Máxima oxidação de gorduras em bombeiros da polí­cia militar do Paraná: análise da correlação entre o consumo máximo de oxigênio absoluto e o quociente respiratório não-protéico

Autores

  • Denis Bruno Ranzani UGF

DOI:

https://doi.org/10.33233/rbfe.v10i1.3419

Resumo

Introdução: Com a hipótese de que a intensidade do exercí­cio é essencial para a regulação do catabolismo de lipí­dios, o objetivo deste estudo foi estimar a intensidade onde ocorre a máxima oxidação de gorduras, através da análise da correlação entre o VO2máx. e o QRnp, via cálculo linear. Material e métodos: Foram avaliados 45 homens saudáveis, sendo aplicado o teste de 12 minutos (protocolo de Cooper), para obtermos o VO2máx.. A oxidação de substrato foi estimada por meio de cálculos, com base nos valores de combustão das gorduras para o QRnp. Resultados e discussão: A intensidade de pico de oxidação de gorduras foi em média 50,6% ± 2,1% do VO2máx. (QRnp 0,89 ± 0,005). A zona de máxima oxidação de gorduras ficou entre 33,7% ± 6,2% e 67,0% ± 6,3% do VO2máx.. O coeficiente de correlação foi (r = 1). Confrontando com outros estudos, o percentual de diferença das intensidades de pico de oxidação de gorduras foi -1,0% (50,6% vs. 50,1%) e das zonas de máxima oxidação de gorduras foram -2,1% (33,7% vs. 33,0%) e -3,0% (67,0% vs. 65,0%). Conclusão: Os resultados foram consistentes quando comparados a outros experimentos, podendo este método ser aplicado numa vasta população.

Palavras-chave: oxidação de gorduras, consumo de oxigênio, quociente respiratório não-proteico, cálculo linear.

Biografia do Autor

Denis Bruno Ranzani, UGF

Aluno do curso de Pós-Graduação "Lato-Sensu" da Universidade Gama Filho – Fisiologia do Exercí­cio: Prescrição de Exercí­cio (í  distância) e Sargento do Corpo de Bombeiros da Polí­cia Militar do Paraná

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Publicado

2011-03-10