Anderson Meireles1, Hiago Leandro
Rodrigues Souza1, Moacir Marocolo1, Rhaí
André Arriel1
1Departamento de Biofísica e Fisiologia,
Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, MG, Brasil
2Faculdade de Educação Física e
Fisioterapia, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG, Brasil
Introdução: O pacing
(ritmo) pode ser definido como a distribuição de intensidade ao longo de uma
tarefa física e tem sido reconhecido como um dos fatores determinantes do
desempenho esportivo. A depender da dinâmica executada, o pacing
é geralmente classificado como positivo (parte inicial mais rápida do que a
parte final), negativo (parte final mais rápida do que a parte inicial),
uniforme (velocidade mais regular ao longo da competição), all-out
(esforço máximo durante um curto intervalo de tempo), parabólico (U-shaped, J-shaped, etc.) ou
variável (alta oscilação da velocidade ao longo da competição). No contexto do
mountain biking (MTB), o pacing
positivo tem sido uma tendência no cross-country olímpico. Todavia, ainda não
está claro se os atletas adotam o mesmo comportamento durante as provas de
cross-country short track (XCC). Objetivo: Caracterizar o pacing executado por ciclistas da categoria elite em provas
de XCC e investigar possíveis diferenças entre os atletas top 1-20 vs. top
21-40. Métodos: No total, foram analisados os dados de 24 atletas que
participaram da Copa Internacional de MTB (CIMTB; n = 12; 29,3 ± 4,3 anos) ou
da Copa do Mundo de MTB (WC; n = 12; 29,2 ± 4,8 anos). O XCC da CIMTB foi
composto por seis voltas de ~2,3 km de comprimento, enquanto na WC o circuito
foi composto por oito voltas de ~1,8 km. O ganho total de elevação e a altitude
máxima foram de 280 m vs. 174 m e 998 m vs. 775m na
CIMTB e WC, respectivamente. Ambos as provas contemplavam uma seção plana, uma
subida e uma descida sustentada. Resultados: O tempo total de corrida foi maior
na CIMTB (2290,8 ± 74,1s vs. 1274,4 ± 28,8s; p < 0,01), mas a velocidade
média (21,7 ± 0,7 km/h vs. 26,6 ± 0,6 km/h; p < 0,01) e o coeficiente de
variação (CV) da velocidade ao longo das voltas foram maiores na WC (2,5 ± 1,0%
vs. 4,3 ± 1,5% p < 0,01). Observou-se um pacing
positivo no XCC da CIMTB e um perfil variável na WC. Neste caso, os atletas
adotaram um início mais rápido durante a CIMTB (acima da velocidade média da
corrida) e um ritmo inicial mais conservador na WC (abaixo da velocidade média
da corrida). Na comparação entre os ciclistas top 1-20 e top 21-40, ambos os
grupos executaram pacing positivo na CIMTB. Por outro
lado, enquanto os ciclistas top 1-20 adotaram pacing variável na WC, os atletas top 21-40 demonstraram um
perfil mais uniforme. Interessantemente, o CV foi similar entre os grupos
(CIMTB top 1-20 = 2,4 ± 0,5% vs. top 21-40 = 2,6 ± 1,4% p = 0,748; WC top 1-20
= 5,0 ± 2,0% vs. top 21-40 = 3,8 ± 0,8% p = 0,290). Conclusão: O perfil
de pacing executado pelos ciclistas de elite do MTB
difere entre as competições de XCC e entre os atletas melhores e piores
colocados.
Agradecimentos:
Moacir Marocolo é apoiado pelo Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq (processo nº 308138/2022-8) e Rhaí André Arriel pela Fundação
de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – FAPEMIG e Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq (processo nº BPD-00905-22)
Qualitative analysis of resistance training variables with inertial
flywheels on muscular adaptations in young adults: a systematic review
Suene Franciele Nunes Chaves1,
Lucas Vieira Santos1, Édison Andrés Pérez Bedoya¹, João Batista
Ferreira-Júnior2, Claudia Eliza do Patrocínio de Oliveira1,
Osvaldo Costa Moreira3
1Department of Physical Education, Federal University of Viçosa, Campus
Viçosa, Viçosa, MG, Brazil
2Department of Education, Federal Institute of Southeast Minas Gerais, Campus
Rio Pomba, Rio Pomba, MG, Brazil
3Institute of Biological and Health Sciences, Federal University of Viçosa, Campus Florestal, Florestal, MG, Brazil
Introduction: Muscle strength is one of the most important physical
capacities for quality of life and health. In turn, the main strategy for
developing muscle strength is resistance training. Among the modalities of
resistance training (RT), RT with inertial flywheels is particularly
beneficial, as it increases eccentric overload during concentric-eccentric
movements, thus promoting positive adaptations in muscle strength, hypertrophy,
vertical and countermovement jump performance, sprint time, aerobic endurance, agility,
change-of-direction running, and running economy. However, to date, no study
has investigated how RT with inertial flywheels variables are prescribed. Objective:
To analyze the manipulation of resistance training variables in the
prescription of RT with inertial flywheels in young adults. Methods:
Randomized clinical trials published in English without specific publication
dates analyzing the effects of RT with inertial flywheels on muscular
adaptations, including men and women without orthopedic limitations, aged
between 18 and 45 years, were selected for this review, and only studies in
humans were included. This systematic review was registered on the PROSPERO
platform under registration number CRD42023461863. Data were extracted based on
results obtained from four databases: MEDLINE/PubMed, EMBASE, Web of Science,
Cochrane Central. The search followed the Preferred Reporting Items for
Systematic Review and Meta-Analyses (PRISMA) guidelines. Data regarding the
training program were extracted and analyzed descriptively. Results:
After searches in electronic databases and the stages of search and selection,
9 studies were included in this systematic review. The main results showed that
all studies performed exercises for lower limbs. The total number of sets
varied from 2 to 6 sets and repetitions from 3 to 10 repetitions. Intensity was
controlled by percentage of one-repetition maximum (1RM), 7RM, and by inertia
discs ranging from 0.05 to 0.11 kg.m-2. The rest interval between
sets ranged from self-selected time to 3 minutes, with one study using active
recovery and two studies not reporting this information. Weekly frequency
ranged from 1 to 3 times per week, with a minimum of 24 hours between sessions.
Conclusion: From the analysis of the data, it can be concluded that there is
still no consensus on the design of RT with inertial flywheels variables, which
represents a gap in the literature. Defining and choosing the variables of a
training program correctly can maximize muscular adaptations, as well as
improve physical fitness and health indices.
Keywords: resistance training; muscle strength; strengthening
program; exercise program
Acknowledgments: Coordination for the Improvement of Higher Education
Personnel (CAPES)
Utilização de tecnologias
assistivas no esporte: uma revisão sistemática de escopo
Vinícius Lima Fernandes1,
Sophia Coura Martins Ferreira1, Yuri Ferreira Moreira1,
Lucas Barbosa Almada2, Mauro Lúcio Mazini Filho3, Gabriela
Rezende de Oliveira Venturini1,4
1Departamento de Formação Geral, Centro
Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais – Campus Leopoldina,
Leopoldina, MG, Brasil
2Departamento de Educação Física,
Universidade Federal de Viçosa – Campus Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
3Departamento de Educação, Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais – Campus
Rio Pomba, Rio Poma, MG, Brasil
4Instituto de Educação Física e Desporto,
Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Campus Maracanã, Rio de Janeiro, RJ,
Brasil
Introdução: A tecnologia assistiva é o termo
utilizado para mencionar qualquer serviço ou recurso que visa contribuir para
que pessoas com algum tipo de deficiência física consigam ter mais autonomia,
independência, qualidade de vida e inclusão social. Objetivo: O objetivo
do presente estudo foi realizar uma revisão sistemática de escopo sobre as
principais tecnologias assistivas utilizadas por pessoas com deficiência física
no esporte, através de uma revisão sistemática de escopo. Métodos: Foram
adotadas as recomendações de Page et al. (2021) para revisões
sistemáticas, onde a frase de busca foi composta pelos descritores
"Sports", "Self-Help Devices" e "Disabled
Persons" e seus respectivos sinônimos. Foram
utilizadas as bases de dados Pubmed, Scielo, Periódicos Capes, Scopus, e Web of
Science. Resultados: Inicialmente foram encontrados 1045 estudos, os
quais passaram pelos seguintes critérios de elegibilidade: a) apresentem e/ou
expliquem algum tipo de tecnologia assistiva utilizada no esporte, por pessoas
com deficiência física; b) relatam o histórico de criação e aplicação de algum
tipo de tecnologia assistiva utilizada no esporte, por pessoas com deficiência
física; c) abordem possíveis desfechos futuros (inovação) de tecnologias que já
são utilizadas no contexto esportivo, ou que se encontrem em processo de
elaboração. Após o processo de elegibilidade, foram incluídos 23 estudos na
revisão, dos quais foram extraídos os seguintes dados para elaboração dos
resultados: a) autoria (autor e ano da publicação); b) tecnologia utilizada
(aplicativo, software, etc); c) caracterização da
amostra; d) área de aplicação da tecnologia utilizada (análise de desempenho
técnico, físico, tático, etc). Conclusão:
Concluiu-se que o foco e as adaptações realizadas nos esportes foram
direcionados para melhorar a segurança dos atletas e otimizar seu desempenho na
prática dos esportes como basquete, corrida, tênis, futebol, entre diversos
outros em cadeira de rodas, assim como, os diversos esportes paralímpicos
existentes. Para isso, houveram mudanças principalmente nas configurações das
rodas, camber, fixação do atleta, proteção para pés e
mãos, cadeira de rodas com altura ajustável, próteses esportivas, goleiros eletrônicos
controlados remotamente, sensores vestíveis e tecnologias de digitalização 3D.
As tecnologias assistivas foram aplicadas em um contexto que além de
proporcionar melhorias do equipamento esportivo, também permitiu monitorar e
analisar o desempenho dos atletas, como o dispositivo SmartWheel,
exoesqueletos e interfaces cérebro-computador e sensores de unidades de medição
inercial, o que permite um desenvolvimento tecnológico orientado a
acessibilidade, além da competitividade nos esportes adaptado.
Palavras-chave: esporte; tecnologias assistivas; pessoa
com deficiência
Impacto da metodologia
baseada em problemas no desenvolvimento de competências socioemocionais de
adolescentes através do esporte
Sophia Coura Martins
Ferreira1, Isabelly Araújo Temóteo1,
Gabriel Ferreira de Oliveira1, Marcelo Teixeira de Sousa Filho1,
Lucas Barbosa Almada2, Gabriela Rezende de Oliveira Venturini1,3
1Departamento de Formação Geral, Centro
Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, Campus Leopoldina, Leopoldina,
MG, Brasil
2Departamento de Educação Física,
Universidade Federal de Viçosa, Campus Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
3Instituto de Educação Física e Desporto,
Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Campus Maracanã, Rio de Janeiro, RJ,
Brasil
Introdução: O conceito de competência
socioemocional implica na aquisição de capacidades relacionadas à expressão e à
compreensão de emoções, organização social adequada e consciência emocional,
levando-se em conta a identidade, a história pessoal e o contexto social da
criança e do jovem. É considerada uma competência primordial para crianças e
jovens interagirem, autorregularem-se e estabelecerem relações gratificantes
com os outros, com si mesmos e com o planeta. Nesse contexto, o esporte se
apresenta como importante ferramenta para desenvolver as competências
socioemocionais desse público, devido às suas características, tais como:
regras, superação, disciplina, entre outras. Objetivo: Identificar o
impacto de metodologias ativas no desenvolvimento de competências
socioemocionais em adolescentes em vulnerabilidade social através do esporte. Métodos:
Foi realizado um estudo pré-experimental em uma
amostra de adolescentes de ambos os sexos (n = 15; idade = 15,6 anos). Foi
utilizado o Questionário Children’s Assertive Behavior Scale (CABS) para a avaliação das Competências
Socioemocionais de Michelson e Wood (1982). Os
cuidados éticos para pesquisas com seres humanos foram preservados (CAAE nº
07619318.5.0000.5259) A intervenção se deu através de aulas de natação, nas
quais foi adotada a metodologia ativa baseada em problemas por um período de 8
meses. Foram realizadas a estatística descritiva, teste de Komolgorov-Smirnov,
teste t de Student, e d de Cohen. Todas as análises
foram feitas no software SPSS (IBM SPSS Statistics, version 22.0; IBM Corporation), sendo consideradas
estatisticamente significantes as diferenças entre médias com p-valor ≤
0,05. Resultados: Foram observadas diferenças estatisticamente significantes na
assertividade, passividade e agressividade após o programa de intervenção. Houve
redução na média de assertividade, aumento da passividade e, sobretudo, uma
diminuição da agressividade. Sob o ponto de vista prático, as mudanças
observadas foram grandes (d > 0,80), exceto na variável passividade onde o
efeito observado foi pequeno sob o ponto de vista prático. Isso indica que
antes da intervenção, o comportamento assertivo dos alunos era mais heterogêneo
predominando tanto a assertividade passiva quanto agressiva. Porém, após a
intervenção o comportamento assertivo passou a ser menos agressivo,
predominando a passividade. Conclusão: Conclui-se que o uso da
metodologia ativa baseada em problemas impactou positivamente as competências
socioemocionais dos adolescentes, no que se refere ao comportamento, e
negativamente no que se refere à resolução de problemas. Sugere-se que seja adotado
maior tempo de intervenção na perspectiva de encontrar melhores resultados
referentes à resolução de problemas.
Palavras-chave: psicologia do esporte; habilidades
sociais; adolescente
Disponibilidade de fontes
alimentares proteicas vegetarianas e veganas de uma prova ultratrail:
la Mision Brasil
Julia Casagrande Varelas1,
Jullia Cotta Vieira1, Ana Claudia
Pelissari Kravchychyn1, Helton de Sá Souza2
1Departamento de Nutrição e Saúde,
Universidade Federal de Viçosa – Campus Viçosa, Viçosa, Minas Gerais, Brasil
2Departamento de Educação Física,
Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, Minas Gerais, Brasil
Introdução: As corridas de ultraendurance
em trilhas (Ultratrail) vem ganhando cada vez mais
adeptos que possuem diferentes comportamentos alimentares. Para a prova de 80
km da La Mision Brasil, uma das Ultratrail
mais desafiadoras do país, estão previstos que cerca de 5% dos esportistas
sejam vegetarianos e veganos. Visando melhor assistência para os atletas é de
suma importância que os postos de controle e alimentação (PCAs)
forneçam, durante a prova, alimentação adequada e igualitária envolvendo todos
os nutrientes, incluindo a oferta proteica vegetal, uma vez este macronutriente
tem papel chave na síntese e recuperação muscular. Objetivo: Analisar a
oferta proteica em fontes alimentares veganas e vegetarianas da prova de ultratrail LaMision Brasil na
modalidade de 80 km. Métodos: O estudo foi realizado com as informações de
alimentação dos PCAs, regulamento de prova e perfil
dos atletas disponibilizados pela organização do evento. O tempo médio (Tmed) de prova foi considerado em 21h, resultante da média
entre o tempo máximo de 31h, estabelecido em regulamento, e o tempo mínimo de
11h, calculado com base nos tempos dos campeões da prova masculina de 2022 e
2023. Para o cálculo das necessidades nutricionais proteicas foi utilizada a
recomendação média de ingestão proteica intraprova de
25 g a cada 3,5 após as primeiras 3h de prova (Williamson, 2016). Com base na
tabela brasileira de composição de alimentos (TBCA, 2019) foram quantificados
em porções de 100g todos os alimentos disponíveis nos PCAs
e verificadas as fontes proteicas ofertadas nos cardápios que, posteriormente
foram segmentados em veganos, vegetarianos e sem restrições. Os gramas de
proteínas dos alimentos foram comparados com a recomendação, a fim de analisar
a equivalência destas condições alimentares. Resultados: Para o TMed foi estimada a necessidade de 125 g de proteínas após
3h de prova. O Queijo Minas Frescal foi o único alimento presente no cardápio
que poderia se ajustar às recomendações proteicas vegetarianas. A ingestão de
25 g de proteínas, equivalente a 157g de Queijo Minas Frescal, deveria ser
feita em todos os PCAs presentes nas distâncias: 14 km,
25 km, 42 km, 62 km e 72 km. Para os atletas veganos, não há alimentos que
forneçam quantidades viáveis de consumo, uma vez que os valores proteicos são
mínimos em 100 g dos alimentos e quando projetadas para as recomendações, a
quantidade em gramas totais consumidas ficariam inatingíveis para as condições
de prova. Conclusão: A equivalência de oferta proteica dos cardápios
vegetarianos e veganos, quando comparados com o cardápio sem restrições não é
facilmente atingida uma vez que aspectos da prova podem inviabilizar o consumo
de grandes quantidades alimentares, apresentando um valor inferior ao
recomendado. Essa condição pode resultar em piora no desempenho dos atletas com
estas características alimentares, em especial para atletas veganos.
Palavras-chave: nutrição no esporte; vegetarianos;
veganos; resistência física; necessidade proteica
Agradecimentos:
FAPEMIG (APQ-02146-22), La Mision Brasil, Programa ATTAq-UFV.
Impacto dos sintomas
pré-menstruais no desempenho esportivo de nadadoras de nível competitivo
nacional
Ana Vitória Fortes dos Reis2,
Matheus Lopes Fonseca1, Rebecca Louise de Oliveira1,
Laura Hora Rios Leite1, Moacir Marocolo1, Géssyca Tolomeu de Oliveira1,2
1Exercise Physiology
and Performance Research
(EXPPER), Departamento de Biofísica e Fisiologia, Universidade Federal de Juiz
de Fora, MG, Brasil
2Laboratório de Atividades Aquáticas
(LAQUA), Faculdade de Educação Física e Desportos, Universidade Federal de Juiz
de Fora, MG, Brasil
Introdução: O ciclo menstrual (CM) representa uma
oscilação hormonal regulada pelo eixo hipotálamo-hipófise-ovários, com duração
média de 28 dias. Além de influenciar a função reprodutiva, o CM afeta
parâmetros fisiológicos e psicológicos. A Síndrome Pré-Menstrual (SPM) e o
Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM) caracterizam-se por variações de
humor e sintomas físicos, como cólica, sobretudo durante as fases lútea tardia
e folicular inicial. O TDPM, em particular, pode acarretar desconfortos físicos
com repercussão no cotidiano. No contexto esportivo, tais sintomas podem
comprometer o desempenho físico, inclusive na natação, modalidade na qual
pequenas diferenças de tempo são determinantes para a vitória. Objetivo:
Analisar a relação entre o coeficiente de variação do desempenho (CVD) e o
escore da Ferramenta de Triagem de Sintomas Pré-menstruais (PSST). Métodos:
Dez nadadoras (16,1 ± 1,9 anos) de nível competitivo nacional, eumenorréicas e não usuárias de anticoncepcional,
participaram do estudo. Durante 18 semanas, o desempenho físico foi avaliado
através de teste máximo contrarrelógio (1x100m) semanal. O percentual de
desempenho foi calculado com base nos tempos dos testes e melhores tempos da
temporada. Cada atleta teve seu CM monitorado ao longo do estudo. Inicialmente,
o acompanhamento foi por análise hormonal. Mensalmente, as fases do ciclo foram
identificadas através da ovulação confirmada por meio de teste de ovulação (LH)
urinário. O PSST foi aplicado durante a fase lútea tardia de cada ciclo
identificado para acompanhar os sintomas pré-menstruais. Os escores do PSST de
cada mês foram somados. Para análise estatística, utilizou-se a correlação de
Pearson e regressão linear, com significância estabelecida em p < 0,05. Resultados:
Observou-se correlação negativa entre a o CVD e o escore PSST (r = 0,72, p = 0,017;
R² = 0,53). Conclusão: O aumento na gravidade dos sintomas
pré-menstruais correlaciona-se com menor variabilidade no percentual de
desempenho físico. No entanto, ressalta-se que tal menor variabilidade se
manifesta em percentuais positivos mais elevados, indicando tempos prejudicados
em comparação com o melhor tempo registrado na temporada. Hipotetizou-se
que a menor variabilidade nos tempos resulta em menor adaptação ao treinamento
devido às flutuações hormonais e, principalmente, ao gerenciamento dos sintomas
pré-menstruais. O reconhecimento dos desafios emocionais enfrentados pelas
atletas durante esse período e a implementação de estratégias de apoio, como
comunicação aberta com a equipe técnica e técnicas de gestão do estresse, podem
contribuir para enfrentar os desafios relacionados ao CM e maximizar o
desempenho esportivo.
Palavras-chave: dismenorreia; desempenho esportivo;
ciclo menstrual; educação física
Agradecimentos:
Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Universidade Federal de Juiz de
Fora (UFJF). Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(CAPES). Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG)
Análise da relação entre
ciclo menstrual e desempenho esportivo de atletas de natação
Rebecca Louise de Oliveira1,
Lara Fonseca Assis1, Laura Hora Rios Leite¹, Moacir Marocolo1,
Géssyca Tolomeu de Oliveira1,2,
Hiago Leandro Rodrigues de Souza1
1Exercise Physiology
and Performance Research
(EXPPER), Departamento de Biofísica e Fisiologia, Universidade Federal de Juiz
de Fora, MG, Brasil
2Laboratório de Atividades Aquáticas
(LAQUA), Faculdade de Educação Física e Desportos, Universidade Federal de Juiz
de Fora, MG, Brasil
Introdução: A natação é um esporte que demanda
alta capacidade física e habilidades técnicas para atingir o melhor desempenho,
que é influenciável, mas não limitado a fatores fisiológicos, psicológicos e de
treinamento. Atletas do sexo feminino experimentam variações hormonais que
podem influenciar seu desempenho esportivo consideravelmente, especificamente
oscilações hormonais associadas ao ciclo menstrual (CM), que podem exercer
influências distintas em comparação aos atletas do sexo masculino. Objetivo:
Analisar a influência do CM no desempenho de atletas de natação ao longo de 4
semanas. Para isso, foi analisado o efeito do CM intragrupo com um grupo
"controle" do sexo masculino. Métodos: Dez atletas do sexo
masculino (14,1 ± 1,2 anos; World Aquatics Points
362,4 ± 101,4) e nove atletas do sexo feminino (15,6 ± 1,4 anos; World Aquatics Points 357,3 ± 105,6), eumenorreicas
e não usuárias de anticoncepcionais, participaram do estudo. Todos os atletas
competiam em nível nacional. Durante quatro semanas, o desempenho esportivo foi
avaliado através de um teste máximo contrarrelógio (1 x 100 m) semanalmente. O
acompanhamento do CM iniciou-se por uma análise hormonal e, com base nas
concentrações de progesterona e estrogênio, identificou-se a fase do CM que
cada atleta estava. Posteriormente, as diferentes fases do CM foram estimadas
por meio de cálculo. Mensalmente, a confirmação da ovulação foi realizada por
meio de um teste de ovulação (LH) urinário. Análise descritiva, ANOVA e Test t
foram utilizados, adotando p < 0,05. Resultados: Não foram observadas
diferenças significativas no desempenho das atletas ao longo das fases do CM (p
= 0,89; F = 0,04). Ao comparar atletas do sexo masculino e feminino, o
desempenho não foi diferente na primeira (p = 0,23; t = 1,2) e segunda (p = 0,07;
t = 1,9) semanas, mas foi significativamente diferente na terceira (p = 0,02; t
= 2,4) e quarta (p = 0,02; t = 2,3) semanas. Conclusão: Ao comparar
atletas do sexo masculino e feminino, o desempenho não apresentou diferenças
significativas nas primeiras duas semanas, mas tornou-se significativamente
diferente nas últimas duas semanas, com as atletas do sexo feminino
apresentando menor modificação no desempenho. Ressalta-se que a diferença em
termos de segundos pode ter um impacto prático importante, especialmente em
distâncias mais curtas, como os 100 metros. Pequenas variações podem resultar
em diferenças significativas no resultado da prova, mesmo não sendo captadas
estatisticamente. Assim, variações do CM podem estar relacionadas a
desconfortos físicos e mudanças emocionais, que presumivelmente influenciam o
desempenho feminino nessas fases, embora não sejam os únicos fatores a serem considerados.
Palavras-chave: ciclo menstrual; desempenho esportivo;
educação física; treinamento
Agradecimentos:
Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Universidade Federal de Juiz de
Fora (UFJF). Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(CAPES). Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
Validade e confiabilidade
do core sensor na estimativa da temperatura central durante o exercício físico
em ambiente quente
Ana Júlia de Oliveira
Schittine1, William M Januário1, Natália F Lessa1,
Emille Rocha B de Almeida Prata², Antônio José
Natali¹, Thales N Prímola-Gomes1
1Departamento de Educação Física,
Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
2Departamento de Engenharia de Alimentos,
Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
Introdução: As constantes ondas de calor que
vivemos no Brasil têm sido motivo de preocupação. A realização de exercícios
físicos em temperaturas ambientais elevadas pode levar a diversos problemas
relacionados ao calor. Atualmente há maneiras de medir a temperatura central (Tcentral) no exercício, visando evitar problemas
relacionados às altas temperaturas. Entretanto, muitos desses dispositivos têm
diversas limitações, surgindo no mercado opções que prometem ser mais práticas,
como o CORE Sensor. Por esse motivo, urgem mais estudos buscando entender se o
novo dispositivo é válido para a medição da Tcentral
em exercício físico. Objetivo: Esse estudo teve como objetivo avaliar a
validade e confiabilidade dos dados de Tcentral
obtidos pelo CORE Sensor durante o exercício físico no calor. Metodologia:
Sete homens e oito mulheres praticantes de ciclismo regular (33,4 ± 8 anos;
53,8 ± 7,7 mL.kg-1.min-1) realizaram 3 visitas ao
laboratório. Primeira visita - caracterização da amostra; segunda e terceira
visitas - Após 10 minutos de repouso iniciais, foi aplicado um protocolo de
exercício (60 minutos) em ambiente quente (Tambiente:
32,40 ± 0,14ºC; UR: 60,0 ± 4,2%), sendo, em sequência, 10 min em repouso, 10
min a 20% de potência aeróbica máxima, 25 min a 55% e 25 min a 75%, acrescidos
de 25 min de recuperação pós exercício. A Tcentral
foi coletada a cada minuto, por meio de uma cápsula gastrointestinal (Tgastrointestinal) e pelo sensor CORE (Tcore).
Por meio da análise de Bland-Altman foram calculados o bias, os limites de concordância e o intervalo de
confiança de 95% (IC95%). Foi adotado uma diferença máxima de 0,4ºC entre os
dois dispositivos. Foi utilizado um modelo linear misto como forma de modelar
as diferenças pareadas entre os dois sistemas de medição, considerando os
sujeitos e as condições ambientais como efeitos aleatórios e as atividades como
um efeito fixo. Para avaliar a confiabilidade do dispositivo, foi utilizado o
método de confiabilidade teste-reteste e um modelo de efeitos mistos CCI
(Coeficiente de Correlação Intraclasse) de duas vias. Ética:
63310522.6.0000.5153. Resultados: Foi encontrado um valor de bias não
significativo de 0,01, Limite de Concordância Superior de 0,38°C, Limite de
Concordância Inferior de -0,35°C e IC95% de ± 0,36°C. Em relação a
confiabilidade foi registrado um valor de CCI de 0,98. Conclusão: Os
resultados sugerem que o sensor CORE é válido e confiável na estimativa da Tcentral durante o exercício físico no calor.
Palavras-chave: ondas de calor; atividade física;
ciclismo
Contribuição da produção
de espécies reativas de oxigênio para as adaptações geradas no músculo
esquelético
Angélica Teixeira Pereira,
Ronaldo dos Santos Alves, Stephan Pinheiro Frankenfeld
Curso de Educação Física,
UniFOA, Campus Volta Redonda, Volta Redonda, Rio de
Janeiro, Brasil
Introdução: As Espécies Reativas de Oxigênio (EROs), são moléculas altamente instáveis liberadas pelo
metabolismo. A teoria sobre tais moléculas surgiu em estudos realizados a
partir de uma consideração dos fenômenos do envelhecimento humano. Para além do
aspecto negativo da ação das EROs, observamos suas
contribuições para manutenção da homeostase através da regulação de importantes
mecanismos fisiológicos. Para que isso ocorra o sistema de defesa antioxidante
do organismo tem como principal função inibir ou reduzir os danos causados às
células pelas EROs. O exercício físico aumenta a
produção de EROs, no entanto, o próprio estresse
oxidativo induzido por exercícios estimula os mecanismos antioxidantes
celulares, tornando o sistema mais eficiente. Objetivo: O objetivo deste
estudo é abordar a relação positiva entre a produção de EROs
no exercício físico e as adaptações geradas no músculo esquelético. Métodos:
Realizamos uma revisão narrativa na qual foram selecionados vinte e três
periódicos utilizando as plataformas PubMed e Google
Acadêmico a partir dos descritores “reactive oxygem species” and “skeletal muscle
hypertrophy”. Os trabalhos selecionados foram
classificados em três categorias: 1. Relação entre suplementação antioxidante,
treinamento físico e adaptações fisiológicas; 2. Treinamento físico, estresse
oxidativo e adaptação fisiológica; 3. Outros temas relacionando estresse
oxidativo, antioxidantes e saúde. Destacamos os trabalhos da categoria 2.
Treinamento físico, estresse oxidativo e adaptação fisiológica. Resultados:
Foram classificados doze trabalhos dos quais sete se constituem como revisões
bibliográficas e cinco como modelos experimentais. Ambos discutem a relação
entre o estresse oxidativo gerado no treinamento físico e as adaptações
fisiológicas provenientes. As revisões bibliográficas abordaram uma variedade
de adaptações fisiológicas oriundas da produção de EROs,
das quais podemos citar biogênese mitocondrial, melhoria da capacidade
antioxidante, processos metabólicos de carboidratos e lipídios, e controle na sinalização
para hipertrofia muscular. Os modelos experimentais abordaram o papel de EROs
na hipertrofia muscular; efeitos do treinamento físico
sobre o estresse oxidativo em ratos com hipertensão pulmonar;
efeitos de
diferentes tipos de treinamento resistido sobre parâmetros de
estresse
oxidativo; sua regulação na sinalização e
na ação biológica do IGF-I; indução
de adaptações relacionadas às EROs nos músculos de
contração lenta e rápida. Conclusão: Apesar de inicialmente as pesquisas
sobre os radicais livres os associarem como causadores de mutações, câncer e
envelhecimento, atualmente com os aprofundamentos na área biomolecular podemos
compreender cada vez mais seu papel benéfico para importantes adaptações
fisiológicas, colocando o exercício físico como fator que contribui para a hormese.
Palavras-chave: espécies reativas de oxigênio;
antioxidante; adaptação fisiológica; músculo esquelético, hormese
Efeitos do esteróide anabólico androgênico 17β-ciclopentilpropionato de testosterona sobre a
microestrutura oviductal e uterina em camundongos
fêmeas
Núbia Pagotto Matos1,
Mônica Naves Barcelos2, Patricia da Silva
Mattosinhos3, Reggiani Vilela Gonçalves4, Angel Mauricio
Castro Gamero5, Rômulo Dias Novaes6
1Graduação em Nutrição, Universidade
Federal de Viçosa, Campus Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
2Programa de Pós-Graduação em Biociências
Aplicadas à Saúde, Universidade Federal de Alfenas, Alfenas, MG, Brasil
3Programa de Pós-Graduação em Biologia
Animal, Departamento de Biologia Animal, Universidade Federal de Viçosa, Campus
Viçosa, MG, Brasil
4Departamento de Biologia Animal,
Universidade Federal de Viçosa, Campus Viçosa, MG, Brasil
5Instituto de Ciências da Natureza,
Universidade Federal de Alfenas, Alfenas, MG, Brasil
6Instituto de Ciências
Biomédicas, Universidade Federal de Alfenas, Alfenas, MG, Brasil
Introdução: Os esteróides
anabólicos androgênicos (EAA) são derivados sintéticos da testosterona e
apresentam efeitos anabólicos em múltiplos tecidos e órgãos. Devido às funções
biológicas dos andrógenos, EAA sintéticos foram desenvolvidos com propósitos
terapêuticos. Porém, evidencia-se o aumento do uso indiscriminado de EAA com
finalidade estética e atlética para aumentar a massa e a força muscular em um
curto período de tempo, principalmente em atividades esportivas de alto
rendimento. Seus efeitos adversos são principalmente descritos em machos,
assim, o impacto dessas drogas sobre a estrutura dos órgãos reprodutivos em
fêmeas permanece pouco compreendido. Dentre os EAA mais comercializados,
encontra-se o 17β-ciclopentilpropionato de
testosterona (CT), considerado uma forma bioidêntica
à testosterona, conhecido como cipionato de
testosterona. Assim, mapear os efeitos dose-dependentes do CT é essencial para
compreender o impacto dessa droga nos órgãos reprodutores femininos. Objetivos:
Investigar o impacto de doses suprafisiológicas do
EAA 17β- ciclopentilpropionato de testosterona
sobre a estrutura do oviduto e do útero em camundongos fêmeas. Métodos:
Quarenta camundongos C57BL/6 fêmeas foram randomizados em 4 grupos com 10
animais em cada, os quais não receberam tratamento (GC, grupo controle) ou
foram tratados com CT: CT1: 5 mg/kg de CT, CT2: 10 mg/kg de CT, e CT3: 20 mg/kg
de CT. O EAA CT foi administrado por via intraperitoneal a cada 48 horas,
durante 12 semanas. Os seguintes parâmetros histomorfométricos
foram quantificados: espessura média da parede, altura do epitélio de
revestimento, relação área do lúmen/área parede, espessura do endométrio e do
miométrio (útero) e altura e largura das pregas mucosas (oviduto). Todas as
medidas foram obtidas diretamente por planimetria computacional, utilizando o
software Image Pro-plus
4.5®. Resultados: A análise microscópica do oviduto indicou que os
animais não tratados exibiram uma estrutura de oviduto caracterizada por pregas
mucosas mais longas e frequentemente ramificadas, delimitando um lúmen tubular
estreito. Entretanto, os grupos tratados apresentaram encurtamento das pregas
mucosas com ramificações atenuadas ou ausentes, aumento do espaço luminal e
adelgaçamento da parede tubular. Em relação ao útero, camundongos tratados
apresentaram encurtamento das pregas mucosas com ramificações atenuadas ou
ausentes, aumento do espaço luminal e adelgaçamento da parede tubular. Cavidade
uterina ampla foi observada principalmente nos grupos TC2 e TC3. Feixes de
músculo liso eosinofílico bem definidos e embalados
por tecido conjuntivo foram identificados no miométrio e aparente afinamento da
parede uterina foi evidenciado em animais TC3. Conclusão: A
administração do CT induziu hipotrofia do oviduto e da mucosa uterina, assim, a
microestrutura e, consequentemente, a função dos órgãos reprodutivos são
prejudicadas por concentrações suprafisiológicas de
CT em fêmeas.
