Avaliação da força de preensão manual durante uma sessão de hemodiálise

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33233/rbfex.v20i1.4020

Palavras-chave:

força muscular; insuficiência renal crônica; hemodiálise

Resumo

Objetivo: Analisar o comportamento da força de preensão manual em pacientes com insuficiência renal crônica durante uma sessão de hemodiálise, estratificado por sexo. Métodos: Aplicou-se o teste de força de preensão manual antes da sessão de hemodiálise, com uma hora de tratamento, com duas horas, três horas e quatro horas, além de uma ficha sociodemográfica e de saúde (aplicada antes da sessão de hemodiálise) em 38 pacientes de uma Clínica Renal localizada no Noroeste do estado do Rio Grande do Sul. As informações obtidas dos ensaios de teste de força de preensão manual foram analisadas por histogramas com representação dos valores médios e desvio-padrão e pelo teste de Mann-Whitney e Wilcoxon em cinco diferentes momentos para cada paciente estudado que estivessem independentes ou ligados, respectivamente. O intervalo de confiança adotado foi de 95% (p≤0,05). Resultados: Evidenciou-se que a força de preensão manual no momento pré-hemodiálise foi significativamente maior nos homens, quando comparados às mulheres e que houve uma redução significativa em todos os momentos do estudo para todos os sujeitos (antes da hemodiálise, após uma hora, duas horas, três horas e quatro horas de tratamento). Esta redução também ocorreu quando os dados foram estratificados por sexo, salienta-se que os homens tiveram valores superiores em todos os momentos. Conclusão: Estes achados mostram que o tratamento hemodialítico interfere negativamente na força de preensão manual de pessoas com insuficiência renal crônica, sendo necessárias estratégias para incremento desta valência física para auxiliar no tratamento e no dia a dia das pessoas em hemodiálise.

Biografia do Autor

Thais Severo Dutra, UNICRUZ

Aluna do curso de Educação Fí­sica (UNICRUZ), Bolsista PIBITI-CNPq 

Juliedy Waldow Kupske, UNIJUÍ

Mestranda do Programa de Mestrado em Atenção Integral a Saúde (UNIJUÍ/UNICRUZ)

Moane Marchesan, UNIJUÍ

Doutora em Educação Fí­sica (UFSC), Professora adjunta da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUI)

Rodrigo Fernando dos Santos Salazar, UNICRUZ

Doutor em Quí­mica pela Universidade Federal de São Carlos, Professor titular I da Universidade de Cruz Alta (UNICRUZ)

Kalina Durigon Keller, UNICRUZ

Mestre em Ciências da Reabilitação (UFCSPA),  Docente da Universidade de Cruz Alta (UNICRUZ)

Paulo Ricardo Moreira, UNICRUZ

Doutor em Medicina (Nefrologia) - UFRGS,  Professor do Programa de Pós-Graduação em Atenção Integral á Saúde (UNIJUÍ/ UNICRUZ)

Rodrigo de Rosso Krug, UNICRUZ

Doutor em Ciências Médicas (UFSC), Professor do Programa de Pós-Graduação em Atenção Integral á Saúde (UNIJUÍ/ UNICRUZ)  

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Publicado

2021-07-25

Edição

Seção

Artigos originais