Rev Bras Fisiol Exerc. 2024;23:e235607
doi: 10.33233/rbfex.v23i3.5607I Congresso Internacional de Treinamento Funcional
12 a 14 de julho
de 2024
Universidade
Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil
Presidente
Prof. Dr. Edir Da Silva Grigoletto
Coordenador
Prof. Gilson
Doria
Comissão
organizadora
Prof. Dr. Marzo
Edir Da Silva Grigoletto
Prof. Gilson
Doria
Prof. Dr.
Afrânio De Andrade Bastos
Prof. Dr. Ailton
Fernando Santana De Oliveira
Prof. Dr. Alan
Bruno Silva Vasconcelos
Prof. Dr. André
Sales Barreto
Prof. Dr. Ángel Carnero Díaz
Prof. Dr. Charles Nardelli
Profa. Dra.
Cristiane Bani Correa
Prof. Dr. Enilton Aparecido Camargo
Prof. Dr. Felipe
Jose Aidar Martins
Prof. Dr. Hamilcar Silveira Dantas Junior
Profa. Dra.
Martha Maria Viana De Braganca
Prof. Dr. Marcos
Bezerra De Almeida
Prof. Dr.
Raphael Fabricio De Souza
Prof. Dr.
Ricardo Aurélio Carvalho Sampaio
Prof. Dr.
Ricardo Queiroz Gurgel
Prof. Dr.
Roberto Jeronimo Dos Santos Silva
Prof. Dr.
Rogerio Brandão Wichi
Profa. Dra.
Tatiana Rodrigues De Moura
Prof. Dr. Valter
Joviniano De Santana Filho
Comissão
científica
Prof. Dr. Ailton
Fernando Santana De Oliveira
Prof. Dr. Alex
Silva Ribeiro
Prof. Dr.
Alexandre Evangelista
Prof. Dr.
Alexandre Machado
Prof. Dr. Ángel Carnero Díaz
Prof. Dr.
Antônio Gomes de Resende Neto
Profa. Dra.
Bruna Massaroto
Prof. Dr. Caue La Scala Teixeira
Profa. Dra.
Christianne de Faria Coelho Ravagnani
Prof. Dr. Danilo
Bocallini
Prof. Me Diêgo Augusto Nascimento Santos
Prof. Dr.
Edilson Serpeloni Cyrino
Prof. Dr. Estélio Henrique Martin Dantas
Prof. Dr.
Francisco Perona
Prof. Dr. Jorge
Bezerra
Prof. Dr. Juan
Manuel Garcia-Manso
Prof. Dr. Juan
Ramon Heredia
Prof.
Dr. Leandro Henrique Albuquerque Brandão
Prof. Dr.
Leonardo De Sousa Fortes
Prof. M.e. Levy Anthony S. de Oliveira
Prof. Dr.
Leonardo Lima
Prof. Dr.
Leônidas Oliveira
Profa. Dra.
Marcela Rodrigues De Castro
Prof. Dr.
Marcelo Mota
Prof. Dr. Marcos
Bezerra De Almeida
Prof. Dr. Marzo
Edir Da Silva Grigoletto
Prof. Dr. Mauro
Virgílio Gomes de Barros
Prof. Dr. Pablo
J. Marcos-Pardo
Prof. Dr.
Raphael Fabricio De Souza
Editorial
É com
grande entusiasmo que apresentamos os anais do I Congresso Internacional de
Treinamento Funcional (CITF), um marco histórico na área de Treinamento
Funcional e suas diversas intersecções com a saúde, o desempenho e a qualidade
de vida. Este evento nasce da necessidade de consolidar o conhecimento
científico e práticas inovadoras em uma área que vem crescendo exponencialmente
nos últimos anos, tanto no Brasil quanto no cenário global.
O
Treinamento Funcional, como abordagem de exercício físico, tem se mostrado uma
estratégia extremamente eficaz e versátil para melhorar o desempenho físico em
diversos contextos — desde atletas de elite até populações com necessidades
especiais, como idosos e indivíduos em reabilitação. Ao enfatizar movimentos
multiarticulares e padrões motores que mimetizam as atividades cotidianas, o
Treinamento Funcional promove adaptações físicas integradas e holísticas,
focando na qualidade do movimento e na prevenção de lesões, fatores cruciais
para a longevidade da prática de exercícios.
Este
congresso reuniu alguns dos mais renomados pesquisadores, professores e
profissionais da área de educação física e ciências do movimento. Ao longo dos
dias do evento, tivemos a oportunidade de discutir tópicos inovadores como a
quantificação da dose de treinamento, modelos de periodização aplicados ao
funcional, e intervenções de treinamento em populações com diferentes perfis de
aptidão física. Os trabalhos aqui apresentados refletem o estado da arte na
pesquisa e na prática do Treinamento Funcional, abordando desde a biomecânica
dos movimentos funcionais até a aplicabilidade dessa modalidade em ambientes
como academias, boxes de treinamento, clínicas de reabilitação e programas de
saúde pública.
Um dos
grandes méritos deste congresso foi promover o diálogo entre a academia e os
profissionais do movimento, fomentando a colaboração interdisciplinar. Em um
mundo onde a saúde e a funcionalidade física estão sendo cada vez mais
desafiadas por estilos de vida sedentários e doenças crônicas, o Treinamento
Funcional emerge como uma ferramenta essencial para a promoção da saúde e do
bem-estar populacional.
Esperamos
que os resumos apresentados nestes anais inspirem futuras pesquisas e práticas,
contribuindo para o desenvolvimento contínuo desta área promissora. Que o I
CITF seja apenas o primeiro de muitos eventos que fortalecerão a ponte entre
ciência e prática no campo do treinamento funcional.
Prof. Dr. Marzo Edir Da
Silva Grigoletto
Presidente do Comitê
Científico
I Congresso Internacional
de Treinamento Funcional
RESUMOS
Efeitos do treinamento
funcional sobre variáveis biopsicossociais de acadêmicos
Aldenora Ribeiro da Silva1, Marquenis André de Souza1, Alan Pantoja Cardoso1,
Erica Carneiro Feio Nunes2, Francivaldo
José da Conceição Mendes1, Gileno Edu Lameira de Melo1, Smayk Sousa Barbosa2, José Robertto
Zaffalon Júnior1
1Universidade do Estado do Pará,
Altamira, PA, Brasil
2Universidade do Estado do Pará, Belém,
PA, Brasil
Introdução: O ingresso em uma graduação ocasiona
mudanças importantes na vida do indivíduo como um todo. Tais mudanças podem
afetar diretamente no humor, no nível de estresse, piora da qualidade do sono,
na qualidade de vida e afetar também a saúde mental prejudicando a tomada de
decisões. Objetivo: analisar os efeitos do treinamento funcional sobre
variáveis biopsicossociais de acadêmicos. Métodos: A pesquisa contou com
28 universitários de diferentes períodos no grupo pré-intervenção
(G1) e 26 no grupo pós-intervenção (G2), trata-se de uma pesquisa de natureza
aplicada com abordagem quantitativa. Realizou-se avaliações da estatura, peso,
circunferência da cintura e do quadril (Pitanga, 2019), posteriormente foi
aplicado o protocolo de Pollock de 7 dobras cutâneas para mensuração da
composição corporal (Riebe et al., 2018). Foram
aplicados os questionários: Indice de qualidade do sono de Pittsburgh (PSQI) (Bertolazi et al., 2011), a escala de estresse percebido
(PSS-10) (Machado et al., 2014), o de qualidade de vida SF-36 (Ciconelli et al., 1999) e finalizou-se a etapa de avaliação
inicial com o teste de Aptidão cardiorrespiratória (Teste de Cooper) (Fernandes
Filho et al., 2018). Na etapa de intervenção, foram realizadas três sessões de
treino semanais, por um período de 12 semanas, totalizando 36 sessões de
treinamento funcional. Ao final da intervenção, todos os procedimentos de
avaliação, testes e questionários foram repetidos. Os resultados foram
comparados por meio do Teste t de Student para
amostras independentes, e o nível de significância adotado foi de p < 0,05.
A presente pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisas com seres
humanos da Universidade do Estado do Pará, Campus XII, Tapajós, sob o parecer
nº 6.425.391. Resultados: Ao comparar os dados antes e depois, foram
obtidos os seguintes resultados: Peso G1 = 66,19 ± 18,12 e G2 = 67,36 ± 18,10
(p=0,813); IMC G1 = 24,29 ± 5,36 e G2 = 25,60 ± 7,33 (p = 0,455); RCQ G1 = 0,89
± 0,08 e G2 = 0,84 ± 0,07 (p = 0,777); VO2máx G1 = 24,97 ± 8,86 e G2
= 25,22 ± 9,55 (p = 0,919); percentual de gordura G1 = 24,96 ± 5,64 e G2 =
25,10 ± 6,60 (p=0,932), nestas variáveis não houveram mudanças significativas.
Já nas variáveis: Qualidade do sono G1 = - 7,69 ± 3,68 e G2 = 5,65 ± 2,51 (p
< 0,022); Estresse Percebido G1 = 21,97 ± 5,76 e G2 = 15,96 ± 6,92 (p <
0,001); Qualidade de Vida Saúde Física G1 = 49,14 ± 9,26 e G2 = 53,46 ± 6,53 (p
< 0,049) e Qualidade de Vida Saúde Mental G1 = 51,31 ± 10,14 e G2 = 56,19 ±
7,16 (p < 0,047). Conclusão: o treinamento funcional mostrou-se
eficaz na melhora da qualidade do sono, nível de estresse percebido e qualidade
de vida dos participantes. Com isso, se apresentando como uma possibilidade
para minimizar os impactos que estes problemas acarretam na vida do estudante
universitário. Em relação às outras variáveis que não mostraram melhora
significativa acredita-se que estudos com número amostral e tempo de
intervenção maior em relação ao que foi utilizado, possam proporcionar
resultados mais relevantes.
Palavras-chave: exercício físico; satisfação pessoal;
estudantes universitários
Apoio: CNPQ e Laboratório de Exercício Físico
e Estilo de Vida (LEFEV)
Efeitos de um programa de
rotinas alternadas de eletroestimulação de corpo inteiro (wb-ems)
em parâmetros morfofuncionais em indivíduos saudáveis
Alexandre Lopes Evangelista1,
Bruna Massaroto2, Tiago Volpi Braz1, Danilo Sales
Bocalini3
¹Centro Universitário
Católico Ítalo Brasileiro, São Paulo, Brasil
2Universidade Nove de Julho, São Paulo,
Brasil
3Universidade Federal do Espírito Santo,
Vitória, Brasil
Introdução: A eletroestimulação de corpo inteiro
(WB-EMS) é uma estratégia de treino que vem ganhando cada vez mais espaço
dentro do segmento fitness. Entre os motivos para isso, pode-se destacar a sua
eficiência de tempo, com treinos de apenas 20 minutos e a melhora na qualidade
de vida e capacidade funcional. No entanto, ainda existem dúvidas sobre seus
benefícios em médio e longo prazo utilizando rotinas alternadas em programas de
treinamento. Objetivo: Avaliar o efeito de um programa de rotinas
alternadas de WB-EMS de 6 semanas em parâmetros morfofuncionais em indivíduos
saudáveis. Métodos: Foram incluídos 21 voluntários, com idade de 48 ± 11
anos, 1,64 ± 9 metros de estatura e 70 ± 14 kg de massa corporal,
frequentadores de uma academia de WB-EMS em São Paulo. Todos apresentavam
experiência de, no mínimo, 3 meses com o método. As sessões de treinamento
consistiram em exercícios utilizando peso corporal, fitas de treinamento em
suspensão e elásticos de resistência. A estratégia adotada utilizou 2 rotinas
distintas de treinamento, intercalados e realizado duas vezes por semana, por
seis semanas, com intensidade relativa (PSE 0-10) entre 7-8 usada para todas as
sessões/rotinas de treino. Para rotina A (semanas 1, 3 e 5), o equipamento foi
ajustado para liberar corrente elétrica bipolar com frequência de 85 Hz,
amplitude de impulso de 350 µs, com 10 segundos de estimulação e 5 segundos de
reposição com 12 exercícios trabalhados no método bi-set.
Na rotina B (semanas 2, 4 e 6), o equipamento foi ajustado para liberar
corrente elétrica bipolar com frequência de 70 Hz, amplitude de impulso de 350 µs,
com 10 segundos de estimulação e 5 segundos de reposição com 18 exercícios
trabalhados no método tri-set. Foram analisados o
índice de massa corporal (IMC), o percentual de gordura corporal (%GC) e
circunferências da cintura e quadril, a força abdominal em 1 minuto, flexão de
braço e o teste do meio sugado até a falha. Foi utilizado o teste T pareado e o
d de Cohen para o cálculo do tamanho de efeito adotando nível de significância
de 5%. Resultados: Foi encontrado aumento significativo no número de
repetições no teste de abdominal em 1 minuto (29 ± 10 vs
35 ± 13 reps; p < 0,001; d = 0,51), flexão de braço (23,8 ± 10,4 vs 33 ± 14,2 reps; p < 0,0001; d = 0,73) e teste do meio
sugado (19 ± 14 vs 27 ± 8 reps; p < 0,0001 d =
0,49). Em relação as variáveis de IMC, %GC e circunferências de cintura e
quadril, não foram encontradas diferenças significativas após as seis semanas
de treinamento. Conclusão: A intervenção de seis semanas aplicando a
WB-EMS pode ser eficaz na melhora da aptidão física sem, no entanto, promover
alterações nos parâmetros antropométricos. Sugerimos que futuros estudos sejam
conduzidos com amostra maior, presença de grupo controle e maior período de
intervenção para confirmar esses achados.
Palavras-chave: eletroestimulação; força muscular;
capacidade funcional; composição corporal
Desempenho de força
estática de membros inferiores em mulheres com e sem dor femoropatelar
(dfp): um estudo transversal
Aluísio André Dantas de
Sousa¹, Ivson Thales Gomes Silvino¹, Irivam Batista da Silva neto¹, Antonio
Paulo da Silva Oliveira², Lucas Camilo Pereira³, Maristela Linhares dos
Santos¹, Hassan Mohamed Elsangedy¹, Leônidas de Oliveira Neto¹
¹Universidade Federal do
Rio Grande do Norte, Natal/RN, Brasil
²Universidade Federal do
Triângulo Mineiro, Uberaba/MG, Brasil
3Universidade Estadual da
Paraíba, Campina Grande/PB, Brasil
Introdução: A Dor Femoropatelar
(DFP) é um distúrbio musculoesquelético da articulação do joelho associada a
uma baixa qualidade de vida, que causa dor e limitações funcionais. Fatores
biomecânicos relacionados a força e flexibilidade nas regiões (distais e
proximais) ao joelho, são geralmente alvo de investigações nessa patologia.
Atualmente a literatura aponta que testes funcionais envolvendo tarefas
dinâmicas, ajudam a melhor caracterizar pessoas com DFP. Nessa perspectiva o
Star Excursion Balance Test (SEBT) avalia a
mobilidade, estabilidade e força de forma integrada (cadeia cinética). Objetivo:
Comparar o desempenho na força em mulheres com e sem DFP. Metodologia:
Esse é um estudo transversal, a amostra foi composta por 96 mulheres (18 a 40)
anos de idade, pareadas pelo IMC, sendo 48 no grupo com DFP e 48 no grupo sem
DFP. Foram avaliadas as forças de extensão de joelho com as avaliadas sentadas
e posicionadas em 90º de flexão de quadril e joelho, além das forças extensão
de quadril e flexão plantar do tornozelo, com as avaliadas posicionadas em
decúbito ventral. O instrumento utilizado para análise da força foi dinamômetro
portátil Lafayette® Hand Held Dynamometer
01165 (© Lafayette Instrument Inc., IN, USA). A
medida foi mensurada em newtons (N) e relativizada pela massa corporal da
voluntária (kg) seguindo a equação: [(N/kg) × 100]. Para análise foi
considerado o membro dominante das voluntárias sem DFP e o de maior dor nas
voluntárias com DFP. A estatística utilizada para comparação entre os grupos
foi Teste T, o nível de significância considerado foi p < 0,05. Resultados:
Foi observado diferença estatisticamente significativa (p = 0,005) apenas na
força de extensão de joelho (560,07 ± 167,61 vs
458,06 ± 183,02) tendo o grupo com DFP os piores resultados. Apesar da média do
grupo com DFP apresentar resultados inferiores, não houve diferença na força de
extensores de quadril (269,89 ± 117,77 vs. 240,63 ± 96,82) e de flexores
plantares de tornozelo (739,99 ± 187,00 vs. 684,66 ± 198,30) entre os grupos. Considerações
finais: Mulheres com DFP apresentaram menor força de extensão de joelho
quando comparadas ao grupo sem DFP. Quando da necessidade de avaliação da força
estática, a de extensão de joelho deve ser considerada em relação a força de
extensão de quadril e de flexão plantar de tornozelo.
Palavras-chave: desempenho físico funcional,
articulação do joelho, dor femoropatelar,
mulheres
Apoio: CNPq/CAPES
Efeito agudo de uma única
sessão de treinamento funcional na qualidade do sono de mulheres com câncer de
mama em tratamento quimioterápico
Ana L Resende Setton, Dayana
G. Góes Lôbo Soares, Ozanar Dos Santos Monteiro,
Rogério Brandão Wichi
Programa de Pós-Graduação
em Educação Física – PPGEF, Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE,
Brasil
Introdução: O câncer de mama é uma importante
questão de saúde pública e a principal causa de morte entre mulheres em idade
fértil no Brasil. O tratamento clínico farmacológico, embora eficaz, pode
afetar negativamente a qualidade do sono. O treinamento funcional, com
exercícios multicomponentes, pode ser uma estratégia promissora para melhorar o
sono durante o tratamento quimioterápico. Objetivo: Avaliar o efeito
imediato de uma sessão de treinamento funcional na qualidade do sono em
mulheres com câncer de mama em tratamento quimioterápico. Métodos: O
estudo adotou um delineamento experimental de um único grupo, composto por 11
mulheres diagnosticadas com câncer de mama e em tratamento quimioterápico,
selecionadas por conveniência. Todas as participantes foram submetidas a uma
única sessão de treinamento funcional, com duração de 55 minutos. A qualidade
do sono foi avaliada por meio do questionário de Pittsburgh (PSQI-Br), aplicado
em um dia de sono sem sessão de treinamento comparado ao dia de sono seguinte à
sessão, ambos no turno da manhã, e pontuada de acordo com os escores
"Boa", "Ruim" e "Péssima". Os resultados foram
dispostos por meio de frequência e porcentagem nos dois momentos de avaliação.
Este estudo recebeu aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade
Federal de Sergipe, sob o CAAE: 77010824.6.0000.5546. Resultados: No dia
sem execução do protocolo de treinamento, a maioria das pacientes (45,5%)
pontuaram uma qualidade de sono classificada como "Péssima", seguida
por "Ruim" (36,4%), com a categoria "Boa" representando a
menor pontuação (18,2%). No entanto, na manhã seguinte à sessão de treinamento
funcional, houve uma notável melhora na distribuição das respostas, visto que
no segundo momento de avaliação, a maioria das pacientes (63,6%) pontuou sua
qualidade do sono como "Boa", enquanto as proporções de
"Ruim" e "Péssima" diminuíram para 36,4% e 0%,
respectivamente. Conclusão: Com base nos resultados obtidos, sugere-se
que uma única sessão de treinamento funcional tem impacto imediato positivo na
qualidade do sono das mulheres com câncer de mama em tratamento quimioterápico.
Palavras-chave: Câncer de mama; qualidade do sono;
treinamento físico; tratamento quimioterápico
Apoio: CNPq e CAPES
Análise de
custo-efetividade do treinamento funcional e do tai chi chuan
na capacidade funcional de mulheres idosas
André FS Almeida, Marcos R.
Pereira-Monteiro, Leury MS Chaves, José C
Aragão-Santos, Marzo Edir Da Silva Grigoletto
Universidade Federal de
Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil
Introdução: O processo de envelhecimento provoca
perda natural e progressiva da integridade fisiológica e diminuição da
funcionalidade. Nesse contexto, o Tai Chi Chuan (TC) e o Treinamento Funcional
(TF) podem ser alternativas não farmacológicas para retardar ou reverter esse
cenário, mas qual seria mais custo-efetiva na promoção de funcionalidade para
esse público? Objetivo: Analisar o custo-efetividade do TF e do TC na
funcionalidade quando aplicados em mulheres idosas fisicamente independentes. Métodos:
O estudo foi um ensaio clínico randomizado com duração de 16 semanas de
treinamento, e avaliações pré e pós intervenção.
Foram recrutadas 60 mulheres idosas, que foram divididas em dois grupos, o
grupo TF (GTF) e o grupo TC (GTC). O cálculo de custo-efetividade (CEint = CBint / Efeitopos - Efeitopre)
corresponde à razão entre o custo benefício da intervenção e o efeito alcançado
após o período de treinamento. Esse cálculo foi realizado nas variáveis que
apresentaram diferença de média estatisticamente significativa de pré para pós. O custo benefício corresponde à razão entre o
valor investido e a quantidade de pessoas assistidas; e a efetividade,
corresponde ao score alcançado nos seguintes testes funcionais: Sentar e
levantar em 5 repetições (SL5R); Arremesso de medicine ball
(MEDB); Timed up and go (TUG); Levantar do solo (LEVS) e Gallon-jug
shelf-transfer (GJST). A intervenção contou com três
sessões semanais, com 50 minutos cada. O GTF contou com três blocos: preparação
para o movimento; exercícios de potência, velocidade, agilidade e coordenação;
e exercícios de força. O GTC, contou com dois blocos: Qi Jong de preparação
para o movimento; e os oito exercícios da sequência Baduanjin.
Os resultados foram apresentados como média e desvio padrão, e a normalidade da
distribuição verificada pelo teste de Shapiro Wilk, sendo que para a comparação
de médias foi utilizada a análise de medidas repetidas (ANOVA 2x2), sendo
calculado o tamanho do efeito d de Cohen, e adotado um nível de significância
de 5% (p < 0.05). Resultados: Em relação à efetividade, o GTF se
mostrou efetivo em todos os testes avaliados: SL5R (pré:8,4 ± 1,7s; pós:7,7 ±
1,5s; d = -0,44; p = 0,029), MEDB (pré:226 ± 35 cm; pós:242 ± 32 cm; d = 0,46;
p = 0,047), LEVS (pré:3,8 ± 0,8s; pós:3,5 ± 0,7s; d = -0,42; p < 0,013), TUG
(pré:7,4 ± 0,7s; pós:7,1 ± 0,8s; d = -0,47; p = 0,014) e GJST (pré:10,8 ± 1,1s;
pós:10,0 ± 1,4s; d = -0,71; p < 0,001); enquanto o GTC foi efetivo apenas no
TUG (pré:7,4 ± 0,8s; pós:6,9 ± 0,7s; d = -0,66; p < 0,001) e GJST (pré: 10,8 ± 0,9s; pós: 9,7 ± 0,7s; d = -1,27; p <
0,001). Após realizados os cálculos de custo-efetividade, o GTC foi mais
custo-efetivo no TUG (GTF: 651,71 R$.n-1/s;
GTC: 177,51 R$.n-1/s) e GJST (GTF: 260,68 R$.n-1/s; GTC:
84,69 R$.n-1/s). Conclusão: Somente o TF mostrou-se efetivo
na potência muscular de membros inferiores e de membros superiores e também na
funcionalidade em se levantar. No entanto, o TC foi mais custo-efetivo em
destreza manual e equilíbrio dinâmico.
Palavras-chave: envelhecimento; saúde; políticas
públicas; independência
Apoio: CNPq, CAPES e FAPITEC
Eficácia do treinamento
combinado na redução do medo de cair e na qualidade de vida de idosas
destreinadas
Arielly da Silva Sá¹, Newton Benites Carvalho
Lima1, Salviano Silva Resende1, Laiza Ellen Santana
Santos1, Marcos Raphael Pereira Monteiro1, José Carlos
Aragão-Santos1, Antônio Gomes de Resende Neto2
1Universidade Federal de Sergipe, São
Cristóvão, SE, Brasil
2Centro Universitário Estácio Sergipe,
Aracaju, SE, Brasil
Introdução: O envelhecimento populacional traz
desafios como o medo de cair em idosas, que compromete a independência e a
qualidade de vida. Há poucos estudos sobre a eficácia do treinamento combinado
para reduzir esse medo e melhorar a qualidade de vida de idosas destreinadas.
Pesquisar essa abordagem pode preencher lacunas na literatura e ajudar na
implementação de programas de saúde pública eficazes. Objetivo:
Verificar os efeitos do treinamento combinado no medo de cair e na qualidade de
vida de idosas destreinadas. Métodos: 60 idosas participaram de um
estudo piloto, divididas em: Grupo Combinado (TC: n = 42; 68,1 ± 5,9 anos; 27,3
± 3,8 kg.m-²) e Grupo Controle (GC: n = 18; 67,2 ± 7,0 anos; 27,7 ± 5,2
kg.m-²). O GC manteve suas atividades habituais, enquanto o TC praticou por 12
semanas, três sessões semanais de 50 minutos, exercícios resistidos em
máquinas, caminhada e corrida leve, como também alongamentos. Para os
instrumentos de medição foi utilizado o questionário de Qualidade de Vida SF-12
e para o Medo de Cair, a Falls Efficacy Scale-International (FES-I). Resultados: Ao
final da intervenção, o TC apresentou melhoras estatisticamente significativas
em todas as variáveis com relação aos valores iniciais. Quando comparado ao GC,
o TC promoveu melhoras estatisticamente significativas na qualidade de vida –
SF12 (Score físico – Pós TC: 51,15 ± 5,67 vs Pós GC: 47,49 ± 5,45 pontos; ∆%: 7,71; TE: 0,66; p = 0,05); (Score
mental – Pós TC: 55,62 ± 7,35 vs Pós GC: 50,66 ± 9,78
pontos; ∆%: 9,79; TE:
0,57; p = 0,05). Entretanto não houve diferenças estatísticas significantes em
relação ao GC no medo de cair (FES-1 – Pós TC: 21,52 ± 4,39 vs Pós GC: 23,28 ± 3,83
pontos; ∆%: 7,56; TE:
-0,43; p = 0,114). Conclusão: O presente protocolo de TC demostra- se
eficaz na melhora dos domínios físicos e mentais da qualidade de vida em idosas
destreinadas.