Palavras-chave: força muscular; andrógenos;
testosterona; efeitos adversos; órgãos reprodutores femininos
Agradecimentos:
Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG, APQ-01895-16,
PPM-00687-17, APQ-00352-18 e PPM-00077-18), Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq, 310331/2020-0, 423594/2018-4,
305093/2017-7 e MCTIC 408503/2018-1), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal
de Nível Superior - Brasil (CAPES) e Laboratório de Patologia Experimental
(LAPEX)
Perfil das manifestações
de força de universitários fisicamente ativos residentes no município de Viçosa,
MG
Marcela Siqueira Benjamim1,
Suene Franciele Nunes Chaves1, Claudia
Eliza do Patrocínio de Oliveira1, Osvaldo Costa Moreira2
1Departamento de Educação Física,
Universidade Federal de Viçosa, Campus Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
2Instituto de Ciências Biológicas e da
Saúde, Universidade Federal de Viçosa, Campus Florestal – Florestal, MG, Brasil
Introdução: A força muscular é uma capacidade
física crucial para manutenção das atividades de vida diária e aumento do
desempenho esportivo. O treinamento resistido (TR), por sua vez, é a principal
estratégia para promover ganhos de força e hipertrofia, bem como potencializar
os níveis de outras capacidades físicas como velocidade e resistência
cardiovascular. Além dos benefícios citados anteriormente, o TR promove os
ganhos de massa magra, reduz o risco de lesões, melhora a funcionalidade e a
coordenação corporal. Analisar qual o nível inicial das manifestações de força
dos indivíduos permite otimizar o programa de treino e as adaptações
musculares. Objetivo: Verificar o perfil das manifestações de força de
universitários fisicamente ativos residentes no município de Viçosa-MG. Metodologia:
Quatorze homens (22,1 ± 2,7anos; 175,8 ± 4,8 cm; 67,4 ± 8,8 kg), praticantes de
atividade física moderada por uma média de 3 dias por semana, e não envolvidos
com TR durante os últimos 3 meses foram incluídos neste estudo. Os testes foram
realizados no exercício de flexão de cotovelos e avaliaram: contração
isométrica voluntária máxima (CVIM), força máxima (FM) 1RM e potência com 60%
de 1RM. Os dados foram analisados descritivamente. Resultados: Os dados
demonstraram que os indivíduos avaliados apresentaram em média 19,7 ± 4,1 kg na
CVIM; 13,3 ± 3,1 kg na FM e 36,8 ± 8,5 watts no pico de potência com 60% de
1RM. Conclusão: Universitários fisicamente ativos residentes no
município de Viçosa-MG apresentam níveis aceitáveis das três manifestações de
força o que condiz com a sua rotina diária de exercícios físicos, contudo,
devido aos benefícios do TR, recomendamos que a amostra avaliada realize um
programa de TR supervisionado para potencializar seu desempenho esportivo e
melhorar a qualidade de vida.
Palavras-chave: força muscular; qualidade de vida;
antropometria; desempenho atlético
Agradecimentos: CAPES
Efeito da suplementação
com ácido gama aminobutírico associado ao exercício
físico em mulheres obesas
Larissa Vitalina de Medeiros
Pires1, Aparecida Patricia Guimarães1,
Adilson de Barros Martins1, Cristina Maria de Oliveira Trindade1,
Sarah Alessandra Alves Lelis1, Marina Lopes Alexandrino1,
Raianne dos Santos Baleeiro2, Fernanda
Guimarães Drummond e Silva2, Daniel Barbosa Coelho1,
Emerson Cruz de Oliveira1, Lenice Kappes
Becker1
1Escola Educação Física, Universidade
Federal de Ouro Preto – Campus Morro do Cruzeiro, Ouro Preto, MG, Brasil
2Escola de Nutrição, Universidade Federal
de Ouro Preto, Campus Morro do Cruzeiro, Ouro Preto, MG, Brasil
Introdução: A obesidade é considerada uma doença
global multifatorial capaz de reduzir o tempo e a qualidade de vida, podendo
afetar as atuais gerações e futuras. Uma hipótese que vem sendo investigada
busca avaliar a suplementação com ácido gama-aminobutírico
(GABA) concomitantemente à prática de exercício físico na melhora de parâmetros
antropométricos, entretanto, as evidências científicas acerca deste assunto são
limitadas. Nesse sentido, a literatura sobre o efeito do tratamento com GABA
juntamente à prática regular de exercícios físicos ainda é escassa. Objetivo:
Avaliar o efeito da suplementação com GABA associada ao exercício físico
combinado em parâmetros antropométricos em mulheres obesas. Metodologia:
Trata-se de um estudo cego-simples que recrutou mulheres fisicamente inativas
com obesidade (18 a 59 anos), randomizadas em dois grupos: tratado (n = 14) e
placebo (n = 12). Por 90 dias, foram submetidas a seis encontros com testes,
exames, treinamento e suplementação. Os dados foram analisados aplicando o
teste ANOVA Two-Way (p < 0,05) para comparar
tempos e intervenções de cada grupo. Resultados: O grupo GABA não
apresentou diferenças para taxa metabólica basal ao longo do tempo. O grupo
Placebo apresentou uma redução nesse parâmetro que se tornou significativa na
comparação do T0 vs. T90 (p = 0,026). Quanto ao fitness score (proporção de
massa magra por massa gorda), os dois grupos apresentaram padrões diferentes ao
longo do tempo. O grupo GABA aumentou T0 para T45, mas não manteve no T90. No
grupo placebo, o fitness score foi diminuindo ao longo do tempo, mas como não
houve interação, os resultados do pós-teste não são capazes de indicar as
diferenças. O grau de obesidade mostrou que os grupos iniciaram e apresentaram
resultados divergentes ao longo de todo o experimento e não houve interação ou
efeito do tempo. Os resultados da área de gordura visceral indicaram um efeito
positivo do GABA em reduzir os valores na comparação de T0 vs. T45 (p = 0,009)
e de T0 vs. T90 (p = 0,010). Os grupos iniciaram o experimento com valores
diferentes e não foram observadas interações. Conclusão: Observou-se uma
melhora inicial no fitness score 0 a 45 e 0 a 90 e uma redução na área de
gordura visceral entre os tempos. O grupo placebo apresentou reduções no
fitness score, entretanto, pós-teste não indicou diferença. Além disso, houve
uma redução na taxa metabólica basal. A partir dos resultados e interpretações
obtidos, sugere-se a realização mais estudos com mais voluntários, diferentes
protocolos de treinamento e dosagens com GABA para descobrir novos insights.
Palavras-chave: exercício físico; força muscular;
GABA; obesidade.
Agradecimentos:
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq,
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES, Fundação
de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais - FAPEMIG, Pró- Reitoria de
Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação da Universidade Federal de Ouro Preto -
PROPPI-UFOP
A influência do sono nas
variáveis perceptivas e de desempenho em atletas de natação
Lilian Cristina Corrêa
Gonçalves2, Matheus Lopes Fonseca1, Leandro Sant’Ana1,
Anderson Meireles1, Moacir Marocolo1, Géssyca
Tolomeu de Oliveira1,2
1Exercise Physiology
and Performance Research
(EXPPER), Departamento de Biofísica e Fisiologia, Universidade Federal de Juiz
de Fora, MG, Brasil
2Laboratório de Atividades Aquáticas
(LAQUA), Faculdade de Educação Física e Desportos, Universidade Federal de Juiz
de Fora, MG, Brasil
Introdução: Atletas enfrentam desafios
relacionados ao sono devido às intensas demandas físicas e horários de
treinamento, incluindo duração insuficiente, má qualidade e sonolência diurna.
A má qualidade do sono pode distorcer a percepção do esforço durante o treinamento,
o que torna importante compreender a interação entre treinamento, sono e
desempenho esportivo. Objetivo: Investigar a relação entre a qualidade
do sono, percepção de recuperação e esforço, volume de treinamento e o
desempenho esportivo de nadadores. Métodos: Quatorze nadadores (7 do
sexo feminino; 16,4+20,1 anos; 7 do sexo masculino; 13,7+1,3 anos) de nível
nacional foram acompanhados por 10 sessões de treinamento ao longo das duas
primeiras semanas da temporada. Durante as sessões, a percepção de recuperação
(PSR: 1 – 10) e a percepção de esforço (PSE:6 – 20) foram autorrelatadas no
início e ao final de cada sessão, respectivamente. O volume diário de treino
foi registrado em metros e expressos em percentual por zonas de treinamento,
A0, A1, A2, A3 e Velocidade máxima (Vmax). No final
de cada semana, foi disponibilizado a Escala de Avaliação do Sono de
Pittsburgh, em que escores iguais ou maiores que cinco são classificados como
baixa qualidade do sono. Para avaliação do desempenho, um teste de 100 metros
foi conduzido no início de cada semana. Análise descritiva e Test t pareado
foram utilizados. Resultados: Na primeira semana, os quartis (Q1, Q2 e
Q3) dos escores de sono foram 4,5, 8,0 e 10,7, respectivamente, com 78,6% dos
atletas registrando escores de sono iguais ou superiores a 5. Na segunda
semana, os quartis foram 2,0, 7,0 e 8,7, respectivamente, com 64,3% dos atletas
atingindo o ponto de corte. Não houve diferença significativa entre as médias
dos escores de sono entre as semanas (p = 0,67; ES = -0,15). As percepções de
recuperação (p = 0,11; ES = -1.98) e de esforço (p = 0,51; ES = -0,37) também
não apresentaram diferenças significativas. Em relação ao volume médio nadado,
na primeira semana contabilizou-se 5908 ± 1671 metros, com percentual por zona
de intensidade em: A0 (14,1%), A1 (31,3%), A2 (29,5%), A3 (22,8%) e Vmax (4,4%). Na segunda semana, contabilizou-se 6368±1528
metros, com valores correspondentes de A0 (19,1%), A1 (46,4%), A2 (28,3%), A3
(12,8%) e Vmax (4,5%). Test t pareado mostrou
diferença significativa para o desempenho (p = 0,03; ES = - 0,34). Observou-se
que para 64% dos nadadores, o desempenho foi melhor na semana em que os escores
de sono foram menores. Conclusão: A retomada dos treinos, associada a um
maior percentual de volume na zona A3, pode ter prejudicado a qualidade do sono
na primeira semana. Embora não tenham sido observadas diferenças significativas
nas variáveis PSR, PSE e escores de sono, a melhoria do desempenho para 64% dos
nadadores na semana com melhor qualidade de sono sugere uma possível influência
no desempenho esportivo.
Palavras-chave: treinamento;
desempenho esportivo; educação física; sono
Agradecimentos:
Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Universidade Federal de Juiz de
Fora (UFJF). Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(CAPES)
A influência de 8 semanas
de treinamento resistido de alta velocidade nas variáveis bioquímicas em
pessoas com lesão medular espinhal - um estudo piloto
Lucas Vieira Santos1,
Karla Raphaela da Silva Ramos Freitas¹, Eveline Torres Pereira¹, Claudia Eliza
do Patrocínio de Oliveira1, Osvaldo Costa Moreira²
1Departamento de Educação Física,
Universidade Federal de Viçosa, Campus Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
2Instituto de Ciências Biológicas e da
Saúde, Universidade Federal de Viçosa, Campus Florestal, Florestal, MG, Brasil
Introdução: A lesão medular espinhal (LME) é uma
condição que impõe aos indivíduos muitas complicações nos aspectos de saúde
física e mental. Em estudos anteriores nosso grupo observou que o treinamento
resistido é uma ferramenta segura para a manutenção e ganho de força, para a
melhora da composição corporal, da capacidade funcional, da qualidade de vida e
em aspectos da saúde mental. Existem vários tipos de treinamento resistido,
dentre eles o treinamento resistido de alta velocidade (TRAV) tem apresentados
resultados positivos nas manifestações da força e na capacidade funcional de
indivíduos com LME. Contudo, pouco se sabe sobre seus efeitos em variáveis
bioquímicas de pessoas com LME. Objetivo: Investigar os efeitos do TRAV
sobre variáveis bioquímicas de pessoas com LME. Métodos: 3 voluntários
com LME diagnosticada foram submetidos a 2 sessões de TRAV semanais durante 8
semanas. O treinamento foi organizado com volume progressivo iniciando com 2
séries de 8 repetições na primeira semana até o volume de 4 séries de 12
repetições na última. Os exercícios prescritos foram focados nos grupos
musculares funcionais dos membros superiores, o intervalo entre as séries foi
de 60 segundos e a intensidade de moderada a alta aferida pela escala de
OMNI-RES. As variáveis bioquímicas investigados foram Glicose, Colesterol
total, HDL, LDL, VLDL e Triglicerídeos. As amostras de sangue foram coletadas e
analisadas em laboratório de análises credenciado. Os dados foram analisados
descritivamente e comparados nos momentos pré e pós
treinamento através do teste de Wilcoxon. Resultados:
Após 8 semanas de TRAV a glicose (pré 81,33 ± 10,01;
pós 87,00 ± 5,56; p = 0,109), Colesterol Total (pré
191,66 ± 41,10; pós 163,66 ± 4,16; p = 0,109), HDL (pré
34,66 ± 2,30; pós 37,66 ± 5,50; p = 0,285), LDL (pré
129,40 ± 39,34; pós 103,40,00 ± 0,87; p = 0,109), VLDL (pré
27,60 ± 1,21; pós 22,60 ± 3,99; p = 0,109) e triglicerídeos (pré 138,00 ± 6,08, pós 113,00 ± 19,97; p = 0,109) não
apresentaram alterações significativas. Conclusão: O TRAV aplicado
durante 8 semanas em pessoas com LME não promoveu alterações positivas
significativas nas variáveis bioquímicas analisadas. Apesar disso, é importante
mencionar que Colesterol, VLDL, HDL, LDL e triglicerídeos apresentaram uma
tendência de queda quando observadas as médias pré e
pós treinamento. Isso pode sugerir que em estudos futuros, períodos mais longos
de treinamento ou maiores volumes de treino podem apresentar resultados devem
ser considerados para a investigação de possíveis efeitos positivos
significativos do TRAV nas variáveis estudadas de pessoas com LME.
Palavras-chave: força muscular; potência muscular;
capacidade funcional; síndrome metabólica; paraplegia
Agradecimentos:
Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG) - APQ-02263-21;
Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – (CAPES)
Comparação de variáveis
físicas e psicofisiológicas entre diferentes categorias de base de futebol em
três estruturas de jogos reduzidos condicionados distintas
Matheus Gomes de Campos1,
Alisson Gomes da Silva2, Anderson da Silva Fernandes Afonso1,
João Carlos Bouzas Marins1
1Departamento de Educação Física,
Universidade Federal de Viçosa Campus Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
2Escola Preparatória de Cadetes do Ar –
EPCAR, Barbacena, MG, Brasil
Introdução: A implementação de JRC no futebol tem
sido considerado como um elemento importante na elaboração de estratégias
ecológicas de treinamento no futebol. Contudo o mesmo JRC pode gerar impactos
físicos e psicofisiológicos diferentes em função da idade e experiência de
treino. Objetivo: Comparar e analisar se as diferentes configurações de
jogos reduzidos condicionados influenciam nas demandas físicas e
psicofisiológicas comparando a resposta das variáveis entre três diferentes
grupos de atletas de categorias de base. Métodos: Um total de 27 jovens
do sexo masculino (16,4 ± 1,7 anos, 62,9 ± 6,9 kg, 179,5 ± 5,6 cm), sendo 9 da
categoria sub-15, 9 sub-17 e 9 sub-20. Inicialmente todos foram submetidos a um
teste de VO2máx (Yo-Yo intermittent recovery test level
1) para obtenção da FC máxima. Após isso, nos três dias seguintes, os atletas
foram submetidos a uma sessão de treino composta por 3 séries de 4 minutos de
exercício e 3 minutos de recuperação passiva, onde cada dia era realizado um
jogo reduzido condicionado diferente (4 vs. 4 + 2 goleiros; 5 vs. 4 + 2
goleiros; 4 vs. 4 +1 jogador curinga + 2 goleiros, respectivamente). Nos mesmos
dias dos jogos, antes das suas realizações, os atletas realizavam a aferição da
FC de repouso e a coleta de urina para a verificação do estado de hidratação, e
pesagem pré e pós exercício. As variáveis físicas
coletadas e analisadas foram a Distância Total Percorrida (DTP), acelerações,
desacelerações, sprints, DTP sprints, velocidade máxima, acelerações e
desacelerações máximas, através de equipamentos de GPS Playertek+
Catapult®. O teste de Shapiro-Wilk foi usado para
analisar a normalidade dos dados. A ANOVA one way foi usada para comparar os valores das variáveis
físicas, seguida do post hoc de Bonferroni. Em todos
os procedimentos foi adotado p < 0,05. Também foi utilizado o cálculo
percentil para obtenção dos valores de intensidade para a comparação da FC
entre as categorias analisadas. Resultados: Não houve diferença entre as
FC de repouso coletadas antes dos JRC em todas as categorias, assim como também
não houveram diferenças significativas para a FC treino e FC de recuperação
entre as categorias. Para comparação entre pares, nas categorias Sub-15 e
Sub-17, para dados com distribuição normal, apresentaram diferenças
significativas a D3 no JRC 4 vs. 4 e 4 vs. 4+1, Sprints e DTP Sprints também
para o 4x4+1. Para os dados que não tiveram distribuição normal, apresentaram
diferenças significativas a D2 no 5 vs.4 e 4 vs. 4+1. Já para a comparação
entre pares nas categorias Sub-15 e Sub-20, para dados com distribuição normal,
apresentaram diferenças significativas entre essas duas categorias a D3 em
todos os três JRC e D2 no 5 vs.4. Além disso, também houveram diferenças no JRC
4 vs. 4+1 para D4, Sprints e DTP Sprints. Já para os dados com distribuição não
normais, apresentaram diferenças significativas a DTP, D1, além da Máx DEC para 4 vs.4+1. Por fim, na comparação entre as
categorias Sub-17 e Sub-20, apresentaram diferenças significativas para esta
interação, somente dados com distribuição não normais no JRC 5 vs.4. Foram eles
a DTP, ACEL e DEC. Conclusão: É possível concluir que os diferentes
tipos de JRC podem ser fundamentais na comparação de demandas físicas e
psicofisiológicas, sendo a categoria Sub-20 com nível de estímulos de volume e
intensidade com maior carga em relação as outras categorias, uma vez que o
4vs.4+1 foi o desenho com maior presença de diferenças significativas.
Palavras chave: futebol; categoria de base; jogos
reduzidos condicionados; demandas físicas.
Agradecimentos:
Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG) - APQ-02263-21; CAPES
Monitoramento da carga de
treinamento e razão aguda:crônica em atletas de
natação
Ana Catarina Gomes1,
Hiago Leandro Rodrigues de Souza2, Moacir
Marocolo2, Géssyca Tolomeu
de Oliveira1,2
1Laboratório de Atividades Aquáticas
(LAQUA), Faculdade de Educação Física e Desportos, Universidade Federal de Juiz
de Fora, MG, Brasil
2Exercise Physiology
and Performance Research
(EXPPER), Departamento de Biofísica e Fisiologia, Universidade Federal de Juiz
de Fora, MG, Brasil
Introdução: O monitoramento do treinamento é uma
prática comum entre profissionais do esporte, com o objetivo de quantificar a
carga de treino imposta aos atletas, além de permitir a análise de seus
impactos agudos e crônicos no desempenho esportivo. As adaptações aos estímulos
de treinamento e à carga acumulada dependem de variações naturais entre os
indivíduos, que podem ser influenciadas por diversos fatores fisiológicos e
psicológicos. A relação entre a carga de treinamento e o estado de
recuperação-estresse é primordial para evitar respostas negativas dos estímulos
no esporte de alto rendimento. Objetivo: Monitorar a carga de
treinamento e a razão aguda:crônica das cargas em
atletas de natação durante um macrociclo de
treinamento. Métodos: Vinte e um atletas de natação (10 do sexo
feminino, 16,1 ± 1,9 anos; World Aquatics Points
452,3 ± 98,5; 11 do sexo masculino, 14,1 ± 1,3 anos; World Aquatics
Points 362,4 ± 101,4) participaram do estudo. Os atletas foram monitorados
durante 15 semanas (72 sessões) de treinamento na piscina. A duração do
treinamento foi registrada e a percepção subjetiva de esforço (PSE) foi
coletada ao final de cada sessão. A carga de treinamento e a razão aguda:crônica (A:C) foram calculadas e expressas em
unidades arbitrárias (ua), sendo a última dividida em
faixas: muito baixo ≤ 0,49, baixo 0,5–0,99, moderado 1,0–1,49, alto
1,50–1,99 e muito alto ≥ 2,0. Uma razão aguda:crônica
entre 0,8 e 1,3 foi considerada o "ponto ideal", enquanto razões ≥
1,5 representaram a "zona de perigo" com risco elevado de lesão. Resultados:
A média da carga de treinamento ao longo do macrociclo
para as atletas do sexo feminino foi de 2002,0 ± 106,7 ua,
com a maior carga registrada na 1ª semana, sendo 2265,8 ± 257,3 ua. Para os atletas do sexo masculino, a média foi de
2115,0 ± 92,3 ua, com a 12ª semana apresentando a
maior carga de treinamento, sendo 2265,8 ± 257,3 ua.
A A:C média para as atletas do sexo feminino foi de 0,98 ± 0,05, com a 13ª
semana atingindo o maior valor de 1,08 ± 0,02. Já para os atletas do sexo
masculino, a média da A:C foi de 1,02 ± 0,04, com um pico igualmente na 13ª
semana, chegando a 1,12 ± 0,02. Conclusão: Ambos os grupos de atletas
permaneceram dentro do "ponto ideal" de carga de treinamento ao longo
do macrociclo e a possibilidade de lesão estava
abaixo do valor crítico, baseado na A:C. Contudo, não se sabe se através da
utilização de outra ferramenta, diferentes resultados poderiam ser encontrados.
A razão aguda:crônica da carga de trabalho pode ser
uma ferramenta interessante para monitorar as flutuações na carga de treino,
uma vez que ela é responsiva aos diferentes estímulos de intensidade, além de
ser prática e sem custo.
Palavras-chave: desempenho esportivo; educação física;
treinamento; natação
Agradecimentos:
Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Universidade Federal de Juiz de
Fora (UFJF). Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(CAPES). Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
Effects of home exercises combined with gaba supplementation in elderly
people: a randomized double-blind study
Cristina O Trindade1,2,3,
Marina Alexandrino3, Thainá G Peixoto2,3,
Emerson C Oliveira1,2,3, Fernanda GD Silva1,3, Lenice K.,
Becker1,2,3
1Postgraduate Program
in Health and Nutrition/PPGSN,
Federal University of Ouro
Preto, Ouro Preto, MG, Brazil.
2Physical Education
Department, Physical Education School, Federal University of Ouro Preto, Ouro
Preto, MG, Brazil.
3Food Department,
Nutrition School, Federal University of Ouro Preto, Ouro
Preto, MG, Brazil
Introduction: Sleep deprivation has significant effects on health,
increasing the risk of cardiovascular disease, diabetes and obesity due to
changes in sympathovagal balance, increased cortisol levels and changes in
growth hormone. Furthermore, lack of sleep impairs cognitive abilities and
negatively affects muscle physiology, leading to reduced muscle recovery and
muscle atrophy. Sleep disturbances can trigger several pathways, including
sympathetic activation, metabolic disturbances, and inflammation, which are related
to sarcopenia. Sleep deprivation also causes an imbalance between catabolic and
anabolic hormones, seen in animal models and in humans with reduced sleep and
obstructive sleep apnea. On the other hand, gamma-aminobutyric acid (GABA)
plays a crucial role in regulating sleep, acting as an inhibitory
neurotransmitter. It promotes sleep onset by inhibiting regions associated with
wakefulness and facilitates REM sleep by inhibiting wakefulness-promoting
nuclei. Studies show that GABA supplementation can improve sleep quality by
reducing insomnia and increasing the duration of sleep without rapid eye
movements. This highlights the importance of GABA in preventing sleep disorders
and its potential as an intervention to promote better sleep quality,
consequently improving aspects related to sarcopenia. Objective: This
study aims to understand the effects of a home physical exercise program
complemented by gamma-aminobutyric acid (GABA) supplementation on sleep quality
in sarcopenic and non-sarcopenic Brazilian elderly people. Methodology:
This is a randomized, double-blind study, carried out in Ouro Preto,MG, from
2021 to 2022, involving 22 elderly women, sarcopenic and non-sarcopenic, who
participated in a 16-week home exercise program. Participants were randomly
distributed into two groups: GABA Group (n = 11), which received
gamma-aminobutyric acid supplementation (100 mg), and Control Group (Placebo, n
= 11), which received placebo (100mg). The diagnosis of sarcopenia was based on
the EWGSOP2 criteria. Physical assessments and questionnaires were used to
assess physical and nutritional status, and the PSQI was used to measure sleep
quality. Results: The GABA group showed favorable results in body
weight, BMI and percentage of body fat, as well as an increase in lean mass,
improved functional capacity, assessed by tests related to sarcopenia, only
16.7% of participants remained in a sarcopenic state. In contrast, 71.5% of
those receiving placebo remained sarcopenic. Sleep quality improved
significantly in the GABA group showing a reduction in the overall PSQI score
compared to the placebo group, indicative of an overall improvement in sleep
quality. Conclusion: The results of this study suggest that the
combination of GABA supplementation with home training is promising for
improving physical performance and sleep quality in sarcopenic and
non-sarcopenic elderly people.
Keywords: home physical exercise ; sarcopenia ; GABA ;
healthy aging
Financial support: FAPEMIG, CAPES, PROPPI/UFOP, CNPQ
Resistance physical training as a protective agent against prostatic
alterations induced by pulmonary arterial hypertension
Luiz Otávio
Guimarães-Ervilha1, João Victor Leles
Faria1, Leôncio Lopes Soares2, Antônio José Natali2,
Mariana Machado-Neves1
1Departamento de Biologia Geral,
Universidade Federal de Viçosa, Campus Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
2Departamento de Educação Física,
Universidade Federal de Viçosa, Campus Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
Introduction: Pulmonary
arterial hypertension (PAH) is
a disease involving pulmonary vasoconstriction and abnormal vascular remodeling,
with consequences for the entire organism.
We recently revealed testicular and epididymal damage in PAH rats, which
was mitigated with the resistance physical training (RT) practice. The prostate
is a crucial gland of the male reproductive system involved in sperm viability
and fertility. This organ is highly dynamic and susceptible to changes in body
homeostasis, including alterations caused by physical practices. Objective:
This study aimed to evaluate the ventral prostate of PAH rats subjected to RT.
Methods: Wistar rats were divided into four groups: sedentary control,
sedentary hypertensive, exercise control, and exercise hypertensive (n=6/group;
CEUA nº 38/2021). Control animals received saline solution (0.9%;
intraperitoneal route), while hypertensive rats received two intraperitoneal
injections of monocrotaline (20 mg.kg-1/each) to induce PAH. Rats
from exercise groups underwent strength tests and were induced to RT practice.
The training protocol consisted of animal climbing with loads attached to the
tail on adapted ladders. After 30 days of training, animals were euthanized for
prostate collection. Fragments of the gland were frozen and fixed for
biochemical and histological analyses, respectively. The results were submitted
to Two-Way ANOVA (p = 0.05). Results: Prostate from PAH rats showed
significant leukocyte margination, inflammation foci in the stroma, and
decreased epithelial folding. RT reduced the occurrence of inflammatory
infiltrates. Animals with PAH showed alterations in the prostate components, with
a reduction in the epithelial proportion and an increase in the lumen
proportion (p < 0.05). The stroma increased in PAH rats compared to their
controls (p < 0.05). RT, in turn, reduced the stroma proportion in
hypertensive animals (p < 0.05). PAH caused an increase in mast cell
quantity in hypertensive animals compared to healthy rats (p < 0.05), with
RT unable to reduce the number of these cells (p > 0.05). The activity of
antioxidant enzymes superoxide dismutase and catalase reduced in the prostate
of hypertensive rats compared to healthy animals (p < 0.05), being their
activity elevated with the practice of RT (p < 0.05). There was no effect of
PAH or RT on the activity of glutathione S-transferase (p > 0.05). Nitric
oxide levels were also reduced in PAH rats compared to their controls, with RT
minimizing this reduction (p < 0.05). Malondialdehyde levels increased in
hypertensive rats (p<0.05), with no effect of RT (p > 0.05). Protein
carbonyl levels were unaltered under PAH or RT conditions (p > 0.05). Conclusion:
PAH affected prostate histoarchitecture, inducing inflammatory processes and
oxidative stress. RT acted to protect the sexual gland against oxidative damage
caused by PAH.
Keywords: prostate, oxidative stress, vascular disease,
superoxide dismutase, nitric oxide.
Acknowledgments:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Fundação de Amparo
à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG)
Resistance physical
training as a protective agent
against prostatic alterations induced by pulmonary arterial hypertension
Luiz Otávio
Guimarães-Ervilha1, João Victor Leles
Faria1, Leôncio Lopes Soares2, Antônio José Natali2,
Mariana Machado-Neves1
1Departamento de Biologia Geral,
Universidade Federal de Viçosa, Campus Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
2Departamento de Educação Física,
Universidade Federal de Viçosa, Campus Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
Introduction: Pulmonary
arterial hypertension (PAH) is
a disease involving pulmonary vasoconstriction and abnormal vascular remodeling,
with consequences for the entire organism.
We recently revealed testicular and epididymal damage in PAH rats, which
was mitigated with the resistance physical training (RT) practice. The prostate
is a crucial gland of the male reproductive system involved in sperm viability
and fertility. This organ is highly dynamic and susceptible to changes in body
homeostasis, including alterations caused by physical practices. Objective:
This study aimed to evaluate the ventral prostate of PAH rats subjected to RT. Methods:
Wistar rats were divided into four groups: sedentary control, sedentary
hypertensive, exercise control, and exercise hypertensive (n = 6/group; CEUA nº
38/2021). Control animals received saline solution (0.9%; intraperitoneal
route), while hypertensive rats received two intraperitoneal injections of
monocrotaline (20 mg kg-1/each) to induce PAH. Rats from exercise
groups underwent strength tests and were induced to RT practice. The training
protocol consisted of animal climbing with loads attached to the tail on
adapted ladders. After 30 days of training, animals were euthanized for
prostate collection. Fragments of the gland were frozen and fixed for
biochemical and histological analyses, respectively. The results were submitted
to Two-Way ANOVA (p = 0.05). Results: Prostate from PAH rats showed
significant leukocyte margination, inflammation foci in the stroma, and
decreased epithelial folding. RT reduced the occurrence of inflammatory
infiltrates. Animals with PAH showed alterations in the prostate components, with
a reduction in the epithelial proportion and an increase in the lumen
proportion (p < 0.05). The stroma increased in PAH rats compared to their
controls (p < 0.05). RT, in turn, reduced the stroma proportion in
hypertensive animals (p < 0.05). PAH caused an increase in mast cell
quantity in hypertensive animals compared to healthy rats (p < 0.05), with
RT unable to reduce the number of these cells (p > 0.05). The activity of
antioxidant enzymes superoxide dismutase and catalase reduced in the prostate
of hypertensive rats compared to healthy animals (p < 0.05), being their
activity elevated with the practice of RT (p < 0.05). There was no effect of
PAH or RT on the activity of glutathione S-transferase (p > 0.05). Nitric
oxide levels were also reduced in PAH rats compared to their controls, with RT
minimizing this reduction (p < 0.05). Malondialdehyde levels increased in
hypertensive rats (p<0.05), with no effect of RT (p > 0.05). Protein
carbonyl levels were unaltered under PAH or RT conditions (p > 0.05). Conclusion:
PAH affected prostate histoarchitecture, inducing inflammatory processes and
oxidative stress. RT acted to protect the sexual gland against oxidative damage
caused by PAH.
