Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício https://convergenceseditorial.com.br/index.php/revistafisiologia Revista Brasileira de Fisiologia do Exercí­cio Convergences Editorial pt-BR Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício 2675-1372 <p>Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos: Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a <a href="https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/">Licença Creative Commons Attribution</a> que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista; Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capí­tulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista; Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja <a href="http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html" target="_new">O Efeito do Acesso Livre</a>).</p> Aplicabilidade da espectroscopia vibracional na análise de biópsia líquida após teste de contra-relógio no ciclismo https://convergenceseditorial.com.br/index.php/revistafisiologia/article/view/5548 <p><em>Introdução</em>: A espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier e refletância total atenuada (ATR-FTIR) é uma técnica utilizada para analisar alterações bioquímicas em amostras biológicas. Entretanto, são necessários métodos quimiométricos e uso de ferramentas de inteligência artificial (IA) para análise desses dados. <em>Objetivo</em>: Investigar se o ATR-FTIR pode ser usado para caracterizar e distinguir o perfil bioquímico de atletas antes e após um teste de ciclismo. <em>Métodos</em>: Estudo transversal com 10 ciclistas realizando um teste contra o relógio de 20 km. <em>Resultados</em>: Os dados do ATR-FTIR, combinado com abordagens de reconhecimento de padrões, permitiram identificar diferenças bioquímicas entre os momentos pré e pós-teste. Após remoção de duas amostras outliers, análise de componentes principais (PCA) revelou uma separação distinta de pré e pós-teste a partir da região espectral fingerprint (1800 – 900 cm<sup>-1</sup>). A análise com amostragem pelo método de Monte Carlo associado ao algoritmo genético e análise discriminante (MC-GA-LDA) identificou regiões espectrais específicas relacionadas a essas diferenças, indicando as variações bioquímicas mais relevantes (bandas de 1338-1308, estiramento C-H assimétrico – amida III; e 1125-1108, estiramento assimétrico C-O-lactato). Esses resultados demonstram a sensibilidade do ATR-FTIR em detectar alterações metabólicas e sugerem sua aplicabilidade como ferramenta para monitorar respostas fisiológicas em atividades esportivas. A técnica pode ser útil no acompanhamento personalizado da carga de treinamento e identificação de marcadores específicos de desempenho, fadiga ou estresse fisiológico. <em>Conclusão</em>: A técnica espectroscópica ATR-FTIR, associada à quimiometria, pode ser uma abordagem promissora para caracterizar e distinguir o perfil bioquímico de atletas em resposta a estímulos físicos.</p> Leandro dos Santos Marcia Helena Cassago Nascimento Leonardo Barbosa Leal Ian Manhoni Baiense Ana Luiza de Castro Lopes Amanda Piaia Silvatti Richard Diego Leite Valerio Garrone Barauna Copyright (c) 2024 Leandro dos Santos, Marcia Helena Cassago Nascimento, Leonardo Barbosa Leal, Ian Manhoni Baiense, Ana Luiza de Castro Lopes, Amanda Piaia Silvatti, Richard Diego Leite, Valerio Garrone Barauna https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-23 2024-12-23 23 3 e235548 e235548 10.33233/rbfex.v23i3.5548 Alterações fisiológicas associadas à realidade virtual em pacientes submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio https://convergenceseditorial.com.br/index.php/revistafisiologia/article/view/5611 <p><em>Introdução:</em> A cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM) promove alterações fisiológicas nos pacientes e a Realidade Virtual (RV) é uma opção dentro