Percepções de enfermeiros sobre as relações interpessoais no cuidado de enfermagem ambulatorial

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33233/eb.v19i4.3992

Resumo

Introdução: As relações interpessoais, por meio da ampliação do diálogo e da promoção da gestão participativa, configuram-se como competência fundamental ao cuidado e ao fortalecimento da humanização na assistência ambulatorial. Objetivo: Compreender as percepções de enfermeiros sobre as relações interpessoais no cuidado de enfermagem ambulatorial. Métodos: Investigação descritiva de abordagem qualitativa, delineada sob a ótica da hermenêutica dialética. Participaram 12 enfermeiros atuantes em duas Unidades de Pronto Atendimento, tendo sido a entrevista estruturada realizada no mês de setembro de 2016, com duração de ± 00:30:00 minutos. A análise de dados foi realizada segundo as etapas da hermenêutica dialética. Atenderam-se todos os aspectos ético-legais em pesquisa conforme legislação (inter)nacional. Resultados: Foram identificados três núcleos de sentido: relações interpessoais no trabalho em equipe multiprofissional de saúde; relações interpessoais x cuidado de enfermagem; sentimentos dos usuários, julgamentos conflitantes e o cuidado de enfermagem. Conclusão: A cooperação como ferramenta das relações interpessoais pode contribuir para diminuir a insatisfação dos usuários, bem como limitar os conflitos da prática médica hegemônica que impacta negativamente o cuidado do enfermeiro ao usuário. Sugere-se a realização de novas investigações com enfoque intervencionista, a exemplo das atividades de educação permanente em saúde.

Palavras-chave: cuidados de enfermagem, assistência ambulatorial, relações interpessoais.

Biografia do Autor

Raquel de Oliveira Martins Fernandes, UFJF

Mestre em Enfermagem pela Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Juiz de Fora (FACENF-UFJF).

Edith Monteiro de Oliveira, UFJF

Enfermeira. Universidade Federal de Juiz de Fora (FACENF-UFJF); Juiz de Fora (JF), Minas Gerais (MG), Brasil

Anna Karla Nascimento Lima, UFJF

Mestre em Enfermagem pela Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Juiz de Fora (FACENF-UFJF)

Louise Cândido Souza, UFJF

Enfermeira. Mestre em Enfermagem pela da Universidade Federal de Juiz de Fora (FACENF-UFJF); Juiz de Fora (JF), Minas Gerais (MG)

Laércio Deleon de Melo, UFJF

Enfermeiro Mestre em Enfermagem pela Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Juiz de Fora (FACENF-UFJF)

Thelma Spindola, UERJ

Enfermeira, Doutora em Enfermagem, Professora Associada pela Faculdade de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro/RJ

Denise Barbosa de Castro Friedrich, UFJF

Enfermeira. Doutora em Saúde Coletiva pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Professora Convidada pela Faculdade de Enfermagem e Professora Permanente do Programa de Mestrado da Universidade Federal de Juiz de Fora (FACENF-UFJF), Brasil

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Publicado

2020-10-27

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Seção

Artigos originais