Enferm Bras.
2023;22(5):693-706
REVISÃO
Intervenções
usadas pelo enfermeiro obstetra nos programas de preparação para o parto:
revisão integrativa
Laisa Duarte Santiago, Danielle Castro Janzen,
Eduarda Ferreira da Silva, Luana Vitro Barreto, Luíza Csordas
Peixinho Silva
Universidade
Federal de São Paulo (UNIFESP), SP, Brasil
Recebido
em: 29 de agosto de 2023; Aceito em: 29 de junho de 2023
Correspondência: Danielle Castro Janzen,
daniele.janzen@unifesp.br
Como citar
Santiago LD, Janzen DC, Silva EF, Barreto LV, Csordas Silva LCP. Intervenções usadas pelo enfermeiro obstetra nos programas de preparação para o parto: revisão integrativa. Enferm Bras. 2023;22(5):693-706. doi: 10.33233/eb.v22i5.5264
Resumo
Introdução: O preparo da gestante para o parto
possibilita à mulher vivenciar boas experiências no trabalho de parto, se
sentindo protagonista do processo. Esse preparo deve ser iniciado precocemente
no pré-natal e envolver não apenas aspectos biológicos, mas também uma
abordagem de acolhimento da mulher e sua família. Por esse motivo, a OMS
recomenda enfermeiras obstetras e obstetrizes
qualificadas na participação da assistência à mulher na atenção primária, tanto
quanto na assistência direta ao parto. Objetivo: Revisar na literatura
evidências científicas que abordem a atuação do enfermeiro obstetra frente às
intervenções usadas nos programas de preparação para o parto. Métodos:
Trata-se de um estudo do tipo revisão integrativa, nas bases de dados eletrônicas:
Pubmed (Publicações Médicas); BVS (Biblioteca Virtual
em Saúde) e SciELO (Scientific Electronic
Library Online), nos idiomas português, inglês e espanhol. Resultados:
Quanto as intervenções utilizadas, destacaram-se os cursos presenciais em grupo
(73,68%) e por telefone com hora marcada (21%). Exercícios respiratórios,
técnicas de relaxamento e concentração estavam em 52,63% dos assuntos
abordados. 42,10% das pesquisas surgiram temas como métodos não farmacológicos
para alívio da dor, lidar com o medo e entrega no momento. Foram utilizados:
terapia cognitivo comportamental (1), aconselhamento psico-educacional
(4) e meditação mindfulness (2), além do método de
drama-imagem para as mulheres pouco alfabetizadas. Conclusão: A
preparação para o parto permitiu constatar os benefícios dessa prática na
autonomia da mulher, escolhas conscientes, maior satisfação da parturiente,
redução do medo e aumento do conhecimento.
Palavras-chave: parto, preparação; enfermeiras
obstetras.
Abstract
Interventions used by obstetrician nurses in the
preparation programs for childbirth: integrative review
Background: The
preparation of the pregnant woman for the childbirth enables the woman to
experience good experiences in labor, feeling herself the protagonist of the
process. This preparation should be started early in prenatal care and involve
not only biological aspects, but also a welcoming approach to the woman and her
family. For this reason, WHO recommends midwifes and qualified obstetricians in
the participation of women's care in primary care, as well as in the direct
assistance to childbirth. Objective: To review in the literature
scientific evidences that address the performance of the obstetrician nurse in
the interventions used in the preparation programs for childbirth. Methods:
This is an integrative review type study in the electronic databases: Pubmed (Medical Publications); VHL (Virtual Health Library)
and SciELO (Scientific Electronic Library Online), in
Portuguese, English and Spanish. Results: Regarding the interventions
used, the most important were the group-based in-class courses (73.68%) and by
telephone by appointment (21%). Respiratory exercises, relaxation techniques
and concentration were in 52.63% of the subjects covered. 42.10% of the
researches have emerged as non-pharmacological methods for pain relief, dealing
with fear and delivery at the moment. We used cognitive behavioral therapy (1),
psycho-educational counseling (4) and mindfulness meditation (2). In addition
to the drama-image method for poorly literate women. Conclusion: The
preparation for childbirth allowed us to verify the benefits of this practice
in the autonomy of women, conscious choices, greater parturient satisfaction,
reduction of fear and increase of knowledge.