do programa de reabilitação cardíaca, que pode ajudar a reduzir o desconforto e controlar os parâmetros fisiológicos. <em>Objetivo:</em> Descrever as alterações fisiológicas causadas pela prática da RV em pacientes submetidos à CRM. <em>Métodos:</em> Estudo transversal. Os pacientes submetidos à CRM utilizaram a RV por meio do aparelho XBOX 360 mais Kinect a partir do terceiro dia após a cirurgia cardíaca. A pressão arterial sistólica (PAS), a pressão arterial diastólica (PAD), a frequência cardíaca (FC), a frequência respiratória (FR), a saturação de oxigênio (SaO2) e a temperatura foram avaliadas em três momentos: antes da aplicação da RV, após o término da sessão e uma hora após a recuperação. <em>Resultados:</em> Foram incluídos 31 pacientes, com média de idade de 54 ± 8 anos, com maior prevalência no sexo masculino com 21 (68%) indivíduos. A PAS foi inicialmente de 123mmHg ± 18, 133 mmHg ± 17 (p = 0,25) imediatamente após a intervenção e 121mmHg ± 15 (p = 0,43) na recuperação. A variável FC foi analisada no pré-teste com 81bpm ± 11, no pós-teste com 92bpm ± 12 (p = 0,32), e na recuperação com 83bpm ± 13 (p = 0,83). A SpO<sub>2</sub> foi encontrada no pré com 96% ± 1, no pós-teste com 96% ± 1 (p = 0,83), e na recuperação com 97% ± 2 (p = 0,84). Comparando as variáveis do pré com o pós-teste e deste com as da recuperação, apesar das alterações clínicas, não se verificou uma diferença estatisticamente significativa. <em>Conclusão:</em> Os parâmetros fisiológicos avaliados, apesar das variações, mostraram que a sua aplicabilidade à realidade virtual é segura e viável.</p> André Luiz Lisboa Cordeiro Gleisiane de Oliveira Santos Santos Késsia Morgana Vital Oliveira Oliveira Nathaly Carneiro da Silva Rafaela da Silva Sales André Raimundo Guimarães Copyright (c) 2024 André Luiz Lisboa Cordeiro, Gleisiane de Oliveira Santos, Késsia Morgana Vital Oliveira, Nathaly Carneiro da Silva, Rafaela da Silva Sales, André Raimundo Guimarães https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-23 2024-12-23 23 3 e235611 e235611 10.33233/rbfex.v23i3.5611 Triagem para RED-S em corredoras de rua: um alerta para deficiência energética relativa no esporte https://convergenceseditorial.com.br/index.php/revistafisiologia/article/view/5602 <p><em>Introdução:</em> A síndrome de Deficiência de Energia Relativa no Esporte (RED-S) tornou-se problema relevante para atletas de endurance, sendo a baixa disponibilidade de energia (LEA) sua principal causa. Não há padrão ouro para diagnóstico, mas em 2023 o 3º consenso internacional sobre o tema sugeriu novo protocolo<strong>. </strong><em>Objetivo:</em> Objetivou-se avaliar o risco de LEA em corredoras de rua para triar atletas em risco para RED-S, e caracterizar volume semanal de treinamento. <em>Métodos:</em> Estudo observacional transversal realizado com 34 mulheres corredoras de rua (33,3 ± 5,8 anos de idade, 6,2 anos de experiência em treinamento, IMC 23,2 ± 2,9), cujo risco de LEA foi avaliado pelo Low Energy Availability in Females Questionnaire (LEAF-Q). O corte para classificação de risco consiste em ≥8 de pontuação total, com destaque para pontuação ≥ 2 para a subescala de lesões, ≥ 2 para a subescala de função gastrointestinal, e ≥ 4 para a subescala de função menstrual. <em>Resultados:</em> A prevalência de risco de LEA foi 23,5%; dentre as oito atletas identificadas com risco, 75% apresentaram elevadas pontuações para mais de uma subescala. A disfunção menstrual apresentou pontuação ≥4 em 75% das classificadas com risco. Embora não tenha sido encontrada correlação significativa entre o risco de LEA e volume e frequência de treinamento, as maiores prevalências de risco foram identificadas entre atletas com volume semanal entre 41-45 km. <em>Conclusão:</em> Os resultados indicam elevada prevalência de risco de LEA entre as corredoras de endurance, sugerindo a importância