Keywords: prostate, oxidative stress, vascular disease,
superoxide dismutase, nitric oxide
Acknowledgments:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Fundação de Amparo
à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG)
Efeitos do treinamento
físico resistido em parâmetros espermáticos de ratos expostos ao decanoato de nandrolona
Thainá Iasbik-Lima1, Luiz Otávio
Guimarães-Ervilha1, Alexa Alves de Moraes2,
Pedro Zavagli Suarez2, Miguel Araujo
Carneiro Júnior2, Mariana Machado-Neves1
1Departamento de Biologia Geral, Universidade
Federal de Viçosa, Campus Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
2Departamento de Educação Física, Universidade
Federal de Viçosa, Campus Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
Introdução: O decanoato
de nandrolona (DN) é um esteroide anabólico androgênico com estrutura e função
semelhante à testosterona. O DN pode promover aumento de massa muscular e
melhor desempenho esportivo. Usualmente, homens associam a prática de atividade
física e utilização de esteroides anabólicos androgênicos. Porém, estudos
indicam que o anabolizante pode comprometer parâmetros reprodutivos masculinos,
enquanto os efeitos do treinamento físico sobre esses parâmetros ainda são
controversos. Objetivo: Este estudo teve como objetivo analisar os
efeitos do DN associado ao treinamento físico resistido (TR) sobre parâmetros
biométricos e espermáticos de ratos Wistar. Métodos:
Os animais foram divididos em quatro grupos (n=5/grupo; CEUA nº 44/2022):
controle sedentário (CS), controle treinamento resistido (CTR), sedentário + decanoato de nandrolona (SDN), TR + decanoato
de nandrolona (TRDN). Os animais dos grupos SDN e TRDN receberam 2 doses
semanais de 10mg kg-1/cada de DN intramuscular, por 8 semanas. O TR consistiu
em subida de escadas com cargas progressivas, 2 vezes por semana, durante 8
semanas. Após esse tempo, os animais foram pesados e eutanasiados por decaptação por meio de guilhotina própria para uso de
roedores. Foi obtido o peso dos animais, peso do testículo, epidídimo e
próstata, além dos pesos relativos destes órgãos. Logo após a eutanásia, foi
avaliada a motilidade espermática, com cortes na cauda do epidídimo que
liberaram os espermatozoides armazenados, sendo estes classificados como móveis
ou imóveis (%). Já para análise da morfologia espermática (%) foram usados
espermatozoides fixados em formaldeído 4%. Foram avaliados 200 espermatozoides,
classificados como morfologicamente normais ou anormais, em microscópio de
contraste de fase. Os resultados foram submetidos à análise de variância (ANOVA
two-way) com nível de significância de 5%. Resultados:
Foi observado redução do peso corporal e peso testicular em decorrência do uso
de DN (p < 0,05). A realização do TR resultou no aumento do peso da próstata
(p < 0,05). Já o peso do epidídimo não foi alterado em decorrência de DN ou
do treinamento e/ou TR (p > 0,05). Quanto aos pesos relativos dos órgãos, o
TR aumentou o peso relativo da próstata (p < 0,05), sem alterar os pesos
relativos testiculares e epididimários (p > 0,05).
O uso de DN diminuiu a motilidade espermática (p < 0,05), apesar do
percentual de espermatozoides com morfologia normal e anormal não ter diferido
(p > 0,05). Conclusão: O uso de DN comprometeu o peso corporal e
testicular, além de diminuir a motilidade espermática. Já o TR não foi capaz de
minimizar essas alterações causadas pelo DN.
Palavras-chave: anabolizante; espermatozoide;
testículo; exercício físico
Agradecimentos:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Fundação de
Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG)
Efeito do treinamento
físico resistido sobre parâmetros oxidativos e microelementos hepáticos
alterados pela monocrotalina
João Victor Leles Faria1, Luiz Otávio Guimarães-Ervilha1,
Leôncio Lopes Soares2, Antônio José Natali2, Mariana
Machado-Neves1
1Departamento de Biologia Geral,
Universidade Federal de Viçosa, Campus Viçosa, MG, Brasil
2Departamento de Educação Física,
Universidade Federal de Viçosa, Campus Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
Introdução: A monocrotalina
(MCT) é um alcaloide pirrolizidínico, presente na
planta Crotalaria spectabilis,
utilizado como indutor de hipertensão arterial pulmonar (HAP) em modelos
experimentais. A HAP é uma doença cardiopulmonar que promove remodelação
vascular, vasoconstrição, inflamação e estresse oxidativo. A MCT pode causar
lesões em órgãos ao ser absorvida. No fígado, a droga é metabolizada, formando
subprodutos que causam danos no endotélio, infiltração inflamatória e edemas.
Sabe-se que o exercício físico regular pode aumentar o fluxo sanguíneo, a taxa
metabólica e reduzir o estresse oxidativo no fígado. Estes benefícios podem
ajudar na remoção de substâncias tóxicas. Objetivo: Avaliar o impacto do
treinamento físico resistido (TFR) em parâmetros oxidativos e proporção de
microelementos no fígado de ratos Wistar expostos a
MCT. Métodos: Foram utilizados 32 machos (60 dias de idade) divididos em
quatro grupos (n = 8/grupo; CEUA número 38/2021): animais saudáveis sedentários
(controle), animais sedentários que receberam monocrotalina
(MCT; 2 injeções intraperitoneais de 20 mg kg-1 cada), animais saudáveis
submetidos ao treinamento físico resistido (TFR) e animais submetidos ao TFR
que receberam MCT (TFR + MCT). Os ratos submetidos ao TFR usaram escada
adaptada juntamente com cargas acopladas na cauda. Ao final do experimento (30
dias), os ratos foram pesados e eutanasiados, sendo o fígado dissecado, pesado
e cortado em fragmentos. Fragmentos congelados foram usados para determinar a
atividade das enzimas antioxidantes superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT),
glutationa S-transferase (GST) e a capacidade total antioxidante (FRAP), assim
como marcadores de oxidação lipídica (malondialdeído),
proteica (proteínas carboniladas), além de óxido
nítrico (NO). Outros fragmentos foram submetidos à análise de espectroscopia de
raios-X para quantificação da proporção de microelementos que atuam como
cofatores de enzimas antioxidantes como: sódio, magnésio, potássio, cálcio,
manganês, ferro, cobre, zinco e selênio. Os dados foram submetidos a análise de
variância ANOVA de duas vias. Resultados: Animais expostos a MCT
apresentaram redução na atividade de SOD, GST e FRAP, bem como na concentração
de NO que ratos controle (p < 0,05). O TFR aumentou a atividade de SOD e GST
nos animais expostos à droga (p < 0,05), não afetando os demais parâmetros
nestes animais (p > 0,05). A MCT aumentou as concentrações de malondialdeído e proteínas carboniladas
(p < 0,05). O exercício foi capaz de mitigar o aumento de malondialdeído em animais expostos a MCT (p < 0,05). MCT
reduziu a proporção de cálcio e selênio, e aumentou a proporção de sódio, em
ratos expostos em relação aos valores encontrados em ratos controle (p < 0,05).
O TFR não influenciou a proporção de microelementos no fígado de ratos controle
e expostos a MCT (p > 0,05). Conclusão: O TFR foi capaz de atenuar
parâmetros oxidativos alterados pela MCT, além de reduzir a peroxidação
lipídica.
Palavras-chave: fígado, elementos traço, hipertensão
arterial pulmonar
Agradecimentos:
Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES),
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Fundação
de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG)
Consumo proteico
relacionado ao tempo de realização da prova de ultratrail
de 80km (la Mision Brasil)
Jullia Cotta Vieira1, Julia
Casagrande Varelas1, Ana Claudia Pelissari Kravchychyn1,
Helton de Sá Souza2
1Departamento de Nutrição e Saúde,
Universidade Federal de Viçosa, Campus Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
2Departamento de Educação Física
Universidade Federal de Viçosa, MG, Brasil
Introdução: As ultramaratonas de trilhas e
montanhas (ultratrail) são corridas com alta demanda
energética e necessidades nutricionais específicas, principalmente relacionada
à ingestão proteica, já que esse nutriente exerce um papel fundamental na
reconstrução muscular. Apesar dos postos de controle (PC) dessas provas
fornecerem alimentação com aporte proteico, o volume de ingestão para atingir
as recomendações pode se tornar inviável uma vez que estas são baseadas no
tempo de prova ou de exercício. Objetivo: Analisar a oferta e o volume
do consumo de alimentos fonte de proteínas em relação as recomendações
nutricionais em diferentes simulações de distâncias percorrida em uma prova ultratrail de 80 km. Métodos: Para a realização da
análise foram extraídos dados da prova La Mision
Brasil na modalidade de 80 km disponibilizados pela organização do evento. As
estimativas nutricionais foram calculadas utilizando a recomendação média de
25g de proteína a cada 3,5h de prova (Williamson et al., 2016). Foram
considerados 3 diferentes tempos para finalização da prova: Tempo mínimo (TMin) – média dos vencedores (80 km) de 2021 e 2023; Tempo
máximo (TMax) - disponibilizado no regulamento; Tempo
médio (TMed) - média entre o tempo mínimo e máximo.
Para o cálculo final da quantidade total de proteínas recomendada para os
tempos simulados, foram desconsideradas as primeiras 3h, divididas as horas
restantes pelo intervalo de tempo recomendado (3,5 h) e multiplicado por 25g
equivalentes da porção proteica. Para a estimativa do tamanho das porções
alimentares e avaliação da viabilidade de consumo do alimento durante a prova,
foram quantificadas as proteínas a cada 100g de alimentos ofertados pela LaMision Brasil (TBCA, 2019). Resultados: Os tempos
em TMin, TMax e TMed são de 11h, 21h e 31h, respectivamente. A necessidade
de proteína para os respectivos tempos seria de 57,5 g (TMin),
128,5 g (TMed) e 200 g (TMax).
No intervalo de 3,5 horas para o TMin deveriam ser
consumidos 28,8 g divididos em 2 PC. Para o TMed a
ingestão poderia ocorrer em 5 PC com 25,7 g em cada posto. Já no Tmax o consumo proteico foi estimado em 33g para 6 PC
(número máximo de PC para 80km). Os equivalentes nutricionais pelo valor
proteico estimados em alimentos ofertados seriam de 360 g, 800 g e 1245 g de
queijo Minas Frescal ou ovos mexidos com linguiça defumada no TMin, TMed e TMin,
respectivamente. Conclusão: A análise das recomendações proteicas para
atletas de ultratrail contrastadas com a viabilidade
de consumo de alimentos fonte nos PC de uma prova real mostrou que quanto maior
o tempo de prova simulado, menos viável é o consumo recomendado devido à
dificuldade em atingir o consumo ideal via fontes alimentares por conta do alto
volume, o que não é compatível com as condições fisiológicas da prova.
Destaca-se ainda que em alguns casos é interessante o desenvolvimento de
estratégias de suplementação proteicas para suprir as demandas fisiológicas e
evitar maiores danos aos participantes.
Palavras-chave: trilha; proteínas; recomendações
nutricionais; atletas; corrida; saúde
Agradecimentos:
FAPEMIG (APQ-02146-22), LAMISION BRASIL e ATTAq-UFV
Efeitos do treinamento
físico combinado em parâmetros espermáticos de ratos wistar
com hipertensão arterial pulmonar
Mírian Quintão Assis1,
Luiz Otávio Guimarães Ervilha1, Izabela da Silva Lopes1,
Luciano Bernardes Leite2, Antônio José Natali2, Mariana
Machado-Neves1
1Departamento de Biologia Geral,
Universidade Federal de Viçosa, Campus Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
2Departamento de Educação Física,
Universidade Federal de Viçosa, Campus Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
Introdução: Hipertensão arterial pulmonar (HAP) é
uma doença de alta prevalência no Brasil, com tratamento baseado no uso de
fármacos e complementado com atividade física. Pouco se sabe sobre os efeitos
da HAP na fertilidade masculina, bem como o papel do exercício combinado em
mitigar os potenciais danos causados por ela. Objetivo: Este estudo teve
como objetivo avaliar efeitos da HAP e do treinamento físico combinado (TFC)
sobre parâmetros espermáticos de ratos Wistar
adultos. Métodos: Os animais foram divididos em 3 grupos: controle
sedentário (CS), hipertenso sedentário (HS) e hipertenso exercício (HE) (n = 5/grupo;
CEUA nº 02/2021). Ratos CS receberam solução salina (0,9%; via
intraperitoneal), enquanto ratos HS e HE receberam injeção intraperitoneal de monocrotalina (MCT; 60 mg.kg-1) para indução da
HAP. No dia seguinte, apenas ratos do grupo HE começaram o TFC usando esteira
rolante associada ao treinamento resistido em escada adaptada para ratos e uso
de cargas acopladas na cauda. O TFC foi aplicado 5 dias/semana por 3 semanas. No
23º dia após a injeção de MCT, os animais foram eutanasiados para coleta de
testículos e epidídimos. A cauda epididimária direita
foi cortada em meio BWW para a recuperação de espermatozoides, que foram
avaliados quanto a motilidade (móveis ou imóveis) e morfologia (normal e
anormal). Resultados foram expressos em %. Testículos e epidídimos esquerdos
foram usados para determinar a produção espermática diária (PED), número de
espermatozoides na cabeça/corpo e cauda do epidídimo e tempo de trânsito epididimário. Os dados foram submetidos ao teste de
normalidade Kolmogorov-Smirnov, seguido de teste t de
Student para comparar CS com HS e HS com HE (p ≤
0,05). Resultados: Ratos HS apresentaram menor motilidade espermática
que animais CS (p < 0,05), sem diferença significativa entre animais SH e EH
(p > 0,05). A porcentagem de espermatozoides com morfologia normal e
alterada não diferiu entre os animais dos três grupos (p > 0,05). O número
de espermátides maduras nos testículos e por grama de testículo e a PED foram
menores em animais HS que em animais CS (p < 0,05), sem diferença entre
animais dos grupos hipertensos (p > 0,05). Ainda, o número de
espermatozoides na cabeça/corpo e cauda do epidídimo e por grama de epidídimo
foram menores em animais HS que em ratos CS, aumentando em ratos hipertensos
exercitados em relação a ratos HS (p < 0,05). O tempo de trânsito
espermático nas regiões epididimárias não variou
entre os animais dos grupos experimentais (p > 0,05). Conclusão: A HAP
comprometeu parâmetros espermáticos de ratos sedentários, como motilidade, PDE
e contagem espermática no epidídimo, sendo que, no geral, o TFC não foi capaz
de minimizar essas alterações.
Palavras-chave: monocrotalina;
exercício físico; saúde reprodutiva; testículos, epidídimos
Agradecimentos:
Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES),
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Fundação
de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG)
Efeitos protetores do
treinamento físico resistido em danos hepáticos provocados por monocrotalina
Izabela da Silva Lopes1,
Luiz Otávio Guimarães-Ervilha1, Leôncio Lopes Soares2,
Mírian Quintão Assis1 Antônio José Natali2, Mariana
Machado-Neves1
1Departamento de Biologia Geral,
Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
2Departamento de Educação Física,
Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
Introdução: A monocrotalina
(MCT) é um alcaloide pirrolizidínico usado para
induzir hipertensão arterial pulmonar (HAP) em modelos experimentais murinos.
Por ser metabolizada no fígado, a MCT pode causar hepatotoxicidade e
comprometer a função. O treinamento físico resistido (TFR) é uma terapia não
farmacológica promissora para minimizar danos causados pela HAP em diferentes
órgãos, reduzindo parâmetros inflamatórios e distúrbios vasculares. Objetivo:
Este estudo teve como objetivo avaliar o efeito do uso da MCT sobre parâmetros
hepáticos e avaliar se TFR pode minimizar potenciais danos causados pela
exposição por MCT. Métodos: Ratos Wistar com
60 dias foram divididos em quatro grupos experimentais (n = 8/grupo): controle
sedentário, MCT sedentário, controle TFR e MCT+TFR. A exposição por MCT foi
induzida com duas aplicações de injeções intraperitoneais de 20 mg.kg-1/cada,
com intervalo de uma semana entre as doses. Animais dos grupos controles
receberam apenas doses de 0,5mL de solução salina no mesmo período. O protocolo
de TFR consistia em escalada dos animais em escada adaptada, com uso de cargas
acopladas na cauda. No 30º dia de experimento, os animais foram pesados e
eutanasiados por decapitação (CEUA 38/2021). O sangue foi coletado,
centrifugado e o soro obtido foi usado para análises enzimáticas e bioquímicas.
O fígado foi dissecado e pesado, sendo separado alguns fragmentos do órgão para
análises enzimáticas e de teor de água. Dados foram submetidos a análise de
variância ANOVA de duas vias. Resultados: Animais expostos a MCT
apresentaram menor peso do fígado que ratos controle (p < 0,05), sendo que a
prática do TFR não influenciou esse parâmetro (p > 0,05). O índice hepatossomático não apresentou diferença entre os grupos (p
> 0,05). A concentração de água no fígado foi maior em ratos do grupo MCT
sedentário que em animais dos demais grupos. O TFR reduziu a concentração de
água no órgão dos animais MCT sedentários (p < 0,05). Em relação aos
marcadores de danos hepáticos, níveis séricos de glicose e fosfatase alcalina
foram maiores em ratos dos grupos MCT que em ratos dos demais grupos, sendo que
o TFR reduziu as concentrações séricas dos marcadores em ratos do grupo MCT+TFR
(p < 0,05). Níveis de aspartato aminotransferase e alanina aminotransferase
foram maiores em animais do grupo MCT sedentário (p < 0,05), sem efeito do
TFR (p > 0,05). A atividade total de ATPases no
fígado foi menor em ratos dos grupos MCT que ratos dos grupos controle, com o
TFR atuando no aumento da atividade dessas enzimas (p < 0,05). A atividade
de Mg2+ ATPase aumentou em ratos dos
grupos MCT, sem efeito do TFR (p > 0,05). Conclusão: A metabolização
da MCT pelo fígado causou danos ao fígado, impactando negativamente sua
funcionalidade. O TFC apresentou-se como uma terapia complementar promissora na
proteção do órgão contra danos causados pela MCT.
Palavras-chave: fosfatase alcalina; alanina
aminotransferase; aspartato aminotransferase; ATPase
Agradecimentos:
Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES),
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Fundação
de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG)
Análise da atividade do
bíceps em flexão de cotovelo associada à respiração do método Pilates
Arthur Ferreira Esquirio, Denys Batista Campos, Kariny
Realino do Rosario Ferreira, Maria de Cassia Gomes
Souza Macedo, Ana Luiza Guimarães Alves, Alexandre Wesley Carvalho Barbosa
Núcleo de Investigação
Músculo Esquelética (NIME), Departamento de Fisioterapia, Universidade Federal
de Juiz de Fora, Campus Governador Valadares (UFJF/GV), Governador Valadares, MG,
Brasil
Introdução: O Pilates possui inúmeros benefícios
psicomotores e contribui para uma melhor capacidade funcional. Seus princípios
abordam fatores como centralização, concentração, controle, precisão, fluxo e
respiração, sendo a respiração um fator fundamental na execução dos diversos
exercícios propostos. Entretanto, não há estudos que mostrem o comportamento
das fibras musculares diante de diferentes níveis de carga na execução do
exercício, quando associado à técnica da respiração do método Pilates (TRMP). Objetivo:
Comparar o recrutamento do bíceps braquial durante o movimento de flexão de
cotovelo sob uma carga equivalente a 20% da contração isométrica voluntária
máxima (CIVM), associando a TRMP e a respiração habitual (RH). Metodologia:
Trata-se de um ensaio clínico randomizado em que foram recrutados 47 jovens de
ambos os sexos. Os participantes foram instruídos a realizar uma CIVM no
sentido da flexão de cotovelo, com este posicionado a 90º para obtenção dos
dados de força do bíceps braquial e para isso, uma célula de carga laboratorial
(Miotool 400, Miotec, Porto
Alegre, Brasil) foi fixada em uma barra sendo vinculada a um módulo de
aquisição (Miotec™, Equipamentos Biomédicos, Porto
Alegre, RS, Brasil). Os eletrodos foram fixados paralelamente às fibras
musculares dos músculos bíceps braquial esquerdo (BBE) e bíceps braquial
direito (BBD) para avaliação do recrutamento muscular. Posteriormente, os
voluntários realizaram o exercício de três movimentos de flexão e extensão do
cotovelo associadas à TRMP e outras três repetições associadas à RH com os
pesos ajustados a 20% da CIVM. Os dados de recrutamento muscular foram
analisados utilizando o teste de T de Wilcoxon,
através do software Jamovi (2020). A significância
foi estabelecida em p < 0.05. Resultados: A média de idade e índice
de massa corporal dos participantes foi de 22,8 ± 2,62 anos e 24,6 ± 3,88,
respectivamente. A comparação foi realizada entre a ativação do BBE durante a
TRMP (35,2 [14,4-99,0]) e a ativação do BBE durante a RH (37.8 [17,6-146]),
revelando uma diferença significativa entre os grupos (p = 0.044). Da mesma
forma, foi realizada uma comparação entre o BBD durante a respiração pilates (33,1 [12,0-77,5]) e o BBD durante a RH (35,0 [10,5-116]),
com diferença significativa entre os grupos (p = 0,021). Na comparação entre os
músculos bíceps braquial do membro superior esquerdo versus membro superior
direito, não foi encontrada diferença significativa durante a TRMP (p = 0,499),
tampouco na RH (p = 0,551). Conclusão: Os resultados obtidos sugerem
que, a RH durante um treinamento com uma carga de 20% da CIVM exige maior
recrutamento muscular em comparação com a TRMP, indicando uma maior eficiência
neuromuscular durante a TRMP, já que menos unidades motoras foram necessárias
para realizar a mesma tarefa.
Palavras-chave: método Pilates, reabilitação,
eletromiografia, respiração
Agradecimentos:
CAPES; Pós-graduação em Ciências Aplicadas à Saúde (PPgCAS);
NIME; UFJF-GV
Ciclo vigília-sono em
ultramaratonista de trilha cego e seu guia: um estudo de caso
Larissa Quintão Guilherme,
Júlia Pagotto Matos, Thayana Soares, Paulo Roberto
dos Santos Amorim, Helton de Sá Souza
Departamento de Educação
Física, Universidade Federal de Viçosa, Campus Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
Introdução: Os esportes outdoor tem-se mostrado
benéfico para saúde humana. Nessas modalidades os esportistas precisam manter
um equilíbrio entre treinamento e recuperação, incluindo o sono. No entanto,
pouco se sabe sobre os efeitos das ultramaratonas off-road
do comportamento vigília-sono de atletas cegos. Objetivo: Demonstrar o
padrão do ciclo vigília-sono de um ultramaratonista cego (UC) e seu guia (UG) 7
dias pré e pós-competição de 80 km. Métodos:
Estudo observacional realizado ao longo da La Misión
Brasil – 80K. Foram aplicados o Questionário de Matutinidade
e Vespertinidade, a Escala de Sonolência de Epworth, o Índice de Gravidade da Insônia e o Índice de
Qualidade do Sono de Pittsburgh, além do uso da actimetria
nos 7 dias pré e pós-competição. Utilizou-se o SPSS
para as análises e os dos são apresentados em médias e desvio padrão (±), delta
(D). Resultados: O UC tem 54 anos e
o UG 48 anos, ambos têm mais de dois anos de experiência. O UC tem
características matutinas, enquanto o UG intermediário. Ambos relataram grande
chance de sonolência diurna, com o UC indicando insônia leve. Na percepção da
qualidade do sono, o UC relatou qualidade ruim e o UG boa. Para o sono
principal durante a semana pré-prova, o UC teve cerca
de 17,8% menos tempo total de sono (TTS) (D = 01:07) e 32,0% menos WASO (D = 00:16) que o UG. Na semana
pós-competição, o UC teve um TTS 12,1% maior (D = 00:51), latência 40,0% menor (D = 00:02) e WASO 18,3% menor (D = 00:11) versus UG. No final de semana pré, o UC passou 16,7% mais tempo na cama que o UG (D = 01:17), 17,2% mais TTS (D = 01:12), 28,6% menos WASO (D = 00:10) e latência 50,0% menor (D = 00:03). Já no final de semana
pós-prova, o UC passou 19,3% menos tempo na cama (D = 01:02), levando a 27,2% menos TTS (D = 01:14), porém teve uma latência maior
em 60,0% (D = 00:06).
Para o ritmo atividade-repouso, a comparação dos dias de semana pré-competição mostrou que o UC teve o período de 10 horas
mais ativo (M10) menor em 23,2% (D = 1923,8), o período das 5 horas menos
ativas (L5) menor em 59,5% (D
= 1140,3) e amplitude menor em 31,4% (D = 950,9) em comparação com UG. Na
semana pós-prova, o UC obteve o M10 maior em 43,5% (D = 1549,7) e amplitude maior em 45,5% (D = 660,9), mantendo a L5 menor, porém em
67,5% (D = 443,8).
Para o final de semana pré-competição não houve
diferenças no ciclo atividade-repouso do UC e UG. Porém, no final de semana
pós-competição, foi observado que o UC teve o M10 menor em 22,6% (D = 1928,5), mesor 33,7% menor (D = 2046,8), acrofase
88,1% menor (D = 14:51) e
L5 62,5% maior (D
= 584,3). Conclusão: Uma alteração no padrão de sono e atividade do UC
após a competição, sugerindo possíveis efeitos do exercício intenso no ritmo
biológico e destacando a importância de considerar as diferenças individuais e
os efeitos da competição na qualidade do sono e no padrão de atividade de
atletas com deficiência visual.
Palavras-chave: corrida de ultramaratona; desempenho
físico; hábitos de sono; recuperação; vigília
Financiamento:
FAPEMIG #APQ-02146-22
Agradecimento:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES);
Fundação Arthur Bernardes (FUNARBE); Laboratório de Psicobiologia e Exercício
da UFV (LAPSE) e La Misión Brasil
Treinamento resistido com
volante inercial e manifestações de força em idosas: um ensaio controlado
randomizado
Pablo Augusto Garcia
Agostinho1, Amanda dos Reis Cota1, Édison Andrés Pérez
Bedoya1, Claudia Eliza Patrocínio de Oliveira1, Miguel
Araújo Carneiro Júnior1, Osvaldo Costa Moreira2
1Departamento de Educação Física da
Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
2Instituto de Ciências Biológicas e da
Saúde da Universidade Federal de Viçosa, Campus Florestal, Florestal, MG,
Brasil
Introdução: As mulheres são mais suscetíveis a
problemas de função física com o envelhecimento, em especial após a menopausa.
No entanto, o treinamento resistido pode amenizar e/ou retardar esse declínio. Objetivo:
Comparar o efeito do treinamento resistido (tradicional versus voltantes inerciais) sobre as manifestações de força em
idosas. Métodos: Trata-se de um ensaio randomizado controlado paralelo
por dois grupos composto por mulheres com comportamentos sedentários com 60
anos ou mais e sem diagnóstico de doenças psiquiátricas ou crônicas não transmíssiveis descontroladas (n = 36). As intervenções
foram desenvolvidas no laboratório de Morfofisiologia
Humana subscrito ao Departamento de Educação Física da Universidade Federal de
Viçosa. O estudo foi registrado no clinicaltrial.gov (NCT05910632). As
participantes foram designadas aleatoriamente por blocos de 2 e 4, para o grupo
submetido ao treinamento flywheel (GTF, n = 18), com
sobrecarga excêntrica utilizando o dispositivo multi-leg
isoinercial, ou para o grupo submetido ao treinamento
resistido tradicional (GTT, n = 18), que utilizou aparelhos de ginástica e
pesos livres. Ambos os grupos realizaram duas sessões em dias
não consecutivos por semana durante oito semanas de treinamento e realizaram os
mesmos exercícios (extensão de joelho, flexão de joelho, flexão plantar,
retração escapular, flexão de cotovelo e abdução do ombro). O desfecho
principal foi a avaliação das manifestações força, no qual os testes foram
realizados no exercício de extensão de joelhos e avaliaram: contração
voluntária isométrica máxima (CVIM), força máxima (FM) 1RM e potência muscular
(PM) com 40%, 60% e 80% de 1RM. Para garantir o cegamento, tanto os
pesquisadores principais quanto o pesquisador responsável pela avaliação dos
resultados não sabiam das atribuições do grupo, que foram ocultadas por meio de
envelopes ocultos e opacos administrados por um pesquisador externo. Para
comparações intra e intergrupo, foi usada a MANCOVA
para examinar a relação entre múltiplas variáveis dependentes e independentes,
considerando os fatores tempo e grupo. O nível de significância foi p < 0,05.
Resultados: Os principais resultados mostraram que houve melhora
significativa intragrupo na CVIM (GTF: pré 35,80 ± 11,90
kg; pós 45,18 ± 15,17 kg; GTT: pré 36,13 ± 13,66 kg;
pós 43,32 ± 15,46 kg; p = 0,026), FM (GTF: pré 33,05 ±
9,25 kg; pós 41,88 ± 10,96kg; GTT: pré 31,44 ± 10,31 kg;
pós 39,11 ± 12,25 kg; p = 0,002) e PM60% de 1RM (GTF: pré
116,25 ± 38,69 kg; pós 133,66 ± 33,97 kg; GTT: pré
105,56 ± 34,86 kg; pós 129,44 ± 42,33 kg; p = 0,026) em ambos os grupos após as
16 sessões de treinamento. Não houve diferença significativa na análise
intergrupo nas variáveis estudadas (p > 0,05). Conclusão: O estudo
sugere que o treinamento resistido, com ou sem dispositivos flywheel,
é capaz de promover melhora nas manifestações de força muscular em mulheres
idosas.
Palavras-chave: envelhecimento; força muscular; idosa;
mulher; treinamento de força
Agradecimentos: A
pesquisa teve apoio com bolsas CAPES e FAPEMIG
Reprodutibilidade do
contrarrelógio de 8 minutos na determinação de variáveis para o treinamento de
ciclistas
Arthur Eduardo de Carvalho
Quintão, Rômulo Mota Júnior, Paulo Roberto dos Santos Amorim
Laboratório de
Performance Humana - LAPEH, Departamento de Educação Física, Universidade
Federal de Viçosa, Campus Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
Introdução: A prática do ciclismo vem crescendo
ano após ano, e para os atletas da modalidade, é importante o desenvolvimento
das capacidades físicas específicas. O Functional Threshold Power (FTP) é a maior potência que se consegue
manter em um estado constante por cerca de uma hora, sendo amplamente utilizado
por atletas e treinadores na prescrição de intensidade, do controle das cargas
e avaliação das adaptações do treinamento. É mensurado através de um teste
padrão ouro, o contrarrelógio de 60 minutos, no qual o atleta tem que manter a
maior potência média ao longo do protocolo sem apresentar fadiga. No entanto,
esse teste demanda um grande tempo, surgindo como alternativa o contrarrelógio
de 8 minutos. Objetivos: Averiguar a reprodutibilidade do contrarrelógio
de 8 minutos de acordo com variáveis fisiológicas do treinamento de ciclistas. Métodos:
A versão original do Contrarrelógio de 8 minutos para avaliação do FTP consiste
em um aquecimento prévio de 13 minutos com variações entre altas e baixas
intensidades, seguido de dois contrarrelógios de 8 minutos, procurando manter a
mais alta potência média nesse intervalo de tempo. Entre esses estímulos, há um
intervalo ativo de 10 minutos. Após a conclusão dos dois estímulos, o valor de
potência média mais alta observada é multiplicado por um fator de correção de
0,9 para determinação do FTP. Seis participantes realizaram o protocolo em três
ocasiões. A primeira sessão foi feita para familiarização e as outras duas,
para avaliação da sua reprodutibilidade. As análises foram feitas com uma
comparação entre a média das variáveis em cada um dos contrarrelógios de 8
minutos, bem como entre esses contrarrelógios e o teste máximo. Para avaliar as
diferenças estatísticas, foi utilizado a ANOVA e o teste de Kruskal-Wallis,
empregando-se o teste de Tukey como um procedimento
pós-teste. Além do Coeficiente de Correlação Intraclasse (CCI). O nível de
significância adotado foi de 5% (P < 0,05). Resultados: Foi
verificado um CCI > 0,95, apontando um alto grau de concordância nos
resultados, e também não foram verificadas diferenças estatisticamente
significativas quando analisados o primeiro e segundo dia de visita. Conclusão:
Esse nível de consistência na reprodutibilidade dos resultados reforça a
utilidade do contrarrelógio de 8 minutos como uma ferramenta confiável para
avaliar e rastrear o desempenho dos ciclistas, permitindo que eles otimizem sua
FTP.
Palavras-chave: Funtional Threshold Power (FTP); contrarrelógio; reprodutibilidade;
ciclismo
Agradecimentos: Be
SAFE, CAPES e FAPEMIG
Efeitos da ingestão de
probióticos na microbiota intestinal em indivíduos praticantes de atividade
física: uma revisão sistemática
Reinaldo Oliveira Paizante, Mateus Gonçalves da Silva, Rafaele Sobral Santos Nazareth, Ciro José Brito, Andreia
Cristiane Carrenho Queiroz
Departamento de Educação
Física, Universidade Federal de Juiz de Fora, Campus Governador Valadares,
Governador Valadares, MG, Brasil
Introdução: O trato gastrintestinal é crucial para
a digestão. Ele é habitado por uma variada microbiota intestinal composta por
bactérias, fungos, vírus e protozoários, cuja composição varia ao longo da vida
e é influenciada por fatores ambientais e do hospedeiro. A diversidade da
microbiota desempenha um papel fundamental na saúde humana, afetando a produção
de neurotransmissores, a função imunológica e o peso corporal. Uma dieta
adequada e exercícios físicos regulares ajudam a manter um microbioma
intestinal equilibrado, contribuindo para diversos benefícios à saúde, como
melhorias na saúde cardiorrespiratória, imunológica e neurológica, além de
promover bactérias benéficas e reduzir microrganismos patogênicos. O consumo
adequado de probióticos pode melhorar o desempenho físico e beneficiar a saúde
de atletas. Objetivo: Analisar por meio de uma revisão sistemática, os
resultados de estudos que investigaram a suplementação de probióticos e seus
efeitos sobre a microbiota intestinal em indivíduos praticantes de atividade
física. Métodos: A busca pelos artigos foi realizada nas bases de dados PubMed, Web of
Science, EMBASE e
SCOPUS, publicados entre janeiro de 2010 a outubro de 2023. Os
descritores
utilizados em português foram: “adultos”;
“probiótico”; “exercício
físico” ou
“atividade física” e “microbiota
intestinal”. Os termos em inglês foram: “adults” ou “adult”; “probiotics” ou “probiotic”; “exercise” ou “physical activity”; “gastrointestinal microbiome”
ou “gut microbiome” ou
“intestinal microbiome”. Os critérios de inclusão dos
estudos foram: I) ensaio clínicos duplo-cegos, realizados em humanos; II) com
apresentação de dados estatísticos; III) os participantes com idade ≥ 18
e 59 anos e, IV) utilizar algum protocolo de suplementação probiótica. Não
houve restrição quanto à dosagem, cepas ou forma de administração dos
probióticos. Foram adotados os seguintes critérios de exclusão: I) estudos não
experimentais; II) publicações fora do intervalo de tempo definido; IV) estudos
realizados com indivíduos sedentários; V) estudos que envolveram agentes
diferentes de probióticos; VI) estudos com animais. Resultados: Os
trabalhos mostraram que a suplementação com distintas cepas probióticas
minimizam os sintomas gastrintestinais, bem como a ocorrência de infecções do
trato respiratório, também aumentou a absorção de aminoácidos através da
permeabilidade intestinal, atenuou o estresse oxidativos e melhorou o
desempenho atlético em algumas modalidades. Conclusão: A suplementação
de probióticos tem trazido benefícios para a microbiota intestinal e a saúde de
atletas, incluindo a redução de infecções. Estudos mostraram melhorias na
diminuição de sintomas gastrointestinais comuns entre atletas, mas a eficácia
da suplementação de probióticos para melhorar o desempenho ainda não foi
definitivamente confirmada.
