Conhecendo o grau de risco para o desenvolvimento do pé diabético em pessoas idosas com diabetes mellitus tipo 2

Autores/as

  • Waldere Fabri Pereira Ribeiro Escola de Enfermagem Wenceslau Braz (EEWB), Itajubá/MG
  • Maiúme Roana Ferreira de Carvalho Escola de Enfermagem Wenceslau Braz (EEWB)
  • Ana Paula de Moura Escola de Enfermagem Wenceslau Braz, Itajubá/MG
  • Túlia de Cássia Campos Escola de Enfermagem Wenceslau Braz, Itajubá/MG

DOI:

https://doi.org/10.33233/eb.v16i2.995

Resumen

Objetivo: Conhecer o perfil sociodemográfico e econômico, a situação de saúde dos idosos com diabetes mellitus (DM) tipo 2 em risco para o desenvolvimento da complicação do pé diabético e identificar o grau de risco para se desenvolver esta complicação. Material e métodos: Estudo descritivo, transversal e de natureza quantitativa, desenvolvido em um centro de atendimento de enfermagem de uma cidade do sul de Minas Gerais. A ferramenta de pesquisa utilizada foi Instrumento para anamnese, avaliação de pés e classificação de risco de pacientes diabéticos, sendo o instrumento de domí­nio público. Foram avaliados 60 idosos com diabetes mellitus tipo 2 com idade a partir de 60 anos. Resultados: Constatou-se que 63,33% eram do sexo feminino, 53,33% apresentavam idades entre 60 e 70 anos, 66,67% eram casados. Quanto às caracterí­sticas pessoais, 39,58% tinham o Ensino Fundamental incompleto, 35% tinham renda mensal de até 1 salário mí­nimo e 28,38% entre 1 e 2 salários mí­nimos, 63,33% apresentavam o diagnóstico de hipertensão arterial, 41,67% tinham diagnóstico de DM acima de 20 anos; 100% não apresentavam resultados de hemoglobina glicada, 73,33% faziam uso de insulina. Com relação ao grau de risco para o desenvolvimento da complicação pé diabético, 60% das pessoas apresentavam algum grau de risco. E, em relação ao exame fí­sico, neurológico e vascular, 53,33% das pessoas com diabetes apresentavam distúrbios da sensibilidade, mas a maioria não apresentavam deformidades (65,00%) nem úlceras (71,67%), nem doença arterial periférica (53,33%). Conclusão: Aponta-se a necessidade do profissional de saúde, em especial, o enfermeiro, realizar orientações educativas que contribuam para um cuidar mais efetivo do idoso, com ênfase na prevenção das complicações do DM como o pé diabético.

Palavras-chave: complicações do diabetes, pé diabético, educação em saúde.

Biografía del autor/a

Waldere Fabri Pereira Ribeiro, Escola de Enfermagem Wenceslau Braz (EEWB), Itajubá/MG

D.Sc., Enfermeira, Professora da Escola de Enfermagem Wenceslau Braz (EEWB), Itajubá/MG

Maiúme Roana Ferreira de Carvalho, Escola de Enfermagem Wenceslau Braz (EEWB)

Enfermeira, Mestranda em Enfermagem, Itajubá/MG

Ana Paula de Moura, Escola de Enfermagem Wenceslau Braz, Itajubá/MG

Discente do Curso de Enfermagem na Escola de Enfermagem Wenceslau Braz, Itajubá/MG

Túlia de Cássia Campos, Escola de Enfermagem Wenceslau Braz, Itajubá/MG

Discente do Curso de Enfermagem na Escola de Enfermagem Wenceslau Braz, Itajubá/MG

Citas

Silva CL, Moleta C, Severo E, Gaspar MDR, Cavalheiro MA. Características de lesões de pé diabético e suas complicações. Revista Rene 2012;13(2):445-53.

Lima CS, Lima MAVD, Ribeiro CG. Protocolo do Pé Diabético – Londrina. Espaço para a saúde 2012;13(2). [citado 2013 Jan 22]. Disponível em URL: http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/espacoparasaude/article/view/11872/pdf.

