Aspectos facilitadores e dificultadores do trabalho em equipe em unidade de urgências traumatológicas
DOI:
https://doi.org/10.33233/eb.v17i6.2192Abstract
O trabalho em equipe pode ser entendido como potente instrumento para favorecer a lógica de trabalho mais integrado, perspectiva coerente com a demanda do cenário hospitalar de urgências traumáticas. Objetivo: Analisar aspectos que facilitam e dificultam o trabalho em equipe em unidade hospitalar de urgências traumáticas. Métodos: Estudo descritivo, utilizando Técnica do Incidente Crítico, com dados qualitativos e quantitativos, em unidade hospitalar de urgências traumáticas, com a participação de profissionais da equipe de assistência ao paciente politraumatizado. Os dados foram coletados em entrevista semiestruturada individual. Para análise foi utilizada estatística descritiva e para relatos a análise de conteúdo. Resultados: Participaram 64 profissionais. Emergiram 107 situações / 614 comportamentos / 267 consequências. Houve predomínio de aspectos facilitadores do trabalho em equipe incluindo realização do cuidado com conhecimento e adequada interação entre agentes para o trabalho colaborativo. Dificultam o trabalho em equipe a comunicação deficiente e instabilidade do quadro clínico dos pacientes. Conclusão: Predomínio de facilitadores para trabalho em equipe revela cotidiano fortalecido para atender urgências e beneficiado por políticas públicas indutoras do cuidado ao trauma.
Palavras-chave: equipe de assistência ao paciente, centros de traumatologia, enfermagem, serviço hospitalar de emergência.
References
Littike D, Sodré F. A arte do improviso: o processo de trabalho dos gestores de um Hospital Universitário Federal. Ciênc Saúde Coletiva 2015;20(10):3051-62. https://doi.org/10.1590/1413-812320152010.00042015
Silva SEM, Moreira MCN. Equipe de saúde: negociações e limites da autonomia, pertencimento e reconhecimento do outro. Ciênc Saúde Coletiva 2015;20(10):3033-42. https://doi.org/10.1590/1413-812320152010.20622014
Lancaster G, Kolakowsky-Hayner S, Kovacich J, Greer-Williams N. Interdisciplinary communication and collaboration among physicians, nurses, and unlicensed assistive personnel. J Nurs Scholarsh 2015;47(3):275-84. https://doi.org/10.1111/jnu.12130
Longpré C, Dubois CA. Implementation of integrated services networks in Quebec and nursing practice transformation: convergence or divergence? BMC Health Serv Res 2015;15:84. https://doi.org/10.1186/s12913-015-0720-8
Peduzzi M. Equipe multiprofissional de saúde: conceito e tipologia. Rev Saúde Pública 2001;35(1):103-9. https://doi.org/10.1590/s0034-89102001000100016
Nancarrow SA, Booth A, Ariss S, Smith T, Enderby P, Roots A. Ten principles of good interdisciplinary team work. Hum Resour Health 2013;11:19. https://doi.org/10.1186/1478-4491-11-19
Goulart BF, Camelo SHH, Simões ALA, Chaves LDP. Trabalho em equipe em Unidade Coronariana: facilidades e dificuldades. Rev Esc Enferm USP 2016;50(3):482-9. https://doi.org/10.1590/S0080-623420160000400015
Morgan S, Pullon S, McKinlay E. Observation of interprofessional collaborative practice in primary care teams: an integrative literature review. Int J Nurs Stud 2015;52(7):1217-30. https://doi.org/10.1016/j.ijnurstu.2015.03.008
Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 1.366/2013. Estabelece a organização dos Centros de Trauma, estabelecimentos de saúde integrantes da Linha de Cuidado ao Trauma da Rede de Atenção à s Urgências e Emergências (RUE) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) [internet]. BrasÃlia; 2013 [citado 2017 Dez 07]. DisponÃvel em: http://www.brasilsus.com.br/legislacoes
Flanagan JC. A Técnica do incidente crÃtico. Arq Bras Psicol 1973;25(2):99-141.
Dela Coleta JA, Dela Coleta MF. A técnica dos incidentes crÃticos: 30 anos de utilização no Brasil na psicologia, administração, saúde e educação. Taubaté: Cabral; 2004.
Gonçalves RBM. Práticas de saúde: processos de trabalho e necessidades. São Paulo: CEFOR; 1992.
Polit DF, Beck CT, Hungler BP. Fundamentos de pesquisa em enfermagem: métodos, avaliação e utilização. 7ª ed. Porto Alegre: Artmed; 2011.
Bardin L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70; 2011.
Farrel K, Payne C, Heye M. Integrating interprofissional collaboration skills into the advanced practice registered nurse socialization process. J Prof Nurs 2015;31(1):5-10. https://doi.org/10.1016/j.profnurs.2014.05.006
Mundt MP, Agneessens F, Tuan WJ, Zakletskaia LI, Kamnetz SA, Gilchrist VJ. Primary care team communication networks, team climate, quality of care, and medical costs for patients with diabetes: a cross-sectional study. Int J Nurs Stud 2016;58:1-11. https://doi.org/10.1016/j.ijnurstu.2016.01.013
Rossler KL, Kimble LP. Capturing readiness to learn and collaboration as explored with an interprofessional simulation scenario: a mixed-methods research study. Nurse Educ Today 2016;36:348-53. https://doi.org/10.1016/j.nedt.2015.08.018
Valentine MA, Nembhard IM, Edmondson AC. Measuring teamwork in health care settings: A Review of Survey Instruments. Med Care 2015;53(4):e16-30. https://doi.org/10.2139/ssrn.1838538
Waldow VR. Collaborative care in health institutions: the nurse as integrator. Texto Contexto Enferm 2014;23(4):1145-52. https://doi.org/10.1590/0104-07072014001840013
Suk M. We need better care coordination for polytraumatized patients. Am J Orthop 2013;42(7):302.
Azevedo ALCS, Scarparo AF, Chaves LDP. Nurses' care and management actions in emergency trauma cases. Invest Educ Enferm 2013;31(1):36-43.
Tiel Groenestege-Kreb D, Van Maarseveen O, Leenen L. Trauma team. Br J Anaesth 2014;113(2):258-65. https://doi.org/10.1093/bja/aeu236
Alexanian JA, Kitto S, Rak KJ, Reeves S. Beyond the team: understanding interprofessional work in two North American ICUs. Crit Care Med 2015;43(9):1880-6. https://doi.org/10.1097/ccm.0000000000001136
Manias E. The concept of teamwork does not fully explain how interprofessional work occurs in intensive care. Aust Crit Care 2015;28(4):235-7. https://doi.org/10.1016/j.aucc.2015.07.002
Tubbesing G, Chen FM. Insights from exemplar practices on achieving organizational structures in primary care. J Am Board Fam Med 2015;28(2):190-4. https://doi.org/10.3122/jabfm.2015.02.140114