Keywords: childbirth preparation; nurse
midwives.
Resumen
Intervenciones
utilizadas por enfermeras obstetras en programas de preparación para el parto: revisión integrativa
Introducción: La preparación
de la mujer embarazada para el parto le permite a la mujer tener buenas
experiencias en el parto, sintiéndose la protagonista del proceso. Esta preparación debe comenzar temprano en el período prenatal
e incluir no solo aspectos biológicos, sino también un enfoque acogedor para las mujeres y sus familias. Por esta razón, la OMS recomienda enfermeras obstétricas y parteras
calificadas para que participen
en la asistencia
a las mujeres en la atención
primaria, así como en la asistencia directa
del parto. Objetivo: Revisar la evidencia científica en la literatura que aborda el papel
de las enfermeras
obstétricas frente a las intervenciones utilizadas en los programas de preparación para el parto. Métodos:
Este es un estudio de tipo
de revisión integrador, buscado en
las bases de datos
electrónicas: Pubmed (Publicaciones
médicas); BVS (Biblioteca Virtual en Salud) y SciELO (Biblioteca Electrónica Científica en línea), en portugués,
inglés y español. Resultados:
Respecto a las
intervenciones utilizadas, se destacaron los cursos grupales presenciales (73,68%) y por teléfono
con cita previa (21%). Ejercicios
de respiración, técnicas de relajación
y concentración se encontraban
en el 52,63% de los sujetos cubiertos.
El 42,10% de la investigación
trató temas como métodos no farmacológicos para
aliviar el dolor, lidiar con el
miedo y el parto en este momento. Se utilizaron
terapia cognitiva conductual (1), asesoramiento
psicoeducativo (4) y meditación
de atención plena (2). Además
del método de imagen
dramática para mujeres analfabetas. Conclusión: La preparación
para el parto nos permitió
ver los beneficios de esta práctica en la
autonomía de la mujer, las elecciones
conscientes, la mayor satisfacción de la parturienta, la reducción del miedo
y el aumento del conocimiento.
Palabras-clave: parto, preparación; enfermeras obstetrices.
A
gestação é um período de grandes transformações no corpo e na vida emocional da
mulher. Nesse período, cada mulher vivenciará tais transformações à sua
maneira. As mudanças hormonais, corporais e no seu novo papel social como mãe,
geram inúmeros conflitos internos. Sentimentos como medo, anseio, dúvida,
alegria ou angústia são aflorados e permearão essa mulher em todo período
gestacional, sendo ela mãe de primeira viagem ou não [1,2]. A intensidade
dessas alterações psicológicas está intimamente relacionada aos fatores que
estão expostos como familiares, cônjuges, meio sociais e culturais [2].
Muitas
vezes, esses sentimentos ambivalentes interferem no processo de decisão
relacionados ao parto. É frequente à medida que a gravidez se aproxima ao
termo, a gestante sonhar com o filho já crescido. Podendo traduzir o desejo de
não querer enfrentar o momento difícil do parto, sonhando pular no tempo essa
etapa [1]. O preparo da gestante nesse período é fundamental, pois a possível
falha de comunicação entre a mulher e o profissional de saúde, devido ao medo,
ansiedade e questões pessoais pode levar atrasos em intervenções obstétricas e
prolongar o trabalho de parto [3,4].
Nos
últimos anos a mudança do nascimento para o ambiente hospitalar e a adoção de
tecnologias e procedimentos com o objetivo de tornar o cuidado à mulher e seu
filho mais seguro, contribuíram com a melhoria dos indicadores de
morbimortalidade materna e perinatal. Se por um lado, a hospitalização foi
responsável pela queda desses indicadores, por outro lado se enraizou um modelo
assistencial que considera a gravidez, parto e o nascimento como doenças e não
como expressões de saúde, expondo o binômio mãe-bebê às altas taxas de
intervenções que deveriam ser realizadas criteriosamente e, não de maneira
rotineira [5].
