Mudança na composição corporal e consumo alimentar no período pré-competição da equipe campeã paulista de futebol feminino de campo
DOI:
https://doi.org/10.33233/rbfe.v9i3.3528Resumo
O objetivo foi avaliar o consumo alimentar e perfil antropométrico pré e pós-competição das jogadoras profissionais de futebol feminino de campo. Fizeram parte 18 atletas (22,62 ± 3,67 anos). Avaliou-se o consumo alimentar no período pré-competição e a composição centesimal dos nutrientes foi calculado pelo NutWin 2.5, comparadas com a recomendação das DRI. Aferiu-se peso corporal e estatura para cálculo do índice de massa corporal (IMC), circunferências e dobras cutâneas para cálculo do percentual de gordura corporal e massa muscular. Utilizou-se estatística descritiva, teste t-student e percentuais dos parâmetros analisados. Para a maioria dos nutrientes houve inadequação, sendo que a ingestão protéica (31,88%) estava acima do adequado e lipídica dentro dos limites recomendáveis. O consumo glicídico (56,85 ± 22,43%), fibras (46,13 ± 28%) e cálcio (49,98 ± 26,14%) estavam abaixo da recomendação. No pré e pós-competição, o estado nutricional encontrou-se dentro da faixa de eutrofismo (19,93 ± 2,72 kg/m2). Houve aumento significativo de IMC (p = 0,004) no pós-competição, justificado pelo aumento de 29,85% no percentual de massa muscular e redução de 7,4% do percentual de gordura. Apesar da normalidade da massa magra e adiposa, a inadequação alimentar pode prejudicar o desempenho físico das atletas, havendo necessidade de acompanhamento nutricional, visando í adequação da qualidade da dieta.
Palavras-chave: jogadoras de futebol, avaliação antropométrica, consumo alimentar.
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