Frequência cardíaca máxima obtida e calculada em testes máximos em cicloergometria
DOI:
https://doi.org/10.33233/rbfe.v11i2.3385Resumo
Objetivo: Avaliar a validade de seis equações preditivas de Frequência Cardíaca Máxima (FCM) em ambos os gêneros submetidos a dois testes máximos com metodologias diferentes, além de comparar a reprodutividade da FCM obtida (FCMobt). Métodos: Foram avaliados 40 jovens aparentemente saudáveis, sendo 20 homens e 20 mulheres. Foram aplicados dois testes máximos em ciclo, um com progressão a cada 1 minuto (TCM-1) e o outro a cada 2 minutos (TCM-2). Para determinar as diferenças entre a FCMobt nos protocolos e a estimada pelas equações utilizou-se o teste Anova One Way, associado ao teste de Tukey ( P < 0,05). Utilizou-se o teste de correlação de Pearson para comparar a FCMobt nos protocolos. Resultados: Nas mulheres, a FCMobt foi 180,5 + 8,7 bpm (TMC-1) e 181,8 + 10,2 bpm (TMC-2), sem diferença significativa; nos homens 181,5 + 10,2 bpm (TMC-1) e 177 + 6,9 bpm (TMC-2) com diferenças significativas, sem reprodutividade na FCMobt. Nas mulheres, a FCM pela equação de Fernahll et al. foi adequada para o TMC-1, enquanto no TMC- 2 a equação de Jones et al. foi apontada como adequada; nos homens houve uma situação de inversão das equações consideradas válidas. Conclusão: A seleção das equações para predizer a FCM deve ser específica, segundo o protocolo de cicloergometria selecionado.
Palavras-chave: frequência cardíaca, testes de esforço, exercício, cicloergômetro.
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