Análise do equilíbrio postural em idosos praticantes e não praticantes de Pilates
DOI:
https://doi.org/10.33233/rbfe.v19i3.3656Palavras-chave:
equilíbrio; idosos; PilatesResumo
Introdução: O processo de envelhecimento ocasiona uma série de mudanças fisiológicas, as quais estão associadas aos aspectos psíquicos e funcionais do corpo humano. Neste sentido, há o declínio das capacidades funcionais como força, equilíbrio, propriocepção e flexibilidade, ocasionado pelo comprometimento neuromuscular. Objetivo: Este estudo teve como objetivo analisar o efeito da prática de Pilates no equilíbrio postural em idosos. Métodos: Participaram do estudo 34 idosos, dentre os quais 25 do sexo feminino e 9 do sexo masculino, os quais foram distribuídos em dois grupos: Praticantes de Pilates e Não Praticantes de Pilates. As variáveis relacionadas foram os itens e scores obtidos nas seções do BESTest, bem como o score do Mini-Mental e Baecke. Resultados: Não foram encontradas diferenças estatísticas entre os grupos Praticantes de Pilates e Não Praticantes de Pilates para os itens: idade t1,32 = 0,416, p = 0,680), quedas (t1,32 = 0,000, p = 1,000), estatura (t1,32 = 0,542, p = 0,592), massa corporal (t1,32 = 0,380, p = 0,705), IMC (t1,32 = 1,143, p = 0,262), MiniMental (t1,32 = -1,791, p = 0,083) e Baecke (t1,32 = -0,92, p = 0.928). Entretanto, o teste T apresentou diferença estatística para o BESTest (t1,32 = -2,750, p= 0,010), tendo o grupo Praticante de Pilates uma pontuação geral maior (Praticante de Pilates = 91 (7,15) / Não Praticante de Pilates = 77,64 (19,52). Conclusão: A prática de Pilates promoveu benefícios no equilíbrio dinâmico nos idosos e uma importante ferramenta para prevenção de quedas.
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