O exercí­cio fí­sico como terapia não farmacológica na disfunção endotelial do diabetes mellitus tipo 2

Autores

  • Cristiane Gonçalves da Mota FMU

DOI:

https://doi.org/10.33233/rbfe.v11i3.3402

Resumo

O objetivo desta revisão de literatura foi discutir a prática do exercí­cio fí­sico como terapia não farmacológica no tratamento da disfunção endotelial no diabetes mellitus tipo 2 (DM2). O endotélio vascular preservado auxilia na prevenção da formação de trombos através de mecanismos antitrombóticos e pró-trombóticos, mantendo assim a homeostase. O radical livre conhecido como óxido ní­trico (NO), liberado através do estresse de cisalhamento (shear-stress), causa vasodilatação dependente do endotélio, o que auxilia no fluxo sanguí­neo. A disfunção endotelial ocorre anteriormente í  formação da arteriosclerose que pode estar ligada a diversos outros fatores de risco para a doença cardiovascular (DAC) como hipertensão arterial, hiperlipidemia e DM2, assim como também a resistência í  insulina. Indiví­duos com disfunção endotelial submetidos ao treinamento fí­sico apresentam melhora em sua capacidade funcional e na vasodilatação dependente do endotélio devido ao aumento do fluxo sanguí­neo e a alteração dos ní­veis das proteí­nas denominadas marcadores inflamatórios como a PCR. A prática de exercí­cios fí­sicos auxilia no tratamento clí­nico e melhora do prognóstico da doença.

Palavras-chave: disfunção endotelial, exercí­cio, óxido ní­trico.

Biografia do Autor

Cristiane Gonçalves da Mota, FMU

Discente do Programa de Pós-Graduação em Condicionamento Fí­sico para Grupos Especiais e Reabilitação Cardí­aca das Faculdades Metropolitanas Unidas – FMU

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Publicado

2021-04-09