Reprodutibilidade e comportamento da frequência cardíaca durante aulas de ginástica localizada
DOI:
https://doi.org/10.33233/rbfe.v9i3.3530Resumo
Ginástica localizada (GL), embora amplamente praticada, não possui informações referentes às repostas da frequência cardíaca (FC) durante a aula e a reprodutibilidade destas medidas. Desse modo, os objetivos foram verificar a reprodutibilidade da FC através de sua monitoração em aulas de GL e analisar seu comportamento nas aulas. Participaram do estudo 30 indivíduos (14 homens e 16 mulheres) com idade média de 21,9 ± 4,3 anos, massa corporal de 59,5 ± 10,3kg, estatura de 166,6 ± 8,4cm. Aplicaram-se duas aulas (50 min) de GL idênticas, ministradas pelo mesmo professor, temperatura ambiente controlada, com intervalo de uma semana entre as sessões. Foram constituídas por alongamento/aquecimento envolvendo todos os seguimentos corporais (20 min); parte principal enfatizando exercícios localizados de membros inferiores (25 min) e esfriamento/alongamento (5 min). Utilizou-se 2 séries de 15 repetições para todos os exercícios abordados, exceto nos exercícios abdominais, 2 séries de 30 repetições. FC foi medida pelo método pulsatório (na artéria radial por 15 segundos, sendo multiplicado o valor resultante por quatro) a cada 5 min, totalizando 10 medidas por sessão. Correlação intra-classe indicou alta reprodutibilidade (r = 0,76; p < 0,01) nas medidas de FC obtidas pelo método pulsatório radial entre as aulas, além disso, o teste T de Student para amostras dependentes não evidenciou diferenças significantes (p > 0,05) entre as médias (%FCMáx) obtidas entre as aulas de GL1 (58,80 ± 7,82) e GL2 (57,03 ± 8,59). Podemos concluir que o método de medida da FC pulsatória constitui-se numa maneira de controle da intensidade do esforçoem aulas de GL.Alémdisso, o estresse cardiorrespiratório gerado pela aula de GL parece ser suficiente para promover melhorias na aptidão aeróbia.
Palavras-chave: ginástica, frequência cardíaca, reprodutibilidade dos testes.
Referências
Elsawy B, Higgins K. Physical activity guidelines for older adults. Am Fam Phys 2010; 81(1):55-9.
Berenson GS. Cardiovascular health promotion for children: a model for a Parish (County)-wide program (implementation and preliminary results). Prev Cardiol Winter 2010;13(1):23-8.
Parra-Medina D, Wilcox S, Wilson DK, Addy CL, Felton G, Poston MB. Heart Healthy and Ethnically Relevant (HHER) Lifestyle trial for improving diet and physical activity in underserved African American women. Contemp Clin Trials 2010;31(1):92-104.
U.S. Department of Health and Human Services. 2008 Physical Activity Guidelines for Americans. Washington: The Secretary of Health and Human Services; 2008.
Haskellw L, Lee IM, Pate RR, Powell KE, Blair SN, Franklin BA, et al. Physical activity and public health: updated recommendation for adults from the American College of Sports Medicine and the American Heart Association. Med Sci Sports Exerc 2007;39:1423-34.
American College of Sports Medicine. ACSM’s Guidelines for Exercise Testing and Prescription. Med Sci Sports Exerc 2009;41(3):687-708.
Gilman M B, Wells CL. The use of heart rates to monitor exercise intensity in relation to metabolic variables. Int J Sports Med 1993;14:339-44.
Karvonen J, Vuorimaa T. Heart rate and exercise intensity during sports activities: practical application. Sports Med 1988;5:303-12.
Padilla S, Mujika I, Orbaños J, Angulo F. Exercise intensity during competition time trials in professional road cycling. Med Sci Sports Exerc 2000;32(4):850-56.
Padilla S, Mujika I, Santisteban J, Impellizzeri FM, Goiriena JJ. Exercise intensity and load during uphill cycling in professional 3-week races. Eur J Appl Physiol 2008; 102:431-38.
Olson MS, Williford HN, Smith FH. The heart rate VO2 relationship of aerobic dance: a comparison of target heart rate methods. J Sports Med Phys Fitness 1992;32: 372-77.
Martinovic NMVP, Bottaro M, Novaes JS. Respostas cardiovasculares e metabólicas do step training em diferentes alturas de plataforma. Rev Bras Ativ FÃs Saúde 2002;7(2):5-13.
Beckham SG, Ernest CP. Metabolic cost of free weight circuit weight training. J Sports Med Phys Fitness 2000;40:118-25.
Taylor HL, Buskirk E, Henschel A. Maximal oxygen intake as an objective measure of cardiorespiratory performance. J Appl Physiol 1995;8:73-80.
Saltin B, Blomqvist B, Mitchel JH, Johnson Junior RL, Wildenthal K, Chapman CB. Response to submaximal and maximal exercise after bed rest and training. Circulation 1968;38:71-78.
Londeree BR, Thomas TR, Ziogas G, Smith G, Thomas D, Zhang Q. % VO2 máx versus % HR máx regressions for six modes of exercise. Med Sci Sports Exerc 1995;27: 458-461.
Swain DP, Abernathy KS, Smith CS, Lee SJ, Bunn SA. Target heart rates for the development of cardiorespiratory fitness. Med Sci Sports Exerc 1994;26(1):112-6.
Bland JM, Altman DJ. Regression analysis. Lancet 1986;(1)8486:908-909.
Polito MD, Simão SJW, Farinatti PTV. Efeito hipotensivo do exercÃcio de força realizado em intensidades diferentes e mesmo volume de trabalho. Rev Bras Med Esporte 2003;9(2):69-73. T
Thompson PD, Crouse SF, Goodpaster B, Kelley D, Moyna N, Pescatello L. The acute versus the chronic response to exercise. Med Sci Sports Exerc 2001;6:438-45.
Stanforth D, Stanforth PR, Hoemeke MR. Physiologic and metabolic responses to a body pump workout. J Strength Cond Res 2000;14(2):144-150.
Grossl T, Guglielmo LGA, Carminatti LJ, Silva JF. Determinação da intensidade da aula de power jump por meio da freqüência cardÃaca. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 2008;10(2):129-36.
Hwu YJ, Vivien EC, Lin FY. A study of the effectiveness of different measuring times and counting methods of human radial pulse rates.
King E, Cobbin D, Walsh S, Ryana D. The reliable measurement of radial pulse characteristics. Acupunct Med 2002;20(4):150-9.
Huse D, Patterson P, Nichols J. The validity and reliability of the 12-minute Swin Test in male swimmers Age 13-17. Measurement in Physical Education and Exercise Science 2000;4(1):45-55.
DeVan, Lacy BK, Cortez-Cooper MY, Tanaka H. Post-exercise palpation of pulse rates: its applicability to habitual exercisers. Scand J Med Sci Sports 2005:15:177-81.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2010 Rafael Ayres Montenegro
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos: Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista; Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista; Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).