Rev Bras Fisiol Exerc. 2024;23:e235607

doi: 10.33233/rbfex.v23i3.5607




I Congresso Internacional de Treinamento Funcional

12 a 14 de julho de 2024

Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil

 

 

Presidente

Prof. Dr. Edir Da Silva Grigoletto

 

Coordenador

Prof. Gilson Doria

 

Comissão organizadora

Prof. Dr. Marzo Edir Da Silva Grigoletto

Prof. Gilson Doria

Prof. Dr. Afrânio De Andrade Bastos

Prof. Dr. Ailton Fernando Santana De Oliveira

Prof. Dr. Alan Bruno Silva Vasconcelos

Prof. Dr. André Sales Barreto

Prof. Dr. Ángel Carnero Díaz

Prof. Dr. Charles Nardelli

Profa. Dra. Cristiane Bani Correa

Prof. Dr. Enilton Aparecido Camargo

Prof. Dr. Felipe Jose Aidar Martins

Prof. Dr. Hamilcar Silveira Dantas Junior

Profa. Dra. Martha Maria Viana De Braganca

Prof. Dr. Marcos Bezerra De Almeida

Prof. Dr. Raphael Fabricio De Souza

Prof. Dr. Ricardo Aurélio Carvalho Sampaio

Prof. Dr. Ricardo Queiroz Gurgel

Prof. Dr. Roberto Jeronimo Dos Santos Silva

Prof. Dr. Rogerio Brandão Wichi

Profa. Dra. Tatiana Rodrigues De Moura

Prof. Dr. Valter Joviniano De Santana Filho

 

 

 

Comissão científica

Prof. Dr. Ailton Fernando Santana De Oliveira

Prof. Dr. Alex Silva Ribeiro

Prof. Dr. Alexandre Evangelista

Prof. Dr. Alexandre Machado

Prof. Dr. Ángel Carnero Díaz

Prof. Dr. Antônio Gomes de Resende Neto

Profa. Dra. Bruna Massaroto

Prof. Dr. Caue La Scala Teixeira

Profa. Dra. Christianne de Faria Coelho Ravagnani

Prof. Dr. Danilo Bocallini

Prof. Me Diêgo Augusto Nascimento Santos

Prof. Dr. Edilson Serpeloni Cyrino

Prof. Dr. Estélio Henrique Martin Dantas

Prof. Dr. Francisco Perona

Prof. Dr. Jorge Bezerra

Prof. Dr. Juan Manuel Garcia-Manso

Prof. Dr. Juan Ramon Heredia

Prof. Dr. Leandro Henrique Albuquerque Brandão

Prof. Dr. Leonardo De Sousa Fortes

Prof. M.e. Levy Anthony S. de Oliveira

Prof. Dr. Leonardo Lima

Prof. Dr. Leônidas Oliveira

Profa. Dra. Marcela Rodrigues De Castro

Prof. Dr. Marcelo Mota

Prof. Dr. Marcos Bezerra De Almeida

Prof. Dr. Marzo Edir Da Silva Grigoletto

Prof. Dr. Mauro Virgílio Gomes de Barros

Prof. Dr. Pablo J. Marcos-Pardo

Prof. Dr. Raphael Fabricio De Souza

 

Editorial

 

É com grande entusiasmo que apresentamos os anais do I Congresso Internacional de Treinamento Funcional (CITF), um marco histórico na área de Treinamento Funcional e suas diversas intersecções com a saúde, o desempenho e a qualidade de vida. Este evento nasce da necessidade de consolidar o conhecimento científico e práticas inovadoras em uma área que vem crescendo exponencialmente nos últimos anos, tanto no Brasil quanto no cenário global.

O Treinamento Funcional, como abordagem de exercício físico, tem se mostrado uma estratégia extremamente eficaz e versátil para melhorar o desempenho físico em diversos contextos — desde atletas de elite até populações com necessidades especiais, como idosos e indivíduos em reabilitação. Ao enfatizar movimentos multiarticulares e padrões motores que mimetizam as atividades cotidianas, o Treinamento Funcional promove adaptações físicas integradas e holísticas, focando na qualidade do movimento e na prevenção de lesões, fatores cruciais para a longevidade da prática de exercícios.

Este congresso reuniu alguns dos mais renomados pesquisadores, professores e profissionais da área de educação física e ciências do movimento. Ao longo dos dias do evento, tivemos a oportunidade de discutir tópicos inovadores como a quantificação da dose de treinamento, modelos de periodização aplicados ao funcional, e intervenções de treinamento em populações com diferentes perfis de aptidão física. Os trabalhos aqui apresentados refletem o estado da arte na pesquisa e na prática do Treinamento Funcional, abordando desde a biomecânica dos movimentos funcionais até a aplicabilidade dessa modalidade em ambientes como academias, boxes de treinamento, clínicas de reabilitação e programas de saúde pública.

Um dos grandes méritos deste congresso foi promover o diálogo entre a academia e os profissionais do movimento, fomentando a colaboração interdisciplinar. Em um mundo onde a saúde e a funcionalidade física estão sendo cada vez mais desafiadas por estilos de vida sedentários e doenças crônicas, o Treinamento Funcional emerge como uma ferramenta essencial para a promoção da saúde e do bem-estar populacional.

Esperamos que os resumos apresentados nestes anais inspirem futuras pesquisas e práticas, contribuindo para o desenvolvimento contínuo desta área promissora. Que o I CITF seja apenas o primeiro de muitos eventos que fortalecerão a ponte entre ciência e prática no campo do treinamento funcional.

 

Prof. Dr. Marzo Edir Da Silva Grigoletto

Presidente do Comitê Científico

I Congresso Internacional de Treinamento Funcional

RESUMOS

Efeitos do treinamento funcional sobre variáveis biopsicossociais de acadêmicos

 

Aldenora Ribeiro da Silva1, Marquenis André de Souza1, Alan Pantoja Cardoso1, Erica Carneiro Feio Nunes2, Francivaldo José da Conceição Mendes1, Gileno Edu Lameira de Melo1, Smayk Sousa Barbosa2, José Robertto Zaffalon Júnior1

 

1Universidade do Estado do Pará, Altamira, PA, Brasil

2Universidade do Estado do Pará, Belém, PA, Brasil

 

aldenora.rsilva@aluno.uepa.br

 

Introdução: O ingresso em uma graduação ocasiona mudanças importantes na vida do indivíduo como um todo. Tais mudanças podem afetar diretamente no humor, no nível de estresse, piora da qualidade do sono, na qualidade de vida e afetar também a saúde mental prejudicando a tomada de decisões. Objetivo: analisar os efeitos do treinamento funcional sobre variáveis biopsicossociais de acadêmicos. Métodos: A pesquisa contou com 28 universitários de diferentes períodos no grupo pré-intervenção (G1) e 26 no grupo pós-intervenção (G2), trata-se de uma pesquisa de natureza aplicada com abordagem quantitativa. Realizou-se avaliações da estatura, peso, circunferência da cintura e do quadril (Pitanga, 2019), posteriormente foi aplicado o protocolo de Pollock de 7 dobras cutâneas para mensuração da composição corporal (Riebe et al., 2018). Foram aplicados os questionários: Indice de qualidade do sono de Pittsburgh (PSQI) (Bertolazi et al., 2011), a escala de estresse percebido (PSS-10) (Machado et al., 2014), o de qualidade de vida SF-36 (Ciconelli et al., 1999) e finalizou-se a etapa de avaliação inicial com o teste de Aptidão cardiorrespiratória (Teste de Cooper) (Fernandes Filho et al., 2018). Na etapa de intervenção, foram realizadas três sessões de treino semanais, por um período de 12 semanas, totalizando 36 sessões de treinamento funcional. Ao final da intervenção, todos os procedimentos de avaliação, testes e questionários foram repetidos. Os resultados foram comparados por meio do Teste t de Student para amostras independentes, e o nível de significância adotado foi de p < 0,05. A presente pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisas com seres humanos da Universidade do Estado do Pará, Campus XII, Tapajós, sob o parecer nº 6.425.391. Resultados: Ao comparar os dados antes e depois, foram obtidos os seguintes resultados: Peso G1 = 66,19 ± 18,12 e G2 = 67,36 ± 18,10 (p=0,813); IMC G1 = 24,29 ± 5,36 e G2 = 25,60 ± 7,33 (p = 0,455); RCQ G1 = 0,89 ± 0,08 e G2 = 0,84 ± 0,07 (p = 0,777); VO2máx G1 = 24,97 ± 8,86 e G2 = 25,22 ± 9,55 (p = 0,919); percentual de gordura G1 = 24,96 ± 5,64 e G2 = 25,10 ± 6,60 (p=0,932), nestas variáveis não houveram mudanças significativas. Já nas variáveis: Qualidade do sono G1 = - 7,69 ± 3,68 e G2 = 5,65 ± 2,51 (p < 0,022); Estresse Percebido G1 = 21,97 ± 5,76 e G2 = 15,96 ± 6,92 (p < 0,001); Qualidade de Vida Saúde Física G1 = 49,14 ± 9,26 e G2 = 53,46 ± 6,53 (p < 0,049) e Qualidade de Vida Saúde Mental G1 = 51,31 ± 10,14 e G2 = 56,19 ± 7,16 (p < 0,047). Conclusão: o treinamento funcional mostrou-se eficaz na melhora da qualidade do sono, nível de estresse percebido e qualidade de vida dos participantes. Com isso, se apresentando como uma possibilidade para minimizar os impactos que estes problemas acarretam na vida do estudante universitário. Em relação às outras variáveis que não mostraram melhora significativa acredita-se que estudos com número amostral e tempo de intervenção maior em relação ao que foi utilizado, possam proporcionar resultados mais relevantes.

Palavras-chave: exercício físico; satisfação pessoal; estudantes universitários

 

Apoio: CNPQ e Laboratório de Exercício Físico e Estilo de Vida (LEFEV)

 

 

 

Efeitos de um programa de rotinas alternadas de eletroestimulação de corpo inteiro (wb-ems) em parâmetros morfofuncionais em indivíduos saudáveis

 

Alexandre Lopes Evangelista1, Bruna Massaroto2, Tiago Volpi Braz1, Danilo Sales Bocalini3

 

¹Centro Universitário Católico Ítalo Brasileiro, São Paulo, Brasil

2Universidade Nove de Julho, São Paulo, Brasil

3Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, Brasil

 

alexandre.lopes@italo.edu.br

 

Introdução: A eletroestimulação de corpo inteiro (WB-EMS) é uma estratégia de treino que vem ganhando cada vez mais espaço dentro do segmento fitness. Entre os motivos para isso, pode-se destacar a sua eficiência de tempo, com treinos de apenas 20 minutos e a melhora na qualidade de vida e capacidade funcional. No entanto, ainda existem dúvidas sobre seus benefícios em médio e longo prazo utilizando rotinas alternadas em programas de treinamento. Objetivo: Avaliar o efeito de um programa de rotinas alternadas de WB-EMS de 6 semanas em parâmetros morfofuncionais em indivíduos saudáveis. Métodos: Foram incluídos 21 voluntários, com idade de 48 ± 11 anos, 1,64 ± 9 metros de estatura e 70 ± 14 kg de massa corporal, frequentadores de uma academia de WB-EMS em São Paulo. Todos apresentavam experiência de, no mínimo, 3 meses com o método. As sessões de treinamento consistiram em exercícios utilizando peso corporal, fitas de treinamento em suspensão e elásticos de resistência. A estratégia adotada utilizou 2 rotinas distintas de treinamento, intercalados e realizado duas vezes por semana, por seis semanas, com intensidade relativa (PSE 0-10) entre 7-8 usada para todas as sessões/rotinas de treino. Para rotina A (semanas 1, 3 e 5), o equipamento foi ajustado para liberar corrente elétrica bipolar com frequência de 85 Hz, amplitude de impulso de 350 µs, com 10 segundos de estimulação e 5 segundos de reposição com 12 exercícios trabalhados no método bi-set. Na rotina B (semanas 2, 4 e 6), o equipamento foi ajustado para liberar corrente elétrica bipolar com frequência de 70 Hz, amplitude de impulso de 350 µs, com 10 segundos de estimulação e 5 segundos de reposição com 18 exercícios trabalhados no método tri-set. Foram analisados o índice de massa corporal (IMC), o percentual de gordura corporal (%GC) e circunferências da cintura e quadril, a força abdominal em 1 minuto, flexão de braço e o teste do meio sugado até a falha. Foi utilizado o teste T pareado e o d de Cohen para o cálculo do tamanho de efeito adotando nível de significância de 5%. Resultados: Foi encontrado aumento significativo no número de repetições no teste de abdominal em 1 minuto (29 ± 10 vs 35 ± 13 reps; p < 0,001; d = 0,51), flexão de braço (23,8 ± 10,4 vs 33 ± 14,2 reps; p < 0,0001; d = 0,73) e teste do meio sugado (19 ± 14 vs 27 ± 8 reps; p < 0,0001 d = 0,49). Em relação as variáveis de IMC, %GC e circunferências de cintura e quadril, não foram encontradas diferenças significativas após as seis semanas de treinamento. Conclusão: A intervenção de seis semanas aplicando a WB-EMS pode ser eficaz na melhora da aptidão física sem, no entanto, promover alterações nos parâmetros antropométricos. Sugerimos que futuros estudos sejam conduzidos com amostra maior, presença de grupo controle e maior período de intervenção para confirmar esses achados.

Palavras-chave: eletroestimulação; força muscular; capacidade funcional; composição corporal

 

 

Desempenho de força estática de membros inferiores em mulheres com e sem dor femoropatelar (dfp): um estudo transversal

 

Aluísio André Dantas de Sousa¹, Ivson Thales Gomes Silvino¹, Irivam Batista da Silva neto¹, Antonio Paulo da Silva Oliveira², Lucas Camilo Pereira³, Maristela Linhares dos Santos¹, Hassan Mohamed Elsangedy¹, Leônidas de Oliveira Neto¹

 

¹Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal/RN, Brasil

²Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba/MG, Brasil

3Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande/PB, Brasil

 

andrepesquisador1@hotmail.com

 

Introdução: A Dor Femoropatelar (DFP) é um distúrbio musculoesquelético da articulação do joelho associada a uma baixa qualidade de vida, que causa dor e limitações funcionais. Fatores biomecânicos relacionados a força e flexibilidade nas regiões (distais e proximais) ao joelho, são geralmente alvo de investigações nessa patologia. Atualmente a literatura aponta que testes funcionais envolvendo tarefas dinâmicas, ajudam a melhor caracterizar pessoas com DFP. Nessa perspectiva o Star Excursion Balance Test (SEBT) avalia a mobilidade, estabilidade e força de forma integrada (cadeia cinética). Objetivo: Comparar o desempenho na força em mulheres com e sem DFP. Metodologia: Esse é um estudo transversal, a amostra foi composta por 96 mulheres (18 a 40) anos de idade, pareadas pelo IMC, sendo 48 no grupo com DFP e 48 no grupo sem DFP. Foram avaliadas as forças de extensão de joelho com as avaliadas sentadas e posicionadas em 90º de flexão de quadril e joelho, além das forças extensão de quadril e flexão plantar do tornozelo, com as avaliadas posicionadas em decúbito ventral. O instrumento utilizado para análise da força foi dinamômetro portátil Lafayette® Hand Held Dynamometer 01165 (© Lafayette Instrument Inc., IN, USA). A medida foi mensurada em newtons (N) e relativizada pela massa corporal da voluntária (kg) seguindo a equação: [(N/kg) × 100]. Para análise foi considerado o membro dominante das voluntárias sem DFP e o de maior dor nas voluntárias com DFP. A estatística utilizada para comparação entre os grupos foi Teste T, o nível de significância considerado foi p < 0,05. Resultados: Foi observado diferença estatisticamente significativa (p = 0,005) apenas na força de extensão de joelho (560,07 ± 167,61 vs 458,06 ± 183,02) tendo o grupo com DFP os piores resultados. Apesar da média do grupo com DFP apresentar resultados inferiores, não houve diferença na força de extensores de quadril (269,89 ± 117,77 vs. 240,63 ± 96,82) e de flexores plantares de tornozelo (739,99 ± 187,00 vs. 684,66 ± 198,30) entre os grupos. Considerações finais: Mulheres com DFP apresentaram menor força de extensão de joelho quando comparadas ao grupo sem DFP. Quando da necessidade de avaliação da força estática, a de extensão de joelho deve ser considerada em relação a força de extensão de quadril e de flexão plantar de tornozelo.

Palavras-chave: desempenho físico funcional, articulação do joelho, dor femoropatelar, mulheres 

 

Apoio: CNPq/CAPES

 

 

Efeito agudo de uma única sessão de treinamento funcional na qualidade do sono de mulheres com câncer de mama em tratamento quimioterápico

 

Ana L Resende Setton, Dayana G. Góes Lôbo Soares, Ozanar Dos Santos Monteiro, Rogério Brandão Wichi

 

Programa de Pós-Graduação em Educação Física – PPGEF, Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil

 

settonana@gmail.com

 

Introdução: O câncer de mama é uma importante questão de saúde pública e a principal causa de morte entre mulheres em idade fértil no Brasil. O tratamento clínico farmacológico, embora eficaz, pode afetar negativamente a qualidade do sono. O treinamento funcional, com exercícios multicomponentes, pode ser uma estratégia promissora para melhorar o sono durante o tratamento quimioterápico. Objetivo: Avaliar o efeito imediato de uma sessão de treinamento funcional na qualidade do sono em mulheres com câncer de mama em tratamento quimioterápico. Métodos: O estudo adotou um delineamento experimental de um único grupo, composto por 11 mulheres diagnosticadas com câncer de mama e em tratamento quimioterápico, selecionadas por conveniência. Todas as participantes foram submetidas a uma única sessão de treinamento funcional, com duração de 55 minutos. A qualidade do sono foi avaliada por meio do questionário de Pittsburgh (PSQI-Br), aplicado em um dia de sono sem sessão de treinamento comparado ao dia de sono seguinte à sessão, ambos no turno da manhã, e pontuada de acordo com os escores "Boa", "Ruim" e "Péssima". Os resultados foram dispostos por meio de frequência e porcentagem nos dois momentos de avaliação. Este estudo recebeu aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe, sob o CAAE: 77010824.6.0000.5546. Resultados: No dia sem execução do protocolo de treinamento, a maioria das pacientes (45,5%) pontuaram uma qualidade de sono classificada como "Péssima", seguida por "Ruim" (36,4%), com a categoria "Boa" representando a menor pontuação (18,2%). No entanto, na manhã seguinte à sessão de treinamento funcional, houve uma notável melhora na distribuição das respostas, visto que no segundo momento de avaliação, a maioria das pacientes (63,6%) pontuou sua qualidade do sono como "Boa", enquanto as proporções de "Ruim" e "Péssima" diminuíram para 36,4% e 0%, respectivamente. Conclusão: Com base nos resultados obtidos, sugere-se que uma única sessão de treinamento funcional tem impacto imediato positivo na qualidade do sono das mulheres com câncer de mama em tratamento quimioterápico.

Palavras-chave: Câncer de mama; qualidade do sono; treinamento físico; tratamento quimioterápico

 

Apoio: CNPq e CAPES

 

 

Análise de custo-efetividade do treinamento funcional e do tai chi chuan na capacidade funcional de mulheres idosas

 

André FS Almeida, Marcos R. Pereira-Monteiro, Leury MS Chaves, José C Aragão-Santos, Marzo Edir Da Silva Grigoletto

 

Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil

 

afilipe@academico.ufs.br

 

Introdução: O processo de envelhecimento provoca perda natural e progressiva da integridade fisiológica e diminuição da funcionalidade. Nesse contexto, o Tai Chi Chuan (TC) e o Treinamento Funcional (TF) podem ser alternativas não farmacológicas para retardar ou reverter esse cenário, mas qual seria mais custo-efetiva na promoção de funcionalidade para esse público? Objetivo: Analisar o custo-efetividade do TF e do TC na funcionalidade quando aplicados em mulheres idosas fisicamente independentes. Métodos: O estudo foi um ensaio clínico randomizado com duração de 16 semanas de treinamento, e avaliações pré e pós intervenção. Foram recrutadas 60 mulheres idosas, que foram divididas em dois grupos, o grupo TF (GTF) e o grupo TC (GTC). O cálculo de custo-efetividade (CEint = CBint / Efeitopos - Efeitopre) corresponde à razão entre o custo benefício da intervenção e o efeito alcançado após o período de treinamento. Esse cálculo foi realizado nas variáveis que apresentaram diferença de média estatisticamente significativa de pré para pós. O custo benefício corresponde à razão entre o valor investido e a quantidade de pessoas assistidas; e a efetividade, corresponde ao score alcançado nos seguintes testes funcionais: Sentar e levantar em 5 repetições (SL5R); Arremesso de medicine ball (MEDB); Timed up and go (TUG); Levantar do solo (LEVS) e Gallon-jug shelf-transfer (GJST). A intervenção contou com três sessões semanais, com 50 minutos cada. O GTF contou com três blocos: preparação para o movimento; exercícios de potência, velocidade, agilidade e coordenação; e exercícios de força. O GTC, contou com dois blocos: Qi Jong de preparação para o movimento; e os oito exercícios da sequência Baduanjin. Os resultados foram apresentados como média e desvio padrão, e a normalidade da distribuição verificada pelo teste de Shapiro Wilk, sendo que para a comparação de médias foi utilizada a análise de medidas repetidas (ANOVA 2x2), sendo calculado o tamanho do efeito d de Cohen, e adotado um nível de significância de 5% (p < 0.05). Resultados: Em relação à efetividade, o GTF se mostrou efetivo em todos os testes avaliados: SL5R (pré:8,4 ± 1,7s; pós:7,7 ± 1,5s; d = -0,44; p = 0,029), MEDB (pré:226 ± 35 cm; pós:242 ± 32 cm; d = 0,46; p = 0,047), LEVS (pré:3,8 ± 0,8s; pós:3,5 ± 0,7s; d = -0,42; p < 0,013), TUG (pré:7,4 ± 0,7s; pós:7,1 ± 0,8s; d = -0,47; p = 0,014) e GJST (pré:10,8 ± 1,1s; pós:10,0 ± 1,4s; d = -0,71; p < 0,001); enquanto o GTC foi efetivo apenas no TUG (pré:7,4 ± 0,8s; pós:6,9 ± 0,7s; d = -0,66; p < 0,001) e GJST (pré: 10,8 ± 0,9s; pós: 9,7 ± 0,7s; d = -1,27; p < 0,001). Após realizados os cálculos de custo-efetividade, o GTC foi mais custo-efetivo no TUG (GTF: 651,71 R$.n-1/s; GTC: 177,51 R$.n-1/s) e GJST (GTF: 260,68 R$.n-1/s; GTC: 84,69 R$.n-1/s). Conclusão: Somente o TF mostrou-se efetivo na potência muscular de membros inferiores e de membros superiores e também na funcionalidade em se levantar. No entanto, o TC foi mais custo-efetivo em destreza manual e equilíbrio dinâmico.

Palavras-chave: envelhecimento; saúde; políticas públicas; independência

 

Apoio: CNPq, CAPES e FAPITEC

 

 

Eficácia do treinamento combinado na redução do medo de cair e na qualidade de vida de idosas destreinadas

 

Arielly da Silva Sá¹, Newton Benites Carvalho Lima1, Salviano Silva Resende1, Laiza Ellen Santana Santos1, Marcos Raphael Pereira Monteiro1, José Carlos Aragão-Santos1, Antônio Gomes de Resende Neto2

 

1Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil

2Centro Universitário Estácio Sergipe, Aracaju, SE, Brasil

 

ariellysa@academico.ufs.br

 

Introdução: O envelhecimento populacional traz desafios como o medo de cair em idosas, que compromete a independência e a qualidade de vida. Há poucos estudos sobre a eficácia do treinamento combinado para reduzir esse medo e melhorar a qualidade de vida de idosas destreinadas. Pesquisar essa abordagem pode preencher lacunas na literatura e ajudar na implementação de programas de saúde pública eficazes. Objetivo: Verificar os efeitos do treinamento combinado no medo de cair e na qualidade de vida de idosas destreinadas. Métodos: 60 idosas participaram de um estudo piloto, divididas em: Grupo Combinado (TC: n = 42; 68,1 ± 5,9 anos; 27,3 ± 3,8 kg.m-²) e Grupo Controle (GC: n = 18; 67,2 ± 7,0 anos; 27,7 ± 5,2 kg.m-²). O GC manteve suas atividades habituais, enquanto o TC praticou por 12 semanas, três sessões semanais de 50 minutos, exercícios resistidos em máquinas, caminhada e corrida leve, como também alongamentos. Para os instrumentos de medição foi utilizado o questionário de Qualidade de Vida SF-12 e para o Medo de Cair, a Falls Efficacy Scale-International (FES-I). Resultados: Ao final da intervenção, o TC apresentou melhoras estatisticamente significativas em todas as variáveis com relação aos valores iniciais. Quando comparado ao GC, o TC promoveu melhoras estatisticamente significativas na qualidade de vida – SF12 (Score físico – Pós TC: 51,15 ± 5,67 vs Pós GC: 47,49 ± 5,45 pontos; %: 7,71; TE: 0,66; p = 0,05); (Score mental – Pós TC: 55,62 ± 7,35 vs Pós GC: 50,66 ± 9,78 pontos; %: 9,79; TE: 0,57; p = 0,05). Entretanto não houve diferenças estatísticas significantes em relação ao GC no medo de cair (FES-1 – Pós TC: 21,52 ± 4,39 vs Pós GC: 23,28 ± 3,83 pontos; %: 7,56; TE: -0,43; p = 0,114). Conclusão: O presente protocolo de TC demostra- se eficaz na melhora dos domínios físicos e mentais da qualidade de vida em idosas destreinadas.