Palavras-chave: qualidade de vida; saúde pública;
prevenção de queda
Apoio: CNPq e CAPES
Efeito do treinamento
funcional no índice de aptidão física geral de pessoas idosas
Bárbara Raquel Souza Santos1,
Jenifer Kelly Pinheiro2, Taynan de Jesus
Santos1, Maria Gilmara Santos de Souza2, Luis Claudio Santos de Santana3, Victória de Figueirêdo Silva Tavares2, Rogério Brandão Wichi1
1Universidade Federal de Sergipe, São
Cristóvão, SE, Brasil
2Centro Universitário Doutor Leão
Sampaio, Juazeiro do Norte, CE, Brasil
3Instituição Federal do Cariri, Juazeiro
do Norte, CE, Brasil
Introdução: O processo de envelhecimento é
caracterizado por uma perda de massa muscular, o que consequentemente diminui a
força e a resistência, levando a alterações no equilíbrio e na coordenação,
diminuindo assim a aptidão física do idoso. A prática regular do treinamento
funcional pode mitigar essa perda de massa muscular, melhorando, portanto, a
aptidão física do idoso. Objetivo: Avaliar o efeito do treinamento
funcional no índice de aptidão física geral de pessoas idosas. Métodos:
Trata-se de uma pesquisa quase experimental, onde é apresentado apenas o grupo
intervenção. A amostra foi selecionada por conveniência em um projeto de
extensão de uma instituição de ensino superior, totalizando 8 participantes.
Foram incluídos na pesquisa, aqueles que estiveram desde o início do projeto, e
exclusos aqueles que não realizaram o Senior Fitness
Test e com mais de 80% de faltas. Foi aplicado o Senior
Fitness Test, composto por seis testes que avaliam resistência e força muscular
de membros inferiores e superiores (sentar e levantar e flexão de antebraço
respectivamente), sentado e alcançar (flexibilidade de membros inferiores),
sentado, caminhar 2,45m e voltar a sentar (agilidade e velocidade), alcançar
atrás das costas (flexibilidade de membros superiores) e teste de seis minutos
(resistência aeróbica), foi somado o escore de cada teste para classificar o
índice de aptidão física geral. A intevenção
realizada foi de treinamento funcional, três vezes por semana, com duração de
50 minutos, a intensidade foi mensurada por meio da Escala de OMNI-GSE. A
coleta de dados foi realizada em três momentos: pré
intervenção, dois meses e doze meses de intervenção. O tratamento para a
análise dos dados foi elaborado a partir de um banco de dados digitado no
programa Microsoft Excel®, 2013. Em seguida, as análises dos dados da pesquisa
foram realizadas por meio do programa JAMOVI, versão (2.3.19). No presente
estudo as análises descritivas foram realizadas por meio das medidas de
tendência central e dispersão (média e desvio padrão). Para verificação da
normalidade e esfericidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro-Wilk e Mauchly’s respectivamente. ANOVA para medidas repetidas foi
aplicada para verificar o efeito de interação do grupo entre os momentos. O Eta Squared foi utilizado para
verificação do tamanho do efeito da intervenção. Foi utilizado o Post Hoc de Tukey para comparar os momentos. Em todas as análises foi
adotando um alfa de 0,05. O projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de
Ética em Pesquisa do Centro Universitário Dr. Leão Sampaio (UNILEÃO), com o
parecer 5.611.163. Resultados: A média do índice de aptidão física geral
foram: Pré intervenção: 26 ± 6; dois meses: 44 ± 12;
doze meses: 70 ± 8. A análise estatística demonstrou diferença ao longo do
tempo (p ≤ 0,05). Conclusão: A prática
regular do treinamento funcional promove aumento a aptidão física geral de
idosos.
Palavras-chave: idosos; independência funcional;
treinamento físico
Sistema para estudo do
perfil comportamental de praticantes de atividade física não supervisionada
Beatriz Santana Costa da
Silva, Erik Antony Alves Santos, Carlos Daniel de Jesus Almeida, José Gilmar
Nunes de Carvalho Filho, Elyson Adan
Nunes Carvalho, José Carlos Aragão Santos, Marzo Edir Da Silva Grigoletto
Universidade Federal de
Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil
Introdução: O estudo da ciência de movimento tem
melhorado a qualidade de vida e a compreensão do funcionamento do corpo humano.
Todo movimento corporal produzido pelos músculos que resulte em gasto
energético é classificado como atividade física. Estudos indicam que a prática
regular de atividade física está associada com a redução do risco de doenças
como diabetes e cardiovasculares. No entanto, a avaliação dos impactos de
diferentes tipos de atividades, especialmente as mais cotidianas, enfrenta
desafios tecnológicos na coleta de dados. Métodos tradicionais, como
questionários e observações individuais, são subjetivos e podem produzir
resultados inconsistentes. Novos sistemas avaliativos, como os sensores de
movimento, têm sido estudados para avaliação de postura e atividade física
supervisionada. Objetivo: Analisar a viabilidade de investigação sobre a
postura e perfil corporal das pessoas praticantes de atividade física não
supervisionada, a partir do uso de sensores inerciais acoplados na perna e
cintura. Métodos: Foi desenvolvido um protótipo vestível capaz de
coletar dados de posição corporal. Para isso, foi utilizado o sensor MPU 6050,
composto por um acelerômetro e um giroscópio, ambos de três eixos. As
informações são armazenadas em um cartão MicroSD e a
conexão entre os módulos é feita por um microcontrolador ESP32. A fim de
avaliar a viabilidade do protótipo, foram coletados dados a partir do seu uso
em um dos pesquisadores. Nesse sentido, a coleta foi feita em três blocos:
posições fixas; alternando as posições; variações em pé. Em cada bloco houveram
três experimentos, realizados em dias e locais diferentes. No primeiro bloco, o
dispositivo foi acoplado ao usuário e este permaneceu em quatro posições
(sentado, em pé, deitado e andando) por cinco minutos, gerando 3600 amostras.
No segundo bloco, cada experimento tinha uma sequência específica de posições a
ser seguida, em que o usuário deveria permanecer em cada posição por dois
minutos. No último bloco, foram realizados experimentos na posição em pé e algumas
variações, como ligeiras batidas de pé, para investigar as limitações do
sistema. A classificação dos dados foi feita utilizando o algoritmo de Naive Bayes e um filtro de moda. Resultados:
Após a realização dos experimentos, considerando o classificador em conjunto
com o filtro de moda, o sistema alcançou uma taxa de acerto de 100% nos
experimentos do primeiro bloco. No segundo bloco, os erros foram inferiores a
0,9% na etapa de classificação. Por fim, o terceiro bloco demonstrou que a
estabilização dos sensores após alguma variação em pé, é um fator crucial para
a classificação correta das amostras. Conclusão: A metodologia de
análise e postura de movimento se mostrou satisfatória a partir dos resultados
preliminares encontrados, o que indica ser uma técnica realizável para esse
tipo de estudo e aplicação. Planos futuros incluem testar o sistema em vários
usuários e testes para detectar outros tipos de movimento corporal.
Palavras-chave: atividade física, captura de
movimento, postura corporal, acelerômetro, giroscópio
Efeitos do treinamento
calistênico na capacidade de salto de adultos jovens com obesidade e sua
relação com a frequência de treino
Breno JFS Rocha, Wandercleiton S Oliveira, Leonardo LR Santos, André FS
Almeida, Leury MS Chaves, Marzo Edir Da Silva Grigoletto
Universidade Federal de
Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil
Introdução: A potência muscular pode ser entendida
como a capacidade do indivíduo gerar força rapidamente, sendo a de membros
inferiores muito importante para a realização das atividades da vida diária,
além de atuar como forte preditor do risco de quedas. Indivíduos obesos tendem
a ter essa valência física reduzida em decorrência do excesso de gordura
corporal. O treinamento de força se destaca por atenuar ou reverter essa
redução, contudo a frequência ao treinamento pode impactar nos resultados, já
que não atingir um volume de treino adequado impede a obtenção de efeitos
satisfatórios. Nesse sentido, o Treinamento Calistênico (TC) surge como opção
ao proporcionar melhoras na funcionalidade do indivíduo, aprimorando as
capacidades físicas e padrões básicos de movimento. Ainda que sem sobrecarga
externa, a utilização do peso corporal torna o método versátil e acessível,
destacando-se de outras modalidades. Com base na literatura atual, não há
estudos envolvendo o treinamento com peso corporal em indivíduos obesos sobre o
efeito na capacidade de salto e a sua relação com a frequência de treinamento. Objetivo:
Avaliar os efeitos da calistenia na capacidade de salto de jovens adultos com
obesidade e compará-los em relação à frequência de treino. Métodos:
Trinta indivíduos foram divididos em dois grupos: Normal Peso (NP n = 15; 27,4
± 6,9 anos; IMC = 21,6 ± 1,8 kg/m²) e com Obesidade (OB n = 15; 29,4 ± 5,5
anos; IMC = 34,2 ± 3,2 kg/m²). Ademais, os indivíduos do grupo OB foram
categorizados em: alta frequência de treinamento (AFT n = 7), sendo esta
superior a 80%; e baixa frequência de treinamento (BFT n = 8), sendo inferior a
65%. Todos os participantes realizaram sessões de calistenia durante 6 semanas,
composta por exercícios utilizando o próprio peso corporal, como squat, push up,
burpee, pull up, high knees, etc. A capacidade de salto foi estimada através do
Counter Movement Jump pré e pós intervenção. Foram
realizados testes t para amostras independentes e dependentes para comparações inter e intragrupos. Os dados são expressos como média e
desvio padrão e o nível de significância adotado foi p < 0,05. O delta
percentual (Δ) foi calculado entre os momentos. Resultados:
Os grupos NP e OB apresentaram uma frequência média de 70,3 ± 9,3% e 70,5
+18,6%, respectivamente. Ambos os grupos tiveram um aumento da capacidade de
salto, sendo significativo para o grupo NP (+ 5,1 cm, Δ
= +17%, p < 0,01) e não significativo para o grupo OB (+1,1 cm, Δ
= 5%, p = 0,40). Em relação aos subgrupos OB, houve aumentos na capacidade de
salto, porém não significativos, sendo AFT (+2,1 cm, Δ
= +9%, p = 0,47) e BFT (+0,4 cm, Δ = +2%, p = 0,74), não havendo diferença
estatística significativa entre eles (p = 0,19). Conclusão: Após seis
semanas de intervenção, o TC demonstrou aumentar significativamente a
capacidade de salto apenas para o grupo NP. O grupo OB apresentou aumento não
significativo na capacidade de salto, não havendo diferenças
estatisticamente significativas da alta e baixa frequência ao treinamento.
Palavras-chave: calistenia; força muscular; capacidade
funcional; membros inferiores
Apoio: CAPES
Efeito do treinamento
funcional domiciliar em idosos longevos com fragilidade física: resultados
preliminares em um estudo piloto
Bruna da Silva Vieira
Capanema, Felipe Fank, Maria Clara Trento, Damares
Barbosa Reis, Giovana Zarpellon Mazo
Universidade do Estado de
Santa Catarina (UDESC), Florianópolis, SC, Brasil
Introdução: Com o aumento significativo no número
de idosos longevos com fragilidade física (FF) vivendo em casa, intervenções
eficazes de exercício físico (EF) domiciliar tornam-se essenciais para
preservar sua independência e retardar a institucionalização e hospitalizações.
Deste modo, programas de treinamento funcional (TF) domiciliar podem
desempenhar um papel significativo no aumento da participação nos exercícios,
dado que essa população enfrenta dificuldade de adesão em programas fora de
suas residências. Objetivo: Avaliar o efeito de quatro semanas de TF
domiciliar na capacidade funcional (CF), força muscular (FM) e velocidade da
marcha (VM) de idosos longevos com FF. Métodos: Este é um estudo
quase-experimental que apresenta dados preliminares de um ensaio clínico,
aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da UDESC
(CAAE: 45881815.1.0000.0118). Até o momento, foram incluídos nove idosos
da comunidade de 85 anos ou mais de idade, com FF conforme os critérios de Fried et al. (2001) e com estado cognitivo preservado.
Foram coletadas informações sobre a força de preensão manual, utilizando o dinânometro Saehan (modelo
SH5001), a velocidade da marcha, avaliada por meio da marcha habitual de 4,6m e
a capacidade funcional, por meio do teste Time-Up-and-Go (TUG). Quanto às sessões de TF domiciliar, foram
divididas em: Bloco 1) preparação para o movimento – mobilidade articular,
coordenação motora, equilíbrio e flexibilidade das principais articulações;
Bloco 2) neuromuscular – força, potência, equilíbrio, coordenação e agilidade
nos padrões de movimento de empurrar, puxar e agachar (vertical e horizontal) e
rotacionar e carregar objetos com demanda do CORE; Bloco 3) metabólica –
transferência do movimento (integrado, dinâmico e multimuscular);
e Bloco 4) volta à calma (respiração e relaxamento). As sessões tiveram duração
de 50 a 60 minutos, duas vezes por semana, durante quatro semanas. A escala
OMNI-GSE foi utilizada para controlar a intensidade. Na comparação entre os
valores do pré e pós-teste, foi utilizado o teste T
pareado e, para o cálculo do tamanho de efeito, foi utilizado o G de Hedges.
Foram realizados procedimentos de bootstrapping (1000
reamostragens; 95% IC BCa)
e adotou-se um nível de significância de 5%. Resultados: A média de
idade dos longevos foi de 88,7 anos e 77,8% eram mulheres. Houve um aumento
significativo na FPM (17,3 ± 3,16 kgf vs 19,0 ± 3,39
kgf) (p = 0,015; g = 0,509) e na VM (0,45 ± 0,64 m/s vs
0,64 ± 0,18 m/s) (p = 0,003; g = 1,000), além de uma redução no tempo do teste
TUG (21,5 ± 10,30s vs 16,37 ± 6,75s) (p = 0,037; g =
0,572) após quatro semanas de intervenção. Conclusão: A intervenção de
quatro semanas com TF domiciliar para idosos com FF pode ser eficaz na melhora
da FPM, da VM e da CF, contribuindo para atenuar a fragilidade. Hipotetiza-se que os resultados futuros do ensaio clínico,
com uma amostra maior, com grupo controle e com um período maior de intervenção
possam ratificar os achados preliminares.
Palavras-chave: capacidade funcional; força muscular;
marcha; idosos de 80 anos ou mais
Apoio: CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento
de Pessoa de Nível Superior) e UNIEDU (Programa de Assistência Financeira
Estudantil do Ensino Superior de Santa Catarina)
Impacto na aderência dos
participantes: comparação entre um modelo de treinamento funcional gamificado e um modelo tradicional de treinamento funcional
Diego Silva Patrício, Laiza
Ellen Santana Santos, Leury Max da Silva Chaves,
Marzo Edir Da Silva Grigoletto
Universidade Federal de
Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil
Introdução: Profissionais de saúde enfrentam
desafios ao incentivar a adesão inicial e a continuidade em programas de
treinamento, devido à falta de tempo, motivação, energia, problemas de saúde ou
dificuldades financeiras dos participantes. O treinamento funcional (TF) é
dinâmico e pode aumentar a motivação. No entanto, nos primeiros seis meses,
cerca de 50% dos participantes deixam programas de treinamento físico. A
gamificação, que inclui componentes de jogos eletrônicos, pode ser uma
alternativa acessível para aumentar a aderência, mas não há evidências na
literatura sobre seus efeitos em programas de TF. Objetivo: Avaliar
os efeitos da gamificação no aumento da frequência dos participantes em um
programa de Treinamento Funcional. Métodos: Foram realizadas duas
intervenções de TF com grupos distintos: Treinamento Funcional Gamificado (TFG) e Treinamento Funcional Não Gamificado (TFNG). Os grupos realizaram duas sessões
semanais. O TFG contou com 76 participantes, sendo 57 mulheres e 19 homens e
com IMC = 21,2. O TFNG teve uma amostra de 43 participantes sendo 34 mulheres e
9 homens e IMC = 22,5. A sessão de treinamento foi organizada com exercícios de
características multiarticulares, multiplanares e
multicomponentes. Os exercícios de circuito exploraram os padrões básicos
(empurrar, puxar, agachar e transportar). A sessão foi dividida em três blocos:
a) Mobilidade articular, estabilidade e ativação. b) Coordenação, agilidade,
velocidade e potência e c) Concentra-se na força muscular nos padrões básicos.
A faixa de repetições foi padronizada de 8 a 12 e a máxima velocidade do
movimento. Os programas de treinamento tiveram uma duração de 12 semanas. Para
a gamificação, foram realizados 24 desafios como parte da estratégia, dois por
semana, com recompensas e elementos de competição. Os desafios eram divididos
em dois blocos: 1) desafios nas redes sociais com interação entre participantes
e amigos/familiares, e 2) desafios realizados no ambiente dos treinos com a
participação dos instrutores. Cada desafio produzia uma pontuação. A aderência
foi avaliada pela frequência dos participantes nas sessões de treinamento. Os
dados foram expressos em média e desvio padrão e analisados a partir do teste t
de Welch para amostras independentes. Também foi calculado
o tamanho do efeito através do d Coehn. Resultados: Foi
encontrado uma diferença significativa (p < 0,001) na comparação entre
frequências (TFG: 85,6% vs TFNG: 62,0%). A diferença
foi de 23,6% e a magnitude 1,33 (valor d). Conclusão: A gamificação
aumentou a frequência de participação no programa de TF, o que sugere que a
incorporação de componentes de gamificação pode ser uma abordagem eficaz para
aumentar a aderência ao programa.
Palavras-chave: gamification;
sedentarismo; atividade física
Apoio: CNPq e CAPES
Resposta aguda do
treinamento funcional na pressão arterial ambulatorial 24h de pessoas idosas
com hipertensão
Edivania Ferreira da Silva1, Pedro Avelange do Nascimento Filho1, Maria Francielen Dantas de Souza1, Bárbara Raquel
Souza Santos2, Jenifer Kelly Pinheiro1
1Centro Universitário Dr. Leão Sampaio,
Juazeiro do Norte, CE, Brasil
2Universidade Federal de Sergipe, São
Cristóvão, SE, Brasil
edivania.ferreiradasilva@gmail.com
Introdução: A hipertensão arterial sistêmica é uma
condição crônica, multifatorial, influenciada por fatores
genéticos/epigenéticos, ambientais e social, sendo caracterizada por níveis
elevados da pressão arterial, com valores maiores que 140/90 mmHg, medidos em pelo
menos duas ocasiões distintas, na ausência de medicação anti-hipertensiva.
Ainda, apresenta alta predominância em pessoas idosas, isso porque sua
prevalência aumenta progressivamente com o processo de envelhecimento. O
exercício físico, é indicado como tratamento não farmacológico, para a
prevenção e controle da hipertensão arterial sistêmica. Não obstante, o
treinamento funcional por sua vez, está associado a melhora do equilíbrio,
resistência cardiovascular, potência muscular, composição corporal e cognição,
tornando-se uma importante ferramenta no manejo da HAS. Objetivo:
Avaliar a resposta aguda do treinamento funcional na pressão arterial
ambulatorial 24h de pessoas idosas hipertensas. Métodos: Trata-se de um
estudo experimental de abordagem quantitativa, realizado com 14 idosos
hipertensos. A amostra foi dividida aleatoriamente em dois grupos: intervenção
(N = 7) e controle (N = 7), apenas o grupo intervenção realizaria o protocolo
de treinamento enquanto o grupo controle não realizou nenhum treinamento. A
pressão arterial foi verificada antes e após a sessão de treinamento utilizando
um aparelho digital da marca G-Tech e após o
treinamento foi colocado a monitorização ambulatorial da pressão arterial
(MAPA). O MAPA foi programado para medir a pressão arterial sistólica e
diastólica a cada 20 minutos durante o período diurno e a cada 30 minutos
durante a noite. Antes de cada sessão, os participantes tiveram sua pressão
arterial aferida cuidadosamente para garantir a segurança durante o programa.
Essa prática é fundamental para avaliar a condição física dos idosos e
identificar possíveis problemas antes do início das atividades. O protocolo de
exercícios foi dividido em quatro blocos: BLOCO 1: Mobilidade e preparação- 10
minutos (OMNI-GSE 2 a 3); BLOCO 2: Neuromuscular 1 – 20 minutos (OMNI-GSE 3 a
5); BLOCO 3: Neuromuscular 25 minutos (OMNI-GSE 4 a 7); BLOCO 4: Cardiometabólico- 5 minutos (OMNI-GSE 8 a 9). Para análise
de dados foi utilizado o software SPSS, a normalidade dos dados foi verificada
através do teste Shapiro Wilk, considerando por tanto média e desvio padrão.
Para comparar os grupos e os momento foi utilizado o teste ANOVA para medidas
repetidas. Resultados: A média de idade do grupo intervenção foi de 59,7
± 5,7 anos, e para o grupo controle de 62,8 ± 5,2 anos. Quando comparado a
pressão arterial sistólica de 24h e a média de vigília com o baseline entre os
grupos, obteve-se resultados significativos com p = 0,007 e p = 0,002,
respectivamente. Não houveram diferenças significativas na pressão arterial
diastólica. Conclusão: Uma sessão de TF é capaz de promover efeito
hipotensor na média 24h da pressão arterial sistólica e de vigília em pessoas
idosas hipertensas.
Palavras-chave: hipertensão; exercício físico;
ginástica; idosos
Efeitos de 8 semanas do
treinamento funcional, tai chi chuan e treinamento
aeróbico no equilíbrio de mulheres idosas
Evellyn C. dos Santos, Washington JS Filho,
Luiz FA Menezes, Salviano R Neto, Newton BC Lima, Marcos R Pereira-Monteiro,
Marzo Edir Da Silva Grigoletto
Universidade Federal de
Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil
Introdução: O processo de envelhecimento é
acompanhado de declínios nos sistemas vestibular, visual e musculoesquelético,
estes fundamentais para a manutenção do equilíbrio. No entanto, a prática
regular de exercício físico melhora o equilíbrio de idosos. A prática de
Treinamento Funcional (TF), Tai Chi Chuan (TCC) e Treinamento Aeróbico (TA)
podem mitigar esse declínio e retardar alterações fisiológicas. Porém, não há
consenso na literatura sobre qual é superior na melhora do equilíbrio. Objetivo:
Analisar os efeitos de oito semanas de TF, TCC e TA no equilíbrio de mulheres
idosas. Métodos: Esse estudo é um ensaio clínico randomizado controlado,
realizado em um período de oito semanas, com sessões trissemanais tendo uma
hora de duração. A amostra foi de 135 mulheres idosas com idade entre 65 e 80
anos, alocadas em três grupos de intervenção: treinamento funcional (TF),
treinamento aeróbico (TA) e Tai Chi (TC). O treinamento funcional foi
organizado em circuito, dividido em três etapas: 1- preparação para o movimento
(exercícios de mobilidade, estabilidade e ativação); 2- neuromuscular 1, que
estimula diferentes capacidades físicas; 3- neuromuscular 2, que estimula
principalmente força. O treinamento Tai Chi Chuan, é organizado pela sequência
do estilo Yang e dividido em três etapas: 1- preparação para o movimento; 2-
bloco composto por exercícios dinâmicos; 3- bloco composto por exercícios
isométricos. O treinamento aeróbico possui quatro blocos: 1- Preparação para o
movimento; 2- Caminhada contínua; 3- Bloco ritmado e 4- Corrida intervalada. A
avaliação do equilíbrio foi realizada por meio do Timed
Up and Go Test, do Teste de
Caminhada de 10 metros e do Teste de Sentar e Levantar Cinco repetições. Foi
realizada uma ANOVA de medidas repetidas para comparação entre os grupos
adotando p < 0,05. Resultados:
O TF foi composto por 39 participantes
(66,6 ± 4,5 anos; 67,8 kg ± 13 kg; 1,5 m ± 0,1 m),
o TCC composto por 37
participantes (66 ± 4,6 anos; 67,1 kg ± 11,8 kg; 1,5 m
± 0,1 m) e o TA composto
por 37 participantes (66,7 ± 4,6 anos; 66,2 kg ± 15,7;
1,5 m ± 0,1 m). Não foi
observada diferença significativa entre os grupos. Após
oito semanas de
treinamento, foi observada redução não
significativa em todos os testes. No
TUG, os resultados foram: TF (PRÉ = 7,7 ± 1,4; PÓS
= 7,1 ± 0,9; d = -0,4); TCC
(PRÉ = 7,8 ± 1,0; PÓS = 7,3 ± 0,7; d =
-0,4); TA (PRÉ = 7,4 ± 0,8; PÓS = 7,0 ±
0,7; d = -0,4). No Teste de Sentar e Levantar cinco
repetições, os resultados
foram: TF (PRÉ = 8,5 ± 2,3; PÓS = 8,0 ±
2,0; d = -0,1); TCC (PRÉ = 8,9 ± 2,1;
PÓS = 8,2 ± 2,0; d = -0,3); TA (PRÉ = 8,8 ±
1,9; PÓS = 8,1 ± 2,2; d = -0,3). No
Teste de Caminhada de 10 metros, os resultados foram: TF (PRÉ
5,2 ± 0,7; PÓS
4,9 ± 0,6; d = -0,4); TCC (PRÉ = 5,4 ± 0,6;
PÓS = 4,7 ± 0,6; d = -1,0); TA (PRÉ
= 5,1 ± 0,6; PÓS = 4,8 ± 0,5; d = -0,3). Conclusão: Após oito semanas,
não houve diferença significativa entre os grupos, mas com mais tempo de
treinamento há potencial para que os resultados sejam melhores.
