Prevalência de excesso de peso em crianças e adolescentes da cidade de Santos/SP através de dois métodos de avaliação antropométrica

Autores

  • Cauê Vazquez La Scala Teixeira Prefeitura Municipal de Santos, Santos/SP

DOI:

https://doi.org/10.33233/rbfe.v11i2.3390

Resumo

O objetivo foi avaliar a prevalência de excesso de peso (EP) em crianças e adolescentes da cidade de Santos/SP, através de dois métodos de avaliação antropométrica: í­ndice de massa corporal (IMC) e percentual de gordura corporal (%G) através de dobras cutâneas, comparando os resultados. 526 indiví­duos (5-17 anos) praticantes de exercí­cio fí­sico (2 vezes/semana) foram submetidos às avaliações de massa corporal, estatura, dobra cutânea triciptal e subescapular e IMC. O IMC foi classificado de acordo com os referenciais da WHO (2007), consideradas EP as classificações "sobrepeso" e "obesidade". O %G utilizou protocolo de Slaughter et al. e classificação de Lohman, sendo consideradas EP as classificações "moderadamente alto", "alto" e "muito alto". No IMC, 42,8% do total apresentou EP. Já, no %G, 46,1%. Quando associados os resultados, 37,6% do total apresentou EP em ambos os métodos. Com relação í  parte da amostra considerada adequada no IMC, 15,1% apresentaram %G em EP, caracterizando "obesidade do peso normal". Dentre aqueles que apresentaram classificações em EP no IMC, 12,0% tinham o %G adequado, o que indica um sobrepeso provindo de massa magra, quadro inverso í  obesidade do peso normal. Em conclusão, observou-se alta prevalência de EP na amostra. Os dois métodos utilizados revelaram prevalência semelhante de EP no geral, porém, a distribuição do EP diferiu entre a amostra.

Palavras-chave: obesidade, excesso de peso, crianças, obesidade do peso normal.

Biografia do Autor

Cauê Vazquez La Scala Teixeira, Prefeitura Municipal de Santos, Santos/SP

Especialista em Fisiologia do Exercí­cio, Prefeitura Municipal de Santos, Santos/SP

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Publicado

2012-06-10