A problemática da automedicação na infância
DOI:
https://doi.org/10.33233/eb.v15i2.173Abstract
Este estudo teve como objetivos: caracterizar a produção científica sobre a temática da automedicação na infância no período de 1998 a 2013; analisar essa produção buscando lacunas no conhecimento da temática estudada; e discutir as implicações dos principais resultados evidenciados na produção científica í luz da prática profissional da Enfermagem. Foi realizada revisão bibliográfica nas bases de dados Lilacs e Medline, a partir dos descritores "automedicação" e "criança". A amostra final foi constituída de nove estudos. As publicações analisadas descrevem a prevalência da automedicação na infância, o tipo de medicamento mais utilizado, o local de armazenamento dos medicamentos em domicílio, a forma de utilização desses medicamentos e os mediadores desta ação. Destacam-se ainda os fatores motivacionais que induzem a prática da automedicação. Como implicações para a Enfermagem surgem a educação em saúde e a consulta de enfermagem no contexto hospitalar e comunitário, como estratégias importantes na prevenção da automedicação.
Palavras-chave: automedicação, criança, enfermagem pediátrica.
References
Goulart IC, Cesar JA, Gonzalez-Chica DA, Neumann NA. Automedicação em menores de cinco anos em municÃpios do Pará e PiauÃ: prevalência e fatores associados. Rev Bras Saúde Materno Infant 2012;12:165-72.
Medeiros RA, Pereira VG, Medeiros SM. Vigilância em saúde na enfermagem: o caso das medicações sem prescrição em crianças. Esc Anna Nery 2011;15:233-7.
World Health Organization. Guidelines for the regulatory assessment of medicinal products for use in self-medication. WHO: Genève; 2000.
Loyola Filho AI, Uchoa E, Guerra HL, Firmo JOA, Lima-Costa MF. Prevalência e fatores associados à automedicação: resultados do projeto BambuÃ. Rev Saúde Pública 2002;36:55-62.
Katzung, Bertram G. Farmacologia Básica e ClÃnica. São Paulo: Artmed; 2010. 10ª ed. 1060 p.
Cenço B. Automedicação: isso tem que parar. Revista da APM (Associação Paulista de Medicina) 2010;610:5-8.
Matos MCA. Auto-medicação [monografia]. Porto, Portugal: Universidade Fernando Pessôa; 2005. 18p.
Ministério da Saúde. PolÃtica Nacional de Medicamentos. Portaria n.o 3.916 out 30, 1998. Ministério da Saúde: BrasÃlia; 1998.
Siqueira KM, Brandão JR, Lima HFAC, Garcia A, Gratone FM, et al. Perfil das intoxicações exógenas infantis atendidas em um hospital especializado da rede pública de Goiânia-GO. Rev Eletrônica Enferm 2008;10(3):662-72.
Tourinho FSV, Bucaretchi F, Stephan C, Cordeiro R. Farmácias domiciliares e sua relação com a automedicação em crianças e adolescentes. J Pediatr (Rio J) 2008;84:416-22.
Lakatos EM, Marconi MA. Fundamentos de metodologia cientÃfica. São Paulo: Atlas; 2005. 316 p.
Cancelier ACL, Kubo TK, Pizzol FD. Automedicação em crianças com rinofaringite aguda. ACM Arq Catarin Med 2006;35(2):35-40.
Pereira FSVT, Bucaretchi F, Stephan C, Cordeiro R. Automedicação em crianças e adolescentes. J Pediatr (Rio J) 2007;83:453-8.
Du Y, Knopf H. Self-medication among children and adolescents in Germany: results of the National Health Survey for Children and Adolescents (KiGGS). Br J Clin Pharmacol 2009;68(4):599-608.
Beckhauser GC, Souza JM, Valgas C, Piovezan AP, Galato D. Utilização de medicamentos na Pediatria: a prática de automedicação em crianças por seus responsáveis. Rev Paul Pediatr 2010;28:262-8.
Andabaka T, GloboÄnik T, Vukelić D, Esposito S, BarÅ¡ić B. Parental administration of antipyretics to children with upper respiratory tract infections without consultation with a physician. Croat Med J 2011;52(1):48-54.
Mastroianni PC, Lucchetta RC, Sarra JR, Galduróz JCF. Estoque doméstico e uso de medicamentos em uma população cadastrada na estratégia saúde da famÃlia no Brasil. Rev Panam Salud Pública 2011;29:358-64.
Obu HA, Chinawa JM, Ubesie AC, Eke CB, Ndu IK. Paracetamol use (and/or misuse) in children in Enugu, South-East, Nigeria. BMC Pediatr 2012;12(1):103.
Bertoldi AD, Silveira MPT, Menezes AMB, Assunção MCF, Gonçalves H, Hallal PC. Tracking of medicine use and self-medication from infancy to adolescence: 1993 Pelotas (Brazil) birth cohort study. J Adolesc Health Off Publ Soc Adolesc Med 2012;51(6 Suppl):S11-5.
Leopardi MT. Metodologia da Pesquisa na Saúde. 1a ed. Florianópolis: UFSC; 2002. 296 p.
Papanikolaou PN. Comparison of evidence on harms of medical interventions in randomized and nonrandomized studies. Can Med Assoc J 2006;174(5):635-41.
Cervo AL, Bervian PA. Metodologia cientiÌfica. São Paulo: Prentice Hall; 2004.
Minayo MC, Deslandes SF, Cruz Neto O, Gomes R. Pesquisa social: teoria, meÌtodo e criatividade. PetroÌpolis: Vozes; 1994.
Mastroianni PC, Andrade RV, Galduroz JCF, Filho AF. Acesso, segurança e uso de medicamentos por usuários. Rev Ciênc Em Ext 2012;8(2):6-24.
Urbano AZR, Almeida AC, Henrique MP, Santos VG. Automedicação infantil: O uso indiscriminado de medicamentos nas cidades de Santos e São Vicente. Rev Ceciliana 2010;2(2):6-8.