Palavras-chave: envelhecimento; exercício físico;
equilíbrio
Respuestas agudas en la velocidad de ejecución en diferentes organizaciones de entrenamiento en circuito
Francisco
Hermosilla-Perona¹, Marcos R. Pereira-Monteiro², Adrián M. Castellanos¹, Marzo
Edir Da Silva Grigoletto², Juan R. Heredia-Elvar¹
1Universidad Alfonso X El Sabio, Villanueva de La Cañada,
Madrid, España
²Universidade Federal de
Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil
Introducción: Las configuraciones en circuito se destacan entre los modelos horizontales de entrenamiento, pudiendo ser realizadas de forma a agrupar ejercicios con el mismo patrón
motor o de forma a alternar entre ejercicios con patrones motores diferentes, organizaciones verticales. Los efectos agudos necesarios para el control de la
dosis que se manifiestan adecuadamente en estos diferentes modelos no están
claros. Objetivo: Analizar la
pérdida de velocidad a
diferentes organizaciones de entrenamiento
de resistencia en circuito en adultos jóvenes. Métodos:
Se realizó un estudio experimental descriptivo
de corte transversal con una muestra
de 30 participantes. Los participantes realizaron cuatro organizaciones distintas
de entrenamiento completando dos vueltas
en circuito con los siguientes ejercicios: tres ejercicios para los miembros superiores (press de
banca, press militar y remo bilateral) y tres ejercicios para los miembros inferiores (prensa
de piernas, curl de piernas y extensión de rodilla). Las diferencias entre los modelos se centraron en el orden
de los ejercicios y la prescripción de repeticiones. A1: orden mixto de ejercicios de miembros superiores e inferiores, realización
hasta el fallo en ambas vueltas; G1: ejercicios agrupados de miembros
superiores e inferiores, realización hasta el fallo en
ambas vueltas; A2: orden mixto de ejercicios de miembros superiores e inferiores, realización
del 50% en la primera vuelta
y hasta el fallo en la segunda vuelta;
G2: ejercicios agrupados de miembros
superiores e inferiores, realización del 50% en la
primera vuelta y hasta el fallo en
la segunda vuelta. Evaluamos la pérdida
de velocidad con una carga del 60% RM en el
press de banca y en la sentadilla antes (PRE) e inmediatamente después del ejercicio (POS). Resultados:
En el press
de banca, encontramos diferencias estadísticas en relación con el
tiempo (p < 0,001, η² = 0,681), con
diferencias entre PRE y POS en A1 (PRE = 0,727 ±
0,083; POS = 0,593 ± 0,080; p < 0,001; d = 1,63), G1 (PRE = 0,717 ± 0,079;
POS = 0,606 ± 0,121; p < 0,001; d = 1,39), A2 (PRE = 0,797 ± 0,118; POS =
0,669 ± 0,133; p < 0,001; d = 1,08) y G2 (PRE = 0,815 ± 0,118; POS = 0,718 ±
0,118; p < 0,001; d = 0,82); no se encontraron
diferencias entre los grupos ni
para la interacción. En la sentadilla,
se encontraron diferencias para el
tiempo (p < 0,001, η² = 0,318) y para el
grupo (p < 0,001, η²
= 0,141), pero no se encontraron diferencias para la interacción (p = 0,360, η² = 0,028). En
las comparaciones post hoc
entre PRE y POS se encontraron diferencias
significativas solo en A1 (PRE = 0,864 ± 0,094; POS =
0,771 ± 0,088; p < 0,001; d = 0,98) y G1 (PRE = 0,882 ± 0,114; POS = 0,827 ±
0,114; p < 0,001; d = 0,49). Conclusión: En organizaciones de circuitos de
entrenamiento de resistencia,
tanto el orden de los ejercicios como la intensidad de la ejecución afectan
significativamente las respuestas
en términos de pérdida de velocidad en el
press de banca y la sentadilla.
Palavras-chave: ejercicio
físico; ejercicio en
circuitos; esfuerzo físico
Apoio: Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior (CAPES) – Código de Financiamento 001
Efeito de um teste
experimental de ciclismo indoor sobre a pressão arterial de repouso em
estudantes na sala de aula
Gabriel de Oliveira Lima1,
Jadson de Oliveira Lima2, Ilane de
Albuquerque Lima³
1Centro Universitário Estacio
de Sergipe, Aracaju, SE, Brasil
2Instituto Federal de Educação, Ciências
e Tecnologia Baiano, Senhor do Bonfim, BA, Brasil
³Centro Universitário
UNIFATECIE, Paranavaí, PR, Brasil
Introdução: O Ciclismo Indoor (CI) é uma forma de
pedalar em uma bicicleta estacionária com o uso de um rolo específico no pneu
traseiro ou em ambos, simulando assim uma prática fácil em ambiente fechado. Objetivo:
descrever o efeito de teste de uma sessão no CI com um rolo caseiro sobre a
Pressão Arterial de Repouso (PAR) em alunos dos anos finais de uma Escola da
rede pública Estadual de ensino no alto sertão. Métodos: trata-se de um
estudo experimental com amostra por conveniência de 10 alunos do sexo masculino
de 12 a 14 anos de idade, para verificar a PAR, foi usado um medidor de pressão
arterial automático de pulso (OMRON) antes e depois 5 minutos de repouso dos testes,
a Frequência Cardíaca (FC) foi mensurada por um sensor de frequência cardíaca
(MAGENE-S3) e um velocímetro (GPS XOSS G+), durante a aplicação do protocolo de
teste foi aplicado de 60% a 80% da frequência cardíaca máxima utilizando a
seguinte formula (FCT = % (FCMax – FCRep) + FCRep) em 6 Estágios
Numéricos (EN) ( E1 [2 minutos leves] + E2 [15 segundos intenso] + E3 [2
minutos leves + E4 [15 segundos intensos + E5 [2 minutos leves] + E6 [15
segundos intensos]). Resultados: com as aferições da PAR, foi possível
classificar os estudantes como “normotensos” no repouso. A média da Pressão
Arterial Sistólica de Repouso (PASR) pré-teste foi de (114,7 mmHg/107,8 mmHg),
assim como a média da Pressão Arterial Diastólica de Repouso (PADR) (81,7
mmHg/65,1 mmHg), por meio do Teste – t de Student (p >
0,05), foi verificada uma diferença significativa estatisticamente (p =
0,000113/ p = 0,000115) na comparação entre as respostas das médias “pré” versus “pós” teste respectivamente. Conclusão:
foi constatado que em uma única sessão de teste experimental no CI com um rolo
caseiro, promoveu um efeito hipotensor nos participantes do teste.
Palavras-chave: ciclismo; pressão arterial;
adolescentes
Correlações entre salto
com contramovimento, resposta cardiovascular e percepção de esforço em corrida
de alta intensidade
Gustavo IC Silva, Júlio CC
Martins, Aiesca C Santos, Ana Gabrielle C. Santos,
Leila F Santos, Raphael F Souza
Universidade Federal de
Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil
Introdução: O salto com contramovimento (CMJ) é
usualmente usado como ferramenta de monitoramento de fadiga e prontidão. Não é
claro, entretanto, se deve ser usada como parâmetro a medida prévia ao estímulo
(CMJp) ou a diferença entre as médias da prévia e o
valor de base (CMJd) na expectativa de resposta em
estímulos de alta intensidade. Objetivo: Relacionar a medida de CMJp e CMJd com a frequência
cardíaca média (FCmed), máxima (FCmáx)
e percepção de esforço (PE) em corrida de alta intensidade. Métodos:
Utilizou-se um ensaio clínico não randomizado com nove corredores amadores
(Idade: 27,89 ± 7,79 anos; VO2max: 51,53 ± 2,57 ml/min). O estudo foi dividido
em duas etapas: caracterização da amostra e teste de CMJ base (CMJb), 48 horas depois os mesmos participantes realizaram o
CMJp seguido de corrida em intensidade máxima (5
minutos) na maior velocidade possível. FCmed, FCmáx e PE foram monitorados durante a corrida. CMJd foi estabelecido como a diferença entre as médias (CMJp – CMJb). VO2máx foi estimado
a partir da velocidade média da corrida (VO2máx = 3.23*v5 + 0.123). Realizou-se
uma análise descritiva (média ± desvio padrão), teste de normalidade Saphiro-Wilk e correlação de Pearson. O nível de
significância adotado foi de 0,05. Resultados: CMJb
descrito foi de 29,27 ± 5,22 cm. CMJd (- 0,46 ± 3,36
cm) apresentou alta correlação negativa com FCmed e FCmáx (r = - 0,759 e r = - 0,829; p = 0,018 e p
= 0,006; respectivamente); ao contrário da CMJp (28,80
± 4,57 cm; r = 0,165 e r = 0,11 ; p > 0,6). Nenhuma
das duas apresentou significância para PE. Conclusão: Corredores com
maior magnitude de CMJd, e não os com maiores valores
estritamente de CMJ, tendem a apresentar uma menor resposta de frequência
cardíaca mesmo em esforço máximo.
Palavras-chave: corrida; treino aeróbico; treinamento
físico
Apoio: CNPq e CAPES
Desenvolvimento e
avaliação de teclado bluetooth protótipo para
softwares de tempo de reação utilizando teste de stroop
Hélio Matheus Mendonça de
Santana Moraes Sampaio, Kavin Lucas de Jesus Santos,
Roberto Souza dos Santos Junior, André Filipe Santos de Almeida, Newton Benites
Carvalho Lima, Marcos Raphael Pereira Monteiro, Marzo Edir Da Silva Grigoletto, Elyson Adan Nunes Carvalho
Universidade Federal de
Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil
Introdução: As Funções Executivas (FE), mediadas
no córtex pré-frontal, têm por objetivo controlar e supervisionar as funções
cognitivas para atingir um objetivo, sendo, portanto, de grande interesse para
avaliação e diagnóstico. O teste neuropsicológico Stroop
Color and Word Task é amplamente usado em diferentes
públicos com objetivo de medir a atenção, o Tempo de Reação Visual (TRV) e o
Controle Inibitório (CI), uma das principais FE. Para a realização do Teste de Stroop
(TS), um estímulo é apresentado em uma tela e o
avaliado deve pressionar um botão correspondente àquele
estímulo. Porém, as
limitações dos Teclados Convencionais de PC (TCPC)
atrapalham os resultados,
especialmente em idosos, uma vez que o avaliado precisa deslocar o
olhar para
procurar, entre tantas, qual tecla é a correta. Além
disso, os TCPC são pouco
versáteis a diferentes posições de
operação, o que também limita sua
aplicação
em conjunto com outras atividades amplamente usadas nas ciências
do movimento.
Diante disso, neste trabalho é desenvolvida e avaliada uma
alternativa aos TCPC
para o TS, aqui chamado de Teclado Interativo Bluetooth (TIB),
permitindo que o
avaliador mude sua posição com facilidade. Objetivo: Desenvolver o TIB e
avaliar sua aplicação no TS. Métodos: Foi desenvolvido o protótipo TIB
com 12 Botões Coloridos (BC) dispostos em estrutura semelhante a régua escolar,
com um fio ligado em cada BC até o microcontrolador ESP32. É alimentado via USB
e se conecta via bluetooth ao PC, que detecta
pressionamento em um dos 10 BC, sendo os 2 últimos para configuração, o que
permite ao avaliador associar cada um dos 10 BC à
teclas de um TCPC, trazendo maior fidedignidade aos resultados do TS. Ao
avaliar o TIB, três experimentos foram feitos, no primeiro testou-se no bloco
de notas se todos os BC correspondiam às teclas desejadas. No segundo, usando o
aplicativo PsychoPy, foram adotados 4 valores de
distância em área aberta entre PC e TIB, sendo de 65 m, 35 m, 10 m e 0 m. No
terceiro, foi executado um programa desenvolvido em Python que mediu o tempo de
comunicação 10 vezes, para cada distância, enviando um caractere do PC para o
TIB, aguardando sua resposta, obtendo o tempo de ida e volta da informação do
PC para o TIB. Resultados: No primeiro experimento, pôde-se observar que
todos os BC do protótipo correspondem às teclas desejadas do PC, em suas
diferentes combinações. O segundo, garantiu funcionamento dos BC do TIB com as
cores apresentadas no PsychoPy em todas as distâncias
citadas, havendo perda de conexão acima de 65 m. No último, foi possível medir
o tempo de comunicação entre o PC e o TIB, resultando em uma média de tempo em
cada uma das distâncias, para 65 m, 21,74 ms; 35 m,
13,76 ms, 5 m, 8,61 ms e 0
m, 9,18 ms. Conclusão: O sistema desenvolvido permite o examinador
posicionar o TIB onde melhor convier, o que possibilita inúmeras aplicações nas
ciências movimento, com bom funcionamento até 65 m, com tempo de atraso na
comunicação de no máximo 22 ms.
Palavras-chave: tempo de reação; projetos de
tecnologias de informação e comunicação; desenvolvimento tecnológico; teste de stroop; função executiva
Efeitos de 16 semanas de brain functional training e
treinamento funcional no tempo de resposta de mulheres idosas
Ingrid SJ Ferreira, André FS
Almeida, Marcos R Pereira-Monteiro, Marzo Edir Da Silva Grigoletto
Universidade Federal de
Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil
Introdução: O envelhecimento é um processo natural
em que ocorrem declínios das capacidades físicas e cognitivas, acarretando em
aumento do tempo de resposta motora (TR), o que implica diretamente na redução
da funcionalidade para esta população. Nesse sentido, o Treinamento Funcional
(TF) apresenta destaque na literatura pela diminuição dos declínios funcionais.
Além deste, o Brain Functional
Training (BFT) surge na literatura como proposta a enfatizar os efeitos
cognitivos gerados pelo treinamento funcional, como a melhora da conexão dos
centros cerebrais. No entanto, não estão claros os efeitos do BFT e TF no tempo
de resposta da pessoa idosa. Objetivo: Analisar os efeitos de 16 semanas
de BFT e TF no tempo de resposta motora em mulheres idosas. Métodos:
Trata-se de um ensaio clínico randomizado de 16 semanas, com avaliações antes
(PRÉ) e após (PÓS) o período de treinamento, e contou com 63 mulheres idosas
que foram alocadas em três grupos: Brain Functional Training (BFT), Treinamento Funcional (TF), e
grupo controle (GC).O tempo de resposta motora foi avaliado avaliado
antes e após as 16 semanas de intervenção através do aparelho BlazePod®, onde o participante é requisitado a pressionar
um aparelho luminoso, em três diferentes etapas: TR simples sentado (TR1), com
apenas um estímulo (azul) e o participante em posição sentado; TR seleção
sentado (TR2), em que há um estímulo confundidor, e
TR seleção em pé (TR3), em há o estímulo confundidor
e o participante em bipedestação. Foram realizadas
três sessões de treinamento por semana em dias não
consecutivos, com duração de 50 minutos cada. O BFT e o TF contavam com
exercícios semelhantes às atividades do cotidiano, sendo que o BFT contou
adicionalmente com exercícios que utilizavam diferentes estratégias de dupla
tarefa, e o GC realizou o treinamento Tai Chi Chuan, seguindo a sequência Baduanjin. A comparação de médias foi analisada através da
ANOVA de medidas repetidas com Post Hoc de Bonferroni,
aceito significância de 5% (p ≤
0,05). Resultados: Foi encontrado diferença estatisticamente
significativa entre o momento pré do TF e do BFT. O
TF apresentou melhora estatisticamente significativas no TR, para todas as
etapas, sendo TR1(PRÉ: 1029 ± 163; PÓS: 879 ± 120; p < 0,001), TR2(PRÉ: 1083
± 191; PÓS: 927 ± 136; p = 0,002) e TR3 (PRÉ: 1582 ± 225; PÓS: 1347 ± 138; p
< 0,001). Os demais grupos não apresentaram diferença significativa de pré para pós, sendo: BFT, com TR1(PRÉ:846 ± 141; PÓS: 820 ±
115; p = 1,000), TR2 (PRÉ: 922 ± 124 ; PÓS: 877 ± 117; p = 1,000) e TR3(PRÉ: 1376
± 180 ; PÓS:1272 ± 154; p = 0,58); e o GC, com TR1(PRÉ: 942 ± 111; PÓS:859 ±
151;p = 702),TR2(PRÉ: 1022 ± 144;PÓS:991 ± 166;p = 1.000)eTR3(PRÉ: 1454 ±
223;PÓS: 1427 ± 190; p = 1.000). Conclusão: Após 16 semanas de
Treinamento, apenas o TF mostrou-se eficaz na melhora do tempo de resposta em
mulheres idosas. Contudo, é válido que todos os grupos encerraram o estudo com
graus similares de Tempo de Resposta.
Palavras-chave: envelhecimento; capacidade funcional;
exercício físico; treinamento cognitivo
Apoio: CNPq, CAPES e FAPITEC
Desempenho no controle
postural dinâmico de membros inferiores em mulheres com e sem dor femoropatelar: um estudo transversal
Irivam Batista da Silva neto, Aluiso André Dantas de Sousa, Bruna Perez Costa Lima,Túlio Chaves Mendes, Daniel
de Medeiros Leiros, Maria Ester de Oliveira Farias,
Hassan Mohamed Elsangedy, Leônidas de Oliveira Neto
Universidade Federal do
Rio Grande do Norte, Natal, RN, Brasil
Introdução: A Dor Femoropatelar
(DFP) é um distúrbio musculoesquelético da articulação do joelho associada a
uma baixa qualidade de vida, que causa dor e limitações funcionais. Fatores
biomecânicos relacionados a força e flexibilidade nas regiões (distais e
proximais) ao joelho, são geralmente alvo de investigações nessa patologia.
Atualmente a literatura aponta que testes funcionais envolvendo tarefas
dinâmicas, ajudam a melhor caracterizar pessoas com DFP. Nessa perspectiva o
Star Excursion Balance Test (SEBT) avalia a
mobilidade, estabilidade e força de forma integrada (cadeia cinética). Objetivo:
Comparar o desempenho no SEBT em mulheres com e sem DFP. Metodologia:
Esse é um estudo transversal, a amostra foi composta por 96 mulheres (18 a 40)
anos de idade, pareadas pelo IMC, sendo 48 no grupo com DFP e 48 no grupo sem
DFP. As voluntárias foram avaliadas através do SEBT nas posições anterior,
medial, póstero-medial e póstero-lateral, contemplando assim os 3 planos de
movimento (sagital, frontal, transverso). O instrumento utilizado para obtermos
os alcances no SEBT foi o Octobalance, que baseia-se em um sistema de fita métrica extensível e
magnetizada em cada direção. O alcance final obtido em cada posição, foi
normalizado pelo tamanho do membro inferior de cada avaliada e o resultado
apresentado em %. As voluntárias sem DFP iniciavam o teste pelo membro
dominante, e as com DFP pelo membro sem dor (casos de dor unilateral), ou no
membro de menor dor (casos de dor bilateral). Para o tratamento estatístico
comparamos o membro dominante das avaliadas sem DFP com o membro acometido nas
com DFP. Nos casos de dor bilateral, o membro utilizado foi o de maior dor. A
estatística utilizada para comparação entre os grupos foi Teste T, o nível de
significância considerado foi p < 0,05. Resultados: O alcance nas
posições medial grupo sem DFP 62% (± 8,2%) e com DFP 56% (± 7,3%),
póstero-medial sem DFP 75% (± 10,1%) com DFP 68% (± 8,4%) e póstero-lateral sem
DFP 69% (± 11,5%) e com DFP 63% (± 10,8%), apresentaram diferenças
significativas entre os 2 grupos, sendo o grupo com DFP aquele que obteve os
piores alcances. Considerações finais: Mulheres com DFP apresentaram
resultados desfavoráveis no SEBT quando comparadas ao grupo sem DFP. O SEBT
mostrou-se um teste funcional dinâmico desafiador e sua aplicação na prática
clínica é recomendada.
Palavras-chave: desempenho físico funcional;
articulação do joelho; dor femoropatelar; mulheres
Apoio: CAPES
Confiabilidade
teste-reteste de um novo teste para avaliar o tempo de resposta de jovens
goleiros de futebol
Iury Gomes Rodrigues1, César
Augusto Del Roy3, Guilherme Vinícius Moreira Grandim1,
Claúdio Henrique Ivo de Araújo Ribeiro Filho1, Diêgo
Augusto Nascimento Santos1,2, Levy A. S. de-Oliveira1
1Departamento de Saúde e Performance
Base, Vasco da Gama SAF, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
2Laboratório de Estudos em Futebol
(LABESFUT), Programa de Pós-Graduação em Ciências do Exercício e Esporte,
Universidade do Estado do Rio de Janeiro, RJ, Brasil
3Sociedade Esportiva Palmeiras, São
Paulo, SP, Brasil
Introdução: Uma das principais funções dos
goleiros de futebol é proteger sua meta, geralmente, por meio de ações motoras
rápidas, de curta duração e que ocorrem de forma imprevisível. Contudo, no
nosso conhecimento, não existem testes para avaliar essa capacidade validados
na literatura científica. Objetivo: Avaliar a confiabilidade
teste-reteste da tecnologia BlazePod™ (Play CoyottaLtd., Tel Aviv, Israel)
durante um teste de velocidade de resposta em goleiros de categorias de base de
futebol. Métodos: 15 goleiros (16,6 ± 1,7 anos; 187,7 ± 4,9 cm; 81,8 ±
7,9 kg) das categorias Sub-15,-17 e -20 de um clube de futebol de elite foram
selecionados para a coleta. Uma sessão de familiarização dos participantes com
os instrumentos e procedimentos de testagem e mais duas sessões de teste e
reteste foram realizadas, com um intervalo de uma semana entre elas. O teste
consistiu em apagar o máximo de luzes possível durante 30 s. Quatro
dispositivos luminosos estavam presos a uma gaiola de agachamento formando um
quadrado, com 1 m de distância entre eles. Os participantes ficaram em pé de
frente para os dispositivos e no centro da gaiola a uma distância de 30cm. Os
dispositivos acenderam em uma ordem aleatória não conhecida pelos
participantes, nem pelos avaliadores. Foram realizadas duas tentativas,
separadas por um intervalo de 1-1,5 min. O melhor valor do número de luzes
apagadas (LA) e da média do tempo de resposta (TR) para que os dispositivos
fossem apagados foram registrados para análise. Os dados foram apresentados
como média ± DP ou (intervalo de confiança de 95% (IC95%)). Confirmamos a
distribuição normal dos dados pelo teste de Shapiro-Wilk. Um teste t pareado, o
tamanho do efeito de Cohen (ES) e seu IC95% foram calculados para avaliar a
magnitude da diferença média entre as sessões. A interpretação do ES foi:
trivial (< 0,20), pequeno (0,20-0,59), moderado (0,60-1,19), grande
(1,2-2,0) e muito grande (>2,0) (Hopkins et al., 2009). O coeficiente de
correlação intraclasse (ICC) e seu IC95% foram utilizados para avaliar a
confiabilidade com base em um modelo de medida única, concordância absoluta e
efeitos mistos bidirecionais. O valor do ICC foi interpretado da seguinte
forma: confiabilidade ruim (< 0,5), moderada (0,5-0,75), boa (0,75-0,9) e
excelente (> 0,9). Resultados: Não houve diferença estatística
teste-reteste de LA (Teste = 25 ± 2 LA, Reteste = 25 ± 2 LA; t(14)
= -1,00; p = 0,334; ES = -0,26, IC95% = -0,77-0,26) e do TR (Teste = 464 ± 47 ms, Reteste = 452 ± 42 ms; t(14)
= 1,46; p = 0,166; ES = 0,38, IC95% = -0,15-0,90). Níveis de confiabilidade
moderados a excelentes foram encontrados pelos valores de ICC (LA = 0,86
(0,57-0,95), TR = 0,84 (0,54-0,95)) e confiabilidade aceitável pelo CV para
ambas as medidas (Teste: LA = 5%, TR = 6%; Reteste: LA = 4%, TR = 5%). Conclusão:
Concluímos que a tecnologia BlazePod™ fornece
informações confiáveis. Esses resultados sugerem que as informações obtidas
pela tecnologia BlazePod™ podem ser usadas para
avaliar o TR de goleiros das categorias de base de futebol.
Palavras-chave: velocidade de resposta; tempo de
reação; futebol, tecnologias sem fio; confiabilidade do teste-reteste;
desempenho perceptual-motor
Apoio: Vasco da Gama SAF
Reprodutibilidade do
dispositivo reactionx® para medição do tempo de
reação de discriminação em mulheres idosas
Iury S Gonçalves, Leandro BC de Deus, Giulia
P Constâncio, Danielli S Araújo, Ana CF Haubold,
Thiago T Mendes, Victor H Freitas, Marcela R Castro
Universidade Federal da
Bahia, Salvador, BA, Brasil
Introdução: o tempo de reação (TR) é uma medida
crucial da velocidade e eficiência dos processos mentais, sendo essencial para
a execução de atividades diárias (AVDs) como dirigir,
andar de bicicleta e atravessar a rua, que dependem tanto de capacidades
físicas quanto cognitivas. A capacidade de processar informações rapidamente
envolve a interação entre funções de alerta, orientação e controle executivo.
