Eficácia do treinamento resistido na força muscular e funcionalidade em indivíduos adultos após o acidente vascular cerebral: uma revisão sistemática de revisões

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33233/rbfex.v20i4.4799

Palavras-chave:

treinamento resistido; acidente vascular cerebral; força muscular

Resumo

Objetivo: Sumarizar revisões sistemáticas que analisaram a eficácia do treinamento resistido na força muscular e funcionalidade em indivíduos adultos após o acidente vascular cerebral. Métodos: Revisão sistemática, PROSPERO (CRD42020208823), realizada nas bases: Pubmed, EBSCO, Lilacs, Medline, Portal BVS, Scielo, Cochrane, SPORTDiscus e PEDro. Descritores: “Resistance Training”, “Stroke” e “Systematic Review”. Incluídos: Revisões sistemáticas; compostas por ensaios clínicos randomizados e/ou estudos de intervenção controlados; que testaram intervenções de treinamento resistido; comparado a outras intervenções neuromusculares, tratamento convencional ou técnicas de simulação ou placebo; em adultos que tiveram acidente vascular cerebral, não importando o estágio da doença; para os desfechos: força muscular e funcionalidade. Tais estudos deveriam estar disponíveis na integra. Não foram realizadas restrições quanto ao idioma/tempo de publicação dos estudos. O risco de viés foi avaliado pela escala AMSTAR-2. Resultados: Identificados 139 artigos, contudo, após análise 10 foram incluídos. Esses eram revisões com meta-análise, publicados entre 2009 e 2020. As intervenções de treinamento resistido foram estatisticamente significativas para aumentar a força muscular de membros superiores e inferiores, ganhos em 1RM e desempenho no teste de caminhada de 6 minutos. O treinamento resistido não foi estatisticamente significativo para aumento da atividade, velocidade da marcha máxima e velocidade da marcha preferida. Os estudos eram de alto/moderado risco de viés. Conclusão: Embora o treinamento resistido seja estatisticamente significativo para o aumento da força muscular e desempenho no teste de caminhada de 6 minutos, esses resultados parecem não ser clinicamente relevantes. Não houve melhora na velocidade de marcha preferida e velocidade de marcha máxima.

Biografia do Autor

Ramon Martins Barbosa, Instituto Mover

Instituto Mover, Centro Especializado em Fisioterapia, Feira de Santana, Bahia, Brasil

Larissa Gessilda da Silva Barbosa, Instituto Mover

Instituto Mover, Centro Especializado em Fisioterapia, Feira de Santana, Bahia, Brasil, Universidade Salvador, UNIFACS, Feira de Santana, Bahia, Brasil

Hiago Silva Queiroz, Instituto Mover

Instituto Mover, Centro Especializado em Fisioterapia, Feira de Santana, Bahia, Brasil, Universidade Salvador, UNIFACS, Feira de Santana, Bahia, Brasil

Lais Santos Oliveira , UNIFACS

Instituto Mover, Centro Especializado em Fisioterapia, Feira de Santana, Bahia, Brasil, Universidade Salvador, UNIFACS, Feira de Santana, Bahia, Brasil

Marivaldo Nascimento da Silva Júnior, Instituto Mover

Instituto Mover, Centro Especializado em Fisioterapia, Feira de Santana, Bahia, Brasil, Universidade Salvador, UNIFACS, Feira de Santana, Bahia, Brasil

Bruno Santiago Silva, Hospital Municipal de Serrinha

Instituto Mover, Centro Especializado em Fisioterapia, Feira de Santana, Bahia, Brasil, Hospital Municipal de Serrinha, HMS, Bahia, Brasil

Cristiano Oliveira Souza, Hospital Municipal de Serrinha

Hospital Municipal de Serrinha, HMS, Bahia, Brasil

Alan Carlos Nery dos Santos, Instituto Mover

Instituto Mover, Centro Especializado em Fisioterapia, Feira de Santana, Bahia, Brasil, Universidade Salvador, UNIFACS, Feira de Santana, Bahia, Brasil

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2021-09-09

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