A
partir dessa mudança no cenário obstétrico, muitas mulheres questionam a
segurança do parto normal frente ao cirúrgico, considerado “mais científico”. O
exemplo está no alto índice de cesarianas realizadas nas últimas décadas,
principalmente desnecessárias, que tiveram como consequência o aumento na taxa
de nascimentos prematuros. A recomendação da OMS é que as taxa de cesarianas
não excedam a 15% no total de partos, no entanto no setor privado essa taxa é
bem maior, chegando a 88% dos nascimentos no Brasil [6,7].
Por
isso, torna-se imprescindível atenção e cuidado de qualidade à mulher gestante.
O excesso de intervenção deixou de considerar um fator muito importante: Quem é
a protagonista do cuidado? e principalmente, quem é a protagonista na cena do
parto?
A
resposta à essa pergunta nos ajuda a considerar aspectos emocionais, humanos e
culturais envolvidos no processo de cuidar dessa mulher, que compreende de
maneira particular e intransferível esse processo. Pois a experiência vivida
por ela e por toda a família pode deixar marcas positivas ou negativas, para o
resto das suas vidas [5,6].
O
preparo da gestante para o parto possibilita à mulher vivenciar boas
experiências no trabalho de parto, se sentindo protagonista do processo. Esse
preparo deve ser iniciado precocemente no pré-natal e envolver não apenas
aspectos biológicos, mas também uma abordagem de acolhimento da mulher e sua
família. Devido a isso, a preparação do trabalho de parto deve-se iniciar por
profissionais de saúde que acolham essa família, o preparo educativo deve
transmitir informações necessárias para os cuidados durante a gravidez,
trabalho de parto, parto, puerpério e cuidados com o recém-nascido [6]. Além de
abordar aspectos emocionais, afetivos e preparação física para o parto.
Nesse
sentido, países que adotam modelos assistenciais que envolvem enfermeiros
obstetras (EO) nos cuidados à mulher em todo seu ciclo gravídico-puerperal
associam-se a menores taxas de intervenções e complicações, maior índice de
parto normal e satisfação das mulheres [7,8]. Por esse motivo, a OMS recomenda
EO e obstetrizes qualificadas na participação da
assistência à mulher tanto na atenção primária, quanto na assistência direta ao
parto [8].
Objetivo
Revisar
na literatura evidências científicas que abordem a atuação do enfermeiro
obstetra frente às intervenções usadas nos programas de preparação para o
parto.
Trata-se
de um estudo de revisão integrativa, que visa resumir os dados presentes da
literatura empírica e teórica para ampliar a compreensão de um fenômeno
particular. Dessa forma, compreendeu as seguintes etapas propostas por Whittemore e Knafl [9]: seleção
da pergunta de pesquisa, seleção da amostra e levantamento de dados por meio do
estabelecimento de critérios de inclusão e exclusão; definição das informações
a serem extraídas dos estudos selecionados; avaliação dos estudos incluídos na
pesquisa; interpretação dos resultados e apresentação da conclusão.
A
primeira etapa que constituiu na identificação do tema, foi delimitada à
seguinte pergunta norteadora: "Quais são as intervenções usadas pelos
enfermeiros obstétricos nos programas de preparação para o parto?”. A questão
norteadora foi elaborada por meio da estratégia PICO [10], acrônimo das
palavras P- Paciente ou problema; I- Intervenção; C- Controle ou comparação e
O- Desfecho (“outcomes”). Representado na Figura 1.
Figura
1 - Descrição dos
componentes PICO
Para
o levantamento de dados, foi realizada busca nas bases de dados eletrônicas: Pubmed (Publicações Médicas); BVS (Biblioteca Virtual em
Saúde) e SciELO (Scientific Electronic
Library Online). As buscas nas fontes eletrônicas foram realizadas no período
de 25 de janeiro a 6 de fevereiro de 2019, por meio de busca avançada nas
bases de dados utilizando os descritores escolhidos na base de dados MeSH (Medical Subject Headings) e no DeCs (Descritores
em Ciência da Saúde) que contemplava o objetivo da pesquisa mostrados no Quadro
1, com interposição do operador booleano “AND”. Os critérios de inclusão foram:
artigos publicados nos últimos 5 anos (2013-2018), nos idiomas português,
inglês e espanhol, com resumos indexados nas bases de dados supracitados com
dados que se relacionem com o tema proposto. Quanto aos critérios de exclusão,
foram retirados os artigos de revisão e intervenções realizadas por outro tipo
de profissional.