Fortaleza ACS, Martinelli AR, Nozabieli AJL, Mantovani AM, Camargo MR, Fregonesi CEPT et al. Avaliação clínica da sensibilidade em indivíduos com diabetes mellitus. Colloquium Vitae 2010;2(2):44-9.

Boell JEW, Ribeiro RM, Silva DMGV. Fatores de risco para o desencadeamento do pé diabético. Revista Eletrônica de Enfermagem 2014;16(2):386-393.

Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes; 2009. [citado 2012 Nov 11]. Disponível em URL: www.diabetes.org.br/attachments/diretrizes09_final.pdf.

Gallego R, Caldeira J. Complicações agudas da diabetes mellitus. Revista Portuguesa de Clínica Geral 2007;23:565-75.

Teixeira CJ, Oliveira ACP, Bazotte RB, Batista MR. Pé diabético: perfil metabólico e socioeconômico de pacientes atendidos pelo laboratório de ensino e pesquisa da Universidade Estadual de Maringá. Arquivo Ciência Saúde UNIPAR 2010;14(2):125-32.

Ladeira PRS, Isaac C, Paggiaro AO, Hosaka EM, Ferreira MC. Úlceras nos membros inferiores de pacientes diabéticos: mecanismos moleculares e celulares. Revista Médica 2011;90(3):122-7.

Leite FEOPC. Pé diabético. [Dissertação]. Porto: Faculdade de Medicina da Universidade do Porto; 2011.

Guimarães JPC. Avaliação de risco para pé diabético em idosos portadores de diabetes mellitus tipo 2 [Dissertação]. Belo Horizonte: Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais; 2011.

Pace AE, Foss MC, Ochoa-Vig K, Hayashida M. Fatores de risco para complicações em extremidades inferiores de pessoas com diabetes mellitus. Rev Bras Enferm 2002;55(5):514-21.

Araujo MM, Alencar AMPG. Pés de risco para desenvolvimento de ulcerações e amputações em diabéticos. Revista Rene 2009;10(2):19-28.

Alves RF, Silva RP, Ernesto MV, Lima AGB, Souza FM. Gênero e saúde: o cuidar do homem em debate. Revista Psicologia: Teoria e Prática 2011;13(3):152-66.

Gomes R, Nascimento EF, Araújo FC. Por que os homens buscam menos os serviços de saúde do que as mulheres? As explicações de homens com baixa escolaridade e homens com ensino superior. Cad Saúde Pública 2007;23(3):565-74.

Gonçalves MBB, Rabeh SAN, Nogueira PC. Terapia tópica para ferida crônica: Recomendações para a prática baseada em evidências. Revista Estima 2014;12(1):42-9.

Almeida MC, Souza MA, Souza CM. Conhecimento de diabéticos em relação aos fatores de risco para o desenvolvimento do pé diabético. Revista de Ciência da Saúde Nova Esperança 2013;11(3):1-9.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Censo IBGE 2010. 2010. [citado 2015 Jan 19]. Disponível em URL: http://www.ibge.gov.br.

Victor JF, Ximenes LB, Almeida PC, Vasconcelos FF. Perfil sociodemográfico e clínico de idosos atendidos em Unidade Básica de Saúde da Família. Acta Paul Enferm 2009;22(1):49-54.

Lombardi EMS, Prado GF, Santos UP, Fernandes FLA. O tabagismo e a mulher: riscos, impactos e desafios. J Bras Pneumol 2011;37:1.

Lion EAV. Impacto do tabagismo na saúde feminina. Aliança de controle do tabagismo, Rio de Janeiro, versão atualizada, jul de 2013. [citado 2015 Jan 19]. Disponível em: URL: www.actbr.org.br/tabagismo/genero

Oliveira PS, Bezerra EP, Andrade LL, Soares MJGO, Costa MML. Fatores de risco para complicações decorrentes do diabetes mellitus. Rev Enferm UFPE 2013;7(8):5265-73.

Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, Associação Brasileira de Nutrologia. Diabetes Mellitus tipo 2: Insulinização. Projeto Diretrizes. São Paulo; 2011.

Publicado

2017-05-29

Número

Sección

Artículos originales