Práticas integrativas e complementares como tratamento não-farmacológico para a enxaqueca
DOI:
https://doi.org/10.33233/eb.v22i4.5197Palavras-chave:
terapias complementares, transtornos de enxaqueca, saúde públicaResumo
Introdução: As práticas integrativas e complementares oferecem medidas terapêuticas e não farmacológicas para o tratamento das enxaquecas e os estudos demonstram sua efetividade na prática clínica. Objetivo: Identificar as práticas integrativas e complementares que foram descritas na literatura científica para tratamento não farmacológico da enxaqueca. Métodos: Revisão Integrativa da Literatura realizada através do cruzamento dos descritores nas bases de dados da Lilacs, IBECS e Medline. Resultados: Foram identificados 182 artigos após cruzamento dos descritores nas bases de dados. Quatro artigos foram selecionados para amostra após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão estabelecidos no método, assim como a leitura na integra dos mesmos. Os estudos elencados nessa revisão demonstram que a acupuntura, uso de plantas medicinais (fitoterapia), osteopatia, hipnoterapia, musicoterapia, terapias manuais e meditação são práticas integrativas e complementares que reduzem a frequência e a potencialidade das dores provocadas pela enxaqueca. Conclusão: Mesmo diante das recomendações preconizadas pela Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares percebem-se limitações e dificuldades para sua utilização enquanto método não farmacológico na atenção básica.
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