Perfil da ingestão nutricional em corredoras de meio-fundo e fundo

Autores

  • José Augusto Rodrigues dos Santos Universidade do Porto
  • Tânia Patrí­cia Amorim Universidade do Porto
  • Serafim Fernando Nogueira Alves Gadelho Federação Portuguesa de Atletismo
  • Domingos José Lopes da Silva Escola Superior de Fafe

DOI:

https://doi.org/10.33233/rbfe.v12i6.3351

Resumo

Introdução: A corrida de endurance impõe um estresse sistémico que obriga a especiais cuidados no processo de treino/recuperação. A nutrição é um dos fatores que mais condiciona o rendimento atlético e deve ser objeto de especiais cuidados por parte dos atletas. Objetivo: Este estudo pretendeu avaliar a ingestão nutricional de corredoras de meio-fundo, verificando se está adequada às exigências energéticas e nutricionais dessas atletas. Métodos: A amostra foi constituí­da por 25 atletas do sexo feminino que participam com regularidade em competições atléticas de meio-fundo e fundo (800 m a 10.000 m), com as seguintes caracterí­sticas: 20,6 ± 4,7 anos de idade; 52,3 ± 3,6 kg de peso corporal; 163,4 ± 4,7 cm de altura; 6,3 ± 2,8 anos de prática de atletismo; 7,4 ± 2,1 treinos/semana; 78 ± 28 km/semana de corrida. Os dados nutricionais foram obtidos por inquérito semi-quantitativo de frequência alimentar elaborado pelo Departamento de Epidemiologia Nutricional da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Portugal. A conversão dos alimentos em nutrientes foi realizada pelo programa informático Food Processor Plus, versão SQL. Resultados: Verificou-se um aporte calórico médio diário de 2854 ± 868 kcal (1482-4297), correspondendo aos seguintes consumos relativos: carbohidratos 52.9 ± 6.3% (7,2 ± 2,4 g.kg-1.dia-1), gorduras 29,8 ± 5,1% (1,8 ± 0,7g.kg-1.dia-1) e proteí­nas 17,3 ± 3,0% (2,4 ± 0,7 g.kg-1.dia-1). Verificaram-se consumos das vitaminas D e biotina abaixo e da vitamina A muito acima das recomendações. Os consumos de macrominerais e microminerais ultrapassaram as recomendações. Conclusão: As corredoras do presente estudo apresentam um consumo médio reduzido de carbohidratos para atletas de esforços de endurance. O aporte de gorduras está adequado enquanto o de proteí­nas excede as recomendações. Com exceção das vitaminas D e
biotina por defeito e da vitamina A por excesso, o aporte vitamí­nico e mineral é adequado. As atletas do presente estudo devem aumentar o contributo relativo dos carbohidratos em detrimento das proteí­nas.

Palavras-chave: nutrição, macronutrientes, vitaminas, minerais, consumo energético.

Biografia do Autor

José Augusto Rodrigues dos Santos, Universidade do Porto

Faculdade de Desporto da Universidade do Porto – Portugal

Tânia Patrí­cia Amorim, Universidade do Porto

Faculdade de Desporto da Universidade do Porto – Portugal

Serafim Fernando Nogueira Alves Gadelho, Federação Portuguesa de Atletismo

Federação Portuguesa de Atletismo

Domingos José Lopes da Silva, Escola Superior de Fafe

Escola Superior de Fafe - Portugal

Downloads

Publicado

2013-12-10