da triagem para RED-S e a necessidade de dar continuidade aos processos diagnósticos nessa população. </p> Marcos Lira Feitosa da Silva João Henrique Gomes Renata Rebello Mendes Copyright (c) 2024 Marcos Lira Feitosa da Silva, João Henrique Gomes, Renata Rebello Mendes https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-23 2024-12-23 23 3 e235602 e235602 10.33233/rbfex.v23i3.5602 Relação da insuficiência cardíaca e transtorno de depressão maior e o papel do exercício físico https://convergenceseditorial.com.br/index.php/revistafisiologia/article/view/5608 <p><em>Introdução:</em> Insuficiência Cardíaca (IC) e Transtorno de Depressão Maior (TDM) são doenças de elevada incidência, que geram altas taxas de morbidade e mortalidade. Após a pandemia da COVID-19, 246 milhões de pessoas foram diagnosticadas com TDM em todo o mundo, das quais cerca de 11,5 milhões ocorreram no Brasil. Em relação à IC, somente no ano de 2022, foram registradas 192.852 mil internações de emergência no Brasil. A correlação entre estas duas doenças é tão significativa que uma é considerada fator de risco para a outra, provocando um impacto negativo na qualidade de vida dos pacientes. <em>Objetivo:</em> Diante desse cenário, o objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão bibliográfica dos mecanismos fisiológicos que estão associados à IC e ao TDM, bem como o efeito do exercício físico na atenuação dos sintomas destas doenças. <em>Métodos:</em> Revisão bibliográfica narrativa com busca nas bases de dados PubMed, Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Google Acadêmico, utilizando as seguintes palavras-chave em português e inglês: insuficiência cardíaca; depressão; exercício físico; atividade física; treinamento de força; treinamento aeróbico e treinamento combinado. <em>Resultados:</em> Foram selecionados 7 artigos, incluindo estudos observacionais e ensaios clínicos. Os principais mecanismos compensatórios correlatos dessas doenças são a disfunção do sistema nervoso autonômico, a elevação de citocinas inflamatórias, a diminuição da síntese de óxido nítrico e a redução do fluxo sanguíneo cerebral. O exercício físico, sobretudo o treinamento aeróbico, foi responsável por melhorar os sintomas de depressão e função cognitiva, sem alteração significativa dos biomarcadores inflamatórios. <em>Conclusão:</em> Existe uma forte associação entre IC e TDM. Estratégias para mitigação dos sintomas destas doenças devem ser estimuladas para a melhora do desfecho clínico dos pacientes. Desta forma, o exercício físico é uma importante ferramenta no tratamento dos sintomas de pacientes com IC acometidos por TDM, na medida que promove melhorias nos desfechos clínicos relacionados com ambas as doenças.</p> Jéssica Oliveira Florentino Wallace Machado Magalhães de Souza Renata Maria Begni Afonso Copyright (c) 2024 Jéssica Oliveira Florentino, Wallace Machado Magalhães de Souza, Renata Maria Begni Afonso https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-23 2024-12-23 23 3 e235608 e235608 10.33233/rbfex.v23i3.5608 Dor e movimento: métodos práticos de avaliação para profissionais da saúde e do exercício https://convergenceseditorial.com.br/index.php/revistafisiologia/article/view/5618 <p><em>Introdução</em>: A dor é uma experiência desagradável que aflige quase toda a população mundial em algum momento da vida. Apesar da dor aguda servir como mecanismo de proteção, a dor crônica afeta negativamente a aptidão física, os aspectos sociais e psicológicos dos indivíduos, resultando em altos níveis de absentismo no trabalho e diminuição da produtividade, tornando-se um problema de saúde mundial. Existem várias opções de tratamento para a dor crônica e o exercício físico é a opção mais recomendada. No entanto, para a obtenção dos benefícios do exercício físico na redução da dor é preciso compreender os fatores que podem