Quadro
1 - Descritores e
definições
Com
os descritores utilizados não se obteve nenhum resultado em nenhuma das 3 bases
de dados. Devido ao termo “childbirth preparation” ser comumente utilizado nas pesquisas
internacionais e não está contemplado no MeSH e DeCs, foi realizada uma nova pesquisa utilizando os termos
“childbirth”, “preparation”
e “midwife”, utilizando o operador booleanos “AND”
para combinar os termos, diretamente nas bases de dados citadas anteriormente.
No
total foram encontradas 251 publicações potencialmente elegíveis, após as
etapas de identificação, triagem e elegibilidade a amostra ficou composta por
19 artigos, conforme detalhado no fluxograma a seguir.
Figura
2 – Fluxograma de seleção
das publicações
A
partir dos artigos encontrados, foram selecionados 19 estudos que atenderam os
critérios de elegibilidade e responderam à pergunta que norteia esta revisão.
Após a leitura e análise dos dados, os artigos foram sistematizados nos Quadros
2 e 3.
Dentre
os artigos selecionados, a maioria (52,6 %) apresentou como método de pesquisa
ensaios clínicos randomizados (ECR).
No
que se refere ao país de publicação, surgiram 9 países: Jordânia, Tanzânia,
Taiwan, Turquia, Suécia, Irã, EUA, Austrália e Canadá. Sendo Irã e Austrália
países que mais publicaram. A grande parte dos autores principais eram
enfermeiros obstetras.
Destacaram-se
os cursos presenciais em grupo (73,68%) e por telefone com hora marcada (21%).
Exercícios respiratórios, técnicas de relaxamento e concentração estavam
presentes em 52,63% dos assuntos abordados. 42,10% das pesquisas surgiram temas
como métodos não farmacológicos para alívio da dor, lidar com o medo e entrega
no momento. Foram utilizados 3 métodos da psicologia para a redução de estresse
e medo. Como por exemplo: terapia cognitivo comportamental (1), aconselhamento psico-educacional (4) e meditação mindfulness
(2). Dois estudos também utilizaram o método de drama-imagem para as mulheres
pouco alfabetizadas.
A
satisfação da mulher foi o resultado mais citado, além do aumento do
conhecimento, diminuição das intervenções e redução do medo.
Quadro
2 - Título, ano,
método e conclusão dos artigos selecionados
Quanto
as intervenções mais utilizadas, seguem no Quadro 3.
Quadro
3 - Intervenções
realizadas e respectivos estudos
A
preparação de parto tem como objetivo abranger um conjunto de cuidados, medidas
e atividades que oferecem à mulher a possibilidade de vivenciar a experiência
do trabalho de parto como um processo fisiológico [6].
Os
resultados mostram que foram utilizados diferentes tipos de intervenções pelas
enfermeiras obstetras durante o programa de preparação de parto, sendo as
intervenções em forma de grupo as mais utilizadas. Os manuais brasileiros
incentivam tais práticas educativas em grupos, que abordem principalmente temas
como: cuidados na gravidez, anatomia, fisiologia, medo, complicações durante o
parto, aspectos emocionais e afetivos relacionados ao estado gravídico, entrega
no parto, preparação física do parto, respiração, relaxamento, exercícios que
contribuirão durante a gravidez e parto, cuidados pós-parto, lactação e
cuidados com o recém-nascido [5,6,31].
Além
dos temas supracitados que apareceram na totalidade nas pesquisas selecionadas,
também foram levantadas questões pelas próprias participantes e familiares,
apoiando ainda mais a participação ativa dessas mulheres e a importância do seu
protagonismo no cuidado [12].
