Análise do conhecimento dos gestores de escolas de educação infantil sobre as políticas públicas de alimentação e nutrição

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33233/eb.v22i5.4978

Palavras-chave:

políticas públicas de saúde, dieta saudável, obesidade, estudantes, alimentação escolar

Resumo

Introdução: A partir dos anos 1980 a obesidade mundial quase que duplicou, apresentando uma alta prevalência nas Américas, tendo maiores índices em países como México, Chile e Estados Unidos em que a cada 10 adultos, 7 apresentam obesidade. Objetivo: Estudar a aplicação da política pública de alimentação e nutrição em escolas de um município no sertão Pernambucano. Métodos: Estudo descritivo, transversal, qualitativo realizado com gestores das escolas municipais de educação infantil do município do sertão pernambucano. Foram incluídas 29 escolas de ensino infantil que atendiam escolares a partir dos cinco anos de idade, com o objetivo de avaliar a aplicabilidade da PNAN, PNAE e PSE nessas escolas. Aceitaram participar do estudo 27 gestores, sendo esses coordenadores pedagógicos, diretores ou vice-diretores, além da coordenadora da merenda escolar do município. Resultados: Emergiram as categorias: A importância da percepção da alimentação saudável como promoção de saúde; A aplicação da Política Nacional de alimentação e nutrição em Escolas. Conclusão: O desconhecimento da PNAN entre a maioria dos gestores é preocupante, pois a parceria escola, governo e família são essenciais para a diminuição do excesso de peso. A partir do momento que uma destas partes é negligenciada a ação e resolução do problema torna-se de difícil elucidação e cada vez mais o desafio de se reduzir os índices de sobrepeso e obesidade tornam-se distantes.

Biografia do Autor

Luciana Patrícia Brito Lopes, UNIVASF

Docente do curso de enfermagem da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), Coordenadora do curso de Enfermagem da Faculdade UniFTC, Juazeiro, BA, Brasil

Cheila Nataly Galindo Bedor, UNIVASF

Docente do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde e Biológicas da Universidade Federal do Vale do Rio São Francisco (UNIVASF), Petrolina, PE, Brasil

Ferdinando Oliveira Carvalho, UNIVASF

Docente do Programa de Pós-Graduação em Educação Física da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), Petrolina, PE, Brasil

Referências

WHO. World Health Organization. Obesity and overweight, Media centre, Fact shee, updated June 2016. [citado 2023 ago 26]. Disponível em: http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs311/en/

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de análise em saúde e vigilância de doenças não transmissíveis. Vigitel Brasil 2021: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico: estimativas sobre frequência e distribuição sociodemográfica de fatores de risco e proteção para doenças crônicas nas capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal em 2021/Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças não Transmissíveis. Brasília: Ministério da Saúde; 2021.

Universidade Federal do Rio de Janeiro. Estado Nutricional Antropométrico da Criança e da Mãe: Prevalência de indicadores antropométrico de crianças brasileiras menores de 5 anos de idade e suas mães biológicas: ENANI 2019. Documento eletrônico. Rio de Janeiro, RJ: UFRJ, 2022. (96 p.). Coordenador geral, Gilberto KAC. [citado 2023 ago 28]. Disponível em: https://enani.nutricao.ufrj.br/index.php/relatorios/

Ferreira CS. Desenvolvimento de livro sobre enfrentamento da obesidade para atualização docente [Dissertação]. 2019. 73 f. Ouro Preto: Instituto de Ciências Exatas e Biológicas, Universidade Federal de Ouro Preto; 2019. [citado 8 ago 2023]. Disponível em: http://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/11749

Universidade Federal do Rio Grande Do Sul. Faculdade de Medicina. Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia. Telessaúde RS (TelessaúdeRS-UFRGS). Telecondutas: obesidade. Porto Alegre, 28 dez. 2022. [Citado 2023 ago 10]. Disponível em: https://www.ufrgs.br/telessauders/materiais-teleconduta.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Alimentação e nutrição. 1 ed. Brasília: Ministério da Saúde; 2013.

DallaCosta M, Rodrigues RM, Schütz G, Conterno S. Programa Saúde na Escola: desafios e possibilidades para promover saúde na perspectiva da alimentação saudável. Saúde em Debate. 2022;46(spe3):244–60. doi: 10.1590/0103-11042022E318

Silva WG. Estratégias de educação nutricional na prevenção e controle da obesidade infantil. REAS/EJCH. 2020;Sup50:1-8. doi: 10.25248/reas.e3376.2020

Bardin L. Análise de conteúdo. Traduzido por: Reto LA, Pinheiro A. São Paulo: Edições 70; 2011.

