Comportamento da frequência cardí­aca em corredores de esteira ergométrica na presença e na ausência de música

Autores

  • Marcus Vinicius Grecco USP

DOI:

https://doi.org/10.33233/rbfe.v10i3.3439

Resumo

Objetivo: Analisar as mudanças na frequência cardí­aca (FC), durante a corrida em esteira por 20 minutos com velocidade de 8,0 km/h sem música, com música a 120 bpm (música de andamento lento) e a 140 bpm (música de andamento rápido). Material e métodos: Participaram desta pesquisa doze homens de 21 a 36 anos, alunos da academia Top Swin, praticantes de musculação e corrida 3 a 4 vezes por semana. A FC era mensurada no décimo minuto, no décimo quinto minuto e por final no 20"™, além de analisarmos, em todos os participantes, a FCmáx e FCmédia em todas as etapas do trabalho. Todos responderam questionários sobre estado de humor e preferência musical antes dos testes. Os dados foram analisados por média e desvio padrão, comparados pela Anova Two Way e o ní­vel de significância foi de p < 0,05. Resultados: Nos testes realizados a comparação da corrida sem música e com música a 120 bpm tiveram diferença significativa na frequência cardí­aca do décimo minuto. Na comparação da corrida sem música e com música a 140 bpm também houve diferença significativa do décimo minuto. Na comparação da música a 120 bpm com música a 140 bpm não ocorreu diferença significativa. Conclusão: Não há diferenças significativas no comportamento da FC quando se corre com música a 120 bpm e a 140 bpm. Teve uma diferença no décimo minuto, quando comparamos a corrida na presença e na ausência de música. O bom humor reparado após a corrida independe da música. A beta-endorfina liberada durante o exercí­cio é a maior responsável em causar bom humor nos corredores.

Palavras-chave: corrida, frequência cardí­aca, música.

Biografia do Autor

Marcus Vinicius Grecco, USP

Mestre em Ciências pela Faculdade de Medicina da USP

Referências

Miranda MLJ, Godelli MRCS. Música, atividade fí­sica e bem-estar psicológico em idosos. Rev Bras Ciênc Mov 2003;11:74-82.

Miranda MLJ, Souza MR. Efeitos da atividade fí­sica aeróbica com música sobre estados subjetivos de idosos. Rev Bras Ciênc Esporte 2009;30:35-41.

Mori P, Deustsch S. Alterando estados de ânimo nas aulas de ginástica rí­tmica com e sem a utilização de música. Revista Motriz 2005;11:102-10.

Siqueira GR, Manhães FC, Carvalho CP, Souza CHM. Considerações sobre a influência da música na intensidade dos exercí­cios realizados em aulas de hidroginástica. Revista Digital EFDesportes 2009;128:10-6.

Neves ARM, Doimo LA. Avaliação da percepção subjetiva de esforço e da frequência cardí­aca em mulheres adultas durante aulas de hidroginástica. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 2007;9:40-6.

Santos MOS. Exercício físico e música: uma relação expressiva. Revista Digital EFDesportes 2008;13:66-71.

Monteiro AG, Silva SG, Monteiro GA, Arruda M. Efeitos do andamento musical sobre a frequência cardí­aca em praticantes de ginástica aeróbica com diferentes níveis de aptidão cardiorrespiratória. Rev Bras Ativ Fís Saúde 1999;2:36-45.

Tibeau CCP. Motricidade e música: Aspectos relevantes das atividades rí­tmicas como conteúdo da educação física. Revista Brasileira de Educação Física e Esportes, Lazer e Dança 2006;1:43-50.

Lacerda ABM, Morata TC, Fiorini AC. Caracterização dos ní­veis de pressão sonora em academias de ginástica e queixas apresentadas pelos seus professores. Rev Bras Otorrinolaringol 2001;63:14-21.

Nadler N. Protect your hearing because once it goes, its gone for good. Technology Journal; 1999.

Deus MJ, Duarte MFS. Ní­vel de pressão sonora em academias de ginástica e a percepção auditiva dos professores. Rev Bras Ativ Fís Saúde 1997;2:51-6.

Bergold LB, Alvim NAT, Cabral IE. O lugar da música no espaço do cuidado terapêutico: sensibilizando enfermeiros com a dinâmica musical. Texto Contexto Enfermagem 2006;15:23-31.

Valim PC, Bergamaschi, Volp CM, Deustch S. Redução de estresse pelo alongamento: a preferência musical pode influenciar? Revista Motriz 2002; 8:32-40.

Nakamura PM, Deustch S, Kokubun E. Influência da música preferida e não preferida no estado de ânimo e no desempenho de exercí­cios realizados na intensidade vigorosa. Rev Bras Educ Fí­s Esp 2008;22:120-9.

Afonso LS, Santos JFB, Lopes JR, Tambelli R, Santos EHR, Back L, et al. Frequência cardí­aca máxima em esteira ergométrica em diferentes horários. Rev Bras Med Esporte 2006;12:32-40.

Andrade MC, Avila AOV. Uso da música na prática de atividade física. Tecnicouro 2007:(7):72-5.

Flores MF, Rossi DS, Santos DL. Análise do comportamento da freqüência cardí­aca durante teste de esforço máximo em diferentes ergômetros. Revista Digital EFDesportes 2006;11:22-9.

Alonso DO, Forjaz CLM, Rezende LO, Braga AMFW, Barreto ACPB, Negrão CE, Rondon MUPB. Comportamento da frequência cardí­aca e da sua variabilidade durante as diferentes fases do exercí­cio fí­sico progressivo máximo. Arq Bras Cardiol 1998;71:13-7.

Lopes FL, Pereira FM, Reboredo MM, Castro TM, Vianna JM, Novo JRJM, Silva LP. Redução da variabilidade da frequência cardí­aca em indiví­duos de meia-idade e o efeito do treinamento de força. Rev Bras Fisioter 2007;11:82-90.

Yukio L, Kawaguchi, Nascimento ACP, Lima MS, Frigo L, Junior ARPJ et al. Análise do comportamento da frequência cardíaca em diferentes posturas corporais. Rev Bras Med Esporte 2007;13:51-9.

Herdy AH, Fay CES, Bornschein C, Stein CB. Importância da análise da frequência cardí­aca no teste de esforço. Rev Bras Med Esporte 2003;9:66-72.

Furtado E, Simão R, Lemos A. Análise do consumo de oxigênio, frequência cardí­aca e dispêndio energético, durante as aulas do Jump Fit. Rev Bras Med Esporte 2004;10:94-9.

Martins CO. A influência da música na atividade fí­sica [Tese]. Santa Catarina: Universidade Federal de Santa Catarina; 1996.

Miranda MLJ, Godelli MRCS. Avaliação de idosos sobre o papel e a influência da música na atividade fí­sica. Rev Paul Educ Fís 2002;16:15-22.

Downloads

Publicado

2011-09-10