No entanto, com o envelhecimento, há um declínio nas atividades cerebrais que
afeta a habilidade de manter a atenção e a eficiência desses processos,
impactando negativamente o TR. Objetivo: avaliar a reprodutibilidade das
medidas de Tempo de Reação de Discriminação (TRD) fornecidas pelo dispositivo ReactionX® em uma amostra de mulheres idosas. Métodos:
este é um estudo de reprodutibilidade do dispositivo visuomotor
ReactionX® no registro de variáveis de TRD em uma
amostra de 61 mulheres idosas. Por meio de duas sessões de testes separadas por
um intervalo de cinco dias, foi avaliada a consistência dos resultados ao longo
do tempo. Foi calculado o Coeficiente de Correlação Intraclasse (CCI) do tipo
teste-reteste/intra-rater reliability,
aplicando um modelo two-way mixed
effects. Foi utilizado o Intervalo de Confiança (IC)
que fornece uma estimativa do intervalo dentro do qual se espera que um
parâmetro verdadeiro se encontre, com um determinado nível de confiança,
geralmente 95%. Essa abordagem nos permitiu quantificar a incerteza associada
às nossas estimativas amostrais. Por meio do teste de Shapiro-Wilk foi possível
identificar se a diferença da variável entre os tempos tem distribuição Normal
a uma significância estatística de 5%. Quando a diferença da variável teve
distribuição Normal a uma significância estatística de 5% (p > 0,05), foram
utilizados Testes t de Student Pareado e, quando a
diferença da variável não teve distribuição Normal a uma significância
estatística de 5% (p < 0,05), foram realizados Testes de Wilcoxon
Pareado. Além disso, foi calculado o Erro Padrão da Média (EP) para cada
variável, que fornece uma medida da precisão das estimativas da média. Caso o
p-valor seja maior que 0,05, dizemos que, a um nível de significância
estatística de 5%, não há diferença entre as médias da variável nos dois
tempos. Resultados: observou-se boa concordância entre as medidas
repetidas do ReactionX® na mensuração do TRD em
idosas. O CCI para a medida mais rápida foi de 0,91 (p = 0,000; IC
0,865-0,949), para a medida mais lenta foi de 0,61 (p = 0,000; IC 0,434-0,749),
para a média foi de 0,89 (p = 0,000; IC 0,83-0,934), e para o tempo total foi
de 0,92 (p = 0,000; IC 0,882-0,955). Nos testes t de Student
pareados para as variáveis com distribuição normal,
os valores foram: mais rápido: EP = 0,001, t = 0,21, p = 0,000; mais lento: EP
= 0,05, t = 0,98, p = 0,000; média: EP = 0,01, t = 0,24, p = 0,000; tempo
total: EP = 2,74, t = 0,10, p = 0,000. Conclusão: O ReactionX®
é reprodutível para avaliar o desempenho cognitivo em mulheres idosas,
especialmente na mensuração do Tempo de Reação de Discriminação.
Palavras-chave: tempo de reação; idosos; coordenação visiomotora; reprodutibilidade; cognição
Influência do treinamento
funcional no desenvolvimento da coordenação motora dos escolares do 4º e 5ºano
Jaqueline Pereira Ramos1,
Marcilene Teixeira Sales1, Alan Pantoja
Cardoso1, Erica Carneiro Feio Nunes2, Francivaldo
José da Conceição Mendes1, Smayk Sousa
Barbosa2, José Robertto Zaffalon Júnior3, Gileno Edu Lameira
de Melo3
1Universidade do Estado do Pará,
Altamira, PA, Brasil
2Universidade do Estado do Pará, Belém,
PA, Brasil
3Universidade do Estado do Pará,
Laboratório de Exercício Físico e Estilo de Vida (LEFEV), Altamira, PA, Brasil
Introdução: As vivências motoras devem estar
presentes na vida das crianças desde muito cedo, quanto maior as experiências
motoras, maior a chance de resolver situações complexas de diferentes tipos de
movimentos, pois quanto maior os estímulos do corpo mais eficiente será o
movimento. o Treinamento Funcional surge como uma proposta pedagógica para ser
incluído nas aulas de educação física proporcionando melhora na coordenação
motora. Objetivo: O presente estudo teve por objetivo analisar o efeito
do treinamento funcional sobre o desenvolvimento da coordenação motora de
escolares. Métodos: A amostra foi composta por 30 alunos do 4º e 5º ano
do ensino fundamental que foram divididos em grupo de intervenção com
atividades do treinamento funcional e grupo controle com as aulas regulares de
educação física. Foi utilizado o teste Körperkoordinationstest
Für Kinder (KTK) para avaliação da coordenação motora. O teste KTK foi aplicado
antes e depois das 12 sessões da intervenção que foi com o Treinamento
Funcional com duração de 50 minutos cada sessão, duas vezes por semana. Resultados:
Os resultados mostram que o grupo controle teve resultados menores antes e após
o período de intervenção nos escores das tarefas do teste de avaliação KTK
respectivamente 93,8 ± 6,46 e 92,7 ± 7,7, comparado ao antes e depois do grupo
experimental que obteve melhores resultados no mesmo teste com o aumento do seu
Quociente Motor total (QM) de 90,2 ± 10,3 para 98,7 ± 10,1. Conclusão:
Conclui-se que durante os três meses de intervenção com treinamento funcional
não houve alteração no nível de classificação de ambos os grupos, mas teve
aumento na média e desvio padrão das tarefas aplicadas no KTK pós intervenção
com o Treinamento Funcional no grupo experimental em relação ao grupo controle.
Palavras-chave: limitação da mobilidade; treinamento
funcional; atividade física
Apoio: Laboratório de Exercício Físico e
Estilo de Vida (LEFEV)
Efeito agudo do
treinamento de ginástica aeróbica na pressão arterial e frequência cardíaca de
pessoas idosas com hipertensão arterial sistêmica
Jayne Lima Alves1,
Nicelene dos Santos Melo1, Edivania Ferreira da Silva1, Luís Claudio Santos
de Santana2, Bárbara Raquel Souza Santos3, Jenifer Kelly
Pinheiro1
1Centro Universitário Dr. Leão Sampaio,
Juazeiro do Norte, CE, Brasil
2Instituto Federal de Educação Ciência e
Tecnologia do Ceará, Juazeiro do Norte, CE, Brasil
3Universidade Federal de Sergipe,
Aracaju, SE, Brasil
Introdução: A hipertensão arterial sistêmica é uma
doença crônica que se caracteriza pelo elevado nível da pressão arterial. Nesse
sentido, a atividade física regular é considerada de suma importância no
tratamento anti-hipertensivo não medicamentoso. Dessa forma, é tão necessário
conscientizar a pessoa hipertensa para a prática de atividade física, visando a
melhora da saúde e a busca da qualidade de vida de maneira segura e acessível. Objetivo:
Avaliar o efeito agudo da ginástica aeróbica na pressão e frequência cardíaca
de pessoas idosas hipertensas. Método: O presente estudo se caracteriza com
delineamento experimental. A população a que se destinou esta pesquisa foram de
pessoas idosas com diagnóstico de hipertensão. A amostra foi composta por dez
idosos matriculadas em um projeto de extensão de o centro universitário da
região do cariri, selecionados por conveniência e que aceitaram participar da
pesquisa. Os participantes responderam os questionários contendo a anamnese
onde foram coletadas informações sociodemográficas, antropométricas e clínicas
de pressão arterial e frequência cardíaca. Foram submetidas a uma sessão de
treinamento de ginástica e logo após os níveis de pressão arterial foram
coletados através de aparelho digital. A análise estatística de dados foi
realizada pela pesquisadora e conduzida através da aplicação do programa Statistical Package for
Social Sciences (SPSS), versão 22. Para a
Normalidade dos dados foi usado o teste Shapiro-Wilk. Para comparar os
resultados pré e pós treinamento foi usado o teste t
pareado, com um nível de significância estabelecido em α = 0,05. Resultados: A idade
média da amostra foi de 64,9 ± 6,4 anos, com a distribuição de 80% do sexo
feminino e 20% do sexo masculino. Quando comparada os valores do momento pré para o pós apenas a pressão
arterial sistólica apresentou resultado significativo (p < 0,001) com
redução de delta percentual de 18%, enquanto que tanto a pressão arterial
diastólica e frequência cardíaca os valores não foram significativos, p = 0,263
e p = 0,975 respectivamente. Conclusão: Esta pesquisa nos mostra que uma
sessão de treinamento de ginástica reduz a pressão arterial sistólica,
comprovando que, com o efeito agudo do exercício aeróbico, pode ser uma
ferramenta poderosa para o tratamento da hipertensão arterial sistêmica.
Palavras-chave: hipertensão; exercício físico;
ginástica; idosos
Respostas do treinamento
funcional na pressão arterial e aptidão física de pessoas idosas hipertensas
resistentes: um ensaio clínico randomizado
Jenifer Kelly Pinheiro1,
Bárbara Raquel Souza Santos2, Marcos Antonio
Araújo Bezerra1, Rogério Brandão Wichi2
1Centro Universitário Dr. Leão Sampaio,
Juazeiro do Norte, CE, Brasil
2Universidade Federal de Sergipe, São
Cristóvão, SE, Brasil
Introdução: O processo de senescência é
responsável por diversas modificações nos padrões fisiológicos e biológicos,
psicológicos e sociais. Diante dessa realidade, é sabido que o envelhecimento
está associado a fatores adversos como a diminuição do estado funcional e do
surgimento de doenças cardiovasculares, como é o caso da hipertensão arterial
sistêmica. Além disso, dentre os hipertensos, aproximadamente 10 a 20% dessa
população é considerada hipertensa resistente. Esse grupo específico não
responde adequadamente ao tratamento medicamentoso; portanto, a atividade
física é indicada como terapia, tanto para o controle da pressão arterial
quanto para a preservação do estado funcional. Objetivo: Avaliar o
efeito do Treinamento Funcional (TF) na pressão arterial ambulatorial e aptidão
física de pessoas idosas hipertensas resistentes. Métodos: O estudo
trata-se um ensaio clínico randomizado e controlado que envolveu 15 idosos
hipertensos resistentes da cidade de Juazeiro do Norte-CE. A amostra foi
dividida em dois grupos: o grupo controle (GC), composto por sete participantes
que não realizaram qualquer tipo de treinamento físico; e o grupo experimental
(GE), composto por oito participantes que receberam uma intervenção de
treinamento físico durante 24 sessões. Foram analisados antes e após um
programa de TF a pressão arterial ambulatorial, através da MAPA de 24 horas, a
aptidão física, por meio do Senior Fitness Test. Para
comparação dos grupos foi realizada ANOVA de dois fatores, adotando um alfa de
0,05, utilizando o Post hoc de Bonferroni quando
necessário. Para verificar o tamanho do efeito da intervenção utilizou-se o Eta Squared. Resultados: A
média de idade dos participantes da pesquisa foi de 70,1 ± 6,3 anos. O TF
promoveu redução significativa na pressão ambulatorial sistólica, tanto na
média de 24h (p = 0,048) como nos períodos diurno (p = 0,033) e noturno (p =
0,002). Além disso, o TF promoveu um aumento do índice de aptidão física (p
< 0,001), com aumento da força/resistência de membros inferiores (p <
0,001) e superiores (p = 0,006), mobilidade física (p = 0,005) e resistência
aeróbica (p = 0,002). Não foi verificado influência do TF na flexibilidade de
membros superiores e inferiores. Conclusão: O TF promoveu diminuição da
pressão arterial sistólica e aumento da aptidão física de pessoas idosas
hipertensas resistentes.
Palavras-chave: idoso; hipertensão; estado funcional;
exercício físico
Efeitos do treinamento
funcional comparado ao tai chi chuan no equilíbrio
dinâmico de mulheres idosas
Lara Fabian Vieira Barbosa,
Poliana de Jesus Santos, Newton Benites Carvalho Lima, Salviano Resende Silva,
Marzo Edir Da Silva Grigoletto
Universidade Federal de
Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil
Introdução: O processo de envelhecimento contribui
para um declínio no equilíbrio em idosos, aumentando o risco de quedas e suas
complicações. O treinamento funcional demonstrou ser eficiente para redução dos
declínios relacionados a esse processo, promovendo aumento da força e potência
muscular, importantes para diminuir as chances de quedas nesta população.
Também tem-se boa evidência do Tai chi chuan na diminuição do risco de quedas em idosos.
Entretanto, ainda existe uma escassez de evidência comparando essas duas
modalidades. Objetivo: Comparar o equilíbrio dinâmico em idosas expostas
ao Treinamento Funcional e ao Tai Chi Chuan após 8 semanas de treinamento. Métodos:
Trata-se de um estudo longitudinal, com dois braços de experimento: Grupo
Treinamento Funcional (TF) e Grupo Tai Chi Chuan (TCC). O período de
intervenção foi 8 semanas, compreendendo três sessões semanais, com duração de,
aproximadamente, 50 minutos cada, em dias intercalados, totalizando 24 sessões.
As sessões do TF foram divididas em 10 minutos de mobilidade e preparação para
o movimento, 15 minutos de Neuromuscular 1 e 20
minutos de Neuromuscular 2. Nas sessões de TCC inicialmente foi realizada
mobilidade e preparação para o movimento similar ao TF e o restante da sessão
foram realizadas sequências de TCC. O equilíbrio dinâmico foi avaliado através
do teste Time Up and Go. A
análise dos dados foi feita através da ANOVA 2x2 para comparar grupo e tempo e
os valores foram considerados significativos quando p < 0,05. Resultados:
Participaram do estudo 68 idosas (TF n 35, idade 67,4 ± 5,42 anos; IMC 29,1 ±
5,02 kg/m2; TCC n 33, idade 67,4 ± 4,86 anos; IMC 29,1 ± 4,21 kg/m-²). A
análise estatística mostrou melhora do tempo para ambos os grupos (TF: 7,69 ±
1,48 segundos pré; 7,16 ± 0,74 após; p < 0,05;
TCC: 7,88 ± 1,48 segundo pré; 7,40 ± 0,97 pós; p <
0,05). No entanto, não houve diferença significativa entre os grupos p = 0,879.
Conclusão: Ambas as modalidades de treinamento promoveram melhora do
equilíbrio dinâmico em idosas após 8 semanas de treinamento.
Palavras-chave: exercício físico; estado funcional;
envelhecimento
Apoio: CNPq e CAPES
Confiabilidade do
dispositivo reactionx® para medição da atenção
seletiva visual em mulheres idosas: um estudo de reprodutibilidade
Leandro Borges¹, Iury Steffenelo Gonçalves¹,
Giulia de Pádua Constâncio¹, Alan Pantoja-Cardoso², José Carlos Aragão Santos²,
Thiago Teixeira Mendes¹, Victor Hugo de Freitas¹, Marcela Rodrigues de Castro¹
¹Universidade Federal da
Bahia, Salvador, BA, Brasil
²Universidade Federal de
Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil
Introdução: a Atenção Seletiva Visual (ASV) é a
capacidade de focar em estímulos específicos enquanto se ignora outros
irrelevantes. Essa habilidade é um aspecto crucial do processamento cognitivo e
é essencial para a realização de tarefas diárias que requerem discriminação
rápida e precisa de informações visuais. A ASV permite que indivíduos filtrem
informações não relevantes, concentrando-se em detalhes importantes que
necessitam de uma resposta imediata. Essa função é especialmente significativa
para a saúde cognitiva de idosos, pois sua eficiência pode refletir a
integridade das funções neurológicas. Com o envelhecimento, há uma tendência ao
declínio cognitivo, afetando diversas áreas, incluindo a ASV. A capacidade
reduzida de selecionar e processar informações visuais relevantes pode
comprometer a autonomia e a qualidade de vida dos idosos, tornando a
investigação e o aprimoramento dessa habilidade um foco importante para
intervenções que visam a manutenção da funcionalidade cognitiva na terceira
idade. Objetivo: avaliar a reprodutibilidade das medidas de ASV
fornecidas pelo dispositivo ReactionX® em uma amostra
de mulheres idosas. Métodos: este é um estudo de reprodutibilidade e
confiabilidade do dispositivo visuomotor ReactionX® no registro de variáveis de ASV em uma amostra
de 61 mulheres idosas. Por meio de duas sessões de testes separadas por um
intervalo de cinco dias, foi avaliada a consistência dos resultados ao longo do
tempo. Foi calculado o Coeficiente de Correlação Intraclasse (CCI) do tipo
teste-reteste/intra-rater reliability,
aplicando um modelo two-way mixed
effects. Foi utilizado o Intervalo de Confiança (IC)
que fornece uma estimativa do intervalo dentro do qual se espera que um
parâmetro verdadeiro se encontre, com um determinado nível de confiança,
geralmente 95%. Essa abordagem nos permitiu quantificar a incerteza associada
às nossas estimativas amostrais. Por meio do teste de Shapiro-Wilk foi possível
identificar que a diferença da variável entre os tempos tinha distribuição
Normal a uma significância estatística de 5% e foram utilizados Testes t de Student Pareado. Além disso, foi calculado o Erro Padrão da
Média (EP) para cada variável, que fornece uma medida da precisão das
estimativas da média. Caso o p-valor seja maior que 0,05, dizemos que, a um
nível de significância estatística de 5%, não há diferença entre as médias da
variável nos dois tempos. Resultados: observou-se boa concordância entre
as medidas repetidas, indicando confiabilidade substancial do ReactionX® na mensuração da ASV em mulheres idosas. O
Coeficiente de Correlação Intraclasse (CCI) foi de 0,958 (p = 0,000; IC
0,932-0,975). Nos testes t de Student pareados para
as variáveis com distribuição normal, os valores
foram: EP = 0, t = 0,141, p = 0,000. Conclusão: o ReactionX®
é confiável para avaliar a mensuração da Atenção Seletiva Visual em mulheres
idosas.
Palavras-chave: atenção seletiva; cognição;
coordenação visuomotora; idoso; reprodutibilidade dos
testes
Efeitos do treinamento
funcional sem carga externa na endurance de membros
inferiores em pessoas com e sem sobrepeso
Leonardo LR Santos, Leury MS Chaves, Breno JFS Rocha, André FS Almeida, Wandercleiton S Oliveira, Marzo Edir Da Silva Grigoletto
Universidade Federal de
Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil
Introdução: O Treinamento Funcional (TF)
concentra-se no desenvolvimento de movimentos e habilidades necessários às
atividades diárias, visando à integração de diversos grupos musculares,
tornando os movimentos mais próximos das demandas reais do corpo. Nesta seara,
o treinamento funcional sem carga externa (TFSC) ou com peso corporal
apresenta-se como uma abordagem promissora na melhoria da endurance
de membros inferiores (MMII), fundamental para a realização de tarefas
cotidianas. Esta modalidade demonstra baixo custo e alta aplicabilidade,
podendo ser realizada em qualquer local, combinando os benefícios do TF com a
praticidade de um programa sem a necessidade de investimentos em equipamentos.
A endurance de MMII é importante para a saúde física,
especialmente em indivíduos com sobrepeso e fisicamente inativos, visto que
promove autonomia e favorece a qualidade de vida. Nesse sentido, programas de
exercícios devem dar importância ao desenvolvimento da endurance
principalmente para populações com sobrepeso, que frequentemente apresentam
limitações neste tipo de capacidade. No entanto, ainda não está claro na
literatura científica se o TFSC pode melhorar a endurance
de MMII em pessoas com e sem sobrepeso. Objetivo: Analisar os efeitos do
treinamento funcional sem carga após 10 sessões de treinamento na endurance de membros inferiores em pessoas com e sem
sobrepeso. Métodos: Foi realizado um estudo clínico de caráter
experimental com 30 indivíduos sedentários, com idades entre 18 a 35 anos,
divididos em um grupo com sobrepeso e outro sem sobrepeso. A avaliação da endurance muscular foi feita por meio do teste de
repetições máximas de agachamento em 30 (AG30S) e 60 segundos (AG60S). As
sessões de treinamento consistiram em um bloco de preparação para o movimento,
seguido de exercícios de coordenação motora e um bloco principal, composto por
exercícios calistênicos com padrões de força na densidade de 30 segundos de
exercício e 15 segundos de descanso, visando à execução na maior velocidade
possível. O protocolo TFSC envolveu duas sessões semanais, com duração máxima
de 60 minutos elaborado na forma de circuito, que incluía padrões básicos de
movimento, tais como empurrar, agachar e puxar, assim como suas variações. Resultados:
Para o grupo sem sobrepeso, houve melhora significativa apenas no teste AG30S,
com aumento de Δ8% (pré: 25,0
± 1,5; pós: 27,0 ± 2,3; p = 0,01); enquanto no teste AG60S, o aumento foi de Δ6,1%,
porém sem significância estatística (pré: 49,0 ± 4,6;
pós: 52,0 ± 5,3; p = 0,21). Já o grupo com sobrepeso apresentou melhorias
significativas em ambos os testes: no teste AG30S, houve um aumento de Δ9,1%
(pré: 22,0 ± 3,7; pós: 24,0 ± 2,9; p = 0,01); no
teste AG60S, o aumento foi de Δ11,6% (pré:
43,0 ± 8,4; pós: 48,0 ± 5,5; p = 0,00). Conclusão: Conclui-se que após o
período de intervenção a endurance para o grupo sem
sobrepeso obteve melhoras significativas apenas no teste AG30S, já no
sobrepeso, a melhora foi nos testes AG30S e AG60S.
Palavras-chave: calistenia; resistência física; status
funcional; treinamento de endurance; sobrepeso
Apoio: CAPES
Desempenho no controle
postural dinâmico de membros inferiores em mulheres com e sem dor femoropatelar: um estudo transversal
Leônidas de Oliveira Neto, Irivam Batista da Silva neto, Ivson
Thales Gomes Silvino, Aluiso André Dantas de Sousa,
Bruna Perez Costa Lima, Túlio Chaves Mendes, Marzo Edir Da Silva-Grigolleto, Hassan Mohamed Elsangedy
Universidade Federal do
Rio Grande do Norte, Natal, RN, Brasil
Introdução: A Dor Femoropatelar
(DFP) é um distúrbio musculoesquelético da articulação do joelho associada a
uma baixa qualidade de vida, que causa dor e limitações funcionais. Fatores
biomecânicos relacionados a força e flexibilidade nas regiões (distais e
proximais) ao joelho, são geralmente alvo de investigações nessa patologia.
Atualmente a literatura aponta que testes funcionais envolvendo tarefas
dinâmicas, ajudam a melhor caracterizar pessoas com DFP. Nessa perspectiva o
Star Excursion Balance Test (SEBT) avalia a
mobilidade, estabilidade e força de forma integrada (cadeia cinética). Objetivo:
Comparar o desempenho no SEBT em mulheres com e sem DFP. Metodologia:
Esse é um estudo transversal, a amostra foi composta por 96 mulheres (18 a 40)
anos de idade, pareadas pelo IMC, sendo 48 no grupo com DFP e 48 no grupo sem
DFP. As voluntárias foram avaliadas através do SEBT nas posições anterior,
medial, póstero-medial e póstero-lateral, contemplando assim os 3 planos de
movimento (sagital, frontal, transverso). O instrumento utilizado para obtermos
os alcances no SEBT foi o Octobalance, que baseia-se em um sistema de fita métrica extensível e
magnetizada em cada direção. O alcance final obtido em cada posição, foi
normalizado pelo tamanho do membro inferior de cada avaliada e o resultado
apresentado em %. As voluntárias sem DFP iniciavam o teste pelo membro
dominante, e as com DFP pelo membro sem dor (casos de dor unilateral), ou no
membro de menor dor (casos de dor bilateral). Para o tratamento estatístico
comparamos o membro dominante das avaliadas sem DFP com o membro acometido nas
com DFP. Nos casos de dor bilateral, o membro utilizado foi o de maior dor. A
estatística utilizada para comparação entre os grupos foi Teste T, o nível de
significância considerado foi p < 0,05. Resultados: O alcance nas
posições medial grupo sem DFP 62%(±8,2%) e com DFP
56%(± 7,3%), póstero-medial sem DFP 75%(±10,1%) com DFP 68%(± 8,4%) e
póstero-lateral sem DFP 69%(±11,5%) e com DFP 63%(± 10,8%), apresentaram
diferenças significativas entre os (02) grupos, sendo o grupo com DFP aquele
que obteve os piores alcances. Considerações finais: Mulheres com DFP
apresentaram resultados desfavoráveis no SEBT quando comparadas ao grupo sem
DFP. O SEBT mostrou-se um teste funcional dinâmico desafiador e sua aplicação
na prática clínica é recomendada.