Palavras-chave: qualidade de vida; saúde pública; prevenção de queda

 

Apoio: CNPq e CAPES

 

 

Efeito do treinamento funcional no índice de aptidão física geral de pessoas idosas

 

Bárbara Raquel Souza Santos1, Jenifer Kelly Pinheiro2, Taynan de Jesus Santos1, Maria Gilmara Santos de Souza2, Luis Claudio Santos de Santana3, Victória de Figueirêdo Silva Tavares2, Rogério Brandão Wichi1

 

1Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil

2Centro Universitário Doutor Leão Sampaio, Juazeiro do Norte, CE, Brasil

3Instituição Federal do Cariri, Juazeiro do Norte, CE, Brasil

 

barbararaquel019@gmail.com

 

Introdução: O processo de envelhecimento é caracterizado por uma perda de massa muscular, o que consequentemente diminui a força e a resistência, levando a alterações no equilíbrio e na coordenação, diminuindo assim a aptidão física do idoso. A prática regular do treinamento funcional pode mitigar essa perda de massa muscular, melhorando, portanto, a aptidão física do idoso. Objetivo: Avaliar o efeito do treinamento funcional no índice de aptidão física geral de pessoas idosas. Métodos: Trata-se de uma pesquisa quase experimental, onde é apresentado apenas o grupo intervenção. A amostra foi selecionada por conveniência em um projeto de extensão de uma instituição de ensino superior, totalizando 8 participantes. Foram incluídos na pesquisa, aqueles que estiveram desde o início do projeto, e exclusos aqueles que não realizaram o Senior Fitness Test e com mais de 80% de faltas. Foi aplicado o Senior Fitness Test, composto por seis testes que avaliam resistência e força muscular de membros inferiores e superiores (sentar e levantar e flexão de antebraço respectivamente), sentado e alcançar (flexibilidade de membros inferiores), sentado, caminhar 2,45m e voltar a sentar (agilidade e velocidade), alcançar atrás das costas (flexibilidade de membros superiores) e teste de seis minutos (resistência aeróbica), foi somado o escore de cada teste para classificar o índice de aptidão física geral. A intevenção realizada foi de treinamento funcional, três vezes por semana, com duração de 50 minutos, a intensidade foi mensurada por meio da Escala de OMNI-GSE. A coleta de dados foi realizada em três momentos: pré intervenção, dois meses e doze meses de intervenção. O tratamento para a análise dos dados foi elaborado a partir de um banco de dados digitado no programa Microsoft Excel®, 2013. Em seguida, as análises dos dados da pesquisa foram realizadas por meio do programa JAMOVI, versão (2.3.19). No presente estudo as análises descritivas foram realizadas por meio das medidas de tendência central e dispersão (média e desvio padrão). Para verificação da normalidade e esfericidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro-Wilk e Mauchly’s respectivamente. ANOVA para medidas repetidas foi aplicada para verificar o efeito de interação do grupo entre os momentos. O Eta Squared foi utilizado para verificação do tamanho do efeito da intervenção. Foi utilizado o Post Hoc de Tukey para comparar os momentos. Em todas as análises foi adotando um alfa de 0,05. O projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário Dr. Leão Sampaio (UNILEÃO), com o parecer 5.611.163. Resultados: A média do índice de aptidão física geral foram: Pré intervenção: 26 ± 6; dois meses: 44 ± 12; doze meses: 70 ± 8. A análise estatística demonstrou diferença ao longo do tempo (p 0,05). Conclusão: A prática regular do treinamento funcional promove aumento a aptidão física geral de idosos.

Palavras-chave: idosos; independência funcional; treinamento físico

 

 

Sistema para estudo do perfil comportamental de praticantes de atividade física não supervisionada

 

Beatriz Santana Costa da Silva, Erik Antony Alves Santos, Carlos Daniel de Jesus Almeida, José Gilmar Nunes de Carvalho Filho, Elyson Adan Nunes Carvalho, José Carlos Aragão Santos, Marzo Edir Da Silva Grigoletto

 

Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil

 

biasancost@gmail.com

 

Introdução: O estudo da ciência de movimento tem melhorado a qualidade de vida e a compreensão do funcionamento do corpo humano. Todo movimento corporal produzido pelos músculos que resulte em gasto energético é classificado como atividade física. Estudos indicam que a prática regular de atividade física está associada com a redução do risco de doenças como diabetes e cardiovasculares. No entanto, a avaliação dos impactos de diferentes tipos de atividades, especialmente as mais cotidianas, enfrenta desafios tecnológicos na coleta de dados. Métodos tradicionais, como questionários e observações individuais, são subjetivos e podem produzir resultados inconsistentes. Novos sistemas avaliativos, como os sensores de movimento, têm sido estudados para avaliação de postura e atividade física supervisionada. Objetivo: Analisar a viabilidade de investigação sobre a postura e perfil corporal das pessoas praticantes de atividade física não supervisionada, a partir do uso de sensores inerciais acoplados na perna e cintura. Métodos: Foi desenvolvido um protótipo vestível capaz de coletar dados de posição corporal. Para isso, foi utilizado o sensor MPU 6050, composto por um acelerômetro e um giroscópio, ambos de três eixos. As informações são armazenadas em um cartão MicroSD e a conexão entre os módulos é feita por um microcontrolador ESP32. A fim de avaliar a viabilidade do protótipo, foram coletados dados a partir do seu uso em um dos pesquisadores. Nesse sentido, a coleta foi feita em três blocos: posições fixas; alternando as posições; variações em pé. Em cada bloco houveram três experimentos, realizados em dias e locais diferentes. No primeiro bloco, o dispositivo foi acoplado ao usuário e este permaneceu em quatro posições (sentado, em pé, deitado e andando) por cinco minutos, gerando 3600 amostras. No segundo bloco, cada experimento tinha uma sequência específica de posições a ser seguida, em que o usuário deveria permanecer em cada posição por dois minutos. No último bloco, foram realizados experimentos na posição em pé e algumas variações, como ligeiras batidas de pé, para investigar as limitações do sistema. A classificação dos dados foi feita utilizando o algoritmo de Naive Bayes e um filtro de moda. Resultados: Após a realização dos experimentos, considerando o classificador em conjunto com o filtro de moda, o sistema alcançou uma taxa de acerto de 100% nos experimentos do primeiro bloco. No segundo bloco, os erros foram inferiores a 0,9% na etapa de classificação. Por fim, o terceiro bloco demonstrou que a estabilização dos sensores após alguma variação em pé, é um fator crucial para a classificação correta das amostras. Conclusão: A metodologia de análise e postura de movimento se mostrou satisfatória a partir dos resultados preliminares encontrados, o que indica ser uma técnica realizável para esse tipo de estudo e aplicação. Planos futuros incluem testar o sistema em vários usuários e testes para detectar outros tipos de movimento corporal.

Palavras-chave: atividade física, captura de movimento, postura corporal, acelerômetro, giroscópio

 

 

Efeitos do treinamento calistênico na capacidade de salto de adultos jovens com obesidade e sua relação com a frequência de treino

 

Breno JFS Rocha, Wandercleiton S Oliveira, Leonardo LR Santos, André FS Almeida, Leury MS Chaves, Marzo Edir Da Silva Grigoletto

 

Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil

 

brenojuanfeitosa@gmail.com

 

Introdução: A potência muscular pode ser entendida como a capacidade do indivíduo gerar força rapidamente, sendo a de membros inferiores muito importante para a realização das atividades da vida diária, além de atuar como forte preditor do risco de quedas. Indivíduos obesos tendem a ter essa valência física reduzida em decorrência do excesso de gordura corporal. O treinamento de força se destaca por atenuar ou reverter essa redução, contudo a frequência ao treinamento pode impactar nos resultados, já que não atingir um volume de treino adequado impede a obtenção de efeitos satisfatórios. Nesse sentido, o Treinamento Calistênico (TC) surge como opção ao proporcionar melhoras na funcionalidade do indivíduo, aprimorando as capacidades físicas e padrões básicos de movimento. Ainda que sem sobrecarga externa, a utilização do peso corporal torna o método versátil e acessível, destacando-se de outras modalidades. Com base na literatura atual, não há estudos envolvendo o treinamento com peso corporal em indivíduos obesos sobre o efeito na capacidade de salto e a sua relação com a frequência de treinamento. Objetivo: Avaliar os efeitos da calistenia na capacidade de salto de jovens adultos com obesidade e compará-los em relação à frequência de treino. Métodos: Trinta indivíduos foram divididos em dois grupos: Normal Peso (NP n = 15; 27,4 ± 6,9 anos; IMC = 21,6 ± 1,8 kg/m²) e com Obesidade (OB n = 15; 29,4 ± 5,5 anos; IMC = 34,2 ± 3,2 kg/m²). Ademais, os indivíduos do grupo OB foram categorizados em: alta frequência de treinamento (AFT n = 7), sendo esta superior a 80%; e baixa frequência de treinamento (BFT n = 8), sendo inferior a 65%. Todos os participantes realizaram sessões de calistenia durante 6 semanas, composta por exercícios utilizando o próprio peso corporal, como squat, push up, burpee, pull up, high knees, etc. A capacidade de salto foi estimada através do Counter Movement Jump pré e pós intervenção. Foram realizados testes t para amostras independentes e dependentes para comparações inter e intragrupos. Os dados são expressos como média e desvio padrão e o nível de significância adotado foi p < 0,05. O delta percentual (Δ) foi calculado entre os momentos. Resultados: Os grupos NP e OB apresentaram uma frequência média de 70,3 ± 9,3% e 70,5 +18,6%, respectivamente. Ambos os grupos tiveram um aumento da capacidade de salto, sendo significativo para o grupo NP (+ 5,1 cm, Δ = +17%, p < 0,01) e não significativo para o grupo OB (+1,1 cm, Δ = 5%, p = 0,40). Em relação aos subgrupos OB, houve aumentos na capacidade de salto, porém não significativos, sendo AFT (+2,1 cm, Δ = +9%, p = 0,47) e BFT (+0,4 cm, Δ = +2%, p = 0,74), não havendo diferença estatística significativa entre eles (p = 0,19). Conclusão: Após seis semanas de intervenção, o TC demonstrou aumentar significativamente a capacidade de salto apenas para o grupo NP. O grupo OB apresentou aumento não significativo na capacidade de salto, não havendo diferenças estatisticamente significativas da alta e baixa frequência ao treinamento.

Palavras-chave: calistenia; força muscular; capacidade funcional; membros inferiores

 

Apoio: CAPES

 

 

Efeito do treinamento funcional domiciliar em idosos longevos com fragilidade física: resultados preliminares em um estudo piloto

 

Bruna da Silva Vieira Capanema, Felipe Fank, Maria Clara Trento, Damares Barbosa Reis, Giovana Zarpellon Mazo

 

Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Florianópolis, SC, Brasil

 

brunacapanema84@gmail.com

 

Introdução: Com o aumento significativo no número de idosos longevos com fragilidade física (FF) vivendo em casa, intervenções eficazes de exercício físico (EF) domiciliar tornam-se essenciais para preservar sua independência e retardar a institucionalização e hospitalizações. Deste modo, programas de treinamento funcional (TF) domiciliar podem desempenhar um papel significativo no aumento da participação nos exercícios, dado que essa população enfrenta dificuldade de adesão em programas fora de suas residências. Objetivo: Avaliar o efeito de quatro semanas de TF domiciliar na capacidade funcional (CF), força muscular (FM) e velocidade da marcha (VM) de idosos longevos com FF. Métodos: Este é um estudo quase-experimental que apresenta dados preliminares de um ensaio clínico, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da UDESC (CAAE: 45881815.1.0000.0118). Até o momento, foram incluídos nove idosos da comunidade de 85 anos ou mais de idade, com FF conforme os critérios de Fried et al. (2001) e com estado cognitivo preservado. Foram coletadas informações sobre a força de preensão manual, utilizando o dinânometro Saehan (modelo SH5001), a velocidade da marcha, avaliada por meio da marcha habitual de 4,6m e a capacidade funcional, por meio do teste Time-Up-and-Go (TUG). Quanto às sessões de TF domiciliar, foram divididas em: Bloco 1) preparação para o movimento – mobilidade articular, coordenação motora, equilíbrio e flexibilidade das principais articulações; Bloco 2) neuromuscular – força, potência, equilíbrio, coordenação e agilidade nos padrões de movimento de empurrar, puxar e agachar (vertical e horizontal) e rotacionar e carregar objetos com demanda do CORE; Bloco 3) metabólica – transferência do movimento (integrado, dinâmico e multimuscular); e Bloco 4) volta à calma (respiração e relaxamento). As sessões tiveram duração de 50 a 60 minutos, duas vezes por semana, durante quatro semanas. A escala OMNI-GSE foi utilizada para controlar a intensidade. Na comparação entre os valores do pré e pós-teste, foi utilizado o teste T pareado e, para o cálculo do tamanho de efeito, foi utilizado o G de Hedges. Foram realizados procedimentos de bootstrapping (1000 reamostragens; 95% IC BCa) e adotou-se um nível de significância de 5%. Resultados: A média de idade dos longevos foi de 88,7 anos e 77,8% eram mulheres. Houve um aumento significativo na FPM (17,3 ± 3,16 kgf vs 19,0 ± 3,39 kgf) (p = 0,015; g = 0,509) e na VM (0,45 ± 0,64 m/s vs 0,64 ± 0,18 m/s) (p = 0,003; g = 1,000), além de uma redução no tempo do teste TUG (21,5 ± 10,30s vs 16,37 ± 6,75s) (p = 0,037; g = 0,572) após quatro semanas de intervenção. Conclusão: A intervenção de quatro semanas com TF domiciliar para idosos com FF pode ser eficaz na melhora da FPM, da VM e da CF, contribuindo para atenuar a fragilidade. Hipotetiza-se que os resultados futuros do ensaio clínico, com uma amostra maior, com grupo controle e com um período maior de intervenção possam ratificar os achados preliminares.

Palavras-chave: capacidade funcional; força muscular; marcha; idosos de 80 anos ou mais

 

Apoio: CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoa de Nível Superior) e UNIEDU (Programa de Assistência Financeira Estudantil do Ensino Superior de Santa Catarina)

 

 

Impacto na aderência dos participantes: comparação entre um modelo de treinamento funcional gamificado e um modelo tradicional de treinamento funcional

 

Diego Silva Patrício, Laiza Ellen Santana Santos, Leury Max da Silva Chaves, Marzo Edir Da Silva Grigoletto

 

Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil

 

dspatriciomestrado@gmail.com

 

Introdução: Profissionais de saúde enfrentam desafios ao incentivar a adesão inicial e a continuidade em programas de treinamento, devido à falta de tempo, motivação, energia, problemas de saúde ou dificuldades financeiras dos participantes. O treinamento funcional (TF) é dinâmico e pode aumentar a motivação. No entanto, nos primeiros seis meses, cerca de 50% dos participantes deixam programas de treinamento físico. A gamificação, que inclui componentes de jogos eletrônicos, pode ser uma alternativa acessível para aumentar a aderência, mas não há evidências na literatura sobre seus efeitos em programas de TF. Objetivo: Avaliar os efeitos da gamificação no aumento da frequência dos participantes em um programa de Treinamento Funcional. Métodos: Foram realizadas duas intervenções de TF com grupos distintos: Treinamento Funcional Gamificado (TFG) e Treinamento Funcional Não Gamificado (TFNG). Os grupos realizaram duas sessões semanais. O TFG contou com 76 participantes, sendo 57 mulheres e 19 homens e com IMC = 21,2. O TFNG teve uma amostra de 43 participantes sendo 34 mulheres e 9 homens e IMC = 22,5. A sessão de treinamento foi organizada com exercícios de características multiarticulares, multiplanares e multicomponentes. Os exercícios de circuito exploraram os padrões básicos (empurrar, puxar, agachar e transportar). A sessão foi dividida em três blocos: a) Mobilidade articular, estabilidade e ativação. b) Coordenação, agilidade, velocidade e potência e c) Concentra-se na força muscular nos padrões básicos. A faixa de repetições foi padronizada de 8 a 12 e a máxima velocidade do movimento. Os programas de treinamento tiveram uma duração de 12 semanas. Para a gamificação, foram realizados 24 desafios como parte da estratégia, dois por semana, com recompensas e elementos de competição. Os desafios eram divididos em dois blocos: 1) desafios nas redes sociais com interação entre participantes e amigos/familiares, e 2) desafios realizados no ambiente dos treinos com a participação dos instrutores. Cada desafio produzia uma pontuação. A aderência foi avaliada pela frequência dos participantes nas sessões de treinamento. Os dados foram expressos em média e desvio padrão e analisados a partir do teste t de Welch para amostras independentes. Também foi calculado o tamanho do efeito através do d Coehn. Resultados: Foi encontrado uma diferença significativa (p < 0,001) na comparação entre frequências (TFG: 85,6% vs TFNG: 62,0%). A diferença foi de 23,6% e a magnitude 1,33 (valor d). Conclusão: A gamificação aumentou a frequência de participação no programa de TF, o que sugere que a incorporação de componentes de gamificação pode ser uma abordagem eficaz para aumentar a aderência ao programa.

Palavras-chave: gamification; sedentarismo; atividade física

 

Apoio: CNPq e CAPES

 

 

Resposta aguda do treinamento funcional na pressão arterial ambulatorial 24h de pessoas idosas com hipertensão

 

Edivania Ferreira da Silva1, Pedro Avelange do Nascimento Filho1, Maria Francielen Dantas de Souza1, Bárbara Raquel Souza Santos2, Jenifer Kelly Pinheiro1

 

1Centro Universitário Dr. Leão Sampaio, Juazeiro do Norte, CE, Brasil

2Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil

 

edivania.ferreiradasilva@gmail.com

 

Introdução: A hipertensão arterial sistêmica é uma condição crônica, multifatorial, influenciada por fatores genéticos/epigenéticos, ambientais e social, sendo caracterizada por níveis elevados da pressão arterial, com valores maiores que 140/90 mmHg, medidos em pelo menos duas ocasiões distintas, na ausência de medicação anti-hipertensiva. Ainda, apresenta alta predominância em pessoas idosas, isso porque sua prevalência aumenta progressivamente com o processo de envelhecimento. O exercício físico, é indicado como tratamento não farmacológico, para a prevenção e controle da hipertensão arterial sistêmica. Não obstante, o treinamento funcional por sua vez, está associado a melhora do equilíbrio, resistência cardiovascular, potência muscular, composição corporal e cognição, tornando-se uma importante ferramenta no manejo da HAS. Objetivo: Avaliar a resposta aguda do treinamento funcional na pressão arterial ambulatorial 24h de pessoas idosas hipertensas. Métodos: Trata-se de um estudo experimental de abordagem quantitativa, realizado com 14 idosos hipertensos. A amostra foi dividida aleatoriamente em dois grupos: intervenção (N = 7) e controle (N = 7), apenas o grupo intervenção realizaria o protocolo de treinamento enquanto o grupo controle não realizou nenhum treinamento. A pressão arterial foi verificada antes e após a sessão de treinamento utilizando um aparelho digital da marca G-Tech e após o treinamento foi colocado a monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA). O MAPA foi programado para medir a pressão arterial sistólica e diastólica a cada 20 minutos durante o período diurno e a cada 30 minutos durante a noite. Antes de cada sessão, os participantes tiveram sua pressão arterial aferida cuidadosamente para garantir a segurança durante o programa. Essa prática é fundamental para avaliar a condição física dos idosos e identificar possíveis problemas antes do início das atividades. O protocolo de exercícios foi dividido em quatro blocos: BLOCO 1: Mobilidade e preparação- 10 minutos (OMNI-GSE 2 a 3); BLOCO 2: Neuromuscular 1 – 20 minutos (OMNI-GSE 3 a 5); BLOCO 3: Neuromuscular 25 minutos (OMNI-GSE 4 a 7); BLOCO 4: Cardiometabólico- 5 minutos (OMNI-GSE 8 a 9). Para análise de dados foi utilizado o software SPSS, a normalidade dos dados foi verificada através do teste Shapiro Wilk, considerando por tanto média e desvio padrão. Para comparar os grupos e os momento foi utilizado o teste ANOVA para medidas repetidas. Resultados: A média de idade do grupo intervenção foi de 59,7 ± 5,7 anos, e para o grupo controle de 62,8 ± 5,2 anos. Quando comparado a pressão arterial sistólica de 24h e a média de vigília com o baseline entre os grupos, obteve-se resultados significativos com p = 0,007 e p = 0,002, respectivamente. Não houveram diferenças significativas na pressão arterial diastólica. Conclusão: Uma sessão de TF é capaz de promover efeito hipotensor na média 24h da pressão arterial sistólica e de vigília em pessoas idosas hipertensas.

Palavras-chave: hipertensão; exercício físico; ginástica; idosos

 

 

Efeitos de 8 semanas do treinamento funcional, tai chi chuan e treinamento aeróbico no equilíbrio de mulheres idosas

 

Evellyn C. dos Santos, Washington JS Filho, Luiz FA Menezes, Salviano R Neto, Newton BC Lima, Marcos R Pereira-Monteiro, Marzo Edir Da Silva Grigoletto

 

Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil

 

camiladrte@academico.ufs.br

 

Introdução: O processo de envelhecimento é acompanhado de declínios nos sistemas vestibular, visual e musculoesquelético, estes fundamentais para a manutenção do equilíbrio. No entanto, a prática regular de exercício físico melhora o equilíbrio de idosos. A prática de Treinamento Funcional (TF), Tai Chi Chuan (TCC) e Treinamento Aeróbico (TA) podem mitigar esse declínio e retardar alterações fisiológicas. Porém, não há consenso na literatura sobre qual é superior na melhora do equilíbrio. Objetivo: Analisar os efeitos de oito semanas de TF, TCC e TA no equilíbrio de mulheres idosas. Métodos: Esse estudo é um ensaio clínico randomizado controlado, realizado em um período de oito semanas, com sessões trissemanais tendo uma hora de duração. A amostra foi de 135 mulheres idosas com idade entre 65 e 80 anos, alocadas em três grupos de intervenção: treinamento funcional (TF), treinamento aeróbico (TA) e Tai Chi (TC). O treinamento funcional foi organizado em circuito, dividido em três etapas: 1- preparação para o movimento (exercícios de mobilidade, estabilidade e ativação); 2- neuromuscular 1, que estimula diferentes capacidades físicas; 3- neuromuscular 2, que estimula principalmente força. O treinamento Tai Chi Chuan, é organizado pela sequência do estilo Yang e dividido em três etapas: 1- preparação para o movimento; 2- bloco composto por exercícios dinâmicos; 3- bloco composto por exercícios isométricos. O treinamento aeróbico possui quatro blocos: 1- Preparação para o movimento; 2- Caminhada contínua; 3- Bloco ritmado e 4- Corrida intervalada. A avaliação do equilíbrio foi realizada por meio do Timed Up and Go Test, do Teste de Caminhada de 10 metros e do Teste de Sentar e Levantar Cinco repetições. Foi realizada uma ANOVA de medidas repetidas para comparação entre os grupos adotando p < 0,05. Resultados: O TF foi composto por 39 participantes (66,6 ± 4,5 anos; 67,8 kg ± 13 kg; 1,5 m ± 0,1 m), o TCC composto por 37 participantes (66 ± 4,6 anos; 67,1 kg ± 11,8 kg; 1,5 m ± 0,1 m) e o TA composto por 37 participantes (66,7 ± 4,6 anos; 66,2 kg ± 15,7; 1,5 m ± 0,1 m). Não foi observada diferença significativa entre os grupos. Após oito semanas de treinamento, foi observada redução não significativa em todos os testes. No TUG, os resultados foram: TF (PRÉ = 7,7 ± 1,4; PÓS = 7,1 ± 0,9; d = -0,4); TCC (PRÉ = 7,8 ± 1,0; PÓS = 7,3 ± 0,7; d = -0,4); TA (PRÉ = 7,4 ± 0,8; PÓS = 7,0 ± 0,7; d = -0,4). No Teste de Sentar e Levantar cinco repetições, os resultados foram: TF (PRÉ = 8,5 ± 2,3; PÓS = 8,0 ± 2,0; d = -0,1); TCC (PRÉ = 8,9 ± 2,1; PÓS = 8,2 ± 2,0; d = -0,3); TA (PRÉ = 8,8 ± 1,9; PÓS = 8,1 ± 2,2; d = -0,3). No Teste de Caminhada de 10 metros, os resultados foram: TF (PRÉ 5,2 ± 0,7; PÓS 4,9 ± 0,6; d = -0,4); TCC (PRÉ = 5,4 ± 0,6; PÓS = 4,7 ± 0,6; d = -1,0); TA (PRÉ = 5,1 ± 0,6; PÓS = 4,8 ± 0,5; d = -0,3). Conclusão: Após oito semanas, não houve diferença significativa entre os grupos, mas com mais tempo de treinamento há potencial para que os resultados sejam melhores.

