Respostas cardiopulmonares em pacientes no pós-operatório de cirurgia bariátrica em fase hospitalar

Autores

  • Giulliano Gardenghi Hospital ENCORE/GO

DOI:

https://doi.org/10.33233/rbfe.v13i1.3284

Resumo

Objetivo: Testar a hipótese de que pacientes no pós-operatório de cirurgia bariátrica apresentarão aumento do trabalho cardí­aco e ventilatório na fase
hospitalar. Métodos: 40 pacientes (30 femininos e 10 masculinos); idade: 42,8 ± 9,9 anos; peso: 153 ± 30,9 kg; IMC: 48,5 ± 5,6 em pós-operatório de cirurgia
de Fobi-Capella foram acompanhados em 4 momentos: pré-operatório, 1º PO, 2º PO e 3º PO. Foram avaliadas as seguintes variáveis, com os pacientes em
repouso: duplo produto (DP), obtido pelo cálculo da frequência cardí­aca (FC) multiplicada pela pressão arterial sistólica (PAS); pressões inspiratórias e expiratórias máximas (Pimáx e Pemáx), dispneia (escala de BORG), dor (Escala Visual Analógica - EVA), pico de fluxo expiratório (PFE), volume corrente (VC), volume expiratório forçado no 1º segundo (VEF1) e frequência respiratória (FR). A análise estatí­stica utilizou ANOVA de dois caminhos com post hoc de Newman-Keuls para valores de p < 0,05. Resultados: Ocorreram aumentos
do duplo produto (pré-op: 10257 ± 1843 vs. 3º PO: 12884 ± 2170 p = 0,00), da dor (EVA pré-op: 0,6 ± 1,9 vs. EVA 3º PO: 1,8 ± 2,4 p = 0,00), da dispneia (Borg pré-op: 0,2 ± 0,7 VS. Borg 3º PO: 1,0 ± 1,5 p = 0,00) e da frequência respiratória (pré-op: 18,8 ± 3,8 vs. 3º PO: 19,4 ± 4,6 p = 0,00). Ocorreram diminuições do pico de fluxo expiratório (pré-op: 2,2 ± 1,7 VS 3º PO: 1,6 ± 1,0 lpm, p = 0,00), do volume expiratório forçado no 1º segundo (pré-op: 1,3 ± 0,7 vs. 3º PO: 1,0 ± 0,5 lts, p = 0,00), da Pressão inspiratória máxima (pré-op: 106,8 ± 20,5 vs. 1º PO: 90,5 ± 29,1 p = 0,01) e da Pressão expiratória máxima (pré-op: 112,3 ± 16,4 vs. 1º PO: 93,0 ± 28,5 p = 0,04). O volume corrente apresentou também diminuição significante. Conclusão: A realização de cirurgia bariátrica aumentou o consumo de oxigênio do miocárdio, representado pelo aumento do duplo produto, assim como diminuiu a capacidade ventilatória dos pacientes, representado pela perda de força muscular (Pimáx e Pemáx) e da capacidade expiratória (PFE e VEF1), durante o perí­odo de internação hospitalar.

Palavras-chave: obesidade, cirurgia bariátrica, testes de função respiratória.

Biografia do Autor

Giulliano Gardenghi, Hospital ENCORE/GO

Coordenador Cientí­fico do Serviço de Fisioterapia do Hospital ENCORE/GO, Coordenador Cientí­fico
do CEAFI Pós-graduação/GO e Coordenador do Curso de Pós-graduação em Fisioterapia Hospitalar do
Hospital e Maternidade São Cristóvão/SP,

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Publicado

2014-02-01