Palavras chave: desempenho físico funcional;
articulação do joelho; dor femoropatelar, controle
postural
Apoio: CNPq/CAPES
Associação entre a
capacidade de salto e resistencia de membros
inferiores em praticantes de calistenia
Leury MS Chaves, André FS Almeida, Leonardo
LR Santos, Breno JFS Rocha, Wandercleiton S Oliveira,
Marzo Edir Da Silva Grigoletto
Universidade Federal de
Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil
Introdução: O treinamento com peso corporal,
Calistenia, está entre as tendencias fitness a mais de dez anos devido à sua
aplicabilidade e custo benefício. Além disso, as características dos movimentos
calistênicos, multiplanares, multiarticulares e
padrões básicos de movimento, contribuem para sua aplicação no contexto da
funcionalidade. Nesse sentido, melhorar as capacidades físicas com o
treinamento é essencial para o desempenho e funcionalidade do indivíduo, dentre
as capacidades, se destacam a potência e a endurance
de membros inferiores (MMII) por estarem diretamente relacionadas a atividades
da vida diária e mobilidade. Contudo, a calistenia é comumente relacionada ao
maior desenvolvimento de endurance, em comparação com
a força e potência, por exemplo, devido à falta de carga externa. Por outro
lado, exercícios calistênicos são altamente individualizados devido aos ajustes
biomecânicos do movimento para cada indivíduo, e isso pode favorecer o desenvolvimento
equilibrado das capacidades físicas. Sendo assim, o treinamento calistênico
poderia favorecer o aumento da potência e endurance
concomitantemente devido ao foco na funcionalidade e estímulo de diferentes
capacidades físicas. Contudo, não é claro se um curto período de treinamento,
seis semanas, seria o suficiente para impactar na correlação entre estas
capacidades. Objetivo: Verificar a associação entre a potência e endurance de MMII antes e após dose sessões de treinamento
calistênico. Métodos: Vinte e sete indivíduos, 14 mulheres e 13 homens,
com idade entre 18 e 35 anos, IMC 28,1 ± 6,1, realizaram 12 sessões de
treinamento calistênico com duração de 50 minutos. O treinamento era foi
composto por: bloco 1- exercícios de mobilidade e estabilidade articular; bloco
2- coordenação, agilidade e potência muscular; bloco 3- exercícios de força e endurance muscular em padrões básicos de movimento
(empurrar, puxar agachar). A avaliação pré e pós
intervenção foi composta pela capacidade de salto, medida indireta da potência
de MMII, estimada a partir do teste counter movement jump (CMJ), e endurance
MMII mensurada a partir do teste de repetições máximas no agachamento em 30
segundos (AG30s). Para a análise estatística foi aplicado um teste t dependente
e correlação de Pearson adotando p ≤
0,05 em ambas análises. Resultados: Após 12 sessões de treinamento os
indivíduos aumentaram a capacidade de salto no CMJ (pré:
26,2 ± 7,8; pós: 29,1 ± 10,1, p ≤
0,01) e a endurance de MMII no AGA30s (pré: 25,2 ± 4,9; pós: 26,7 ± 3,5 p ≤ 0,01). Houve associação positiva de
magnitude moderada entre CMJ e AGA30s no momento inicial (r = 0,659; IC = 0,372
- 0,831; p < 0,001). Após as 12 sessões de treinamento a associação se
manteve, porém com forte magnitude (r = 0,742, IC = 0,505 - 0,875; p <
0,001). Conclusão: O treinamento calistênico promove o aumento na
potência e endurance de MMII, sendo evidenciada uma
associação moderada e alta entre potência e endurance
de MMII no início e ao final das 12 sessões de treinamento, respectivamente, em
adultos.
Palavras-chave: calistenia; qualidade de vida; estado
funcional; resistência física
Apoio: CAPES
Efectos de nueve
semanas de ejercicio físico funcional adaptado sobre la fuerza muscular en diagnóstico de luxación acromio-clavicular: estudio de
caso
Mario Di Santo¹, Marcos R.
Pereira-Monteiro², Sofía Grassano¹
¹Universidad Provincial
de Córdoba, Facultad de Educación
Física, Córdoba, Argentina
²Universidad Federal de
Sergipe, São Cristóvão, Brasil
Introducción: El Ejercicio
Físico Adaptado (EFA) alude a la prescripción
de formas específicas de movimiento diseñadas para contribuir a superar estados adversos, provisorios o no, de la vida de los sujetos. Con
formas específicas de movimiento se hace referencia al ejercicio construido, con finalidad terapéutica,
preventiva en pos de mejorar u optimizar la salud y la
calidad de vida. Ejercicio
elaborado y prescripto teniendo
en cuenta la lógica intrínseca, es decir los aspectos fisiopatológicos de una determinada patología, respetando las características particulares que la
misma manifiesta. Objetivo:
Estimar el efecto de nueve semanas de entrenamiento,
mediante ejercicio físico adaptado, sobre la fuerza muscular del hombro en
sujeto con diagnóstico de luxación acromio-clavicular. Métodos:
En el estudio
de este caso es protagonista un sujeto
adulto mayor de 79 años, el cual asiste al servicio de EFA derivado por personal de salud (médico traumatólogo); luego de una entrevista inicial se llevan
a cabo las evaluaciones correspondientes, las mismas buscan poner
en evidencia los valores de
fuerza con los que se inicia el tratamiento y recabar información para poder diagramar el
plan de ejercicios. Para las mismas se emplea
un dinamómetro (Valkyria
Trainer Push Pull), se
valora hand grip de ambas manos,
rotación interna y externa, aducción,
abducción, extensión y flexión de ambos hombros, encontrándose, al comparar entre hemicuerpos,
una asimetría significativa con
excepción en la rotación externa. Se planificó un plan
de trabajo de un mes, con ejercicios
dorso-escapulares y específicos para manguito rotador, con
acciones isométricas, bajo el
umbral del dolor, entre 6 y
10 segundos de duración, asistiendo
el sujeto cinco veces por semana, con una estadía aproximada de no más de 75 minutos por sesión. Posteriormente se procede a prescribir
un nuevo plan, siguiendo con la misma
lógica del anterior, añadiendo
algunas variantes y progresiones,
y al cabo de cinco semanas se lleva a cabo nuevamente la valoración
explicitada. Resultados: En términos de porcentaje se puede observar que
al concluir nueve semanas de trabajo
aproximadamente, el hand
grip de mano derecha se incrementó
un 18,4%, en rotación interna de hombro derecho la mejora
fue de un 300%, en rotación externa un 80%; en aducción
un 78,5%, en abducción un 180%, en la extensión
el porcentaje de mejora fue de 47,6 % y en la flexión
del 85%. Conclusión:
Un plan de trabajo de EFA correcta y adecuadamente prescripto, ayudó a mejorar significativamente los porcentajes de fuerza de las acciones musculares del hombro en
un sujeto con lesión de luxación
acromio-clavicular.
Palabras-clave: ejercicio físico; estado
funcional; terapia por ejercicio; fuerza
muscular.
Apoyo: Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001
Disfunções biomecânicas
que afetam a funcionalidade de quadril e joelho
Mylena dos Santos Nascimento
Universidade Tiradentes
de Sergipe, Aracaju, SE, Brasil
Introdução: A articulação do quadril é uma das
articulações mais móveis do corpo humano e umas das mais estáveis. As ações
musculares em seus planos de movimento sejam sagital, frontal e/ou transversal,
de características mono ou multiarticulares, podem desencadear disfunções de
movimentos que deturpam a manutenção da postura anatômica estática ou dinâmica.
Essa disfunção estática resulta em disfunções no dinamismo de alguns movimentos
como: flexão, extensão, rotação de quadril e joelho. Objetivo: Analisar
as disfunções biomecânicas que afetam a funcionalidade do quadril e joelho. Métodos:
Este estudo trata-se de uma revisão bibliográfica, com artigos selecionados sem
restrição de público-alvo para a análise, em plataformas de pesquisas como SciElo, PubMed e Google Scholar,
BVS. Utilizou-se os seguintes critérios de inclusão: a) estudos que estavam nos
idiomas inglês, português e espanhol; b) que foram publicados nos últimos dez
anos; c) que fossem de caráter quantitativo ou qualitativo dos tipos Série de
Casos, Estudos Descritivos, Estudos Randomizados, Estudo Caso-Controle, Estudo
Coorte e/ou Revisões Sistemáticas e d) que estivessem devidamente publicados
nas plataformas de pesquisas citadas anteriormente. Como exclusão, utilizou-se
dos seguintes critérios: a) estudos que não foram devidamente publicados em
alguma das plataformas selecionadas para pesquisa e estudos do tipo Opinião de
Experts; b) que fizessem referência a contextos fora das relações de quadril e
joelho ou estudos relacionados a tratamento pós-operatório e patologias
congênitas c) que fossem muito antigos e/ou que não atendessem a nenhum dos
critérios de inclusão. Resultados: Foi feita uma pesquisa longitudinal
ao longo de três meses, reunindo mais de 27 mil estudos de destaque científico.
Inserindo os critérios de exclusão, diminuindo esse número para uma seleção de
14 estudos enquadrados nos critérios de inclusão, a respeito das disfunções de
quadril e joelho que afetam a funcionalidade do indivíduo. Ao analisar os
artigos escolhidos para pesquisa, foi possível obter uma cronológica dos
eventos científicos a partir do ano de 2012 até os dias atuais. Conclusão:
ao evidenciar nos presentes achados, com relação ao sistema muscular e as
disfunções que podem afetar a funcionalidade do indivíduo, podemos destacar que
ambos trouxeram afirmativas quanto à fragilidade muscular da região do tronco e
quadril, dor (à medida que dor impede de realizar movimentos específicos como
agachar), baixa mobilidade e flexibilidade da cintura pélvica que refletem na
função dessas estruturas.
Palavras-chave: disfunções biomecânicas; valgo
dinâmico; quadril
Apoio: Programa 90 dias
Efeito de oito semanas etreinamento funcional versus tai chi chuan
no desempenho da marcha em idosas independentes
Newton Benites Carvalho Lima1,
Salviano Silva Resende1, Antônio Gomes de Resende Neto2,
Laiza Ellen Santana Santos1, Arielly da
Silva Sá¹, André Filipe Santos de Almeida1, Marcos Raphael Pereira
Monteiro1, Marzo Edir Da Silva Grigoletto1
1Universidade Federal de Sergipe, São
Cristóvão, SE, Brasil
2Centro Universitário Estácio Sergipe,
Aracaju, SE, Brasil
newtonbenites@academico.ufs.br
Introdução: O envelhecimento causa mudanças na
marcha, afetando a independência dos idosos. Embora seja crucial preservar a
mobilidade, há uma falta de estudos comparativos sobre os impactos do
Treinamento Funcional (TF) e do Tai Chi Chuan (TC) na habilidade de marcha de
idosas independentes. Explorar essas práticas pode oferecer informações
essenciais para criar intervenções eficazes que promovam a autonomia e melhorem
a qualidade de vida dessas mulheres. Objetivo: Investigar os efeitos do
TF e do TC no desempenho da marcha em idosas independentes. Métodos:
Concluíram a intervenção 89 idosas, aleatoriamente designadas para um dos
grupos: Treinamento Funcional (TF: n = 45; 67,6 ± 5,2 anos; 68,9 ± 13,8 kg.m-²)
e Tai Chi Chuan (TC: n = 44; 66,3 ± 4,6 anos; 68,9 ± 11,7 kg.m-²). O
período de treinamento físico foi de oito semanas com três sessões semanais de
45 min. O TF foi separado em três blocos: 1- Preparação para o movimento com
exercícios de mobilidade articular e pré ativação com
15 agachamentos e 15 saltos; 2- Circuitos com exercícios que envolvem
velocidade de movimento; e 3- Exercícios de força muscular simulando tarefas
diárias. Já o TC: 1- Preparação para o movimento, 1- Estilo Yang de forma dinâmica
e 3- Estilo Yang de forma isométrica. O desempenho da marcha foi avaliado por
meio dos testes Timed Up and Go e Caminhada de 10 metros. A análise dos dados foi
feita mediante ANOVA 2x2 com post hoc test de Bonferroni. Resultados: Ambos os grupos apresentaram
diferença significativa em relação ao valores iniciais no TUG (TC - Pré: 7,68 ± 1,13 vs Pós: 6,72 ±
0,35; p ≤ 0,01; TE:
1,20; ∆%: -12,5); (TF
- Pré: 7,76 ± 1,4 vs Pós:
7,16 ± 0,92; p = 0,018; TE: 0,50; ∆%:
-7,7) e no C10M (TC - Pré: 5,48 ± 0,13 vs Pós: 4,92 ± 0,13; p ≤ 0,001; TE: 4,31; ∆%: -10,2); (TF - Pré:
5,48 ± 0,7; vs Pós: 5,04 ± 0,12; p = 0,09; TE: 0,86; ∆%: 8,0). Entretanto, não foi observado
diferenças estatísticas entre os grupos. Conclusão: Tendo em vista a
condições analisadas, podemos concluir que tanto o TF quanto o TC são eficazes
para aprimorar o desempenho de marcha em idosas independentes.
Palavras-chave: envelhecimento; exercício físico;
atividades da vida diárias; funcionalidade
Apoio: CNPq e CAPES
Efeito crônico do
treinamento funcional na resistência e força muscular de membros superiores e
inferiores em idosos
Ozanar dos Santos Monteiro1 Dayana G. Góes
Lôbo Soares¹,Taynan de Jesus Santos¹, Bárbara Raquel
Souza Santos¹, Ana L. Resende Setton¹, Rogério Brandão Wichi¹ Jenifer Kelly
Pinheiro²
1Programa de Pós-Graduação em Educação
Física – PPGEF Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil
²Centro Universitário
Doutor Leão Sampaio, Juazeiro do Norte, CE, Brasil
Introdução: O envelhecimento da população mundial
é um fenômeno crescente especialmente nos países em desenvolvimento, ocorrendo
rapidamente, sem permitir uma reestruturação adequada nos campos social e de
saúde, para atender às novas demandas. Estudos apontam que até 2025, o Brasil
será o 6º país do mundo com a maior população idosa. Com a crescente dessa
população, aumenta o número das doenças crônicas não transmissíveis, como a
sarcopenia, uma condição caracterizada pela perda gradual de força e massa
muscular relacionada à idade, tornando-se um problema de saúde pública global,
com uma prevalência crescente. O treinamento funcional surge como uma
ferramenta que permite desenvolver habilidades físicas prejudicadas pelo avanço
da idade, concentrando-se nos movimentos das atividades diárias para melhorar a
força, equilíbrio, potência e outras funcionalidades, possibilitando ao
praticante realizar esses movimentos como parte de seu treinamento corporal. Objetivo:
Avaliar o efeito crônico após um protocolo de Treinamento Funcional na
resistência e força muscular de membros superiores e inferiores de pessoas
idosas. Métodos: Este estudo foi quase experimental, envolvendo uma
amostra de 8 participantes com idades entre 62 e 81 anos (67,8 ± 5,8),
selecionados por conveniência em um projeto de extensão universitária. Foram
aplicados os testes de sentar e levantar e flexão de antebraço do Senior Fitness Test para avaliar a força e resistência
muscular dos membros inferiores e superiores, respectivamente. A intervenção
consistiu em treinamento funcional realizado três vezes por semana, durante 50
minutos, com intensidade medida pela Escala de OMNI-GSE. Os dados foram
coletados em três momentos: pré-intervenção, após
dois meses e após doze meses de intervenção. O tratamento e análise dos dados
foram realizados no Microsoft Excel® 2013 e no SPSS, respectivamente. O projeto
foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário Dr. Leão
Sampaio (UNILEÃO), com o parecer 5.611. 163. Resultados: Os principais
achados para o teste de sentar e levantar foram: Momento 01, muito fraco n =
6/8 (75%); fraco n = 1/8 (12,5%); Bom n = 1/8 (12,5%). Momento 02, muito fraco
n = 3/8 (37,5%); fraco n = 1/8 (12,5%); regular n = 3/8 (37,5%); muito bom n =
1/8 (12,5%). Momento 03, muito fraco n = 3/8 (37,5%); fraco n = 3/8 (37,5%);
regular n = 1/8 (12,5%); Bom n = 1/8 (12,5%). Para o teste de flexão de
cotovelo, os resultados encontrados foram: Momento 01, muito fraco n = 4/8
(50%); fraco n = 2/8 (25%); regular n = 2/8 (25%). Momento 02, fraco n = 1/8
(12,5%); regular n = 2/8 (25%); muito bom n = 5/8 (62,5%). Momento 03, regular
n = 6/8 (75%); Bom n = 2/8 (25%). Conclusão: O estudo revelou uma
mudança na frequência e porcentagem ao longo dos três momentos de análise,
destacando-se um aumento na resistência e força muscular de membros superiores
e inferiores de idosos após o Treinamento Funcional.
Palavras-chave: idosos; força muscular; treinamento
físico
Apoio: CNPq e CAPES
Efeito do treinamento
funcional na aptidão física durante 8 semanas em jovens do projeto academia e
futebol da Universidade Federal de Sergipe
Pablo Rodrigo Santos Pinto¹,
Wesclay José de Andrade Santos¹, Ailton Fernando
Santana de Oliveira¹, Lucio Marques Vieira-Souza1,2
¹Universidade Federal de
Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil
2Universidade do Estado de Minas Gerais,
Passos, MG, Brasil
Introdução: O treinamento funcional tem se
mostrado promissor para melhorar a aptidão física de diversas populações. É
definido como aquele que objetiva o aprimoramento sinérgico, integrado e
equilibrado de diferentes capacidades físicas no intuito de garantir eficiência
e segurança durante o desempenho de tarefas cotidianas, laborais e/ou
esportivas, sendo baseado nos princípios biológicos e metodológicos do
treinamento, especialmente, no princípio da especificidade. Objetivo: O
presente estudo analisou o efeito do treinamento funcional na agilidade com
mudança de direção (COD) e potência (CMJ) durante 8 semanas de jovens
participantes do projeto Academia e Futebol da Universidade Federal de Sergipe.
Métodos: Trata-se de um estudo observacional com 40 participantes do
sexo masculino que foram distribuídos em grupo de treinamento funcional (TF, n
= 20; idade, 16,7 ± 0,4 anos) e grupo de treinamento convencional (TC, n = 20;
idade, 16,5 ± 0,6 anos). A intervenção teve duração de 8 semanas, sendo
realizada 2x/semanal com duração de 30-40 minutos, foram aplicados os testes pré intervenção na primeira semana e pós intervenção na
última semana de potência e agilidade. Foi utilizado o Teste de Shapiro-Wilk
para o pressuposto de normalidade. A comparação entre os momentos pré e pós intervenção de cada grupo utilizamos o Teste t de
Student para amostras pareadas, sendo adotado um
valor de significância de 5% (p < 0,05). Resultados: Houve uma
diferença significativa para COD PRÉ TF - PÓS TF (p < 0,01); GRUPO CMJ TF -
CMJ TF (p < 0,01); COD PRÉ TC - PÓS COD TC (p < 0,01). Já o grupo CMJ PRÉ
TC não apresentou diferença significativa com o CMJ PÓS TC (p > 0,05). Conclusão:
Portanto, a eficácia do treinamento funcional durante 8 semanas se refere à
melhora da agilidade com mudança de direção, bem como o salto vertical dos
participantes.
Palavras-chave: treinamento intervalado de alta
intensidade; esporte; habilidade física
Desenvolvimento de um
sistema de medição de centro de massa para avaliar as respostas do tronco a
perturbações externas inesperadas
Paulo Gabriel Barreto
Nogueira, Poliana de Jesus Santos, Breno Juan Feitosa de Sá Rocha, Pedro
Henrique A. Barroso, Elyson Ádan
Nunes Carvalho, José Gilmar Nunes de Carvalho Filho, Marzo Edir Da Silva Grigoletto
Universidade Federal de
Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil
Introdução: A estabilidade da coluna pode ser
entendida como o resultado do trabalho coordenado entre controle neuromuscular,
ligamentos, tendões e os músculos da coluna vertebral [1]. Esse conjunto de
fatores protege o tronco contra perturbações repentinas no equilíbrio corporal,
evitando lesões musculares que podem evoluir para dor lombar crônica devido à
falta de estabilidade.. Além disso, atletas que
possuem uma maior estabilização do tronco apresentam um melhor desempenho nas
atividades esportivas. Diante disso, o uso de equipamentos que permitam avaliar
a estabilidade do tronco é de grande importância para a manutenção do
equilíbrio humano, prevenção de dores crônicas e melhora no desempenho
esportivo. De maneira geral, esse tipo de avaliação pode ser realizada
por meio da medição do centro de massa humano. No entanto, os equipamentos
atuais não conseguem avaliar a região do tronco de forma isolada e permitem que
o paciente identifique a origem dos estímulos, antecipando assim o movimento de
resposta. Objetivo: Desenvolver um sistema de medição do centro de massa
que permita avaliar a estabilidade do tronco, incluindo um dispositivo de
acionamento para um pistão pneumático que pode gerar perturbações imprevisíveis
fora do campo de visão do avaliado. Métodos: Para avaliar o desempenho
do sistema na medição do centro de massa, foi realizado um experimento que
consistiu em posicionar um kettlebell de 8 kg em diferentes pontos marcados sob
a plataforma. Os valores das posições medidas pelo sistema foram registrados e
comparados com os valores teóricos. Para medir a força exercida pelo pistão,
foram aplicadas diferentes forças no sensor (célula de carga) e comparadas com
um valor de referência. Além disso, foram realizados experimentos para
verificar a eficiência do sistema na realização de testes de movimentação
corporal. Nesse, o indivíduo tinha como objetivo acompanhar um alvo
movimentando-se em uma tela a partir do deslocamento do seu centro de massa sob
a plataforma de força. Resultados: Os valores medidos da posição do
centro de massa e da força aplicada pelo pistão foram próximos dos valores
esperados além de apresentar um baixo desvio padrão tanto para a plataforma de
força quanto para o pistão, sugerindo alta confiabilidade. Os valores medidos
da posição do centro de massa obtevem erro médio de
0,83 cm com desvio padrão entre 0,16 e 0,51 cm. Já na medição da força aplicada
pelo pistão, os valores de erro médio obtido foi de 0,19 N com desvio padrão
entre 0,1 e 0,13 N. Além disso, o sistema conduziu com sucesso o teste de
estabilidade ao medir o centro de massa do participante e registrou com sucesso
as informações do experimento em uma planilha. Conclusão: Com o sistema
desenvolvido, tornará possível avaliar a estabilidade do tronco ao medir o
centro de massa com a plataforma de força mediante perturbações imprevisíveis.
Isso permitirá verificar a efetividade dos tratamentos realizados para a
melhoria da estabilidade.
Palavras-chave: estabilidade do core; core; músculos
do tronco
Apoio: CNPq e CAPES
Desenvolvimento de um
circuito eletrônico para sistemas medição de força muscular baseados em células
de carga
Pedro Henrique A Barroso1,
Paulo Gabriel B Nogueira1, Carlos Daniel de J. Almeida1,
Raphael Cardoso de O Jesus², José Gilmar NC Filho¹, Elyson
Ádan N Carvalho¹, Marzo Edir Da Silva Grigoletto¹
¹Universidade Federal de
Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil
²Institute of Nanotechnology of Lyon, INSA Lyon, Université Claude Bernard
Lyon 1, Lyon, France
Introdução: A medição da força muscular é uma
ferramenta valiosa na avaliação de resultados de procedimentos cirúrgicos,
terapêuticos, para estimar o risco de lesões e manutenção da saúde física.
Atualmente, os testes de função muscular padrão ouro utilizados são os
dinamômetros isocinéticos, que têm alto custo atrelado e baixa liberdade de
movimento. Já os dinamômetros por pressão manual são mais acessíveis,
entretanto estes são específicos para um grupo muscular. Esses métodos são
sistemas fechados que não permitem integração com outros equipamentos, são
limitados quanto as possibilidades de aplicação e níveis de liberdade de
movimento a serem avaliados. Sendo assim, os sistemas de medição de força
baseados em células de carga, que é um transdutor de força amplamente utilizado
nas aplicações das ciências do movimento e biomecânica, visam suprir essas
limitações. Objetivo: Desenvolver um circuito eletrônico que possa ser
aplicado em sistemas de medição de força baseados em células de carga, que
possibilite medir a força exercida por um determinado grupo muscular ou músculo
específico de forma precisa, confiável, que permita a calibração e seja
integrado com outros equipamentos. Métodos: O circuito eletrônico
desenvolvido foi testado com uma célula de carga do tipo S, que é utilizada
para medição de força de membros superiores e inferiores. Realizou-se a coleta
das massas de uma garrafa e balde com água, cujas medições resultaram em 500 g
e 5 kg, respectivamente. Foi medido a massa da garrafa utilizando o
dispositivo desenvolvido cinco vezes em intervalos de dois minutos. O mesmo
procedimento foi aplicado com o balde. Posteriormente, foi proposta uma segunda
configuração para outros dois experimentos utilizando, dessa vez, quatro
células de carga do tipo compressão, aplicadas em plataformas de estabilidade
ou hand grips, além de um circuito eletrônico
desenvolvido para cada uma delas. As células de carga foram posicionadas nas
extremidades de uma plataforma retangular, e o procedimento experimental se deu
através da alocação de um kettlebell de 8 kg em cada célula de carga, num
intervalo de um minuto entre uma célula e outra. Esse procedimento foi repetido
cinco vezes. Por fim, colocou-se o kettlebell de 8 kg no centro da
plataforma. Nesta configuração foi utilizado um intervalo de dois minutos entre
cada medição, tendo sido repetida cinco vezes. Em todos os experimentos foram
coletados valores de massa junto com um microcontrolador para avaliar desvio
padrão e erro relativo do dispositivo em comparação com a balança de precisão. Resultados:
Nos experimentos, apesar da mudança do tipo de célula de carga utilizada para
medição, a resposta foi precisa e exata, apresentando um erro relativo de 1,26%
e desvio padrão de 0,11. Conclusão: O circuito eletrônico proposto foi
capaz de medir força com baixo erro e desvio padrão, estando em conformidade
com os sistemas de medição de força baseados em células de carga.