Palavras-chave: envelhecimento; exercício físico; equilíbrio

 

 

Respuestas agudas en la velocidad de ejecución en diferentes organizaciones de entrenamiento en circuito

 

Francisco Hermosilla-Perona¹, Marcos R. Pereira-Monteiro², Adrián M. Castellanos¹, Marzo Edir Da Silva Grigoletto², Juan R. Heredia-Elvar¹

 

1Universidad Alfonso X El Sabio, Villanueva de La Cañada, Madrid, España

²Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil

 

fperoher@uax.es

 

Introducción: Las configuraciones en circuito se destacan entre los modelos horizontales de entrenamiento, pudiendo ser realizadas de forma a agrupar ejercicios con el mismo patrón motor o de forma a alternar entre ejercicios con patrones motores diferentes, organizaciones verticales. Los efectos agudos necesarios para el control de la dosis que se manifiestan adecuadamente en estos diferentes modelos no están claros. Objetivo: Analizar la pérdida de velocidad a diferentes organizaciones de entrenamiento de resistencia en circuito en adultos jóvenes. Métodos: Se realizó un estudio experimental descriptivo de corte transversal con una muestra de 30 participantes. Los participantes realizaron cuatro organizaciones distintas de entrenamiento completando dos vueltas en circuito con los siguientes ejercicios: tres ejercicios para los miembros superiores (press de banca, press militar y remo bilateral) y tres ejercicios para los miembros inferiores (prensa de piernas, curl de piernas y extensión de rodilla). Las diferencias entre los modelos se centraron en el orden de los ejercicios y la prescripción de repeticiones. A1: orden mixto de ejercicios de miembros superiores e inferiores, realización hasta el fallo en ambas vueltas; G1: ejercicios agrupados de miembros superiores e inferiores, realización hasta el fallo en ambas vueltas; A2: orden mixto de ejercicios de miembros superiores e inferiores, realización del 50% en la primera vuelta y hasta el fallo en la segunda vuelta; G2: ejercicios agrupados de miembros superiores e inferiores, realización del 50% en la primera vuelta y hasta el fallo en la segunda vuelta. Evaluamos la pérdida de velocidad con una carga del 60% RM en el press de banca y en la sentadilla antes (PRE) e inmediatamente después del ejercicio (POS). Resultados: En el press de banca, encontramos diferencias estadísticas en relación con el tiempo (p < 0,001, η² = 0,681), con diferencias entre PRE y POS en A1 (PRE = 0,727 ± 0,083; POS = 0,593 ± 0,080; p < 0,001; d = 1,63), G1 (PRE = 0,717 ± 0,079; POS = 0,606 ± 0,121; p < 0,001; d = 1,39), A2 (PRE = 0,797 ± 0,118; POS = 0,669 ± 0,133; p < 0,001; d = 1,08) y G2 (PRE = 0,815 ± 0,118; POS = 0,718 ± 0,118; p < 0,001; d = 0,82); no se encontraron diferencias entre los grupos ni para la interacción. En la sentadilla, se encontraron diferencias para el tiempo (p < 0,001, η² = 0,318) y para el grupo (p < 0,001, η² = 0,141), pero no se encontraron diferencias para la interacción (p = 0,360, η² = 0,028). En las comparaciones post hoc entre PRE y POS se encontraron diferencias significativas solo en A1 (PRE = 0,864 ± 0,094; POS = 0,771 ± 0,088; p < 0,001; d = 0,98) y G1 (PRE = 0,882 ± 0,114; POS = 0,827 ± 0,114; p < 0,001; d = 0,49). Conclusión: En organizaciones de circuitos de entrenamiento de resistencia, tanto el orden de los ejercicios como la intensidad de la ejecución afectan significativamente las respuestas en términos de pérdida de velocidad en el press de banca y la sentadilla.

Palavras-chave: ejercicio físico; ejercicio en circuitos; esfuerzo físico

 

Apoio: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) – Código de Financiamento 001

 

 

Efeito de um teste experimental de ciclismo indoor sobre a pressão arterial de repouso em estudantes na sala de aula

 

Gabriel de Oliveira Lima1, Jadson de Oliveira Lima2, Ilane de Albuquerque Lima³

 

1Centro Universitário Estacio de Sergipe, Aracaju, SE, Brasil

2Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia Baiano, Senhor do Bonfim, BA, Brasil

³Centro Universitário UNIFATECIE, Paranavaí, PR, Brasil

 

gabriellima72@hotmail.com

 

Introdução: O Ciclismo Indoor (CI) é uma forma de pedalar em uma bicicleta estacionária com o uso de um rolo específico no pneu traseiro ou em ambos, simulando assim uma prática fácil em ambiente fechado. Objetivo: descrever o efeito de teste de uma sessão no CI com um rolo caseiro sobre a Pressão Arterial de Repouso (PAR) em alunos dos anos finais de uma Escola da rede pública Estadual de ensino no alto sertão. Métodos: trata-se de um estudo experimental com amostra por conveniência de 10 alunos do sexo masculino de 12 a 14 anos de idade, para verificar a PAR, foi usado um medidor de pressão arterial automático de pulso (OMRON) antes e depois 5 minutos de repouso dos testes, a Frequência Cardíaca (FC) foi mensurada por um sensor de frequência cardíaca (MAGENE-S3) e um velocímetro (GPS XOSS G+), durante a aplicação do protocolo de teste foi aplicado de 60% a 80% da frequência cardíaca máxima utilizando a seguinte formula (FCT = % (FCMaxFCRep) + FCRep) em 6 Estágios Numéricos (EN) ( E1 [2 minutos leves] + E2 [15 segundos intenso] + E3 [2 minutos leves + E4 [15 segundos intensos + E5 [2 minutos leves] + E6 [15 segundos intensos]). Resultados: com as aferições da PAR, foi possível classificar os estudantes como “normotensos” no repouso. A média da Pressão Arterial Sistólica de Repouso (PASR) pré-teste foi de (114,7 mmHg/107,8 mmHg), assim como a média da Pressão Arterial Diastólica de Repouso (PADR) (81,7 mmHg/65,1 mmHg), por meio do Teste – t de Student (p > 0,05), foi verificada uma diferença significativa estatisticamente (p = 0,000113/ p = 0,000115) na comparação entre as respostas das médias “pré” versus “pós” teste respectivamente. Conclusão: foi constatado que em uma única sessão de teste experimental no CI com um rolo caseiro, promoveu um efeito hipotensor nos participantes do teste.

Palavras-chave: ciclismo; pressão arterial; adolescentes

 

 

Correlações entre salto com contramovimento, resposta cardiovascular e percepção de esforço em corrida de alta intensidade

 

Gustavo IC Silva, Júlio CC Martins, Aiesca C Santos, Ana Gabrielle C. Santos, Leila F Santos, Raphael F Souza

 

Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil

 

gustavo.imbui@gmail.com

 

Introdução: O salto com contramovimento (CMJ) é usualmente usado como ferramenta de monitoramento de fadiga e prontidão. Não é claro, entretanto, se deve ser usada como parâmetro a medida prévia ao estímulo (CMJp) ou a diferença entre as médias da prévia e o valor de base (CMJd) na expectativa de resposta em estímulos de alta intensidade. Objetivo: Relacionar a medida de CMJp e CMJd com a frequência cardíaca média (FCmed), máxima (FCmáx) e percepção de esforço (PE) em corrida de alta intensidade. Métodos: Utilizou-se um ensaio clínico não randomizado com nove corredores amadores (Idade: 27,89 ± 7,79 anos; VO2max: 51,53 ± 2,57 ml/min). O estudo foi dividido em duas etapas: caracterização da amostra e teste de CMJ base (CMJb), 48 horas depois os mesmos participantes realizaram o CMJp seguido de corrida em intensidade máxima (5 minutos) na maior velocidade possível. FCmed, FCmáx e PE foram monitorados durante a corrida. CMJd foi estabelecido como a diferença entre as médias (CMJpCMJb). VO2máx foi estimado a partir da velocidade média da corrida (VO2máx = 3.23*v5 + 0.123). Realizou-se uma análise descritiva (média ± desvio padrão), teste de normalidade Saphiro-Wilk e correlação de Pearson. O nível de significância adotado foi de 0,05. Resultados: CMJb descrito foi de 29,27 ± 5,22 cm. CMJd (- 0,46 ± 3,36 cm) apresentou alta correlação negativa com FCmed e FCmáx (r = - 0,759 e r = - 0,829; p = 0,018 e p = 0,006; respectivamente); ao contrário da CMJp (28,80 ± 4,57 cm; r = 0,165 e r = 0,11 ; p > 0,6). Nenhuma das duas apresentou significância para PE. Conclusão: Corredores com maior magnitude de CMJd, e não os com maiores valores estritamente de CMJ, tendem a apresentar uma menor resposta de frequência cardíaca mesmo em esforço máximo.

Palavras-chave: corrida; treino aeróbico; treinamento físico

 

Apoio: CNPq e CAPES

 

 

Desenvolvimento e avaliação de teclado bluetooth protótipo para softwares de tempo de reação utilizando teste de stroop

 

Hélio Matheus Mendonça de Santana Moraes Sampaio, Kavin Lucas de Jesus Santos, Roberto Souza dos Santos Junior, André Filipe Santos de Almeida, Newton Benites Carvalho Lima, Marcos Raphael Pereira Monteiro, Marzo Edir Da Silva Grigoletto, Elyson Adan Nunes Carvalho

 

Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil

 

heliomatheussampaio@live.com

 

Introdução: As Funções Executivas (FE), mediadas no córtex pré-frontal, têm por objetivo controlar e supervisionar as funções cognitivas para atingir um objetivo, sendo, portanto, de grande interesse para avaliação e diagnóstico. O teste neuropsicológico Stroop Color and Word Task é amplamente usado em diferentes públicos com objetivo de medir a atenção, o Tempo de Reação Visual (TRV) e o Controle Inibitório (CI), uma das principais FE. Para a realização do Teste de Stroop (TS), um estímulo é apresentado em uma tela e o avaliado deve pressionar um botão correspondente àquele estímulo. Porém, as limitações dos Teclados Convencionais de PC (TCPC) atrapalham os resultados, especialmente em idosos, uma vez que o avaliado precisa deslocar o olhar para procurar, entre tantas, qual tecla é a correta. Além disso, os TCPC são pouco versáteis a diferentes posições de operação, o que também limita sua aplicação em conjunto com outras atividades amplamente usadas nas ciências do movimento. Diante disso, neste trabalho é desenvolvida e avaliada uma alternativa aos TCPC para o TS, aqui chamado de Teclado Interativo Bluetooth (TIB), permitindo que o avaliador mude sua posição com facilidade. Objetivo: Desenvolver o TIB e avaliar sua aplicação no TS. Métodos: Foi desenvolvido o protótipo TIB com 12 Botões Coloridos (BC) dispostos em estrutura semelhante a régua escolar, com um fio ligado em cada BC até o microcontrolador ESP32. É alimentado via USB e se conecta via bluetooth ao PC, que detecta pressionamento em um dos 10 BC, sendo os 2 últimos para configuração, o que permite ao avaliador associar cada um dos 10 BC à teclas de um TCPC, trazendo maior fidedignidade aos resultados do TS. Ao avaliar o TIB, três experimentos foram feitos, no primeiro testou-se no bloco de notas se todos os BC correspondiam às teclas desejadas. No segundo, usando o aplicativo PsychoPy, foram adotados 4 valores de distância em área aberta entre PC e TIB, sendo de 65 m, 35 m, 10 m e 0 m. No terceiro, foi executado um programa desenvolvido em Python que mediu o tempo de comunicação 10 vezes, para cada distância, enviando um caractere do PC para o TIB, aguardando sua resposta, obtendo o tempo de ida e volta da informação do PC para o TIB. Resultados: No primeiro experimento, pôde-se observar que todos os BC do protótipo correspondem às teclas desejadas do PC, em suas diferentes combinações. O segundo, garantiu funcionamento dos BC do TIB com as cores apresentadas no PsychoPy em todas as distâncias citadas, havendo perda de conexão acima de 65 m. No último, foi possível medir o tempo de comunicação entre o PC e o TIB, resultando em uma média de tempo em cada uma das distâncias, para 65 m, 21,74 ms; 35 m, 13,76 ms, 5 m, 8,61 ms e 0 m, 9,18 ms. Conclusão: O sistema desenvolvido permite o examinador posicionar o TIB onde melhor convier, o que possibilita inúmeras aplicações nas ciências movimento, com bom funcionamento até 65 m, com tempo de atraso na comunicação de no máximo 22 ms.

Palavras-chave: tempo de reação; projetos de tecnologias de informação e comunicação; desenvolvimento tecnológico; teste de stroop; função executiva

 

 

Efeitos de 16 semanas de brain functional training e treinamento funcional no tempo de resposta de mulheres idosas

 

Ingrid SJ Ferreira, André FS Almeida, Marcos R Pereira-Monteiro, Marzo Edir Da Silva Grigoletto

 

Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil

 

isuellen976@academico.ufs.br

 

Introdução: O envelhecimento é um processo natural em que ocorrem declínios das capacidades físicas e cognitivas, acarretando em aumento do tempo de resposta motora (TR), o que implica diretamente na redução da funcionalidade para esta população. Nesse sentido, o Treinamento Funcional (TF) apresenta destaque na literatura pela diminuição dos declínios funcionais. Além deste, o Brain Functional Training (BFT) surge na literatura como proposta a enfatizar os efeitos cognitivos gerados pelo treinamento funcional, como a melhora da conexão dos centros cerebrais. No entanto, não estão claros os efeitos do BFT e TF no tempo de resposta da pessoa idosa. Objetivo: Analisar os efeitos de 16 semanas de BFT e TF no tempo de resposta motora em mulheres idosas. Métodos: Trata-se de um ensaio clínico randomizado de 16 semanas, com avaliações antes (PRÉ) e após (PÓS) o período de treinamento, e contou com 63 mulheres idosas que foram alocadas em três grupos: Brain Functional Training (BFT), Treinamento Funcional (TF), e grupo controle (GC).O tempo de resposta motora foi avaliado avaliado antes e após as 16 semanas de intervenção através do aparelho BlazePod®, onde o participante é requisitado a pressionar um aparelho luminoso, em três diferentes etapas: TR simples sentado (TR1), com apenas um estímulo (azul) e o participante em posição sentado; TR seleção sentado (TR2), em que há um estímulo confundidor, e TR seleção em pé (TR3), em há o estímulo confundidor e o participante em bipedestação. Foram realizadas três sessões de treinamento por semana em dias não consecutivos, com duração de 50 minutos cada. O BFT e o TF contavam com exercícios semelhantes às atividades do cotidiano, sendo que o BFT contou adicionalmente com exercícios que utilizavam diferentes estratégias de dupla tarefa, e o GC realizou o treinamento Tai Chi Chuan, seguindo a sequência Baduanjin. A comparação de médias foi analisada através da ANOVA de medidas repetidas com Post Hoc de Bonferroni, aceito significância de 5% (p 0,05). Resultados: Foi encontrado diferença estatisticamente significativa entre o momento pré do TF e do BFT. O TF apresentou melhora estatisticamente significativas no TR, para todas as etapas, sendo TR1(PRÉ: 1029 ± 163; PÓS: 879 ± 120; p < 0,001), TR2(PRÉ: 1083 ± 191; PÓS: 927 ± 136; p = 0,002) e TR3 (PRÉ: 1582 ± 225; PÓS: 1347 ± 138; p < 0,001). Os demais grupos não apresentaram diferença significativa de pré para pós, sendo: BFT, com TR1(PRÉ:846 ± 141; PÓS: 820 ± 115; p = 1,000), TR2 (PRÉ: 922 ± 124 ; PÓS: 877 ± 117; p = 1,000) e TR3(PRÉ: 1376 ± 180 ; PÓS:1272 ± 154; p = 0,58); e o GC, com TR1(PRÉ: 942 ± 111; PÓS:859 ± 151;p = 702),TR2(PRÉ: 1022 ± 144;PÓS:991 ± 166;p = 1.000)eTR3(PRÉ: 1454 ± 223;PÓS: 1427 ± 190; p = 1.000). Conclusão: Após 16 semanas de Treinamento, apenas o TF mostrou-se eficaz na melhora do tempo de resposta em mulheres idosas. Contudo, é válido que todos os grupos encerraram o estudo com graus similares de Tempo de Resposta.

Palavras-chave: envelhecimento; capacidade funcional; exercício físico; treinamento cognitivo

 

Apoio: CNPq, CAPES e FAPITEC

 

 

Desempenho no controle postural dinâmico de membros inferiores em mulheres com e sem dor femoropatelar: um estudo transversal

 

Irivam Batista da Silva neto, Aluiso André Dantas de Sousa, Bruna Perez Costa Lima,Túlio Chaves Mendes, Daniel de Medeiros Leiros, Maria Ester de Oliveira Farias, Hassan Mohamed Elsangedy, Leônidas de Oliveira Neto

 

Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, Brasil

 

irivamneto53@gmail.com

 

Introdução: A Dor Femoropatelar (DFP) é um distúrbio musculoesquelético da articulação do joelho associada a uma baixa qualidade de vida, que causa dor e limitações funcionais. Fatores biomecânicos relacionados a força e flexibilidade nas regiões (distais e proximais) ao joelho, são geralmente alvo de investigações nessa patologia. Atualmente a literatura aponta que testes funcionais envolvendo tarefas dinâmicas, ajudam a melhor caracterizar pessoas com DFP. Nessa perspectiva o Star Excursion Balance Test (SEBT) avalia a mobilidade, estabilidade e força de forma integrada (cadeia cinética). Objetivo: Comparar o desempenho no SEBT em mulheres com e sem DFP. Metodologia: Esse é um estudo transversal, a amostra foi composta por 96 mulheres (18 a 40) anos de idade, pareadas pelo IMC, sendo 48 no grupo com DFP e 48 no grupo sem DFP. As voluntárias foram avaliadas através do SEBT nas posições anterior, medial, póstero-medial e póstero-lateral, contemplando assim os 3 planos de movimento (sagital, frontal, transverso). O instrumento utilizado para obtermos os alcances no SEBT foi o Octobalance, que baseia-se em um sistema de fita métrica extensível e magnetizada em cada direção. O alcance final obtido em cada posição, foi normalizado pelo tamanho do membro inferior de cada avaliada e o resultado apresentado em %. As voluntárias sem DFP iniciavam o teste pelo membro dominante, e as com DFP pelo membro sem dor (casos de dor unilateral), ou no membro de menor dor (casos de dor bilateral). Para o tratamento estatístico comparamos o membro dominante das avaliadas sem DFP com o membro acometido nas com DFP. Nos casos de dor bilateral, o membro utilizado foi o de maior dor. A estatística utilizada para comparação entre os grupos foi Teste T, o nível de significância considerado foi p < 0,05. Resultados: O alcance nas posições medial grupo sem DFP 62% (± 8,2%) e com DFP 56% (± 7,3%), póstero-medial sem DFP 75% (± 10,1%) com DFP 68% (± 8,4%) e póstero-lateral sem DFP 69% (± 11,5%) e com DFP 63% (± 10,8%), apresentaram diferenças significativas entre os 2 grupos, sendo o grupo com DFP aquele que obteve os piores alcances. Considerações finais: Mulheres com DFP apresentaram resultados desfavoráveis no SEBT quando comparadas ao grupo sem DFP. O SEBT mostrou-se um teste funcional dinâmico desafiador e sua aplicação na prática clínica é recomendada.

Palavras-chave: desempenho físico funcional; articulação do joelho; dor femoropatelar; mulheres

 

Apoio: CAPES

 

 

Confiabilidade teste-reteste de um novo teste para avaliar o tempo de resposta de jovens goleiros de futebol

 

Iury Gomes Rodrigues1, César Augusto Del Roy3, Guilherme Vinícius Moreira Grandim1, Claúdio Henrique Ivo de Araújo Ribeiro Filho1, Diêgo Augusto Nascimento Santos1,2, Levy A. S. de-Oliveira1

 

1Departamento de Saúde e Performance Base, Vasco da Gama SAF, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

2Laboratório de Estudos em Futebol (LABESFUT), Programa de Pós-Graduação em Ciências do Exercício e Esporte, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, RJ, Brasil

3Sociedade Esportiva Palmeiras, São Paulo, SP, Brasil

 

rodriguesiury11@gmail.com

 

Introdução: Uma das principais funções dos goleiros de futebol é proteger sua meta, geralmente, por meio de ações motoras rápidas, de curta duração e que ocorrem de forma imprevisível. Contudo, no nosso conhecimento, não existem testes para avaliar essa capacidade validados na literatura científica. Objetivo: Avaliar a confiabilidade teste-reteste da tecnologia BlazePod™ (Play CoyottaLtd., Tel Aviv, Israel) durante um teste de velocidade de resposta em goleiros de categorias de base de futebol. Métodos: 15 goleiros (16,6 ± 1,7 anos; 187,7 ± 4,9 cm; 81,8 ± 7,9 kg) das categorias Sub-15,-17 e -20 de um clube de futebol de elite foram selecionados para a coleta. Uma sessão de familiarização dos participantes com os instrumentos e procedimentos de testagem e mais duas sessões de teste e reteste foram realizadas, com um intervalo de uma semana entre elas. O teste consistiu em apagar o máximo de luzes possível durante 30 s. Quatro dispositivos luminosos estavam presos a uma gaiola de agachamento formando um quadrado, com 1 m de distância entre eles. Os participantes ficaram em pé de frente para os dispositivos e no centro da gaiola a uma distância de 30cm. Os dispositivos acenderam em uma ordem aleatória não conhecida pelos participantes, nem pelos avaliadores. Foram realizadas duas tentativas, separadas por um intervalo de 1-1,5 min. O melhor valor do número de luzes apagadas (LA) e da média do tempo de resposta (TR) para que os dispositivos fossem apagados foram registrados para análise. Os dados foram apresentados como média ± DP ou (intervalo de confiança de 95% (IC95%)). Confirmamos a distribuição normal dos dados pelo teste de Shapiro-Wilk. Um teste t pareado, o tamanho do efeito de Cohen (ES) e seu IC95% foram calculados para avaliar a magnitude da diferença média entre as sessões. A interpretação do ES foi: trivial (< 0,20), pequeno (0,20-0,59), moderado (0,60-1,19), grande (1,2-2,0) e muito grande (>2,0) (Hopkins et al., 2009). O coeficiente de correlação intraclasse (ICC) e seu IC95% foram utilizados para avaliar a confiabilidade com base em um modelo de medida única, concordância absoluta e efeitos mistos bidirecionais. O valor do ICC foi interpretado da seguinte forma: confiabilidade ruim (< 0,5), moderada (0,5-0,75), boa (0,75-0,9) e excelente (> 0,9). Resultados: Não houve diferença estatística teste-reteste de LA (Teste = 25 ± 2 LA, Reteste = 25 ± 2 LA; t(14) = -1,00; p = 0,334; ES = -0,26, IC95% = -0,77-0,26) e do TR (Teste = 464 ± 47 ms, Reteste = 452 ± 42 ms; t(14) = 1,46; p = 0,166; ES = 0,38, IC95% = -0,15-0,90). Níveis de confiabilidade moderados a excelentes foram encontrados pelos valores de ICC (LA = 0,86 (0,57-0,95), TR = 0,84 (0,54-0,95)) e confiabilidade aceitável pelo CV para ambas as medidas (Teste: LA = 5%, TR = 6%; Reteste: LA = 4%, TR = 5%). Conclusão: Concluímos que a tecnologia BlazePod™ fornece informações confiáveis. Esses resultados sugerem que as informações obtidas pela tecnologia BlazePod™ podem ser usadas para avaliar o TR de goleiros das categorias de base de futebol.

