Teste de degrau de seis minutos no sobrepeso e obesidade: validação, confiabilidade e equação de predição

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33233/rbfex.v19i5.4296

Palavras-chave:

estudo de validação; reprodutibilidade dos testes; obesidade; teste de esforço; força muscular

Resumo

Objetivo: Avaliar a validação do constructo e a reprodutibilidade intra-avaliador do teste de degrau de 6 minutos (TD6M) e desenvolver uma equação de predição para o desempenho no teste de degrau em indivíduos com sobrepeso e obesidade. Métodos: Foram analisados 35 indivíduos, divididos em dois grupos: obesidade/sobrepeso e grupo controle. O TD6M e o teste de caminhada de 6 minutos (TC6M) foram feitos em dias distintos. Para avaliar a força muscular de membros inferiores foi utilizado o dinamômetro isocinético. Resultados: Uma correlação positiva moderada entre os desempenhos no TD6M e no TC6M foi encontrada no grupo obesidade/sobrepeso (r = 0,501; p = 0,01). A reprodutibilidade no grupo obesidade/sobrepeso foi excelente tanto para o desempenho quanto para as variáveis cardiovasculares (coeficiente de correlação intraclasse (CCI) > 0,8; p < 0,000), com exceção da PAD imediatamente após, que apresentou reprodutibilidade muito boa (CCI = 0,79; p < 0,000). No grupo obesidade/sobrepeso foi desenvolvida a seguinte equação de predição: número de subidas no degrau = 85,847 + 0,482 x (pico de torque de extensão do joelho). Conclusão: O TD6M é válido, reprodutível e uma alternativa viável para avaliar a capacidade funcional de exercício em jovens obesos e com sobrepeso. Os resultados mostraram que a força muscular dos membros inferiores é capaz de prever o desempenho no TD6M.

Biografia do Autor

Thúlio Nilson do Nascimento Pereira, UFRPE

Universidade Federal Rural de Pernambuco, Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal, Recife/PE, Brasil

Anna Myrna Jaguaribe de Lima, UFRPE

Universidade Federal Rural de Pernambuco, Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal, Recife/PE, Brasil

Jéssica do Carmo Anjos do Monte, UFRPE

Universidade Federal Rural de Pernambuco, Departamento de Educação Fí­sica, Recife, PE, Brasil

Leandro Augusto da Silva Araújo, UFRPE

Universidade Federal Rural de Pernambuco, Departamento de Educação Fí­sica, Recife/PE, Brasil

Cinthia Rodrigues de Vasconcelos, UFPE

Universidade Federal de Pernambuco, Departamento de Fisioterapia, Recife/PE, Brasil

Anísio Francisco Soares, UFRPE

Universidade Federal Rural de Pernambuco, Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal, Recife/PE, Brasil

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Publicado

2021-10-15