estar relacionados e/ou interferindo no fenômeno da dor. De igual forma, é essencial entender que cada indivíduo responde de uma maneira diferente a esse fenômeno. Nesse contexto, é preciso realizar uma avaliação detalhada da dor. Uma avaliação adequada permitirá aos profissionais do movimento, tais como profissionais de educação física, fisioterapeutas e outros profissionais da saúde, atuarem de forma mais eficiente no manejo da dor por meio do exercício físico. Contudo, por vezes a avaliação da dor pode ser muito complexa ou de alto custo dificultando sua utilização na prática profissional. <em>Discussão</em>: Portanto, o presente estudo busca apresentar e discutir métodos práticos e de baixo custo para a avaliação da dor de modo multidimensional, bem como destacar conceitos importantes no tratamento da dor. Desta forma, esse artigo será um ponto de partida para a atuação dos profissionais do movimento no manejo da dor por meio de métodos práticos e de baixo custo.</p> Poliana de Jesus Santos Lara Fabian Vieira Barbosa José Carlos Aragão-Santos Marcos Raphael Pereira-Monteiro Marzo Edir Da Silva Grigoletto Copyright (c) 2024 Poliana de Jesus Santos, Lara Fabian Vieira Barbosa, José Carlos Aragão-Santos, Marcos Raphael Pereira-Monteiro, Marzo Edir Da Silva Grigoletto https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-23 2024-12-23 23 3 e235618 e235618 10.33233/rbfex.v23i3.5618 Aptidão física como sinal vital: por que não a utilizamos na prática clínica? https://convergenceseditorial.com.br/index.php/revistafisiologia/article/view/5594 <p>A inatividade física pode ser considerada como uma doença do século XXI. Dentre diversos parâmetros físico, a força e a aptidão cardiorrespiratória se destacam por estarem fortemente associadas a mortalidade e doenças crônicas. Dessa forma, propomos que a aptidão física possa ser utilizada como sinal vital e que a força e aptidão cardiorrespiratória podem ser aplicadas para avaliar a saúde na prática.&nbsp; Isso pode ser realizado utilizando os pontos de corte de força muscular para idosos, como &lt;32 kg para homens e &lt;21 para mulheres, com uso de dinamômetro manual, e &lt;40% do peso corporal na extensão isométrica de joelho. Da mesma forma, diversos testes máximos e submáximos, como teste de 12 minutos de corrida ou teste de degrau, podem ser utilizados como alternativa de baixo custo para avaliação de aptidão cardiorrespiratória. Portanto, a avaliação de parâmetros da aptidão física podem ser ferramenta de triagem promissora e de baixo custo para identificar participantes com risco de incapacidade, doenças crônicas não transmissíveis e prognóstico de sobrevivência.</p> Dahan da Cunha Nascimento Bruno Viana Rosa Karla Helena Coelho Vilaça Silva Copyright (c) 2024 Dahan da Cunha Nascimento, Bruno Viana Rosa, Karla Helena Coelho Vilaça Silva https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-23 2024-12-23 23 3 e235594 e235594 10.33233/rbfex.v23i3.5594 Novas regras de um universo em expansão https://convergenceseditorial.com.br/index.php/revistafisiologia/article/view/5609 <p style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size: 11.0pt; line-height: 150%; font-family: 'Arial',sans-serif;">Em 2004, o Prof. Dr. Paulo Farinatti me confiou a responsabilidade de dar continuidade à <em>Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício</em> (RBFex), tarefa que ele não pôde seguir adiante. Em 2024, essa missão passa para o Prof. Dr. Paulo Sergio Chagas Gomes (Editor Chefe) e a Profa. Dra. Juliana Pereira Borges (Editora Associada), ambos também do Instituto de Educação Física e Desportos (IEFD) da UERJ, que agora assumem o papel de editores da revista...</span></p> Jean-Louis Peytavin Copyright (c) 2024 Jean-Louis Peytavin https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-23 2024-12-23 23 3 e235609 e235609 10.33233/rbfex.v23i3.5609