Palavras-chave: velocidade de resposta; tempo de reação; futebol, tecnologias sem fio; confiabilidade do teste-reteste; desempenho perceptual-motor

 

Apoio: Vasco da Gama SAF

 

 

Reprodutibilidade do dispositivo reactionx® para medição do tempo de reação de discriminação em mulheres idosas

 

Iury S Gonçalves, Leandro BC de Deus, Giulia P Constâncio, Danielli S Araújo, Ana CF Haubold, Thiago T Mendes, Victor H Freitas, Marcela R Castro

 

Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA, Brasil

 

iurystefanello.eng@gmail.com

 

Introdução: o tempo de reação (TR) é uma medida crucial da velocidade e eficiência dos processos mentais, sendo essencial para a execução de atividades diárias (AVDs) como dirigir, andar de bicicleta e atravessar a rua, que dependem tanto de capacidades físicas quanto cognitivas. A capacidade de processar informações rapidamente envolve a interação entre funções de alerta, orientação e controle executivo. No entanto, com o envelhecimento, há um declínio nas atividades cerebrais que afeta a habilidade de manter a atenção e a eficiência desses processos, impactando negativamente o TR. Objetivo: avaliar a reprodutibilidade das medidas de Tempo de Reação de Discriminação (TRD) fornecidas pelo dispositivo ReactionX® em uma amostra de mulheres idosas. Métodos: este é um estudo de reprodutibilidade do dispositivo visuomotor ReactionX® no registro de variáveis de TRD em uma amostra de 61 mulheres idosas. Por meio de duas sessões de testes separadas por um intervalo de cinco dias, foi avaliada a consistência dos resultados ao longo do tempo. Foi calculado o Coeficiente de Correlação Intraclasse (CCI) do tipo teste-reteste/intra-rater reliability, aplicando um modelo two-way mixed effects. Foi utilizado o Intervalo de Confiança (IC) que fornece uma estimativa do intervalo dentro do qual se espera que um parâmetro verdadeiro se encontre, com um determinado nível de confiança, geralmente 95%. Essa abordagem nos permitiu quantificar a incerteza associada às nossas estimativas amostrais. Por meio do teste de Shapiro-Wilk foi possível identificar se a diferença da variável entre os tempos tem distribuição Normal a uma significância estatística de 5%. Quando a diferença da variável teve distribuição Normal a uma significância estatística de 5% (p > 0,05), foram utilizados Testes t de Student Pareado e, quando a diferença da variável não teve distribuição Normal a uma significância estatística de 5% (p < 0,05), foram realizados Testes de Wilcoxon Pareado. Além disso, foi calculado o Erro Padrão da Média (EP) para cada variável, que fornece uma medida da precisão das estimativas da média. Caso o p-valor seja maior que 0,05, dizemos que, a um nível de significância estatística de 5%, não há diferença entre as médias da variável nos dois tempos. Resultados: observou-se boa concordância entre as medidas repetidas do ReactionX® na mensuração do TRD em idosas. O CCI para a medida mais rápida foi de 0,91 (p = 0,000; IC 0,865-0,949), para a medida mais lenta foi de 0,61 (p = 0,000; IC 0,434-0,749), para a média foi de 0,89 (p = 0,000; IC 0,83-0,934), e para o tempo total foi de 0,92 (p = 0,000; IC 0,882-0,955). Nos testes t de Student pareados para as variáveis com distribuição normal, os valores foram: mais rápido: EP = 0,001, t = 0,21, p = 0,000; mais lento: EP = 0,05, t = 0,98, p = 0,000; média: EP = 0,01, t = 0,24, p = 0,000; tempo total: EP = 2,74, t = 0,10, p = 0,000. Conclusão: O ReactionX® é reprodutível para avaliar o desempenho cognitivo em mulheres idosas, especialmente na mensuração do Tempo de Reação de Discriminação.

Palavras-chave: tempo de reação; idosos; coordenação visiomotora; reprodutibilidade; cognição

 

 

Influência do treinamento funcional no desenvolvimento da coordenação motora dos escolares do 4º e 5ºano

 

Jaqueline Pereira Ramos1, Marcilene Teixeira Sales1, Alan Pantoja Cardoso1, Erica Carneiro Feio Nunes2, Francivaldo José da Conceição Mendes1, Smayk Sousa Barbosa2, José Robertto Zaffalon Júnior3, Gileno Edu Lameira de Melo3

 

1Universidade do Estado do Pará, Altamira, PA, Brasil

2Universidade do Estado do Pará, Belém, PA, Brasil

3Universidade do Estado do Pará, Laboratório de Exercício Físico e Estilo de Vida (LEFEV), Altamira, PA, Brasil

 

jaqueline_p.ramos@hotmail.com

 

Introdução: As vivências motoras devem estar presentes na vida das crianças desde muito cedo, quanto maior as experiências motoras, maior a chance de resolver situações complexas de diferentes tipos de movimentos, pois quanto maior os estímulos do corpo mais eficiente será o movimento. o Treinamento Funcional surge como uma proposta pedagógica para ser incluído nas aulas de educação física proporcionando melhora na coordenação motora. Objetivo: O presente estudo teve por objetivo analisar o efeito do treinamento funcional sobre o desenvolvimento da coordenação motora de escolares. Métodos: A amostra foi composta por 30 alunos do 4º e 5º ano do ensino fundamental que foram divididos em grupo de intervenção com atividades do treinamento funcional e grupo controle com as aulas regulares de educação física. Foi utilizado o teste Körperkoordinationstest Für Kinder (KTK) para avaliação da coordenação motora. O teste KTK foi aplicado antes e depois das 12 sessões da intervenção que foi com o Treinamento Funcional com duração de 50 minutos cada sessão, duas vezes por semana. Resultados: Os resultados mostram que o grupo controle teve resultados menores antes e após o período de intervenção nos escores das tarefas do teste de avaliação KTK respectivamente 93,8 ± 6,46 e 92,7 ± 7,7, comparado ao antes e depois do grupo experimental que obteve melhores resultados no mesmo teste com o aumento do seu Quociente Motor total (QM) de 90,2 ± 10,3 para 98,7 ± 10,1. Conclusão: Conclui-se que durante os três meses de intervenção com treinamento funcional não houve alteração no nível de classificação de ambos os grupos, mas teve aumento na média e desvio padrão das tarefas aplicadas no KTK pós intervenção com o Treinamento Funcional no grupo experimental em relação ao grupo controle.

Palavras-chave: limitação da mobilidade; treinamento funcional; atividade física

 

Apoio: Laboratório de Exercício Físico e Estilo de Vida (LEFEV)

 

 

Efeito agudo do treinamento de ginástica aeróbica na pressão arterial e frequência cardíaca de pessoas idosas com hipertensão arterial sistêmica

 

Jayne Lima Alves1, Nicelene dos Santos Melo1, Edivania Ferreira da Silva1, Luís Claudio Santos de Santana2, Bárbara Raquel Souza Santos3, Jenifer Kelly Pinheiro1

 

1Centro Universitário Dr. Leão Sampaio, Juazeiro do Norte, CE, Brasil

2Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Ceará, Juazeiro do Norte, CE, Brasil

3Universidade Federal de Sergipe, Aracaju, SE, Brasil

 

jaynelimaalves9@gmail.edu.br

 

Introdução: A hipertensão arterial sistêmica é uma doença crônica que se caracteriza pelo elevado nível da pressão arterial. Nesse sentido, a atividade física regular é considerada de suma importância no tratamento anti-hipertensivo não medicamentoso. Dessa forma, é tão necessário conscientizar a pessoa hipertensa para a prática de atividade física, visando a melhora da saúde e a busca da qualidade de vida de maneira segura e acessível. Objetivo: Avaliar o efeito agudo da ginástica aeróbica na pressão e frequência cardíaca de pessoas idosas hipertensas. Método: O presente estudo se caracteriza com delineamento experimental. A população a que se destinou esta pesquisa foram de pessoas idosas com diagnóstico de hipertensão. A amostra foi composta por dez idosos matriculadas em um projeto de extensão de o centro universitário da região do cariri, selecionados por conveniência e que aceitaram participar da pesquisa. Os participantes responderam os questionários contendo a anamnese onde foram coletadas informações sociodemográficas, antropométricas e clínicas de pressão arterial e frequência cardíaca. Foram submetidas a uma sessão de treinamento de ginástica e logo após os níveis de pressão arterial foram coletados através de aparelho digital. A análise estatística de dados foi realizada pela pesquisadora e conduzida através da aplicação do programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS), versão 22. Para a Normalidade dos dados foi usado o teste Shapiro-Wilk. Para comparar os resultados pré e pós treinamento foi usado o teste t pareado, com um nível de significância estabelecido em α = 0,05. Resultados: A idade média da amostra foi de 64,9 ± 6,4 anos, com a distribuição de 80% do sexo feminino e 20% do sexo masculino. Quando comparada os valores do momento pré para o pós apenas a pressão arterial sistólica apresentou resultado significativo (p < 0,001) com redução de delta percentual de 18%, enquanto que tanto a pressão arterial diastólica e frequência cardíaca os valores não foram significativos, p = 0,263 e p = 0,975 respectivamente. Conclusão: Esta pesquisa nos mostra que uma sessão de treinamento de ginástica reduz a pressão arterial sistólica, comprovando que, com o efeito agudo do exercício aeróbico, pode ser uma ferramenta poderosa para o tratamento da hipertensão arterial sistêmica.

Palavras-chave: hipertensão; exercício físico; ginástica; idosos

 

 

Respostas do treinamento funcional na pressão arterial e aptidão física de pessoas idosas hipertensas resistentes: um ensaio clínico randomizado

 

Jenifer Kelly Pinheiro1, Bárbara Raquel Souza Santos2, Marcos Antonio Araújo Bezerra1, Rogério Brandão Wichi2

 

1Centro Universitário Dr. Leão Sampaio, Juazeiro do Norte, CE, Brasil

2Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil

 

jenifer@leaosampaio.edu.br

 

Introdução: O processo de senescência é responsável por diversas modificações nos padrões fisiológicos e biológicos, psicológicos e sociais. Diante dessa realidade, é sabido que o envelhecimento está associado a fatores adversos como a diminuição do estado funcional e do surgimento de doenças cardiovasculares, como é o caso da hipertensão arterial sistêmica. Além disso, dentre os hipertensos, aproximadamente 10 a 20% dessa população é considerada hipertensa resistente. Esse grupo específico não responde adequadamente ao tratamento medicamentoso; portanto, a atividade física é indicada como terapia, tanto para o controle da pressão arterial quanto para a preservação do estado funcional. Objetivo: Avaliar o efeito do Treinamento Funcional (TF) na pressão arterial ambulatorial e aptidão física de pessoas idosas hipertensas resistentes. Métodos: O estudo trata-se um ensaio clínico randomizado e controlado que envolveu 15 idosos hipertensos resistentes da cidade de Juazeiro do Norte-CE. A amostra foi dividida em dois grupos: o grupo controle (GC), composto por sete participantes que não realizaram qualquer tipo de treinamento físico; e o grupo experimental (GE), composto por oito participantes que receberam uma intervenção de treinamento físico durante 24 sessões. Foram analisados antes e após um programa de TF a pressão arterial ambulatorial, através da MAPA de 24 horas, a aptidão física, por meio do Senior Fitness Test. Para comparação dos grupos foi realizada ANOVA de dois fatores, adotando um alfa de 0,05, utilizando o Post hoc de Bonferroni quando necessário. Para verificar o tamanho do efeito da intervenção utilizou-se o Eta Squared. Resultados: A média de idade dos participantes da pesquisa foi de 70,1 ± 6,3 anos. O TF promoveu redução significativa na pressão ambulatorial sistólica, tanto na média de 24h (p = 0,048) como nos períodos diurno (p = 0,033) e noturno (p = 0,002). Além disso, o TF promoveu um aumento do índice de aptidão física (p < 0,001), com aumento da força/resistência de membros inferiores (p < 0,001) e superiores (p = 0,006), mobilidade física (p = 0,005) e resistência aeróbica (p = 0,002). Não foi verificado influência do TF na flexibilidade de membros superiores e inferiores. Conclusão: O TF promoveu diminuição da pressão arterial sistólica e aumento da aptidão física de pessoas idosas hipertensas resistentes.

Palavras-chave: idoso; hipertensão; estado funcional; exercício físico

 

 

Efeitos do treinamento funcional comparado ao tai chi chuan no equilíbrio dinâmico de mulheres idosas

 

Lara Fabian Vieira Barbosa, Poliana de Jesus Santos, Newton Benites Carvalho Lima, Salviano Resende Silva, Marzo Edir Da Silva Grigoletto

 

Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil

 

larafabian080413@gmail.com

 

Introdução: O processo de envelhecimento contribui para um declínio no equilíbrio em idosos, aumentando o risco de quedas e suas complicações. O treinamento funcional demonstrou ser eficiente para redução dos declínios relacionados a esse processo, promovendo aumento da força e potência muscular, importantes para diminuir as chances de quedas nesta população. Também tem-se boa evidência do Tai chi chuan na diminuição do risco de quedas em idosos. Entretanto, ainda existe uma escassez de evidência comparando essas duas modalidades. Objetivo: Comparar o equilíbrio dinâmico em idosas expostas ao Treinamento Funcional e ao Tai Chi Chuan após 8 semanas de treinamento. Métodos: Trata-se de um estudo longitudinal, com dois braços de experimento: Grupo Treinamento Funcional (TF) e Grupo Tai Chi Chuan (TCC). O período de intervenção foi 8 semanas, compreendendo três sessões semanais, com duração de, aproximadamente, 50 minutos cada, em dias intercalados, totalizando 24 sessões. As sessões do TF foram divididas em 10 minutos de mobilidade e preparação para o movimento, 15 minutos de Neuromuscular 1 e 20 minutos de Neuromuscular 2. Nas sessões de TCC inicialmente foi realizada mobilidade e preparação para o movimento similar ao TF e o restante da sessão foram realizadas sequências de TCC. O equilíbrio dinâmico foi avaliado através do teste Time Up and Go. A análise dos dados foi feita através da ANOVA 2x2 para comparar grupo e tempo e os valores foram considerados significativos quando p < 0,05. Resultados: Participaram do estudo 68 idosas (TF n 35, idade 67,4 ± 5,42 anos; IMC 29,1 ± 5,02 kg/m2; TCC n 33, idade 67,4 ± 4,86 anos; IMC 29,1 ± 4,21 kg/m-²). A análise estatística mostrou melhora do tempo para ambos os grupos (TF: 7,69 ± 1,48 segundos pré; 7,16 ± 0,74 após; p < 0,05; TCC: 7,88 ± 1,48 segundo pré; 7,40 ± 0,97 pós; p < 0,05). No entanto, não houve diferença significativa entre os grupos p = 0,879. Conclusão: Ambas as modalidades de treinamento promoveram melhora do equilíbrio dinâmico em idosas após 8 semanas de treinamento.

Palavras-chave: exercício físico; estado funcional; envelhecimento

 

Apoio: CNPq e CAPES

 

 

Confiabilidade do dispositivo reactionx® para medição da atenção seletiva visual em mulheres idosas: um estudo de reprodutibilidade

 

Leandro Borges¹, Iury Steffenelo Gonçalves¹, Giulia de Pádua Constâncio¹, Alan Pantoja-Cardoso², José Carlos Aragão Santos², Thiago Teixeira Mendes¹, Victor Hugo de Freitas¹, Marcela Rodrigues de Castro¹

 

¹Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA, Brasil

²Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil

 

leandrodeus@ufba.br

 

Introdução: a Atenção Seletiva Visual (ASV) é a capacidade de focar em estímulos específicos enquanto se ignora outros irrelevantes. Essa habilidade é um aspecto crucial do processamento cognitivo e é essencial para a realização de tarefas diárias que requerem discriminação rápida e precisa de informações visuais. A ASV permite que indivíduos filtrem informações não relevantes, concentrando-se em detalhes importantes que necessitam de uma resposta imediata. Essa função é especialmente significativa para a saúde cognitiva de idosos, pois sua eficiência pode refletir a integridade das funções neurológicas. Com o envelhecimento, há uma tendência ao declínio cognitivo, afetando diversas áreas, incluindo a ASV. A capacidade reduzida de selecionar e processar informações visuais relevantes pode comprometer a autonomia e a qualidade de vida dos idosos, tornando a investigação e o aprimoramento dessa habilidade um foco importante para intervenções que visam a manutenção da funcionalidade cognitiva na terceira idade. Objetivo: avaliar a reprodutibilidade das medidas de ASV fornecidas pelo dispositivo ReactionX® em uma amostra de mulheres idosas. Métodos: este é um estudo de reprodutibilidade e confiabilidade do dispositivo visuomotor ReactionX® no registro de variáveis de ASV em uma amostra de 61 mulheres idosas. Por meio de duas sessões de testes separadas por um intervalo de cinco dias, foi avaliada a consistência dos resultados ao longo do tempo. Foi calculado o Coeficiente de Correlação Intraclasse (CCI) do tipo teste-reteste/intra-rater reliability, aplicando um modelo two-way mixed effects. Foi utilizado o Intervalo de Confiança (IC) que fornece uma estimativa do intervalo dentro do qual se espera que um parâmetro verdadeiro se encontre, com um determinado nível de confiança, geralmente 95%. Essa abordagem nos permitiu quantificar a incerteza associada às nossas estimativas amostrais. Por meio do teste de Shapiro-Wilk foi possível identificar que a diferença da variável entre os tempos tinha distribuição Normal a uma significância estatística de 5% e foram utilizados Testes t de Student Pareado. Além disso, foi calculado o Erro Padrão da Média (EP) para cada variável, que fornece uma medida da precisão das estimativas da média. Caso o p-valor seja maior que 0,05, dizemos que, a um nível de significância estatística de 5%, não há diferença entre as médias da variável nos dois tempos. Resultados: observou-se boa concordância entre as medidas repetidas, indicando confiabilidade substancial do ReactionX® na mensuração da ASV em mulheres idosas. O Coeficiente de Correlação Intraclasse (CCI) foi de 0,958 (p = 0,000; IC 0,932-0,975). Nos testes t de Student pareados para as variáveis com distribuição normal, os valores foram: EP = 0, t = 0,141, p = 0,000. Conclusão: o ReactionX® é confiável para avaliar a mensuração da Atenção Seletiva Visual em mulheres idosas.

Palavras-chave: atenção seletiva; cognição; coordenação visuomotora; idoso; reprodutibilidade dos testes

 

 

Efeitos do treinamento funcional sem carga externa na endurance de membros inferiores em pessoas com e sem sobrepeso

 

Leonardo LR Santos, Leury MS Chaves, Breno JFS Rocha, André FS Almeida, Wandercleiton S Oliveira, Marzo Edir Da Silva Grigoletto

 

Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil

 

leonardoreis_XD@hotmail.com

 

Introdução: O Treinamento Funcional (TF) concentra-se no desenvolvimento de movimentos e habilidades necessários às atividades diárias, visando à integração de diversos grupos musculares, tornando os movimentos mais próximos das demandas reais do corpo. Nesta seara, o treinamento funcional sem carga externa (TFSC) ou com peso corporal apresenta-se como uma abordagem promissora na melhoria da endurance de membros inferiores (MMII), fundamental para a realização de tarefas cotidianas. Esta modalidade demonstra baixo custo e alta aplicabilidade, podendo ser realizada em qualquer local, combinando os benefícios do TF com a praticidade de um programa sem a necessidade de investimentos em equipamentos. A endurance de MMII é importante para a saúde física, especialmente em indivíduos com sobrepeso e fisicamente inativos, visto que promove autonomia e favorece a qualidade de vida. Nesse sentido, programas de exercícios devem dar importância ao desenvolvimento da endurance principalmente para populações com sobrepeso, que frequentemente apresentam limitações neste tipo de capacidade. No entanto, ainda não está claro na literatura científica se o TFSC pode melhorar a endurance de MMII em pessoas com e sem sobrepeso. Objetivo: Analisar os efeitos do treinamento funcional sem carga após 10 sessões de treinamento na endurance de membros inferiores em pessoas com e sem sobrepeso. Métodos: Foi realizado um estudo clínico de caráter experimental com 30 indivíduos sedentários, com idades entre 18 a 35 anos, divididos em um grupo com sobrepeso e outro sem sobrepeso. A avaliação da endurance muscular foi feita por meio do teste de repetições máximas de agachamento em 30 (AG30S) e 60 segundos (AG60S). As sessões de treinamento consistiram em um bloco de preparação para o movimento, seguido de exercícios de coordenação motora e um bloco principal, composto por exercícios calistênicos com padrões de força na densidade de 30 segundos de exercício e 15 segundos de descanso, visando à execução na maior velocidade possível. O protocolo TFSC envolveu duas sessões semanais, com duração máxima de 60 minutos elaborado na forma de circuito, que incluía padrões básicos de movimento, tais como empurrar, agachar e puxar, assim como suas variações. Resultados: Para o grupo sem sobrepeso, houve melhora significativa apenas no teste AG30S, com aumento de Δ8% (pré: 25,0 ± 1,5; pós: 27,0 ± 2,3; p = 0,01); enquanto no teste AG60S, o aumento foi de Δ6,1%, porém sem significância estatística (pré: 49,0 ± 4,6; pós: 52,0 ± 5,3; p = 0,21). Já o grupo com sobrepeso apresentou melhorias significativas em ambos os testes: no teste AG30S, houve um aumento de Δ9,1% (pré: 22,0 ± 3,7; pós: 24,0 ± 2,9; p = 0,01); no teste AG60S, o aumento foi de Δ11,6% (pré: 43,0 ± 8,4; pós: 48,0 ± 5,5; p = 0,00). Conclusão: Conclui-se que após o período de intervenção a endurance para o grupo sem sobrepeso obteve melhoras significativas apenas no teste AG30S, já no sobrepeso, a melhora foi nos testes AG30S e AG60S.

Palavras-chave: calistenia; resistência física; status funcional; treinamento de endurance; sobrepeso

 

Apoio: CAPES

 

 

Desempenho no controle postural dinâmico de membros inferiores em mulheres com e sem dor femoropatelar: um estudo transversal

 

Leônidas de Oliveira Neto, Irivam Batista da Silva neto, Ivson Thales Gomes Silvino, Aluiso André Dantas de Sousa, Bruna Perez Costa Lima, Túlio Chaves Mendes, Marzo Edir Da Silva-Grigolleto, Hassan Mohamed Elsangedy

 

Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, Brasil

 

leonidas.oliveira@ufrn.br

 

Introdução: A Dor Femoropatelar (DFP) é um distúrbio musculoesquelético da articulação do joelho associada a uma baixa qualidade de vida, que causa dor e limitações funcionais. Fatores biomecânicos relacionados a força e flexibilidade nas regiões (distais e proximais) ao joelho, são geralmente alvo de investigações nessa patologia. Atualmente a literatura aponta que testes funcionais envolvendo tarefas dinâmicas, ajudam a melhor caracterizar pessoas com DFP. Nessa perspectiva o Star Excursion Balance Test (SEBT) avalia a mobilidade, estabilidade e força de forma integrada (cadeia cinética). Objetivo: Comparar o desempenho no SEBT em mulheres com e sem DFP. Metodologia: Esse é um estudo transversal, a amostra foi composta por 96 mulheres (18 a 40) anos de idade, pareadas pelo IMC, sendo 48 no grupo com DFP e 48 no grupo sem DFP. As voluntárias foram avaliadas através do SEBT nas posições anterior, medial, póstero-medial e póstero-lateral, contemplando assim os 3 planos de movimento (sagital, frontal, transverso). O instrumento utilizado para obtermos os alcances no SEBT foi o Octobalance, que baseia-se em um sistema de fita métrica extensível e magnetizada em cada direção. O alcance final obtido em cada posição, foi normalizado pelo tamanho do membro inferior de cada avaliada e o resultado apresentado em %. As voluntárias sem DFP iniciavam o teste pelo membro dominante, e as com DFP pelo membro sem dor (casos de dor unilateral), ou no membro de menor dor (casos de dor bilateral). Para o tratamento estatístico comparamos o membro dominante das avaliadas sem DFP com o membro acometido nas com DFP. Nos casos de dor bilateral, o membro utilizado foi o de maior dor. A estatística utilizada para comparação entre os grupos foi Teste T, o nível de significância considerado foi p < 0,05. Resultados: O alcance nas posições medial grupo sem DFP 62%(±8,2%) e com DFP 56%(± 7,3%), póstero-medial sem DFP 75%(±10,1%) com DFP 68%(± 8,4%) e póstero-lateral sem DFP 69%(±11,5%) e com DFP 63%(± 10,8%), apresentaram diferenças significativas entre os (02) grupos, sendo o grupo com DFP aquele que obteve os piores alcances. Considerações finais: Mulheres com DFP apresentaram resultados desfavoráveis no SEBT quando comparadas ao grupo sem DFP. O SEBT mostrou-se um teste funcional dinâmico desafiador e sua aplicação na prática clínica é recomendada.

