Comparação do VO2 acumulado durante o exercício contínuo e intermitente na máxima fase estável de lactato sanguíneo
DOI:
https://doi.org/10.33233/rbfe.v9i1.3466Resumo
O objetivo deste estudo foi comparar o VO2 acumulado durante o exercício realizado na máxima fase estável de lactato sanguíneo contínua (MLSSc) e intermitente (MLSSi). Sete ciclistas treinados (idade = 25,5 ± 5,1 anos, VO2max = 57,7 ± 4,6 ml.kg-1.min-1) foram submetidos aos seguintes protocolos em um cicloergômetro: 1) Teste incremental para a determinação do VO2max e sua respectiva carga (Pmax); 2) 2 a 3 testes de carga constante para a determinação da MLSSc e; 3) 2 a 3 testes intermitentes (7 x 4 min e 1 x 2 min, com 2 min de recuperação a 50%Pmax) para a determinação da MLSSi. Foram determinados na MLSSc e MLSSi o tempo (TMcg) e o VO2 mantidos na carga (VO2ACcg) e o consumo acumulado de oxigênio (VO2AC) durante o exercício. O TMcg (27,1 ± 1,2 e 10,1 ± 3,4 min) e o VO2ACcg (96,7 ± 1,1 e 35,1 ± 10,7 l) foram estatisticamente maiores no exercício contínuo do que no intermitente, respectivamente. O VO2AC (104,4 ± 9,4 e 102,2 ± 8,9 l) foi similar nas condições contínua e intermitente. Pode-se concluir que a possível superioridade do treinamento intervalado realizado nas condições deste estudo, não parece ser determinada pela interação entre o tempo de exercício e o VO2 acumulado (i.e., VO2AC) na MLSS.
Palavras-chave: treino aeróbio, ciclismo, capacidade aeróbia, adaptação aeróbia.
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