Efeito da vibração mecânica nos resultados de testes de 1RM no exercí­cio supino horizontal em adultos treinados

Autores

  • Walace Monteiro UERJ

DOI:

https://doi.org/10.33233/rbfe.v6i1.3505

Resumo

A possibilidade do uso da vibração como intervenção em exercí­cios é uma idéia relativamente recente. O objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito do emprego da estimulação mecânica vibratória (EMV) no resultado do teste de 1RM no exercí­cio supino horizontal em indiví­duos treinados. Participaram do estudo 14 homens com idades entre 20 e 30 anos (25,5 ± 2,6 anos), experientes no treinamento de força a pelo menos um ano. Antes do iní­cio do protocolo experimental os voluntários foram submetidos a um perí­odo de familiarização ao teste de 1RM. A coleta de dados foi realizada em quatro dias não consecutivos, nos quais dois dias destinaram-se a condução dos testes com vibração e dois aos testes sem vibração. A ordem de entrada dos sujeitos nos procedimentos foi alternada. A EMV foi realizada em uma plataforma vibratória durante um perí­odo de 20 segundos. Os parâmetros de vibração utilizados foram: 40 Hz de freqüência e 4-6 mmde amplitude. Em cada dia de teste realizaram-se três tentativas para verificar a carga máxima obtida para 1RM. O maior valor apontado para cada procedimento foi usado para efeito de comparação das cargas obtidas com e sem vibração. A análise dos resultados foi feita através do teste t, adotando-se um ní­vel de significância de p < 0,05. Os resultados indicaram diferenças significativas para os valores das cargas obtidas nos testes de 1RM precedidos da EMV (127,6 ±15,3 kge 130,5 ±15,4 kgcom EMV). No entanto, o significado real dessa diferença deve ser analisado com cautela, uma vez que o delta a ela associado não ultrapassou o erro técnico da medida. Em conclusão, ao menos no tempo, freqüência e amplitude observados, o emprego da vibração pode afetar positivamente nos resultados dos testes de 1RM no exercí­cio supino horizontal em indiví­duos experientes no treinamento de força. Em virtude das limitações impostas pela pouca variação da carga de 1RM, que no presente estudo permaneceu nos limites do erro da medida, novos estudos são necessários para ratificação desses resultados.

Palavras-chave: vibração mecânica, teste de 1RM, avaliação da força.

Biografia do Autor

Walace Monteiro, UERJ

Laboratório de Atividade Fí­sica e Promoção da Saúde, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (LABSAU-UERJ), Programa de Pós-graduação em Ciências da Atividade Fí­sica, Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO)

Referências

Cormie P, Deane Rs, Triplett Nt, Mcbride Jm. Acute effects of whole-body vibration on muscle activity, strength, and power. J Strength Cond Res 2006;20(2):257-61.

Roelants M, Verschueren Smp, Delecluse C, Levin O, Stijnen V. Whole-body-vibration induced increase in leg muscle activity during different squat exercises. J Strength Cond Res 2006;20(1):124-9.

Bosco C, Iacovelli M, Tsarpela O, Cardinale M, Bonifazi M, Tihanyi J et al. Hormonal responses to whole-body vibration in men. Eur J Appl Physiol 2000;81(6):449-54.

Cardinale M, Lim J. The acute effects of two different whole body vibration frequencies on vertical jump performance. Medicina Dello Sport, 2003;56(4):287-92.

Cochrane DJ, Stannard SR. Acute whole body vibration training increases vertical jump and flexibility performance in elite female field hockey players. Br J Sports Med 2005;39(11):860-5.

Sands W, McNeal JR, Stong MH, Russell EM, Jemni M. Flexibility enhancement with vibration: acute and long-term. Med Sci Sports Exerc 2006;38(4)720-25.

Torvinen S, Kannus P, Sievânen H, Jarvinen TAH, Pasanen M, Kontulainen S, et al. Effect of vibration exposure on muscular performance and body balance. Randomized cross-over study. Clin Physiol Funct Imaging 2002;22(2):145-52.

Fransson PA, Kristinsdottir EK, Hafstrom A, Magnusson M, Johansson R. Balance control and adaptation during vibratory perturbations in middle-aged and elderly humans. Eur J Appl Physiol 2004;91(5-6):595-603.

Verschueren SMP, Roelants M, Delecluse, C.; Swinnen, S.; Vanderschueren, D.; Boonen, S. Effect of 6-month whole vibration training on hip density, muscle strength, and postural control in postmenopausal women: a randomized controlled pilot study. J Bone Miner Res 2004;19(3):352-59.

Armstrong TJ, Fine LJ, Radwin RG, Silverstein BS. Ergonomics and the effects of vibration in hand-intensive work. Scand J Work Environ Health 1987;13(4):286.

Bongiovanni LG, Hagbarth KE. Tonic vibration reflexes elicited during fatigue from maximal voluntary contractions in man. J Physiol 1990;423:1-14.

Roelants M, Delecluse C, Goris M, Verschueren S. Effects of 24 weeks of whole body vibration training on body composition and muscle strength in untrained females. Int J Sports Med 2004;25(1):1-5.

van der Tillaar R. Will whole-body vibration training help increase the range of motion of the hamstrings? J Strength Cond Res 2006;20(1):192-96.

Weir JP, Wagner LL, Housh TJ. The effect of rest interval length on repeated maximal bench presses. J Strength Cond Res 1994;8(1):58-60.

Dias RMR, Cyrino ES, Salvador EP, Caldeira LFS, Nakamura FY, Papst RR, et al. Influência do processo de familiarização para avaliação da força muscular em testes de 1RM. Rev Bras Med Esporte 2005;11(1):34-38.

Monteiro W, Simão R, Farinatti P. Manipulação na ordem dos exercícios e suas influências sobre número de repetições e percepção subjetiva de esforço em mulheres treinadas. Rev Bras Med Esporte 2005;11(2):146-50.

Hopkins GW. Measures of reliability in sports medicine and science. Sports Med 2000; 30(1):1-15.

Rittweger J, Beller G, Felsenberg D. Acute physiological effects of exhaustive whole-body vibration exercise in man. Clin Physiol 2000;20(2):134-42.

Cardinale M, Bosco C. The use of vibration as an exercise intervention. Exerc Sport Sci Rev 2003;31(1):3-7.

Fajardo JT, Ferliú GM. Entrenamiento por medio de vibraciones mecânicas: revisión de la literatura. Revista Digital [online] 2004;10(79). [citado 2006 Nov 18]. Disponível em: URL: http://www.efdeportes.com.

Rothmuller C, Cafarelli E. Effect of vibration on antagonist muscle coactivation during progressive fatigue in humans. J Physiol 1995;485:857-64.

Gabriel DA, Basford JR. Vibratory facilitation of strength in fatigued muscle. Arch Phys Med Rehabil 2002;83(9):1202-5.

Rittweger J, Mutschelknauss M, Felsenberg D. Acute changes in neuromuscular excitability after exhaustive whole body vibration exercise as compared to exhaustion by squatting exercise. Clin Physiol Funct Imaging 2003;23(2)81-86.

Downloads

Publicado

2009-01-10

Edição

Seção

Artigos originais