Palavras chave: desempenho físico funcional; articulação do joelho; dor femoropatelar, controle postural

 

Apoio: CNPq/CAPES

 

 

Associação entre a capacidade de salto e resistencia de membros inferiores em praticantes de calistenia

 

Leury MS Chaves, André FS Almeida, Leonardo LR Santos, Breno JFS Rocha, Wandercleiton S Oliveira, Marzo Edir Da Silva Grigoletto

 

Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil

 

leuey_max@hotmail.com

 

Introdução: O treinamento com peso corporal, Calistenia, está entre as tendencias fitness a mais de dez anos devido à sua aplicabilidade e custo benefício. Além disso, as características dos movimentos calistênicos, multiplanares, multiarticulares e padrões básicos de movimento, contribuem para sua aplicação no contexto da funcionalidade. Nesse sentido, melhorar as capacidades físicas com o treinamento é essencial para o desempenho e funcionalidade do indivíduo, dentre as capacidades, se destacam a potência e a endurance de membros inferiores (MMII) por estarem diretamente relacionadas a atividades da vida diária e mobilidade. Contudo, a calistenia é comumente relacionada ao maior desenvolvimento de endurance, em comparação com a força e potência, por exemplo, devido à falta de carga externa. Por outro lado, exercícios calistênicos são altamente individualizados devido aos ajustes biomecânicos do movimento para cada indivíduo, e isso pode favorecer o desenvolvimento equilibrado das capacidades físicas. Sendo assim, o treinamento calistênico poderia favorecer o aumento da potência e endurance concomitantemente devido ao foco na funcionalidade e estímulo de diferentes capacidades físicas. Contudo, não é claro se um curto período de treinamento, seis semanas, seria o suficiente para impactar na correlação entre estas capacidades. Objetivo: Verificar a associação entre a potência e endurance de MMII antes e após dose sessões de treinamento calistênico. Métodos: Vinte e sete indivíduos, 14 mulheres e 13 homens, com idade entre 18 e 35 anos, IMC 28,1 ± 6,1, realizaram 12 sessões de treinamento calistênico com duração de 50 minutos. O treinamento era foi composto por: bloco 1- exercícios de mobilidade e estabilidade articular; bloco 2- coordenação, agilidade e potência muscular; bloco 3- exercícios de força e endurance muscular em padrões básicos de movimento (empurrar, puxar agachar). A avaliação pré e pós intervenção foi composta pela capacidade de salto, medida indireta da potência de MMII, estimada a partir do teste counter movement jump (CMJ), e endurance MMII mensurada a partir do teste de repetições máximas no agachamento em 30 segundos (AG30s). Para a análise estatística foi aplicado um teste t dependente e correlação de Pearson adotando p 0,05 em ambas análises. Resultados: Após 12 sessões de treinamento os indivíduos aumentaram a capacidade de salto no CMJ (pré: 26,2 ± 7,8; pós: 29,1 ± 10,1, p 0,01) e a endurance de MMII no AGA30s (pré: 25,2 ± 4,9; pós: 26,7 ± 3,5 p 0,01). Houve associação positiva de magnitude moderada entre CMJ e AGA30s no momento inicial (r = 0,659; IC = 0,372 - 0,831; p < 0,001). Após as 12 sessões de treinamento a associação se manteve, porém com forte magnitude (r = 0,742, IC = 0,505 - 0,875; p < 0,001). Conclusão: O treinamento calistênico promove o aumento na potência e endurance de MMII, sendo evidenciada uma associação moderada e alta entre potência e endurance de MMII no início e ao final das 12 sessões de treinamento, respectivamente, em adultos.

Palavras-chave: calistenia; qualidade de vida; estado funcional; resistência física

 

Apoio: CAPES

 

 

Efectos de nueve semanas de ejercicio físico funcional adaptado sobre la fuerza muscular en diagnóstico de luxación acromio-clavicular: estudio de caso

 

Mario Di Santo¹, Marcos R. Pereira-Monteiro², Sofía Grassano¹

 

¹Universidad Provincial de Córdoba, Facultad de Educación Física, Córdoba, Argentina

²Universidad Federal de Sergipe, São Cristóvão, Brasil

 

mariocdisanto@gmail.com

 

Introducción: El Ejercicio Físico Adaptado (EFA) alude a la prescripción de formas específicas de movimiento diseñadas para contribuir a superar estados adversos, provisorios o no, de la vida de los sujetos. Con formas específicas de movimiento se hace referencia al ejercicio construido, con finalidad terapéutica, preventiva en pos de mejorar u optimizar la salud y la calidad de vida. Ejercicio elaborado y prescripto teniendo en cuenta la lógica intrínseca, es decir los aspectos fisiopatológicos de una determinada patología, respetando las características particulares que la misma manifiesta. Objetivo: Estimar el efecto de nueve semanas de entrenamiento, mediante ejercicio físico adaptado, sobre la fuerza muscular del hombro en sujeto con diagnóstico de luxación acromio-clavicular. Métodos: En el estudio de este caso es protagonista un sujeto adulto mayor de 79 años, el cual asiste al servicio de EFA derivado por personal de salud (médico traumatólogo); luego de una entrevista inicial se llevan a cabo las evaluaciones correspondientes, las mismas buscan poner en evidencia los valores de fuerza con los que se inicia el tratamiento y recabar información para poder diagramar el plan de ejercicios. Para las mismas se emplea un dinamómetro (Valkyria Trainer Push Pull), se valora hand grip de ambas manos, rotación interna y externa, aducción, abducción, extensión y flexión de ambos hombros, encontrándose, al comparar entre hemicuerpos, una asimetría significativa con excepción en la rotación externa. Se planificó un plan de trabajo de un mes, con ejercicios dorso-escapulares y específicos para manguito rotador, con acciones isométricas, bajo el umbral del dolor, entre 6 y 10 segundos de duración, asistiendo el sujeto cinco veces por semana, con una estadía aproximada de no más de 75 minutos por sesión. Posteriormente se procede a prescribir un nuevo plan, siguiendo con la misma lógica del anterior, añadiendo algunas variantes y progresiones, y al cabo de cinco semanas se lleva a cabo nuevamente la valoración explicitada. Resultados: En términos de porcentaje se puede observar que al concluir nueve semanas de trabajo aproximadamente, el hand grip de mano derecha se incrementó un 18,4%, en rotación interna de hombro derecho la mejora fue de un 300%, en rotación externa un 80%; en aducción un 78,5%, en abducción un 180%, en la extensión el porcentaje de mejora fue de 47,6 % y en la flexión del 85%. Conclusión: Un plan de trabajo de EFA correcta y adecuadamente prescripto, ayudó a mejorar significativamente los porcentajes de fuerza de las acciones musculares del hombro en un sujeto con lesión de luxación acromio-clavicular.

Palabras-clave: ejercicio físico; estado funcional; terapia por ejercicio; fuerza muscular.

 

Apoyo: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001

 

 

Disfunções biomecânicas que afetam a funcionalidade de quadril e joelho

 

Mylena dos Santos Nascimento

 

Universidade Tiradentes de Sergipe, Aracaju, SE, Brasil

 

myla.wo@gmail.com

 

Introdução: A articulação do quadril é uma das articulações mais móveis do corpo humano e umas das mais estáveis. As ações musculares em seus planos de movimento sejam sagital, frontal e/ou transversal, de características mono ou multiarticulares, podem desencadear disfunções de movimentos que deturpam a manutenção da postura anatômica estática ou dinâmica. Essa disfunção estática resulta em disfunções no dinamismo de alguns movimentos como: flexão, extensão, rotação de quadril e joelho. Objetivo: Analisar as disfunções biomecânicas que afetam a funcionalidade do quadril e joelho. Métodos: Este estudo trata-se de uma revisão bibliográfica, com artigos selecionados sem restrição de público-alvo para a análise, em plataformas de pesquisas como SciElo, PubMed e Google Scholar, BVS. Utilizou-se os seguintes critérios de inclusão: a) estudos que estavam nos idiomas inglês, português e espanhol; b) que foram publicados nos últimos dez anos; c) que fossem de caráter quantitativo ou qualitativo dos tipos Série de Casos, Estudos Descritivos, Estudos Randomizados, Estudo Caso-Controle, Estudo Coorte e/ou Revisões Sistemáticas e d) que estivessem devidamente publicados nas plataformas de pesquisas citadas anteriormente. Como exclusão, utilizou-se dos seguintes critérios: a) estudos que não foram devidamente publicados em alguma das plataformas selecionadas para pesquisa e estudos do tipo Opinião de Experts; b) que fizessem referência a contextos fora das relações de quadril e joelho ou estudos relacionados a tratamento pós-operatório e patologias congênitas c) que fossem muito antigos e/ou que não atendessem a nenhum dos critérios de inclusão. Resultados: Foi feita uma pesquisa longitudinal ao longo de três meses, reunindo mais de 27 mil estudos de destaque científico. Inserindo os critérios de exclusão, diminuindo esse número para uma seleção de 14 estudos enquadrados nos critérios de inclusão, a respeito das disfunções de quadril e joelho que afetam a funcionalidade do indivíduo. Ao analisar os artigos escolhidos para pesquisa, foi possível obter uma cronológica dos eventos científicos a partir do ano de 2012 até os dias atuais. Conclusão: ao evidenciar nos presentes achados, com relação ao sistema muscular e as disfunções que podem afetar a funcionalidade do indivíduo, podemos destacar que ambos trouxeram afirmativas quanto à fragilidade muscular da região do tronco e quadril, dor (à medida que dor impede de realizar movimentos específicos como agachar), baixa mobilidade e flexibilidade da cintura pélvica que refletem na função dessas estruturas.

Palavras-chave: disfunções biomecânicas; valgo dinâmico; quadril

 

Apoio: Programa 90 dias

 

 

Efeito de oito semanas etreinamento funcional versus tai chi chuan no desempenho da marcha em idosas independentes

 

Newton Benites Carvalho Lima1, Salviano Silva Resende1, Antônio Gomes de Resende Neto2, Laiza Ellen Santana Santos1, Arielly da Silva Sá¹, André Filipe Santos de Almeida1, Marcos Raphael Pereira Monteiro1, Marzo Edir Da Silva Grigoletto1

 

1Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil

2Centro Universitário Estácio Sergipe, Aracaju, SE, Brasil

 

newtonbenites@academico.ufs.br

 

Introdução: O envelhecimento causa mudanças na marcha, afetando a independência dos idosos. Embora seja crucial preservar a mobilidade, há uma falta de estudos comparativos sobre os impactos do Treinamento Funcional (TF) e do Tai Chi Chuan (TC) na habilidade de marcha de idosas independentes. Explorar essas práticas pode oferecer informações essenciais para criar intervenções eficazes que promovam a autonomia e melhorem a qualidade de vida dessas mulheres. Objetivo: Investigar os efeitos do TF e do TC no desempenho da marcha em idosas independentes. Métodos: Concluíram a intervenção 89 idosas, aleatoriamente designadas para um dos grupos: Treinamento Funcional (TF: n = 45; 67,6 ± 5,2 anos; 68,9 ± 13,8 kg.m-²) e Tai Chi Chuan (TC: n = 44; 66,3 ± 4,6 anos; 68,9 ± 11,7 kg.m-²). O período de treinamento físico foi de oito semanas com três sessões semanais de 45 min. O TF foi separado em três blocos: 1- Preparação para o movimento com exercícios de mobilidade articular e pré ativação com 15 agachamentos e 15 saltos; 2- Circuitos com exercícios que envolvem velocidade de movimento; e 3- Exercícios de força muscular simulando tarefas diárias. Já o TC: 1- Preparação para o movimento, 1- Estilo Yang de forma dinâmica e 3- Estilo Yang de forma isométrica. O desempenho da marcha foi avaliado por meio dos testes Timed Up and Go e Caminhada de 10 metros. A análise dos dados foi feita mediante ANOVA 2x2 com post hoc test de Bonferroni. Resultados: Ambos os grupos apresentaram diferença significativa em relação ao valores iniciais no TUG (TC - Pré: 7,68 ± 1,13 vs Pós: 6,72 ± 0,35; p 0,01; TE: 1,20; %: -12,5); (TF - Pré: 7,76 ± 1,4 vs Pós: 7,16 ± 0,92; p = 0,018; TE: 0,50; %: -7,7) e no C10M (TC - Pré: 5,48 ± 0,13 vs Pós: 4,92 ± 0,13; p 0,001; TE: 4,31; %: -10,2); (TF - Pré: 5,48 ± 0,7; vs Pós: 5,04 ± 0,12; p = 0,09; TE: 0,86; %: 8,0). Entretanto, não foi observado diferenças estatísticas entre os grupos. Conclusão: Tendo em vista a condições analisadas, podemos concluir que tanto o TF quanto o TC são eficazes para aprimorar o desempenho de marcha em idosas independentes.

Palavras-chave: envelhecimento; exercício físico; atividades da vida diárias; funcionalidade

 

Apoio: CNPq e CAPES

 

 

Efeito crônico do treinamento funcional na resistência e força muscular de membros superiores e inferiores em idosos

 

Ozanar dos Santos Monteiro1 Dayana G. Góes Lôbo Soares¹,Taynan de Jesus Santos¹, Bárbara Raquel Souza Santos¹, Ana L. Resende Setton¹, Rogério Brandão Wichi¹ Jenifer Kelly Pinheiro²

 

1Programa de Pós-Graduação em Educação Física – PPGEF Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil

²Centro Universitário Doutor Leão Sampaio, Juazeiro do Norte, CE, Brasil

 

ozanar.monteiro23@gmail.com

 

 

Introdução: O envelhecimento da população mundial é um fenômeno crescente especialmente nos países em desenvolvimento, ocorrendo rapidamente, sem permitir uma reestruturação adequada nos campos social e de saúde, para atender às novas demandas. Estudos apontam que até 2025, o Brasil será o 6º país do mundo com a maior população idosa. Com a crescente dessa população, aumenta o número das doenças crônicas não transmissíveis, como a sarcopenia, uma condição caracterizada pela perda gradual de força e massa muscular relacionada à idade, tornando-se um problema de saúde pública global, com uma prevalência crescente. O treinamento funcional surge como uma ferramenta que permite desenvolver habilidades físicas prejudicadas pelo avanço da idade, concentrando-se nos movimentos das atividades diárias para melhorar a força, equilíbrio, potência e outras funcionalidades, possibilitando ao praticante realizar esses movimentos como parte de seu treinamento corporal. Objetivo: Avaliar o efeito crônico após um protocolo de Treinamento Funcional na resistência e força muscular de membros superiores e inferiores de pessoas idosas. Métodos: Este estudo foi quase experimental, envolvendo uma amostra de 8 participantes com idades entre 62 e 81 anos (67,8 ± 5,8), selecionados por conveniência em um projeto de extensão universitária. Foram aplicados os testes de sentar e levantar e flexão de antebraço do Senior Fitness Test para avaliar a força e resistência muscular dos membros inferiores e superiores, respectivamente. A intervenção consistiu em treinamento funcional realizado três vezes por semana, durante 50 minutos, com intensidade medida pela Escala de OMNI-GSE. Os dados foram coletados em três momentos: pré-intervenção, após dois meses e após doze meses de intervenção. O tratamento e análise dos dados foram realizados no Microsoft Excel® 2013 e no SPSS, respectivamente. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário Dr. Leão Sampaio (UNILEÃO), com o parecer 5.611. 163. Resultados: Os principais achados para o teste de sentar e levantar foram: Momento 01, muito fraco n = 6/8 (75%); fraco n = 1/8 (12,5%); Bom n = 1/8 (12,5%). Momento 02, muito fraco n = 3/8 (37,5%); fraco n = 1/8 (12,5%); regular n = 3/8 (37,5%); muito bom n = 1/8 (12,5%). Momento 03, muito fraco n = 3/8 (37,5%); fraco n = 3/8 (37,5%); regular n = 1/8 (12,5%); Bom n = 1/8 (12,5%). Para o teste de flexão de cotovelo, os resultados encontrados foram: Momento 01, muito fraco n = 4/8 (50%); fraco n = 2/8 (25%); regular n = 2/8 (25%). Momento 02, fraco n = 1/8 (12,5%); regular n = 2/8 (25%); muito bom n = 5/8 (62,5%). Momento 03, regular n = 6/8 (75%); Bom n = 2/8 (25%). Conclusão: O estudo revelou uma mudança na frequência e porcentagem ao longo dos três momentos de análise, destacando-se um aumento na resistência e força muscular de membros superiores e inferiores de idosos após o Treinamento Funcional.

Palavras-chave: idosos; força muscular; treinamento físico

 

Apoio: CNPq e CAPES

 

 

Efeito do treinamento funcional na aptidão física durante 8 semanas em jovens do projeto academia e futebol da Universidade Federal de Sergipe

 

Pablo Rodrigo Santos Pinto¹, Wesclay José de Andrade Santos¹, Ailton Fernando Santana de Oliveira¹, Lucio Marques Vieira-Souza1,2

 

¹Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil

2Universidade do Estado de Minas Gerais, Passos, MG, Brasil

 

pablorodrigosp@hotmail.com

 

Introdução: O treinamento funcional tem se mostrado promissor para melhorar a aptidão física de diversas populações. É definido como aquele que objetiva o aprimoramento sinérgico, integrado e equilibrado de diferentes capacidades físicas no intuito de garantir eficiência e segurança durante o desempenho de tarefas cotidianas, laborais e/ou esportivas, sendo baseado nos princípios biológicos e metodológicos do treinamento, especialmente, no princípio da especificidade. Objetivo: O presente estudo analisou o efeito do treinamento funcional na agilidade com mudança de direção (COD) e potência (CMJ) durante 8 semanas de jovens participantes do projeto Academia e Futebol da Universidade Federal de Sergipe. Métodos: Trata-se de um estudo observacional com 40 participantes do sexo masculino que foram distribuídos em grupo de treinamento funcional (TF, n = 20; idade, 16,7 ± 0,4 anos) e grupo de treinamento convencional (TC, n = 20; idade, 16,5 ± 0,6 anos). A intervenção teve duração de 8 semanas, sendo realizada 2x/semanal com duração de 30-40 minutos, foram aplicados os testes pré intervenção na primeira semana e pós intervenção na última semana de potência e agilidade. Foi utilizado o Teste de Shapiro-Wilk para o pressuposto de normalidade. A comparação entre os momentos pré e pós intervenção de cada grupo utilizamos o Teste t de Student para amostras pareadas, sendo adotado um valor de significância de 5% (p < 0,05). Resultados: Houve uma diferença significativa para COD PRÉ TF - PÓS TF (p < 0,01); GRUPO CMJ TF - CMJ TF (p < 0,01); COD PRÉ TC - PÓS COD TC (p < 0,01). Já o grupo CMJ PRÉ TC não apresentou diferença significativa com o CMJ PÓS TC (p > 0,05). Conclusão: Portanto, a eficácia do treinamento funcional durante 8 semanas se refere à melhora da agilidade com mudança de direção, bem como o salto vertical dos participantes.

Palavras-chave: treinamento intervalado de alta intensidade; esporte; habilidade física

 

 

Desenvolvimento de um sistema de medição de centro de massa para avaliar as respostas do tronco a perturbações externas inesperadas

 

Paulo Gabriel Barreto Nogueira, Poliana de Jesus Santos, Breno Juan Feitosa de Sá Rocha, Pedro Henrique A. Barroso, Elyson Ádan Nunes Carvalho, José Gilmar Nunes de Carvalho Filho, Marzo Edir Da Silva Grigoletto

 

Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil

 

pgbn@academico.ufs.br

 

Introdução: A estabilidade da coluna pode ser entendida como o resultado do trabalho coordenado entre controle neuromuscular, ligamentos, tendões e os músculos da coluna vertebral [1]. Esse conjunto de fatores protege o tronco contra perturbações repentinas no equilíbrio corporal, evitando lesões musculares que podem evoluir para dor lombar crônica devido à falta de estabilidade.. Além disso, atletas que possuem uma maior estabilização do tronco apresentam um melhor desempenho nas atividades esportivas. Diante disso, o uso de equipamentos que permitam avaliar a estabilidade do tronco é de grande importância para a manutenção do equilíbrio humano, prevenção de dores crônicas e melhora no desempenho esportivo. De maneira geral, esse tipo de avaliação pode ser realizada por meio da medição do centro de massa humano. No entanto, os equipamentos atuais não conseguem avaliar a região do tronco de forma isolada e permitem que o paciente identifique a origem dos estímulos, antecipando assim o movimento de resposta. Objetivo: Desenvolver um sistema de medição do centro de massa que permita avaliar a estabilidade do tronco, incluindo um dispositivo de acionamento para um pistão pneumático que pode gerar perturbações imprevisíveis fora do campo de visão do avaliado. Métodos: Para avaliar o desempenho do sistema na medição do centro de massa, foi realizado um experimento que consistiu em posicionar um kettlebell de 8 kg em diferentes pontos marcados sob a plataforma. Os valores das posições medidas pelo sistema foram registrados e comparados com os valores teóricos. Para medir a força exercida pelo pistão, foram aplicadas diferentes forças no sensor (célula de carga) e comparadas com um valor de referência. Além disso, foram realizados experimentos para verificar a eficiência do sistema na realização de testes de movimentação corporal. Nesse, o indivíduo tinha como objetivo acompanhar um alvo movimentando-se em uma tela a partir do deslocamento do seu centro de massa sob a plataforma de força. Resultados: Os valores medidos da posição do centro de massa e da força aplicada pelo pistão foram próximos dos valores esperados além de apresentar um baixo desvio padrão tanto para a plataforma de força quanto para o pistão, sugerindo alta confiabilidade. Os valores medidos da posição do centro de massa obtevem erro médio de 0,83 cm com desvio padrão entre 0,16 e 0,51 cm. Já na medição da força aplicada pelo pistão, os valores de erro médio obtido foi de 0,19 N com desvio padrão entre 0,1 e 0,13 N. Além disso, o sistema conduziu com sucesso o teste de estabilidade ao medir o centro de massa do participante e registrou com sucesso as informações do experimento em uma planilha. Conclusão: Com o sistema desenvolvido, tornará possível avaliar a estabilidade do tronco ao medir o centro de massa com a plataforma de força mediante perturbações imprevisíveis. Isso permitirá verificar a efetividade dos tratamentos realizados para a melhoria da estabilidade.

Palavras-chave: estabilidade do core; core; músculos do tronco

 

Apoio: CNPq e CAPES

 

 

Desenvolvimento de um circuito eletrônico para sistemas medição de força muscular baseados em células de carga

 

Pedro Henrique A Barroso1, Paulo Gabriel B Nogueira1, Carlos Daniel de J. Almeida1, Raphael Cardoso de O Jesus², José Gilmar NC Filho¹, Elyson Ádan N Carvalho¹, Marzo Edir Da Silva Grigoletto¹

 

¹Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil

²Institute of Nanotechnology of Lyon, INSA Lyon, Université Claude Bernard Lyon 1, Lyon, France

 

pedroalves@academico.ufs.br

 

 

Introdução: A medição da força muscular é uma ferramenta valiosa na avaliação de resultados de procedimentos cirúrgicos, terapêuticos, para estimar o risco de lesões e manutenção da saúde física. Atualmente, os testes de função muscular padrão ouro utilizados são os dinamômetros isocinéticos, que têm alto custo atrelado e baixa liberdade de movimento. Já os dinamômetros por pressão manual são mais acessíveis, entretanto estes são específicos para um grupo muscular. Esses métodos são sistemas fechados que não permitem integração com outros equipamentos, são limitados quanto as possibilidades de aplicação e níveis de liberdade de movimento a serem avaliados. Sendo assim, os sistemas de medição de força baseados em células de carga, que é um transdutor de força amplamente utilizado nas aplicações das ciências do movimento e biomecânica, visam suprir essas limitações. Objetivo: Desenvolver um circuito eletrônico que possa ser aplicado em sistemas de medição de força baseados em células de carga, que possibilite medir a força exercida por um determinado grupo muscular ou músculo específico de forma precisa, confiável, que permita a calibração e seja integrado com outros equipamentos. Métodos: O circuito eletrônico desenvolvido foi testado com uma célula de carga do tipo S, que é utilizada para medição de força de membros superiores e inferiores. Realizou-se a coleta das massas de uma garrafa e balde com água, cujas medições resultaram em 500 g e 5 kg, respectivamente. Foi medido a massa da garrafa utilizando o dispositivo desenvolvido cinco vezes em intervalos de dois minutos. O mesmo procedimento foi aplicado com o balde. Posteriormente, foi proposta uma segunda configuração para outros dois experimentos utilizando, dessa vez, quatro células de carga do tipo compressão, aplicadas em plataformas de estabilidade ou hand grips, além de um circuito eletrônico desenvolvido para cada uma delas. As células de carga foram posicionadas nas extremidades de uma plataforma retangular, e o procedimento experimental se deu através da alocação de um kettlebell de 8 kg em cada célula de carga, num intervalo de um minuto entre uma célula e outra. Esse procedimento foi repetido cinco vezes. Por fim, colocou-se o kettlebell de 8 kg no centro da plataforma. Nesta configuração foi utilizado um intervalo de dois minutos entre cada medição, tendo sido repetida cinco vezes. Em todos os experimentos foram coletados valores de massa junto com um microcontrolador para avaliar desvio padrão e erro relativo do dispositivo em comparação com a balança de precisão. Resultados: Nos experimentos, apesar da mudança do tipo de célula de carga utilizada para medição, a resposta foi precisa e exata, apresentando um erro relativo de 1,26% e desvio padrão de 0,11. Conclusão: O circuito eletrônico proposto foi capaz de medir força com baixo erro e desvio padrão, estando em conformidade com os sistemas de medição de força baseados em células de carga.