No
Brasil as realizações de grupos educativos são
consolidadas principalmente na
atenção primária à saúde. Os
profissionais têm como atribuições a
realização de
ações de atenção integral,
promoção e prevenção à saúde
para a toda população
no território adscrito sobre ele. Além da dimensão
pedagógica, a educação
permanente é encarada com um grande potencial provocador de
mudanças [32]. No
entanto, um estudo transversal analítico realizado no Brasil, apontou falhas de
orientações para o parto durante o acompanhamento gestacional, sendo
extremamente escassas as informações de como vivenciar melhor o trabalho de
parto e como lidar com a dor neste momento [36].
Em
relação à preocupação a saúde mental das gestantes foram utilizadas nos estudos
abordagens como: terapia cognitivo comportamental, aconselhamento psicoeducacional e meditação mindfulness.
A
Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) é uma abordagem psicológica que tem como
objetivo avaliar estratégias cognitivas do paciente reduzindo reações
emocionais excessivas. Uma de suas técnicas é a psicoeducação
que tem como intuito orientar o paciente em diversos aspectos analisando suas
expectativas e sentimentos atuais. Em relação a meditação mindfulness
ela é definida como uma forma específica de trazer atenção plena para a ação do
momento atual. É estar em contato com o presente e não estar envolvido a
lembranças e pensamentos futuros [33,34].
Todas
os artigos nesta revisão que usaram esses tipos de abordagem da psicologia
tiveram bons resultados, como redução do estresse, aumento do conhecimento,
aumento da autoeficácia, redução do medo e níveis de
dor no parto, além de minimizar intervenções obstétricas, como cesariana
[14,15,17,23,24,28,30]. Essas abordagens foram realizadas presencialmente e por
telefone. Um estudo qualitativo realizado na Suécia avaliou a abordagem Mindfulness em casais que apresentavam riscos aumentados
para estresse perinatais, e como resultados, os casais também se sentiram
beneficiados com a intervenção descrevendo aumento do nível de autoconhecimento
e utilidade durante o trabalho de parto e parto [35].
Dos
sentimentos mais citados, o medo apareceu mais vezes nas análises das pesquisas.
Ele foi atribuído principalmente ao medo da dor do trabalho de parto e parto. O
curso de preparação de parto mostrou redução do medo e nível/ percepção da dor
para aquelas que participaram [15,19,21,24,27,28]. Abordar o medo do parto é
uma estratégia fundamental para aumentar a confiança dessas mulheres e melhorar
seu bem-estar emocional. Um estudo realizado na Turquia que pesquisou o efeito
da educação em mulheres primigestas no enfrentamento do medo da dor, teve como
resultado a percepção positiva em relação ao nascimento e a diminuição da dor
com o preparo de parto. Mostrando que o curso é uma ferramenta útil para a
diminuição desse estresse emocional, maior satisfação e escolha por um parto
fisiológico [36].
Os
dados analisados sobre as intervenções, usadas por enfermeiras obstetras na
preparação para o parto, permitiu constatar os benefícios dessa prática na
autonomia da mulher, escolhas conscientes, maior satisfação da parturiente,
redução do medo e aumento do conhecimento. Consequentemente, o seu protagonismo
na cena do parto e diminuições de intervenções obstétricas desnecessárias.
No
entanto, esta prática, bem disseminada nos países
europeus e asiáticos, é pouco
conhecida no Brasil como Programa de Preparação de Parto,
ficando aos cuidados
da atenção primária à saúde realizar
cuidados de prevenção, promoção e
proteção
à saúde para todos os tipos de população,
inclusive, as gestantes. São
necessários mais estudos brasileiros que mostrem que tais
orientações
teóricas-práticas estão sendo realizadas, bem como
seus benefícios, e
contribuição para diminuição da
morbimortalidade materna e perinatal no país.
Conflito
de interesses
Não
há conflito de interesse.
Fontes
de financiamento
Não
há fontes de financiamento.
Contribuição
dos autores
Concepção
e desenho da pesquisa:
Janzen DC; Coleta de dados: Santiago LD; Análise
e interpretação dos dados: Janzen DC, Santiago LD;
Redação do manuscrito: Janzen DC, Santiago LD,
Silva EF, Barreto LV, Silva LCP; Revisão crítica do manuscrito quanto ao conteúdo
intelectual importante: Janzen DC, Santiago LD, Silva
EF, Barreto LV, Silva LCP