Palavras-chave: microbiota Intestinal; probióticos;
suplementação; gastrointestinal; atividade física
Agradecimentos:
Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG) - APQ-02263-21; CAPES
Hipertensão arterial
pulmonar, treinamento resistido e extrato de mirtilo: efeitos sobre genes do
metabolismo muscular
Leôncio Lopes Soares1,
Luciano Bernardes Leite1, Bruno Rocha Avila Pelozin2,
Patrick Turck3, Tiago Fernandes2, Antônio José Natali1
1Laboratório de Biologia do Exercício,
Departamento de Educação Física, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG,
Brasil
2Laboratório de Bioquímica e Biologia
Molecular do Exercício, Escola de Educação física e Esportes, Universidade de
São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
3Laboratório de Fisiologia
Cardiovascular, Departamento de Bioquímica, Universidade Federal do Rio Grande
do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil
Introdução: Pacientes com hipertensão arterial
pulmonar (HAP) comumente apresentam fadiga crônica e letargia. Estudos
demostraram que essas características têm relação direta com a redução das
funções cardíaca e pulmonar associadas ao desbalanço do estado redox. Contudo,
disfunções musculoesqueléticas e sua relação com a fadiga e a letargia têm sido
pouco exploradas na HAP. Objetivo: Avaliar a expressão de genes
reguladores do metabolismo muscular em um modelo de HAP submetido ao
treinamento físico resistido (TR) associado ao tratamento com extrato de
mirtilo. Metodologia: Ratos Wistar (Peso
corporal: ~ 200 g) foram divididos aleatoriamente em cinco grupos de 8 animais
cada: sedentário controle (SC), sedentário hipertenso (HS), sedentário
hipertenso tratado com mirtilo (SHM), exercitados hipertensos (EH) e
exercitados hipertensos tratado com mirtilo (EHM). Os animais dos grupos SH,
SHM, EH e EHM receberam uma injeção intraperitoneal de monocrotalina
(MCT) (60 mg/kg) para desenvolvimento da HAP, enquanto os animais do grupo SC
receberam volume de solução salina equivalente. Animais dos grupos SHM e EHM
receberam diariamente extrato de mirtilo (100 mg/kg/dia) administrado por gavagem. Após adaptação ao protocolo de TR, os ratos dos
grupos exercitados foram submetidos a um programa de TR (subida de escada;
intensidade de 60% da carga máxima carregada), 5 vezes/semana durante quatro
semanas. No 24º dia após os tratamentos, os animais foram sacrificados e o
bíceps braquial foi coletado e processado para a avaliação da expressão gênica
de piruvato desidrogenase quinase 4 (PDK4), carnitina
palmitoiltransferase 1B (CPT1B) e o coativador 1-alfa do receptor gama ativado por proliferador
de peroxissoma (PGC-1α) por meio da técnica de reação em cadeia de
polimerase em tempo real (qPCR). As diferenças entre
grupos foram testadas utilizando-se a ANOVA one-way,
seguida de post hoc de Tukey. Os dados são
apresentados como média ± DP em porcentagem do controle; e adotou-se p < 0,05 para diferenças significativas
entre as médias. Resultados: A HAP aumentou a expressão de PDK4 (SH:
1042 ± 552,0 % e SHM: 911,7 ± 526,9 % > SC = 100,0 ± 33,11 %), e o TR preveniu
esse aumento (EH: 115,0 ± 84,31 % e EHM: 216,9 ± 70,30 = SC: 100,0 ± 33,11 %).
Da mesma forma, a HAP aumentou a expressão de CPT1B (SH: 228,2 ± 96,97 % e SHM:
251,3 ± 92,17 % >
SC: 100,0 ± 26,31 %), e o TR preveniu esse aumento (EH: 181,0 ± 65,30 % e EHM:
151,6 ± 35,81 % = SC: 100,0 ± 26,31 %). Quanto aos marcadores de biogênese
mitocondrial, observou-se que o TR aumentou a expressão de PGC-1α (EH:
237,3 ± 98,66 % e EHM: 243,4 ± 113,4 % > SC: 100,0 ± 28,96 %; SH: 168,3 ± 47,36
% e SHM: 100,6 ± 75,38 %). Conclusão: A HAP experimental induziu
prejuízos significantes na expressão de genes associados ao metabolismo
musculoesquelético, enquanto o exercício foi capaz de prevenir esses prejuízos.
Entretanto, o antioxidante extrato de mirtilo não preveniu os prejuízos da HAP
ou potencializou os efeitos do TR.
Palavras-chave: hipertensão pulmonar; disfunção
muscular; exercício de força; antioxidante
Agradecimentos:
Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG) - BPD-00060-22; CAPES.
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CNPq/400190/2023-0)
Correlação entre índice
de massa corporal e frequência de atividade física em adolescentes
Jéssika Martins Pereira, Bianca Guimarães de
Freitas, Emilly Adriane de Souza Andrade, Thays Aparecida dos Santos, Andrezza Souza Lucrécio da
Costa, Silvia Eloiza Priore
Departamento de Nutrição
e Saúde, Universidade Federal de Viçosa – Campus Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
Introdução: Segundo a Organização Mundial da Saúde
(OMS), a adolescência é um período da vida que vai dos 10 aos 19 anos e envolve
intensas mudanças fisiológicas, comportamentais e hormonais. Os hábitos de vida
adotados nessa fase podem impactar no estado nutricional. Por exemplo, a baixa
frequência de atividade física (AF) pode levar ao excesso de peso e aumentar o
risco de desenvolver doenças cardiovasculares e metabólicas ainda nessa fase,
se mantendo ou se agravando na vida adulta. Objetivo: Correlacionar o
índice de massa corporal (IMC) com a frequência de atividade física dos
adolescentes. Metodologia: O estudo é resultado de ações de um projeto
de extensão aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisas com Seres Humanos da
Universidade Federal de Viçosa (CEP UFV, parecer 1.852.326) denominado
"Atendimento nutricional a adolescentes de um colégio de aplicação: ações
educativas de promoção de saúde e prevenção de doenças - NutColuni".
O projeto é realizado com os estudantes do primeiro ano do ensino médio. Foi
aplicado um questionário semi-estruturado para
coletar informações sobre a prática de AF, e realizada a aferição
antropométrica da estatura (m) e do peso (kg), a fim de obter o IMC, que foi
calculado e classificado de acordo com a idade (IMC/I), com auxílio do software
WHO AnthroPlus, em valores de escore z, sendo
considerados excesso de peso os valores ≥ a 1. Verificou-se a normalidade
das variáveis numéricas por meio do teste de Shapiro Wilk. Foi realizada a
correlação de Pearson entre o IMC e a frequência de atividade física semanal,
utilizando o software SPSS versão 20.0. Adotou-se um nível de significância
estatística de 5%. Resultados: Foram avaliados 51 adolescentes, sendo
56,9% (n = 29) do sexo feminino. A mediana da idade foi de 15,4 (14-17) anos, e
a mediana do IMC foi de 21,16 (15,97-31,28) kg/m². A frequência de AF variou de
1 a 5 dias semanais. A maioria (68,6%; n = 35) realizava atividade física
apenas uma vez na semana, e 11,8% (n = 6) apresentava excesso de peso.
Encontrou-se correlação negativa entre o IMC e a frequência de AF (r = -0,275;
p= 0,041), indicando que quanto menor a frequência de AF, maior o IMC dos
adolescentes. Conclusão: A prática regular de atividade física pode ter
um impacto positivo na manutenção do peso saudável durante a adolescência,
amenizando o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares e metabólicas
ainda nessa fase e ao longo da vida. Faz-se necessário, portanto, monitorar os
hábitos de vida e avaliar o estado nutricional, e a partir disso, propor ações
para prevenir complicações cardiometabólicas nesses
indivíduos.
Palavras-chave: adolescência; atividade física;
excesso de peso; risco cardiovascular
Agradecimentos:
Fundação CAPES, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais
(FAPEMIG, Brasil) e ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq, Brasil)
O treinamento físico
combinado previne o remodelamento hepático patológico em ratos com hipertensão
arterial pulmonar
Matheus Soares Faria1,
Luciano Bernardes Leite1, Leôncio Lopes Soares1, Luiz
Otávio Guimarães-Ervilha2, Mariana Machado Neves2,
Antônio José Natali1
1Departamento de Educação Física,
Laboratório de Biologia do Exercício, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa,
MG, Brasil
2Departamento de Biologia Geral,
Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
Introdução: A hipertensão arterial pulmonar (HAP)
é uma condição rara, cujo tratamento evoluiu consideravelmente nos últimos
anos, porém, ainda apresenta alta taxa de mortalidade devido às diversas
complicações que ela pode causar. A doença é caracterizada por uma pressão
arterial pulmonar média superior a 20 mmHg em repouso, acompanhada de um
aumento na resistência vascular e redução do diâmetro da artéria pulmonar,
levando à disfunção do ventrículo direito (VD) e comprometimento da circulação
sanguínea pulmonar. Embora os efeitos da HAP no coração sejam amplamente
estudados, há uma lacuna no entendimento de seus impactos em outros órgãos,
como o fígado. Sabe-se que a insuficiência cardíaca direita pode desencadear
hepatopatia congestiva. Nesse contexto, considerando os benefícios conhecidos
do treinamento físico combinado (TFC) na saúde cardiovascular, é crucial
investigar se esse tipo de exercício pode prevenir ou atenuar os danos
hepáticos associados à HAP. Objetivo: Avaliar os efeitos do TFC de
intensidade moderada sobre o tecido hepático de ratos com HAP induzida por monocrotalina (MCT). Metodologia: Ratos Wistar (200 g) foram divididos aleatoriamente em 3 grupos
de 7 animais cada: Sedentário controle (SC); Sedentário hipertenso (SH) e
Exercício hipertenso (EH). Os animais dos grupos SH e EH receberam uma injeção
intraperitoneal de MCT (60 mg/kg) para desenvolvimento da HAP, enquanto os
animais do grupo SC receberam o mesmo volume de solução salina. Os animais do
grupo EH foram submetidos ao TFC (corrida em esteira rolante e escalada em
escada vertical), em dias alternados, 5 dias/semana. Os animais dos grupos SC e
SH permaneceram em suas respectivas caixas. A eutanásia dos animais foi
realizada no 23º dia após a aplicação de MCT ou quando os animais dos grupos SH
e EH manifestaram sinais clínicos de falha do VD (ex. perda de 10 g do peso
corporal de um dia para outro e/ou dispneia; cianose; letargia). Após a
eutanásia, o tecido hepático foi removido e processado para as análises
histológicas (percentuais de núcleo, citoplasma, capilar sinusóide,
macrófagos, infiltrado inflamatório, vasos sanguíneos e hepatócitos). Os dados
foram comparados usando-se a ANOVA one-way, seguida
de post hoc de Tukey. Resultados: Os animais
do grupo SH apresentaram uma redução (p < 0,05) no percentual de citoplasma (SH
vs. SC) e um aumento (p <
0,05) no percentual de macrófagos e infiltrado inflamatório, em comparação aos
animais dos grupos SC e EH (p < 0,05). Conclusão: O treinamento
físico combinado é capaz de prevenir o remodelamento hepático patológico em
ratos com hipertensão arterial pulmonar induzida por monocrotalina.
Palavras-chave: fígado; treinamento físico combinado; monocrotalina
Impactos do treinamento
físico sobre o desempenho físico na doença de alzheimer:
revisão sistemática e meta-análise
Gabriel André Pedral Diniz
Leite¹, Cauã Viana Fernandes de Sá Leitão¹, Lucas Rios Drummond1,2,
Amanda Gonçalves Duarte¹, Marcos Vinícius Gonçalves da Silva¹, Cândido Celso
Coimbra¹
1Laboratório de Endocrinologia e
Metabolismo, Departamento de Fisiologia e Biofísica, Universidade Federal de
Minas, Belo Horizonte, MG, Brasil
2Departamento de Educação Física,
Universidade do Estado de Minas Gerais, Unidade Divinópolis, Divinópolis, MG,
Brasil
Introdução: A doença de Alzheimer é um transtorno
neurodegenerativo progressivo que se manifesta por danos à cognição e à
memória, cursando com alterações neuropsiquiátricas, comportamentais e com
prejuízo em atividades do cotidiano. Para a redução de danos, o exercício
físico pode ser uma estratégia relevante de melhoria da condição física dos
indivíduos com Alzheimer. Em vista do número crescente de casos dessa doença,
decorrente do envelhecimento da população, os potenciais benefícios do
exercício físico para o paciente com essa condição configuram grande
importância e precisam ser melhor elucidados. Portanto, esse estudo visa
identificar o impacto do treinamento físico sobre o desempenho físico de
pacientes com doença de Alzheimer. Métodos: Para isto, a pesquisa
bibliográfica foi realizada de acordo com as diretrizes do PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analysis), utilizando as
seguintes bases de dados: PubMed, Web of Science e Embase sem restrição de data e linguagem. A
pesquisa utilizou os seguintes descritores como estratégia de busca: Alzheimer’s disease, exercise, aerobic training, strength training, multimodal training, cognitive
function, functional independence, neuropsychatric symptoms, cardiorespiratory function. Após o processo de seleção, foram incluídos 113
estudos na revisão sistemática. Na meta-análise, foram adicionados 15 estudos
(49 trials e 2488 indivíduos). Estes estudos foram
agrupados para análise de acordo com o tempo de treinamento: treinamento físico
com duração de até 3 meses e treinamento físico com duração de 4 a 6 meses. Resultados:
Foi demonstrado que o treinamento físico aumentou significativamente o
desempenho físico em pacientes com doença de Alzheimer, com tamanho de efeito
moderado tanto em protocolos até 3 meses (SMD: 0,75; IC 95%: 0,43-1,06; p = 0,000),
quanto naqueles realizados entre 4 e 6 meses (SMD: 0,51; IC 95%: 0,23-0,79; p =
0,000). Conclusão: Os resultados desta revisão sistemática e
meta-análise indicam que a prática de exercícios físicos gera impactos
positivos no desempenho físico dos pacientes com Alzheimer.
Palavras-chave: doença de Alzheimer; exercício físico;
meta-análise; desempenho físico
Desempenho cognitivo e
qualidade de vida em pacientes com alzheimer
treinados: revisão sistemática e meta-análise
Bernardo de Faria Moraes¹,
Helton Oliveira Campo 1,2, Laura Hora Rios Leite3, Cauã
Viana Fernandes de Sá Leitão¹, Gabriel Moraes de Oliveira¹, Cândido Celso
Coimbra¹
1Laboratório de Endocrinologia e
Metabolismo, Departamento de Fisiologia e Biofísica, Universidade Federal de
Minas, Belo Horizonte, MG, Brasil
2Departamento de Ciências Biológicas,
Universidade do Estado de Minas Gerais, Unidade Ubá, MG, Brasil
3Departamento de Fisiologia, Instituto de
Ciências Biológicas, Universidade Federal de Juiz de Fora, MG, Brasil
Introdução: A doença de Alzheimer é um transtorno
neurodegenerativo progressivo que se manifesta por danos à cognição e à
memória, cursando com alterações neuropsiquiátricas, comportamentais e com
prejuízo em atividades do cotidiano. Para a redução de danos, o exercício
físico pode ser uma estratégia relevante de melhoria da qualidade de vida, da
cognição e da atividade de vida diária dos indivíduos com Alzheimer. Sabendo do
número crescente de casos de Alzheimer, decorrente do envelhecimento
populacional, os potenciais benefícios do exercício físico para o paciente com
essa condição configuram grande importância e precisam ser melhor elucidados.
Portanto, esse estudo visa identificar o impacto do treinamento físico sobre o
desempenho cognitivo, a qualidade de vida e as atividades de vida diária de
pacientes com da doença de Alzheimer. Métodos: Para isto, a pesquisa
bibliográfica foi realizada de acordo com as diretrizes do PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analysis), utilizando as
seguintes bases de dados: PubMed, Web of Science e Embase sem restrição de data e linguagem. A
pesquisa utilizou os seguintes descritores como estratégia de busca: Alzheimer’s disease, exercise, aerobic training, strength training, multimodal training, cognitive
function, functional independence, neuropsychatric symptoms, cardiorespiratory function. Após o processo de seleção, foram incluídos 113
estudos na revisão sistemática. Na meta-análise, foram incluídos 14 estudos (27
trials e 1205 indivíduos). Estes estudos foram
agrupados para análise de acordo com o eixo do Alzheimer impactado: desempenho
cognitivo, atividade de vida diária e qualidade de vida. Resultados: Foi
demonstrado que a prática de treinamento físico com duração de até 3 meses
aumentou significativamente tanto o desempenho cognitivo, aferido pelo mini-mental, quanto a qualidade de vida do paciente com
doença de Alzheimer, com tamanho de efeito moderado tanto no eixo cognitivo
(SMD: 0,338; IC 95%: 0,066-0,611; p = 0,015) quanto no eixo de qualidade de
vida (SMD: 0,40; IC 95%: 0,18-0,63; p = 0.568). Além disso, o exercício físico
de até 3 meses não gerou alteração significativa na atividade de vida diária do
paciente (SMD: -0,100; IC 95%: -0,315-0,114; p = 0,360). Conclusão: Os
resultados desta revisão sistemática e meta-análise indicam que a prática de
exercícios físicos gera impactos positivos na qualidade de vida e na cognição
dos indivíduos com Alzheimer, apesar de não haver impacto na atividade de vida
diária dos pacientes.
Palavras-chave: doença de Alzheimer; exercício físico;
qualidade de vida; cognição; meta-análise
Mergulho em apneia
Gustavo Carreira Xavier1,
Pedro Henrique de Lima Vieira1, Fabíola Alves Alcântara1,
André Luiz Lopes Faria2,3, Oswaldo Monteiro Del Cima2,4,
Rodrigo Siqueira-Batista1,2,5
1Departamento de Medicina e Enfermagem,
Universidade Federal de Viçosa, Campus Viçosa, Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
2Unidade de Mergulho Científico,
Universidade Federal de Viçosa, Campus Viçosa, Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
3Departamento de Geografia, Universidade
Federal de Viçosa – Campus Viçosa, Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
4Departamento de Física, Universidade
Federal de Viçosa, Campus Viçosa, Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
5Escola de Medicina, Faculdade Dinâmica
do Vale do Piranga, Campus Ponte Nova, Ponte Nova, Viçosa, MG, Brasil
Introdução: O mergulho em apneia é praticado há
milhares de anos, de modo articulado a diversas adaptações fisiológicas
significativas. Cada profundidade de mergulho gera um determinado impacto nos
sistemas orgânicos devido às diferentes pressões e aos graus de esforço físico
aos quais os praticantes são submetidos. Os mergulhadores em apneia apresentam
singular capacidade de resistir a estas condições extremas, frequentemente por
mais de cinco minutos. Objetivo: Descrever as principais adaptações
fisiológicas identificadas no mergulho em apneia, de modo a auxiliar a
compreensão acerca da ambientação dos mergulhadores ao ambiente subaquático. Métodos:
Realizou-se pesquisa de artigos originais, baseada nas diretrizes PRISMA, na
qual dois revisores filtraram 336 citações encontradas no PubMed/Medline
(https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov), na Biblioteca Virtual em Saúde
(https://bvsms.saude.gov.br) e no Scopus (https://www.scopus.com), utilizando a
combinação de descritores “apnea”, “diving” e “physiology”,
juntamente com o operador booleano “AND”. Foram selecionados apenas artigos
originais, explicitamente dirigidos às adaptações fisiológicas no mergulho em apneia
em seres humanos. Após excluir textos que não obedeciam a esses parâmetros,
restaram um total de 16 artigos que foram analisados e incluídos no presente
estudo. Resultados: Em contraste com não mergulhadores, observou-se, nos
mergulhadores treinados, consideráveis adaptações cardiovasculares. Cabe
destacar as alterações na composição sanguínea – por aumento de eritrócitos,
hemoglobina e óxido nítrico – o que contribui para a melhora da oxigenação
tecidual e do tônus vascular; o incremento sérico de cistina, aprimorando a
ação antioxidante, e do número de neutrófilos, com repercussões na resposta
imunológica em hipóxia. Detectaram-se, igualmente, alterações cardíacas, de acordo
com a fase do mergulho, com alternância entre taquicardia e bradicardia. Houve
também: (a) adaptações respiratórias por mudanças na capacidade pulmonar, com
destaque à tolerância aumentada a baixos níveis de saturação de oxigênio; (b)
adaptação no tempo de reação a estímulos, apesar dos prejuízos momentâneos de
funcionalidade neurológica relacionados ao ambiente; e (c) adaptações
musculoesqueléticas, tais como aumento na eficiência de processos metabólicos
nas fibras musculares. Todas essas mudanças encontraram forte correlação com a
maior capacidade destes indivíduos em manter sua funcionalidade preservada
enquanto submersos em apneia. Conclusão: Existe significativa descrição
na literatura das adaptações da fisiologia humana à prática sistemática de
mergulho em apneia, principalmente, dos parâmetros cardiorrespiratórios dos
mergulhadores. Entretanto, há lacunas científicas na descrição detalhada acerca
de possíveis alterações nos demais sistemas orgânicos que precisam ser melhor
investigados.
Palavras-chave: hipóxia; saturação de oxigênio;
imersão; fenômenos fisiológicos circulatórios e respiratórios
Treinamento físico
combinado impede o desbalanço redox no pulmão de ratos com hipertensão arterial
pulmonar
Sara Caco dos Lúcio Generoso1,
Luciano Bernardes Leite1, Leôncio Lopes Soares1, Mirian
Quintão Assis2, Mariana Machado Neves2, Antônio José
Natali1
1Laboratório de Biologia do Exercício,
Departamento de Educação Física, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, Viçosa,
MG, Brasil
2Laboratório de Reprodução Animal e
Toxicologia, Departamento de Biologia Geral, Universidade Federal de Viçosa,
Viçosa, MG, Brasil
Introdução: A hipertensão arterial pulmonar (HAP)
é caracterizada pelo estreitamento e rigidez da artéria pulmonar associados à
inflamação e ao desbalanço redox, o que dificulta o fluxo e eleva a pressão
sanguínea nesta artéria. Sob essa condição, danos progressivos ocorrem no
tecido e vasos pulmonares. Como terapia não-farmacológica, nos últimos anos, o
treinamento físico combinado tem sido recomendado para o tratamento de doenças
cardiopulmonares. Apesar disso, os efeitos específicos do treinamento físico
combinado sobre o estado redox no pulmão de indivíduos com HAP não são
amplamente conhecidos. Objetivo: Avaliar os efeitos do treinamento
físico combinado sobre o estado redox no pulmão de ratos durante o
desenvolvimento da HAP induzida por monocrotalina
(MCT). Metodologia: Ratos Wistar (~200g) foram
alocados aleatoriamente em três grupos com 7 animais cada, a saber: Sedentário
Controle (SC); Sedentário Hipertenso (SH); e Exercício Hipertenso (EH). Os
animais dos grupos SH e EH receberam uma única injeção intraperitoneal de MCT
(60 mg/kg), enquanto os animais do grupo SC receberam o mesmo volume de solução
salina. Os animais do grupo EH foram submetidos ao treinamento físico combinado
(corrida em esteira rolante e escalada em escada vertical), em dias alternados,
5 dias/semana, por 3 semanas. No vigésimo terceiro dia após a administração de
MCT os animais de todos os grupos sofreram eutanásia. Após a eutanásia,
fragmentos do pulmão direito foram coletados e imediatamente armazenados a
-80°C para análise posterior das atividades da catalase (CAT), superóxido
dismutase (SOD) e glutationa S-transferase (GST); e das concentrações de malondialdeído (MDA), óxido nítrico (ON) e proteína carbonilada (PC). A distribuição dos dados foi verificada
usando-se o teste de Shapiro Wilk e os grupos foram comparados usando-se ANOVA-one way, seguida do post-hoc de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade. Resultados:
Os ratos do grupo SH apresentaram uma redução (p < 0,05) nas atividades da
CAT e GST; bem como na concentração de ON, em comparação aos animais do grupo
SC. Porém, estas reduções não foram observadas nos ratos treinados (EH). As
atividades da SOD e as concentrações de MDA e PC não foram diferentes entre os
grupos (p > 0,05). Conclusão: O treinamento físico combinado aplicado impede
o desbalanço redox no pulmão de ratos durante o desenvolvimento da HAP induzida
por monocrotalina.
Palavras-chave: hipertensão arterial pulmonar;
treinamento físico combinado; estresse oxidativo.
Efeitos de esteroide
anabolizante e treinamento físico resistido sobre contratilidade de cardiomiócitos do ventrículo direito
Beatriz Lana Fontes, Alexa
Alves de Moraes, Pedro Zavagli Suarez, Arthur Eduardo
de Carvalho Quintão, Antônio José Natali, Miguel Araujo Carneiro-Júnior
Laboratório de Biologia
do Exercício, Departamento de Educação Física, Universidade Federal de Viçosa –
Campus Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
Introdução: O uso de esteroides anabolizantes
androgênicos (EAAs) entre atletas e praticantes de
atividades físicas está em ascensão, visando aprimorar a força muscular, a
aparência física e o desempenho esportivo. Entre esses, o decanoato
de nandrolona (DN) é notável devido ao seu acesso relativamente fácil e pelo
perfil de efeitos colaterais apresentado como menos severo em comparação com
outros. Porém, mesmo que os impactos negativos dos EAAs
sobre a função cardíaca sejam conhecidos, pouco se conhece sobre os efeitos
específicos dos EAAs na contratilidade dos cardiomiócitos, especialmente no ventrículo direito (VD) e
em combinação com treinamento resistido (TR). Objetivo: Avaliar o efeito da
associação entre DN e TR sobre a contratilidade de cardiomiócitos
isolados do ventrículo direito (VD) de ratos Wistar. Métodos:
Ratos Wistar (idade: 12 semanas, peso corporal médio:
333 ± 14 g) foram organizados em 4 grupos (n = 6 a 8 animais): grupo controle
não-treinado (C), grupo controle treinado (C-T), grupo DN não-treinado (N) e
grupo DN treinado (N-T). Os grupos N e N-T receberam 20 mg/kg/semana de DN,
enquanto os grupos C e C-T foram administrados com 0,4 ml/kg/semana de solução
salina, por um período de 8 semanas. O TR foi realizado três vezes por semana
por 8 semanas, consistindo em 4-9 subidas em escada com cargas de 50%, 75%, 90%
e 100% da carga máxima. Adicionalmente, 30g foram adicionadas em cada subida
até a falha ou 9 subidas bem-sucedidas. As características mecânicas dos cardiomiócitos do ventrículo direito foram avaliadas usando
um sistema de detecção de bordas com frequência de estímulo elétrico a 5Hz. Os
resultados foram analisados por meio de ANOVA Two-way
e teste post-hoc de Tukey (α = 5%), sendo
apresentados como média ± erro padrão. Resultados: O fator TR aumentou a
amplitude de contração (6,5 ± 0,6 vs. 4,6 ± 0,6, p < 0,05, em % comprimento
celular de repouso) nos grupos treinados vs. não-treinados, respectivamente.
Comparando o grupo N-T em relação ao grupo N, ocorreu aumento significativo (p
< 0,05) na velocidade de contração (181 ± 12,8 vs. 130 ± 13,7, p < 0,05,
em µm/s), a amplitude de contração (7,9 ± 0,6 vs. 5,6 ± 0,6, p < 0,05, em %
comprimento celular de repouso) e a velocidade de relaxamento (166 ± 11,8 vs.
117 ± 12,6, p < 0,05, em µm/s). O fator DN aumentou a velocidade de
contração (181 ± 12,8 vs. 135,7 ± 12,8, p < 0,05, em µm/s) e a velocidade de
relaxamento (166 ± 11,8 vs. 123,7 ± 11,8, p < 0,05, em µm/s) no grupo
treinado que recebeu DN vs. controle treinado, respectivamente. A análise e as
comparações não mostraram alterações entre os grupos quanto ao tempo para o
pico de contração, o tempo para 50% do relaxamento dos cardiomiócitos
analisados e o tempo para 90% do relaxamento. Conclusão: TR aumentou a
velocidade de contração, amplitude de contração e a velocidade de relaxamento
nos grupos treinados. O DN aumentou a velocidade de contração e de relaxamento
dos cardiomiócitos analisados.
Palavras-chave: coração; miócitos cardíacos; contração
miocárdica; esteroides androgênicos anabolizantes; treinamento resistido
Agradecimentos:
Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG) APQ-01014-23; CAPES,
CNPq
Diferentes tipos de
treinamento e sua influência no consumo alimentar e sono em corredores amadores
Dan Holz de Arruda1,
Pedro Henrique Viana Mendes2, Helton de Sá Souza2
1Departamento de Nutrição, Universidade
Federal de Viçosa, Campus Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
2Departamento de Educação Física,
Universidade Federal de Viçosa, Campus Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
Introdução: O desempenho de um corredor pode ser
diretamente influenciado pelos comportamentos para além do treinamento,
incluindo o sono e a alimentação. Objetivo: Avaliar se o treinamento de
corrida organizado de maneira piramidal (PYD) ou piramidal (POL) impacta de
forma diferente o sono e o consumo alimentar de corredores de rua amadores. Métodos:
Foi realizado uma anamnese por meio de uma entrevista com questionário
elaborado pelos próprios pesquisadores. Para análise de sono foi utilizado os
questionários Índice de Qualidade de Sono de Pittsburgh e a Escala de
Sonolência de Epworth. O consumo alimentar foi
avaliado por meio de dois recordatórios 24h, um no início e um no final da
intervenção. Os dados obtidos foram analisados por meio do software Webdiet e calculados a partir da Tabela Brasileira de
Composição Alimentar (TBCA). O programa de treinamento foi definido após
realização de um 2 teste de desempenho; um teste incremental para determinação
da velocidade pico e dois testes contrarrelógio - 1000m e 3000m - para
determinar os valores de velocidade crítica. Os participantes foram randomicamente
distribuídos no grupo PYD ou POL. Os dados são apresentados em média ± DP e foi
realizado o teste ANOVAtwo-way para comparação entre
os grupos e a correlação de Pearson. A significância foi adotada para p <
0,05. Resultados: A idade das mulheres do grupo POL (47 ± 5,66) foi
maior em comparação ao PYD (p < 0,04), enquanto os homens do grupo PYD (27,3
± 2,22) demonstram uma idade menor em relação ao POL (p < 0,05). Observou-se
que as mulheres do grupo POL (Pré = 73,0 ± 2,05; Pós
= 73,8 ± 2,40) apresentaram massa corporal maior do que as do grupo PYD (Pré = 59,4 ± 2,68; Pós = 59,5 ± 2,36), tanto antes quanto
após a intervenção (p < 0,03). Quanto ao índice de massa corporal (IMC), os
homens do grupo POL (Pré = 23,0 ± 2,72) exibiram
valores menores do que os do grupo PYD (Pré = 26,8 ±
0,88) pré-treinamento (p < 0,05), enquanto as mulheres do grupo POL (Pré = 29,1 ± 0,56) e do grupo PYD (Pré
= 22,1 ± 1,82), no mesmo período, tiveram um IMC maior (p < 0,04). Após o
treinamento, apenas foi observada diferença no IMC das mulheres do grupo POL
(Pós = 29,4 ± 0,69) em comparação ao grupo PYD (Pós = 22,1 ± 1,80) (p <
0,05). O grupo PYD apresentou uma correlação negativa entre o escore de
sonolência diurna excessiva e o consumo de carboidratos (r = -085; p <
0,007) e calorias (r = -065; p < 0,05). Foram observadas diferenças para o
escores do tempo total de sono nas mulheres do grupo PYD que apresentaram
aumento entre a condição pré-treinamento (0,50 ± 0,57) e a condição
pós-treinamento (1,00 ± 0,81; p < 0,05). Conclusão: A partir da
análise de dados é possível concluir que o baixo consumo de calorias e
carboidratos correlacionou-se com maior sonolência diurna no grupo piramidal e
que as mulheres desse mesmo grupo apresentaram aumento no tempo total de sono
após a intervenção.