Palavras-chave: circuito de medição de força; contração muscular; célula de carga

 

 

Efeito do treinamento funcional na aptidão física de mulheres idosas destreinadas

 

Salviano Resende Silva1, Newton Benites Carvalho Lima1, Lara Fabian Vieira Barbosa1, Laiza Ellen Santana Santos1, Diego Silva Patrício1, Antônio Gomes de Resende-Neto2, José Carlos Aragão-Santos1, Marzo Edir Da Silva Grigoletto1

 

1Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil

2Centro Universitário Estácio Sergipe, Aracaju, SE, Brasil

 

salvianoresende77@hotmail.com

 

Introdução: O processo de envelhecimento influencia negativamente em aspectos físicos/funcionais, devido a redução da massa muscular, mobilidade articular e propriocepção, impactando diretamente na independência do indivíduo. Além disso, tais declínios afetam de forma mais expressiva o sexo feminino devido à redução da secreção hormonal no período pós-menopáusico. No entanto, o treinamento funcional vem sendo apresentado na literatura como uma alternativa não farmacológica para atenuar tais declínios. Objetivo: Verificar o efeito de oito semanas de treinamento funcional na aptidão física em mulheres pós-menopausadas destreinadas. Métodos: Participaram do estudo 24 mulheres menopausadas (67,8 ± 5,1 anos; 27,9 ± 3,8 kg/m²). A aptidão física foi avaliada por meio dos seguintes testes: Sentar e Levantar em 5 repetições (SL5r), Timed Up and Go (TUG), Vestir e Tirar a Camisa (VTC), Força de Preensão Manual (FPM), Levantar do Solo (LS), Gallon-Jug Shelf-Transfer (GJST) e Caminhada de 10 metros (C10m). A sessão de treinamento foi estruturada com exercícios de características multiarticulares, multiplanares e multicomponentes, além de priorizar a transferência para as atividades da vida diária, explorando os padrões básicos (empurrar, puxar, agachar e transportar) em formato de circuito. Essas características foram contempladas em três blocos: mobilidade articular, estabilidade e ativação, Neuromuscular 1 (N1) com exercícios estimulando a coordenação, agilidade, velocidade e com maior ênfase na potência; e o Neuromuscular 2 (N2), que prioriza a força muscular nos padrões básicos. Para amplificar os possíveis efeitos, foi sugerido às participantes que no N2 executassem os exercícios em uma faixa de repetição entre 8 a 12 e na máxima velocidade concêntrica. Os componentes da carga seguiram a seguinte sistematização, densidade (1/2; 2/3), frequência semanal (3 sessões), número de exercícios (N1: 6; N2: 7), com duração total da sessão de 45 minutos. A análise estatística foi feita por meio da ANOVA de um fator. Os dados foram expressos em média ± desvio padrão e o valor de p 0,05 foi considerado significativo. Resultados: Foram encontrados resultados significativos nos testes: TUG (Pré = 7,77 ± 0,99; Pós = 7,15 + 0,75; p < 0,001), LS (Pré = 4,06 ± 1,03; Pós = 3,28 ± 0,65; p < 0,001), VTC (Pré = 14,40 ± 3,35; Pós = 12,79 ± 1,98; p < 0,01) e FPM (Pré = 22,81 ± 5,58; Pós = 24,65 ± 5,58; p < 0,01). No entanto, os testes de SL5r, GJST e C10 não apresentaram alterações significativas (p>0,05). Conclusão: Conclui-se que oito semanas de treinamento funcional alteram positivamente a aptidão física de mulheres pós-menopausadas destreinadas.

Palavras-chave: envelhecimento; funcionalidade; atividades da vida diária

 

Apoio: CNPq e CAPES

 

 

Influência do tempo de treinamento nas respostas cardiovasculares agudas à uma sessão de treinamento funcional de alta intensidade

 

Vanessa A Freitas, Leila F dos Santos, Wildson L Santos, Gustavo I de Carvalho e Silva, Júlio C de Carvalho Martins, Rogério B Wichi

 

Programa de Pós Graduação em Educação Física da Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil

 

vanessa.18.alvesf@gmail.com

 

Introdução: Os exercícios físicos promovem inúmeros benefícios a saúde do organismo humano, sendo capaz de reduzir fatores de risco para cardiopatias, doenças psicológicas, traz condicionamento físico, melhora a circulação periférica e a resistência cardiorrespiratória, entre outras. Há vários métodos de treinamentos, atualmente, em destaque os Treinamentos Funcionais de Alta Intensidade baseados no modelo de Greg Glassman na marca Crossfit®. Objetivo: Verificar a influência do treinamento na resposta do trabalho cardíaco, duplo produto, de forma agudas à uma sessão de treinamento funcional de alta intensidade em mulheres. Métodos: A amostra se caracteriza por mulheres saudáveis, normotensas e sem fazer uso de qualquer tipo de fármacos e ativas na modalidade por pelo menos entre 3 a 12 meses. Foram selecionadas 20 mulheres e randomizadas em 2 grupos, iniciantes e avançadas, foram submetidas a uma aferição de pressão inicial, depois uma sessão de treinamento funcional de alta intensidade de 45 min utilizando o protocolo Helen, sendo monitoradas pelas escala de Borg, e pós treino foram aferidas a pressão por 60 min com intervalos de 10 min. Para avaliar os dados intragrupos e intergrupos foi realizado o teste ANOVA (Two Way), foi utilizada Greenhouse-Geisser quando a esfericidade Mauchly foi significativa. Resultados: Mulheres entre 20 a 40 anos, média de 31,2 ± 4,7 anos. Sendo (n = 9) praticantes de Treinamento Funcional de Alta Intensidade com experiência de 3 a 6 meses e (n = 6) praticantes entre 08 a 12 meses. Com IMC de 24,4±3,5, PAS 118 ±11,9 mmHg, PAD 74,5 ± 7,57 mmHg e FC de 82,6 ± 11,8 bpm. o treinamento funcional de alta intensidade promoveu aumento do Duplo Produto logo após o término do exercício em ambos os grupos (iniciantes: 21120 ± 268; avançadas: 20228 ± 4467). Conclusão: Logo, o resultado demonstra que o treinamento funcional de alta intensidade promove aumento da resposta cardiovascular em mulheres treinadas iniciantes e avançadas de forma semelhante.

Palavras-chave: treinamento funcional de alta intensidade; CrossFit®; respostas

cardiovasculares

 

 

Efeitos do treinamento funcional com e sem carga externa na capacidade de salto de jovens e adultos sedentários

 

Wandercleiton S Oliveira, Breno JFS Rocha, Leonardo LR Santos, André FS Almeida, Leury MS Chaves, Marzo Edir Da Silva Grigoletto

 

Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil

 

wandercleitonso@hotmail.com

 

Introdução: O treinamento funcional (TF) é um método de treino que visa a melhoria de todas as capacidades físicas de seus praticantes, por meio de um modelo de treino integral, baseado em três importantes pilares: segurança; funcionalidade; eficácia. Com a inatividade física e um estilo de vida sedentário, vários componentes da capacidade física de um indivíduo podem ser reduzidos, gerando assim um desequilíbrio na manutenção da saúde funcional desta pessoa. Um desses componentes é a potência de membros inferiores, que, por sua vez, traduz de maneira geral o estado funcional do organismo, tendo em vista que várias tarefas, seja da vida cotidiana ou laboral, demandam deste componente para a sua realização de maneira mais eficiente. No entanto, o TF pode ser realizado com carga (TFCC) ou sem carga externa (TFSC), buscando as mesmas adaptações na potência de MMII; considerando é claro, que um (TFSC) será mais acessível e com melhor custo-benefício. Contudo não está claro se um programa de (TFSC), gera os mesmos resultados que um (TFCC) na potência de MMII. Assim, o TFSC pode apresentar-se como uma ferramenta prática, barata e que atende uma grande parcela da população. Objetivo: Comparar os efeitos do treinamento funcional com e sem carga externa na capacidade de salto de jovens adultos. Métodos: A intervenção contou com 59 participantes, divididos em dois grupos: TFCC (28) e TFSC (31), ambos os grupos treinaram 2 vezes por semana, com 50 minutos em cada sessão de treino. Toda a intervenção durou um período de 6 semanas, totalizando 12 sessões. Ambos os grupos tiveram suas sessões divididas em 3 blocos; bloco1 - preparação para o movimento; bloco 2 - coordenação; bloco – 3 força. Os dados foram coletados nos períodos pré e pós-intervenção. A potência de membros inferiores foi avaliada a partir do teste Counter movement jump (CMJ) e obtidos com o uso de uma plataforma de contato, sendo o maior valor encontrado utilizado para análises. Foram realizados testes t para amostras independentes e dependentes para comparações inter e intragrupos. Os dados são expressos como média e desvio padrão e o nível de significância adotado foi p < 0,05. O delta (D) percentual foi calculado entre os diferentes momentos. Resultados: Ambos os grupos mostraram melhoras estatisticamente significativas em seus valores médios do CMJ de pré para pós; TFCC (pré 23,17; ± 6,53; pós 25,39; ± 6,85; D = 8%); TFSC (pré 26,47; ± 7,70; pós 29,21; ± 9,59; D = 9%). A comparação entre os grupos não demonstrou diferença significativa. Conclusão: Com isso, o trabalho demonstrou que ambos os grupos melhoraram a sua potência de membros inferiores, representada através da sua capacidade de salto. Além disso, o TFSC pode representar uma opção com maior custo-benefício por não necessitar de equipamentos, mas demonstrando os mesmos resultados.

Palavras-chave: capacidade funcional; calistenia; sedentarismo

 

Apoio: CNPq e CAPES

 

 

Efeitos de 16 semanas de brain functional training e treinamento funcional na função executiva e potência muscular de mulheres idosas

 

Washington JS Filho, André FS Almeida, Marcos R Pereira-Monteiro, Marzo Edir Da Silva Grigoletto

 

Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil

 

santoswashington598@gmail.com

 

Introdução: O processo de envelhecimento traz consigo declínios cognitivos, sobretudo das funções executivas (FE), relacionados com a redução da capacidade física e funcional, e principalmente de potência muscular, na pessoa idosa. Nesse sentido, o exercício físico com dupla tarefa tem sido proposto na literatura na intenção de promover adaptações cognitivas, enquanto o Treinamento Funcional (TF) tem sido recomendado para reverter a redução da funcionalidade. Porém, não está claro se a dupla tarefa associada ao TF, utilizada em protocolos de Brain Functional Training (BFT), poderia interferir nos ganhos de potência muscular e FE em mulheres idosas. Objetivo: Verificar os efeitos de 16 semanas de BFT e TF na potência muscular e FE de mulheres idosas. Métodos: Sessenta e três mulheres idosas foram randomizadas em: Grupo BFT (GBFT) (n = 24), Grupo TF (GTF) (n = 20) e Grupo Controle (GC) (n = 19). A potência muscular foi estimada com o Seated Medicine Ball Throwing Test (SMBTT) para membros superiores, e o Five Times Seat to Stand Test (FTSST) para membros inferiores; a FE foi medida com o Stroop Word-Color Test (SWCT), que avaliou os tempos de resposta (TR) congruentes e incongruentes. Os grupos GBFT e GTF realizaram exercícios com tarefas semelhantes às atividades diárias, porém o GBFT realizou simultaneamente tarefas cognitivas voltadas ao estímulo das FE, em 50% dos exercícios; já o GC participou de sessões de Tai Chi Chuan, com movimentos da sequência Baduanjin. Foi utilizada a ANOVA de modelos mistos generalizados com post hoc de Bonferroni para avaliar as diferenças entre médias, calculado tamanho de efeito d de Cohen, e aceita significância de p < 0,05. Resultados: Em relação ao FTSST, não houve efeito significativo de interação tempo*grupo para nenhum dos grupos (p > 0,05). Em relação ao SMBTT, os grupos GBFT e GTF apresentaram uma melhora significativa ao longo do tempo (GBFT: Pré: 227,55 ± 21,23 cm; Pós: 242,90 ± 28,29 cm; p = 0,002; d = 0,72); (GTF: Pré: 222,42 ± 33,84 cm; Pós: 246,06 ± 34,47 cm; p < 0,001; d = 0,69); (GC: Pré: 228,65 ± 38,87 cm; Pós: 228,87 ± 31,10c m; p = 1,000; d = 0,005). Em relação ao SCWT, não houve efeito de interação tempo*grupo para o TR congruente de nenhum dos grupos (p>0,05); já para o TR incongruente, houve efeito de interação tempo*grupo com significância para os grupos GBFT e GC (GBFT: Pré: 1505,74 ± 730,58ms; Pós: 1312,31 ± 640,91ms; p = 0,026; d = -0,26); (GTF: Pré: 1420,43 ± 504,98 ms; Pós: 1281,54 ± 301,42 ms; p = 0,330; d = -0,27); (GC: Pré: 1764,00 ± 712,14 ms; Pós: 1372,87 ± 509,10 ms; p < 0,001; d = -0,54). É válido mencionar que o GC apresentava TR incongruentes significativamente maiores que o GBFT no momento pré. Conclusão: Nenhum dos grupos apresentou melhora significativa na potência de membros inferiores, enquanto os grupos GBFT e GTF apresentaram uma melhora significativa na potência de membros superiores. Apenas os GBTF e GC apresentaram mudanças significativas na FE ao longo do tempo.

Palavras-chave: terapia por exercício; exercício físico; treinamento de força; envelhecimento cognitivo; treino cognitivo

 

Apoio: CNPq, CAPES e FAPITEC

 

 

Efeitos de nove sessões de treinamento funcional em variáveis comportamentais e variáveis físicas em jovens adultos 

 

Luiz FA Menezes, Marcos R Pereira-Monteiro, Evellyn C Dos Santos, José C Aragão-Santos, André FS.Almeida, Leury MS Chaves, Marzo Edir Da Silva Grigoletto

 

Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil

 

luizfelipe20032011@gmail.com

 

Introdução: O treinamento funcional (TF) trabalha sinergicamente diferentes capacidades físicas focando nas atividades de vida diária. Durante uma sessão de treinamento são depositados esforços físicos e mentais, gerando respostas afetivas de acordo com o quão extenuante ou agradável é a tarefa, provocando diferentes percepções. Apesar do exercício ser capaz de aprimorar as capacidades físicas e prevenir comorbidades, isso muitas vezes não é suficiente para manter a aderência de uma pessoa. Nesse sentido, sensações como prazer, divertimento, esforço e desconforto, assim como a sensação de autoeficácia, afetam diretamente na aderência dos praticantes, demonstrando a importância de gerar boas percepções durante uma sessão. Logo, é fundamental analisar se com uma intervenção de TF, a curto prazo, é possível obter ganhos em variáveis físicas e gerar mudanças nas variáveis comportamentais dos participantes. Objetivo: Analisar o efeito de nove sessões de TF em variáveis físicas de potência e em variáveis comportamentais subjetivas. Métodos: Trata-se de um ensaio clínico quase-experimental, com uma amostra de 29 jovens adultos (Média de idade: 26,0 ± 6,2; Média de peso: 64,5kg ± 14,9). Os participantes foram avaliados com relação a potência através dos testes de squat jump (SJ), countermovement jump (CMJ), sprint de 20 metros (S20) e seated medicine ball throw (SMBT). Posteriormente, foram submetidos a 9 sessões de TF, com estímulos de mobilidade articular, estabilidade, coordenação, potência, velocidade, agilidade e força muscular, logo após a conclusão do treino, os participantes respondiam a Feeling Scale (FS), que variou de -5 à +5 de acordo com a percepção de prazer; a Enjoyment Scale (ES), que mensura a sensação de divertimento em valores de 1 à7; e a escala de desconforto (ED), que quantifica a sensação de desconforto durante a sessão de 0 à10. Trinta minutos após a conclusão da sessão, os participantes eram questionados com relação a percepção subjetiva de esforço (RPE), com valores de entre 0 e 10, analisando a sensação de esforço percebida. Após a conclusão do programa de treinamento, a potência muscular foi reavaliada. Foram realizados os testes t de Student e Wilcoxon para comparação entre momentos pré e pós de acordo com a normalidade dos dados adotando valores de p < 0,05 como significativos. Resultados: Houve aumento nos testes de SJ (pré: 20,5 ± 5,5; pós: 23,2 ± 6,5; p < 0,001), CMJ (pré: 23,6 ± 6,5; pós: 25,2 ± 6,9; p < 0,001), S20 (pré: 3,99 ± 0,418; pós: 3,90 ± 0,386; p = 0,001), RPE (pré: 5,4 ± 2,4; pós: 4,5 ± 1,9 p = 0,037), ED (pré: 4,83 ± 2,48; pós: 3,91 ± 1,68; p = 0,022). Enquanto no SMBT (pré: 2,15 ± 0,323; pós: 2,20 ± 0,322; p > 0,05), FS (pré: 3 ± 1,91; pós: 3,35 ± 1,8; p > 0,05), ES (pré: 5,65 ± 1,15; pós: 5,78 ± 1,31; p > 0,05) não houveram diferenças. Conclusão: O TF foi capaz de promover ganhos na potência muscular e mudanças na percepção de esforço e desconforto em apenas nove sessões, porém não foi capaz de promover alteração no prazer e divertimento em jovens adultos.

Palavras-chave: exercício físico; prazer; desempenho físico funcional

 

Apoio: CNPq, CAPES e FAPITEC 

 

 

Resposta aguda do treinamento funcional versus treinamento de força na glicemia capilar de diabéticos tipo 1

 

Maria Valeska Sousa Soares1, Bárbara Raquel Souza Santos2, Jenifer Kelly Pinheiro1

 

1Centro Universitário Dr. Leão Sampaio, Juazeiro do Norte, CE, Brasil

2Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil

 

valeskasoares@leaosampaio.edu.br

 

Introdução: O diabetes mellitus tem se tornado um problema de saúde mundial nos últimos anos. Atualmente, cerca de 9,3% da população adulta tem diabetes mellitus e, nos próximos anos estima-se que esse número seja ainda maior. Algumas características estão associadas ao diabetes mellitus como por exemplo o estilo de vida, a alimentação, a prática de exercícios físicos e fatores genéticos. Dessa forma, recomenda-se a prática de atividade física para essa população. Portanto, a prática de exercícios físicos promove benefícios sobre o controle glicêmico e qualidade de vida dos sujeitos com diabetes mellitus. Objetivo: verificar o efeito do treinamento funcional e do treinamento de força sobre a glicemia de diabéticos tipo 1. Metodologia: a pesquisa se caracteriza como sendo quantitativa e descritiva. A amostra foi composta por 8 indivíduos com diabetes mellitus matriculados em um projeto de extensão na academia escola de centro universitário da cidade de Juazeiro do Norte-CE. Os participantes foram divididos em dois grupos, na qual o grupo 1 realizou o treinamento de força e o grupo 2 fez o treinamento funcional. A glicemia foi verificada antes e após a sessão de treinamento. Para avaliar a normalidade de dados foi utilizado o teste Shapiro Wilker. A análise de variância foi utilizada para comparar os dois grupos nos dois momentos. Enquanto, a variação percentual foi utilizada para verificar as reduções entre os momentos em cada grupo. Resultados: a média de idade da amostra é de 62,6 ± 8,8 anos. Quanto ao peso e percentual de gordura as médias foram de 64,7 ± 8,6 kg e de 39,4 ± 7,0 kg/m², respectivamente. Quando comparado o grupo treinamento de funcional com o treinamento de força nos momentos pré e pós treinamento, não houve diferença significativa nos resultados da glicemia capilar (p = 0,079). A variação percentual no grupo funcional foi de D% = 12 % e no grupo força de D% = 43 %. Conclusão: Não há diferença significativa na glicemia capilar quando comparado o grupo de treinamento de funcional com treinamento de força após sessão de treinamento. Entretanto, o grupo de treinamento de força reduziu a glicemia em 43%, enquanto o treinamento funcional reduziu em 12%.

Palavras-chave: diabetes mellitus; exercício físico; controle glicêmico

 

 

Efeitos do treinamento combinado na aptidão funcional de idosas destreinadas: um estudo piloto

 

Antônio Gomes de Resende-Neto1, Newton Benites Carvalho Lima2, Salviano Resende Silva2, Laiza Ellen Santana Santos2, José Carlos Aragão-Santos2, Marcos Raphael Pereira Monteiro2, Diego Silva Patrício2, Marzo Edir Da Silva Grigoletto2

 

1Centro Universitário Estácio Sergipe, Aracaju, SE, Brasil

2Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil

 

neto.resende-edf@hotmail.com

 

Introdução: O declínio da capacidade funcional em idosos está relacionado com alterações neuromusculares e metabólicas, fazendo do treinamento combinado (TC) uma opção interessante, por sua premissa de aplicação conjunta do treinamento resistido e aeróbio em uma mesma sessão. Porém, observa-se ainda uma carência de investigações analisando seus reais efeitos em respostas multisistêmicas direcionadas as atividades cotidianas de mulheres idosas. Objetivo: Verificar os efeitos do treinamento combinado na aptidão funcional de idosas destreinadas. Métodos: Trata-se de um estudo piloto quase-experimental, no qual participaram da intervenção 60 idosas divididas em dois grupos distintos: Grupo Combinado (TC: n = 42; 68,1 ± 5,9 anos; 27,3 ± 3,8 kg/m-²) e Grupo Controle (GC: n = 18; 67,2 ± 7,0 anos; 27,7 ± 5,2 kg/m-²). O período de intervenção foi 12 semanas, compreendendo três sessões semanais, com duração de, aproximadamente, 50 minutos e tempo de recuperação mínimo de 48 horas entre as sessões. Inicialmente as participantes do TC realizaram dois minutos de caminhada e 15 agachamentos como aquecimento, logo após realizaram 25 minutos exercícios resistidos tradicionais em máquinas, depois 15 minutos de caminhada alternada com corrida leve e por fim, 5 minutos de alongamentos submáximos para os principais grupos musculares. A aptidão funcional foi verificada por meios dos seguintes testes: Teste vestir e tirar a camisa; Levantar do solo; Transferência de galões e Sentar e levantar da cadeira. A análise dos dados foi feita mediante ANOVA 2x2 com post hoc test de Bonferroni. Resultados: Ao final da intervenção, o TC apresentou melhoras estatisticamente significativas em todas as variáveis com relação aos valores iniciais. Quando comparado ao GC, o TC promoveu adaptações estatisticamente significativas nas variáveis: 1- Teste vestir e tirar a camisa (TC: 12,60 ± 2,37 vs GC: 13,98 ± 2,70 segs.; D%: 10,95; p 0,05); 2- Levantar do solo (TC: 2,70 ± 0,96 vs GC: 3,35 ± 1,25 segs.; D%: 24,07; p 0,03); 3- Sentar e levantar da cadeira (TC: 7,66 ± 1,64 vs GC: 8,63 ± 2,04 segs.; D%: 12,66; p 0,05); 4-Transferência de galões (TC: 10,15 ± 1,32 vs GC: 11,06 ± 1,36 seg.; D%: 8,96; p 0,01). Conclusão: O presente protocolo de TC demostra-se eficaz na melhora da aptidão funcional em idosas destreinadas. Assim, foi demostrado que TC é uma opção viável para combater a incapacidade física relacionada com a senescência.

Palavras-chave: treinamento resistido; envelhecimento; atividades diárias; qualidade de vida

 

Apoio: Programa Pesquisa Produtividade da Estácio Sergipe (2024).

 

 

Funcionais, cardiorrespiratórios, psicossociais, hemodinâmicos e antropométricos em praticantes de treinamento funcional: projeto malts

 

Maria Eduarda de Moraes Sirydakis, Marina Isolde Constantini¹ Angelica Danielevicz, Maria Madalena Mendes Brito, Juliane Bregalda, Guilherme Pelliciari de Lima, Rodrigo Sudatti Delevatti, Cíntia de la Rocha Freitas

 

Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil

 

dudasirydakis@hotmail.com

 

Introdução: O treinamento funcional tem sido conceituado como uma modalidade de treinamento baseada em atividades, exercícios e movimentos considerados funcionais, que tenham aplicação e transferência dos efeitos para as atividades da vida diária e atividades naturais. Essa modalidade de exercícios tem se popularizado e, nesse sentido, torna-se importante o monitoramento de modelos de treinamento funcional já existentes, a fim de verificar como os participantes respondem a diferentes desfechos de saúde em uma prática bastante inserida no mercado do fitness. Objetivo: Analisar o comportamento de curto prazo (4 meses) de desfechos funcionais, cardiorrespiratórios, psicossociais, hemodinâmicos e antropométricos de mulheres saudáveis de meia idade praticantes de Treinamento Funcional. Métodos: Pesquisa descritiva de caráter longitudinal, pertencente ao projeto “Modalidades Alternativas de Treinamento e Saúde (MALTS)”. A amostra foi composta por mulheres saudáveis de meia idade praticantes de treinamento funcional na cidade de Florianópolis/SC. Foram coletados dados sociodemográficos, histórico de saúde e histórico de atividade física das participantes. Antes e após 16 semanas de treinamento, foram avaliados parâmetros cardiorrespiratórios, hemodinâmicos, psicossociais, antropométricos e testes funcionais. O treinamento funcional foi realizado com frequência semanal de três vezes e duração de 60 minutos por sessão. Cada sessão foi dividida em aquecimento, parte principal (modelo de circuito ou bi-série) e volta à calma com alongamentos. Na parte principal, os exercícios foram executados com estímulos variando de 45 a 60 segundos, intercalados com recuperação de 22 a 30 segundos, conforme a duração do estímulo. Dentre os exercícios prescritos pode-se citar: agachamento, burpee, abdominal remador, pular corda, elevação de quadril, prancha, subir e descer step, apoio e corrida estacionária. O teste estatístico utilizado foi Teste t para dados pareados, com nível de significância de 5%. Resultados: As participantes (49,00 ± 6,50 anos) apresentaram melhoras significativas na circunferência de cintura (pré: 81,83 ± 5,67 cm; pós: 77,37 ± 6,16 cm, p = 0,001), na relação cintura-estatura (pré: 0,50 ± 0,03 cm; pós: 0,47 ± 0,04 cm, p = 0,003) e na resistência abdominal (pré: 38,25 ± 5,31 reps; pós: 50,37 ± 11,50 reps, p = 0,031). Ainda, observou-se manutenção nos valores de desfechos de frequência cardíaca, pressão arterial, índice de massa corporal e massa corporal, e ligeiras melhorias em outros desfechos, ainda que não significativas, como aptidão cardiorrespiratória e flexibilidade. Houve manutenção nos desfechos sintomas depressivos, qualidade do sono e qualidade de vida. Conclusão: Dezesseis semanas de treinamento funcional (três sessões semanais) proporcionaram melhoras na circunferência de cintura, na relação cintura-estatura e na resistência abdominal em mulheres saudáveis de meia idade praticantes da modalidade.

