Informar o óbito aos familiares: significados e sentimentos dos enfermeiros
DOI:
https://doi.org/10.33233/eb.v12i6.3773Palavras-chave:
morte; comunicação; enfermeiros; famíliaResumo
Estudo qualitativo, exploratório, descritivo, transversal e de campo, com objetivo de conhecer os significados e sentimentos de enfermeiros de duas instituições de saúde, ao terem que informar o óbito aos familiares. Contou com 20 enfermeiros participantes, e amostragem foi do tipo não-probabilística intencional. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista semiestruturada. Na análise de dados foi utilizado o método do Discurso do Sujeito Coletivo sob o referencial das Representações Sociais. Os resultados revelaram que os significados de informar o óbito aos familiares relatados, com maior frequência, foram: "Situação difícil" e "Resultado negativo". Em relação aos sentimentos relatados, com maior frequência, por eles foram: "Triste", "Impotente" e "Mal". Constatou-se que os enfermeiros, na maioria das vezes, sentem-se despreparados para lidar com a morte. Divergindo do senso comum, foi evidenciado que estes profissionais, mesmo não transparecendo, sofrem diante do óbito de seus pacientes.
Palavras-chave: morte, comunicação, enfermeiros, família.
Referências
Rodrigues EB. A morte, a criança e a bioética. In: Silva JV, ed. Bioética: visão multidimensional. São Paulo: Iátria; 2010. 151 p.
Pinho LMO, Barbosa MA. A morte e o morrer no cotidiano de docentes de enfermagem. Rev Enfermagem UERJ 2008;16(2):243-47.
Santos FS. Tanatologia - a Ciência da Educação para a Vida. In: Santos FS, ed. Cuidados paliativos: discutindo a vida, a morte e o morrer. São Paulo: Atheneu; 2009. 1 p.
Carvalho PRA, Azevedo NSG. Quando quem morre é criança. In: Santos FS, ed. Cuidados paliativos: discutindo a vida, a morte e o morrer. São Paulo: Atheneu; 2009. 165 p.
Eliopoulos C. Enfermagem gerontológica. 5ª ed. Porto Alegre: Artmed; 2005. 449 p.
Galvão NAR, Castro PF, Paula MAB, Souza MTS. A morte e o morrer sob a ótica dos profissionais de enfermagem. Revista Estima 2010;8(4):26-33.
Prefeitura Municipal de Itajubá. Vigilância Epidemiológica de Itajubá. Número de óbitos no município de Itajubá. Itajubá: Prefeitura Municipal de Itajubá; 2009/2011.
Arruda A. Teoria das representações sociais e teorias do gênero. Caderno de Pesquisa 2002;117:127-47.
Lefèvre F, Lefèvre, AMC. Discurso do Sujeito Coletivo: um novo enfoque em pesquisa qualitativa. Caxias do Sul: Educs; 2005.
Salomé GM, Cavali A, Espósito VHC. Sala de emergência: o cotidiano das vivências com a morte e o morrer pelos profissionais de saúde. Rev Bras Enferm 2009;62(5):681-6.
Oliveira SG, Quintana AM, Bertolino KCO. Reflexões acerca da morte: um desafio para a enfermagem. Rev Bras Enferm 2010;63(3):1077-80.
Oliveira WIA, Amorim RC. A morte e o morrer no processo de formação do enfermeiro. Rev Gaúch Enferm 2008;29(2):191-7.
Shimizu HE. Como os trabalhadores de enfermagem enfrentam o processo de morrer. Rev Bras Enferm 2007;60(3):257-62.
Silva AM, Silva MJP. A preparação do graduando de enfermagem para bordar o tema morte e doação de órgãos. Rev Enferm UERJ 2007;15(4):549-53.
Silva JLL. A importância do estudo da morte para profissionais de saúde. Rev Técnico-científica de Enfermagem 2005;3(12):363-73.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2013 Kamila Alessandra Maia, Ana Maria Nassar Cintra Soane, Aldaíza Ferreira Antunes Fortes
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.