Palavras-chave: ritmo
circadiano; exercício físico; consumo alimentar; crononutrição
Agradecimentos:
FAPEMIG (APQ-02146-22), La Mission Brasil, Programa ATTAq-
UFV
Avaliação da força
muscular em diferentes momentos do dia em mulheres
Ana Laura Reis Campos1,2,
Nicole Santos de Sá1,2, Larissa Eduarda de Melo Silva1,2,
César Souza Araújo1,2, Lucas Túlio de Lacerda1, Camila
Fernanda Costa e Cunha Moraes Brandão1,2
1Universidade do Estado de Minas Gerais -
Unidade Divinópolis, Divinópolis, MG, Brasil
2Laboratório de Pesquisa em Metabolismo,
Fisiologia, Exercício Físico da Universidade do Estado de Minas Gerais,
Divinópolis, MG, Brasil
Introdução: O desempenho físico está relacionado a
capacidade da realização de atividades de vida diária, que podem ser
influenciados por fatores biológicos, como o ciclo circadiano. Este representa
variações em algumas funções fisiológicas e metabólicas no organismo, que podem
modificar ao longo do dia. A força muscular é uma importante capacidade física
que pode prevenir inúmera doenças crônicas. Ainda, pouco se sabe quanto o ciclo
circadiano pode influenciar o desempenho de força ao longo do dia. Objetivos:
Avaliar a força muscular de mulheres em diferentes horários do dia (manhã vs noite). Métodos: Trata-se de uma pesquisa
exploratória e transversal, aprovada no Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE
72480223.8.0000.5115), em desenvolvimento. Assim, 7 mulheres com cronotipo matutino foram avaliadas em dois momentos (manhã:
8hs as 10hs; e noite: 19hs as 21hs), com intervalo de 2 dias entre as
avaliações. Para a definição do cronotipo todas foram
avaliadas com o Questionário de Matutinidade e Vespertinidade (HO) Horne-Ostberg,
e para a caracterização das participantes foram realizados a avaliação do peso
e altura corporal. A força muscular foi avaliada pelo teste de força de
preensão manual, com o dinamômetro digital manual, as participantes foram
instruídas a apertarem duas vezes o aparelho, alternando entre as mãos. Para a
força de membros inferiores, foi realizado o teste de sentar e levantar,
utilizando uma cadeira de encosto e assento reto, onde as participantes foram
orientadas a sentar-se e levantar-se da cadeira, com os braços cruzados sobre o
peito, com intuito de realizar o máximo de repetições possíveis dentro de 30
segundos, mantendo a posição inicial durante todo o movimento. As mesmas
avaliações foram realizadas no período matutino e noturno. Os dados estão
apresentados em média e desvio padrão, analisados pelo teste de Wilcoxon, método não-paramétrico para comparação de duas
amostras pareadas. O nível de significância foi de 95% (p < 0,05).
Resultados: As participantes possuem a idade de 29 ± 5 anos, peso 65 ± 16 kg,
altura 1,61±0,05 m e o índice de massa corporal de 25 ± 6 kg/m2.
Observa-se os resultados em manhã versus noite e p valor, respectivamente:
preensão manual mão direita 27 ± 4 vs 27 ± 3, p = 0,8125;
mão esquerda 27 ± 3 vs 26 ± 2, p = 0,6875. Sendo que
ambas medidas da mão direita e mão esquerda estão classificadas como “normal”.
Para o teste de sentar e levantar foram 16 ± 3 vs 16 ±
1 repetições (manhã vs noite), p = 0,8750, não sendo
observado diferença entre os horários do dia. Conclusão: Baseado nos
dados parciais apresentados é possível concluir que o horário do dia não
promoveu diferença na realização do desempenho de força manual e inferiores de
mulheres jovens.
Palavras-chave: aptidão física; membros inferiores;
força manual; ritmo circadiano
Agradecimentos:
Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG) - APQ-02960-22;
APQ-03029-23. Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) - unidade
Divinópolis
Efeitos do horário do dia
na resistência muscular em mulheres com cronotipo
matutino
Alicia Alvarenga Fernandes1,2,
Ana Vitória Leca Lara Campos2, Michael
Jackson Oliveira de Andrade1, Danusa Dias
Soares3, Erick Prado de Oliveira4, Camila Fernanda Costa
e Cunha Moraes Brandão1,2
1Universidade do Estado de Minas Gerais, Unidade
Divinópolis, Divinópolis, MG, Brasil
2Laboratório de Pesquisa em Metabolismo,
Fisiologia e Exercício Físico da Universidade do Estado de Minas Gerais,
Divinópolis, MG, Brasil
3Laboratório de Fisiologia do Exercício,
Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Universidade
Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil
4Universidade Federal de Uberlândia,
Faculdade de Medicina, Uberlândia, MG, Brasil
Introdução: A resistência muscular pode ser
entendida como a capacidade de um músculo ou de um grupo muscular em sustentar
a execução de um exercício por um período. Cujo pode influenciar e ser
influenciado pelos sistemas biológicos, como o ciclo circadiano. O ciclo
circadiano é um período de 24 horas, no qual ocorrem alterações fisiológicas.
Esse ritmo é ajustado de acordo com alguns estímulos recebidos, incluindo o
horário da ingestão alimentar e da atividade física, temperatura corporal e
metabolismo dos indivíduos. Objetivo: Comparar a resistência muscular de
mulheres em períodos diferentes do dia (manhã vs. noite). Métodos: Esse
estudo é exploratório e transversal, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa
(CAAE 72480223.8.0000.5115). Participaram até o momento, 7 mulheres na faixa
etária entre 18 e 40 anos, com ciclo menstrual regular, sem respostas positivas
ao PAR-Q e classificadas como cronotipo matutino, de
acordo com o Questionário de Matutinidade e Vespertinidade (HO). Para a caracterização da amostra,
foram realizadas as medidas de peso e altura corporal. Duas avaliações dos
testes físicos, foram realizadas em um intervalo de 2 dias: turno da manhã
(8hrs às 10hrs) e turno da noite (19hrs às 21hrs). Os testes físicos foram
realizados com exercícios de flexão de cotovelo e abdominal para avaliar o
número máximo de repetições durante 60 segundos. Para flexão de cotovelo foi
padronizado posicionamento em solo com apoio de joelhos. Em relação ao
abdominal foi padronizado posicionamento em decúbito dorsal com pernas
flexionadas, com o objetivo de alcançar as mãos nos joelhos e retirada total
dos ombros em relação ao solo. A normalidade dos dados foi verificada pelo
teste Shapiro-Wilk, após isso, realizado um teste pareado não paramétrico (Wilcoxon). Os dados estão apresentados em média e desvio
padrão, o nível de significância foi 95% (p < 0,05). Resultados: A
idade média de 29 ± 5 anos, peso 66 ± 16 kg, altura de 1,61 ± 0,05 e o índice
de massa corporal 25 ± 6 kg/m2.
No teste de flexão de cotovelo foi
observado, 30±14 repetições e 31 ± 12
repetições, ambos com a classificação
excelente, manhã vs noite, respectivamente (p = 0,2344).
No teste de abdominal foram obtidos os seguintes resultados, 44 ± 14 repetições
e 43 ± 10 repetições, ambos classificados como excelentes, manhã vs noite, respectivamente (p = 0,8125). Neste sentido, não
foram observadas diferença estáticas entre as avaliações realizadas em
diferentes horários do dia. Conclusão: O estudo apresentou apenas
resultados parciais, devido a pesquisa ainda estar em fase de coletas de dados.
Após a análise, é possível concluir que não houve diferença na resistência
muscular avaliada pelos testes de flexão de cotovelo e abdominal, comparando os
diferentes períodos do dia em mulheres.
Palavras-chave: cronotipo;
exercício físico; ritmo circadiano
Agradecimentos:
Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG) - APQ-02960-22;
APQ-03029-23; Universidade do Estado de Minas Gerais (PAPq/UEMG)
Desempenho
cardiorrespiratório de mulheres em diferentes momentos do dia: influência do
ciclo circadiano
Pedro Henrique Reis Restier Pinheiro1,2, Yan Léo de Melo Vieira2,
Michelli dos Santos2, Lucas Rios Drummod1, Dawit Albieiro Pinheiro Gonçalves3,
Camila Fernanda Costa e Cunha Moraes Brandão1,2
1Universidade do Estado de Minas Gerais, Unidade
Divinópolis, Divinópolis, MG, Brasil;
2Laboratório de Pesquisa em Metabolismo,
Fisiologia e Exercício Físico, Universidade do Estado de Minas Gerais,
Divinópolis, MG, Brasil
3Laboratório de Fisiologia do Exercício,
Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Universidade
Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil
Introdução: O ritmo circadiano está ligado à
regulação de várias funções fisiológicas e biológicas, como temperatura
corporal, ciclo sono-vigília, atividade física, e metabolismo, mesmo sem
estímulos externos. Neste sentido, assim como os efeitos do exercício são dependentes
de alguns fatores, como tempo, duração e intensidade, tem sido sugerido que a
hora ou período do dia também pode ser um fator importante na resposta
metabólica e fisiológica do exercício físico. Assim, o presente estudo tem por
hipótese que o desempenho cardiorrespiratório se comporta diferentes quando
realizado em diferentes períodos do dia (manhã vs
noite) devido ao ritmo circadiano. Objetivo: Avaliar o desempenho
cardiorrespiratório em diferentes períodos do dia em mulheres do cronotipo matutino. Métodos: Este é um estudo
exploratório e transversal, aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade do
Estado de Minas Gerais, Unidade Divinópolis (CAAE: 72480223.8.0000.5115), em
andamento. Foram avaliadas 7 mulheres, com idade entre 18 e 40 anos, com
menstruação regular e do cronotipo “matutino”
avaliadas pelo questionário de matutinidade-vespertinidade
versão de autoavaliação e sem nenhuma resposta positiva no questionário PAR-Q.
Foram realizadas 2 avaliações, sendo uma no período da manhã (8hs as 10hs) e
outra à noite (19hs as 21hs), com intervalo de 2 dias entre as avaliações. As
voluntárias realizaram um teste ergoespirométrico com analisador de gases
(Quark CPET®), com início a 3km/h com 1% de inclinação com acréscimo de 1km/h a
cada 3 minutos, até a exaustão de cada participantes, sendo possível determinar
o Consumo Máximo de Oxigênio (VO2máx). Além disso, registrou-se a
frequência cardíaca máxima (FCmáx), o
tempo máximo, a velocidade máxima do teste. Também houve a avaliação de peso e
altura para a caracterização da amostra. Foi utilizado o teste pareado não
paramétrico (Wilcoxon), após a verificação da
normalidade da amostra (Shapiro-Wilk test), em níveis
de significância de 95% (p < 0,05) e os dados estão apresentados em média ±
desvio-padrão. Resultados: A idade das 7 mulheres foi de 29 ± 5 anos,
com peso de 65 ± 16 kg, altura de 1,61 ± 0,05 m, Índice de Massa Corporal (IMC)
de 25 ± 6 kg/m2. Não foram observados diferença estatística entre os
momentos (manhã vs noite), apresentados
respectivamente: o tempo máximo de teste (min) foi 22 ± 8 vs
24 ± 13 (p = 0,0,9375), a velocidade máxima (km/h) foi de 9 ± 2 vs 9 ± 2 (p > 0,9999), o VO2máx (ml/min/kg)
foi de 31 ± 6 e 31 ± 8 (p = 0,5781), ambos classificados como regular, a FCmáx (bpm) 175 ± 37 vs
171 ± 26 (p > 0,999). Conclusão: Baseado nestes dados parciais, não
observamos influência dos diferentes horários do dia na avaliação da aptidão
cardiorrespiratória das mulheres avaliadas.
Palavras-chave: aptidão física; consumo máximo de
oxigênio; ritmo circadiano
Agradecimentos:
Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG) – APQ-02960-22;
APQ-03029-23; Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CNPq)
Tempo de tela e fatores
psicológicos em adolescentes de Viçosa, Minas Gerais
Lhais Teixeira Reis, Jefferson Teixeira de
Sousa, Matheus Duarte Regazi, Fernanda Karina dos
Santos
Departamento de Educação
Física, Universidade Federal de Viçosa, Campus Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
Introdução: A saúde mental é um fator importante
para ser colocado em pauta quando se fala de adolescência, visto que de acordo
com a literatura, grande parte desse público apresenta um transtorno mental que
não é reconhecido ou tratado, podendo se destacar entre eles, a depressão e a
ansiedade, ambos que podem ser consequência do estresse. Existem alguns fatores
que parecem potencializar ou até desencadear esses transtornos durante essa
fase da vida, sendo o comportamento sedentário um deles, principalmente relacionado
ao tempo de tela, que é um comportamento de risco muito prevalente entre os
adolescentes atualmente. Objetivo: Considerando o exposto, o objetivo do
trabalho foi mapear o tempo de tela e sintomas de depressão, ansiedade e
estresse em adolescentes de Viçosa, MG, assim como verificar as diferenças
entre sexo para essas variáveis e as possíveis associações entre elas. Métodos:
A amostra do estudo foi composta por 341 adolescentes de 15 a 19 anos,
regularmente matriculados em escolas públicas de Viçosa, MG. Para alcançar os
objetivos, foi utilizado o questionário de Tecnologias Portáteis e Internet
Móvel (TECNO-Q) e a Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse para Adolescentes
(EDAE-A) a fim de obter dados do tempo de tela e dos fatores psicológicos, respectivamente.
Os dados foram analisados pelo software SPSS 22, com nível de significância de
5%, a partir de informações descritivas para o mapeamento das variáveis, da
correlação de Spearman para analisar a associação
entre as mesmas e do teste do qui-quadrado para
analisar as possíveis diferenças entre os sexos. Resultados: Foi
possível perceber que a maioria dos adolescentes passam mais que 2 horas em
tempo de tela (91,20%) e uma parte considerável apresenta sintomas de depressão
(48,30%), ansiedade (38,2%) e estresse (33,5%), onde as moças apresentam
maiores prevalências, de sintomas de depressão (p = 0,001), ansiedade (p < 0,001)
e estresse (p < 0,001), quando comparado aos rapazes. Para mais, foi
observada uma correlação significativa entre o tempo de tela e os fatores
psicológicos (depressão: p < 0,01; ansiedade e estresse: p = 0,001),
indicando que quanto maior o TT, maiores os escores de sintomas desses fatores
psicológicos. Conclusão: A partir desses resultados, pode-se perceber
que muitos adolescentes estão com alto tempo de tela e que esse fator pode
estar causando ou intensificando os sintomas de depressão, ansiedade e
estresse. Visto isso, é possível concluir que há uma necessidade de mais
incentivos para hábitos saudáveis, visando diminuir comportamentos de risco,
como o comportamento sedentário, principalmente relacionado ao tempo de tela,
buscando gerar benefícios para a saúde mental desse público.
Palavras-chave: comportamento sedentário; saúde mental;
depressão; ansiedade; estresse
Agradecimentos:
Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG)
Exercício físico e
mirtilo: impactos na morfologia muscular em ratos com hipertensão arterial
pulmonar
Sebastião Felipe Ferreira
Costa¹, Luciano Bernardes Leite¹, Luiz Otávio Guimarães Ervilha², Mariana
Machado Neves², Patrick Türck³, Antônio José Natali¹
1Laboratório de Biologia do Exercício,
Departamento de Educação Física, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG,
Brasil
2Laboratório de Reprodução Animal e
Toxicologia, Departamento de Biologia Geral, Universidade Federal de Viçosa,
Viçosa, MG, Brasil
3Laboratório de Fisiologia
Cardiovascular, Departamento de Fisiologia, Universidade Federal do Rio Grande
do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil
Introdução: A fadiga muscular é um sintoma
frequentemente observado em pacientes com hipertensão arterial pulmonar (HAP).
Apesar de pouco conhecida, a fisiopatologia dessa manifestação pode estar
associada ao desequilíbrio redox e à atrofia muscular. Dentre as abordagens
terapêuticas não-farmacológicas para o tratamento da HAP, tanto o exercício
físico quanto a ingestão antioxidantes naturais têm emergido como potenciais
intervenções para atenuar os sintomas da doença. Todavia, os efeitos da
associação desses tratamentos são pouco conhecidos. Objetivo: Analisar
os efeitos do treinamento físico resistido (TFR) associado à ingestão de
extrato de mirtilo sobre a morfologia do músculo esquelético em ratos durante o
desenvolvimento da HAP induzida por monocrotalina
(MCT). Metodologia: Ratos Wistar (~200g) foram
alocados aleatoriamente em 5 grupos com 8 animais: Sedentário Controle (SC);
Sedentário Hipertenso (SH); Sedentário Hipertenso Mirtilo (SHM); Exercício
Hipertenso (EH) e Exercício Hipertenso Mirtilo (EHM). Os animais dos grupos SH,
SHM, EH e EHM receberam uma única injeção intraperitoneal de MCT (60 mg/kg),
enquanto os animais do grupo SC receberam o mesmo volume de solução salina. Os
animais do grupo EH e EHM foram submetidos ao TFR (escalada em escada vertical;
15 subidas com 1 minuto de intervalo; 60% da carga máxima suportada), 5
dias/semana, por aproximadamente 3 semanas. Os animais dos grupos SHM e EHM
receberam administração de extrato de mirtilo (100 mg/kg/dia) diariamente por gavagem pelo mesmo período. No vigésimo quarto dia após a
injeção de MCT os animais sofreram eutanásia. Após a eutanásia, o bíceps
braquial esquerdo foi removido e fixado em formalina a 10%. Em seguida, foram
desidratados em série crescente de etanol e incluídos em parafina. Os blocos
foram seccionados transversalmente em cortes histológicos de 3 µm de espessura
e, posteriormente, corados com hematoxilina e eosina, azul de toluidina
modificado ou picrosirius red
para as análises histológicas. Os dados dos grupos foram comparados usando a
ANOVA one-way, seguida do post hoc de Tukey. Resultados: A HAP reduziu (p < 0,05) a
área de secção transversa e o percentual de miócitos; e aumentou (p < 0,05)
o conteúdo de colágeno total, matriz extracelular e o número de mastócitos. O
TFR, associado ou não, ao tratamento com o extrato de mirtilo atenuou o aumento
(p < 0,05) de colágeno total, matriz extracelular e o número de mastócitos;
e preveniu a redução (p < 0,05) da área de secção transversa e do percentual
de miócitos. Todavia, a administração de extrato de mirtilo, isoladamente, não
teve efeito nos parâmetros histológicos avaliados nos animais com HAP (p >
0,05). Conclusão: O exercício físico resistido aplicado, com ou sem a
administração de extrato de mirtilo, previne os prejuízos morfohistológicos
no bíceps em ratos durante o desenvolvimento de HAP induzida por MCT,
entretanto, tal efeito não foi observado com a ingestão de extrato de mirtilo
isoladamente.
Palavras-chave: treinamento resistido; extrato de
mirtilo; músculo esquelético; monocrotalina;
histologia
Agradecimentos:
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais - Brasil (FAPEMIG) –
APQ-01485-22
Ocorrência de fatores de
risco cardiovascular em acadêmicos de saúde
Rajane de Almeida Cassiano1,2, Géssyca Tolomeu de Oliveira¹, Ana
Paula Machado da Rocha1,2
1EXPPER – Exercise
Physiology and Performance Research, Departamento de Biofísica e Fisiologia,
Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, MG, Brasil
2Laboratório de Eletrofisiologia e
Hemodinâmica, Departamento de Biofísica e Fisiologia, Universidade Federal de
Juiz de Fora, Juiz de Fora, MG, Brasil
Introdução: Doenças cardiovasculares (DCV) são a
principal causa de morte em todo o mundo nos últimos 20 anos e o problema tem
se agravado principalmente na população jovem. Somente no Brasil, o número de
infartos em jovens adultos cresceu 62%. Os principais fatores que favorecem o
desenvolvimento de DCV são hipertensão, sedentarismo, diabetes, tabagismo,
etilismo e dieta inadequada. Muitos desses fatores são frequentes entre os
estudantes universitários. Objetivo: Investigar o perfil de saúde e a
relação entre circunferência abdominal (CA), índice de massa corporal (IMC),
nível de atividade física e pressão arterial (PA) de acadêmicos da área da
saúde de uma Universidade Pública Brasileira. Métodos: Um total de 128
estudantes da área da saúde, 85 mulheres (66,40%) com média de idade de 22,34 ±
2,89 anos; e 43 homens (33,60%) com média de idade de 21,81 ± 2,62 anos
participaram do estudo. Peso, altura, CA, frequência de atividade física e PA
foram coletados e utilizada a correlação de Pearson para análise dos dados,
adotando p < 0,05. Foram usados os critérios das Diretriz de Prevenção
Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia de 2019 e Diretriz
Brasileira de Obesidade de 2023. Resultados: Com relação ao IMC, 5,47%
foram classificados com baixo peso (6 mulheres e 1 homens); 65,63% como eutróficos (55 mulheres e 29 homens); 22,65% sobrepeso (9
homens e 20 mulheres); 6,25% obesos (4 homens e 4 mulheres). Quanto ao risco
cardiovascular com base no CA, 5 homens (3,91%) e 9 mulheres (7,03%), foram
identificados com risco aumentado; 3 homens (2,3%), 9 mulheres (7,03%) foram
classificadas com risco muito aumentado. Por fim, 79,69% (n = 102), 27,35% dos
homens e 52,34% das mulheres apresentaram baixo risco. Com relação à prática de
atividade física 70,31% (n = 90) dos participantes praticam 2 dias ou mais na
semana e 19,53% são sedentários (n = 25). Uma correlação significativa dos
valores de pressão arterial em relação com: IMC (p < 0.001; r = 0,29), CA (p
< 0.001; r = 0,31) foi observado. Conclusão: De forma geral, os
acadêmicos da área da saúde da universidade avaliada possuem um perfil de peso
saudável e praticam atividade física regularmente, o que é positivo para a
saúde cardiovascular. No entanto, há uma proporção significativa de estudantes com
sobrepeso ou obesidade, o que pode levar a riscos para a saúde no longo prazo.
Nossos dados mostraram que alterações nos valores de PA se correlacionam com o
IMC e CA. Assim, é essencial que os acadêmicos mantenham um estilo de vida
ativo e saudável, dentro de suas rotinas acadêmicas.
Palavras-chave: pressão arterial; circunferência
abdominal; índice de massa corporal; estudantes
Agradecimentos:
Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES);
Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG); Universidade Federal
de Juiz de Fora
Relação entre a prática
de exercício físico e o controle asmático: avanços e implicações clínicas
Júlia Pereira Toledo,
Matheus Rodrigues Tonieto, Rozileia
Silva Leonardo
Centro Universitário
Redentor, Itaperuna, RJ, Brasil
Introdução: A asma, condição crônica das vias
aéreas, é caracterizada por limitação ao fluxo de ar e sintomas respiratórios
como sibilância, dispneia e tosse, que variam em
intensidade e frequência ao longo do tempo. Essas variações são frequentemente
desencadeadas por fatores como exercício, exposição a alérgenos, mudanças
climáticas ou infecções respiratórias virais. Apesar dos avanços no tratamento
clínico-medicamentoso, muitos pacientes ainda enfrentam sintomas persistentes e
não alcançam o controle adequado da doença. Por isso, o Global Initiative for Asthma (GINA)
recomenda o uso de terapias não farmacológicas, com destaque para a atividade
física, que, atualmente, é parte fundamental do programa de reabilitação para
asmáticos. Métodos: Trata-se de um estudo de revisão integrativa da
literatura, com objetivo de explorar os aspectos relacionados à melhora do
controle clínico da asma através da prática de exercício físico. As bases de
dados utilizadas foram, LILACS, PubMed e SciELO. Os
descritores utilizados foram asma, exercício físico e promoção da saúde, sendo
incluídos: a) estudos clínicos com delineamento transversal, longitudinal, de
caso controle e aleatorizados, além de estudos de revisão relacionados ao tema;
b) estudos publicados nos idiomas inglês e português entre 2015 e 2023. Esta
revisão compreendeu três fases: 1) realização da pesquisa nas bases de dados;
2) análises dos títulos e resumos para determinar a elegibilidade dos estudos;
3) avaliação dos textos completos e análises críticas de conteúdo, considerando
o mérito científico de cada estudo e possíveis relações de similaridade ou
conflito entre eles. Resultados: Verificou-se que 72% dos estudos
sugeriram que o exercício físico (EF), predominantemente aeróbio, melhora o
condicionamento físico e a dispneia. Essa tendência foi mantida até o ano de
2017 e a partir de então surgiram estudos com maior rigor metodológico
mostrando que o EF pode reduzir o broncoespasmo induzido pelo exercício (BIE) e
a responsividade brônquica. Evidências adicionais mostraram que o EF melhora os
fatores de saúde relacionados à qualidade de vida, o controle clínico da asma e
a inflamação pulmonar. Atualmente, considera-se a prática de EF como um
componente fundamental no programa de tratamento para pacientes com asma
moderada e grave, quando realizado com predominância aeróbia, em intensidade de
baixa a moderada e feito pelo menos duas vezes por semana de forma
individualizada. Conclusão: Evidências científicas recentes têm
reforçado a importância da atividade física no programa de reabilitação para
asmáticos, uma vez que a melhora do condicionamento físico exerce papel
fundamental na melhora clínica e funcional desses pacientes, principalmente
naqueles com diagnóstico moderado a grave da doença, sugerindo sua indicação
para os pacientes que estão em tratamento clínico-medicamentoso.
Palavras-chave: asma, qualidade de vida, promoção da
saúde, atividade física.
Dor patelofemoral
e a amplitude de movimento de dorsiflexão de tornozelo em praticantes de
futebol amador
Matheus Rodrigues Tonieto1,2,
Igor Lobato Machado1, Francielle de Assis Arantes2,3, Gleiverson Saar Sequeto2, Geovane Elias Guidini Lima1, Thiago dos Anjos Ferreira1
1Faculdade Presidente Antônio Carlos –
FUPAC, Ubá, MG, Brasil
2Impulse Fisioterapia e Pilates, Ubá, MG,
Brasil
3Departamento de Educação Física,
Universidade Federal de Viçosa, Campus Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
Introdução: O futebol é reconhecido como uma das
modalidades de esporte e lazer mais promissoras para a promoção a saúde
melhorando a saúde cardiovascular e metabólica, além de reduzir o risco de
doenças metabólicas como diabetes e hipertensão. A Federação Internacional de
Futebol Associado (FIFA) estima que aproximadamente 250 milhões de pessoas
praticam futebol regularmente. Entretanto a incidência de lesões em decorrência
desse esporte vem aumentando. Sabe-se que a articulação do joelho é uma das
partes do corpo mais afetadas por acometimentos de uso excessivo, onde a
síndrome da dor femoropatelar (SDPF) uma das
disfunções mais comuns do joelho sendo responsável por 25% a 40% de todas os
acometimentos desta articulação encontradas em clínicas de medicina esportiva.
Objetivo: Avaliar a relação da dor patelofemoral com
o déficit de amplitude de movimento de dorsiflexão de tornozelo em praticantes
de futebol amador. Métodos: O tipo de estudo realizado foi descritivo e
observacional, conduzido de forma transversal nas cidades de Ubá/MG e
Tocantins/MG durante os meses de setembro a novembro de 2023. Foram avaliados
24 indivíduos do sexo masculino, praticantes de futebol amador divididos em
dois grupos: G1 (n = 12), sintomáticos de dor anterior em joelho e G2 (n = 12),
sem dor no joelho. Todos participantes selecionados foram submetidos ao teste
de lunge bilateralmente para avaliar a amplitude de
dorsiflexão do tornozelo. Após a coleta de dados, uma análise estatística foi
realizada para investigar a relação entre a dor no joelho e a amplitude de
movimento do tornozelo. Resultados: O estudo envolveu 30 participantes,
dos quais 3 foram excluídos por não atenderem aos critérios de inclusão e
outros 3 desistiram. Portanto, 24 participantes foram avaliados e divididos em
dois grupos: Grupo Dor (G1), com dor anterior no joelho, e grupo sem dor (G2),
participantes sem histórico de dor no joelho. A idade variou de 18 a 38 anos,
com médias de 23,5 ± 3,4 anos para G1 e 26,0 ± 7,4 anos para G2. A avaliação
utilizando a escala KUJALA mostrou pontuações médias de 77,58 pontos (DP = 3,17
pontos) para o grupo com dor. A maioria dos participantes com dor relatou tê-la
unilateralmente e por mais de 1 ano. Não houve diferença significativa na
frequência de prática de futebol entre os grupos. No teste de lunge, 58,3% dos participantes do G1 apresentaram déficit
de amplitude de movimento nos tornozelos, enquanto todos os do G2 mantiveram a
amplitude normal. Ao avaliar a dorsiflexão do tornozelo, observou-se diferença
significativa na amplitude de movimento entre os grupos com e sem dor em ambos
os lados. Conclusão: Os resultados obtidos no presente estudo indicaram
que o grupo com dor anterior no joelho apresenta uma diminuição na amplitude de
movimento do tornozelo. Podemos correlacionar isso com a comparativa de que o
grupo sem dor anterior no joelho apresentou boa mobilidade de tornozelo.
Palavras-chave: futebol; tornozelo; lunge test
Análise da capacidade
física e agilidade de atletas de futsal feminino
Wellton dos Santos Silva Oliveira¹, João
Henrique Alves Rocha¹, Bruno Reis Silva¹, Tarcísio Morais da Silva¹, João Vitor
Antônino Guimarães¹, João Carlos de Abreu Vidal¹,
Vitor Hugo Santos Rezende2, Carlos Magno Amaral Costa¹
1Instituto Federal do Sudeste de Minas
Gerais - Campus Rio Pomba, Rio Pomba, MG, Brasil
2Escola de Educação Física, Fisioterapia
e Terapia Ocupacional, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG,
Brasil
Introdução: O futsal é um esporte em grande
ascensão mundial tendo mais de 130 países filiados à FIFA, a sua prática tem
aumentado consideravelmente entre às mulheres, no Brasil, a partir de 2023 a
Confederação Brasileira de Futsal (CBFS) em parceria com a Liga Feminina de
Futsal (LFF) passaram a organizar juntas a competição nacional. O futsal é
caracterizado por ações de alta intensidade, que são sustentadas por movimentos
acíclicos com objetivos de realizar ações técnicas e táticas, o que o torna
importante objeto de investigação para evolução do treinamento das mulheres. Objetivos:
Sendo assim, o objetivo do estudo é avaliar a capacidade física e agilidade de
atletas de futsal feminino. Métodos: Participaram do estudo 16 atletas
de futsal feminino (idade: 16,5 ± 2,1 anos, massa corporal 49,8 ± 2,2 kg,
altura 161,5 ± 2,1 m e percentual de gordura 16,3 ± 3,6), saudáveis e com
experiência prática na modalidade por pelo menos 6 meses. As participantes
realizaram a avaliação corporal e após foram submetidos a três testes de
capacidade física, o teste de velocidade máxima, medido pelo tempo gasto para
um percurso de 5m e 10m registrado por meio do uso de três fotocélulas, o teste
de salto contra movimento (SCM) realizado sobre um tapete de contato, e os
testes de agilidade não reativa (ANR), sendo, com condução de bola (ANR:
CONDUÇÃO D-direito, E-esquerdo),
sem condução (ANR: TOQUE D, E), o teste de agilidade reativo (AR) com condução
de bola (AR: CONDUÇÃO) e sem condução de bolsa (AR:TOQUE) através do uso de uma
fotocélula que registrava a partir do momento que ele saia do local de início e
recebia o comando através de luz. Os dados apresentaram distribuição normal e
foi utilizado a correção de Pearson para analisar a relação entre o percentual
de gordura e a agilidade. Resultados: O percentual de gordura apresenta
relação positiva com o tempo nos testes de agilidade. O tempo no teste de
velocidade máxima foi de 1,13 ± 0,13 s para 5 m, e 1,95 ± 0,16 s para 10 m. O
SCM foi de 32,6 ± 0,3 cm. Quanto aos testes de agilidade sem condução da bola,
o ANR: Toque D (2,72 ± 0,18s), o ANR: Toque E (2,90 ± 0,40 s), o AR: Toque
(3,21 ± 0,39 s), já os testes com condução, o ANR: Condução D (3,43 ± 0,31 s),
o ANR: Condução E (3,27 ± 0,30s) e o AR: Condução (3,47 ± 0,61s). Conclusão:
O percentual de gordura apresenta menor relação com AR do que com ANR,
demonstrando que a tomada de decisão minimiza o impacto do percentual de
gordura sobre a agilidade, porém a relação com AR: Condução, apesar de fraca,
foi maior que AR: Toque, isso revela que a habilidade pode ter efeito na
relação do percentual de gordura com a agilidade. Ademais, conforme esperado,
os testes não reativos apresentaram tempo menor que os testes reativos.
Palavras-chave: futsal; feminino; agilidade; desempenho físico.
Agradecimentos:
Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG) -Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Instituto Federal do
Sudeste de Minas Gerais, Campus Rio Pomba
A termografia
infravermelha da pele de membros inferiores pode ser utilizada para monitorar a
sobrecarga de jogos consegutivos de futsal masculino?
João Henrique Alves Rocha¹, Wellton dos Santos Silva Oliveira¹, Vitor Hugo Santos
Rezende2, Carlos Magno Amaral Costa¹
1Instituto Federal do Sudeste de Minas
Gerais - Campus Rio Pomba, Rio Pomba, MG, Brasil
2Escola de Educação Física, Fisioterapia
e Terapia Ocupacional, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG,
Brasil
Introdução: A temperatura da pele (TP) tem sido
utilizada como um indicador para avaliar a intensidade do exercício físico e a
recuperação dos atletas, o uso da termografia infravermelha (TI) tem se
mostrado uma ferramenta promissora para avaliar a TP no monitoramento da carga
de treinamento e prevenção de lesões no esporte. A TI também poderá auxiliar
aos professores de educação física e técnicos a entender melhor os fatores que
influenciam o desempenho esportivo em jogos consecutivos de futsal e
desenvolver estratégias para acelerar a recuperação muscular. Objetivo: Este
estudo visa avaliar o efeito de partidas consecutivas de futsal na termografia
da pele dos membros inferiores em atletas de fusal
sub-20. Métodos: A amostra foi composta por 10 atletas masculinos de
futsal (idade média de 17,9 ± 1,2 anos, estatura média de 173 ± 9 cm, massa
corporal média de 63,0 ± 4,6 kg e índice de massa corporal médio de 21,2 ± 2,7
kg/m²) que participaram do estudo durante uma competição com calendário com
jogos consecutivos. A equipe jogou três partidas no mesmo horário (16h) e em
dias seguidos e consecutivos, cada partida com duração de 40 minutos (dois
tempos de 20 minutos com intervalo de 5 minutos). As avaliações foram realizadas
no período da manhã, entre 9 e 10 horas, o primeiro momento foi anterior ao
primeiro jogo e os demais três momentos foram realizados nas manhãs seguintes
às partidas. A TP dos membros inferiores foi obtida com os atletas em pé e
aclimatados por 10 minutos em uma sala climatizada a 23°C, foi utilizado uma
câmera termográfica IRT-25 (Fluke®, Everett,
Washington, EUA). As imagens foram analisadas no software Smartview®,
versão 3.1 (Fluke®, Everett, Washington, EUA). Os
dados foram analisados utilizando ANOVA one-way de
medidas repetidas e post hoc de Holm-Sidak, com nível
de significância de 5%. Resultados: A TP na coxa anterior direita (CAD)
e esquerda (CAE) foi maior no primeiro e terceiro momento em comparação com o
segundo e quarto momento (p < 0,05). No entanto, no período de avaliação, a
temperatura da perna anterior direita (PAD) e esquerda (PAE) foi mais alta no
terceiro momento em comparação com os outros momentos (p < 0,05). O mesmo
padrão foi observado para a coxa posterior direita (CPD) e esquerda (CPE), bem
como para a perna posterior direita (PPD) e esquerda (PPE). A temperatura da pele
foi significativamente maior no terceiro momento em comparação com os outros
momentos (p < 0,05). Conclusão: Este estudo sugere que a termografia
infravermelha pode ser uma ferramenta útil para monitorar o impacto da carga de
jogos na temperatura da pele dos membros inferiores em atletas de futsal
sub-20.