Palavras-chave: circuito de medição de força;
contração muscular; célula de carga
Efeito do treinamento
funcional na aptidão física de mulheres idosas destreinadas
Salviano Resende Silva1,
Newton Benites Carvalho Lima1, Lara Fabian Vieira Barbosa1,
Laiza Ellen Santana Santos1, Diego Silva Patrício1,
Antônio Gomes de Resende-Neto2, José Carlos Aragão-Santos1,
Marzo Edir Da Silva Grigoletto1
1Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão,
SE, Brasil
2Centro Universitário Estácio Sergipe,
Aracaju, SE, Brasil
Introdução: O processo de envelhecimento
influencia negativamente em aspectos físicos/funcionais, devido a redução da
massa muscular, mobilidade articular e propriocepção, impactando diretamente na
independência do indivíduo. Além disso, tais declínios afetam de forma mais
expressiva o sexo feminino devido à redução da secreção hormonal no período
pós-menopáusico. No entanto, o treinamento funcional vem sendo apresentado na
literatura como uma alternativa não farmacológica para atenuar tais declínios. Objetivo:
Verificar o efeito de oito semanas de treinamento funcional na aptidão física
em mulheres pós-menopausadas destreinadas. Métodos:
Participaram do estudo 24 mulheres menopausadas (67,8
± 5,1 anos; 27,9 ± 3,8 kg/m²). A aptidão física foi avaliada por meio dos
seguintes testes: Sentar e Levantar em 5 repetições (SL5r), Timed
Up and Go (TUG), Vestir e Tirar a Camisa (VTC), Força de Preensão Manual
(FPM), Levantar do Solo (LS), Gallon-Jug Shelf-Transfer (GJST) e Caminhada de 10 metros (C10m). A
sessão de treinamento foi estruturada com exercícios de características
multiarticulares, multiplanares e multicomponentes,
além de priorizar a transferência para as atividades da vida diária, explorando
os padrões básicos (empurrar, puxar, agachar e transportar) em formato de
circuito. Essas características foram contempladas em três blocos: mobilidade
articular, estabilidade e ativação, Neuromuscular 1
(N1) com exercícios estimulando a coordenação, agilidade, velocidade e com
maior ênfase na potência; e o Neuromuscular 2 (N2), que prioriza a força
muscular nos padrões básicos. Para amplificar os possíveis efeitos, foi
sugerido às participantes que no N2 executassem os exercícios em uma faixa de
repetição entre 8 a 12 e na máxima velocidade concêntrica. Os componentes da
carga seguiram a seguinte sistematização, densidade (1/2; 2/3), frequência
semanal (3 sessões), número de exercícios (N1: 6; N2: 7), com duração total da
sessão de 45 minutos. A análise estatística foi feita por meio da ANOVA de um
fator. Os dados foram expressos em média ± desvio padrão e o valor de p ≤ 0,05 foi considerado significativo. Resultados:
Foram encontrados resultados significativos nos testes: TUG (Pré = 7,77 ± 0,99; Pós = 7,15 + 0,75; p < 0,001), LS (Pré = 4,06 ± 1,03; Pós = 3,28 ± 0,65; p < 0,001), VTC (Pré = 14,40 ± 3,35; Pós = 12,79 ± 1,98; p < 0,01) e FPM
(Pré = 22,81 ± 5,58; Pós = 24,65 ± 5,58; p <
0,01). No entanto, os testes de SL5r, GJST e C10 não apresentaram alterações
significativas (p>0,05). Conclusão: Conclui-se que oito semanas de
treinamento funcional alteram positivamente a aptidão física de mulheres pós-menopausadas destreinadas.
Palavras-chave: envelhecimento; funcionalidade;
atividades da vida diária
Apoio: CNPq e CAPES
Influência do tempo de
treinamento nas respostas cardiovasculares agudas à uma sessão de treinamento
funcional de alta intensidade
Vanessa A Freitas, Leila F
dos Santos, Wildson L Santos, Gustavo I de Carvalho e
Silva, Júlio C de Carvalho Martins, Rogério B Wichi
Programa de Pós Graduação
em Educação Física da Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE,
Brasil
Introdução: Os exercícios físicos promovem
inúmeros benefícios a saúde do organismo humano, sendo capaz de reduzir fatores
de risco para cardiopatias, doenças psicológicas, traz condicionamento físico,
melhora a circulação periférica e a resistência cardiorrespiratória, entre
outras. Há vários métodos de treinamentos, atualmente, em destaque os
Treinamentos Funcionais de Alta Intensidade baseados no modelo de Greg Glassman na marca Crossfit®. Objetivo: Verificar a
influência do treinamento na resposta do trabalho cardíaco, duplo produto, de
forma agudas à uma sessão de treinamento funcional de alta intensidade em
mulheres. Métodos: A amostra se caracteriza por mulheres saudáveis,
normotensas e sem fazer uso de qualquer tipo de fármacos e ativas na modalidade
por pelo menos entre 3 a 12 meses. Foram selecionadas 20 mulheres e
randomizadas em 2 grupos, iniciantes e avançadas, foram submetidas a uma
aferição de pressão inicial, depois uma sessão de treinamento funcional de alta
intensidade de 45 min utilizando o protocolo Helen, sendo monitoradas pelas
escala de Borg, e pós treino foram aferidas a pressão por 60 min com intervalos
de 10 min. Para avaliar os dados intragrupos e intergrupos foi realizado o
teste ANOVA (Two Way), foi utilizada Greenhouse-Geisser quando a esfericidade Mauchly foi significativa. Resultados: Mulheres
entre 20 a 40 anos, média de 31,2 ± 4,7 anos. Sendo (n = 9) praticantes de
Treinamento Funcional de Alta Intensidade com experiência de 3 a 6 meses e (n =
6) praticantes entre 08 a 12 meses. Com IMC de 24,4±3,5, PAS 118 ±11,9 mmHg,
PAD 74,5 ± 7,57 mmHg e FC de 82,6 ± 11,8 bpm. o treinamento funcional de alta
intensidade promoveu aumento do Duplo Produto logo após o término do exercício
em ambos os grupos (iniciantes: 21120 ± 268; avançadas: 20228 ± 4467). Conclusão:
Logo, o resultado demonstra que o treinamento funcional de alta intensidade
promove aumento da resposta cardiovascular em mulheres treinadas iniciantes e
avançadas de forma semelhante.
Palavras-chave: treinamento funcional de alta
intensidade; CrossFit®; respostas
cardiovasculares
Efeitos do treinamento
funcional com e sem carga externa na capacidade de salto de jovens e adultos
sedentários
Wandercleiton S Oliveira, Breno JFS Rocha, Leonardo
LR Santos, André FS Almeida, Leury MS Chaves, Marzo Edir
Da Silva Grigoletto
Universidade Federal de
Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil
Introdução: O treinamento funcional (TF) é um
método de treino que visa a melhoria de todas as capacidades físicas de seus
praticantes, por meio de um modelo de treino integral, baseado em três
importantes pilares: segurança; funcionalidade; eficácia. Com a inatividade
física e um estilo de vida sedentário, vários componentes da capacidade física
de um indivíduo podem ser reduzidos, gerando assim um desequilíbrio na
manutenção da saúde funcional desta pessoa. Um desses componentes é a potência
de membros inferiores, que, por sua vez, traduz de maneira geral o estado
funcional do organismo, tendo em vista que várias tarefas, seja da vida
cotidiana ou laboral, demandam deste componente para a sua realização de
maneira mais eficiente. No entanto, o TF pode ser realizado com carga (TFCC) ou
sem carga externa (TFSC), buscando as mesmas adaptações na potência de MMII;
considerando é claro, que um (TFSC) será mais acessível e com melhor
custo-benefício. Contudo não está claro se um programa de (TFSC), gera os
mesmos resultados que um (TFCC) na potência de MMII. Assim, o TFSC pode
apresentar-se como uma ferramenta prática, barata e que atende uma grande
parcela da população. Objetivo: Comparar os efeitos do treinamento
funcional com e sem carga externa na capacidade de salto de jovens adultos. Métodos:
A intervenção contou com 59 participantes, divididos em dois grupos: TFCC (28)
e TFSC (31), ambos os grupos treinaram 2 vezes por semana, com 50 minutos em
cada sessão de treino. Toda a intervenção durou um período de 6 semanas,
totalizando 12 sessões. Ambos os grupos tiveram suas sessões divididas em 3
blocos; bloco1 - preparação para o movimento; bloco 2 - coordenação; bloco – 3 força. Os dados foram coletados nos períodos pré e pós-intervenção. A potência de membros inferiores foi
avaliada a partir do teste Counter movement jump
(CMJ) e obtidos com o uso de uma plataforma de contato, sendo o maior valor
encontrado utilizado para análises. Foram realizados testes t para amostras
independentes e dependentes para comparações inter e
intragrupos. Os dados são expressos como média e desvio padrão e o nível de
significância adotado foi p < 0,05. O delta (D) percentual foi calculado entre os
diferentes momentos. Resultados: Ambos os grupos mostraram melhoras
estatisticamente significativas em seus valores médios do CMJ de pré para pós; TFCC (pré 23,17; ±
6,53; pós 25,39; ± 6,85; D
= 8%); TFSC (pré 26,47; ± 7,70; pós 29,21; ± 9,59; D = 9%). A comparação entre os grupos não
demonstrou diferença significativa. Conclusão: Com isso, o trabalho
demonstrou que ambos os grupos melhoraram a sua potência de membros inferiores,
representada através da sua capacidade de salto. Além disso, o TFSC pode
representar uma opção com maior custo-benefício por não necessitar de equipamentos,
mas demonstrando os mesmos resultados.
Palavras-chave: capacidade funcional; calistenia;
sedentarismo
Apoio: CNPq e CAPES
Efeitos de 16 semanas de brain functional training e
treinamento funcional na função executiva e potência muscular de mulheres
idosas
Washington JS Filho, André
FS Almeida, Marcos R Pereira-Monteiro, Marzo Edir Da Silva Grigoletto
Universidade Federal de
Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil
Introdução: O processo de envelhecimento traz
consigo declínios cognitivos, sobretudo das funções executivas (FE),
relacionados com a redução da capacidade física e funcional, e principalmente
de potência muscular, na pessoa idosa. Nesse sentido, o exercício físico com
dupla tarefa tem sido proposto na literatura na intenção de promover adaptações
cognitivas, enquanto o Treinamento Funcional (TF) tem sido recomendado para
reverter a redução da funcionalidade. Porém, não está claro se a dupla tarefa
associada ao TF, utilizada em protocolos de Brain
Functional Training (BFT), poderia interferir nos
ganhos de potência muscular e FE em mulheres idosas. Objetivo: Verificar
os efeitos de 16 semanas de BFT e TF na potência muscular e FE de mulheres
idosas. Métodos: Sessenta e três mulheres idosas foram randomizadas em:
Grupo BFT (GBFT) (n = 24), Grupo TF (GTF) (n = 20) e Grupo Controle (GC) (n =
19). A potência muscular foi estimada com o Seated
Medicine Ball Throwing Test (SMBTT) para membros
superiores, e o Five Times Seat to
Stand Test (FTSST) para membros inferiores; a FE foi medida com o Stroop Word-Color Test (SWCT), que avaliou os tempos de
resposta (TR) congruentes e incongruentes. Os grupos GBFT e GTF realizaram
exercícios com tarefas semelhantes às atividades diárias, porém o GBFT realizou
simultaneamente tarefas cognitivas voltadas ao estímulo das FE, em 50% dos
exercícios; já o GC participou de sessões de Tai Chi Chuan, com movimentos da
sequência Baduanjin. Foi utilizada a ANOVA de modelos
mistos generalizados com post hoc de Bonferroni para
avaliar as diferenças entre médias, calculado tamanho de efeito d de Cohen, e
aceita significância de p < 0,05. Resultados: Em relação ao FTSST,
não houve efeito significativo de interação tempo*grupo para nenhum dos grupos
(p > 0,05). Em relação ao SMBTT, os grupos GBFT e GTF apresentaram uma
melhora significativa ao longo do tempo (GBFT: Pré:
227,55 ± 21,23 cm; Pós: 242,90 ± 28,29 cm; p = 0,002; d = 0,72); (GTF: Pré: 222,42 ± 33,84 cm; Pós: 246,06 ± 34,47 cm; p <
0,001; d = 0,69); (GC: Pré: 228,65 ± 38,87 cm; Pós:
228,87 ± 31,10c m; p = 1,000; d = 0,005). Em relação ao SCWT, não houve efeito
de interação tempo*grupo para o TR congruente de nenhum dos grupos (p>0,05);
já para o TR incongruente, houve efeito de interação tempo*grupo com
significância para os grupos GBFT e GC (GBFT: Pré:
1505,74 ± 730,58ms; Pós: 1312,31 ± 640,91ms; p = 0,026; d = -0,26); (GTF: Pré: 1420,43 ± 504,98 ms; Pós:
1281,54 ± 301,42 ms; p = 0,330; d = -0,27); (GC: Pré: 1764,00 ± 712,14 ms; Pós:
1372,87 ± 509,10 ms; p < 0,001; d = -0,54). É
válido mencionar que o GC apresentava TR incongruentes significativamente
maiores que o GBFT no momento pré. Conclusão:
Nenhum dos grupos apresentou melhora significativa na potência de membros
inferiores, enquanto os grupos GBFT e GTF apresentaram uma melhora
significativa na potência de membros superiores. Apenas os GBTF e GC
apresentaram mudanças significativas na FE ao longo do tempo.
Palavras-chave: terapia por exercício; exercício
físico; treinamento de força; envelhecimento cognitivo; treino cognitivo
Apoio: CNPq, CAPES e FAPITEC
Efeitos de nove sessões
de treinamento funcional em variáveis comportamentais e variáveis físicas em
jovens adultos
Luiz FA Menezes, Marcos R
Pereira-Monteiro, Evellyn C Dos Santos, José C
Aragão-Santos, André FS.Almeida,
Leury MS Chaves, Marzo Edir Da Silva Grigoletto
Universidade Federal de
Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil
Introdução: O treinamento funcional (TF) trabalha
sinergicamente diferentes capacidades físicas focando nas atividades de vida
diária. Durante uma sessão de treinamento são depositados esforços físicos e
mentais, gerando respostas afetivas de acordo com o quão extenuante ou
agradável é a tarefa, provocando diferentes percepções. Apesar do exercício ser
capaz de aprimorar as capacidades físicas e prevenir comorbidades, isso muitas
vezes não é suficiente para manter a aderência de uma pessoa. Nesse sentido,
sensações como prazer, divertimento, esforço e desconforto, assim como a
sensação de autoeficácia, afetam diretamente na aderência dos praticantes,
demonstrando a importância de gerar boas percepções durante uma sessão. Logo, é
fundamental analisar se com uma intervenção de TF, a curto prazo, é possível
obter ganhos em variáveis físicas e gerar mudanças nas variáveis
comportamentais dos participantes. Objetivo: Analisar o efeito de nove
sessões de TF em variáveis físicas de potência e em variáveis comportamentais
subjetivas. Métodos: Trata-se de um ensaio clínico quase-experimental,
com uma amostra de 29 jovens adultos (Média de idade: 26,0 ± 6,2; Média de peso: 64,5kg ± 14,9). Os participantes foram
avaliados com relação a potência através dos testes de squat
jump (SJ), countermovement jump (CMJ), sprint de 20
metros (S20) e seated medicine ball
throw (SMBT). Posteriormente, foram submetidos a 9
sessões de TF, com estímulos de mobilidade articular, estabilidade,
coordenação, potência, velocidade, agilidade e força muscular, logo após a
conclusão do treino, os participantes respondiam a Feeling Scale
(FS), que variou de -5 à +5 de acordo com a percepção de prazer; a Enjoyment Scale (ES), que mensura
a sensação de divertimento em valores de 1 à7; e a escala de desconforto (ED),
que quantifica a sensação de desconforto durante a sessão de 0 à10. Trinta
minutos após a conclusão da sessão, os participantes eram questionados com
relação a percepção subjetiva de esforço (RPE), com valores de entre 0 e 10,
analisando a sensação de esforço percebida. Após a conclusão do programa de
treinamento, a potência muscular foi reavaliada. Foram realizados os testes t
de Student e Wilcoxon para
comparação entre momentos pré e pós de acordo com a
normalidade dos dados adotando valores de p < 0,05 como significativos. Resultados:
Houve aumento nos testes de SJ (pré: 20,5 ± 5,5; pós:
23,2 ± 6,5; p < 0,001), CMJ (pré: 23,6 ± 6,5; pós:
25,2 ± 6,9; p < 0,001), S20 (pré: 3,99 ± 0,418;
pós: 3,90 ± 0,386; p = 0,001), RPE (pré: 5,4 ± 2,4;
pós: 4,5 ± 1,9 p = 0,037), ED (pré: 4,83 ± 2,48;
pós: 3,91 ± 1,68; p = 0,022). Enquanto no SMBT (pré:
2,15 ± 0,323; pós: 2,20 ± 0,322; p > 0,05), FS (pré:
3 ± 1,91; pós: 3,35 ± 1,8; p > 0,05), ES (pré:
5,65 ± 1,15; pós: 5,78 ± 1,31; p > 0,05) não houveram diferenças. Conclusão:
O TF foi capaz de promover ganhos na potência muscular e mudanças na percepção
de esforço e desconforto em apenas nove sessões, porém não foi capaz de
promover alteração no prazer e divertimento em jovens adultos.
Palavras-chave: exercício físico; prazer; desempenho
físico funcional
Apoio: CNPq, CAPES e FAPITEC
Resposta aguda do
treinamento funcional versus treinamento de força na glicemia capilar de diabéticos
tipo 1
Maria Valeska Sousa Soares1,
Bárbara Raquel Souza Santos2, Jenifer Kelly Pinheiro1
1Centro Universitário Dr. Leão Sampaio,
Juazeiro do Norte, CE, Brasil
2Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão,
SE, Brasil
valeskasoares@leaosampaio.edu.br
Introdução: O diabetes mellitus tem se tornado um
problema de saúde mundial nos últimos anos. Atualmente, cerca de 9,3% da
população adulta tem diabetes mellitus e, nos próximos anos estima-se que esse
número seja ainda maior. Algumas características estão associadas ao diabetes
mellitus como por exemplo o estilo de vida, a alimentação, a prática de
exercícios físicos e fatores genéticos. Dessa forma, recomenda-se a prática de
atividade física para essa população. Portanto, a prática de exercícios físicos
promove benefícios sobre o controle glicêmico e qualidade de vida dos sujeitos
com diabetes mellitus. Objetivo: verificar o efeito do treinamento
funcional e do treinamento de força sobre a glicemia de diabéticos tipo 1. Metodologia:
a pesquisa se caracteriza como sendo quantitativa e descritiva. A amostra foi
composta por 8 indivíduos com diabetes mellitus matriculados em um projeto de
extensão na academia escola de centro universitário da cidade de Juazeiro do
Norte-CE. Os participantes foram divididos em dois grupos, na qual o grupo 1
realizou o treinamento de força e o grupo 2 fez o treinamento funcional. A
glicemia foi verificada antes e após a sessão de treinamento. Para avaliar a
normalidade de dados foi utilizado o teste Shapiro Wilker. A análise de
variância foi utilizada para comparar os dois grupos nos dois momentos.
Enquanto, a variação percentual foi utilizada para verificar as reduções entre
os momentos em cada grupo. Resultados: a média de idade da amostra é de
62,6 ± 8,8 anos. Quanto ao peso e percentual de gordura as médias foram de 64,7
± 8,6 kg e de 39,4 ± 7,0 kg/m², respectivamente. Quando comparado o grupo
treinamento de funcional com o treinamento de força nos momentos pré e pós treinamento, não houve diferença significativa
nos resultados da glicemia capilar (p = 0,079). A variação percentual no grupo
funcional foi de D%
= 12 % e no grupo força de D%
= 43 %. Conclusão: Não há diferença significativa na glicemia capilar
quando comparado o grupo de treinamento de funcional com treinamento de força
após sessão de treinamento. Entretanto, o grupo de treinamento de força reduziu
a glicemia em 43%, enquanto o treinamento funcional reduziu em 12%.
Palavras-chave: diabetes mellitus; exercício físico;
controle glicêmico
Efeitos do treinamento
combinado na aptidão funcional de idosas destreinadas: um estudo piloto
Antônio Gomes de
Resende-Neto1, Newton Benites Carvalho Lima2, Salviano
Resende Silva2, Laiza Ellen Santana Santos2, José Carlos
Aragão-Santos2, Marcos Raphael Pereira Monteiro2, Diego
Silva Patrício2, Marzo Edir Da Silva Grigoletto2
1Centro Universitário Estácio Sergipe,
Aracaju, SE, Brasil
2Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão,
SE, Brasil
Introdução: O declínio da capacidade funcional em
idosos está relacionado com alterações neuromusculares e metabólicas, fazendo
do treinamento combinado (TC) uma opção interessante, por sua premissa de
aplicação conjunta do treinamento resistido e aeróbio em uma mesma sessão.
Porém, observa-se ainda uma carência de investigações analisando seus reais
efeitos em respostas multisistêmicas direcionadas as
atividades cotidianas de mulheres idosas. Objetivo: Verificar os efeitos
do treinamento combinado na aptidão funcional de idosas destreinadas. Métodos:
Trata-se de um estudo piloto quase-experimental, no qual participaram da
intervenção 60 idosas divididas em dois grupos distintos: Grupo Combinado (TC:
n = 42; 68,1 ± 5,9 anos; 27,3 ± 3,8 kg/m-²) e Grupo Controle (GC: n = 18; 67,2
± 7,0 anos; 27,7 ± 5,2 kg/m-²). O período de intervenção foi 12 semanas,
compreendendo três sessões semanais, com duração de, aproximadamente, 50
minutos e tempo de recuperação mínimo de 48 horas entre as sessões.
Inicialmente as participantes do TC realizaram dois minutos de caminhada e 15
agachamentos como aquecimento, logo após realizaram 25 minutos exercícios
resistidos tradicionais em máquinas, depois 15 minutos de caminhada alternada
com corrida leve e por fim, 5 minutos de alongamentos submáximos para os
principais grupos musculares. A aptidão funcional foi verificada por meios dos
seguintes testes: Teste vestir e tirar a camisa; Levantar do solo;
Transferência de galões e Sentar e levantar da cadeira. A análise dos dados foi
feita mediante ANOVA 2x2 com post hoc test de Bonferroni. Resultados: Ao final da intervenção, o
TC apresentou melhoras estatisticamente significativas em todas as variáveis
com relação aos valores iniciais. Quando comparado ao GC, o TC promoveu
adaptações estatisticamente significativas nas variáveis: 1- Teste vestir e tirar
a camisa (TC: 12,60 ± 2,37 vs GC: 13,98 ± 2,70 segs.;
D%: 10,95; p ≤ 0,05); 2- Levantar do solo (TC: 2,70 ±
0,96 vs GC: 3,35 ± 1,25 segs.; D%: 24,07; p ≤ 0,03); 3- Sentar e levantar da cadeira
(TC: 7,66 ± 1,64 vs GC: 8,63 ± 2,04 segs.; D%: 12,66; p ≤ 0,05); 4-Transferência de galões (TC:
10,15 ± 1,32 vs GC: 11,06 ± 1,36 seg.; D%: 8,96; p ≤ 0,01). Conclusão: O presente
protocolo de TC demostra-se eficaz na melhora da aptidão funcional em idosas
destreinadas. Assim, foi demostrado que TC é uma opção viável para combater a
incapacidade física relacionada com a senescência.
Palavras-chave: treinamento resistido; envelhecimento;
atividades diárias; qualidade de vida
Apoio: Programa Pesquisa Produtividade da
Estácio Sergipe (2024).
Funcionais,
cardiorrespiratórios, psicossociais, hemodinâmicos e antropométricos em
praticantes de treinamento funcional: projeto malts
Maria Eduarda de Moraes Sirydakis, Marina Isolde
Constantini¹ Angelica Danielevicz, Maria Madalena
Mendes Brito, Juliane Bregalda, Guilherme Pelliciari de Lima, Rodrigo Sudatti
Delevatti, Cíntia de la
Rocha Freitas
Universidade Federal de
Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil
Introdução: O treinamento funcional tem sido
conceituado como uma modalidade de treinamento baseada em atividades,
exercícios e movimentos considerados funcionais, que tenham aplicação e
transferência dos efeitos para as atividades da vida diária e atividades naturais.
Essa modalidade de exercícios tem se popularizado e, nesse sentido, torna-se
importante o monitoramento de modelos de treinamento funcional já existentes, a
fim de verificar como os participantes respondem a diferentes desfechos de
saúde em uma prática bastante inserida no mercado do fitness. Objetivo:
Analisar o comportamento de curto prazo (4 meses) de desfechos funcionais,
cardiorrespiratórios, psicossociais, hemodinâmicos e antropométricos de
mulheres saudáveis de meia idade praticantes de Treinamento Funcional. Métodos:
Pesquisa descritiva de caráter longitudinal, pertencente ao projeto
“Modalidades Alternativas de Treinamento e Saúde (MALTS)”. A amostra foi
composta por mulheres saudáveis de meia idade praticantes de treinamento
funcional na cidade de Florianópolis/SC. Foram coletados dados
sociodemográficos, histórico de saúde e histórico de atividade física das
participantes. Antes e após 16 semanas de treinamento, foram avaliados
parâmetros cardiorrespiratórios, hemodinâmicos, psicossociais, antropométricos
e testes funcionais. O treinamento funcional foi realizado com frequência
semanal de três vezes e duração de 60 minutos por sessão. Cada sessão foi
dividida em aquecimento, parte principal (modelo de circuito ou bi-série) e volta à calma com alongamentos. Na parte
principal, os exercícios foram executados com estímulos variando de 45 a 60
segundos, intercalados com recuperação de 22 a 30 segundos, conforme a duração
do estímulo. Dentre os exercícios prescritos pode-se citar: agachamento,
burpee, abdominal remador, pular corda, elevação de quadril, prancha, subir e
descer step, apoio e corrida estacionária. O teste estatístico utilizado foi
Teste t para dados pareados, com nível de significância de 5%. Resultados:
As participantes (49,00 ± 6,50 anos) apresentaram melhoras significativas na
circunferência de cintura (pré: 81,83 ± 5,67 cm; pós:
77,37 ± 6,16 cm, p = 0,001), na relação cintura-estatura (pré:
0,50 ± 0,03 cm; pós: 0,47 ± 0,04 cm, p = 0,003) e na resistência abdominal (pré: 38,25 ± 5,31 reps; pós: 50,37 ± 11,50 reps, p =
0,031). Ainda, observou-se manutenção nos valores de desfechos de frequência
cardíaca, pressão arterial, índice de massa corporal e massa corporal, e
ligeiras melhorias em outros desfechos, ainda que não significativas, como
aptidão cardiorrespiratória e flexibilidade. Houve manutenção nos desfechos
sintomas depressivos, qualidade do sono e qualidade de vida. Conclusão:
Dezesseis semanas de treinamento funcional (três sessões semanais)
proporcionaram melhoras na circunferência de cintura, na relação
cintura-estatura e na resistência abdominal em mulheres saudáveis de meia idade
praticantes da modalidade.