Palavras-chave: mulheres; exercício físico; educação física e treinamento

 

Apoio: UNIEDU, Centro de Desportos-UFSC

 

 

Associação entre fatores biomecânicos e emocionais em mulheres com dor femoropatelar: uma abordagem da árvore de classificação e regressão

 

Aluiso André Dantas de Sousa1,2,3, Daniel de Medeiros Leiros¹, Maria Ester de Oliveira Farias1,2, Antonio Paulo da Silva Oliveira4, Wilson Cezar Domingos de Azevedo¹, Maristela Linhares dos Santos¹ Hassan Mohamed Elsangedy¹, Leônidas de Oliveira Neto1,2,3

 

¹Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Grupo de Estudos em Biomecânica, Natal, RN, Brasil

2Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Programa de pós-graduação em Fisioterapia, Natal, RN, Brasil

3Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, MG, Brasil

4Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, PB, Brasil

 

andrepesquisador1@hotmail.com

 

Introdução: A DFP é uma condição dolorosa na região anterior do joelho. Entretanto, os mecanismos que levam ao surgimento dessa patologia são de ordem multifatorial, podendo ter relação com baixa força/flexibilidade em regiões próximas ao joelho (pé/tornozelo e quadril). Ademais, além dos fatores biomecânicos, preocupação, perda de autoidentidade, confusão e medo ao movimento, também são outras características que estão intimamente ligadas à essa condição clínica. Nesse contexto, análises bivariadas e lineares tradicionalmente empregadas para analisar a ocorrência do surgimento da DFP não são suficientemente robustas para capturar relações complexas entre as variáveis. Sendo assim, a análise da árvore de classificação e regressão (CART) permite a identificação de fatores e revela interações relacionadas a uma condição clínica específica. Objetivo: Analisar quais variáveis dependentes que melhor classificam mulheres com DFP. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, composto por 96 mulheres (18 a 40) anos de idade, pareadas pelo IMC, sendo 48 no grupo com DFP e 48 no grupo sem DFP. Foi realizada uma análise de CART para identificar a associação entre as variáveis preditoras de força isométrica, flexibilidade passiva, controle postural dinâmico avaliado pelo Star Excursion Balance Test (SEBT), índice de postura do pé, e o medo de se movimentar, avaliado pelo questionário (Tampa/TSK-11), com o desfecho DFP. Resultados: Os resultados da análise CART demonstraram através de 5 nós, apenas dois preditores para ocorrência da DFP, sugerindo que no 1º nível da árvore, o nó de partida foi ajustado pelo Tampa/TSK-11 (medo de se movimentar), no qual resultados > 27 pontos, representaram 92,6% (n = 25) das mulheres nesse nó. Mulheres com pontuações < 21 pontos, foram inseridas no 2º nível da árvore. Nesse nível alcances < 59% no (SEBT) na posição medial (SEBT_M) representaram 37,5% (n = 5) das mulheres no nó 4. Considerações finais: A análise CART produziu um modelo que revelou interações entre o medo de se movimentar (cinesiofobia) e o controle postural dinâmico, indicando um importante componente emocional em mulheres com DFP. Nossos achados sugerem que o uso do (Tampa/TSK-11) previamente a avaliação do SEBT_M, pode ser considerado.

Palavras-chave: desempenho físico funcional; CART, articulação joelho; fobia ao movimento

 

Apoio: CNPq/CAPES

 

 

Efeitos de 16 semanas de brain functional training e treinamento funcional na composição corporal de mulheres idosas

 

André FS Almeida, Marcos R Pereira-Monteiro, Leury MS Chaves, Marzo Edir Da Silva Grigoletto

 

Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil

 

afilipe@academico.ufs.br

 

 

Introdução: A saúde da pessoa idosa é influenciada pela sua composição corporal, sobretudo quanto à diminuição da massa muscular e ao aumento da gordura corporal, fatores importantes em relação à funcionalidade e à mortalidade. E embora o Treinamento Funcional (TF), cujos exercícios apresentam transferência para as atividades da vida diária (AVDs), e o Brain Functional Training (BFT), que aplica o TF com maior atenção aos impactos provocados pela complexidade nas adaptações do sistema nervoso, tenham destaque na promoção de saúde nessa população, seus efeitos específicos na composição corporal ainda não estão bem estabelecidos na literatura. Objetivo: Avaliar os efeitos de 16 semanas de BFT e TF na composição corporal de mulheres idosas. Métodos: O estudo foi um ensaio clínico randomizado com 61 mulheres idosas alocadas em três grupos: Treinamento Funcional (GTF) (n = 18), Brain Functional Training (GBFT) (n = 21) e controle (GC) (n = 22). Foram realizadas avaliações antes da intervenção (PRÉ), após 16 semanas de treinamento (PÓS16) e após 16 semanas de destreinamento (DESTR). A composição corporal foi estimada através de análise de bioimpedância. Foram utilizados para análise o Phase Angle (PhA), já fornecido pelo aparelho e que está diretamente relacionado com a quantidade de água corporal e a integridade celular; e o Appendicular Lean Soft Tissue (ALST), alcançado pela fórmula [ALST(kg) = 5.982 + (0.188×altura2/resistência) + (0.014 × circunferência de cintura) + (0.046 × peso) + (3.881 × sexo) - (0.053 × idade)] e que estima a massa muscular apendicular. O treinamento para GTF e GBFT envolvia exercícios com tarefas semelhantes às AVDs, sendo que o GBFT contou com tarefas cognitivas simultâneas em 50% dos exercícios; já o GC participou de sessões de Tai Chi Chuan, seguindo os exercícios da sequência Baduanjin. Para comparação de médias foi utilizado o modelo misto generalizado, adotando um nível de significância de 5% p 0,05). Resultados: Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas para o PhA, em nenhum dos grupos, nem entre PRÉ e PÓS16 e nem entre PÓS16 e DESTR. Porém, para o ALST foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre as avaliações para os três grupos, sendo: GTF (PRÉ: 6,7±0,7kg; PÓS16: 10,3 ± 0,7 kg Δ = 52% p < 0,001; DESTR: 6,2 ± 1,1 kg Δ = -39,3% p < 0,001); GBFT (PRÉ: 6,7 ± 0,6 kg; PÓS16: 10,3 ± 0,6 kg Δ = 54,4% p < 0,001; DESTR: 5,8 ± 0,8 kg Δ = -43,3% p < 0,001); GC (PRÉ: 6,6 ± 0,8 kg; PÓS16: 10,1 ± 0,7 kg Δ = 53,4% p < 0,001; DESTR: 6,0 ± 0,9 kg Δ = -40,2% p < 0,001). Conclusão: Com isso, em relação ao PhA não foram encontradas alterações significativas em nenhum dos treinamentos propostos. No entanto, em relação ao ALST, todos os grupos apresentaram um aumento considerável, aumentando a massa magra apendicular em mais de 50% após 16 semanas. Também é importante destacar que após igual período de destreinamento todos os grupos apresentaram redução de ALST em proporções similares.

Palavras-chave: saúde; envelhecimento; status funcional; função cognitiva

 

Apoio: CNPq, CAPES e FAPITEC

 

 

Treinamento combinado melhora a habilidade de marcha de idosas destreinadas

 

Autores: Antônio Gomes de Resende-Neto1, Marcelo Mendonça Mota1, Newton Benites Carvalho Lima2, Salviano Resende Silva2, Laiza Ellen Santana Santos2, Leury Max Da Silva Chaves2, André Filipe Santos de Almeida2, Marzo Edir Da Silva Grigoletto2

 

1Centro Universitário Estácio Sergipe, Aracaju, SE, Brasil

2Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil

 

neto.resende-edf@hotmail.com

 

Introdução: A habilidade de marcha refere-se à capacidade de caminhar de forma eficiente e segura, e quando ocasionada pela senescência constitui uma das principais causas de perda de independência e capacidade de realizar atividades diárias em idosos. No entanto, apesar de toda a informação disponível na literatura sobre estaproblemática, ainda não há consenso em relação à sua prevenção e tratamento, especialmente sobre qual a melhor prescrição de exercícios físicos. Objetivo: Analisar os efeitos do treinamento combinado em determinantes da habilidade de marcha de idosas destreinadas. Métodos: Trata-se de um estudo piloto quase-experimental, no qual participaram da intervenção 60 idosas divididas em dois grupos distintos: Grupo Treinamento Combinado (TC: n = 42; 68,1 ± 5,9 anos; 27,3 ± 3,8 kg/m-²) e Grupo Controle (GC: n = 18; 67,2 ± 7,1 anos; 27,7 ± 5,2 kg/m-²). O período de intervenção foi 12 semanas, compreendendo três sessões semanais, com duração de, aproximadamente, 50 minutos e tempo de recuperação mínimo de 48 horas entre as sessões. Inicialmente as participantes do TC realizaram dois minutos de caminhada e 15 agachamentos como aquecimento, logo após realizaram 25 minutos exercícios resistidos tradicionais em máquinas, depois 15 minutos de caminhada alternada com corrida leve e por fim, 5 minutos de alongamentos submáximos para os principais grupos musculares. A habilidade de marcha foi analisada por meio dos seguintes testes: Time up and go, velocidade em 10 metros e caminhada de 6 minutos. A análise dos dados foi feita mediante ANOVA 2x2 com post hoc test de Bonferroni. Resultados: Em relação aos valores iniciais, o TC apresentou melhoras estatisticamente significativas em todas as variáveis relacionadas a habilidade de marcha (p 0,05). Quando comparado ao GC, o TC promoveu adaptações estatisticamente significativas nos testes: 1- Time up go (TC: 5,40 ± 0,63 vs GC: 5,87 ± 0,75 seg.; %: 8,7; p = 0,01); 2- Velocidade em 10 metros (TC: 4,54 ± 0,54 vs GC: 4,90 ± 0,73 seg.; %: 7,9; p = 0,03); 3- Caminhada de 6 minutos (TC: 553,18 ± 62,51 vs GC: 495,04 ± 78,46 metros; %: 11,74; p 0,01). Conclusão: O presente protocolo de TC demostra-se eficaz na melhora da habilidade de marcha em idosas destreinadas. Assim, apresentamos uma opção viável para combater a incapacidade física relacionada com a senescência.

Palavras-chave: Treinamento resistido; Envelhecimento; Atividades diárias; Qualidade de vida.

 

Apoio: Programa Pesquisa Produtividade da Estácio Sergipe (2024).

 

 

Efeitos do treinamento tradicional e do treinamento com peso corporal na funcionalidade e composição corporal de mulheres idosas

 

Breno JFS Rocha, Wandercleiton S. Oliveira, Leonardo LR Santos, André FS Almeida, Leury MS Chaves, Marzo Edir Da Silva Grigoletto

 

Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil

 

brenojuanfeitosa@gmail.com

 

Introdução: Reduções substanciais na capacidade funcional são comumente observadas durante o envelhecimento, além das alterações na composição corporal, como a perda de massa muscular e o aumento do percentual de gordura. Todo esse contexto contribui para o declínio funcional em idosos, e embora seja observada uma elevada prevalência de incapacidade em ambos os sexos, as mulheres são mais frequente e gravemente afetadas. O treinamento resistido tradicional consiste em uma intervenção não farmacológica com ênfase nos componentes cardiorrespiratório e de força, a fim de minimizar tais debilidades, entretanto, o uso de equipamentos de alto custo podem configurar como uma barreira, impactando na sua aplicabilidade. O treinamento com peso corporal tem ganhado notoriedade devido a sua fácil acessibilidade, melhorando as capacidades físicas a partir de padrões básicos de movimentos, impactando positivamente na funcionalidade. Ainda assim, apesar de ambas as metodologias demonstrarem efeitos positivos nessa população, são poucas as evidências e comparações entre os métodos sobre os seus efeitos na função e composição corporal. Objetivo: Comparar os efeitos do treinamento tradicional com o treinamento com peso corporal na funcionalidade e composição corporal de mulheres idosas. Métodos: Vinte e quatro idosas (64,7±3,9 anos) completaram 24 semanas de intervenção, sendo randomizadas em Treinamento Tradicional (TT n = 14) e Treinamento com Peso Corporal (TPC n = 10). O treinamento foi composto por: Bloco 1 – preparação para o movimento; Bloco 2 – coordenação (TCP) ou aeróbico (TT); Bloco 3 – força em padrões de empurrar, puxar e agachar; Bloco 4 – cardiometabólico. As sessões eram realizadas três vezes por semana com duração de 60 minutos. A funcionalidade foi avaliada através dos testes de Sentar e Levantar de 5 Repetições (SL5R), Gallon Jug Shelf Transfer (GJST) e Caminhada de 400 metros (C400), enquanto que a composição corporal se deu por meio do Percentual de Gordura (PG) e da Massa Muscular (MM) obtida através da bioimpedância. Foram realizadas comparações de médias pelo teste t de amostras independentes e dependentes, onde foi adotado nível de significância p < 0,05. Também foi calculada a variação percentual entre os momentos. resultados: Ambos os grupos tiveram uma melhora estatisticamente significativa nos testes GJST (TT = –8,1%, p < 0,01; TPC = –9,8%, p < 0,05) e SL5R (TT = –33,6%, p < 0,01; TPC = –32,1%, p < 0,01), mas somente o grupo TPC melhorou significativamente o teste de C400 (-13,4%, p = 0,04). Em relação à composição corporal, apenas o TPC apresentou melhora estatisticamente significativa no PG (–6,6%, p = 0,04), e na MM não houve diferença entre os momentos. Não houve diferença estatística significativa pré e pós das variáveis intergrupos. Conclusão: Ambas as metodologias contribuíram para melhorar a funcionalidade de mulheres idosas. Ademais, o TPC destacou-se ao ser o único a aumentar a velocidade de marcha e reduzir o percentual de gordura significativamente.

Palavras-chave: envelhecimento,;capacidade funcional; população idosa

 

 

Comparação da resposta neuromuscular após protocolo de treinamento de força tradicional e de potência em corredores

 

Gustavo IC Silva, Júlio CC Martins, Aiesca C Santos, Ana Gabrielle C Santos, Leila F Santos, Raphael F Souza

 

Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil

 

gustavoivo.c@gmail.com

 

Introdução: Após estímulo característico de treinamento de força é usualmente esperado dois tipos de resposta: fadiga neuromuscular ou potenciação pós ativação. Observa-se que a resposta, entretanto, ocorre com alta variabilidade entre indivíduos e depende do tipo de protocolo utilizado. Corredores, embora tenham constante estímulo mecânico de alongamento-encurtamento durante as passadas e sejam estimulados ao treinamento combinado de força, pouco são expostos a protocolos de treinamento neuromuscular. Nesse sentido, não é claro qual o efeito agudo desse treinamento nessa população objetivo: Comparar a resposta neuromuscular através do salto com contramovimento (CMJ) entre um protocolo de força tradicional e um de potência. Métodos: Utilizou-se um ensaio clínico randomizado tipo crossover. Corredores amadores foram recrutados (n = 9; Idade: 27,89 ± 7,79 anos; Agachamento RM: 87,56 ± 12 kg). A amostra foi randomizada em protocolo experimental força tradicional (f): 3x4x80%RM ou potência (p): 3x8x40%RM; ambos com 3 minutos de descanso entre as séries. O estudo ocorreu em três etapas separadas por 48 horas. 1: caracterização da amostra e teste de Agachamento RM; 2: CMJpré, protocolo experimental, CMJpós; 3: mante-se o protocolo, inverte-se a condição experimental. Realizou-se uma análise descritiva (média ± desvio padrão), teste de normalidade Saphiro-Wilk e para comparação do CMJ, utilizou-se uma anova de dois fatores de medidas repetidas [fator tempo(pré/pós) e condição(p/f)]. O nível de significância adotado foi de 0,05. O software utilizado foi o IBM SPSS Statistics (v. 25.0.). Resultados: Para o CMJ (pré: 30,13 ± 5,55 cm; pós: 30,19 ± 6,57 cm e pré: 30,85 ± 5,6 cm; pós: 31,16 ± 7,63 cm; na condição potência e força, respectivamente) não houve efeito significativo para o fator tempo [F (1,8) = 0,4; p = 0,547;  = 0,047], nem efeito da condição [F (1,8) = 0,04; p = 0,846;  = 0,005], assim como não houve interação significativa entre os fatores [F (1,8) = 0,18; p = 0,897;  = 0,002]. Conclusão: Protocolos de força e potência não provocaram alterações na resposta neuromuscular em corredores. Tais protocolos, portanto, podem ser utilizados por treinadores e corredores amadores sem que se espere fadiga neuromuscular, embora resultados possam ser individualmente heterogêneos.

Palavras-chave: corrida; treino aeróbico; treinamento físico; força muscular

 

Apoio: CNPq e CAPES

 

 

Relação entre os achados no exame de ressonância magnética e a flexibilidade de membros inferiores em mulheres com dor femoropatelar

 

Irivam Batista da Silva Neto1,2Aluiso André Dantas de Sousa1,2,3, Lucas de Medeiros Dantas Oliveira1,2, Maria Ester de Oliveira Farias1,2, Daniel de Medeiros Leiros4, Ivson Thales Gomes Silvino1,2, Hassan Mohamed Elsangedy5, Leônidas de Oliveira Neto1,2,3

 

¹Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, Brasil

2Grupo de Estudos em Biomecânica (GEBIO/UFRN), Natal, RN, Brasil

3Programa de pós-graduação em Fisioterapia (UFRN), Natal, RN, Brasil

4Medimagem, Natal, RN, Brasil

5Programa de pós-graduação em Educação Física (UFRN), Natal, RN, Brasil

 

irivamneto53@gmail.com

 

Introdução: A Dor Femoropatelar (DFP) é uma condição comum que afeta muitas mulheres, causando dor e desconforto na região anterior do joelho. Através do uso de Ressonância magnética (RM), é possível obter uma visão detalhada da estrutura do joelho e identificar possíveis anormalidades, como a condromalácia patelar. Além disso, a flexibilidade dos membros inferiores pode desempenhar um papel crucial na saúde do joelho e na prevenção da DFP. Objetivo: Comparar o desempenho de flexibilidade e o estágio/gravidade da condromalácia patelar. Metodologia: Esse é um estudo transversal, a amostra foi composta por 47 mulheres (18 a 40) anos de idade, clinicamente diagnosticadas com DFP. Para mensurar a flexibilidade dos grupos musculares foi utilizado um inclinômetro validado para uso com o celular iHandy Level com nível de confiabilidade intra e inter-avaliador excelente (coeficiente de correlação intraclasse, 0,97 e 0,76, respectivamente). A medida foi relatada em graus (°) a partir da posição inicial, sendo registrada a média dos 3 valores coletados. Obtivemos todas medidas nos testes de flexibilidade, utilizando como referência a porção medial da tíbia, compreendida entre a distância da tuberosidade da tíbia até o maléolo medial, local esse que foi utilizado para posicionar o inclinômetro nos testes de flexibilidade. Os exames de ressonância magnética (RM) foram realizados por médico radiologista capacitado e os laudos utilizados para dividir o grupo 1, de menor estágio de menor gravidade (condromalácia grau 1 e 2) e estágio de maior gravidade (condromalácia grau 3 e 4, ou associação de outras lesões articulares). A estatística utilizada para comparação entre os grupos foi Teste T, o nível de significância considerado foi p < 0,05. Resultados: 28 avaliadas foram classificadas no grupo 1 (menor gravidade) e 19 no grupo 2 (maior gravidade). Não houve diferença na flexibilidade passiva dos posteriores de coxa (p = 0,693), flexibilidade passiva dos extensores de joelho (p = 0,751) e flexibilidade ativa de panturrilha (p = 0,870) entre os estágios inicial (grupo 1) e avançado (grupo 2) da condromalácia patelar. Conclusão: O estadiamento da condromalácia não interfere na flexibilidade daquelas com DFP.

Palavras-chave: imagem de ressonância magnética; desempenho físico funcional; condromalácia; mulheres

 

Apoio: CNPq/CAPES; CLÍNICA TRAUMA CENTER; MEDIMAGEM NATAL/RN

 

 

Relação entre os achados no exame de ressonância magnética e a cinesiofobia em mulheres com dor femoropatelar

 

Ivson Thales Gomes Silvino1,2, Aluiso André Dantas de Sousa1,2,3, Lucas de Medeiros Dantas Oliveira1,2, Aarão de Almeida Fernandes4, Thiago Torres Costa1, Irivam Batista da Silva Neto1,2, Hassan Mohamed Elsangedy5, Leônidas de Oliveira Neto1,2,3

 

¹Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, Brasil

2Grupo de Estudos em Biomecânica (GEBIO/UFRN), Natal, RN, Brasil

3Programa de pós-graduação em Fisioterapia (UFRN), Natal, RN, Brasil

4Medimagem, Natal, RN, Brasil

5Programa de pós-graduação em Educação Física (UFRN), Natal, RN, Brasil

 

ivthalespersonaltrainer@gmail.com

 

Introdução: A dor femoropatelar (DFP) é amplamente considerada uma condição multifatorial caracterizada por um início gradual de dor relacionada à articulação femoropatelar, que causa inúmeras limitações funcionais. Alguns fatores foram previamente associados à DFP, incluindo características biomecânicas, clínicas e estruturais, podendo essa patologia ser apontada como fator de risco para o desenvolvimento da osteoartrite de joelho (OA). Evidências atuais demonstram que o estágio avançado de condromalácia está associado à piora da gravidade dos sintomas e ao declínio da função do joelho, o que pode impactar diretamente na cinesiofobia de mulheres com DFP. Nesse contexto, a ressonância magnética (RM) é uma ferramenta valiosa usada no estadiamento da condromalácia, que se baseia no grau de lesão da cartilagem. Objetivo: Comparar a cinesiofobia com o estágio/gravidade da condromalácia patelar. Metodologia: Esse é um estudo transversal, a amostra foi composta por 47 mulheres (18 a 40) anos de idade, clinicamente diagnosticadas com DFP. A Escala Tampa de cinesiofobia foi observada através do instrumento TSK-11, instrumento composto por 11 itens que quantificam e avaliam o medo do movimento (cinesiofobia) e de re-lesão devido ao movimento e atividade física em uma escala de 11 a 44, onde 44 indica maior medo do movimento. O exame de ressonância magnética (RM) foi realizado por médico radiologista capacitado e os laudos utilizados para dividir o grupo 1, de menor estágio de menor gravidade (condromalácia grau 1 e 2) e estágio de maior gravidade (condromalácia grau 3 e 4, ou associação de outras lesões articulares). A estatística utilizada para comparação entre os grupos foi Teste T, o nível de significância considerado foi p < 0,05. Resultados: Não houve diferença na cinesiofobia (p = 0,60) entre os estágios inicial (grupo 1) e avançado (grupo 2) da condromalácia patelar. Conclusão: O estadiamento da condromalácia patelar não interfere na cinesiofobia de mulheres diagnosticadas com DFP.

Palavras-chave: condromalácia; cinesiofobia; articulação femoropatelar

 

Apoio: CNPq/CAPES; MEDIMAGEM NATAL/RN

 

 

Efeitos do treinamento funcional após oito semanas na força de membros inferiores, equilíbrio dinâmico e velocidade de marcha em idosas hipertensas

 

Laíza Ellen Santana Santos1, Salviano Resende Silva1, Newton Benites Carvalho Silva1, Marcos Raphael Pereira-Monteiro1, Antônio Gomes de Resende-Neto2, Marzo Edir Da Silva Grigoletto1

 

1Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil

2Centro Universitário Estácio de Sergipe, Aracaju, SE, Brasil

 

aizaaellen@gmail.com

 

Introdução: O processo de envelhecimento gera declínios em diversos domínios da vida, envolvendo perda progressiva de funções nos sistemas nervoso, músculo esquelético e cardiovascular. Especificamente para o sistema cardiovascular 60% da população idosa apresenta o quadro de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), sendo a HAS caracterizada pela manutenção dos níveis de pressão arterial (PA) acima dos considerados normais. No entanto, a literatura deixa evidente a existência de intervenções não farmacológicas que podem ser utilizadas para o controle e manutenção. Nesse sentido, o treinamento funcional (TF), se apresenta enquanto importante opção de intervenção, envolvendo exercícios físicos que simulam atividades da vida diária. O TF é amplamente utilizado para reduzir o risco de quedas e melhorar a capacidade funcional em populações idosas e em condições crônicas. Objetivo: Investigar os efeitos do treinamento funcional após oito semanas na força de membros inferiores, equilíbrio dinâmico e velocidade de marcha em idosas hipertensas. Métodos: Realizou-se um estudo longitudinal, no qual participaram da intervenção 65 idosas hipertensas (69,0 ± 6,3 anos), que foram submetidas ao protocolo de TF, que consistiu em três blocos : 1 - Preparação para o movimento, através de exercícios de mobilidade / estabilidade articular e ativação muscular; 2 - Realização de exercícios similares às atividades diárias com ênfase em coordenação, agilidade e potência muscular; 3 - Realização de exercícios com foco na força muscular em ações cotidianas como puxar, empurrar, agachar e carregar. Com o período de intervenção de oito semanas, três sessões semanais com duração de 45 minutos e tempo de recuperação mínimo de 48 horas entre as sessões de treinamento. As voluntárias foram avaliadas pré e pós o protocolo de treinamento. O equilíbrio dinâmico foi avaliado pelo teste Timed Up and Go test (TUG), a velocidade de marcha pela caminhada de 10 metros (C10) e a força de membros inferiores pelo teste de Sentar e levantar em 5 repetições (SL-5). A análise dos dados foi feita mediante ANOVA de um fator, com um p < 0,05. Resultados: Quando comparado os momentos pré e pós oito semanas de TF, pôde ser observado que em relação ao TUG (pré: 7,66 ± 0,98; pós: 7,19 ± 0,71 segundos), houve uma redução significativa no tempo (p = 0,007). De maneira contrária, o teste de SL-5 não apresentou alteração significativa (pré: 4,0 ± 0,94; pós: 3,36 ± 0,81 segundos; p = 0,087). Quanto a velocidade de marcha, quando comparado com os valores pré TF foi observado uma melhora significativa (pré: 5,08 ± 0, 56; pós: 4,93 ± 0,49 segundos; p = 0,029). Conclusão: Portanto, idosas hipertensas quando expostas a oito semanas de treinamento funcional tiveram melhoras significativas no equilíbrio dinâmico e na velocidade de marcha, porém, a potência de membros inferior não teve alteração significativa.

