Conhecendo o grau de risco para o desenvolvimento do pé diabético em pessoas idosas com diabetes mellitus tipo 2
DOI:
https://doi.org/10.33233/eb.v16i2.995Resumo
Objetivo: Conhecer o perfil sociodemográfico e econômico, a situação de saúde dos idosos com diabetes mellitus (DM) tipo 2 em risco para o desenvolvimento da complicação do pé diabético e identificar o grau de risco para se desenvolver esta complicação. Material e métodos: Estudo descritivo, transversal e de natureza quantitativa, desenvolvido em um centro de atendimento de enfermagem de uma cidade do sul de Minas Gerais. A ferramenta de pesquisa utilizada foi Instrumento para anamnese, avaliação de pés e classificação de risco de pacientes diabéticos, sendo o instrumento de domínio público. Foram avaliados 60 idosos com diabetes mellitus tipo 2 com idade a partir de 60 anos. Resultados: Constatou-se que 63,33% eram do sexo feminino, 53,33% apresentavam idades entre 60 e 70 anos, 66,67% eram casados. Quanto às características pessoais, 39,58% tinham o Ensino Fundamental incompleto, 35% tinham renda mensal de até 1 salário mínimo e 28,38% entre 1 e 2 salários mínimos, 63,33% apresentavam o diagnóstico de hipertensão arterial, 41,67% tinham diagnóstico de DM acima de 20 anos; 100% não apresentavam resultados de hemoglobina glicada, 73,33% faziam uso de insulina. Com relação ao grau de risco para o desenvolvimento da complicação pé diabético, 60% das pessoas apresentavam algum grau de risco. E, em relação ao exame físico, neurológico e vascular, 53,33% das pessoas com diabetes apresentavam distúrbios da sensibilidade, mas a maioria não apresentavam deformidades (65,00%) nem úlceras (71,67%), nem doença arterial periférica (53,33%). Conclusão: Aponta-se a necessidade do profissional de saúde, em especial, o enfermeiro, realizar orientações educativas que contribuam para um cuidar mais efetivo do idoso, com ênfase na prevenção das complicações do DM como o pé diabético.
Palavras-chave: complicações do diabetes, pé diabético, educação em saúde.
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