Envelhecimento ativo e prevenção de quedas
DOI:
https://doi.org/10.33233/rbfe.v16i2.963Resumo
Uma das maiores conquistas culturais de um povo em seu processo de humanização é o envelhecimento de sua população, refletido em uma melhoria das condições de vida. Estima-se que em 2025 o Brasil será o sexto país do mundo em número de idosos, com aproximadamente 32 milhões de indivíduos acima de 60 anos [1].
Uma importante questão em saúde pública é o aumento da frequência de quedas com o avanço da idade. Embora elas não sejam consequências inevitáveis do envelhecimento, quando ocorrem sinalizam o início de fragilidade ou anunciam uma doença aguda, causam graves complicações para a saúde, altos custos assistenciais, além de causarem incapacidades e até mesmo a morte [2].
A meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza a participação da saúde e segurança como fatores que devem ser observados para que os idosos participem da sociedade, de acordo com suas necessidades, desejos e capacidades. Portanto estas mudanças remetem a debates e reflexões tanto na população em geral quanto no meio acadêmico, principalmente quanto í forma de proporcionar qualidade de vida a essa população [3].
A produção científica na área de gerontologia tem crescido consideravelmente e deixa clara a importância de envolver os idosos em programas de exercícios e/ou atividades físicas regulares para a prevenção de várias doenças, bem como para melhorar o bem-estar e a qualidade de vida [4]. Existe uma variedade de possibilidades de atividades voltadas para o envelhecimento da população que podem melhorar claramente a força, resistência, equilíbrio postural e biomecânica do corpo. Vários ensaios clínicos têm demonstrado redução significativa nas quedas em idosos que se exercitam regularmente [1,5-12].
O modo de exercício deve ser aceitável para a população-alvo, ou seja, os participantes devem encontrar uma atividade agradável e também serem capazes de participar regularmente dos programas de exercício [5].
Especificamente a dança tem sido uma atividade bastante procurada pelos idosos. Dentre seus benefícios podemos citar aumento do condicionamento físico, do ritmo, da flexibilidade, da força e da leveza, além de ser extremamente prazerosa e bem aceita por este público [1,5-12].
Outra modalidade é a água como boa opção para a prática de exercício físico e é certamente um meio diferenciado e bastante apropriado para pessoas idosas, permitindo o atendimento em grupos, a socialização e melhora significante da funcionalidade [13-14].
Portanto o grande desafio para clínicos e acadêmicos é desenvolver estratégias que reduzam o risco de quedas no envelhecimento, melhorando o equilíbrio e aumentando o leque de possibilidades para que se tenha um envelhecimento ativo.
Referências
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