Efeitos da plataforma vibratória na densidade mineral óssea em mulheres pós-menopausa: uma revisão sistemática
DOI:
https://doi.org/10.33233/rbfex.v21i2.5189Palavras-chave:
vibração; densidade óssea; pós-menopausaResumo
Introdução: Revisar estudos que analisaram os efeitos da plataforma vibratória sobre a densidade mineral óssea em mulheres na pós-menopausa. Métodos: Revisão sistemática, PROSPERO (CRD42020173020), de artigos publicados nas bases Pubmed, PEDro e Portal da BVS. Descritores: “Vibration”, “Bone Density”, “Women”, “Osteoporosis”, “Postmenopausal” e “Clinical Trial”. Incluídos: 1) Ensaios clínicos randomizados; 2) que analisaram os efeitos da plataforma vibratória na densidade mineral óssea; 3) em mulheres pós-menopausa; 4) disponíveis na íntegra. Excluídos: 1) ausência dos parâmetros frequência, tempo de exposição e posição corporal e, 2) teses e dissertações de mestrado/doutorado. A qualidade metodológica (risco de viés) foi avaliada com a escala PEDro e ferramenta de risco de viés da Cochrane. Resultados: As buscas identificaram 1.108 estudos, contudo, 7 foram incluídos. Eram ensaios clínicos randomizados, publicados entre 2006 e 2020. A amostra totalizou 509 mulheres pós-menopáusicas. Dessas, 292 utilizaram a plataforma vibratória, e 217 do grupo controle e/ou outras intervenções. O tempo desde a menopausa variou entre 1 e 12 anos. O protocolo de intervenção, variou entre 12,5 e 90 Hz, com tempo de exposição entre 5 e 60 minutos, com duração de 4 a 12 meses. Os resultados sugerem que a plataforma vibratória promoveu melhoras e/ou manutenção na densidade mineral óssea do fêmur, coluna lombar e cervical em mulheres pós-menopausa. Na análise metodológica, a maioria dos estudos possuem moderado risco de viés. Conclusão: A plataforma vibratória promove aumento/manutenção na densidade mineral óssea em mulheres pós-menopáusicas, podendo acarretar em redução das quedas e diminuição do risco de hospitalização.
Referências
Weber-Rajek M, Mieszkowski J, Niespodziński B, Ciechanowska K. Whole-body vibration exercise in postmenopausal osteoporosis. Menopausal Rev 2015;1:41-7. doi: 10.5114/pm.2015.48679
Aziziyeh R, Amin M, Habib M, Garcia Perlaza J, Szafranski K, McTavish RK, et al. The burden of osteoporosis in four Latin American countries: Brazil, Mexico, Colombia, and Argentina. J Med Econ 2019;22:638-44. doi: 10.1080/13696998.2019.1590843
Marín-Cascales E, Rubio-Arias JÁ, Alcaraz PE. Effects of two different neuromuscular training protocols on regional bone mass in postmenopausal women: A randomized controlled trial. Front Physiol 2019;10. doi: 10.3389/fphys.2019.00846
Hernlund E, Svedbom A, Ivergård M, Compston J, Cooper C, Stenmark J, et al. Osteoporosis in the European Union: medical management, epidemiology and economic burden. Arch Osteoporos 2013;8:136. doi: 10.1007/s11657-013-0136-1
Severino G, Sanchez-Gonzalez M, Walters-Edwards M, Nordvall M, Chernykh O, Adames J, et al. Whole-body vibration training improves heart rate variability and body fat percentage in obese hispanic postmenopausal women. J Aging Phys Act 2017;25:395-401. doi: 10.1123/japa.2016-0087
Wong A, Alvarez-Alvarado S, Kinsey AW, Figueroa A. Whole-Body vibration exercise therapy improves cardiac autonomic function and blood pressure in obese pre- and stage 1 hypertensive postmenopausal women. J Altern Complement Med 2016;22:970-6. doi: 10.1089/acm.2016.0124
Robinson CC, Barreto RPG, Sbruzzi G, Plentz RDM. The effects of whole body vibration in patients with type 2 diabetes: a systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. Brazilian J Phys Ther 2016;20:4-14. doi: 10.1590/bjpt-rbf.2014.0133
Gloeckl R, Richter P, Winterkamp S, Pfeifer M, Nell C, Christle JW, et al. Cardiopulmonary response during whole-body vibration training in patients with severe COPD. ERJ Open Res 2017;3:00101-2016. doi: 10.1183/23120541.00101-2016
Moura RF, Santos ACN, Barbosa RM, Martinez BP, Gomes VA. Safety and application of the vibratory platform in hospitalized patients: A systematic review. Pesqui Fisioter 2020;10(4):774-84. doi: 10.17267/2238-2704rpf.v10i4.3251
Moher D, Liberati A, Tetzlaff J, Altman DG, PRISMA Group. Preferred reporting items for systematic reviews and metaanalyses: the PRISMA statement. PLoS Med 2009;6(7):e100009. doi: 10.1371/journal.pmed.1000097