Palavras-chave: futsal, temperatura da pele;
termografia infravermelha; jogos consecutivos
Agradecimentos:
Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG) -Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Instituto Federal do
Sudeste de Minas Gerais, Campus Rio Pomba
Efeito crônico do
alongamento prévio ao treinamento resistido reforçado excentricamente nos
indicadores morfológicos do quadríceps
Maria Eduarda Araújo Lara²,
Izabela Mendes Alves², Italo Santiago Alves Viana²,
Claudia Eliza Patrocínio de Oliveira¹, Osvaldo Costa Moreira²
1Departamento de Educação Física,
Universidade Federal de Viçosa, Campus Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
2Instituto de Ciências Biológicas e da
Saúde, Universidade Federal de Viçosa, Campus Florestal, Florestal, MG, Brasil
Introdução: A melhora do desempenho muscular é um
objetivo fundamental em diversas áreas, desde o esporte de alto rendimento até
a reabilitação física. Diante disso, já sabemos que o treinamento resistido
(TR) é reconhecido como uma prática eficaz para melhorar a força e a capacidade
funcional do músculo, logo promovendo a saúde. Algumas pesquisas têm estudado o
impacto do alongamento nos processos musculares, no entanto, o papel do
alongamento prévio ao TR combinado com o reforço excêntrico ainda apresenta
lacunas as quais requerem estudos mais abrangentes. Objetivo: Investigar
o efeito crônico de um protocolo de alongamento prévio ao TR reforçado
excentricamente nas alterações dos indicadores morfológicos do músculo do
quadríceps femoral. Métodos: Foram avaliados 11 homens saudáveis, com
idades entre 18 e 24 anos, que se submeteram a um protocolo de alongamento
antes do treinamento resistido. Este foi realizado em uma máquina com volantes
inerciais, com o objetivo de promover o reforço excêntrico. Os voluntários
participaram de 20 sessões de treinamento, cada uma compreendendo 4 séries de
alongamento para a musculatura do quadríceps (flexão do joelho) pelo método
passivo, com duração de 30 segundos e um intervalo de descanso de 30 segundos
entre as séries. Em seguida, na mesma sessão, realizaram 4 séries de 8-12
repetições do exercício de extensão de joelho, visando à potência concêntrica
máxima, com 120 segundos de intervalo de descanso entre as séries. Os
indicadores morfológicos avaliados foram a contração voluntária isométrica
máxima e a força máxima do quadríceps. Esses testes foram realizados antes e
depois do treinamento. O tratamento estatístico dos dados envolveu o uso do
teste t pareado, com nível de significância de p < 0,05. Resultados:
Foi observado, com a comparação estatística antes e pós treinamento, que a
contração isométrica máxima não há uma diferença estatisticamente significativa
(Pré:48,10 ± 11,16; Pós: 51,96 ± 12,38; p = 0,120). Já a força máxima houve uma
diferença (Pré:36,54 ± 8,12; Pós: 40,27 ± 10,81; p = 0,014). Conclusão:
Com base nos resultados obtidos, podemos concluir que o protocolo de
alongamento prévio ao treinamento resistido teve um impacto significativo na
melhoria da força máxima do quadríceps femoral. No entanto, apesar da força
isométrica ter aumentado após a intervenção não houve diferença
estatisticamente significativa, o que sugere que o protocolo pode ter efeitos
diferenciados em diferentes aspectos da morfologia muscular. Portanto, esses
achados sugerem que a inclusão do protocolo pode ser uma estratégia eficaz para
o ganho de força muscular.
Palavras-chave: treinamento resistido; força muscular;
saúde.
Agradecimentos: CNPq,
FAPEMIG, FNDE
Análise de gonadotrofinas
e hormônios sexuais em camundongos fêmeas sob efeitos do 17β-ciclopentilpropionato de testosterona
Franciele de Assis Barbosa1,
Mônica Naves Barcelos2, Patricia da Silva
Mattosinhos3, Reggiani Vilela Gonçalves4, Angel Mauricio
Castro Gamero5, Rômulo Dias Novaes6
1Graduação em Licenciatura em Ciências
Biológicas, Universidade Federal de Viçosa, Campus Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
2Programa de Pós-Graduação em Biociências
Aplicadas à Saúde, Universidade Federal de Alfenas, Alfenas, MG, Brasil
3Programa de Pós-Graduação em Biologia
Animal, Departamento de Biologia Animal, Universidade Federal de Viçosa, Campus
Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
4Departamento de Biologia Animal,
Universidade Federal de Viçosa, Campus Viçosa, Minas Gerais, Brasil
5Instituto de Ciências da Natureza,
Universidade Federal de Alfenas, Alfenas, MG, Brasil
6Instituto de Ciências Biomédicas,
Universidade Federal de Alfenas, Alfenas, MG, Brasil
Introdução: Os esteroides anabólicos androgênicos
(EAA), derivados sintéticos da testosterona, foram inicialmente desenvolvidos
para o tratamento de deficiências androgênicas masculinas, como anemia
aplástica e distúrbios de crescimento. Contudo, está sendo cada vez mais
utilizado indiscriminadamente para melhorar desempenho atlético e estético. No
entanto, seu uso está associado a uma série de efeitos adversos graves,
abrangendo distúrbios metabólicos, hepáticos, neurais e cardiovasculares, além
do risco aumentado de mortalidade precoce. Embora os efeitos adversos tenham
sido predominantemente estudados em machos, estudos prévios sugerem que as
repercussões do abuso de EAA podem ser ainda mais graves em fêmeas, uma vez que
sua fisiologia não está adaptada às elevadas concentrações de hormônios
androgênicos. Portanto, é crucial preencher essa lacuna no entendimento dos
impactos dessas substâncias no sistema reprodutivo feminino. Objetivos:
Avaliar os efeitos de doses suprafisiológicas de 17β-ciclopentilpropionato de testosterona (CT), também
conhecido como cipionato de testosterona, no
desempenho reprodutivo de camundongos fêmeas a partir da análise nas
gonadotrofinas (FSH e LH) e dos hormônios sexuais (estrogênio, progesterona e
testosterona) como marcadores de função gonadal e regulação hormonal. Métodos:
Foram utilizados 40 camundongos C57BL/6 fêmeas com 12 semanas de idade,
divididos em 4 grupos. Um grupo controle (GT), que não recebeu tratamento, e os
grupos TC1, TC2 e TC3, que receberam doses crescentes de CT por via
intraperitoneal ao longo de 12 semanas: 5 mg/kg, 10 mg/kg e 20 mg/kg,
respectivamente. Após a administração, os animais foram eutanasiados para
análise hormonal. Os níveis de LH, FSH, estrogênio, progesterona e testosterona
foram quantificados em amostras de plasma usando ensaios imunoenzimáticos
(ELISA) específicos para cada hormônio. O índice de aromatização (IA) foi
calculado com base nos níveis de estrogênio e testosterona. Resultados:
Demonstraram que o tratamento com CT causou alterações nos níveis de hormônios
sexuais e gonadotrofinas nos camundongos, com efeitos dependentes da dose.
Houve uma regulação positiva nos níveis de testosterona, enquanto os níveis de
progesterona foram significativamente reduzidos em todos os grupos tratados com
CT em comparação com os animais controle (P < 0,05). Além disso, os níveis
de estradiol, LH e FSH foram observados em declínio nos grupos TC2 e TC3 em
comparação com os não tratados e com o grupo TC1 (P < 0,05). Estas
alterações foram particularmente acentuadas nos camundongos do grupo TC3 em
comparação com aqueles do grupo TC2 (P < 0,05). Conclusão: Esses
achados ressaltam a conexão entre o uso excessivo de esteroides anabólicos
androgênicos e potenciais complicações no sistema reprodutivo feminino,
enfatizando a necessidade de uma investigação mais aprofundada nessa área.
Agradecimentos:
Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG, APQ-01895-16,
PPM-00687-17, APQ-00352-18 e PPM-00077-18), Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq, 310331/2020-0, 423594/2018-4,
305093/2017-7 e MCTIC 408503/2018-1), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal
de Nível Superior - Brasil (CAPES) e Laboratório de Patologia Experimental
(LAPEX)
Análise da plasticidade
neural em jovens ativos após exercício excêntrico extenuante até a fadiga:
estudo piloto
Ana Luiza Guimarães Alves, Kariny Realino do Rosário
Ferreira, Arthur Ferreira Esquirio¹ Denys Batista Campos, Maria de Cássia Gomes
Souza Macedo, Vheyda Katheleen
Vespasiano Monerat, Alexandre Wesley Carvalho Barbosa
Departamento de
Fisioterapia, Núcleo de Investigação Musculoesquelética - NIME, Universidade
Federal de Juiz de Fora, Av. Moacir Paleta 1167, São Pedro, Governador
Valadares, MG, Brasil
Introdução: O exercício excêntrico é reconhecido
por induzir fadiga mais rapidamente do que o exercício concêntrico, devido à
carga mecânica superior e à demanda metabólica aumentada. Especificamente, o
agachamento isoinercial envolve a ativação simultânea
de diversos grupos musculares, resultando em fadiga mais pronunciada. No
entanto, o efeito do exercício excêntrico na plasticidade neural permanece em
aberto, carecendo de investigações para compreender melhor sua influência sobre
as adaptações neuronais. Objetivo: O objetivo deste estudo foi
investigar o efeito do exercício excêntrico até a fadiga na métrica cortical de
plasticidade neural. Aprovado pelo CEP 25305219.4.0000.5147. Métodos:
Nove participantes, todos fisicamente ativos, sendo 4 homens e 5 mulheres,
foram submetidos a uma análise das métricas corticais. Isso foi feito
utilizando o dispositivo Brain Gauge,
conectado a um notebook, antes e depois de realizarem um conjunto de
agachamentos em uma plataforma isoinercial. O
exercício consistiu em repetições até a falha muscular, com uma média de 40 ± 3
repetições. A média da variável plasticidade foi extraída e analisada usando o
teste estatístico de Wilcoxon, com o auxílio do software
Jamovi (versão 2020). O critério de significância
adotado foi p < 0,05. Resultados: Os participantes do sexo masculino
apresentavam idade = 21,8 ± 2,36 anos; peso = 69,5±4,51 kg; altura = 1,76 ± 0,05
m e do sexo feminino idade = 23 ± 2,24 anos; peso = 58 ± 4,00 kg; altura = 1,63
± 0,02 m. Não foram encontradas diferenças significativas na plasticidade (PRÉ-Md = 95,3, min= 45,2, max = 100,
PÓS-Md = 82,5 min = 52,9, max
= 100, p = 0,36). Conclusão: Os resultados sugerem que o exercício isoinercial com repetições prescritas até a falha do
movimento não gera influência significativa na plasticidade avaliada pelo Brain Guage.
Palavras-chave: isoinercial;
reabilitação; fadiga muscular,;desempenho
cognitivo
Agradecimentos:
Departamento de Fisioterapia UFJF-GV, PPgCAS, CAPES
Relação entre frequência
de treinamento e qualidade do sono de praticantes de musculação: análise
transversal
Laura Helena Teixeira Tito, Rauno Álvaro de Paula Simola, Ana
Júlia Dias, Jennifer Thaíssa Cruz, Diego de Alcantara Borba, José Vitor Vieira
Salgado.
Universidade do Estado de
Minas Gerais, Unidade Divinópolis, MG, Brasil
Introdução: O sono é um estado funcional
reversível e cíclico, o qual tem sido associado com a saúde e ao desempenho
esportivo. Por meio de suas propriedades reparadoras, uma boa qualidade do sono
pode contribuir com as funções cognitivas, aspectos fisiológicos e comportamentais.
A prática de exercício físico regular está associada com uma melhor qualidade
do sono. Isso ocorre devido a diversos fatores, dentre eles a termorregulação
induzida pelo exercício físico. O aumento da temperatura corporal causada pelo
exercício físico e sua consequente dissipação de calor podem promover uma
condição propícia para indução do sono. Nesse sentido, espera-se que uma maior
frequência de treinamento influencie positivamente na qualidade do sono. Objetivo:
A presente pesquisa teve como objetivo investigar a influência da frequência de
treinamento na qualidade do sono de homens e mulheres que praticam musculação
regularmente. Métodos: Essa pesquisa é de natureza observacional e
transversal com uma amostra de conveniência. Foram incluídos na análise 118
participantes, com média de idade de 51,0 ± 1,16 anos. Dentre esses 118
indivíduos, 51,6% pertenciam ao sexo feminino e 48,3% ao sexo masculino. A
qualidade do sono foi avaliada de acordo com a escala de Pittsburgh, enquanto a
frequência de treinamento foi descrita como o número de sessões de treinamento
realizadas semanalmente. Após análise da normalidade dos dados através do teste
Shapiro-Wilk, um teste de Pearson foi utilizado para correlacionar as
variáveis. O nível de significância estatística adotado foi definido em 5%. A
análise estatística foi conduzida no programa estatístico SPSS 25 e os dados
descritos como média e desvio padrão. Resultados: Os resultados da
pesquisa revelaram uma frequência média de treinamento de 3,91 ± 1,33 vezes por
semana. Já a escala de Pittsburgh apresentou valores médios de 5,03 ± 2,85. Não
foi observado correlação estatisticamente significativa entre a qualidade de
sono e a frequência de treinamento (r = -0,17; p = 0,06). Conclusão: Os
resultados encontrados nesse estudo não corroboram com a hipótese inicial,
visto que uma maior frequência de treinamento não esteve associada com uma
melhor qualidade do sono. A frequência de treinamento não é o único componente
da carga de treinamento. Esta é composta também pela intensidade, volume,
duração e densidade. Dessa forma, recomenda-se em pesquisas futuras, voltadas
para a análise da influência da musculação sobre a qualidade do sono, que
considerem não apenas um único, mas os diferentes componentes da carga de
treinamento.
Palavras-chave: musculação; sono; frequência de
treinamento
Efeitos da prática
regular de exercício físico na gestação para a prevenção de pré-eclâmpsia
Victor Antonucci
Amorim¹, Náyra Cristina Souza Mafra¹, Luiz Otávio
Guimarães Ervilha²
1Departamento de Medicina, Universidade
Federal de Viçosa, Campus Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
2Departamento de Biologia Geral,
Universidade Federal de Viçosa, Campus Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
Introdução: A pré-eclâmpsia é uma condição multissistêmica exclusiva da gravidez, caracterizada por
elevação da pressão arterial, associada ou não à proteinúria, a partir da 20ª
semana de gestação. Consequentemente, essa condição pode resultar em desfechos
graves para a saúde da gestante, como a eclâmpsia, acidente vascular cerebral hemorrágico,
insuficiência renal aguda e, em último caso, a morte. Apesar de sua etiologia
não ter sido completamente elucidada, acredita-se que fatores como placentação
deficiente, predisposição genética, resposta inflamatória sistêmica e
desequilíbrios angiogênicos são potenciais causas
para o desenvolvimento da pré-eclâmpsia. Adicionalmente, a obesidade é
considerada um fator de risco potencial para o surgimento desse distúrbio
hipertensivo, devido ao estado de inflamação sistêmica crônica em indivíduos
com elevados índices de massa corporal (IMC). Atualmente, o American College of Obstetricians
and Gynecologists (ACOG)
recomenda 20 a 30 minutos de exercícios aeróbicos de moderada intensidade à
gestante por dia, com o intuito de reduzir o risco de Diabetes Mellitus
gestacional, obesidade, partos cesarianos e distúrbios hipertensivos. Objetivo:
Este estudo visa investigar se a prática regular de atividade física durante a
gestação é um fator protetor contra a pré-eclâmpsia e explorar os mecanismos
fisiológicos pelos quais o exercício pode auxiliar na sua prevenção. Métodos:
Foi realizada uma revisão narrativa da literatura utilizando a base de dados PubMed. Primeiramente, foi pesquisado os termos “Pregnancy”, “preeclampsia” e “exercise”, utilizando o filtro “últimos 10 anos”,
resultando em 257 publicações. Em seguida, esses artigos passaram por uma
triagem, sendo selecionados 5 trabalhos. Resultados: A fisiopatologia da
pré-eclâmpsia apresenta elementos semelhantes com a obesidade, tais como
aumento de fatores inflamatórios, elevação do estresse oxidativo e disfunção
endotelial. A prática de exercícios aeróbicos pode ser benéfica nesses
contextos, pois estimula a liberação de “exercinas”,
como a apelina, irisina, mionectina e IL-6, que são moléculas que estimulam a
produção de substâncias vasodilatadoras, possuem ação antioxidante e
anti-inflamatória, diminuem a resistência insulínica, aumentam a angiogênese e
melhoram a função endotelial, favorecendo, também, um melhor desenvolvimento
placentário. Contudo, apesar desses indícios, os estudos são inconclusivos em
relação ao efeito protetor da prática de atividade física sobre a
pré-eclâmpsia. Conclusão: Não há evidências suficientes que indiquem um
efeito protetor da atividade física sobre a pré-eclâmpsia. No entanto, a
prática regular reduz a incidência de diabetes mellitus gestacional, de partos
cesarianos e da obesidade, considerada fator de risco para essa condição.
Portanto, a gestante deve ser estimulada a realizar exercícios físicos, de
forma supervisionada e adaptada, quando não há contraindicação obstétrica
absoluta.
Palavras-chave: preeclampsia;
eclampsia; exercise
Influência do ciclo
menstrual na força de preensão manual e no estado de humor de mulheres adultas
jovens
Tatiane Piubelo
Soares Madeira¹, João Pedro de Souza Simão¹, Priscila de Oliveira Assis¹,
Renata Aparecida Rodrigues de Oliveira1, Claudia Eliza Patrocinio de
Oliveira2, Francielle de Assis Arantes1,2
1Centro Universitário Governador Ozanan Coelho - UNIFAGOC, Ubá, MG, Brasil
2Departamento de Educação Física,
Universidade Federal de Viçosa, Campus Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
O ciclo menstrual (CM) é um
processo fisiológico que dura em média 28 dias, tendo seu início na puberdade e
se encerrando com a menopausa. Durante as diferentes fases do CM ocorre
secreção dos principais hormônios sexuais femininos, progesterona, estrogênio e
hormônios folículo estimulante (FSH) e luteinizante (LH) acarretando uma série
de alterações hormonais no organismo. Pressupõe-se que o desempenho físico,
mais especificamente a força muscular e o estado de humor podem variar durante
o CM, porém não há consenso na literatura acerca dessa temática. Portanto, a
partir da realização deste projeto será possível verificar e comparar os
efeitos das diferentes fases do CM na força de preensão manual e estado de
humor de mulheres adultas jovens. A amostra será composta por mulheres de 18 a
30 anos de idade, eumenorréicas (G1) e (G2) mulheres
que fazem uso de contraceptivos orais (CO), as quais serão avaliadas por dois
CM. Para o G1, a determinação das fases do CM será estimada pela média do
comprimento dos CM anteriores com uso de aplicativo de celular e serão
avaliadas nos dias 10 (FFI), 11 (FFT) e 21 (FLM), onde são visualizadas maiores
oscilações hormonais. O G2 segue a mesma linha de avaliações, sendo o dia 10 o
início do sangramento de privação. Para medida de força máxima de preensão
manual será utilizado um dinamômetro digital. O estado de humor será avaliado
pela escala de humor de Brunel (BRUMS) e a síndrome pré-menstrual será avaliada
pela escala de síndrome pré-menstrual (ESPm). Os
dados serão submetidos ao teste de normalidade Shapiro Wilk; a transformação
logarítmica (base 10) será realizada para as variáveis dependentes que não
possuem distribuição normal. A análise descritiva será apresentada com as
médias e desvios-padrão. A homogeneidade das variâncias será determinada pelo
teste M de Box. As comparações intragrupo (FFI X FFT X FLM) e intergrupo (G1 x
G2) serão realizadas por meio de modelos lineares gerais de análise
multivariada de covariância (MANCOVA), utilizando 2 fatores: fator de tempo para
comparação intragrupo e fator grupo para comparação entre os grupos. A
significância estatística será estabelecida como p < 0,05. Os resultados
obtidos com a realização deste projeto fornecerão subsídios que poderão
colaborar para o preenchimento das lacunas científicas apresentadas em relação
à influência do CM na força muscular e o estado de humor de mulheres adultas
jovens. Além disso, espera-se que as informações geradas contribuam para a
criação de estratégias de realização de práticas esportivas e atividades
profissionais, que considerem os efeitos do CM no desempenho físico, bem como
seu impacto no estado de humor, por consequência na qualidade de vida das
mulheres.
Palavras-chave: hormônios sexuais; fase folicular;
fase lútea; força muscular; contração muscular
Efeitos do decanoato de nandrolona e treinamento físico resistido
sobre os aspectos morfológicos do coração
Pedro Zavagli
Suarez, Alexa Alves de Moraes, Arthur Eduardo de
Carvalho Quintão, Beatriz Lana Fontes, Antônio José Natali, Miguel Araujo
Carneiro-Júnior
Laboratório de Biologia
do Exercício, Departamento de Educação Física, Universidade Federal de Viçosa, Campus
Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
Introdução: O uso indiscriminado de Esteroides
Anabólicos Androgênicos (EAAs) tem aumentado entre
praticantes de exercícios físicos e atletas, em razão do seu efeito anabólico.
O Decanoato de Nandrolona (DN) é um dos EAAs mais comuns, pelo seu baixo custo e fácil acesso. É
bem estabelecido que o uso dessa substância está associado a efeitos adversos
no coração. Porém, é necessário elucidar os efeitos específicos nas
propriedades morfológicas do coração, especialmente associado ao treinamento
resistido (TR). Objetivo: Analisar os efeitos do TR associado a DN sobre
as características morfológicas do coração de ratos Wistar.
Métodos: A amostra foi dividida em quatro grupos, cada um com n = 9
animais: controle sedentário (CTSD), sedentário + DN (DNSD), controle treinado
(CTTR) e treinado + DN (DNTR). Os grupos DNSD e DNTR receberam duas doses
semanais de 10 mg/kg de DN, ao longo de 8 semanas. Os grupos CTSD e CTTR
receberam 0,2 ml/kg de solução de cloreto de sódio, duas vezes por semana, no
mesmo período. O protocolo de treinamento consistiu em 4 a 9 subidas de escadas
com um aparato fixado à parte proximal da cauda, carregando gradualmente cargas
mais pesadas. O treinamento foi realizado 3 vezes por semana durante 8 semanas.
Nos primeiros quatro ciclos de subidas, os animais carregaram 50%, 75%, 90% e
100% da carga máxima suportada. Em seguida, foram adicionados 30 gramas extras
a cada ciclo, até que os animais não conseguissem mais escalar ou atingissem 9
subidas com êxito. As análises morfológicas foram feitas por exame
ecocardiográfico, onde cada parâmetro foi mensurado pela média de três ciclos
distintos do coração. Os dados foram analisados pelo teste de Shapiro-Wilk, e
as diferenças entre grupos por ANOVA Two-Way, seguida
do post-hoc de Tukey. Os dados foram apresentados
como média ± desvio padrão da média, ao nível de significância de 5%. Resultados:
Houve diferença apenas entre os grupos que utilizaram DN. O TR não teve efeito
em relação ao grupo controle dos animais que não utilizaram EAA. A espessura do
septo interventricular na diástole (DNTR = 1,69 ± 0,41 mm vs. DNSD 1,21 ± 0,37 mm)
apresentou interação entre o uso de DN e o TR, onde o uso de DN, associado ao
TR, aumentou significativamente essa variável (P = 0,016). A dimensão interna
do ventrículo esquerdo na sístole (DNTR = 4,54 ± 0,56 mm vs. DNSD 3,57 ± 0,98 mm)
aumentou consideravelmente com o TR em uso de DN comparado ao seu análogo
sedentário (P = 0,013). A fração de ejeção (DNTR = 75,22 ± 8% vs. DNSD 85,78 ±
5,72%) diminuiu significativamente com o uso de DN associado ao TR (P = 0,002),
assim como a fração de encurtamento (DNTR = 39,89 ± 2,3% vs. DNSD 50,67 ±
6,42%, P = 0,002). Conclusão: A interação entre o uso de DN e o TR
promoveu aumento na espessura do septo interventricular, demonstrando
hipertrofia e na dimensão interna do ventrículo esquerdo na sístole,
demonstrando dilatação. Além disso, o TR, quando em uso de DN reduziu notavelmente
as frações de ejeção e encurtamento.
Palavras-chave: coração; esteroides anabólicos
androgênicos; treinamento resistido
Agradecimentos: UFV,
DES, BIOEX, CAPES, CNPQ e FAPEMIG
Perfil de sono de
corredores de trilhas e montanhas em condição pré-competitiva
Júlia Pagotto Matos, Larissa
Guilherme Quintão, Helton de Sá Souza
1Departamento de Educação Física,
Universidade Federal de Viçosa, Campus Viçosa, Viçosa, Minas Gerais, Brasil
Introdução: A quantidade de eventos de corridas em
trilhas e montanhas têm crescido nos últimos anos, bem como o nº de adeptos.
Devido às características ambientais, esses tipos de corridas impõem aos
atletas alta carga física e cognitiva, principalmente em distâncias maiores,
como nas ultramaratonas (Ultratrails). A privação
parcial ou total de sono durante as Ultratrails, por
exemplo, é muito recorrente. Sabe-se que o sono, por sua vez, tem papel
fundamental na restauração física e mental e estratégias para garantir uma boa
qualidade de sono pré-competições podem beneficiar o
desempenho do atleta. Entender o perfil de sono dos atletas e suas
características poderão auxiliar atletas e treinadores a aprimorarem a
preparação para competições desse tipo. Objetivo: Este estudo tem como
objetivo caracterizar o perfil de sono de corredores de trilhas e montanhas em
condição pré-competitiva, buscando compreender as
características psicobiológicas desses atletas. Métodos:
A coleta de dados se deu por meio da aplicação de questionários para a
caracterização do perfil de sono, enviados para cada sujeito da amostra, um mês
antes da competição alvo. Foram aplicados o Questionário de Matutinidade
e Vespertinidade (MEQ), o Índice de Qualidade de Sono
de Pittsburgh (PSQI), a Escala de Sonolência de Epworth
(ESS) e o Índice de Gravidade de Insônia (IGI). A tabulação dos dados foi feita
no Microsoft Excel e análises no software SPSS. Os dados foram analisados
descritivamente e a normalidade avaliada com o teste de Shapiro-Wilk. Para a
comparação entre grupos, o teste de Mann-Whitney U. O nível de significância
foi p < 0,05. Resultados: 274 indivíduos responderam aos
questionários, sendo 127 mulheres e 147 homens, com idade média de 43,71 ± 9,34
anos e IMC 23,84 ± 3,29 kg/m2. Do total da amostra, 177 (64,6%)
atletas são corredores de endurance (7, 15 e 35 km) e
96 (35%) são de Ultratrail (53 e 80 km). 46% dos
indivíduos (125 pessoas) foram classificados como cronotipo
matutino extremo seguido de 37,2% (102 pessoas) como matutino moderado. Embora
142 atletas (51,7%) tenham obtido boa qualidade de sono, 122 (44,7%) obtiveram
qualidade de sono ruim. Não foram encontradas diferenças de cronotipo
(U = 8356; p = 0,807), qualidade de sono (U = 8322; p = 0,751), gravidade de
insônia (U = 8509; p = 0,979) e sonolência (U = 7998; p = 0,395) entre os
grupos endurance e ultra-endurance.
Conclusão: É possível sugerir uma predominância dos cronotipos
matutinos nessa competição, o que pode ser levado em conta na preparação física
dos atletas. Adicionalmente, uma proporção substancial da amostra possui uma
qualidade de sono ruim; futuras intervenções de treinamento, principalmente no
período pré-competitivo, devem se atentar a essa
variável, visando uma melhora na recuperação e consequentemente, no desempenho
final dos corredores.
Palavras-chave: ultramaratona; corrida; qualidade do
sono
Comparação da força,
velocidade e potência entre jovens e idosos durante o sentar e levantar
Maria de Cassia Gomes Souza
Macedo, Denys Batista Campos, Arthur Ferreira Esquirio,
Kariny Realino do Rosario Ferreira, Paula Almeida
Meira, Alexandre Wesley Carvalho Barbosa
1Departamento de Fisioterapia, Núcleo de
Investigação Musculoesquelética - NIME, Universidade Federal de Juiz de Fora, Campus
Governador Valadares, Governador Valadares, MG, Brasil
Introdução: A função muscular é um componente
importante para a autonomia e capacidade funcional de idosos. A avaliação dos
parâmetros envolvidos com a função muscular durante a execução de atividades
cotidianas pode trazer informações importantes para treinamento da capacidade
funcional de idosos. Objetivo: Comparar força, velocidade e potência dos
membros inferiores entre jovens e idosos durante o sentar e levantar. Metodologia:
Trata-se de um estudo transversal (CAAE: 70214023.3.0000.5147) cuja amostra foi
composta por 42 adultos jovens (32 mulheres) e 19 idosos (12 mulheres). O teste
foi realizado utilizando um notebook, uma cadeira e o Nitendo
Wii Balance Board (WBB). Inicialmente foi solicitado que o voluntário se
sentasse na cadeira, posicionasse os pés sobre o WBB e cruzasse as mãos sobre
os ombros. A partir dessa posição o participante deveria levantar e se sentar
cinco vezes, o mais rápido possível. Foram analisados os dados de força e
potência dos membros inferiores além da velocidade de execução de cada
tentativa do sentar e levantar. Para a análise dos dados foi utilizado o teste
ANOVA para medidas repetidas, utilizando o software JAMOVI (2020). A
significância foi estabelecida em p < 0,05. Resultados: A idade média
e Índice de Massa Corporal (IMC) dos participantes jovens foi de 23,4 ± 4.08
anos e 21,7 ± 4,78 kg/m2, respectivamente, enquanto para os idosos a
média de idade foi de 63,9 ± 4,31 anos e o IMC médio foi de 27,4 ± 3,94 kg/m2.
Os valores médios e desvio padrão da força, velocidade e potência de cada
agachamento estão demonstrados a seguir, sendo respectivamente, tentativa 1,
tentativa 2, tentativa 3, tentativa 4 e tentativa 5: grupo Jovens - força (36,4
± 10,3; 35,6 ± 9,32; 35 ± 8,59; 34,6 ± 8,62; 33,2 ± 7,97); velocidade (0,61 ± 0,18
; 0,65 ± 0,12; 0,64 ± 0,15; 0,63 ± 0,12; 0,65 ± 0,12); potência (217 ± 95,5;
231 ± 91,2; 226 ± 90,5; 215 ± 75,4; 216 ± 82,2) Grupo idosos - força (37,3 ± 7,34;
35,1 ± 6,56; 34,2 ± 6; 34 ± 6,92; 33,5 ± 6,36); velocidade (0,41 ± 0,08; 0,43 ±
0,15; 0,45 ± 0,10; 0,44 ± 0,10; 0,45 ± 0,10); potência (149 ± 42,7; 149 ± 65;
150 ± 40,9; 148 ± 42,7; 148 ± 46,3). A análise intra-grupos
não identificou diferenças significativas para velocidade e potência (p = 0,135
e p = 0,742, respectivamente). Para a variável força, houve uma diferença
significativa para os dois grupos considerando as cinco tentativas (p < 0,001).
A comparação entre os grupos não mostrou diferenças significativas para a força
(p = 0,945), entretanto, houve diferenças significativas para velocidade (p <
0,001) e potência (p < 0,001), com valores mais elevados no grupo jovens. Conclusão:
Com base nos resultados obtidos, entende-se a importância de se considerar a
velocidade de execução da tarefa e a potência durante o treinamento para a
melhora da capacidade funcional de idosos.