Palavras-chave: mulheres; exercício físico; educação
física e treinamento
Apoio: UNIEDU, Centro de Desportos-UFSC
Associação entre fatores
biomecânicos e emocionais em mulheres com dor femoropatelar:
uma abordagem da árvore de classificação e regressão
Aluiso André Dantas de Sousa1,2,3,
Daniel de Medeiros Leiros¹, Maria Ester de Oliveira Farias1,2, Antonio Paulo da Silva Oliveira4, Wilson Cezar
Domingos de Azevedo¹, Maristela Linhares dos Santos¹ Hassan Mohamed Elsangedy¹,
Leônidas de Oliveira Neto1,2,3
¹Universidade Federal do
Rio Grande do Norte, Grupo de Estudos em Biomecânica, Natal, RN, Brasil
2Universidade Federal do Rio Grande do
Norte, Programa de pós-graduação em Fisioterapia, Natal, RN, Brasil
3Universidade Federal do Triângulo
Mineiro, Uberaba, MG, Brasil
4Universidade Estadual da Paraíba,
Campina Grande, PB, Brasil
Introdução: A DFP é uma condição dolorosa na
região anterior do joelho. Entretanto, os mecanismos que levam ao surgimento
dessa patologia são de ordem multifatorial, podendo ter relação com baixa
força/flexibilidade em regiões próximas ao joelho (pé/tornozelo e quadril).
Ademais, além dos fatores biomecânicos, preocupação, perda de autoidentidade,
confusão e medo ao movimento, também são outras características que estão
intimamente ligadas à essa condição clínica. Nesse contexto, análises
bivariadas e lineares tradicionalmente empregadas para analisar a ocorrência do
surgimento da DFP não são suficientemente robustas para capturar relações
complexas entre as variáveis. Sendo assim, a análise da árvore de classificação
e regressão (CART) permite a identificação de fatores e revela interações
relacionadas a uma condição clínica específica. Objetivo: Analisar quais
variáveis dependentes que melhor classificam mulheres com DFP. Metodologia:
Trata-se de um estudo transversal, composto por 96 mulheres (18 a 40) anos de
idade, pareadas pelo IMC, sendo 48 no grupo com DFP e 48 no grupo sem DFP. Foi
realizada uma análise de CART para identificar a associação entre as variáveis
preditoras de força isométrica, flexibilidade passiva, controle postural
dinâmico avaliado pelo Star Excursion Balance Test
(SEBT), índice de postura do pé, e o medo de se movimentar, avaliado pelo
questionário (Tampa/TSK-11), com o desfecho DFP. Resultados: Os
resultados da análise CART demonstraram através de 5 nós, apenas dois
preditores para ocorrência da DFP, sugerindo que no 1º nível da árvore, o nó de
partida foi ajustado pelo Tampa/TSK-11 (medo de se movimentar), no qual
resultados > 27 pontos, representaram 92,6% (n = 25) das mulheres nesse nó.
Mulheres com pontuações < 21 pontos, foram inseridas no 2º nível da árvore.
Nesse nível alcances < 59% no (SEBT) na posição medial (SEBT_M)
representaram 37,5% (n = 5) das mulheres no nó 4. Considerações finais:
A análise CART produziu um modelo que revelou interações entre o medo de se
movimentar (cinesiofobia) e o controle postural
dinâmico, indicando um importante componente emocional em mulheres com DFP.
Nossos achados sugerem que o uso do (Tampa/TSK-11) previamente a avaliação do
SEBT_M, pode ser considerado.
Palavras-chave: desempenho físico funcional; CART,
articulação joelho; fobia ao movimento
Apoio: CNPq/CAPES
Efeitos de 16 semanas de brain functional training e
treinamento funcional na composição corporal de mulheres idosas
André FS Almeida, Marcos R
Pereira-Monteiro, Leury MS Chaves, Marzo Edir Da Silva Grigoletto
Universidade Federal de
Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil
Introdução: A saúde da pessoa idosa é influenciada
pela sua composição corporal, sobretudo quanto à diminuição da massa muscular e
ao aumento da gordura corporal, fatores importantes em relação à funcionalidade
e à mortalidade. E embora o Treinamento Funcional (TF), cujos exercícios
apresentam transferência para as atividades da vida diária (AVDs),
e o Brain Functional
Training (BFT), que aplica o TF com maior atenção aos impactos provocados pela
complexidade nas adaptações do sistema nervoso, tenham destaque na promoção de
saúde nessa população, seus efeitos específicos na composição corporal ainda
não estão bem estabelecidos na literatura. Objetivo: Avaliar os efeitos
de 16 semanas de BFT e TF na composição corporal de mulheres idosas. Métodos:
O estudo foi um ensaio clínico randomizado com 61 mulheres idosas alocadas em
três grupos: Treinamento Funcional (GTF) (n = 18), Brain
Functional Training (GBFT) (n = 21) e controle (GC)
(n = 22). Foram realizadas avaliações antes da intervenção (PRÉ), após 16
semanas de treinamento (PÓS16) e após 16 semanas de destreinamento
(DESTR). A composição corporal foi estimada através de análise de
bioimpedância. Foram utilizados para análise o Phase Angle (PhA), já fornecido pelo
aparelho e que está diretamente relacionado com a quantidade de água corporal e
a integridade celular; e o Appendicular Lean Soft Tissue (ALST), alcançado pela fórmula [ALST(kg)
= 5.982 + (0.188×altura2/resistência) + (0.014 × circunferência de
cintura) + (0.046 × peso) + (3.881 × sexo) - (0.053 × idade)] e que estima a
massa muscular apendicular. O treinamento para GTF e GBFT envolvia exercícios
com tarefas semelhantes às AVDs, sendo que o GBFT
contou com tarefas cognitivas simultâneas em 50% dos exercícios; já o GC
participou de sessões de Tai Chi Chuan, seguindo os exercícios da sequência Baduanjin. Para comparação de médias foi utilizado o modelo
misto generalizado, adotando um nível de significância de 5% p ≤ 0,05). Resultados: Não foram
encontradas diferenças estatisticamente significativas para o PhA, em nenhum dos grupos, nem entre PRÉ e PÓS16 e nem
entre PÓS16 e DESTR. Porém, para o ALST foram encontradas diferenças
estatisticamente significativas entre as avaliações para os três grupos, sendo:
GTF (PRÉ: 6,7±0,7kg; PÓS16: 10,3 ± 0,7 kg Δ = 52% p < 0,001; DESTR: 6,2 ± 1,1 kg Δ = -39,3% p < 0,001); GBFT (PRÉ: 6,7
± 0,6 kg; PÓS16: 10,3 ± 0,6 kg Δ
= 54,4% p < 0,001; DESTR: 5,8 ± 0,8 kg Δ = -43,3% p < 0,001); GC (PRÉ: 6,6 ± 0,8 kg; PÓS16: 10,1
± 0,7 kg Δ = 53,4% p
< 0,001; DESTR: 6,0 ± 0,9 kg Δ
= -40,2% p < 0,001). Conclusão: Com isso, em relação ao PhA não foram encontradas alterações significativas em
nenhum dos treinamentos propostos. No entanto, em relação ao ALST, todos os
grupos apresentaram um aumento considerável, aumentando a massa magra
apendicular em mais de 50% após 16 semanas. Também é importante destacar que
após igual período de destreinamento todos os grupos
apresentaram redução de ALST em proporções similares.
Palavras-chave: saúde; envelhecimento; status
funcional; função cognitiva
Apoio: CNPq, CAPES e FAPITEC
Treinamento combinado
melhora a habilidade de marcha de idosas destreinadas
Autores: Antônio Gomes de
Resende-Neto1, Marcelo Mendonça Mota1, Newton Benites
Carvalho Lima2, Salviano Resende Silva2, Laiza Ellen
Santana Santos2, Leury Max Da Silva Chaves2,
André Filipe Santos de Almeida2, Marzo Edir Da Silva Grigoletto2
1Centro Universitário Estácio Sergipe,
Aracaju, SE, Brasil
2Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão,
SE, Brasil
Introdução: A habilidade de marcha refere-se à
capacidade de caminhar de forma eficiente e segura, e quando ocasionada pela
senescência constitui uma das principais causas de perda de independência e
capacidade de realizar atividades diárias em idosos. No entanto, apesar de toda
a informação disponível na literatura sobre estaproblemática,
ainda não há consenso em relação à
sua prevenção e tratamento,
especialmente sobre qual a melhor prescrição de
exercícios físicos. Objetivo:
Analisar os efeitos do treinamento combinado em determinantes da habilidade de
marcha de idosas destreinadas. Métodos: Trata-se de um estudo piloto
quase-experimental, no qual participaram da intervenção 60 idosas divididas em
dois grupos distintos: Grupo Treinamento Combinado (TC: n = 42; 68,1 ± 5,9
anos; 27,3 ± 3,8 kg/m-²) e Grupo Controle (GC: n = 18; 67,2 ± 7,1 anos; 27,7 ±
5,2 kg/m-²). O período de intervenção foi 12 semanas, compreendendo três
sessões semanais, com duração de, aproximadamente, 50 minutos e tempo de
recuperação mínimo de 48 horas entre as sessões. Inicialmente as participantes
do TC realizaram dois minutos de caminhada e 15 agachamentos como aquecimento,
logo após realizaram 25 minutos exercícios resistidos tradicionais em máquinas,
depois 15 minutos de caminhada alternada com corrida leve e por fim, 5 minutos
de alongamentos submáximos para os principais grupos musculares. A habilidade
de marcha foi analisada por meio dos seguintes testes: Time up
and go, velocidade em 10 metros e caminhada de 6
minutos. A análise dos dados foi feita mediante ANOVA 2x2 com post hoc test de Bonferroni. Resultados:
Em relação aos valores iniciais, o TC apresentou melhoras estatisticamente
significativas em todas as variáveis relacionadas a habilidade de marcha (p ≤ 0,05). Quando comparado ao GC, o TC
promoveu adaptações estatisticamente significativas nos testes: 1- Time up go (TC: 5,40 ± 0,63 vs GC:
5,87 ± 0,75 seg.; ∆%:
8,7; p = 0,01); 2- Velocidade em 10 metros (TC: 4,54 ± 0,54 vs
GC: 4,90 ± 0,73 seg.; ∆%:
7,9; p = 0,03); 3- Caminhada de 6 minutos (TC: 553,18 ± 62,51 vs GC: 495,04 ± 78,46 metros; ∆%: 11,74; p ≤ 0,01). Conclusão: O presente
protocolo de TC demostra-se eficaz na melhora da habilidade de marcha em idosas
destreinadas. Assim, apresentamos uma opção viável para combater a incapacidade
física relacionada com a senescência.
Palavras-chave: Treinamento resistido; Envelhecimento;
Atividades diárias; Qualidade de vida.
Apoio: Programa Pesquisa Produtividade da
Estácio Sergipe (2024).
Efeitos do treinamento
tradicional e do treinamento com peso corporal na funcionalidade e composição
corporal de mulheres idosas
Breno JFS Rocha, Wandercleiton S. Oliveira, Leonardo LR Santos, André FS
Almeida, Leury MS Chaves, Marzo Edir Da Silva Grigoletto
Universidade Federal de
Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil
Introdução: Reduções substanciais na capacidade
funcional são comumente observadas durante o envelhecimento, além das
alterações na composição corporal, como a perda de massa muscular e o aumento
do percentual de gordura. Todo esse contexto contribui para o declínio
funcional em idosos, e embora seja observada uma elevada prevalência de
incapacidade em ambos os sexos, as mulheres são mais frequente e gravemente
afetadas. O treinamento resistido tradicional consiste em uma intervenção não
farmacológica com ênfase nos componentes cardiorrespiratório e de força, a fim
de minimizar tais debilidades, entretanto, o uso de equipamentos de alto custo
podem configurar como uma barreira, impactando na sua aplicabilidade. O
treinamento com peso corporal tem ganhado notoriedade devido a sua fácil
acessibilidade, melhorando as capacidades físicas a partir de padrões básicos
de movimentos, impactando positivamente na funcionalidade. Ainda assim, apesar
de ambas as metodologias demonstrarem efeitos positivos nessa população, são poucas
as evidências e comparações entre os métodos sobre os seus efeitos na função e
composição corporal. Objetivo: Comparar os efeitos do treinamento
tradicional com o treinamento com peso corporal na funcionalidade e composição
corporal de mulheres idosas. Métodos: Vinte e quatro idosas (64,7±3,9
anos) completaram 24 semanas de intervenção, sendo randomizadas em Treinamento
Tradicional (TT n = 14) e Treinamento com Peso Corporal (TPC n = 10). O
treinamento foi composto por: Bloco 1 – preparação para o movimento; Bloco 2 –
coordenação (TCP) ou aeróbico (TT); Bloco 3 – força em padrões de empurrar,
puxar e agachar; Bloco 4 – cardiometabólico. As
sessões eram realizadas três vezes por semana com duração de 60 minutos. A
funcionalidade foi avaliada através dos testes de Sentar e Levantar de 5
Repetições (SL5R), Gallon Jug Shelf Transfer
(GJST) e Caminhada de 400 metros (C400), enquanto que a composição corporal se
deu por meio do Percentual de Gordura (PG) e da Massa Muscular (MM) obtida
através da bioimpedância. Foram realizadas comparações de médias pelo teste t
de amostras independentes e dependentes, onde foi adotado nível de
significância p < 0,05. Também foi calculada a variação percentual entre os
momentos. resultados: Ambos os grupos tiveram uma melhora estatisticamente
significativa nos testes GJST (TT = –8,1%, p < 0,01; TPC = –9,8%, p <
0,05) e SL5R (TT = –33,6%, p < 0,01; TPC = –32,1%, p < 0,01), mas somente
o grupo TPC melhorou significativamente o teste de C400 (-13,4%, p = 0,04). Em
relação à composição corporal, apenas o TPC apresentou melhora estatisticamente
significativa no PG (–6,6%, p = 0,04), e na MM não houve diferença entre os
momentos. Não houve diferença estatística significativa pré
e pós das variáveis intergrupos. Conclusão: Ambas as metodologias
contribuíram para melhorar a funcionalidade de mulheres idosas. Ademais, o TPC
destacou-se ao ser o único a aumentar a velocidade de marcha e reduzir o
percentual de gordura significativamente.
Palavras-chave: envelhecimento,;capacidade
funcional; população idosa
Comparação da resposta
neuromuscular após protocolo de treinamento de força tradicional e de potência
em corredores
Gustavo IC Silva, Júlio CC
Martins, Aiesca C Santos, Ana Gabrielle C Santos,
Leila F Santos, Raphael F Souza
Universidade Federal de
Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil
Introdução: Após estímulo característico de
treinamento de força é usualmente esperado dois tipos de resposta: fadiga
neuromuscular ou potenciação pós ativação. Observa-se que a resposta,
entretanto, ocorre com alta variabilidade entre indivíduos e depende do tipo de
protocolo utilizado. Corredores, embora tenham constante estímulo mecânico de
alongamento-encurtamento durante as passadas e sejam estimulados ao treinamento
combinado de força, pouco são expostos a protocolos de treinamento
neuromuscular. Nesse sentido, não é claro qual o efeito agudo desse treinamento
nessa população objetivo: Comparar a resposta neuromuscular através do salto
com contramovimento (CMJ) entre um protocolo de força tradicional e um de
potência. Métodos: Utilizou-se um ensaio clínico randomizado tipo
crossover. Corredores amadores foram recrutados (n = 9; Idade: 27,89 ± 7,79
anos; Agachamento RM: 87,56 ± 12 kg). A amostra foi randomizada em protocolo
experimental força tradicional (f): 3x4x80%RM ou potência (p): 3x8x40%RM; ambos
com 3 minutos de descanso entre as séries. O estudo ocorreu em três etapas
separadas por 48 horas. 1: caracterização da amostra e teste de Agachamento RM;
2: CMJpré, protocolo experimental, CMJpós; 3: mante-se o protocolo, inverte-se a condição
experimental. Realizou-se uma análise descritiva (média ± desvio padrão), teste
de normalidade Saphiro-Wilk e para comparação do CMJ,
utilizou-se uma anova de dois fatores de medidas repetidas [fator tempo(pré/pós) e condição(p/f)]. O nível de significância adotado
foi de 0,05. O software utilizado foi o IBM SPSS Statistics
(v. 25.0.). Resultados: Para o CMJ (pré: 30,13
± 5,55 cm; pós: 30,19 ± 6,57 cm e pré: 30,85 ± 5,6
cm; pós: 31,16 ± 7,63 cm; na condição potência e força, respectivamente) não
houve efeito significativo para o fator tempo [F (1,8) = 0,4; p = 0,547; = 0,047],
nem efeito da condição [F (1,8) = 0,04; p = 0,846; = 0,005],
assim como não houve interação significativa entre os fatores [F (1,8) = 0,18;
p = 0,897; = 0,002].
Conclusão: Protocolos de força e potência não provocaram alterações na
resposta neuromuscular em corredores. Tais protocolos, portanto, podem ser
utilizados por treinadores e corredores amadores sem que se espere fadiga
neuromuscular, embora resultados possam ser individualmente heterogêneos.
Palavras-chave: corrida; treino aeróbico; treinamento
físico; força muscular
Apoio: CNPq e CAPES
Relação entre os achados
no exame de ressonância magnética e a flexibilidade de membros inferiores em
mulheres com dor femoropatelar
Irivam Batista da Silva Neto1,2, Aluiso André Dantas de Sousa1,2,3, Lucas de
Medeiros Dantas Oliveira1,2, Maria Ester de Oliveira Farias1,2,
Daniel de Medeiros Leiros4, Ivson Thales
Gomes Silvino1,2, Hassan Mohamed Elsangedy5, Leônidas de
Oliveira Neto1,2,3
¹Universidade Federal do
Rio Grande do Norte, Natal, RN, Brasil
2Grupo de Estudos em Biomecânica
(GEBIO/UFRN), Natal, RN, Brasil
3Programa de pós-graduação em
Fisioterapia (UFRN), Natal, RN, Brasil
4Medimagem, Natal, RN, Brasil
5Programa de pós-graduação em Educação
Física (UFRN), Natal, RN, Brasil
Introdução: A Dor Femoropatelar
(DFP) é uma condição comum que afeta muitas mulheres, causando dor e
desconforto na região anterior do joelho. Através do uso de Ressonância
magnética (RM), é possível obter uma visão detalhada da estrutura do joelho e
identificar possíveis anormalidades, como a condromalácia patelar. Além disso,
a flexibilidade dos membros inferiores pode desempenhar um papel crucial na
saúde do joelho e na prevenção da DFP. Objetivo: Comparar o desempenho
de flexibilidade e o estágio/gravidade da condromalácia patelar. Metodologia:
Esse é um estudo transversal, a amostra foi composta por 47 mulheres (18 a 40)
anos de idade, clinicamente diagnosticadas com DFP. Para mensurar a
flexibilidade dos grupos musculares foi utilizado um inclinômetro validado para
uso com o celular iHandy Level
com nível de confiabilidade intra e inter-avaliador excelente (coeficiente de correlação
intraclasse, 0,97 e 0,76, respectivamente). A medida foi relatada em graus (°)
a partir da posição inicial, sendo registrada a média dos 3 valores coletados.
Obtivemos todas medidas nos testes de flexibilidade, utilizando como referência
a porção medial da tíbia, compreendida entre a distância da tuberosidade da
tíbia até o maléolo medial, local esse que foi utilizado para posicionar o
inclinômetro nos testes de flexibilidade. Os exames de ressonância magnética
(RM) foram realizados por médico radiologista capacitado e os laudos utilizados
para dividir o grupo 1, de menor estágio de menor gravidade (condromalácia grau
1 e 2) e estágio de maior gravidade (condromalácia grau 3 e 4, ou associação de
outras lesões articulares). A estatística utilizada para comparação entre os
grupos foi Teste T, o nível de significância considerado foi p < 0,05. Resultados:
28 avaliadas foram classificadas no grupo 1 (menor gravidade) e 19 no grupo 2
(maior gravidade). Não houve diferença na flexibilidade passiva dos posteriores
de coxa (p = 0,693), flexibilidade passiva dos extensores de joelho (p = 0,751)
e flexibilidade ativa de panturrilha (p = 0,870) entre os estágios inicial
(grupo 1) e avançado (grupo 2) da condromalácia patelar. Conclusão: O
estadiamento da condromalácia não interfere na flexibilidade daquelas com DFP.
Palavras-chave: imagem de ressonância magnética;
desempenho físico funcional; condromalácia; mulheres
Apoio: CNPq/CAPES; CLÍNICA TRAUMA CENTER;
MEDIMAGEM NATAL/RN
Relação entre os achados
no exame de ressonância magnética e a cinesiofobia em
mulheres com dor femoropatelar
Ivson Thales Gomes Silvino1,2, Aluiso André Dantas de Sousa1,2,3, Lucas de
Medeiros Dantas Oliveira1,2, Aarão de Almeida Fernandes4,
Thiago Torres Costa1, Irivam Batista da
Silva Neto1,2, Hassan Mohamed Elsangedy5, Leônidas de
Oliveira Neto1,2,3
¹Universidade Federal do
Rio Grande do Norte, Natal, RN, Brasil
2Grupo de Estudos em Biomecânica
(GEBIO/UFRN), Natal, RN, Brasil
3Programa de pós-graduação em
Fisioterapia (UFRN), Natal, RN, Brasil
4Medimagem, Natal, RN, Brasil
5Programa de pós-graduação em Educação
Física (UFRN), Natal, RN, Brasil
ivthalespersonaltrainer@gmail.com
Introdução: A dor femoropatelar
(DFP) é amplamente considerada uma condição multifatorial caracterizada por um
início gradual de dor relacionada à articulação femoropatelar,
que causa inúmeras limitações funcionais. Alguns fatores foram previamente
associados à DFP, incluindo características biomecânicas, clínicas e
estruturais, podendo essa patologia ser apontada como fator de risco para o
desenvolvimento da osteoartrite de joelho (OA). Evidências atuais demonstram
que o estágio avançado de condromalácia está associado à piora da gravidade dos
sintomas e ao declínio da função do joelho, o que pode impactar diretamente na cinesiofobia de mulheres com DFP. Nesse contexto, a
ressonância magnética (RM) é uma ferramenta valiosa usada no estadiamento da
condromalácia, que se baseia no grau de lesão da cartilagem. Objetivo:
Comparar a cinesiofobia com o estágio/gravidade da
condromalácia patelar. Metodologia: Esse é um estudo transversal, a
amostra foi composta por 47 mulheres (18 a 40) anos de idade, clinicamente
diagnosticadas com DFP. A Escala Tampa de cinesiofobia
foi observada através do instrumento TSK-11, instrumento composto por 11 itens
que quantificam e avaliam o medo do movimento (cinesiofobia)
e de re-lesão devido ao movimento e atividade física
em uma escala de 11 a 44, onde 44 indica maior medo do movimento. O exame de
ressonância magnética (RM) foi realizado por médico radiologista capacitado e os
laudos utilizados para dividir o grupo 1, de menor estágio de menor gravidade
(condromalácia grau 1 e 2) e estágio de maior gravidade (condromalácia grau 3 e
4, ou associação de outras lesões articulares). A estatística utilizada para
comparação entre os grupos foi Teste T, o nível de significância considerado
foi p < 0,05. Resultados: Não houve diferença na cinesiofobia
(p = 0,60) entre os estágios inicial (grupo 1) e avançado (grupo 2) da
condromalácia patelar. Conclusão: O estadiamento da condromalácia
patelar não interfere na cinesiofobia de mulheres
diagnosticadas com DFP.
Palavras-chave: condromalácia; cinesiofobia;
articulação femoropatelar
Apoio: CNPq/CAPES; MEDIMAGEM NATAL/RN
Efeitos do treinamento
funcional após oito semanas na força de membros inferiores, equilíbrio dinâmico
e velocidade de marcha em idosas hipertensas
Laíza Ellen Santana Santos1,
Salviano Resende Silva1, Newton Benites Carvalho Silva1,
Marcos Raphael Pereira-Monteiro1, Antônio Gomes de Resende-Neto2,
Marzo Edir Da Silva Grigoletto1
1Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão,
SE, Brasil
2Centro Universitário Estácio de Sergipe,
Aracaju, SE, Brasil
Introdução: O processo de envelhecimento gera
declínios em diversos domínios da vida, envolvendo perda progressiva de funções
nos sistemas nervoso, músculo esquelético e cardiovascular. Especificamente
para o sistema cardiovascular 60% da população idosa apresenta o quadro de
Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), sendo a HAS caracterizada pela manutenção
dos níveis de pressão arterial (PA) acima dos considerados normais. No entanto,
a literatura deixa evidente a existência de intervenções não farmacológicas que
podem ser utilizadas para o controle e manutenção. Nesse sentido, o treinamento
funcional (TF), se apresenta enquanto importante opção de intervenção,
envolvendo exercícios físicos que simulam atividades da vida diária. O TF é
amplamente utilizado para reduzir o risco de quedas e melhorar a capacidade
funcional em populações idosas e em condições crônicas. Objetivo:
Investigar os efeitos do treinamento funcional após oito semanas na força de
membros inferiores, equilíbrio dinâmico e velocidade de marcha em idosas
hipertensas. Métodos: Realizou-se um estudo longitudinal, no qual
participaram da intervenção 65 idosas hipertensas (69,0 ± 6,3 anos), que foram
submetidas ao protocolo de TF, que consistiu em três blocos : 1 - Preparação
para o movimento, através de exercícios de mobilidade / estabilidade articular
e ativação muscular; 2 - Realização de exercícios similares às atividades
diárias com ênfase em coordenação, agilidade e potência muscular; 3 -
Realização de exercícios com foco na força muscular em ações cotidianas como
puxar, empurrar, agachar e carregar. Com o período de intervenção de oito
semanas, três sessões semanais com duração de 45 minutos e tempo de recuperação
mínimo de 48 horas entre as sessões de treinamento. As voluntárias foram
avaliadas pré e pós o protocolo de treinamento. O
equilíbrio dinâmico foi avaliado pelo teste Timed Up and Go test
(TUG), a velocidade de marcha pela caminhada de 10 metros (C10) e a força de
membros inferiores pelo teste de Sentar e levantar em 5 repetições (SL-5). A
análise dos dados foi feita mediante ANOVA de um fator, com um p < 0,05. Resultados: Quando comparado os
momentos pré e pós oito semanas de TF, pôde ser
observado que em relação ao TUG (pré: 7,66 ± 0,98;
pós: 7,19 ± 0,71 segundos), houve uma redução significativa no tempo (p =
0,007). De maneira contrária, o teste de SL-5 não apresentou alteração
significativa (pré: 4,0 ± 0,94; pós: 3,36 ± 0,81
segundos; p = 0,087). Quanto a velocidade de marcha, quando comparado com os
valores pré TF foi observado uma melhora
significativa (pré: 5,08 ± 0, 56; pós: 4,93 ± 0,49
segundos; p = 0,029). Conclusão: Portanto, idosas hipertensas quando
expostas a oito semanas de treinamento funcional tiveram melhoras
significativas no equilíbrio dinâmico e na velocidade de marcha, porém, a
potência de membros inferior não teve alteração significativa.
