Segurança do paciente em unidade de terapia intensiva: uso de pulseiras de identificação

Authors

  • Thaí­s Venas da Costa Trindade UNEB
  • Carina Marinho Picanço Hospital Geral Roberto Santos
  • Silvana Lima Vieira UNEB
  • Edenise Maria Santos da Silva Batalha UNEB

DOI:

https://doi.org/10.33233/eb.v18i2.2309

Abstract

Introdução: A identificação correta dos pacientes tem sido adotada para garantir a sua segurança, sendo uma prática imprescindí­vel no cuidado í  saúde especialmente na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Objetivo: Avaliar o uso da pulseira de identificação em pacientes internados em UTIs de um hospital geral de grande porte, público e terciário do municí­pio de Salvador/BA. Métodos: Estudo quantitativo, transversal e descritivo, realizado em três UTIs (Cirúrgica, Emergência e Geral). A coleta dos dados ocorreu através de formulário estruturado baseado no Protocolo de Identificação do Ministério da Saúde. A amostra foi composta por 117 oportunidades de observação e a análise ocorreu através de estatí­sticas descritivas. Resultados: Foi observado que 41% dos pacientes estavam sem a pulseira, sendo a UTI da Emergência com o maior número de casos de não identificação (70%). A maioria das pulseiras estava com dados legí­veis (63,7%), em condição de uso (75%), apresentando dados em conformidade com os dados do prontuário (97%), eram brancas (95,6%) e manuscritas (92,7%). Conclusão: Foi possí­vel constatar que o sistema de identificação dos pacientes nas UTIs apresenta-se deficitário, visto que as unidades avaliadas necessitam melhorar a conformidade no uso das pulseiras, em especial a UTI da Emergência.

Palavras-chave: segurança do paciente, unidade de terapia intensiva, sistemas de identificação de pacientes.

Author Biographies

Thaí­s Venas da Costa Trindade, UNEB

Enfermeira, Residente em Terapia Intensiva pela Universidade do Estado da Bahia

Carina Marinho Picanço, Hospital Geral Roberto Santos

M.Sc., Enfermeira, Coordenadora da Comissão de Residência Multidisciplinar em Saúde do Hospital Geral Roberto Santos (HGRS)

Silvana Lima Vieira, UNEB

D.Sc., Enfermeira, Professora Assistente do Departamento de Ciências da Vida, Universidade do Estado da Bahia

Edenise Maria Santos da Silva Batalha, UNEB

Enfermeira, Doutoranda em Enfermagem pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, Professora Auxiliar do Departamento de Ciências da Vida da Universidade do Estado da Bahia

References

WHO. World Health Organization. Summary of the evidence on patient safety: implications for research. Geneva; 2008. http://www.who.int/iris/handle/10665/43874

Plano Integrado para a Gestão Sanitária da Segurança do Paciente em Serviços de Saúde Monitoramento e Investigação de Eventos Adversos e Avaliação de Práticas de Segurança do Paciente. Brasília: Ministério da Saúde; 2015.

Duarte SCM, Stippi MAC, Silva MM, Oliveira FT. Eventos adversos e segurança na assistência de enfermagem. Rev Bras Enferm 2015;68(1)144-54. https://doi.org/10.1590/0034-7167.2015680120p

WHO. World Health Organization. Conceptual Framework for the International Classification for Patient Safety. Geneva; 2009. https://www.who.int/patientsafety/implementation/taxonomy/ICPS-report/en/

Hemesath MP, Barreto SH, Torelly EMS, Barbosa AS, Magalhães AMS. Educational strategies to improve adherence to patient identification. Rev Gaúcha Enferm 2015;36(4):43-48. https://doi.org/10.1590/1983-1447.2015.04.54289

Brasil. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria Nº 529, de 1º de abril de 2013. Institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). Institui ações para a segurança do paciente em serviços de saúde e dá outras providências. Diário Oficial da União. 2013. Abr 1. Seção 1.

Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 1.377, de 9 de julho de 2013. Aprova os protocolos de segurança do paciente. Diário Oficial da União, 10 jul 2013; Seção1. p. 47.

Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.095, de 24 de setembro de 2013. Aprova os protocolos básicos de segurança do paciente. Diário Oficial da União, 25 set 2013; Seção 1. p. 47.

Brasil. Ministério da Saúde. Protocolo de Identificação do Paciente. Brasília: Ministério da Saúde; 2013. http://www.anvisa. gov.br/hotsite/ segurancadopaciente/documentos/ julho/Protocolo%20Identifica%C3%A7%C3%A3o%20 do%20Paciente.pdf

Consórcio Brasileiro de Acreditação; Joint Commission International. Padrões de Acreditação da Joint Commission Internacional para Hospitais. 4ª ed. [editado por] Consórcio Brasileiro de Acreditação de Sistemas e Serviços de Saúde. Rio de Janeiro; 2011.

Conselho Regional de Enfermagem do Estado de São Paulo – COREN-SP. 10 passos para a segurança do paciente. Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – REBRAENSP – polo São Paulo. São Paulo: Coren; 2010.

Oliveira A, Garcia PC, Garcia LS. Carga de trabalho de enfermagem e ocorrência de eventos adversos na terapia intensiva: revisão sistemática; Rev Esc Enferm USP 2016;50(4):683-94. https://doi.org/10.1590/S0080-623420160000500020

Roque EK, Tonini T, Melo ECP. Eventos adversos na unidade de terapia intensiva: impacto na mortalidade e no tempo de internação em um estudo prospectivo. Cad Saúde Pública 2016;32(10):1-15. https://doi.org/10.1590/0102-311X00081815

Tase TH, Lourenção DCA, Bianchini SM, Tronchin DMR. Identificação do paciente nas organizações de saúde: uma reflexão emergente. Rev Gaúcha Enferm 2013;34(3): 196-200. https://doi.org/10.1590/S1983-14472013000300025

World Health Organization. Joint Comission Resources. Joint Comission International. Patient Safety Solutions. Solution 2: patient identification. https://www.who.int/patientsafety/solutions/patientsafety/PS-Solution2.pdf

Tase TH, Tronchin DMR. Sistemas de identificação de pacientes em unidades obstétricas e a conformidade das pulseiras. Acta Paul Enferm 2015;28(4):374-80. https://doi.org/10.1590/1982-0194201500063

Macedo MCS, Almeida LF, Assad LG, Rocha RG, Ribeiro GSR, Pereira LMV. Identificação do paciente por pulseira eletrônica numa unidade de terapia intensiva geral adulta. Revista de Enfermagem Referência 2017;(4)13:63-70. https://doi.org/10.12707/RIV16087

Hoffmeister LV, Moura GMSS. Uso de pulseiras de identificação em pacientes internados em um hospital universitário. Rev Latinoam Enferm 2015;23(1):36-43. https://doi.org/10.1590/0104-1169.0144.2522

Smith AF, Casey K, Wilson J, Fischbacher-Smith D. Wristbands as aids to reduce misidentification: an ethnographically guided task analysis. Int J Quality Health Care 2011;23(5):590-9. https://doi.org/10.1093/intqhc/mzr045

Quadrado ERS, Tronchin DMR. Avaliação do protocolo de identificação do neonato de um hospital privado. Rev Latinoam Enferm 2012;20(4):1-8. https://doi.org/10.1590/S0104-11692012000400005

Neves LAC, Melgaço RMT. A identificação do paciente como indicador de qualidade. Rev Eletr Acred 2011;1(1):88-100.

Kelly T, Roper C, Elsom S, Gaskin C. Identifying the “right patientâ€. Nurse and consumer perspectives on verifying patient identity during medication administration. Int J Ment Healt Nurs 2011;20(5):371-9. https://doi.org//10.1111/j.1447-0349.2010.00739.x

Schumeister L. Patient misidentification in oncology care. Clin J Oncol Nurs 2008;12(3):495-8. https://doi.org// 10.1188/08.CJON.495-498

Published

2019-05-22

Issue

Section

Original articles