Cortisol e exercício: efeitos, secreção e metabolismo
DOI:
https://doi.org/10.33233/rbfe.v10i3.3443Resumo
A prática frequente de exercício físico traz inúmeros benefícios. O exercício modula uma série de reações orgânicas, contudo os efeitos do exercício sobre os níveis e metabolismo do cortisol ainda não estão totalmente esclarecidos. O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão sobre os efeitos do cortisol no exercício, de sua secreção e metabolismo. Tem sido demonstrado na literatura que o cortisol age como um antagonista fisiológico da insulina, por promover a quebra das moléculas de carboidratos, lipídeos e proteínas, desta maneira mobilizando as reservas energéticas. Isto aumenta a glicemia e a produção de glicogênio pelo fígado. Uma vez que o cortisol estimula a proteólise, seu aumento pode determinar a atrofia muscular e diminuição da força, com consequente efeito negativo no rendimento esportivo. A ação muscular do cortisol é ambígua: contribui para o catabolismo e perda muscular, mas, simultaneamente, na ausência deste hormônio a contratilidade dos músculos esquelético e cardíaco é reduzida. O catabolismo e perda musculares verificam-se na presença de níveis elevados de corticosteróides. Embora o aumento de cortisol possa produzir efeitos colaterais, o treinamento físico induz o desenvolvimento de diversos mecanismos para proteger os tecidos de tais efeitos deletérios. Com isto o organismo torna-se menos responsivo ao estresse.
Palavras-chave: exercício, cortisol, estresse.
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