Série simples versus séries múltiplas: efeitos sobre o treinamento e destreinamento da força máxima em mulheres jovens
DOI:
https://doi.org/10.33233/rbfe.v5i1.3550Resumo
O objetivo do presente estudo foi comparar os efeitos da utilização de série simples ou de séries múltiplas em programas de treinamento com pesos com duração de oito semanas sobre a força máxima, bem como sobre o destreinamento subseqüente dessa capacidade neuromuscular por um período de dez semanas, em mulheres. Para isso, foram familiarizadas com um primeiro teste de força máxima (1-RM) nos exercícios: supino, puxada nas costas, extensão e fl exão de joelho. Após 2 dias de descanso, as 19 voluntárias foram reavaliadas em sua força máxima (1-RM). Depois, foram divididas em dois grupos: um que treinou através de três séries os exercícios de membros inferiores e através de apenas uma série os exercícios de membros superiores (3I-1S), e outro grupo que fazia o inverso (1I-3S). Ambos treinaram com uma freqüência de três sessões semanais, com cargas que permitiam a realização de 10 a 12-RM, as quais eram ajustadas de acordo com a evolução do estado de treinamento. A força máxima de ambos os grupo melhorou após quatro semanas de treinamento (P < 0,05), sem aumentos adicionais nas quatro semanas seguintes nos quatro exercícios (P > 0,05). O período de destreinamento de dez semanas não ocasionou qualquer redução na 1 RM. Em nenhum momento houve diferença entre os grupos na expressão da força máxima. Com isso, concluiu-se que o treinamento com pesos, baseado na aplicação de série única, resultou
em um ganho de força máxima equivalente ao de três séries. Em adição, ambos os grupos tiveram retenção total da força máxima após período relativamente longo de destreinamento.
Palavras-chave: série simples, séries múltiplas, força muscular, uma repetição máxima (1 RM).
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