Palavras-chave: qualidade de vida; idoso; reabilitação
Agradecimentos:
CAPES; Pós-graduação em Ciências Aplicadas à Saúde (PPgCAS);
NIME; UFJF-GV
Eletromiografia do bíceps
femoral no exercício nórdico convencional e no nórdico com o quadril flexionado
Vheyda Katheleen
Vespasiano Monerat, Arthur Ferreira Esquirio¹ Ana
Luísa Alves, Kariny Realino
Ferreira, Maria de Cássia Gomes Souza Macedo, Alexandre Wesley Carvalho Barbosa
Departamento de
Fisioterapia, Núcleo de Investigação Musculoesquelética - NIME, Universidade
Federal de Juiz de Fora, São Pedro, Governador Valadares, MG, Brasil
Introdução: Lesões nos músculos posteriores da
coxa são comuns em esportes de alta intensidade. A lesão geralmente ocorre de
modo concomitante com a flexão de quadril e extensão de joelho. A flexão
nórdica tem sido utilizada para prevenir tal lesão devido a sua característica
de ativação excêntrica dos músculos posteriores da coxa. Objetivos:
Avaliar a força e a excitação das porções do bíceps femoral (proximal, medial e
distal) durante a flexão convencional de quadril e a flexão nórdica com o
quadril flexionado a 80º. Métodos: Trinta e nove participantes (17
homens; 23,6 [4,74] anos;1,67 [0,09] m 67,2 [13,0] kg).Foi realizada uma
análise de força dos músculos posteriores da coxa utilizando uma célula de
carga ,e a ativação muscular foi aferida nas três porções musculares (proximal,
medial e distal) através de um aparelho de eletromiografia. Os participantes
passaram por três etapas sendo elas: Fase de familiarização, execução do
exercício nórdico convencional e execução do exercício nórdico com quadril
flexionado. Todas as etapas tiveram um descanso de 48 a 72 horas entre si. A
análise fatorial mista de covariância com medidas repetidas foi utilizada para
mensurar as diferenças intragrupo e entre grupos. Resultados: A flexão
nórdica convencional apresentou maior ativação muscular comparado com a flexão
nórdica com o quadril flexionado (p = 0,001). Nenhuma diferença foi observada
em outro ponto dentro da análise. Conclusão: Os achados sugerem que a flexão
nórdica convencional induz maior excitação do músculo bíceps femoral quando
comparado com a flexão nórdica com o quadril flexionado a 80º. Não houve
diferenças significativas em relação à força muscular. A mesma força exercida
em diferentes níveis de ativação muscular podem promover um sistema de
progressão para implementação de programa de treinamento para prevenção de
lesão ou de rotina de exercícios.
CAEE:
68101823.6.0000.5147
Agradecimentos:
Departamento de Fisioterapia UFJF-GV, PPGCAS, CAPES, NIME
Relação cintura-estatura
e frequência de atividade física em adolescentes de um colégio de aplicação
Nicolly Oliveira Custodio, Emanuelle Valadares
de Jesus Acácio, Letícia Cardoso Carvalho, Roberta Costa Lima de Oliveira,
Ariane Ribeiro de Freitas Rocha, Silvia Eloiza Priore
1Departamento de Nutrição e Saúde,
Universidade Federal de Viçosa, Campus Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
Introdução: A adolescência, que vai dos 10 aos 19
anos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), compreende intensas
mudanças fisiológicas, comportamentais e hormonais. Nessa fase, adotar e manter
um estilo de vida saudável é um desafio que deve ser enfrentado, tendo em vista
seu impacto no estado nutricional e no desenvolvimento de doenças
cardiovasculares e metabólicas. A relação cintura-estatura (RCE) é um marcador
de adiposidade abdominal diretamente relacionado ao risco cardiometabólico,
e pode estar associado à frequência de atividade física (AF). Adolescentes com
baixa frequência de AF podem apresentar maior adiposidade e estar em maior
risco cardiometabólico, que tende a se manter na vida
adulta. Objetivo: Correlacionar a frequência de atividade física com a
relação cintura-estatura dos adolescentes. Metodologia:
O estudo é
resultado de ações de um projeto de extensão
aprovado pelo Comitê de Ética em
Pesquisas com Seres Humanos da Universidade Federal de Viçosa
(CEP UFV, parecer
1.852.326) denominado "Atendimento nutricional a adolescentes de um
colégio de aplicação: ações
educativas de promoção de saúde e
prevenção de
doenças - NutColuni". O projeto é realizado com
os estudantes do primeiro ano do ensino médio, visando promover ações
educativas relacionadas à nutrição, saúde e prevenção de doenças. Foi aplicado
um questionário semi-estruturado para coletar
informações sobre a prática de AF, e realizada a aferição antropométrica da
estatura (m) e do perímetro da cintura (cm) a fim de calcular a RCE. Valores de
RCE ≥ 0,50 foram classificados como risco cardiometabólico,
independentemente da idade e do sexo. Verificou-se a normalidade das variáveis
numéricas por meio do teste de Shapiro Wilk. Foi realizada a correlação de Spearman entre a RCE e a frequência de AF semanal,
utilizando o software SPSS versão 20.0. Adotou-se um nível de significância
estatística de 5%. Resultados: Foram analisados 51 adolescentes, dos
quais 56,9% (n = 29) eram do sexo feminino. A mediana de idade foi de 15,4
(14-17) anos e a mediana da relação cintura-estatura foi de 0,42 cm
(0,36-0,57). A frequência de AF variou de 1 a 5 dias semanais. A maioria
(68,6%; n = 35) realizava atividade física apenas uma vez na semana, e 2% (n = 1)
apresentou RCE acima de 0,50. Observou-se correlação negativa entre RCE e a
frequência de AF (r = -0,453; p = 0,001), indicando que quanto maior a
frequência de AF, menor a RCE dos adolescentes. Conclusão: Uma vez que a
adolescência é um momento propício para introduzir hábitos saudáveis, que
tendem a se consolidar e podem perdurar ao longo da vida, ressalta-se a
importância de promover a prática regular de AF nesse período, como fator de
prevenção da adiposidade abdominal e, consequentemente, do risco cardiometabólico.
Palavras-chave: adolescência; risco cardiovascular;
atividade física; adiposidade
Agradecimentos: Os
autores agradecem à Fundação CAPES, à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado
de Minas Gerais (FAPEMIG, Brasil) e ao Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq, Brasil)
Exercício físico aeróbico
como tratamento complementar do déficit de atenção e hiperatividade em crianças
Maria Clara Antonucci Amorim¹, Victor Antonucci
Amorim², Náyra Cristina Souza Mafra², Luiz Otávio
Guimarães Ervilha³
1Departamento de Psicologia - Centro
Universitário de Viçosa (Univiçosa), Viçosa, MG,
Brasil
2Departamento de Medicina, Universidade
Federal de Viçosa, Campus Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
3Departamento de Biologia Geral,
Universidade Federal de Viçosa, Campus Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
Introdução: O Transtorno de Déficit de Atenção e
Hiperatividade (TDAH) é uma condição do neurodesenvolvimento frequentemente
diagnosticada na infância e manifestada por sintomas como desatenção,
hiperatividade e impulsividade. Acredita-se que anormalidades estruturais do
sistema nervoso central e disfunções monoaminérgicas, sobretudo no lobo
frontal, tenham um papel significativo na fisiopatologia do TDAH. Por conta
disso, a terapia farmacológica com medicamentos estimulantes, principalmente
com o metilfenidato, é, atualmente, muito utilizada, mas não eficaz para todos
os pacientes. Nesse sentido, a prática de exercício físico surge como terapia
não farmacológica de auxílio, sendo descritos desfechos positivos dessa
intervenção na sintomatologia do transtorno. De acordo com a Organização da
Mundial da Saúde, toda criança acima de 5 anos deve realizar, ao menos, 60
minutos de atividade física de intensidade moderada a vigorosa por dia. Objetivo:
Este estudo visa elucidar se a prática regular de atividade física aeróbica é
eficiente como auxílio no tratamento de TDAH em crianças e investigar os
mecanismos fisiológicos pelos quais o exercício beneficia os indivíduos com
essa condição. Métodos: Foi realizada uma revisão narrativa da
literatura utilizando a base de dados PubMed.
Primeiramente, foi pesquisado os termos “Exercise”, “Physical activity”, “Sports”,
“ADHD”, “attention deficit”,
“Hyperactive” e “children”,
utilizando o filtro “últimos 10 anos”, resultando em 392 publicações. Em
seguida, esses artigos passaram por uma triagem, sendo selecionados 6
trabalhos. Resultados: A prática de exercícios de moderada e alta
intensidades promovem a neuroplasticidade, por meio do aumento da produção de
Fator Neurotrófico Derivado do Encéfalo (BDNF), de
receptores de glutamato e de fator semelhante à insulina. Além disso,
atividades aeróbicas induzem a produção de neurotransmissores, como dopamina e
noradrenalina, os quais estão reduzidos em áreas associadas à atenção e impulsividade
no SNC, e aumentam o fluxo sanguíneo encefálico. Como resultado disso, crianças
com TDAH podem apresentar melhora das funções executivas, do controle
inibitório, da atenção e memória imediatamente após a prática e, também, a
longo prazo. Ademais, em nenhum estudo foram encontrados efeitos adversos do
exercício em relação ao TDAH. Conclusão: A prática regular de atividade
física aeróbica, além de prevenir contra a obesidade e doenças
cardiovasculares, também melhora as funções executivas e a atenção, diminui
sintomas depressivos e ansiosos, problemas sociais e eleva a autoestima em
crianças com TDAH. Portanto, o exercício pode ser prescrito como auxílio, mas
não como substituto, à terapia farmacológica e ao acompanhamento psicológico
nessa população.
Palavras-chave: exercise; attention; child; TDAH
Efeitos do treinamento
resistido prévio à indução da dor crônica em biomarcadores centrais e
periféricos em um modelo experimental de fibromialgia
Taís Rodrigues Dias1,
Andrês Valente Chiapeta1, Leandro Licursi de Oliveira2, Luciano
Bernardes Leite1, Antônio José Natali1, Miguel Araujo
Carneiro- Júnior1
1Departamento de Educação Física,
Universidade Federal de Viçosa, Campus Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
2Departamento de Biologia Geral,
Universidade Federal de Viçosa, Campus Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
Introdução: A Fibromialgia (FM) é uma doença
reumática crônica idiopática, sem tratamento curativo que tem como
características a dor muscular generalizada difusa, fadiga e insonia com prejuízo físico, cognitivo e psicológico. O
processo patofisiológico da FM está ligado a fatores como genética,
experiências pessoais, aspectos cognitivos-emocionais, capacidade de
enfrentamento do estresse, alterações no eixo hipotalâmico, aumento do cortisol
e estresse oxidativo. A prática de atividade física é uma abordagem não farmacológica
importante e benéfica no tratamento da FM pois o treinamento regular modula o
sistema imunológico para controle da dor no local da lesão e no sistema nervoso
central. Objetivo: Investigar os efeitos do treinamento resistido prévio
à indução da dor crônica por meio de biomarcadores centrais (serotonina) e
periféricos (IL6 e IL10). Métodos: Foram utilizadas ratas Wistar com 12 meses de idade divididos nos grupos Não
Treinado Salina Neutra (NTN), Não Treinado Salina Ácida (NTA), Treinamento
Resistido Salina Neutra (TRN) e Treinamento Resistido Salina Ácida (TRA). Os
animais TRN e TRA foram submetidos a um protocolo de TR com escaladas em escada
vertical durante 14 semanas com carga de 75% de 1RM. Para o desenvolvimento da
dor crônica, foram aplicados 100 µl de salina ácida estéril (pH 4,0) no músculo
gastrocnêmio esquerdo dos animais dos grupos NTA e TRA. Para que passassem pelo
mesmo procedimento, os animais dos grupos NTN e TRN receberam solução salina
neutra, que não gera algia. A hiperalgesia mecânica foi mensurada pelo estesiômetro eletrônico (Von Frey digital) e foram
analisados IL6 e IL10 no tecido muscular do gastrocnêmio esquerdo e serotonina
no tálamo através ensaio imunoenzimático (ELISA). Os
dados foram estudados por meio da análise de variância ANOVA Two-way, seguida pelo teste de post-hoc de Tukey. O Teste de Correlação de Pearson foi usado para
verificar a correlação dos resultados. Os dados foram apresentados como média ±
DP e o valor de p <
0,05 foi considerado estatisticamente significante. Resultados: Após a
indução da dor crônica os animais que treinaram tiveram limiar de retirada da
pata mais alto que o grupo NTA. Nas análises musculares, observou-se um aumento
significativo (p <
0,05) na concentração de IL6 no grupo NTA em relação ao NTN e TRA. O resultado
foi semelhante para IL10, em que o grupo NTA apresentou maior concentração
deste marcador em relação aos grupos NTN e TRA (p < 0,05). A concentração de serotonina no
tálamo dos animais foi estatisticamente maior (p < 0,05) nos grupos que realizaram o TR
prévio em comparação aos grupos NTA e NTN. Conclusão: Concluiu-se que o
TR prévio diminuiu a hiperalgesia mecânica através da modulação de
biomarcadores periféricos (IL6 e IL10) e centrais (serotonina).
Palavras-chave: exercício físico; dor crônica;
citocinas; serotonina.
Critérios diagnósticos de
DTM utilizando EMGS dos músculos mastigatórios em tarefa fatigante
Mayra Evelise
Cunha dos Santos, Vheyda Katheleen
Vespasiano Monerat, Arthur Ferreira Esquirio, Kariny Realino Ferreira, Maria de Cassia Macedo, Alexandre
Carvalho Barbosa
Departamento de
Fisioterapia, Núcleo de Investigação Musculoesquelética - NIME, Universidade
Federal de Juiz de Fora, São Pedro, Governador Valadares, MG, Brasil
Introdução: A disfunção temporo-mandibular
(DTM) tem uma prevalência de 27–38% na população adulta e pode afetar a
qualidade de vida do paciente. Um diagnóstico preciso de DTM é essencial para
um plano de tratamento apropriado e resultados bem-sucedidos. Estudos
demonstraram que indivíduos com DTM podem apresentar redução da ativação
muscular de músculos doloridos, e fadiga precoce em comparação a indivíduos sem
DTM. A eletromiografia de superfície (sEMG) permite
avaliações objetivas da função muscular sendo, útil no diagnóstico dos
pacientes com DTM, especialmente na avaliação da atividade muscular e dos
padrões de movimento da mandíbula destes pacientes. Um ponto de corte para
valores de fadiga muscular mastigatória que diferencie indivíduos com e sem DTM
facilitaria a tomada de decisão clínica. Características musculares na DTM
foram estudadas, mas os pontos de corte específicos para eletromiografia e
limiar de dor mostraram baixa precisão na diferenciação entre saudáveis e com
DTM. Objetivo: O objetivo deste estudo foi investigar a responsividade,
a acurácia e o melhor ponto de corte da EMGs durante
uma tarefa fatigante para discriminar indivíduos com e sem DTM. Métodos:
Trata-se de um estudo diagnóstico transversal com 80 mulheres brasileiras,
divididas em 2 grupos: com DTM e sem DTM. O Eixo RDC/TMD I define a alocação
para cada grupo. As inclinações da frequência mediana (FM) do masseter
direito/esquerdo e dos músculos temporais foram derivadas dos registros sEMG, enquanto os participantes realizaram uma tarefa de
fadiga máxima de 34 segundos em uma célula de carga adaptada. As médias de cada
janela de FM normalizada foram avaliadas pela curva característica de operação
do receptor para definir os pontos de corte ideais que melhor discriminaram os
indivíduos com e sem DTM. A sensibilidade, a especificidade e a acurácia também
foram avaliadas. O teste de Mann Whitney estabeleceu diferenças entre os
grupos. Resultados: O grupo DTM apresentou inclinações negativas com
altos coeficientes de determinação para todos os músculos. Os não-DTM
apresentaram inclinações positivas ou menos negativas com baixos coeficientes
de determinação. A análise da força de mordida (DTM = 13,2 ± 4,3 Kgf, não-DTM =
15,1 ± 2,6 Kgf) não mostrou diferenças significativas entre os grupos (p = 0,09).
Os pontos de corte do Temporal Direito e Masseter Esquerdo foram 94,5% e 90,5%
da FM, respectivamente. Os melhores escores de sensibilidade foram para o
músculo Temporal Direito e Masseter Esquerdo (0,90 e 0,81, respectivamente),
com boa especificidade (0,88 e 0,71, respectivamente) e acurácia (0,90 e 0,70,
respectivamente). Conclusão: A tarefa de fadiga dos músculos
mastigatórios por meio da análise da FM permitiu responsividade e precisão
adequadas para discriminar indivíduos com e sem DTM. Os resultados sugerem os
melhores pontos de corte para discriminar indivíduos com e sem DTM crônica.
Palavras-chave: sensibilidade; especificidade;
precisão; fadiga; músculos mastigatórios
Agradecimentos:
Departamento de Fisioterapia UFJF-GV, NIME, PPgCAS,
CAPES
Relação ausente entre
força muscular de mordida e dor na disfunção temporomandibular: um estudo
transversal
Bianca Rossi Botim, Mayra Evelise Cunha dos Santos, Kariny Realino do Rosário Ferreira, Maria de Cássia Gomes Souza
Macedo, Michelle Cristina Sales Almeida Barbosa, Alexandre Wesley Carvalho
Barbosa
Departamento de
Fisioterapia, Núcleo de Investigação Musculoesquelética - NIME, Universidade
Federal de Juiz de Fora, São Pedro, Governador Valadares, MG, Brasil
Introdução: A disfunção temporomandibular (DTM)
possui alta prevalência com 59,6% no Brasil, tendo maior acometimento no
público feminino gerando comprometimento funcional e dor orofacial. Alguns
estudos correlacionam a função mastigatória normal à força de mordida. Porém,
ainda não há consenso se indivíduos com DTM são mais propensos a ter déficit da
força muscular mastigatória. Objetivo: Comparar a produção de força
muscular mastigatória e dor autorreferida em mulheres com e sem DTM. Metodologia:
Foram incluídos 160 participantes no grupo com DTM e 60 no grupo sem DTM. Todos
os participantes foram avaliados por meio do RDC/TMD-Eixo I e do Questionário
de Comprometimento da Função Mandibular (MFIQ), utilizado para categorizar a
gravidade das limitações funcionais associadas à DTM. Uma célula de carga
adaptada (Miotec™, Biomedical
Equipments; tensão-compressão máxima = 200 kgf,
precisão de 0,1 kgf, erro máximo de medição = 0,33%) foi utilizada para avaliar
a contração isométrica voluntária máxima (CIVM). Para avaliações de dor, os
indivíduos receberam uma escala visual analógica (EVA) variando de 0 a 100 mm,
de forma que 0 indicasse nenhuma dor e 100 representasse a pior dor já sentida.
Todas as estatísticas foram feitas usando o software JAMOVI. Foi utilizado o
teste de Shapiro-Wilk para avaliar a distribuição dos dados retornando como não
paramétricos, o teste t de Mann-Whitney para comparar diferenças entre as
medidas e o coeficiente de Spearman para avaliar o
nível de correlação entre as variáveis. A significância foi estabelecida em p <
0,05. As correlações foram classificadas qualitativamente como altas (≥,70),
moderadas (0,50–0,70), baixas (0,30–0,50) e fracas (< 0,30). Os
procedimentos do estudo foram aprovados pelo Comitê de Ética em Investigação em
Seres Humanos da UFJF (protocolo número 68457617.6.0000.5147). Resultados:
Não foram encontradas diferenças significativas de força muscular mastigatória
comparando pessoas com e sem DTM, sendo identificadas diferenças significativas
na EVA (ES = 0,28; P < 0,001) e índice de incapacidade (ES = 0,98; P <
0,001). Todos os participantes do grupo sem DTM foram classificados como
“normal”, enquanto no grupo com DTM, 73% dos participantes foram classificados
como “leve”, 23,8% como “moderado” e 2,3% como “grave”. A força máxima de
mordida apresentou fraca correlação com a EVA (r = 0,177; p = 0,01) e idade (r
= 0,170; p = 0,01). O índice de funcionalidade apresenta baixa correlação com a
EVA (r = 0,366; p < 0,001) e gravidade (r = 0,359; p < 0,001). Nenhuma
correlação significativa foi observada entre a força muscular mastigatória e a
gravidade da incapacidade ou dor. Houve uma associação notável entre a
intensidade da dor e o comprometimento funcional em participantes com DTM. Conclusão:
Os resultados sugerem que não há diferença significativa na produção de força
muscular mastigatória comparando pessoas com e sem DTM. Nenhuma correlação
relevante foi encontrada entre força máxima e dor percebida.
Palavras-chave: disfunção temporomandibular;
funcionalidade; força muscular
Agradecimentos:
Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG); CAPES; Departamento de
Fisioterapia da Universidade Federal de Juiz de Fora; Programa de Pós-graduação
em Ciências Aplicadas à Saúde (PPgCAS)
Impacto imediato do
exercício excêntrico na velocidade e tempo de reação: uma análise de métricas
corticais pelo braingauge
Kariny Realino do
Rosário Ferreira, Ana Luiza Guimarães Alves, Arthur Ferreira Esquirio, Denys Batista Campos, Maria de Cássia Gomes Souza
Macedo, Vheyda Katheleen
Vespasiano Monerat, Alexandre Wesley Carvalho Barbosa
Departamento de
Fisioterapia, Núcleo de Investigação Musculoesquelética - NIME, Universidade
Federal de Juiz de Fora, São Pedro, Governador Valadares, MG, Brasil
Introdução: O exercício excêntrico, em contraste
com o concêntrico, evidencia uma capacidade mais rápida de induzir fadiga,
devido à imposição de uma carga mecânica maior durante a atividade e à
consequente demanda metabólica ampliada. Especificamente no contexto do
agachamento isoinercial, observa-se a capacidade de
recrutar diversos grupos musculares simultaneamente, resultando em uma fadiga
mais pronunciada no organismo do indivíduo. Estudos anteriores demonstraram que
o organismo sob fadiga muscular exibe um desempenho diminuído em atividades que
exigem velocidade e coordenação. Contudo, até o momento, não foram conduzidos
estudos com avaliação objetiva das métricas corticais correspondentes à
velocidade e tempo de reação. Objetivo: O objetivo deste estudo foi
investigar o efeito do exercício excêntrico até a fadiga nas métricas corticais
de velocidade e tempo de reação. Métodos: Trata-se de um estudo piloto
com 9 participantes fisicamente ativos, sendo 4 do sexo masculino e 5 do sexo
feminino foram avaliados quanto as métricas cortais utilizando o equipamento Brain Gauge acoplado a um
notebook antes (PRÉ) e após (PÓS) o exercício agachamento em uma plataforma isoinercial com repetições prescritas até a falha do
movimento (40 ± 3 repetições). Foram extraídos a média de velocidade e tempo de
reação que foram analisados utilizando o teste de T de Wilcoxon,
através do software Jamovi (2020). A significância
foi estabelecida em p < 0,05. Resultados: Os participantes do sexo
masculino apresentavam idade = 21,8 ± 2,36 anos; peso = 69,5 ± 4,51 kg; altura =
1,76 ± 0,05 m e do sexo feminino idade = 23 ± 2,24 anos; peso = 58 ± 4,00 kg;
altura = 1,63 ± 0,02 m. Não foram encontradas diferenças significativas quanto
velocidade (PRÉ-Md = 83,3, min = 6,3, max = 93,0, PÓS-Md = 81,5, min = 56,4,
max = 191, p = 0,07) e tempo de reação (PRÉ-Md = 248, min = 199, max = 347,
PÓS-Md = 208, min = 194, max
= 296, p = 0,96). Conclusão: Os resultados sugerem que o exercício isoinercial com repetições prescritas até a falha do
movimento não gera influência significativa na velocidade e tempo de reação a
nível cortical.
Palavras-chave: isoinercial;
reabilitação; fadiga muscular; desempenho cognitivo
Agradecimentos:
Departamento de Fisioterapia UFJF-GV, Programa de Pós Graduação em Ciências
Aplicadas à Saúde UFJF-GV, Programa de Pós Graduação em Educação Física
UFJF-GV, CAPES
Perfil térmico avaliado
por termografia infravermelha de mulheres em diferentes fases do ciclo
menstrual
Juliana Souza Valente1,
Osvaldo Costa Moreira2, João Carlos Bouzas
Marins¹, Cláudia Eliza Patrocínio de Oliveira1
1Universidade Federal de Viçosa, Campus
Viçosa, Viçosa MG, Brasil
2Universidade Federal de Viçosa, Campus
Florestal, Florestal, MG, Brasil
Introdução: A Termografia Infravermelha (IRT) tem
sido utilizada na área da saúde e esporte para estudos em termorregulação e
avaliação da temperatura da pele, diagnosticar e tratar lesões e dano muscular,
triagem de febre, entre outros. Contudo, é necessário ter cuidados ao registrar
a temperatura da pele (Tsk) devido a fatores que
podem afetar as imagens térmicas, como o sexo e o ciclo menstrual (CM). Os
hormônios sexuais femininos, estrogênio e progesterona, são os principais
moduladores do CM, influenciando as variações bifásicas da temperatura corporal
ao atuarem nos neurônios sensíveis ao calor e ao frio do hipotálamo anterior pré-óptico afetando a termorregulação. Objetivo:
Verificar se existe diferenças na temperatura da pele de mulheres eumenorréicas ao longo do CM e entre usuárias de
contraceptivos orais (CO). Métodos: Foram definidos três momentos de
avaliação do CM: fase folicular inicial (FFI), estabelecida com o primeiro dia
da menstruação; fase folicular tardia (FFT); e fase lútea média (FLM), que
serão estimadas de acordo com o comprimento do CM da avaliada e utilização de
aplicativo My Calendar®.
Como critérios de inclusão, serão selecionadas mulheres com idade entre 18 e 30
anos, com CM regular (G1) ou usuárias de CO (G2) e aptas clínica e fisicamente
a participar do estudo. Os critérios de exclusão serão: mulheres com problemas
musculoesqueléticos ou cardiometabólicos; uso de
medicamentos ou drogas que interfiram nos exames laboratoriais; gravidez; e
fumantes. Para análise das concentrações séricas de estradiol, progesterona,
hormônio luteinizante e hormônio folículo-estimulante, será realizado a
extração de sangue em cada fase. A avaliação da Tsk
será realizada pela IRT utilizando uma câmera infravermelha (Fluke®, TIR25, EUA) com escala de temperatura regulada
entre 25 e 35°C. As voluntárias passarão por um período de aclimatação de 10
minutos, em uma sala com temperatura controlada entre 18 e 25ºC e umidade
relativa entre 50 e 65%. O tratamento das imagens será realizado manualmente no
software SmartView Classic versão 4.4, adotando a
emissividade de 0,98 e faixa de detecção entre 24 e 35ºC. As regiões de
interesse (ROI) serão demarcadas manualmente no software, que analisa e fornece
automaticamente a temperatura média da área demarcada. A partir desses valores,
será realizado a estatística dos dados. A normalidade das variáveis será
determinada pelo teste de Kolmogorov-Smirnov. Para
comparar se há diferenças de temperatura entre as fases, será aplicado ANOVA two-way, e para comparar diferenças entre os grupos será
aplicado o teste t, seguido do teste post hoc de Bonferroni
para identificar as diferenças entre as médias dos dois grupos. Será adotado o
valor de significância de p < 0,05.
Palavras-chave: termorregulação; temperatura da pele;
estrogênios; progesterona; contraceptivos orais.
Agradecimentos:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior- Brasil (CAPES) – Finance Code 001; Fundação de
Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG) pelo apoio financeiro ao projeto –
APQ-02915-21
Termorregulação
comportamental em idosos e jovens durante exercício de ciclismo no calor
Natália Franciele Lessa,
Paula Rodrigues Martins, Arthur Patrício Canavarros, William Martins Januário,
Cristóvão Augusto Valadares, Thales Nicolau Prímola-Gomes
Departamento de Educação
Física, Universidade Federal de Viçosa. Campus Viçosa, Viçosa, Minas Gerais,
Brasil
Introdução: Durante eventos de ondas de calor, os
idosos são mais suscetíveis a sofrer complicações relacionadas ao calor, devido
à deterioração dos seus mecanismos termorregulatórios
(autonômicos e comportamentais) causados pelo processo de envelhecimento. Este
número de acometimentos tende a aumentar, visto que a população idosa está
crescendo e o clima está cada vez mais quente. Detectar condições térmicas do
ambiente e do próprio corpo é essencial para ajustar o comportamento termorregulatório, sobretudo durante a prática de exercício
físico. Para isso, o uso de escalas psicofisiológicas é essencial para regular
a intensidade do exercício, de forma que a homeostase seja mantida. Objetivo:
Comparar as respostas psicofisiológicas em idosos e adultos jovens durante
exercício de ciclismo de intensidade autorregulada em ambiente quente. Metodologia:
Seis homens jovens (25,1 ±3 anos; 50,14 ± 5,6 mL.kg-1.min-1)
e seis homens idosos (63,2 ± 2 anos; 38,6 ± 1,6 mL. kg-1.min-1)
praticantes de ciclismo regular realizaram 3 visitas ao laboratório. Primeira
visita - caracterização da amostra; segunda e terceira visitas - Após 10
minutos de repouso iniciais, foi aplicado um protocolo de exercício
autorregulado, considerando uma escala fixa de esforço (Escala de Borg) por 50
minutos, em ambiente quente (TAMBIENTE: 33,1 ± 0,3ºC; UR: 71,8 ± 7,4%). Em
sequência, 10 min em repouso, 10 min na escala 11, 10 min na escala 13, 20 min
na escala 15,10 min na escala 9, acrescidos de 10 min de recuperação pós
exercício. As escalas de Conforto Térmico (CT), Sensação Térmica (ST) e
Sensação de Sede (SE) foram coletadas a cada 5 min. Após a verificação de
normalidade, os dados foram analisados através de ANOVA Two-Way
de medidas repetidas, com post-hoc de Bonferroni,
(média ± DPM; α = 5%). Ética: 45508621.6.0000.5153. Resultados:
Foram identificadas diferenças significativas no CT entre homens adultos jovens
e idosos a partir do minuto 50 até o minuto 65 (P ≤ 0,001). Não foram
encontradas diferenças significativas para ST e SS durante todo o protocolo, P
= 0,221 e P = 0,118 respectivamente. Conclusão: Com base nos resultados
apresentados, houve diferenças significativas no CT entre homens adultos jovens
e idosos, especificamente entre os minutos 50 e 65 do protocolo. No entanto,
não foram observadas diferenças significativas na ST e na SS ao longo de todo o
protocolo.
Palavras-chave: exercício físico; envelhecimento;
calor; termorregulação; ciclismo
Agradecimentos:
CAPES, FAPEMIG, CNPq
Maior eficiência
neuromuscular na atividade do bíceps associada à respiração do método Pilates
Denys Batista Campos, Arthur
Ferreira Esquirio, Kariny Realino do Rosário Ferreira, Maria de Cassia Gomes Souza
Macedo, Gabriela Lopes Gama, Alexandre Wesley Carvalho Barbosa
Departamento de
Fisioterapia, Núcleo de Investigação Musculoesquelética - NIME, Universidade
Federal de Juiz de Fora, Campus Governador Valadares, Governador Valadares, MG,
Brasil
Introdução: Os exercícios do Pilates são
utilizados como recursos mecano e cinesioterapêuticos,
com isto, possui variações na prática clínica. Entre os seus princípios estão
fatores como, concentração, controle, fluxo e respiração, sendo a respiração um
fator determinante na execução dos exercícios. Entretanto, não há estudos que
mostram o comportamento das fibras musculares diante de diferentes níveis de
carga na execução do exercício, quando associado à técnica da respiração do
método pilates (TRMP). Objetivo: Analisar as
diferenças na ativação eletromiográfica do músculo
bíceps braquial durante o movimento de flexão de cotovelo sob uma carga
equivalente a 60% da contração isométrica voluntária máxima (CIVM), comparando
com a técnica da respiração do método pilates (TRMP)
versus a respiração habitual (RH). Metodologia: Trata-se de um ensaio
clínico randomizado (CAAE: 66768023.1.0000.5147) em que foram recrutados 58
voluntários adultos jovens de ambos os sexos e fisicamente ativos. Os
voluntários foram instruídos a realizar (CIVM) para obtenção dos dados de força
com uma célula de carga laboratorial (Miotool 400, Miotec, Porto Alegre, Brasil) fixada em uma barra sendo
vinculada a um módulo de aquisição (Miotec™,
Equipamentos Biomédicos, Porto Alegre, RS, Brasil). Posteriormente, os
voluntários realizaram aleatoriamente três repetições de flexão do cotovelo,
ora associada a TRMP, ora associada a respiração habitual, com a utilização de
uma barra com pesos ajustados a 60% da CIVM. Eletrodos fixados nos músculos
bíceps braquial esquerdo (BBE) e direito (BBD) foram utilizados para captarem a
ativação muscular, esses dados foram analisados utilizando o teste T de Wilcoxon, através do software Jamovi
(2020). A significância foi estabelecida em P < 0,05. Resultados: A
média de idade e índice de massa corporal dos participantes foi de 22,8 ± 2,62
anos e 24,6 ± 3,88, respectivamente. A comparação da ativação do BBE durante a
TRMP (96,7 [43 ± 345]) e a RH (109 [36,1 ± 274]), revelou uma diferença
significativa entre os grupos (p = 0,001), assim como na comparação da ativação
do BBD durante a TRMD (70,9 [31,2 ± 254]) e durante a RH (84 [31,7 ± 232), que
também mostrou diferença significativa entre as respirações (p < 0,001),
sendo que a maior ativação muscular ocorreu durante a RH. Na comparação entre
os BBE e BBD, foi encontrada diferença significativa entre os membros, durante
a TRMP (p < 0,001) e a RH (p < 0,001), sendo que nas duas condições, o
membro esquerdo mostrou maior recrutamento muscular. Conclusão: Os
resultados sugerem que, a RH durante um treinamento com uma carga de 60% da
CIVM exige maior recrutamento muscular em comparação com a TRMP, indicando uma
maior eficiência neuromuscular durante a TRMP, já que menos unidades motoras
foram necessárias para realizar a mesma tarefa.
Palavras-chave: Pilates, funcionalidade, ativação
muscular, eletromiografia
Agradecimentos:
CAPES; Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal de Juiz de Fora;
NIME; UFJF-GV
Estudo comparativo da
temperatura central em homens idosos e jovens durante exercício autorregulado
Arthur Patrício Canavarros,
Natália Franciele Lessa, Paula Rodrigues Martins, William Martins Januário,
Cristóvão Augusto Valadares, Thales Nicolau Prímola-Gomes
Departamento de Educação
Física, Universidade Federal de Viçosa, Campus Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
Introdução: O envelhecimento causa deterioração
nas respostas termorregulatórias dos idosos em
comparação com os jovens, como um aumento na temperatura corporal central (TCENTRAL).