Palavras-chave: hipertensão; velocidade de caminhada; força muscular

 

Apoio: CNPq e CAPES.

 

 

Efeitos do treinamento funcional sem carga externa na velocidade e capacidade de marcha em mulheres idosas

 

Leonardo LR Santos, Leury MS Chaves, Breno JFS Rocha, André FS Almeida, Wandercleiton S Oliveira, Marzo Edir Da Silva Grigoletto

 

Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil

 

leonardoreis_XD@hotmail.com

 

Introdução: O envelhecimento populacional impõe desafios relacionados à manutenção da funcionalidade e autonomia da pessoa idosa. Nesta seara, a velocidade de movimento e a capacidade de marcha são fundamentais para a qualidade de vida dessa população, estando a redução desses fatores associada a um maior risco de quedas, perda de independência funcional e comprometimento da mobilidade. Uma intervenção aplicada para esta população é o Treinamento resistido (TR), que utiliza de resistência externa para desafiar e fortalecer os músculos do corpo. Por outro lado o Treinamento Funcional (TF) é amplamente recomendado para os idosos, pois melhora aspectos essenciais como força muscular, equilíbrio e flexibilidade, contribuindo para a independência e a qualidade de vida dos mesmos. Ademais, o TF pode reduzir o risco de quedas, que causam lesões e perda de autonomia, além de aumentar a capacidade de realizar tarefas diárias. Nessa linha, outra opção é o Treinamento Funcional Sem Carga Externa (TFSC), que apresenta vantagens como baixo custo, alta aplicabilidade e praticidade, sendo uma opção viável e interessante para pessoa idosa, por não necessitar de equipamentos. Diante desse contexto, não há evidências suficientes sobre a comparação do TFSC com o TR na capacidade e velocidade de marcha de pessoas idosas. Objetivo: Comparar os efeitos do TFSC e do TR na velocidade e capacidade de marcha em mulheres idosas. Métodos: O presente estudo envolveu a participação de 24 mulheres idosas, com idade de 69,1 ± 9,1 anos, as quais foram submetidas a uma intervenção de 24 semanas, com 3 sessões semanais de 60 minutos de duração. As participantes foram distribuídas em dois grupos: Treinamento Funcional Sem Carga (GTFSC) e Treinamento Resistido (GTR). Para avaliar a velocidade e capacidade de marcha, foram aplicados os testes de Caminhada de 10 metros (C10), medido em segundos, e o Teste de Caminhada de 400 metros (C400), medido em minutos. Ambos os grupos iniciavam o treinamento com exercícios de estabilidade e mobilidade. No GTFSC, o bloco 2 consistia em exercícios de coordenação motora (potência, velocidade e agilidade), enquanto no GTR havia uma atividade aeróbica contínua (caminhada). O bloco 3 era composto por exercícios de força e resistência muscular, e o bloco 4 por exercícios cardiometabólicos, feito para ambos os grupos. Os treinamentos eram realizados no formato de circuito, incluindo padrões básicos de movimento, como empurrar, agachar e puxar. Resultados: Para o grupo GTFSC, houve melhora significativa apenas no tempo do teste C400, com uma melhora no tempo de D11,8% (pré: 3,7 ± 0,4; pós: 3,2 ± 0,3; p = 0,05). No teste C10 o grupo GTR obteve uma melhora de D6,54% no tempo com significância estatística (pré: 4,2 ± 0,4; pós: 4,0 ± 0,6; p = 0,04). Conclusão: Conclui-se que a velocidade de marcha melhorou de forma significativa apenas para o GTR, já a capacidade de marcha melhorou significativamente para o GTFSC.

Palavras-chave: calistenia; idosos; qualidade de vida; status funcional; resistência física

 

Apoio: CAPES

 

 

Relação entre os achados no exame de ressonância magnética e controle postural dinâmico de membros inferiores em mulheres com dor femoropatelar

 

Leônidas de Oliveira Neto1,2,3, Aluiso André Dantas de Sousa1,2,3, Aarão de Almeida Fernandes4, Hugo Pereira da Silva4, Daniel de Medeiros Leiros1,2, Maria Ester de Oliveira Farias1,2, Marzo Edir da Silva-Grigolleto6, Hassan Mohamed Elsangedy5

 

¹Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, Brasil

2Grupo de Estudos em Biomecânica (GEBIO/UFRN), Natal, RN, Brasil

3Programa de pós-graduação em Fisioterapia (UFRN), Natal, RN, Brasil

4Medimagem, Natal, RN, Brasil

5Programa de pós-graduação em Educação Física (UFRN), Natal, RN, Brasil

6Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil

 

leonidas.oliveira@ufrn.br

 

Introdução: A dor femoropatelar (DFP) é referida como uma condição dolorosa na região anterior do joelho que se agrava em ações que aumentam a sobrecarga nesta articulação, como o gesto de descer escadas. Sua prevalência anual acomete, aproximadamente, em torno de 23% dos adultos e 29% dos adolescentes na população geral. A terminologia (DFP) apresenta alguns sinônimos, dentre eles a condromalácia patelar. Evidências atuais demonstram que o estágio avançado de condromalácia está associado à piora da gravidade dos sintomas e ao declínio da função do joelho, o que pode impactar diretamente no controle postural dinâmico de membros inferiores. Nesse contexto, a ressonância magnética (RM) é uma ferramenta valiosa usada no estadiamento da condromalácia, que se baseia no grau de lesão da cartilagem. Objetivo: Comparar o desempenho controle postural dinâmico e o estágio/gravidade da condromalácia patelar. Metodologia: Esse é um estudo transversal, a amostra foi composta por 47 mulheres (18 a 40) anos de idade, clinicamente diagnosticadas com DFP. O controle postural dinâmico foi avaliado pelo Star Excursion Balance test (SEBT), nas posições anterior, medial, póstero-medial e póstero-lateral, do membro com maior dor. O instrumento utilizado para obtermos os alcances no SEBT foi o Octobalance, que baseia-se em um sistema de fita métrica extensível e magnetizada em cada direção. O alcance final obtido em cada posição, foi normalizado pelo tamanho do membro inferior de cada avaliada e o resultado apresentado em %. O somatório dos alcances em cada posição foi considerado para a análise. O exame de ressonância magnética (RM) foi realizado por médico radiologista capacitado e os laudos utilizados para dividir o grupo 1, de menor estágio de menor gravidade (condromalácia grau 1 e 2) e estágio de maior gravidade (condromalácia grau 3 e 4, ou associação de outras lesões articulares). A estatística utilizada para comparação entre os grupos foi Teste T, o nível de significância considerado foi p < 0,05. Resultados: Houve diferença do controle postural dinâmico, avaliado pela somatória do SEBT (p = 0,042) no estadiamento da condromalácia patelar. Aquelas com estágio inicial (grupo 1) apresentaram melhor controle postural (2,49±0,27) enquanto aquelas com estágio avançado (grupo 2) da condromalácia patelar apresentaram os menores somatórios (2,32 ± 0,27) dos resultados alcançados nos testes de controle postural dinâmico. Conclusão: Mulheres diagnosticadas clinicamente com DFP e com maior gravidade de condromalácia patelar apresentam pior controle postural dinâmico.

Palavras-chave: imagem de ressonância magnética, desempenho físico funcional, dor femoropatelar, controle postural dinâmico

 

Apoio: CNPq/CAPES; CLÍNICA TRAUMA CENTER; MEDIMAGEM NATAL/RN

 

 

Relação entre medo de cair e habilidade de marcha em idosas independentes

 

Newton Benites Carvalho Lima¹, Salviano Silva Resende1, Laiza Ellen Santana Santos1, Diego Silva Patrício1, Marcos Raphael Pereira Monteiro1, José Carlos Aragão-Santos1, Antônio Gomes de Resende Neto2, Marzo Edir Da Silva Grigoletto1

 

1Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil

2Centro Universitário Estácio Sergipe, Aracaju, SE, Brasil

 

newtonbenites@academico.ufs.br

 

Introdução: O envelhecimento da população é um fenômeno global que apresenta desafios significativos para a saúde pública, especialmente na manutenção da mobilidade e na prevenção de quedas em idosas. O medo de cair é um fator crítico que pode comprometer a independência e a qualidade de vida dessas mulheres, influenciando diretamente sua habilidade de marcha. No entanto, há uma escassez de pesquisas que investiguem a relação direta entre o medo de cair e a capacidade de marcha em idosas independentes. Compreender essa associação é fundamental para desenvolver intervenções eficazes que promovam a autonomia e a segurança, melhorando assim a qualidade de vida dessa população vulnerável. Objetivo: Investigar a relação entre o medo de cair e a habilidade de marcha em mulheres idosas independente. Métodos: Participaram da análise 127 idosas saudáveis (66,9 ± 4,8 anos), inscritas em um programa comunitário de exercício físico. O medo de cair foi avaliado pelo questionário Falls Efficacy Scale-International (FES-I) e a habilidade de marcha pelos testes de Caminhada de 10 metros (C10M); Caminhada de 6 Minutos (C6M) e Timed up and go (TUG). Os dados foram analisados a partir da correlação de Pearson para identificar associações entre as variáveis. Resultados: As participantes apresentaram o seguinte perfil no FES-I: 28,9 ± 9,8 pontos; C10M: 5,0 ± 1,3 seg.; C6M: 473,14 ± 61,1 metros; e TUG: 7,6 ± 1,1 seg. Foram observadas as seguintes associações entre o medo de cair e a habilidade de marcha: C10M (r = -0.30, p < 0.09, correlação baixa), C6M (r = -0.26, p < 0.03, correlação baixa) e TUG (r = -0.70, p < 0.01, correlação alta). Conclusão: Os resultados deste estudo indicam que níveis mais altos de medo de cair estão associados a uma pior habilidade de marcha entre as idosas independentes.

Palavras-chave: envelhecimento; saúde pública; prevenção de quedas

 

Apoio: CNPq e CAPES

 

 

Desenvolvimento de um software para medição de tempo de resposta humano

 

Paulo Gabriel Barreto Nogueira¹, Aclécio de Jesus dos Santos2, Marcos Raphael Pereira Monteiro¹, Elyson Ádan Nunes Carvalho¹, José Gilmar Nunes de Carvalho Filho¹, Marzo Edir da Silva Grigoletto¹

 

1Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil

2Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil

 

pgbn@academico.ufs.br

 

Introdução: O tempo de resposta (TR) humano pode ser definido como a medida de tempo que o corpo leva para processar e responder um determinado estímulo não antecipado. De maneira geral, os testes que avaliam o TR podem ser classificados em duas categorias, o TR simples (TRS) e TR de escolha (TRE). No TRS, há apenas um tipo de estímulo e resposta. No TRE, há dois ou mais estímulos, cada um exigindo uma resposta específica. Com isso, o TR é fundamental em aplicações clínicas, permitindo uma importante avaliação em pacientes em condições neurodegenerativas, a avaliação do risco de quedas em idosos e o monitoramento do desempenho de atletas em diversas modalidades. Nessas avaliações, um dos aspectos importantes é a relação de como os estímulos, sejam objetos ou luzes exibidos em uma tela, são apresentados ao indivíduo. Isso ocorre porque as características psicofísicas desses estímulos, como cor, intensidade, formato ou frequência, e a quantidade de respostas nos testes, afetam diretamente o tempo de resposta humano. No entanto, além de possuírem um custo elevado, os sistemas atuais que avaliam o TR não permitem criar e personalizar experimentos, limitando o estudo de aspectos específicos do corpo humano. Objetivo: Desenvolver um software de código aberto e acessível, com uma interface intuitiva, que permita criar e personalizar facilmente testes de tempo de resposta humano. Métodos: Para avaliar a incerteza na medição de TR pelo software, foi realizado um experimento em que a tecla de resposta foi mantida pressionada para medir o atraso entre o envio do sinal da tecla de resposta e o recebimento do sinal pelo sistema. O procedimento foi repetido 20 vezes utilizando o teclado do computador e com um microcontrolador conectado a chaves de acionamento. Para verificar a performance do sistema na execução dos testes, realizamos um experimento em que um usuário criou e executou testes de TR simples e de escolha, utilizando diferentes configurações de cores, objetos, quantidades de repetições e duração dos eventos. Resultados: Os valores de incerteza do sistema mostraram atrasos menores que 37 ms com o uso do teclado do computador e menores que 4 ms com um microcontrolador conectado a chaves de acionamento, condizente para aplicações clínicas. Na criação e execução do teste de TR, foi possível personalizar aspectos como a cor da tela, o formato, a cor e o tamanho dos objetos, bem como o tempo e a quantidade de repetições do teste. Para o teste de TR simples, foram apresentadas médias de tempo em torno 0,3 s e para o teste de TR de escolha de 0,7 s. Além disso, ao final de cada teste, todos os dados do paciente e do experimento são armazenados em uma planilha. Conclusão: O sistema desenvolvido permite avaliar o tempo de resposta humano por meio de testes personalizados, especialmente em contextos clínicos e acadêmicos. Isso torna possível verificar diferentes aspectos da saúde e comportamento humano.

Palavras-chave: tempo de resposta; sistema de medição de tempo; instrumentação biomédica

 

Apoio: CNPq e CAPES

 

 

Efeito do treinamento aeróbico na aptidão funcional de mulheres idosas destreinadas com comprometimento cognitivo leve

 

Salviano Resende Silva1, Newton Benites Carvalho Lima1, Marco Antônio Luz Freire Gouveia1, Lara Fabian Vieira Barbosa1, Diego Silva Patrício1, Antônio Gomes de Resende-Neto2, José Carlos Aragão-Santos1, Marzo Edir Da Silva Grigoletto1

 

1Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil

2Centro Universitário Estácio Sergipe, Aracaju, SE, Brasil

 

salvianoresende77@hotmail.com

 

Introdução: O declínio físico e cognitivo sofre influência direta do envelhecimento, no qual as mulheres sofrem uma involução severa após a menopausa, pela redução da produção hormonal. O comprometimento cognitivo leve (CCL) destaca a atuação anormal dos subdomínios da cognição, sem comprometer as atividades da vida diária. O treinamento aeróbico é uma alternativa para intervir sobre o CCL, por sua ação no aumento da oxigenação encefálica. No entanto, não está claro sua influência na funcionalidade. Objetivo: Verificar o efeito de oito semanas de treinamento aeróbico na aptidão funcional de mulheres idosas destreinadas com comprometimento cognitivo leve. Métodos: Participaram do estudo 35 idosas (66,8 ± 4,6 anos; 26,6 ± 4,0 kg/m²), com pontuação no Montreal Cognitive Assessement ≤ 26 pontos (19,2 ± 3,6), com um escore total na Escala de Atividades Instrumentais da Vida Diária > 18 pontos (20,6 ± 0,8) e apresentando queixas subjetivas de memória. A aptidão funcional foi avaliada por meio dos seguintes testes: Sentar e Levantar em 5 repetições (SL5r), Timed Up and Go (TUG), Vestir e Tirar a Camisa (VTC), Levantar do Solo (LS), Gallon-Jug Shelf-Transfer (GJST) e Caminhada de 10 metros (C10m). As sessões de treinamento foram divididas em quatro blocos: 1- mobilidade articular, estabilidade e ativação, 2- aeróbico contínuo, 3- ritmado e 4- intervalado. No bloco contínuo as participantes caminharam a uma intensidade de 50% a 80% da frequência cardíaca de treino durante 10 minutos. No terceiro bloco foram orientadas a repetir movimentos rítmicos (para frente, traz e lados) da ginástica aeróbica clássica por 10 minutos. E o quarto bloco foi destinado ao método intervalado, organizado em formato de revezamento com sprints curtos, com duração total também de 10 minutos. Para controle da intensidade foi escolhida uma participante aleatória por sessão, para monitorar a frequência cardíaca (FC) durante a sessão de treinamento e ao final da sessão foi questionada a Percepção Subjetiva de Esforço (PSE). A análise estatística foi feita pela ANOVA de um fator. Os dados foram expressos em média ± desvio padrão e o valor de p 0,05 foi considerado significativo. Resultados: Foi encontrado resultado significativo apenas no teste de TUG (pré: 7,43 ± 0,82; pós = 7,0 ± 0,79; p < 0,01). Os demais testes SL5r, VTC, SL, GJST e C10 não houve diferença significativa entre os momentos. A PSE apresentou uma média 5,7 ± 1,1 entre as sessões, já a FC comportou-se diferente entre os blocos (B1 = 96,2 ± 14,01 bpm; B2 = 132,7 ± 11,0 bpm; B3 = 121,8 ± 9,9 bpm; B4 = 123,2 ± 11,4 bpm), demonstrando uma variação média resultante das características dos blocos. Conclusão: Conclui-se que o treinamento aeróbico, após oito semanas de intervenção, melhora a agilidade e o equilíbrio dinâmico, mas não altera de maneira global a aptidão funcional em mulheres idosas destreinadas com comprometimento cognitivo leve.

Palavras-chave: envelhecimento; independência funcional; cognição

 

Apoio: CNPq e CAPES

 

 

Reprodutibilidade do teste de variabilidade da frequência cardíaca como indicador de fadiga mental durante a realização do stroop test

 

Luiz FA Menezes, Marcos R Pereira-Monteiro, José C Aragão-Santos, André FS Almeida, Evellyn C Dos Santos, Washington JS Filho, Marzo Edir Da Silva Grigoletto

 

Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil

 

luizfelipe20032011@gmail.com

 

Introdução: A fadiga mental (FM) é um estado subjetivo, caracterizado por uma motivação reduzida para exercer esforços, que é muitas vezes acompanhada de flutuações e prejuízos no desempenho cognitivo. Como ferramenta sensível para identificar a FM, se destaca o Stroop Test (ST), amplamente utilizado para verificar o tempo de resposta do avaliado. Nesse sentido, além do tempo de resposta avaliado pelo ST, se faz útil a investigação concomitante de marcadores fisiológicos para detectação da FM. Assim a variabilidade da frequência cardíaca (HRV), que descreve oscilações nos intervalos entre batimentos cardíacos consecutivos verificando as ondas R-R, é uma das opções utilizadas já que o coração possui interações com o cérebro que são influenciadas pela regulação do sistema nervoso autônomo, que respondem a estímulos externos, a exemplo de atividades cognitivas sustentadas. Contudo, é importante saber quais domínios do HRV são reprodutíveis como indicador de FM. Objetivo: Avaliar a reprodutibilidade da HRV como indicador de FM durante a realização do ST. Métodos: O estudo se trata de um estudo transversal. Um total de 25 pessoas (idade: 66,1± 4,0; peso: 65,1 kg ± 11,6) foram avaliadas em dois momentos, sendo um teste (T) e um reteste (RT), com um intervalo de sete dias pelo mesmo avaliador. A amostra era submetida a verificação da HRV durante a realização do ST, onde o avaliado é requisitado a fornecer respostas motoras (RM) no menor tempo possível frente a estímulos no formato de palavras coloridas, senso essas congruentes (a palavra e a cor apresentada são as mesmas) ou incongruentes (a palavra e a cor são diferentes). Foram apresentados 120 estímulos (trials) em um monitor de notebook e a RM deveria ser realizada em um teclado conforme a cor da palavra apresentada. Em relação ao domínio tempo do HRV, foram coletados os dados de SDNN e RMSSD, em contrapartida, no domínio da frequência foram usados os componentes de baixa (LF) e alta frequência (HF). Os dados referentes a HRV foram coletados através do uso de um monitor cardíaco e analisados através do teste t de student e coeficiente de correlação intraclasse baseado em um modelo de efeitos mistos de duas vias, tipo de avaliador único e concordância absoluta. O nível de significância aceito foi de p < 0,05. Resultados: Após as avaliações obtivemos os seguintes resultados: SDNN [(T: 26,9 ± 29,2; RT: 23,6 ± 21,5; p > 0,05; ICC: 0,70 (0,44 – 0,85)], RMSSD [T: 37,6 ± 49,1; RT: 30,5 ± 34,7; p > 0,05; ICC: 0,73 (0,48 – 0,87)], HF [T: 52,1 ± 21 ; RT: 50,2 ± 24,8; p > 0,05; ICC: 0,55 (0,22 – 0,77)] e LF [T: 47,6 ± 21; RT: 44,3 ± 19,5; p > 0,05; ICC: 0,55 (0,21 – 0,77)]. Conclusão: A variabilidade da HRV como indicador de fadiga mental durante a realização do ST demonstrou uma moderada reprodutibilidade, com melhor coeficiente no domínio de tempo em relação ao o domínio de frequência.

Palavras-chave: fadiga mental; teste de stroop; reprodutibilidade dos testes

 

Apoio: CNPq, CAPES e FAPITEC

 

 

Efeitos do treinamento combinado na pressão arterial de idosas inativas: um estudo piloto

 

Laiza Ellen Santana Santos2, Antônio Gomes de Resende-Neto1, Newton Benites Carvalho Lima2, Salviano Resende Silva2, José Carlos Aragão-Santos2, Marcos Raphael Pereira Monteiro2, Leury Max Da Silva Chaves2, Marzo Edir Da Silva Grigoletto2

 

1Centro Universitário Estácio Sergipe, Aracaju, SE, Brasil

2Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil

 

laizaaellen@gmail.com

 

Introdução: O processo de senescência ocasiona deteriorações funcionais em vários sistemas, como o musculoesquelético e o cardiovascular, principalmente em indivíduos que não praticam atividade física e são considerados inativos. O treinamento combinado (TC) é uma opção não farmacológica que pode atuar positivamente contra os agravos relacionados as modificações hemodinâmicas a partir da prescrição do treinamento de força e aeróbico em uma mesma sessão. Objetivo: Verificar os efeitos do treinamento combinado na pressão arterial de idosas inativas. Métodos: Trata-se de um estudo piloto quase-experimental, no qual participaram da intervenção 60 idosas alocadas em dois grupos distintos: Grupo Combinado (TC: n = 42; 68,11 ± 5,87 anos; 27,35 ± 3,88 kg.m-2) e Grupo Controle (GC: n = 18; 67, 22 ± 7,08 anos; 27,74 ± 5,23 kg.m-2). O período de intervenção foi de 12 semanas, compreendendo três sessões semanais, com duração de, aproximadamente, 50 minutos e tempo de recuperação mínimo de 48 horas entre as sessões. Inicialmente as participantes do TC realizaram dois minutos de caminhada e 15 agachamentos como aquecimento, logo após realizaram 25 minutos exercícios resistidos tradicionais em máquinas, depois 15 minutos de caminhada alternada com corrida leve e, por fim, 5 minutos de alongamentos submáximos para os principais grupos musculares. A pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) foi verificada a partir do uso de um esfigmomanômetro, antes e após as 12 semanas de treinamento. A análise dos dados foi feita mediante uma ANOVA 2x2 com post hoc test de Bonferroni e os dados apresentados por meio de média, desvio padrão e tamanho de efeito (TE). Resultados: Em relação aos valores iniciais somente o TC apresentou redução na PAS após as 12 semanas de treinamento (pré: 134,43 ± 15,11 vs. pós 126,98 ± 15,45 mmHg; TE: 0,48; p = 0,02); e na PAD (pré: 76,39 ± 12,90 vs. pós: 72,55 ± 7,26 mmHg.; TE: 0,52; p = 0,05). Em comparação com o GC, o TC apresentou diferença estatística na PAD (TE: 0,80; p < 0,01), mas não na PAS (TE: 0,33; p = 0,32). Conclusão: O presente protocolo de TC demostra-se eficaz na redução da pressão arterial em idosas inativas.

Palavras-chave: treinamento resistido; envelhecimento; atividades diárias; qualidade de vida

 

Apoio: Programa Pesquisa Produtividade da Estácio Sergipe (2024)