Vasconcellos F, Seabra A, Katzmarzyk PT, Kraemer-Aguiar LG, Bouskela E, Farinatti P. Physical activity overweight and obese adolescentes: systematic review of the effects on physical fitness components and cardiovascular risk factors. Sports Med 2014;44(8):1139-52. doi: 10.1007/s40279-014-0193-7
Carvalho APV, Silva V GA. Avaliação do risco de viés de ensaios clínicos randomizados pela ferramenta da colaboração Cochrane. Diagnóstico Trat [Internet] 2013 [cited 2022 June 6];18(1):38-44. Available from: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/fr/lil-670595
Gusi N, Raimundo A, Leal A. Low-frequency vibratory exercise reduces the risk of bone fracture more than walking: A randomized controlled trial. BMC Musculoskelet Disord 2006;7:1-8. doi: 10.1186/1471-2474-7-92
Beck BR, Norling TL. The effect of 8 mos of twice-weekly low- or higher intensity whole body vibration on risk factors for postmenopausal hip fracture. Am J Phys Med Rehabil 2010;89(12):997-1009. doi: 10.1097/PHM.0b013e3181f71063
Slatkovska L, Alibhai SMH, Beyene J, Hu H, Demaras A, Cheung AM. Effect of 12 months of whole-body vibration therapy on bone density and structure in postmenopausal women:A randomized trial. Ann Intern Med 2011;155(10):668-79. doi: 10.7326/0003-4819-155-10-201111150-00005
Von Stengel S, Kemmler W, Bebenek M, Engelke K, Kalender WA. Effects of whole-body vibration training on different devices on bone mineral density. Med Sci Sports Exerc. 2011;43(6):1071-9. doi: 10.1249/MSS.0b013e318202f3d3
Lai CL, Tseng SY, Chen CN, Liao WC, Wang CH, Lee MC, et al. Effect of 6 months of whole body vibration on lumbar spine bone density in postmenopausal women: A randomized controlled trial. Clin Interv Aging 2013;8:1603-9. doi: 10.2147/CIA.S53591
Marín-Cascales E, Rubio-Arias JÁ, Alcaraz PE. Effects of two different neuromuscular training protocols on regional bone mass in postmenopausal women: A randomized controlled trial. Front Physiol 2019;10:10. doi: 10.3389/fphys.2019.00846
Sen EI, Esmaeilzadeh S, Eskiyurt N. Effects of whole-body vibration and high impact exercises on the bone metabolism and functional mobility in postmenopausal women. J Bone Miner Metab 2020;38(3):392-404. doi: 10.1007/s00774-019-01072-2
Rauch F, Sievanen H, Boonen S, Cardinale M, Degens H, Felsenberg D, et al. Reporting whole-body vibration intervention studies: Recommendations of the International Society of Musculoskeletal and Neuronal Interactions. J Musculoskelet Neuronal Interact [Internet] 2010 [cited 2022 June 6];10(3):193-8. Available from: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/20811143/
Totosy de Zepetnek JO, Giangregorio LM, Craven BC. Whole-body vibration as potential intervention for people with low bone mineral density and osteoporosis: A review. J Rehabil Res Dev 2009;46(4):529. doi: 10.1682/JRRD.2008.09.0136
Liu P-Y, Brummel-Smith K, Ilich JZ. Aerobic exercise and whole-body vibration in offsetting bone loss in older adults. J Aging Res 2011. doi: 10.4061/2011/379674
Marín-Cascales E, Alcaraz PE, Ramos-Campo DJ, Martinez-Rodriguez A, Chung LH, Rubio-Arias JA. Whole-body vibration training and bone health in postmenopausal women. Medicine (Baltimore) 2018;97(34):e11918. doi: 10.1097/MD.0000000000011918
Tyrovola JB, Odont X. The “mechanostat theory” of frost and the OPG/RANKL/RANK System. J Cell Biochem 2015;116(12):2724-9. doi: 10.1002/jcb.25265
Fratini A, Bonci T, Bull AMJ. Whole body vibration treatments in postmenopausal women can improve bone mineral density: results of a stimulus focussed meta-analysis. Nazarian A, editor. PLoS One 2016;11(12):e0166774. doi: 10.1371/journal.pone.0166774
Slatkovska L, Alibhai SMH, Beyene J, Cheung AM. Effect of whole-body vibration on BMD: a systematic review and meta-analysis. Osteoporos Int 2010;21(12):1969-80. doi: 10.1007/s00198-010-1228-z
Downloads
Arquivos adicionais
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Naiala de Jesus Silva Santos, Ramon Martins Barbosa, Everton Carvalho dos Santos, Vinícius Afonso Gomes

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos: Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista; Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista; Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).