Martinelli SS, Cavalli SB. Alimentação saudável e sustentável: uma revisão narrativa sobre desafios e perspectivas. Ciência & Saúde Coletiva. 2019;24(11):4251-62. doi: 10.1590/1413-12320182411.30572017

Dias TMS, Soares Junior JR, Sudré GA, Corrêa CRA, Carrijo MVN, Maier SRO. Fatores de Proteção Relacionados ao Infarto do Miocárdio: revisão integrativa. Rev Enferm Atenção Saúde. 2022;1(1):e202245. doi: 10.18554/reas. v11i1.5099

Gomes MVS, Saraiva JM. Fatores que se interpõem a formação de hábitos alimentares saudáveis na infância e na adolescência: a visão das mães, dos pais ou responsáveis. Oikos: Família e Sociedade em Debate. 2022;33(2):1-25. doi: 10.31423/2236-8493.v33i2.14690.

Lopes EFB, Simões EAP, Assis MFBR. Residência Multiprofissional: determinantes Sociais da Saúde e Suas Demandas para o Serviço Social. SANARE (Sobral). 2020;19(1):85-9. [citado 2023 ago 19]. Disponível em: https://sanare.emnuvens.com.br/sanare/article/view/1315/718.

Brasil. Ministério da Educação. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Conselho Deliberativo. Resolução nº 06, de 08 de maio de 2020. Dispõe sobre o atendimento da alimentação escolar aos alunos da educação básica no âmbito do Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE.

Bila CRFC, Silva PHF, Gusmão MAN. Conscientização para hábitos alimentares saudáveis na escola. Revista Educação Pública. 2019;19(22). [citado 2023 ago 10]. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/19/22/conscientizacao-para-habitos-alimentares-saudaveis-na-escola.

Luquez TMS, Saboia VM, Meireles ACM, Moura CF, Ribeiro CRB, Silveira ALD. Ações de promoção da saúde nas escolas brasileiras: uma revisão integrativa. Research, Society and Development. 2021;10(1):e57110112112. doi: 10.33448/rsd-v10i1.12112

Mello BL, Lima APS, Robaina JVL. Promoção da Saúde na Escola: Revisão da Literatura. Revista de Educação da Universidade Federal do Vale do São Francisco. 2022;12(28). [citado 2023 ago 2]. Disponível em: https://periodicos.univasf.edu.br/index.php/revasf/article/view/1794.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde/Departamento de Atenção Básica. Caderno de atenção básica – Obesidade. Brasília: Ministério da Saúde; 2006.

Chaves THM, Maneschy RQ, Barbosa WLR. Programa Nacional de Alimentação Escolar: a gestão municipal e a organização dos atores sociais no município de Marapanim, Pará. P2P & inovação. 2021;7(especial):135-50. Disponível em: https://revista.ibict.br/p2p/article/view/5578/5161

Colares SS, Ferraz F, Perry IDS, Soratto J. Gestão do cuidado de estudantes com necessidades alimentares especiais vinculados ao Programa Nacional de Alimentação Escolar. Physis: Rev Saúde Coletiva. 2020;30(4):1-25. doi: 10.1590/S0103-73312020300407

Brasil. Ministério da Saúde. Caderno do gestor do PSE / Ministério da Saúde, Ministério da Educação. – Brasília: Ministério da Saúde; 2022. 46 p. [citado 2023 ago 22]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_gestor_PSE_1ed.pdf

Junior WRG, Silva N. Políticas educativas e direitos de cidadania: programa saúde na escola. Cruz das Almas-BA: mestrado profissional em gestão pública e segurança social (PPGPSS-UFRB); 2021. 26p. [citado 2023 Ago 28]. Disponível em: https://ufrb.edu.br/portal/images/noticias2021/VOLUME_4_-_PROGRAMA_SA%C3%9ADE_NA_ESCOLA.pdf

Rumor PC, Heidemann ITSB, Souza JB, Manfrini GC, Souza JM. Programa Saúde na Escola: potencialidades e limites da articulação intersetorial para promoção da saúde infantil. Saúde Debate 2022;46(spe3):116–28. doi: 10.1590/0103-11042022E308

Nogueira RM. Interpretação dos gestores da região de Campinas sobre a Alimentação Escolar. Segur Aliment Nutr. 2020;27:1-16. doi: 10.20396/san.v27i0.8652963

Dias FD. Análise da merenda escolar: A inadequação para alunos celíacos e intolerantes à Lactose. [citado 2023 ago 2]. Disponível em: www.acelbramg.com.br/images/artigo-dias.pdf

Downloads

Publicado

2023-11-29

Edição

Seção

Artigos originais