Palavras-chave: hipertensão; velocidade de caminhada;
força muscular
Apoio: CNPq e CAPES.
Efeitos do treinamento
funcional sem carga externa na velocidade e capacidade de marcha em mulheres
idosas
Leonardo LR Santos, Leury MS Chaves, Breno JFS Rocha, André FS Almeida, Wandercleiton S Oliveira, Marzo Edir Da Silva Grigoletto
Universidade Federal de
Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil
Introdução: O envelhecimento populacional impõe
desafios relacionados à manutenção da funcionalidade e autonomia da pessoa
idosa. Nesta seara, a velocidade de movimento e a capacidade de marcha são
fundamentais para a qualidade de vida dessa população, estando a redução desses
fatores associada a um maior risco de quedas, perda de independência funcional
e comprometimento da mobilidade. Uma intervenção aplicada para esta população é
o Treinamento resistido (TR), que utiliza de resistência externa para desafiar
e fortalecer os músculos do corpo. Por outro lado o
Treinamento Funcional (TF) é amplamente recomendado para os idosos, pois
melhora aspectos essenciais como força muscular, equilíbrio e flexibilidade,
contribuindo para a independência e a qualidade de vida dos mesmos. Ademais, o
TF pode reduzir o risco de quedas, que causam lesões e perda de autonomia, além
de aumentar a capacidade de realizar tarefas diárias. Nessa linha, outra opção
é o Treinamento Funcional Sem Carga Externa (TFSC), que apresenta vantagens como
baixo custo, alta aplicabilidade e praticidade, sendo uma opção viável e
interessante para pessoa idosa, por não necessitar de equipamentos. Diante
desse contexto, não há evidências suficientes sobre a comparação do TFSC com o
TR na capacidade e velocidade de marcha de pessoas idosas. Objetivo:
Comparar os efeitos do TFSC e do TR na velocidade e capacidade de marcha em
mulheres idosas. Métodos: O presente estudo envolveu a participação de
24 mulheres idosas, com idade de 69,1 ± 9,1 anos, as quais foram submetidas a
uma intervenção de 24 semanas, com 3 sessões semanais de 60 minutos de duração.
As participantes foram distribuídas em dois grupos: Treinamento Funcional Sem
Carga (GTFSC) e Treinamento Resistido (GTR). Para avaliar a velocidade e
capacidade de marcha, foram aplicados os testes de Caminhada de 10 metros
(C10), medido em segundos, e o Teste de Caminhada de 400 metros (C400), medido
em minutos. Ambos os grupos iniciavam o treinamento com exercícios de
estabilidade e mobilidade. No GTFSC, o bloco 2 consistia em exercícios de
coordenação motora (potência, velocidade e agilidade), enquanto no GTR havia
uma atividade aeróbica contínua (caminhada). O bloco 3 era composto por
exercícios de força e resistência muscular, e o bloco 4 por exercícios cardiometabólicos, feito para ambos os grupos. Os
treinamentos eram realizados no formato de circuito, incluindo padrões básicos
de movimento, como empurrar, agachar e puxar. Resultados: Para o grupo
GTFSC, houve melhora significativa apenas no tempo do teste C400, com uma
melhora no tempo de D11,8%
(pré: 3,7 ± 0,4; pós: 3,2 ± 0,3; p = 0,05). No teste
C10 o grupo GTR obteve uma melhora de D6,54% no tempo com significância
estatística (pré: 4,2 ± 0,4; pós: 4,0 ± 0,6; p =
0,04). Conclusão: Conclui-se que a velocidade de marcha melhorou de
forma significativa apenas para o GTR, já a capacidade de marcha melhorou
significativamente para o GTFSC.
Palavras-chave: calistenia; idosos; qualidade de vida;
status funcional; resistência física
Apoio: CAPES
Relação entre os achados
no exame de ressonância magnética e controle postural dinâmico de membros
inferiores em mulheres com dor femoropatelar
Leônidas de Oliveira Neto1,2,3,
Aluiso André Dantas de Sousa1,2,3, Aarão
de Almeida Fernandes4, Hugo Pereira da Silva4, Daniel de
Medeiros Leiros1,2, Maria Ester de Oliveira Farias1,2,
Marzo Edir da Silva-Grigolleto6, Hassan Mohamed Elsangedy5
¹Universidade Federal do
Rio Grande do Norte, Natal, RN, Brasil
2Grupo de Estudos em Biomecânica
(GEBIO/UFRN), Natal, RN, Brasil
3Programa de pós-graduação em
Fisioterapia (UFRN), Natal, RN, Brasil
4Medimagem, Natal, RN, Brasil
5Programa de pós-graduação em Educação
Física (UFRN), Natal, RN, Brasil
6Universidade Federal de Sergipe, São
Cristóvão, SE, Brasil
Introdução: A dor femoropatelar
(DFP) é referida como uma condição dolorosa na região anterior do joelho que se
agrava em ações que aumentam a sobrecarga nesta articulação, como o gesto de
descer escadas. Sua prevalência anual acomete, aproximadamente, em torno de 23%
dos adultos e 29% dos adolescentes na população geral. A terminologia (DFP)
apresenta alguns sinônimos, dentre eles a condromalácia patelar. Evidências
atuais demonstram que o estágio avançado de condromalácia está associado à
piora da gravidade dos sintomas e ao declínio da função do joelho, o que pode
impactar diretamente no controle postural dinâmico de membros inferiores. Nesse
contexto, a ressonância magnética (RM) é uma ferramenta valiosa usada no
estadiamento da condromalácia, que se baseia no grau de lesão da cartilagem. Objetivo:
Comparar o desempenho controle postural dinâmico e o estágio/gravidade da
condromalácia patelar. Metodologia: Esse é um estudo transversal, a
amostra foi composta por 47 mulheres (18 a 40) anos de idade, clinicamente
diagnosticadas com DFP. O controle postural dinâmico foi avaliado pelo Star Excursion Balance test (SEBT),
nas posições anterior, medial, póstero-medial e póstero-lateral, do membro com
maior dor. O instrumento utilizado para obtermos os alcances no SEBT foi o Octobalance, que baseia-se em um
sistema de fita métrica extensível e magnetizada em cada direção. O alcance
final obtido em cada posição, foi normalizado pelo tamanho do membro inferior
de cada avaliada e o resultado apresentado em %. O somatório dos alcances em
cada posição foi considerado para a análise. O exame de ressonância magnética
(RM) foi realizado por médico radiologista capacitado e os laudos utilizados
para dividir o grupo 1, de menor estágio de menor gravidade (condromalácia grau
1 e 2) e estágio de maior gravidade (condromalácia grau 3 e 4, ou associação de
outras lesões articulares). A estatística utilizada para comparação entre os
grupos foi Teste T, o nível de significância considerado foi p < 0,05. Resultados:
Houve diferença do controle postural dinâmico, avaliado pela somatória do SEBT
(p = 0,042) no estadiamento da condromalácia patelar. Aquelas com estágio
inicial (grupo 1) apresentaram melhor controle postural (2,49±0,27) enquanto
aquelas com estágio avançado (grupo 2) da condromalácia patelar apresentaram os
menores somatórios (2,32 ± 0,27) dos resultados alcançados nos testes de
controle postural dinâmico. Conclusão: Mulheres diagnosticadas
clinicamente com DFP e com maior gravidade de condromalácia patelar apresentam
pior controle postural dinâmico.
Palavras-chave: imagem de ressonância magnética,
desempenho físico funcional, dor femoropatelar,
controle postural dinâmico
Apoio: CNPq/CAPES; CLÍNICA TRAUMA CENTER;
MEDIMAGEM NATAL/RN
Relação entre medo de
cair e habilidade de marcha em idosas independentes
Newton Benites Carvalho
Lima¹, Salviano Silva Resende1, Laiza Ellen Santana Santos1,
Diego Silva Patrício1, Marcos Raphael Pereira Monteiro1,
José Carlos Aragão-Santos1, Antônio Gomes de Resende Neto2,
Marzo Edir Da Silva Grigoletto1
1Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão,
SE, Brasil
2Centro Universitário Estácio Sergipe,
Aracaju, SE, Brasil
newtonbenites@academico.ufs.br
Introdução: O envelhecimento da população é um
fenômeno global que apresenta desafios significativos para a saúde pública,
especialmente na manutenção da mobilidade e na prevenção de quedas em idosas. O
medo de cair é um fator crítico que pode comprometer a independência e a
qualidade de vida dessas mulheres, influenciando diretamente sua habilidade de
marcha. No entanto, há uma escassez de pesquisas que investiguem a relação
direta entre o medo de cair e a capacidade de marcha em idosas independentes.
Compreender essa associação é fundamental para desenvolver intervenções
eficazes que promovam a autonomia e a segurança, melhorando assim a qualidade
de vida dessa população vulnerável. Objetivo: Investigar a relação entre
o medo de cair e a habilidade de marcha em mulheres idosas independente. Métodos:
Participaram da análise 127 idosas saudáveis (66,9 ± 4,8 anos), inscritas em um
programa comunitário de exercício físico. O medo de cair foi avaliado pelo
questionário Falls Efficacy Scale-International
(FES-I) e a habilidade de marcha pelos testes de Caminhada de 10 metros (C10M);
Caminhada de 6 Minutos (C6M) e Timed
up and go (TUG). Os dados
foram analisados a partir da correlação de Pearson para identificar associações
entre as variáveis. Resultados: As participantes apresentaram o seguinte
perfil no FES-I: 28,9 ± 9,8 pontos; C10M: 5,0 ± 1,3 seg.; C6M: 473,14 ± 61,1
metros; e TUG: 7,6 ± 1,1 seg. Foram observadas as seguintes associações entre o
medo de cair e a habilidade de marcha: C10M (r = -0.30, p < 0.09, correlação
baixa), C6M (r = -0.26, p < 0.03, correlação baixa) e TUG (r = -0.70, p <
0.01, correlação alta). Conclusão: Os resultados deste estudo indicam
que níveis mais altos de medo de cair estão associados a uma pior habilidade de
marcha entre as idosas independentes.
Palavras-chave: envelhecimento; saúde pública;
prevenção de quedas
Apoio: CNPq e CAPES
Desenvolvimento de um
software para medição de tempo de resposta humano
Paulo Gabriel Barreto
Nogueira¹, Aclécio de Jesus dos Santos2,
Marcos Raphael Pereira Monteiro¹, Elyson Ádan Nunes Carvalho¹, José Gilmar Nunes de Carvalho Filho¹,
Marzo Edir da Silva Grigoletto¹
1Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão,
SE, Brasil
2Universidade Federal de Minas Gerais,
Belo Horizonte, MG, Brasil
Introdução: O tempo de resposta (TR) humano pode
ser definido como a medida de tempo que o corpo leva para processar e responder
um determinado estímulo não antecipado. De maneira geral, os testes que avaliam
o TR podem ser classificados em duas categorias, o TR simples (TRS) e TR de
escolha (TRE). No TRS, há apenas um tipo de estímulo e resposta. No TRE, há
dois ou mais estímulos, cada um exigindo uma resposta específica. Com isso, o
TR é fundamental em aplicações clínicas, permitindo uma importante avaliação em
pacientes em condições neurodegenerativas, a avaliação do risco de quedas em
idosos e o monitoramento do desempenho de atletas em diversas modalidades.
Nessas avaliações, um dos aspectos importantes é a relação de como os
estímulos, sejam objetos ou luzes exibidos em uma tela, são apresentados ao
indivíduo. Isso ocorre porque as características psicofísicas desses estímulos,
como cor, intensidade, formato ou frequência, e a quantidade de respostas nos
testes, afetam diretamente o tempo de resposta humano. No entanto, além de
possuírem um custo elevado, os sistemas atuais que avaliam o TR não permitem
criar e personalizar experimentos, limitando o estudo de aspectos específicos
do corpo humano. Objetivo: Desenvolver um software de código aberto e
acessível, com uma interface intuitiva, que permita criar e personalizar
facilmente testes de tempo de resposta humano. Métodos: Para avaliar a
incerteza na medição de TR pelo software, foi realizado um experimento em que a
tecla de resposta foi mantida pressionada para medir o atraso entre o envio do
sinal da tecla de resposta e o recebimento do sinal pelo sistema. O procedimento
foi repetido 20 vezes utilizando o teclado do computador e com um
microcontrolador conectado a chaves de acionamento. Para verificar a
performance do sistema na execução dos testes, realizamos um experimento em que
um usuário criou e executou testes de TR simples e de escolha, utilizando
diferentes configurações de cores, objetos, quantidades de repetições e duração
dos eventos. Resultados: Os valores de incerteza do sistema mostraram
atrasos menores que 37 ms com o uso do teclado do
computador e menores que 4 ms com um microcontrolador
conectado a chaves de acionamento, condizente para aplicações clínicas. Na
criação e execução do teste de TR, foi possível personalizar aspectos como a
cor da tela, o formato, a cor e o tamanho dos objetos, bem como o tempo e a quantidade
de repetições do teste. Para o teste de TR simples, foram apresentadas médias
de tempo em torno 0,3 s e para o teste de TR de escolha de 0,7 s. Além disso,
ao final de cada teste, todos os dados do paciente e do experimento são
armazenados em uma planilha. Conclusão: O sistema desenvolvido permite
avaliar o tempo de resposta humano por meio de testes personalizados,
especialmente em contextos clínicos e acadêmicos. Isso torna possível verificar
diferentes aspectos da saúde e comportamento humano.
Palavras-chave: tempo de resposta; sistema de medição
de tempo; instrumentação biomédica
Apoio: CNPq e CAPES
Efeito do treinamento
aeróbico na aptidão funcional de mulheres idosas destreinadas com
comprometimento cognitivo leve
Salviano Resende Silva1,
Newton Benites Carvalho Lima1, Marco Antônio Luz Freire Gouveia1,
Lara Fabian Vieira Barbosa1, Diego Silva Patrício1,
Antônio Gomes de Resende-Neto2, José Carlos Aragão-Santos1,
Marzo Edir Da Silva Grigoletto1
1Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão,
SE, Brasil
2Centro Universitário Estácio Sergipe,
Aracaju, SE, Brasil
Introdução: O declínio físico e cognitivo sofre
influência direta do envelhecimento, no qual as mulheres sofrem uma involução
severa após a menopausa, pela redução da produção hormonal. O comprometimento
cognitivo leve (CCL) destaca a atuação anormal dos subdomínios da cognição, sem
comprometer as atividades da vida diária. O treinamento aeróbico é uma
alternativa para intervir sobre o CCL, por sua ação no aumento da oxigenação
encefálica. No entanto, não está claro sua influência na funcionalidade. Objetivo:
Verificar o efeito de oito semanas de treinamento aeróbico na aptidão funcional
de mulheres idosas destreinadas com comprometimento cognitivo leve. Métodos:
Participaram do estudo 35 idosas (66,8 ± 4,6 anos; 26,6 ± 4,0 kg/m²), com
pontuação no Montreal Cognitive Assessement ≤ 26 pontos (19,2 ± 3,6), com um
escore total na Escala de Atividades Instrumentais da Vida Diária > 18
pontos (20,6 ± 0,8) e apresentando queixas subjetivas de memória. A aptidão
funcional foi avaliada por meio dos seguintes testes: Sentar e Levantar em 5
repetições (SL5r), Timed Up
and Go (TUG), Vestir e Tirar
a Camisa (VTC), Levantar do Solo (LS), Gallon-Jug Shelf-Transfer (GJST) e Caminhada de 10 metros (C10m). As
sessões de treinamento foram divididas em quatro blocos: 1- mobilidade
articular, estabilidade e ativação, 2- aeróbico contínuo, 3- ritmado e 4-
intervalado. No bloco contínuo as participantes caminharam a uma intensidade de
50% a 80% da frequência cardíaca de treino durante 10 minutos. No terceiro
bloco foram orientadas a repetir movimentos rítmicos (para frente, traz e
lados) da ginástica aeróbica clássica por 10 minutos. E o quarto bloco foi
destinado ao método intervalado, organizado em formato de revezamento com
sprints curtos, com duração total também de 10 minutos. Para controle da intensidade
foi escolhida uma participante aleatória por sessão, para monitorar a
frequência cardíaca (FC) durante a sessão de treinamento e ao final da sessão
foi questionada a Percepção Subjetiva de Esforço (PSE). A análise estatística
foi feita pela ANOVA de um fator. Os dados foram expressos em média ± desvio
padrão e o valor de p ≤ 0,05 foi
considerado significativo. Resultados: Foi encontrado resultado
significativo apenas no teste de TUG (pré: 7,43 ±
0,82; pós = 7,0 ± 0,79; p < 0,01). Os demais testes SL5r, VTC, SL, GJST e
C10 não houve diferença significativa entre os momentos. A PSE apresentou uma
média 5,7 ± 1,1 entre as sessões, já a FC comportou-se diferente entre os
blocos (B1 = 96,2 ± 14,01 bpm; B2 = 132,7 ± 11,0 bpm; B3 = 121,8 ± 9,9 bpm; B4
= 123,2 ± 11,4 bpm), demonstrando uma variação média resultante das
características dos blocos. Conclusão: Conclui-se que o treinamento
aeróbico, após oito semanas de intervenção, melhora a agilidade e o equilíbrio
dinâmico, mas não altera de maneira global a aptidão funcional em mulheres
idosas destreinadas com comprometimento cognitivo leve.
Palavras-chave: envelhecimento; independência
funcional; cognição
Apoio: CNPq e CAPES
Reprodutibilidade do
teste de variabilidade da frequência cardíaca como indicador de fadiga mental
durante a realização do stroop test
Luiz FA Menezes, Marcos R
Pereira-Monteiro, José C Aragão-Santos, André FS Almeida, Evellyn
C Dos Santos, Washington JS Filho, Marzo Edir Da Silva Grigoletto
Universidade Federal de
Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil
Introdução: A fadiga mental (FM) é um estado
subjetivo, caracterizado por uma motivação reduzida para exercer esforços, que
é muitas vezes acompanhada de flutuações e prejuízos no desempenho cognitivo.
Como ferramenta sensível para identificar a FM, se destaca o Stroop Test (ST), amplamente utilizado para verificar o
tempo de resposta do avaliado. Nesse sentido, além do tempo de resposta
avaliado pelo ST, se faz útil a investigação concomitante de marcadores
fisiológicos para detectação da FM. Assim a variabilidade da frequência
cardíaca (HRV), que descreve oscilações nos intervalos entre batimentos
cardíacos consecutivos verificando as ondas R-R, é uma das opções utilizadas já
que o coração possui interações com o cérebro que são influenciadas pela
regulação do sistema nervoso autônomo, que respondem a estímulos externos, a
exemplo de atividades cognitivas sustentadas. Contudo, é importante saber quais
domínios do HRV são reprodutíveis como indicador de FM. Objetivo:
Avaliar a reprodutibilidade da HRV como indicador de FM durante a realização do
ST. Métodos: O estudo se trata de um estudo transversal. Um total de 25
pessoas (idade: 66,1± 4,0; peso: 65,1 kg ± 11,6) foram avaliadas em dois
momentos, sendo um teste (T) e um reteste (RT), com um intervalo de sete dias
pelo mesmo avaliador. A amostra era submetida a verificação da HRV durante a
realização do ST, onde o avaliado é requisitado a fornecer respostas motoras
(RM) no menor tempo possível frente a estímulos no formato de palavras
coloridas, senso essas congruentes (a palavra e a cor apresentada são as
mesmas) ou incongruentes (a palavra e a cor são diferentes). Foram apresentados
120 estímulos (trials) em um monitor de notebook e a
RM deveria ser realizada em um teclado conforme a cor da palavra apresentada.
Em relação ao domínio tempo do HRV, foram coletados os dados de SDNN e RMSSD,
em contrapartida, no domínio da frequência foram usados os componentes de baixa
(LF) e alta frequência (HF). Os dados referentes a HRV foram coletados através
do uso de um monitor cardíaco e analisados através do teste t de student e coeficiente de correlação intraclasse baseado em
um modelo de efeitos mistos de duas vias, tipo de avaliador único e
concordância absoluta. O nível de significância aceito foi de p < 0,05. Resultados:
Após as avaliações obtivemos os seguintes resultados: SDNN [(T: 26,9 ± 29,2;
RT: 23,6 ± 21,5; p > 0,05; ICC: 0,70 (0,44 – 0,85)], RMSSD [T: 37,6 ± 49,1;
RT: 30,5 ± 34,7; p > 0,05; ICC: 0,73 (0,48 – 0,87)], HF [T: 52,1 ± 21 ; RT:
50,2 ± 24,8; p > 0,05; ICC: 0,55 (0,22 – 0,77)] e LF [T: 47,6 ± 21; RT: 44,3
± 19,5; p > 0,05; ICC: 0,55 (0,21 – 0,77)]. Conclusão: A
variabilidade da HRV como indicador de fadiga mental durante a realização do ST
demonstrou uma moderada reprodutibilidade, com melhor coeficiente no domínio de
tempo em relação ao o domínio de frequência.
Palavras-chave: fadiga mental; teste de stroop; reprodutibilidade dos testes
Apoio: CNPq, CAPES e FAPITEC
Efeitos do treinamento
combinado na pressão arterial de idosas inativas: um estudo piloto
Laiza Ellen Santana Santos2,
Antônio Gomes de Resende-Neto1, Newton Benites Carvalho Lima2,
Salviano Resende Silva2, José Carlos Aragão-Santos2,
Marcos Raphael Pereira Monteiro2, Leury
Max Da Silva Chaves2, Marzo Edir Da Silva Grigoletto2
1Centro Universitário Estácio Sergipe,
Aracaju, SE, Brasil
2Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão,
SE, Brasil
Introdução: O processo de senescência ocasiona
deteriorações funcionais em vários sistemas, como o musculoesquelético e o
cardiovascular, principalmente em indivíduos que não praticam atividade física
e são considerados inativos. O treinamento combinado (TC) é uma opção não
farmacológica que pode atuar positivamente contra os agravos relacionados as
modificações hemodinâmicas a partir da prescrição do treinamento de força e
aeróbico em uma mesma sessão. Objetivo: Verificar os efeitos do
treinamento combinado na pressão arterial de idosas inativas. Métodos:
Trata-se de um estudo piloto quase-experimental, no qual participaram da
intervenção 60 idosas alocadas em dois grupos distintos: Grupo Combinado (TC: n
= 42; 68,11 ± 5,87 anos; 27,35 ± 3,88 kg.m-2) e Grupo Controle (GC:
n = 18; 67, 22 ± 7,08 anos; 27,74 ± 5,23 kg.m-2). O período de
intervenção foi de 12 semanas, compreendendo três sessões semanais, com duração
de, aproximadamente, 50 minutos e tempo de recuperação mínimo de 48 horas entre
as sessões. Inicialmente as participantes do TC realizaram dois minutos de caminhada
e 15 agachamentos como aquecimento, logo após realizaram 25 minutos exercícios
resistidos tradicionais em máquinas, depois 15 minutos de caminhada alternada
com corrida leve e, por fim, 5 minutos de alongamentos submáximos para os
principais grupos musculares. A pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica
(PAD) foi verificada a partir do uso de um esfigmomanômetro, antes e após as 12
semanas de treinamento. A análise dos dados foi feita mediante uma ANOVA 2x2
com post hoc test de Bonferroni
e os dados apresentados por meio de média, desvio padrão e tamanho de efeito
(TE). Resultados: Em relação aos valores iniciais somente o TC
apresentou redução na PAS após as 12 semanas de treinamento (pré: 134,43 ± 15,11 vs. pós 126,98 ± 15,45 mmHg; TE: 0,48;
p = 0,02); e na PAD (pré: 76,39 ± 12,90 vs. pós:
72,55 ± 7,26 mmHg.; TE: 0,52; p = 0,05). Em comparação com o GC, o TC
apresentou diferença estatística na PAD (TE: 0,80; p < 0,01), mas não na PAS
(TE: 0,33; p = 0,32). Conclusão: O presente protocolo de TC demostra-se
eficaz na redução da pressão arterial em idosas inativas.
Palavras-chave: treinamento resistido; envelhecimento;
atividades diárias; qualidade de vida
Apoio: Programa Pesquisa Produtividade da Estácio Sergipe (2024)