Ao realizar exercício físico, a TCENTRAL aumenta, em decorrência do
desequilíbrio provisório entre a produção de calor metabólico e a dissipação do
calor no ambiente circundante. Ajustar o ritmo do exercício (autorregulação), é
uma forma de atenuar o desconforto térmico, permitindo o controle da TCENTRAL
a fim de que ela não atinja níveis críticos. Objetivo: Este estudo teve
como objetivo comparar a TCENTRAL entre adultos jovens e idosos
durante uma sessão de ciclismo autorregulado em ambiente temperado. Metodologia:
Seis homens jovens (25,1 ± 3 anos; 50,14 ± 5,6 mL.kg-1.min-1)
e seis homens idosos (63,2 ± 2 anos; 38,6 ± 1,6 mL.kg-1.min-1)
praticantes de ciclismo regular realizaram 3 visitas ao laboratório. Primeira
visita - caracterização da amostra; segunda e terceira visitas - Após 10
minutos de repouso iniciais, foi aplicado um protocolo de exercício de ciclismo
autorregulado, considerando uma escala fixa de esforço (Escala de Borg) por 50
minutos, em ambiente temperado (TAMBIENTE: 25,2 ± 0,4ºC; UR: 65 ±
8,4%). Em sequência, 10 min em repouso, 10 min na escala 11, 10 min na escala
13, 20 min na escala 15, e por fim, 10 min na escala 9, acrescidos de 10 min de
recuperação pós exercício. A TCENTRAL foi coletada a cada minuto,
por meio do sensor CORE (TCORE). Após a verificação de normalidade,
os dados foram analisados através de ANOVA Two-Way de
medidas repetidas, com post-hoc de Bonferroni, (média
± DPM; α = 5%). Ética: 45508621.6.0000. 5153. Resultados: Não foram
registradas diferenças significativas na temperatura corporal central entre
homens adultos jovens e idosos durante todo o protocolo (P = 0.897). A TCENTRAL
aumentou a partir do minuto 25 para adultos jovens, e a partir do minuto 27
para os idosos não retornando aos valores iniciais até o fim do protocolo (P ≤
0,001). Conclusão: Não foram encontradas diferenças significativas na
temperatura corporal central entre homens adultos jovens e idosos durante uma
sessão de ciclismo autorregulado em ambiente temperado.
Palavras-chave: envelhecimento; temperatura corporal; ciclismo;
hipertermia
Agradecimentos:
CAPES, FAPEMIG, CNPq
A influência do ciclo
menstrual na composição corporal de mulheres adultas jovens
Júlia Zanúncio
Araújo1, Thalia Miranda Rufino1, Osvaldo Costa Moreira2,
Juliana Souza Valente1, Maria Luiza da Cruz Santos1,
Claudia Eliza do Patrocínio de Oliveira1
¹UFV, Universidade
Federal de Viçosa, Departamento de Educação Física, Viçosa, MG, Brasil
²UFV, Universidade
Federal de Viçosa, Campus Florestal, Departamento de Educação Física,
Florestal, MG, Brasil
Introdução: Dentre as diferenças sexuais, o ciclo
menstrual (CM) é uma parte fundamental da saúde reprodutiva feminina, que
influencia não apenas a fertilidade, mas também diversos aspectos da saúde da
mulher. O CM regular, se caracteriza pela periodicidade de tempo, tendo seu
início no primeiro dia da menstruação perdurando até o dia que antecede o
início da próxima menstruação, tendo em média duração de 21 a 35 dias. Ademais,
o ciclo é dividido em três fases em que ocorrem diversas alterações hormonais,
sendo elas: fase folicular, ovulatória e lútea. As
variações hormonais presentes no CM podem acarretar influência em diferentes
variáveis, dentre elas a composição corporal (CC), que é caracterizada como a
quantidade total de componentes (água, ossos, músculos e gordura corporal) que
formam o peso corporal. A literatura ainda aponta divergências em relação ao CM
e CC. Alguns estudos afirmam que não há influência significativa entre essas
variáveis e outros indicam que há influência, especificamente nas fases
folicular tardia e lútea média. A CC pode ser mensurada de diferentes maneiras,
entretanto, o padrão considerado ouro é o da Densitometria por absorção de
raios-X de dupla energia (DEXA). Justificativa: A relação entre CM e a
CC ainda não foi completamente elucidada. Não há muitos estudos que
correlacionam essas variáveis buscando compreender a influência do CM na CC.
Assim, a pesquisa em questão irá permitir compreender a relação do CM e CC, em
específico através do DEXA, o que possibilita entender como as flutuações
hormonais influenciam na CC das mulheres. Podendo assim, contribuir para o
avanço do conhecimento sobre a saúde da mulher, em específico a saúde
reprodutiva e a CC, abrindo novas perspectivas de pesquisa com potencial de
impactar positivamente na saúde e no bem-estar das mulheres. Objetivo:
Verificar a influência do ciclo menstrual na composição corporal de mulheres
adultas jovens, utilizando o DEXA. Além de relatar se há diferenças na massa de
gordura, massa de tecido, massa livre de gordura, massa magra e massa total nas
três fases do ciclo menstrual. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa de
campo com abordagem quantitativa que será realizada com mulheres adultas jovens
de 18 a 30 anos. Para a coleta serão necessários 5 meses, no qual 3 desses serão de acompanhamento do ciclo através do
aplicativo My calendar®, e
2 meses de realização das coletas de dados com as voluntárias. Exames de sangue
servirão para analisar os níveis séricos dos hormônios (estrogênio,
progesterona, LH e FSH) e o DEXA (massa de gordura, massa de tecido, massa
livre de gordura, massa magra, massa total) irão ser feitos em cada fase do
ciclo, durante os meses de coleta, com mulheres, que possuem CM regular ou
voluntárias que utilizavam métodos contraceptivos orais. Com isso, será
analisada a influência dos níveis hormonais do CM na CC dessas mulheres.
Palavras-chave: ciclo menstrual; composição corporal;
mulher eumenorréica; contraceptivo oral
Agradecimentos:
Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG) pelo apoio financeiro
ao projeto- APQ-02915-21
Análise da flexibilidade
em praticantes de cross training da Universidade Federal
de Viçosa: avaliação do teste e reteste
Maria Luiza da C. Santos¹,
Gabriel Fonseca Biagini¹, Thalia Miranda Rufino¹, Ana Julia Brandão Moreira¹,
Osvaldo Costa Moreira², Cláudia Eliza Patrocínio de Oliveira¹
¹UFV, Universidade
Federal de Viçosa, Departamento de Educação Física, Viçosa, MG, Brasil
²UFV, Universidade
Federal de Viçosa, Campus Florestal, Departamento de Educação Física,
Florestal, MG, Brasil
Introdução: O Cross Training (CT) é um método de
treinamento com objetivo de aperfeiçoar diferentes capacidades físicas tais
como força muscular, potência e flexibilidade. A flexibilidade desempenha um
importante papel pois está diretamente ligada à funcionalidade e à execução
eficiente de movimentos básicos como agachar, empurrar e puxar. Esses
movimentos são fundamentais para exercícios como deadlift,
air squat e overhead squat. Uma boa flexibilidade permite alcançar amplitudes
maiores de movimento, proporcionando melhor mobilidade articular e garantindo
segurança durante a execução dos movimentos. Desenvolver a flexibilidade não só
ajuda na execução correta dos exercícios, mas também permite maior eficiência e
intensidade nos treinos. Além disso, contribui para o aumento da agilidade e da
mobilidade, características essenciais para a realização de movimentos
complexos no CT. Portanto, trabalhar de forma consistente e específica para
melhorar a flexibilidade é crucial para otimizar o desempenho e alcançar
melhores resultados nesse estilo de treinamento. Objetivo: Investigar o impacto
do treinamento de CT na flexibilidade de praticantes da Universidade Federal de
Viçosa. Metodologia: Foi realizado um estudo transversal com 17
praticantes (12 mulheres e 5 homens) regulares do projeto de Cross Training da
Universidade Federal de Viçosa (CROSS UFV), com a média de idade de ± 34 anos.
A flexibilidade foi avaliada através do teste Sentar e Alcançar (Banco de
Wells), a mesma foi avaliada em dois momentos, com o intervalo de 3 meses (± 30
sessões de treino). Os participantes seguiram os protocolos do teste e os
resultados foram registrados em centímetros. Os dados foram analisados
estatisticamente para identificar mudanças significativas na flexibilidade após
o treinamento de CT, com um nível de significância de p < 0,05, avaliado
através do paired t-test. Resultados: Após
análise dos dados observou-se uma pequena alteração entre as duas avaliações,
onde a média do primeiro teste foi de 36 cm e a média do segundo teste foi 36,5
cm, tendo um desvio padrão da amostra de 8,90. Através da análise estatística
de um paired t-test, não
foi observada uma diferença significativa na flexibilidade dos praticantes do
CROSS UFV ao longo do semestre (p = 0,52). Isso sugere que o treinamento de CT
realizado durante o período analisado, não gerou efeito estatisticamente
significativo na flexibilidade dos participantes. Conclusão: Não foram
encontradas evidências significativas de que o treinamento de CT teve um
impacto estatisticamente significativo na flexibilidade dos praticantes da
Universidade Federal de Viçosa ao longo do semestre estudado.
Palavras-chave: cross
training; flexibilidade; cross UFV
Maior eficiência
neuromuscular do tríceps no momento de extensão associada à respiração do
método Pilates
Ana Clara de Oliveira Leal,
Denys Batista Campos, Maria de Cassia Gomes Souza Macedo, Arthur Ferreira Esquirio, Kariny Realino do Rosário Ferreira, Alexandre Wesley Carvalho
Barbosa
Departamento de
Fisioterapia, Núcleo de Investigação Musculoesquelética - NIME, Universidade
Federal de Juiz de Fora, São Pedro, Governador Valadares, MG, Brasil
Introdução:
O método Pilates requer sincronia
corpo-mente, que demanda estabilidade, força e controle
muscular,
possibilitando grande aplicabilidade na prática clínica.
Seus princípios se
baseiam na centralização, concentração,
controle, precisão e, sobretudo, respiração.
Desta forma, não há estudos que delineiam a atividade das
fibras musculares
quando comparadas em diferentes padrões respiratórios:
respiração habitual ou
quando associado à técnica da respiração do
método Pilates (TRMP). Objetivo:
Analisar as diferenças na ativação eletromiográfica
do músculo tríceps braquial durante o momento de extensão de cotovelo sob uma
carga de 60% da contração isométrica voluntária máxima (CIVM), confrontando a
técnica da respiração do método pilates (TRMP) e a
respiração habitual (RH). Metodologia: Trata-se de um estudo transversal
(CAAE: 66768023.1.0000.5147) em que 58 voluntários: adultos jovens, de ambos os
sexos, fisicamente ativos, foram recrutados e instruídos a realizar CIVM para
obter dos dados de força com uma célula de carga laboratorial (Miotool 400, Miotec, Porto
Alegre, Brasil) fixada em uma barra que fora ligada a um módulo de aquisição (Miotec™, Equipamentos Biomédicos, Porto Alegre, RS,
Brasil). Subsequentemente, os voluntários realizaram, randomicamente, três
repetições de extensão do cotovelo, ora associada a TRMP, ora a RH, com a
utilização de uma barra com peso ajustado a 60% da CIVM. Eletrodos foram
fixados nos músculos tríceps braquial esquerdo (TBE) e direito (TBD) foram
utilizados para captar a atividade muscular. Os dados foram analisados com o
teste T de Wilcoxon, pelo software Jamovi (2020). A significância foi estabelecida em p < 0,05.
Resultados: A média de idade e índice de massa corporal dos
participantes foi de 22,8 ± 2,62 anos e 24,6 ± 3,88, respectivamente. A
comparação da ativação do TBE durante a TRMP (16.5 [1.4 ± 62,2]) e a RH (17,6
[2,14 ± 78,5]), revelou diferença significativa (p < 0,001), bem como na
comparação da ativação do TBD durante a TRMP (17 [1,51 ± 56]) e a RH (18,2
[2,89 ± 60,6), com diferença significativa entre as respirações (p = 0,001),
com maior ativação de fibras musculares durante a RH. Com relação à comparação
da ativação muscular entre TBD e TBE, não foram encontradas diferenças
significativas, seja na TRMP (p = 0,446) ou RH (p = 0,674). Conclusão:
Os resultados evidenciaram maior recrutamento muscular durante a RH, quando
comparada à TRMP, o que sugere maior eficiência neuromuscular ao realizar a
TRMP, uma vez que menos unidades motoras foram necessárias para realizar uma
mesma atividade.
Palavras-chave: Pilates, funcionalidade; ativação
muscular; eletromiografia
Agradecimentos:
CAPES; Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal de Juiz de Fora;
NIME; UFJF-GV
Estudo comparativo da
temperatura central em homens idosos e jovens durante exercício autorregulado
no calor
Paula Rodrigues Martins,
Natália Franciele Lessa, William Martins Januário, Cristóvão Augusto Valadares,
Antônio José Natali, Thales Nicolau Prímola-Gomes
Departamento de Educação
Física, Universidade Federal de Viçosa, Campus Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
Introdução: Eventos climáticos, como as ondas de
calor, têm-se tornado cada vez mais comuns mundialmente, tornando-se
preocupação de saúde central no século XXI. Temperaturas elevadas por vários
dias consecutivos representam um risco para a população idosa, que é mais
vulnerável aos efeitos do calor. Isso ocorre pois os idosos possuem funções
fisiológicas deterioradas, como a capacidade termorregulatória
e, quando expostos ao estresse térmico ambiental, o risco de hipertermia é
elevado. Objetivo: Este estudo teve como objetivo comparar a temperatura
corporal central (TCENTRAL) entre adultos jovens e idosos durante uma sessão de
ciclismo autorregulado realizado em ambiente quente. Metodologia: Seis
homens jovens (25,1 ±3 anos; 50,14 ± 5,6 mL.kg-1.min-1) e
seis homens idosos (63,2 ± 2 anos; 38,6 ± 1,6 mL.kg-1.min-1)
praticantes de ciclismo regular realizaram 3 visitas ao laboratório. Primeira
visita - caracterização da amostra; segunda e terceira visitas - Após 10
minutos de repouso iniciais, foi aplicado um protocolo de exercício de ciclismo
autorregulado, considerando uma escala fixa de esforço (Escala de Borg) por 50
minutos, em ambiente quente (TAMBIENTE: 33,1 ± 0,3ºC; UR: 71,8 ± 7,4%). Em
sequência, 10 min em repouso, 10 min na escala 11, 10 min na escala 13, 20 min
na escala 15, 10 min na escala 9, acrescidos de 10 min de recuperação pós
exercício. A TCENTRAL foi coletada a cada minuto, por meio de uma cápsula
gastrointestinal (TGASTROINTESTINAL). Após a verificação de normalidade, os
dados foram analisados através de ANOVA Two-Way de
medidas repetidas, com post-hoc de Bonferroni, (média
± DPM; α = 5%). Ética: 45508621.6.0000.5153. Resultados: Foram
registradas diferenças significativas na TCENTRAL entre homens adultos jovens e
idosos a partir do minuto 40 até o final do protocolo (P = < 0,001). A
TCENTRAL aumentou a partir do minuto 37 para adultos jovens, e a partir do
minuto 39 para os idosos, não retornando aos valores iniciais até o fim do
protocolo (P = < 0,001). Conclusão: Foram encontradas diferenças
significativas na temperatura corporal central entre homens adultos jovens e
idosos durante uma sessão de ciclismo autorregulado realizada em ambiente
quente.
Palavras-chave: Exercício
Físico, envelhecimento, temperatura corporal, ciclismo, calor.
Agradecimentos:
CAPES, FAPEMIG, CNPq.
Influência do ciclo
menstrual no sistema cardiovascular de mulheres adultas jovens
Daniele Pereira da Silva
Araújo¹, Osvaldo Costa Moreira², Claudia Eliza Patrocinio de Oliveira¹
¹UFV, Universidade
Federal de Viçosa, Departamento de Educação Física, Viçosa, MG, Brasil
²UFV, Universidade
Federal de Viçosa, Campus Florestal, Departamento de Educação Física,
Florestal, MG, Brasil
Introdução: O ciclo menstrual (CM) é composto por
uma série de eventos que visam preparar o corpo para uma possível gravidez.
Diante disso, ocorrem flutuações nos níveis dos hormônios sexuais (FSH, LH,
estrogênio e progesterona) no ciclo menstrual, durando aproximadamente 28 dias,
em mulheres eumenorréicas. O CM pode ser dividido em
duas fases, sendo elas: fase folicular e fase lútea. Com relação ao sistema
cardiovascular, acredita-se que a baixa concentração do hormônio estrogênio
esteja diretamente relacionada ao aumento das chances de o indivíduo
desenvolver doenças cardíacas. Alguns efeitos combinados tornam o estrogênio um
ator importante na saúde cardiovascular. No entanto, mais pesquisas são
necessárias para elucidar completamente as implicações e maiores complexidades
relacionadas ao papel do estrogênio da saúde cardiovascular. Objetivo:
Verificar e comparar os efeitos do CM no sistema cardiovascular de mulheres
adultas jovens. Métodos: A amostra será composta por mulheres com idade
entre 18 e 30 anos, residentes na cidade de Viçosa-MG, as quais serão divididas
em dois grupos: G1, mulheres não usuárias de contraceptivo oral ou hormonal e
G2, mulheres usuárias de contraceptivo oral. A determinação das fases do CM
será considerada a partir do estudo de Eiling et
al. (2007). O comprimento de cada CM das voluntárias será estimado pela
média do comprimento dos ciclos menstruais prévios, documentados por três meses
pelo aplicativo gratuito de celular, Calendário Menstrual, Período Fértil e
Ovulação. Considerando o primeiro dia de menstruação como o dia 1 do CM, um CM
regular de 28 dias e as variações hormonais esperadas nas diferentes fases do
CM pretende-se avaliar as voluntárias nos dias 01 (AV1), 11 (AV2) e 21 (AV3) do
dito ciclo. A determinação das concentrações sanguíneas de hormônio
luteinizante (LH), hormônio folículo estimulante (FSH), progesterona e
estrogênio será realizada por extração sanguínea. Para garantir que o nível de
atividade física não seja um fator interveniente durante as avaliações do
presente projeto, será realizado o controle do nível de atividade física das
voluntárias, por meio do Questionário Internacional de Atividade Física. A
avaliação do possível efeito das fases do CM sobre a capacidade
cardiorrespiratória das voluntárias será realizada por meio do teste de esforço
submáximo de Astrand.
Palavras-chave: ciclo menstrual; estrogênio; saúde
cardiovascular
Avaliação da força
muscular de membros inferiores de praticantes de cross
training
Gabriel Fonseca Biagini¹,
Maria Luiza da C. Santos¹, Thalia Miranda Rufino¹, Ana Julia Brandão Moreira¹,
Osvaldo Costa Moreira², Claudia Eliza Patrocínio de Oliveira¹
¹UFV, Universidade
Federal de Viçosa, Departamento de Educação Física, Viçosa, MG, Brasil
²UFV, Universidade
Federal de Viçosa, Campus Florestal, Instituto de Ciências Biológicas e da
Saúde, Florestal, MG, Brasil
Introdução: O Cross Training (CT) é um programa de
treinamento que incorpora em sua base o desenvolvimento geral das capacidades
físicas de seus praticantes, incluindo a força, potência, resistência muscular,
além da aptidão cardiorrespiratória e flexibilidade. Inclui exercícios
encontrados em modalidades como o Levantamento de Peso Olímpico, a exemplo do
clean e snatch, da ginástica artística, como o handstand e pull-up, além de
exercícios aeróbios, sendo o remo e a corrida os mais comuns. Uma das
principais capacidades físicas trabalhadas é a força muscular, não somente pela
característica funcional, mas também relacionada à performance nos esportes. É
um componente fundamental para a realização dos mais diversos exercícios que
compõem a modalidade do CT, desde movimentos básicos como o air
squat, até os mais complexos, tais como o deadlift, thruster e overhead squat. Objetivo: Analisar o impacto do treinamento
nas diferenças dos níveis de força dos membros inferiores em participantes do
projeto de CT da Universidade Federal de Viçosa. Metodologia:
Realizou-se um estudo transversal, composto por uma amostra de 12 praticantes
(9 mulheres e 3 homens), com média de idade de 35 ± 9,5 anos, sendo a média de
36,8 ± 9,7 anos do sexo feminino e 29 ± 9,5 anos do sexo masculino, do CROSS
UFV. A coleta de dados consistiu na realização do teste de 1RM no exercício de
levantamento terra em dois momentos distintos, com 30 sessões de treinamento
realizadas entre as avaliações. Foi utilizado o teste t pareado de Student, e o teste de normalidade de Shapiro-Wilk, através
do software Jamovi. Resultados: A média do 1RM
no levantamento terra do primeiro teste, para o segundo passou de 65,4 kg ±
25,4 para 83,4 kg ± 24,6 kg. Assim, através do teste t pareado, verificou-se
uma diferença significativa nos resultados: p = 0,007. O teste de normalidade
de Shapiro-Wilk obteve: p = 0,082. Conclusão: Após 30 sessões de
intervenção através dos treinamentos do projeto de CROSS UFV, pode-se concluir
que os indivíduos melhoraram sua capacidade de força máxima dos membros
inferiores.
Palavras-chave: força muscular; levantamento de peso; potência
Exercício físico na
prevenção e tratamento de diabetes gestacional
Nayra Cristina Souza Mafra¹, Victor Antonucci Amorim¹, Arthur Duarte Prado², Maria Luiza da
Cruz Santos³, Thalia Miranda Rufino³
¹UFV, Universidade
Federal de Viçosa, Departamento de Medicina e Enfermagem, Viçosa, MG, Brasil
² Afya
- Faculdade de Ciências Médicas de Ipatinga, Ipatinga, MG, Brasil
³ UFV, Universidade
Federal de Viçosa, Departamento de Educação Física, Viçosa, MG, Brasil
Introdução: O diabetes gestacional (DMG) é
definida como intolerância a carboidratos de gravidade variável com o início ou
o primeiro reconhecimento durante a gravidez. Essa condição pode se desenvolver
entre as 24 e 28 semanas de gravidez, em algumas mulheres, e está relacionada
com disfunção das células B pancreáticas, associada a resistência à insulina
tecidual. Essas alterações resultam em um aumento considerável de glicose no
sangue, culminando em consequências tanto para a parturiente - como parto,
prematuro, pré-eclâmpsia e maior risco de desenvolver DM 2 (diabetes mellitus
tipo 2) pós parto-como também para o feto-relacionado a malformações
congênitas, macrossomia fetal, hipoglicemia neonatal, cardiomiopatia. Associado
a isso, o American College of
Obstetricians and Gynecologists (ACOG) sugere que o exercício físico aeróbico
ou de resistência muscular que abrange grandes grupamentos musculares, é
recomendado para a prevenção e tratamento de DMG, por aumentar a resistência à
insulina. Objetivo: Analisar se o exercício físico regular auxilia na
prevenção de diabetes gestacional. Metodologia: Foi utilizada uma uma revisão narrativa, de caráter qualitativo. Para a
pesquisa, procedeu-se a uma busca nas bases de dados Pubmed
e Scielo, utilizando os termos chaves: "Diabetes
Mellitus Gestacional”, “Pregnancy”, “Exercise”, “Weight gain”. Para a seleção dos artigos, foram utilizados
filtros: ensaio clínico; meta-análise; ensaio clínico controlado aleatório;
revisão sistemática; resenha; últimos 10 anos. Resultados: A prática
regular de exercícios físicos demonstrou ter efeitos benéficos em gestantes,
tanto na prevenção do DMG quanto para aquelas que já possuem a condição. O
exercício físico constante contribui para melhorar o controle glicêmico e
aumentar a sensibilidade à insulina. Isso ocorre porque há um aumento na ação
da insulina e na captação de glicose pelos músculos. Além disso, gestantes que
mantêm essa prática diária, geralmente não apresentam um ganho de peso
considerável, o que é um fator importante na prevenção do DMG, dado que a
obesidade é um fator de risco significativo. Conclusão: O
estabelecimento de exercício físico durante a gestação apresentou resultados
favoráveis para a prevenção de DMG, tornando necessário o estímulo dessa
prática para uma promoção de saúde para a parturiente e para o feto.
Palavras-chave: mulher; diabetes gestacional;
exercício físico
Exercício de força com
volante inercial na função executiva em idosas: Ensaio clínico randomizado
Amanda dos Reis Cota1,
Pablo Augusto Garcia Agostinho1, Édison Andrés Pérez Bedoya1,
Claudia Eliza Patrocínio de Oliveira1, Osvaldo Costa Moreira2,
Miguel Araújo Carneiro Júnior1
1Departamento de Educação Física da
Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG, Brasil
2Instituto de Ciências Biológicas e da
Saúde da Universidade Federal de Viçosa, Campus Florestal, Florestal, MG,
Brasil
Introdução: A função executiva é composta de três
principais subcomponentes: controle inibitório, memória de trabalho e
flexibilidade cognitiva. Com o envelhecimento, observa-se uma diminuição dessas
funções, principalmente em mulheres. Contudo, o treinamento resistido contribui
para retardo desses declínios. Objetivo: Avaliar o efeito do treinamento
resistido (tradicional versus volantes inerciais) na função executiva de
idosas. Métodos: Trata-se de um estudo controlado randomizado paralelo
de dois grupos, composto por idosas sem diagnóstico de doenças psiquiátricas ou
crônicas não transmissíveis descontroladas (n = 29). Foram designadas
aleatoriamente por blocos de 2 e 4 para o grupo treinamento resistido
tradicional (GTT, n = 15) e para o treinamento flywheel
(GTF, n = 14). As intervenções ocorreram na Universidade Federal de Viçosa,
durante 8 semanas, duas sessões semanais. Ambos os grupos realizaram 6
exercícios, o GTT realizou exercícios em aparelhos de musculação e pesos livres
e o grupo GTF utilizou o dispositivo multi-gyn flywheel. A função executiva foi avaliada pelo teste
Victória Stroop (controle inibitório), Spam de
dígitos (memória de trabalho) e Teste de trilhas A e B (flexibilidade
cognitiva). O cegamento foi realizado por um administrador externo. O pesquisador
responsável pela intervenção e as idosas não foram cegados. Para comparações intra e intergrupo, foi usada a MANCOVA para examinar a
relação entre múltiplas variáveis dependentes e independentes, considerando os
fatores tempo e grupo. O nível de significância foi de p < 0,05. O estudo
foi registrado como um ensaio clínico no clinicaltrial.gov NCT05910632. Resultados:
Os principais resultados encontrados foram: não houve diferença significativa
no controle inibitório (GTT: pré 18,12 ± 9,76
segundos (s); pós 13,72 ± 6,97s; GTF: pré 15,74 ±
5,46 s; pós 12,40 ± 5,34 s, intragrupo p = 0,670; intergrupos p = 0,350). A
memória de trabalho apresentou diferença significativa apenas intragrupos na
ordem direta (GTT: pré 97 ± 1,69; pós 9,42 ± 1,76
escore; GTF: pré 7,46 ± 1,57; pós 8,71 ± 1,90 escore;
p = 0,002) e na ordem indireta (GTT: pré 6,23 ± 1,70;
pós 6,83 ± 1,46 escore; GTF: pré 5,36 ± 1,43; pós
6,18 ± 2,34 escore; p = 0,002). O teste de trilha A não apresentou diferenças
estatísticas (p > 0,05), enquanto a parte B apresentou diferença intragrupo
significativa (GTT: pré 184,92 ± 96,88 s; pós 158,75
± 96,62 s; GTF: pré 177,92 ± 94,08 s; pós de 138,78 ±
89,67 s; p = 0,030) e uma diferença significativa intergrupos (p = 0,020). Ao
calcular a diferença do tempo da parte B com a A foi
encontrada diferença estatisticamente significativa (p=0,040). O GTF foi o tipo
de treinamento que produziu maiores ganhos na flexibilidade cognitiva. Conclusão:
Oito semanas de intervenção foram capazes de induzir melhoras na memória de
trabalho e flexibilidade cognitiva em ambos os tipos de treinamentos. No
entanto, o treinamento flywheel resultou em maiores
aumentos na flexibilidade cognitiva.
Palavras-chave: envelhecimento; mulher; treinamento de
força
Agradecimentos: A
pesquisa conta com apoio de bolsas CAPES e FAPEMIG
Microdosing of flywheel training: effects of low- vs. high-frequency
training on muscle architecture and strength
Sergio Maroto-Izquierdo1,2,
Irati Jauregui-Fajardo1, Adriana Pérez-Guerrero1, Paula
Redondo-Delgado1, Marina Gómez-Rodríguez1,2
1I+HeALTH strategic research group, European University
Miguel de Cervantes, Valladolid, Spain
2Proporción A, Applied Sports Science Centre, Valladolid,
Spain
Introduction: Flywheel training combines repetitive maximal
concentric muscle contractions with possible heightened demands during the
eccentric ones, leading to increased physiological and mechanical demands
compared to traditional resistance training. Flywheel training has demonstrated
efficacy in enhancing muscle size, strength, mechanical power, and functional
movements through morphological and neuromuscular adaptations. Given the
effectiveness of traditional low-frequency flywheel training, this study aimed
to compare this method with a microdosing regimen —characterized by frequent,
short, high-intensity sessions — to determine their effectiveness in changing
muscle architecture and strength in physically active participants. Methods:
30 physically active volunteers participated in this double-blinded, randomized
controlled trial. They were divided into two training groups that performed the
flywheel leg press exercise: a control low-frequency training group (CG; one
session per week, 5 sets of 8 repetitions) and a high-frequency training
microdosing group (MDG; 5 weekly sessions, 1 set of 8 repetitions), maintaining
equal weekly training volumes for 6 weeks. Vastus lateralis (VL) muscle
thickness, fascicle length and angle, and neuromuscular capacity were tested
before and after intervention. In addition, rate perceived exertion (RPE) and
muscle soreness were register immediately and 24 h after each session,
respectively. Results: MDG showed significant increases in VL muscle
thickness increased by 9.8% (0.21 cm, 95% CI = 0.14-0.27; SE = 0.03, p = 0.006,
ES: 0.41). Furthermore, fascicle length and angle increased by 11.8% (0.96 cm,
95% CI = 0.50–1.44, p = 0.003, ES = 0.81) and 14.2% (2.29º, 95% CI: 1.34–3.24,
p < 0.001, ES = 1.16), respectively. However, no significant changes were
showed compared to the CG. The CG showed marginal and non-significant changes.
Regarding muscle strength, both MDG (27.4%, 95% CI = 6.43–15.27, p < 0.001,
ES = 0.72) and CG (18.6%, 95% CI = 1.70–11.73, p = 0.024, ES = 0.48) showed
significant increases in relative force during the maximal voluntary isometric
squat, yet without notable inter-group differences. No significant differences
were found in the rate of force development (RFD0-100) measured at 100 ms.
Additionally, lower values of RPE and muscle soreness were observed in all
sessions for the MDG compared to the CG. Conclusion: High-frequency
microdosing of flywheel training significantly improved muscle architecture
within a short period and achieved comparable strength gains to those of a
lower frequency regimen. These findings suggest that microdosing can serve as
an effective strategy for enhancing muscular adaptations while potentially
reducing recovery needs and overall training time. This approach could offer
practical benefits for athletes and practitioners seeking efficient training
outcomes with minimized exertion and muscle damage.
Keywords: resistance training ; eccentric ; hypertrophy ;
neuromuscular capacity
Influence of the menstrual cycle on neuromuscular performance in
professional female handball players
Elba Álvarez-Torrado1,2,
Irati Jauregui-Fajardo1, Adriana Pérez-Guerrero1, Paula
Redondo-Delgado1, Silvia Sedano-Campo1, Sergio
Maroto-Izquierdo1,2
1i+HeALTH strategic research group, European University
Miguel de Cervantes, Valladolid, Spain
2Proporción A, Applied Sports Science Centre, Valladolid,
Spain
Introduction: Despite limited evidence regarding the influence of the
menstrual cycle (MC) on neuromuscular performance, there is a widespread belief
in the negative impact of the hormonal fluctuations associated with the MC on
female athletes’ physical performance. Thus, this study aimed to assess changes
in neuromuscular performance during a complete MC in professional handball
players. Methods: Sixteen professional female handball players (21.7 ± 3.2
years) voluntarily participated in this study. Neuromuscular capacity and
sport-specific skills were tested each 48 hours during a complete MC (i.e.,
between the first bleeding of one MC and the first bleeding of the next cycle;
14 testing sessions in total). During each testing session, kinetic and
kinematic variables of the countermovement jump (CMJ) and the drop jump (DJ),
peak force and rate of force development (RFD) of the mid-thigh pull test
(MTP), and overhead throwing velocity were measured. Results:
Significant differences were found in the time to take-off in the CMJ, with the
20-23 days of the MC (which corresponded to the theoretical luteal phase)
showing longer times compared to the other days. Additionally, differences were
observed in the relative strength index (RSI) in the DJ, showing significant
lower values on day 6 day and day 8 compared to day 13. However, no significant
differences were observed on jump height, peak propulsive force and power,
landing force, propulsive impulse force and mRSI between the different testing
days of a complete MC. Regarding isometric strength and throwing velocity, no
differences were found between measurements. Conclusion: In conclusion,
no negative changes in vertical jump performance, isometric strength, or
throwing velocity occured over a complete MC in professional female handball
players. The only variables that were slightly affected in specific
measurements were the time to take-off for takeoff in the CMJ and the RSI in
the DJ. This paves the way for future research into explosive strength, which
is a crucial skill in handball and has significant potential to aid in injury
prevention.
Keywords: menstrual cycle ; vertical jump ; muscle
strength ; throwing velocity ; team-sports